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Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br APRESENTAÇÃO Caro (a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e inteligência. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode representar a diferença entre aprovação e reprovação. Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE, concebeu o livro eletrônico iPDF – Defensor Público, que tem por premissa fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas a antecipação dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. Hoje, contamos com um SETOR DE INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso e/ou exame profissional, de modo a, partir do processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para carreiras públicas. Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma obsessão. Estude inteligente, estude Ad Verum! Francisco Penante CEO Ad Verum Suporte Educacional Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br SUMÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO................................................................................01 DIREITO CIVIL .....................................................................................................02 DIREITO CONSTITUCIONAL ..............................................................................03 DIREITO DO CONSUMIDOR................................................................................04 DIREITO EMPRESARIAL .....................................................................................05 DIREITO PENAL ...................................................................................................06 DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS ...................................................................07 DIREITOS HUMANOS .........................................................................................08 ECA ......................................................................................................................09 PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS ...........................................................................10 PROCESSO CIVIL ...............................................................................................11 Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br APRESENTAÇÃO Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode representar a diferença entre aprovação e reprovação. Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE, concebeu o curso INTELIGÊNCIA PDF – Defensoria Pública Estadual, que tem por premissa fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas à antecipação dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos mais diferentes certames públicos. Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação para carreiras públicas. Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de uma obsessão. Bom estudo! Francisco Penante CEO Ad Verum Suporte Educacional Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br SUMÁRIO 1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, SISTEMAS, TENDÊNCIAS E FONTES ......7 1.1 CONCEITO ..................................................................................................................... 7 1.2 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS ..................................................................................... 8 1.3 TENDÊNCIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................. 9 1.4 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ..................................................................... 9 2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO .....................................................12 3. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA..... .................................................................................................................21 4. PODERES ADMINISTRATIVOS ...........................................................................32 5. ATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................39 6. AGENTES PÚBLICOS ..........................................................................................47 7. CONTRATOS, CONSÓRCIOS E CONVÊNIOS .......................................................59 8. LICITAÇÃO ........................................................................................................65 9. SERVIÇO PÚBLICO ............................................................................................75 10. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................79 11. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE ................................................. 83 BIBLIOGRAFIA...............................................................................................85 Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br 1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, SISTEMAS, TENDÊNCIAS E FONTES 1.1 CONCEITO O surgimento do Direito Administrativo está relacionado aos ideais da Revolução Francesa de 1789 e ao nascimento do Estadode Direito. O poder estatal passa a ser limitado, sendo o Direito Administrativo o ramo do direito responsável por limitar as relações que envolvem o Estado e o exercício das atividades administrativas. Cabe destacar que, em momento anterior, já existiam documentos de limitação ao poder estatal, como, por exemplo, a Magna Carta de João Sem Terra de 1215. Sendo que a sistematização do Direito administrativo vai ocorrer após a Revolução Francesa e a Norte Americana. Esse momento é marcado pela limitação do poder estatal e pelo surgimento de meios de proteção ao cidadão em face do Estado. Algumas conquistas revolucionárias podem exemplificar: a) a submissão do Estado à lei (princípio da legalidade); b) a não concentração do poder nas mãos de um mesmo órgão (princípio da separação dos poderes); c) a declaração dos direitos do homem e do cidadão. Em momento anterior, não era possível encontrar um Direito Administrativo, pois não havia limites a atuação do estado, também não havia proteção ao cidadão em face dos atos do poder estatal. Tendo em vista estes apontamentos, passaremos a expor alguns conceitos doutrinários de Direito Administrativo. Vejamos: “O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que tem por objeto as regras e os princípios aplicáveis à atividade administrativa preordenada à satisfação dos direitos fundamentais.” 1 “O Direito Administrativo é o conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre estes e as coletividades a que devem servir.”2 Porém, a definição do que é o Direito Administrativo não é unânime na doutrina e enseja algumas divergências entre os estudiosos da matéria. Por isso, é importante verificarmos os critérios adotados pela doutrina para delimitação do objeto e finalidades, bem como definição da área de atuação deste ramo do direito. CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO: 1) CORRENTE LEGALISTA/ESCOLA EXEGÉTICA: para essa escola, o Direito Administrativo é o conjunto da legislação administrativa existente no país, desconsiderando o papel da doutrina e da jurisprudência. 2) CRITÉRIO DO PODER EXECUTIVO: identifica o Direito Administrativo como a atuação apenas do Poder Executivo. 3) CRITÉRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS: define o Direito Administrativo como o ramo do direito responsável pelas relações da Administração com os administrados (particular). 1 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezande. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo: MÉTODO, 2017. p.3. 2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo: ATLAS, 2016. p. 8. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br 4) CRITÉRIO DO SERVIÇO PÚBLICO: surgiu na França com a criação da Escola do Serviço Público que seguia as orientações de Leon Duguit. Conforme esse critério, o Direito Administrativo tem por objeto a disciplina jurídica dos serviços públicos. 5) CRITÉRIO TELEOLÓGICO OU FINALÍSTICO: considera que o Direito Administrativo é o ramo do direito responsável por regular a atividade do Estado na busca de seus fins. 6) CRITÉRIO NEGATIVISTA OU RESIDUAL: o Direito Administrativo é tudo que não seja atividade política, jurídica ou legislativa. 7) CRITÉRIO FUNCIONAL: o Direito Administrativo é o ramo jurídico que estuda e analisa a disciplina normativa da função administrativa, esteja ela sendo exercida pelo Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou, até mesmo, por particulares mediante delegação estatal. 8) ESCOLA DE PUISSANCE PUBLIQUE: conceitua o direito administrativo partindo da distinção entre atividade de autoridade (império) e atividades de gestão. 1.2 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS O sistema administrativo significa a forma de controle jurisdicional que é feito sobre atividade administrativa. Existem dois sistemas mais abordados pela doutrina: SISTEMA DE DUALIDADE DE JURISDIÇÃO OU SISTEMA DO CONTENCIOSO ADMINISTRATVO Adotado na França. Existem dois tipos de jurisdição: a exercida pelo Poder Judiciário sobre os atos dos particulares em geral e a administrativa, exercida pro juízes e tribunais administrativos. SISTEMA DE JURISDIÇÃO UNA Adotado na Inglaterra e nos EUA. O Poder Judiciário decide de maneira definitiva sobre atos praticados por particulares e pela administração pública. O Brasil adota o SISTEMA DA JURISDIÇÃO UNA, de origem inglesa. Isso decorre do Modernamente, a doutrina majoritária tem apontado no sentido de se utilizar o critério funcional, como o mais eficiente na definição da matéria. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br ATENÇÃO! princípio da inafastabilidade do controle do Poder Judiciário – art. 5º, XXXV, da CF/88. 1.3 TENDÊNCIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO O Direito administrativo, assim como todo o direito pátrio, tem passado por profundas mudanças e seguido determinadas tendências. Podemos citar algumas delas: Constitucionalização e o princípio da juridicidade: com a consequente normatividade primária dos princípios constitucionais (juridicidade) e a centralidade dos direitos fundamentais. Publicização do Direito Civil e privatização do Direito Administrativo: tendência de transferir atividades do setor público para o setor privado. Relativização de formalidades e ênfase nos resultados: a efetivação de direitos fundamentais tem relativizado formalidades desproporcionais. Em relação a relativização de formalidades é importante saber que a Lei nº 13.726, de 8 de outubro de 2018, instituiu o Selo de Desburocratização e Simplificação, além de mecanismos para diminuir a burocracia e formalismo em órgãos públicos de todos os entes da Federação. Em resumo, a nova Lei: 1.4 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO São fontes do Direito Administrativo: lei, doutrina, jurisprudência, costumes e precedentes administrativos. É fonte primária e direta. Deve ser considerada em sentido Dispensa o reconhecimento de firma, exigindo o mero confronto da firma com a assinatura do documento ou mediante a assinatura diante do agente público; Dispensa o título de eleitor, exceto para votar ou para registrar candidatura; Permite autenticação de documentos diretamente na repartição pública, dispensando a autenticação em cartório; Dispensa a exigência de documentos expedidos por outro órgão ou entidade do mesmo Poder, exceto situações específicas previstas na própria Lei; Instituiu o Selo de Desburocratização e Simplificação, destinado a reconhecer e a estimular projetos, programas e práticas que simplifiquem o funcionamento da administração pública e melhorem o atendimento aos usuários dos serviços públicos. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br LEI amplo, abrangendo normas constitucionais, legislação infraconstitucional, os regulamentos administrativos (ex: decretos) e os tratados internacionais. Esse conceito está relacionado à ideia de juridicidade (o administrador deve respeitar a lei e o direito como um todo). DOUTRINA É fonte secundária e indireta. A doutrina orientaa Administração Pública na interpretação do direito positivado. Não tem força vinculante. JURISPRUDÊNCIA Decisões reiteradas dos tribunais. Tem importância se levarmos em conta a judicialização do direito e nova tendência de vinculação dos precedentes. COSTUMES São fontes secundárias e indiretas. Trata-se da repetição de condutas com convicção de sua obrigatoriedade. Os costumes, assim com a praxe administrativa (fonte secundária) são consideradas fontes inorganizadas, ou seja, não escritas. Os costumes e a praxe NÃO se confundem, pois os costumes carregam caráter de obrigatoriedade e na praxe inexiste essa percepção. PRECEDENTES ADMINISTRATIVOS Norma jurídica retirada de decisão administrativa anterior. Após decidir um caso concreto a norma será aplicada aos casos futuros semelhantes. Decorre da necessidade de segurança jurídica e da vedação a arbitrariedades. O precedente pode ser afastado em caso de constatação de ilegalidade e quando houver, motivadamente, alteração no entendimento administrativo. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO São fontes secundárias e indiretas, eis que influenciam na formação legislativa. O CESPE tem considerado o DECRETO (abrangido no conceito de lei em sentido amplo) fonte PRIMÁRIA do Direito Administrativo. Conceito de Direito “O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que tem por objeto as regras e os princípios aplicáveis à atividade administrativa preordenada à satisfação dos direitos Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br Administrativo fundamentais.” OLIVEIRA, RAFAEL CARVALHO REZANDE. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo, MÉTODO, 2017. p.3. Sistemas administrativos Sistema de dualidade de jurisdição ou sistema do contencioso administrativo: adotado na França. Existem dois tipos de jurisdição: a exercida pelo Poder Judiciário sobre os atos dos particulares em geral e a administrativa, exercida pro juízes e tribunais administrativos. Sistema de jurisdição una: adotado na Inglaterra e nos EUA. O Poder Judiciário decide de maneira definitiva sobre atos praticados por particulares e pela administração pública. O Brasil adota o sistema de JURISDIÇÃO UNA, de origem inglesa. Tendências do Direito Administrativo Constitucionalização e o princípio da juridicidade Relativização de formalidades e ênfase nos resultados Publicização do Direito Civil e privatização do Direito Administrativo Fontes do Direito Administrativo Lei em sentido amplo; Doutrina; Jurisprudência; Costumes; Precedentes administrativos; Princípios gerais do direito. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ANO: 2016. BANCA: CESPE O chefe do Poder Executivo federal expediu decreto criando uma comissão nacional para estudar se o preço de determinado serviço público delegado estaria dentro dos padrões internacionais, tendo, na ocasião, apontado os membros componentes da referida comissão e sua respectiva autoridade superior. Nesse decreto, instituiu que a comissão deveria elaborar seu regimento interno, efetuar ao menos uma consulta pública e concluir a pesquisa no prazo de cento e vinte dias e que não poderia gerar despesas extraordinárias aos órgãos de origem de cada servidor integrante da referida comissão. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que se refere a atos administrativos e seu controle judicial. a) O decreto federal é uma fonte primária do direito administrativo, haja vista o seu caráter geral, abstrato e impessoal. b) Uma vez instituído o referido decreto, não poderá o chefe do Poder Executivo revogá-lo de ofício. c) O Poder Judiciário, em sede de controle judicial, poderá revogar o referido decreto por motivos de oportunidade e conveniência. d) O referido ato presidencial é inconstitucional, pois é vedado instituir comissões nacionais que visem à promoção de estudo de preços públicos mediante decreto do chefe do Poder Executivo federal. e) A expedição do decreto é ato vinculado do chefe do Poder Executivo federal. GABARITO: A COMENTÁRIOS: a) CORRETO. O decreto está abrangido no conceito de lei em sentido amplo. A lei em sentido amplo é fonte primária do Direito Administrativo. Portanto, o decreto é fonte primária do Direito Administrativo. b) ERRADO. O Chefe do executivo possui a prerrogativa de instituir decretos para a fiel execução da lei. Em caso de conveniência e oportunidade é possível revogá-lo. c) ERRADO. O Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos. A revogação é feita por questões de conveniência e oportunidade (mérito administrativo) só podendo ser feita pela própria administração pública. o Poder judiciário poderá anular o ato administrativo em caso de ilegalidade. d) ERRADO. Não existe qualquer previsão da referida vedação. e) ERRADO. A expedição de decretos é ato discricionário. 2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br R EG IM E JU R ÍD IC O A D M IN IS TR A TI V O : SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO As normas jurídicas podem ser divididas em duas categorias: as regras e os princípios. No sistema jurídico brasileiro, os princípios constitucionais possuem normatividade primária. Todos os princípios do Direito Administrativo decorrem da CRFB/88 e se baseiam em dois princípios basilares: a supremacia do interesse público e a indisponibilidade do interesse público que definem prerrogativas e limitações impostas ao ente estatal, sempre com a intenção de se perseguir e alcançar o interesse da coletividade. Além da Constituição Federal, a legislação esparsa também elenca alguns princípios administrativos, como faz a Lei 9.784/1999, em seu art. 2º, o qual cita os princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. A doutrina não trata de maneira uniforme os princípios do Direito Administrativo. Assim, abordaremos os princípios considerados mais importantes e os mais abordados em provas de concurso público. PRINCÍPIOS: 1. SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO: Havendo conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele deve prevalecer. As prerrogativas devem ser vistas como instrumentos para que a Administração possa atingir seus objetivos. 2. INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: Os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem aos seus agentes, cabendo-lhes apenas geri-los e conservá-los. 3. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (JURIDICIDADE): A doutrina mais moderna tem falado que inexiste uma supremacia abstrata do interesse público sobre o privado, sendo necessária uma ponderação no caso concreto. O fundamento seria a dignidade da pessoa humana, proporcionalidade, concordância práticados princípios constitucionais etc. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br O princípio da legalidade está expresso no art. 37 da CF/88. Possui dois desdobramentos: a) Supremacia da lei: a lei deve prevalecer sobre atos da administração. Ideia de vinculação negativa: a lei representa uma limitação para a atuação do administrador. b) Reserva legal: doutrina da vinculação positiva. A atuação dos agentes públicos está condicionada à prévia autorização legal. Tem prevalecido na doutrina clássica e na prática jurídica brasileira a ideia da vinculação positiva da administração à lei. Uma doutrina mais moderna, como Rafael Oliveira, prega a reinterpretação do princípio da legalidade a partir do fenômeno constitucionalização do Direito Administrativo, com a relativização da concepção de vinculação positiva do administrador à lei. A atuação da administração deve se pautar não apenas na lei, mas também nos princípios que decorrem diretamente da CF/88. Exige-se a adequação da atuação da administração pública não apenas a lei, mas a um “bloco de legalidade”. Daí surge a ideia de juridicidade. O princípio da juridicidade confere importância ao direito como um todo. O administrador ao agir deve respeitar a lei e o direito. 4. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: O princípio da impessoalidade está consagrado de forma expressa no art. 37 da CF/88. Possui três vertentes: a) Isonomia: a Administração Pública deve tratar os particulares de maneira impessoal e isonômica. Lembramos que a isonomia deve ser substancial/material, sendo vedada a discriminação desproporcional. Exemplo: concursos públicos, licitações; b) Proibição da promoção pessoal dos agentes públicos: os atos da Administração Pública não são atos pessoais dos agentes públicos, ao contrário, são atos do Poder Público, não podendo ser atribuído a um ou a alguns agentes públicos. O ato deve ser imputado ao ente público ou ao órgão que o praticou (teoria do órgão). Essa é a interpretação que deve ser dada ao art.37, § 1º, da CF/88, segundo o qual “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos; c) Finalidade: impõe que o fim a ser buscado pelo administrador deve ser aquele prescrito pela lei. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA: relacionado ao princípio da impessoalidade. O princípio da intranscendência subjetiva das sanções vem sendo consagrado pelo STF, impedindo a aplicação de sanções aos entes federados por atos de gestões anteriores. Segundo o Min. Luiz Fux, do STF, “não se pode inviabilizar a administração de quem foi eleito democraticamente e não foi responsável diretamente pelas dificuldades financeiras que acarretaram a inscrição combatida”. Ainda, é necessária a observância da garantia do devido processo legal, em especial, do contraditório e da ampla defesa, relativamente à inscrição de entes públicos em cadastros federais de inadimplência. Assim, a União, antes de incluir Estados- membros ou Municípios nos cadastros federais de inadimplência (exs: CAUC, SIAF) deverá assegurar o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. STF. Plenário. ACO 1995/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/3/2015 (Info 779). STF. 1ª Turma. ACO 732/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 10/5/2016 (Info 825). 5. PRINCÍPIO DA MORALIDADE (art. 37 da CF/88): A atuação da Administração Pública deve, além de respeitar a lei, atender aos ditames da ética, da lealdade e ser séria. Tal princípio também está previsto na Lei 9.784/1999, em seu art. 2º, parágrafo único, IV o qual fala que “nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.” Exemplo: vedação ao nepotismo (Súmula Vinculante 13). Podemos destacar como instrumentos de controle da moralidade administrativa: a ação de improbidade administrativa, a ação popular, a ação civil pública, a Lei 12.846/2013 (Lei Anticorrupção). Súmula vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br A vedação ao nepotismo não alcança cargos providos por concurso público – STF, ADI 524/ES, 2015. A Súmula Vinculante 13, que trata sobre o nepotismo, não se aplica aos cargos políticos – STF, Rext 579.951/RN, informativo n. 516. Não há nepotismo na nomeação de servidor para ocupar o cargo de assessor de controle externo do Tribunal de Contas mesmo que seu tio (parente em linha colateral de 3º grau) já exerça o cargo de assessor-chefe de gabinete de determinado Conselheiro, especialmente pelo fato de que o cargo do referido tio não tem qualquer poder legal de nomeação do sobrinho. A incompatibilidade da prática enunciada na SV 13 com o art. 37 da CF/88 não decorre diretamente da existência de relação de parentesco entre pessoa designada e agente político ou servidor público, mas de presunção de que a escolha para ocupar cargo de direção, chefia ou assessoramento tenha sido direcionado à pessoa com relação de parentesco com quem tenha potencial de interferir no processo de seleção. STF. 2ª Turma. Rcl 18564/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 23/2/2016 (Info 815). É inconstitucional lei estadual que excepciona a vedação da prática do nepotismo, permitindo que sejam nomeados para cargos em comissão ou funções gratificadas de até dois parentes das autoridades estaduais, além do cônjuge do Governador. STF. Plenário. ADI 3745/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 15/5/2013 (Info 706). 6. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE (art. 37 da CF/88 e no art. Art. 2º da Lei 9784/1999): Estabelece o dever de a Administração Pública divulgar/exteriorizar seus atos, tendo em vista que a transparência dos atos administrativos está intimamente ligada ao princípio democrático (art. 1º da CF/88). A publicidade dos atos do Poder Público torna possível o controle social sobre os mesmos A doutrina elenca alguns instrumentos que viabilizam a publicidade, tais como: o direito de petição, o direito de obter certidões em repartições públicas, o mandado de injunção e o habeas data. A transparência depende do direito à informação, sendo o sigilo exceção no ordenamento jurídico brasileiro. O direito à informação foi regulamentado pela Lei 12.527/2013 – Lei de Acesso à Informação – LAI. A Lei 12.527/2013 estabelece que a divulgação de informações de interesse públicoindepende de solicitação. A Lei 12.527/2013 diz ainda que qualquer interessado, devidamente identificado, independentemente de motivação, pode solicitar informações de interesse público perante entidades públicas ou privadas. Exceções à publicidade: a) informações classificadas como sigilosas; b) Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br informações pessoais relacionadas à intimidade, vida privada, honra e imagem. É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. STF. Plenário. ARE 652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015 (repercussão geral) (Info 782). PUBLICAÇÃO NÃO SE CONFUNDE COM PUBLICIDADE: a publicação, em regra, refere-se à divulgação em órgãos oficiais e imprensa escrita, sendo, portanto, apenas uma das formas possíveis de dar publicidade aos atos administrativos. 7. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: Não constava no texto original da constituição. Tal princípio foi incluído na CF/88 através da EC 19/1988, tendo como objetivo substituir uma administração burocrática (focada na formalidade) por uma administração gerencial (focada nos resultados). Exemplos de previsões normativas que prestigiam o princípio da eficiência: duração razoável do processo, os contratos de gestão feitos pela administração pública com seus órgãos ou com organizações sociais (OS). A eficiência deve ser analisada em conjunto com outros princípios e valores constitucionais, pois a eficiência não é o único princípio que a administração deve observar. Deve ser analisada em conjunto com a legalidade, com a qualidade do serviço etc. O princípio da eficiência está relacionado à ideia de “maior satisfação com os menores custos possíveis”. 8. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE: Decorrem da cláusula do devido processo legal, de sua vertente substantiva. Não está previsto de forma expressa na CF/88, mas podem ser encontrados no art. 2º da Lei 9784/1999. Há divergência na doutrina sobre a existência ou não de diferença entre os dois princípios. Entretanto, tem prevalecido a tese da fungibilidade entre os mesmos. O princípio da proporcionalidade pode ser divido em três subprincípios: Adequação Necessidade Proporcionalidade em sentido estrito (ponderação entre ônus e benefícios) 9. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO: Está relacionado à prestação de serviço público e à necessidade permanente de satisfação de direitos fundamentais. Como consequência da continuidade da prestação dos serviços públicos, exige-se a sua prestação regular. Os serviços públicos devem ser prestados na medida da necessidade da população, podendo a necessidade ser relativa ou absoluta. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br É possível a interrupção dos serviços em caso de inadimplemento dos usuários e por razões de ordem técnica – art. 6º, parágrafo 3º, da Lei 8987/1995. Esta regra é especial e prevalece sobre o art. 22 do CDC. É reconhecido o direito de greve aos servidores estatutários, com aplicação análoga da Lei 7783/1989. Inviabilidade da exceptio non adimpleti contractus nos contratos de concessão de serviço público, decorre do princípio da continuidade. Em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, sem interrupções (princípio da continuidade do serviço público). Excepcionalmente, será possível a interrupção do serviço público nas seguintes hipóteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei n.º 8.987/95: a) Em caso de emergência (mesmo sem aviso prévio); b) Por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que o usuário seja previamente avisado; c) Por causa de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. A divulgação da suspensão no fornecimento de serviço de energia elétrica por meio de emissoras de rádio, dias antes da interrupção, satisfaz a exigência de aviso prévio, prevista no art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987/95. STJ. 1ª Turma. REsp 1270339- SC, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 15/12/2016 (Info 598). 10. PRICÍPIO DA AUTOTUTELA OU SINDICABILIDADE: A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. A autotutela encontra limites na segurança jurídica e na boa-fé dos administrados. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Súmula 473-STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Súmula 346-STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. Súmula 6-STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, ou qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeito não produz efeitos antes de aprovada por aquele tribunal, ressalvada a competência revisora do Judiciário. 11. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA: Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br ATENÇÃO! É o direito de saber o que acontece no processo e o direito de se manifestar através dos meios admitidos em direito. No Direito Administrativo esses princípios abarcam: a defesa prévia (antes da decisão administrativa ser proferida, o particular deve ter a oportunidade de se manifestar para influenciar na decisão), salvo em situações emergenciais que pode haver o contraditório diferido e o direito à defesa técnica. SÚMULA VINCULANTE Nº 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição Há também o direto ao recurso na administração, que é inerente á ampla defesa e segundo a Súmula Vinculante nº 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando estes forem ilegais. No entanto, se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de interesses individuais, faz-se necessária a instauração de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e a ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a Administração Pública controlar seus próprios atos não dispensa a observância do contraditório e ampla defesa prévios em âmbito administrativo. Plenário. MS 25399/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/10/2014 (Info 763). QUESTÃO: PRINCÍPIOS ANO: 2017. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPU Jorge, servidor público federal ocupante de cargo de determinada carreira, foi, por meio administrativo, transferido para cargo de carreira diversa. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente à luz do entendimentodos tribunais superiores. A forma de provimento do cargo público na referida situação — transferência para cargo de carreira diversa — foi inconstitucional, por violar o princípio do concurso público; cabe à administração pública, no exercício do poder de autotutela, anular o ato ilegal, respeitado o direito ao Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br QUESTÃO: PRINCÍPIOS contraditório e à ampla defesa. CERTO ERRADO GABARITO: CERTO COMENTÁRIOS: SÚMULA VINCULANTE 43. É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. ANO 2016. BANCA: CESPE Quando a União firma um convênio com um estado da Federação, a relação jurídica envolve a União e o ente federado e não a União e determinado governador ou outro agente. O governo se alterna periodicamente nos termos da soberania popular, mas o estado federado é permanente. A mudança de comando político não exonera o estado das obrigações assumidas. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem entendido que a inscrição do nome de estado-membro em cadastro federal de inadimplentes devido a ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura ofensa ao princípio da administração pública denominado princípio do(a) a) intranscendência b) contraditório e da ampla defesa c) continuidade do serviço público d) confiança legítima e) moralidade. Justificativas: a) CORRETO. O princípio da intranscendência subjetiva das sanções vem sendo consagrado pelo STF. Por ele, impede-se a aplicação de sanções aos entes federados por atos de gestões anteriores. b) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. c) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. d) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. e) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. Alternativa correta: A. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br 3. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 3.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Quanto ao conceito de Administração Pública, em sentido amplo abrange os órgãos superiores de governo u exercem função política e também os órgãos, agentes e entidades que exercem função meramente administrativa. Em sentido estrito, envolve todo o aparelhamento estatal voltado à execução das políticas públicas e subdivide-se em: SENTIDO SUBJETIVO, FORMAL OU ORGÂNICO Administração Pública: são as pessoas jurídicas, os órgãos e agentes públicos que exercem atividades administrativas. Pode ser dividida em Administração Direta e Indireta. SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL OU FUNCIONAL Administração pública: é a própria função ou atividade. Abrange quatro atividades: 1) Serviço Público, 2) Polícia Administrativa; 3) Fomento (incentivo à iniciativa privada de utilidade/interesse público) e 4) Intervenção (fiscalização da atividade econômica). SENTIDO OPERACIONAL É o desempenho perene e sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. 3.2 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: Em relação à organização administrativa tem-se que toda a atividade administrativa do Estado se desenvolve, direta ou indiretamente, por meio da atuação de órgão, entidades públicas e seus agentes, das seguintes formas: CENTRALIZAÇÃO: É o desempenho direto das atividades públicas pelo Estado, ou seja, por uma das pessoas políticas. Essa execução ocorre mediante atuação da Administração Direta; DESCONCENTRAÇÃO: A entidade se desmembra em órgãos para melhorar sua organização estrutural. Trata-se de uma distribuição interna de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. É uma técnica para aprimorar o desempenho. DESCENTRALIZAÇÃO: O Estado distribui algumas de suas atribuições para outras pessoas, físicas ou jurídicas. Pode ser de 2 tipos: 1) Descentralização política: ocorre na criação de entidades políticas para o exercício de competências próprias, previstas na CF. Exemplo: criação de Estados e Municípios; 2) Descentralização administrativa: ocorre quando determinadas atribuições são exercidas por entidades descentralizadas, ou seja, tais atribuições não Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br decorrem da CF e sim de leis infraconstitucionais. Divide-se em três modalidades: a) Descentralização por serviços ou por outorga: quando uma entidade política, por meio de lei, cria uma pessoa jurídica e a ela atribui a titularidade e a execução de determinado serviço. b) Descentralização por colaboração ou delegação: o Estado transfere apenas a execução do serviço a uma pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, conservando o Poder Público a titularidade. c) Descentralização territorial ou geográfica: verifica-se quando uma entidade local, geograficamente delimitada, dotada de personalidade jurídica própria, possui capacidade administrativa genérica. No Brasil, só pode ocorrer na hipótese de criação de território federal. A organização administrativa também pode ser feita em setores: 1º SETOR É o Estado. Exemplo: administração pública direta e indireta. 2º SETOR É o mercado. Exemplo: concessionárias e permissionárias de serviços públicos. 3º SETOR É a sociedade civil. Exemplo: Serviços sociais autônomos, organizações sociais. 3.2.1 ADMINISTRAÇÃO DIRETA: É o conjunto de órgãos que integram a pessoa política do Estado. O princípio da centralização é inerente à Administração Direta. Os órgãos públicos são repartições internas do Estado, ou seja, são feitas dentro de uma mesma pessoa, seja ela pertencente à Administração Pública Direta ou Indireta. São decorrência do fenômeno da desconcentração administrativa, ou seja, é uma repartição interna de competências, dentro da estrutura de uma mesma pessoa. A principal característica dos órgãos públicos é a ausência de personalidade jurídica. São ligados aos outros órgãos integrantes da mesma pessoa por uma relação de hierarquia. Os agentes públicos, que atuam nos órgãos, ao manifestarem sua vontade, estão a manifestar a vontade do próprio Estado (teoria do órgão ou da imputação volitiva). A criação e a extinção dos órgãos dependem de lei. Em regra, a iniciativa para o projeto de lei é do chefe do Poder executivo. A simples organização e funcionamento podem ser tratas por meio de decreto do chefe do Executivo. Por não possuírem personalidade jurídica, em regra não possuem capacidade processual. Entretanto, excepcionalmente, podem atuar em juízo quando autorizados por lei ou quando se tratar de órgão de cúpula para a defesa de suas prerrogativas institucionais. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br Um exemplo do referido entendimento estáconsagrado na SÚMULA 525 DO STJ: “A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais”. Em regra, os órgãos não possuem capacidade contratual. O art. 37, parágrafo 8º, da CF/88, consagra, de maneira excepcional, a capacidade dos órgãos da Administração Púbica para celebrarem contrato de gestão, com o objetivo de ampliar a autonomia gerencial orçamentária e financeira. São teorias para explicar a existência dos órgãos públicos: TEORIA DO MANDATO O agente público seria considerado mandatário do Estado. Crítica: o Estado não disporia de vontade própria para constituir mandatário. TEORIA DA REPRESENTAÇÃO O agente público seria representante do Estado. Crítica: Equipara o Estado ao incapaz. TEORIA DO ÓRGÃO Essa teoria faz uma analogia entre o Estado e o corpo humano. Os órgãos compõem o todo. A vontade do agente, integrante do órgão, é imputada ao Estado. Essa teoria é atribuída ao alemão Otto Gierke. A TEORIA DO ÓRGÃO OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA É A QUE PREVALECE! Classificação dos órgãos quanto à posição que ocupam: INDEPENDETES Previstos na CF/88 e representam os Poderes do Estado. Não estão subordinados a nenhum outro órgão e só estão sujeitos ao controle recíproco também previsto na CF/88. (Ex.: Casas legislativas, Congresso Nacional, Câmaras de vereadores). Têm capacidade processual. AUTÔNOMOS Subordinados aos chefes dos órgãos independentes. Ampla autonomia administrativa, financeira e técnica. Funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle. (ex.: Ministérios e Secretarias Estaduais). Têm capacidade processual. SUPERIORES Poder de direção e controle, mas não possuem autonomia financeira nem administrativa. (ex.: gabinetes) SUBALTERNOS Reduzido poder decisório e com atribuições de execução. (ex.: seções de expedientes). Classificação dos órgãos quanto à estrutura: Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br SIMPLES OU UNITÁRIO Não possuem subdivisões em sua estrutura interna. Podem ser compostos por mais de um agente. COMPOSTOS Reúnem em sua estrutura diversos órgãos menores. Classificação dos órgãos quanto à esfera de ação: CENTRAIS Exercem atribuição em todo território nacional, estadual, municipal e distrital. Exemplo: Ministérios e secretárias. LOCAIS Atuam em parte do território. Exemplo: Delegacias. Classificação dos órgãos quanto à atuação funcional: SINGULARES OU UNIPESSOAIS As decisões dependem da atuação isolada de um único agente. Podem ser compostos por diversos agentes, mas as decisões são tomadas apenas pelo Chefe. Exemplo: Presidência da República. COLEGIADOS OU PLURIPESSOAIS As decisões são tomadas pela manifestação conjunta dos membros. Exemplo: Congresso Nacional, STF. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: É o conjunto de pessoas jurídicas que, vinculadas à Administração direta, têm a competência para o exercício de atividades de forma descentralizada. A descentralização administrativa está diretamente relacionada à busca pela eficiência. A nova pessoa criada é dotada de autonomia administrativa, gerencial e financeira. A vinculação entre administração direta e indireta caracteriza a SUPERVISÃO MINISTERIAL, também denominada de TUTELA ADMINISTRATIVA. Não havendo relação de hierarquia. Compõem a Administração Indireta: ATENÇÃO! Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br 1) AUTARQUIA: É uma pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para executar atividades típicas da Administração Pública. Possui prerrogativas e sujeições típicas do regime jurídico administrativo, quais sejam: a) prazo em dobro; b) pagamento por precatórios; c) execução fiscal; d) imunidade tributária; e) impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade de seus bens; f) não sujeição à falência. A natureza dos bens das autarquias é de bens públicos. Classificação quanto à capacidade administrativa: GEOGRAFICA/TERRITORIAL Tem capacidade administrativa genérica. Exemplo: território federal. DE SERVIÇO OU INSTIUCIONAL Tem capacidade especifica, limitada a determinado serviço que lhe é atribuído por lei. Classificação quanto à estrutura: FUNDACIONAIS Corresponde à figura da fundação de direito público. COORPORATIVAS/ASSOCIATIVAS Constituídas por sujeitos unidos para a consecução de um fim de interesse público, mas que diz respeito aos próprios associados. A OAB é entidade “sui generes”, um serviço independente não integrante da Administração. Agências Reguladoras: são autarquias com regime jurídico especial, dotada de autonomia reforçada em relação ao Ente central. Possui poderes normativos, administrativos e judicantes. Editam atos administrativos normativos de conteúdo técnico. As autarquias podem ser federais, estaduais, distritais e municipais, NÃO sendo ATENÇÃO! Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br admissíveis autarquias interestaduais ou intermunicipais. As causas que envolvem as autarquias federais são processadas e julgadas pela Justiça Federal. No caso das autarquias estaduais e municipais o foro é a Justiça Estadual. 2) FUNDAÇÕES PÚBLICAS: O entendimento majoritário partilhado, inclusive pelo STF, é de que é possível que o Estado institua fundações com personalidade jurídica de direito público ou privado. O principal elemento de diferenciação entre as fundações de direito público e as de direito privado é a origem os recursos. São de Direito público aquelas mantidas por recursos previstos no orçamento da pessoa federativa ao passo que de direito privado são as que não dependem do orçamento público, sobrevivendo com as rendas dos serviços que prestam e de doações. As fundações públicas de direito público são consideradas uma modalidade de autarquia, sendo denominadas de fundações autárquicas ou autarquias fundacionais. As fundações de Direito público são criadas por lei específica. Já as de direito privado são autorizadas por lei, necessitando de registo do ato constitutivo para adquirir a personalidade. Essas entidades são constituídas para executar objetivos sociais que produzam benefícios à coletividade, sendo características essencial a ausência de fins lucrativos. Acerca do regime jurídico, tem-se que as fundações de direito público se sujeitam as mesmas restrições e possuem as mesmas prerrogativas das autarquias. Porém, as de direito privado possuem regime HÍBRIDO, ou seja, quanto à constituição e ao registro se sujeitam ao direito privado e no restante ao direito público. Os bens das fundações públicas de direito público são bens públicos. Já os bens das fundações de direito privado são bens privados. Entretanto, é possível que alguns de seus bens se sujeitem a regras de direito público. Isso ocorre com os bens empregados diretamente na prestação de serviços públicos. Foro Judicial: Tratando-sede direito público federal, os litígios serão dirimidos na Justiça Federal. Sendo de direito público estadual ou municipal, o foro é a Justiça Estadual. Caso se trate de fundação de direito privado, a doutrina entende que, independentemente da esfera, o foro é a justiça estadual. 3) EMPRESAS ESTATAIS: ATENÇÃO! Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br A) EMPRESA PÚBLICA: Pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob qualquer forma jurídica para que o governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou execute a prestação de serviços públicos. B) SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: Pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de SOCIEDADE ANONIMA, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividade econômica e, às vezes, prestação de serviços públicos. SUBSIDIÁRIAS: São empresas controladas pelas empresas estatais. Têm personalidade jurídica própria, sendo, portanto, uma pessoa jurídica diferente da pessoa controladora e não um órgão desta. A criação também depende de autorização legal. COMPOSIÇÃO DE CAPITAL: Nas SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA o capital é formado pela conjunção de recursos de pessoas de direito público e de recursos da iniciativa privada. O Poder público deve deter a maioria do capital votante, o que lhe garante o poder de decisão sobre os destinos da companhia Nas EMPRESAS PÚBLICAS o capital é formado exclusivamente por recursos públicos, não sendo admitida a participação direta de recursos particulares. A exigência é de que o capital seja 100% público, mas não necessariamente da mesma pessoa política. PESSOAL: O pessoal se submete ao regime trabalhista comum, ou seja, de emprego público. Não obstante, o ingresso deve ser precedido de concurso público. Os empregados públicos não gozam de estabilidade, mas podem exigir motivação e direito de defesa em eventual demissão. REGIME JURÍDICO: Por terem personalidade jurídica de direito privado, submetem-se ao regime jurídico de direito privado, mas com incidência de algumas normas de direito público, tendo, assim, natureza híbrida. É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858). FALÊNCIA: as empresas estatais NÃO se submetem ao processo de falimentar independentemente da atividade que desempenham. BENS: os bens são bens privados, porém os afetados diretamente à prestação do serviço público são considerados bens públicos. FORO JUDICIAL: Empresa pública federal: Justiça Federal; Empresa pública estadual/municipal: Justiça Estadual; Sociedade de Economia Mista: Justiça Estadual (SÚMULA 556, STF) salvo se a União atuar, caso em que a competência será deslocada para a Justiça Federal. JURISPRUDÊNCIA PRECATÓRIOS: É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858). CÓDIGO DE TRÂNSITO: Carros dos conselhos profissionais não podem ser registrados como veículos oficiais Os conselhos de fiscalização profissional não possuem autorização para registrar os veículos de sua propriedade como oficiais. STJ. 1ª Turma. AREsp 1.029.385-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 05/12/2017 (Info 619). Conceito de Administração Pública Há três acepções para a palavra “Administração Pública” Sentido subjetivo, formal ou orgânico (Administração Pública): são as pessoas jurídicas, os órgãos e agentes públicos que exercem atividades administrativas. Pode ser dividida em administração direta e indireta. Sentido objetivo, material ou funcional (administração pública): é a própria função ou atividade. Sentido operacional: É o desempenho perene e sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Organização administrativa A Administração Pública se divide em Administração Direta e Indireta. Direta Entes Federados Indireta autarquias, empresas públicas, sociedades de Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br economia mista e fundações. CESPE 2017 - Considerando as modernas ferramentas de controle do Estado e de promoção da gestão pública eficiente, assinale a opção correta acerca do direito administrativo e da administração pública. a) Em função do dever de agir da administração, o agente público omisso poderá ser responsabilizado nos âmbitos civil, penal e administrativo. b) O princípio da razoável duração do processo, incluído na emenda constitucional de reforma do Poder Judiciário, não se aplica aos processos administrativos. c) Devido ao fato de regular toda a atividade estatal, o direito administrativo aplica- se aos atos típicos dos Poderes Legislativo e Judiciário. d) Em sentido objetivo, a administração pública se identifica com as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes públicos e, em sentido subjetivo, com a natureza da função administrativa desempenhada. Justificativas: a) CORRETO. O agente omisso poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente, conforme o tipo de inércia a ele atribuída (art. 37 § 6º, CF). b) ERRADO. O princípio da razoável duração do processo é aplicável aos processos judiciais e administrativos. c) ERRADO. Não se aplica aos atos típicos do Poder legislativo e do Poder Judiciário. Aplica-se apenas aos atos atípicos (função administrativa). d) ERRADO. Os conceitos de Administração Pública em sentido subjetivo e objetivo foram trocados. As bancas gostam baste de trocar os conceitos! Fiquem atentos! Alternativa correta: A ANO: 2018. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPE-PE. PROVA: DEFENSOR PÚBLICO Considerando-se as novas formas de desestatização da prestação de serviços públicos de caráter social, as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que, atendidos os requisitos previstos em lei, firmam parceria com o poder público, por instrumento de contrato de gestão, para a execução de atividades de interesse público — especialmente ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde — recebem a qualificação de a) agência executiva. b) fundação pública. c) organização social. Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br d) organização da sociedade civil de interesse público. e) serviço social autônomo. GABARITO: C. Agência executiva: autarquia, fundação pública ou órgão da administração direta que celebra contrato de gestão com o próprio ente político com o qual está vinculado. SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS:Parafiscalidade, delegação da capacidade tributária O TC pode controlar Licitação pelo procedimento simplificado de licitação do Sistema S Empregados – CLT Criação mediante autorização legislativa. Objetivos. Não submissão à exigência do concurso público para contratação de pessoal (STF). Processo seletivo simplificado. Procedimentos licitatórios observando seus regulamentos próprios. Não integram a Administração Pública em sentido formal. Entes de cooperação governamental, recebem contribuições parafiscais e são sujeitos à fiscalização do Estado. ENTIDADE DE APOIO: Cursos de pós nas Universidades Públicas. Natureza de fundação ou associação. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS): Contrato de gestão: transfere bens públicos, servidores, recursos orçamentários. Nasce da extinção das estruturas da Administração. Tem dispensa de licitação. ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO: Termo de parceria: projeto de modernização na Adm, levando computadores, servidores etc. A PJ privada anterior deveria existir há pelo menos 3 anos. Conceito de Órgão Público Os órgãos públicos são repartições internas do Estado (dentro de uma mesma pessoa, seja ela pertencente à Administração Pública Direta ou Indireta). Os órgãos são decorrência do fenômeno da Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br desconcentração administrativa. Principal característica: ausência de personalidade jurídica. São ligados aos outros órgãos integrantes da mesma pessoa por uma relação de hierarquia. Teoria do Órgão A TEORIA DO ÓRGÃO OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA É A QUE PREVALECE! QUESTÃO: ORGANIZAÇÃO DA ADMIISTRAÇÃO FCC – DPE SC – 2017 - A teoria do órgão foi inspirada na Doutrina de Otto Gierke e tem grande aplicabilidade no direito administrativo brasileiro. Com base nesta teoria, é correto afirmar: a) A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao princípio da reserva legal. b) Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, os órgãos seriam caracterizados pela teoria subjetiva, a qual corresponde às unidades funcionais da organização. c) A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, não tem relevância o fato de ter sido exercida por um agente que não tenha a investidura legítima. d) É com base nestes ensinamentos que se discute desconcentração e descentralização, sendo aquela a criação de novas pessoas jurídicas e esta a criação de novos órgãos. e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação objetiva. GABARITO: C COMENTÁRIOS: a) ERRADO. Art. 84, VI, a, da CRFB: compete ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre: organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. b) ERRADO. A teoria é objetiva e não subjetiva. c) CORRETO. A teoria do órgão é aplicada ao funcionário de fato (aquele que não possui uma investidura regular). As atividades desempenhadas pelo agente que atuam em órgãos são imputadas aos Entes Públicos. Não imposta quem praticou o Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br ato, pois a teoria do órgão diz que a vontade declarada foi do Ente Público. d) ERRADO. Os conceitos de desconcentração e de descentralização estão invertidos. e) ERRADO. A teoria do órgão consagra o princípio da imputação objetiva. 4. PODERES ADMINISTRATIVOS São prerrogativas que servem de instrumento para o desempenho das atividades estatais pelos agentes públicos. Refere-se a um poder-dever. O exercício das prerrogativas conferidas à Administração fora dos limites configura abuso de poder. O abuso de poder pode aparecer em duas situações: No excesso de poder: quando se extrapola a competência; No desvio de poder (ou de finalidade): quando o agente pretende finalidade diversa do interesse público. São poderes administrativos abordados pela doutrina: Poder normativo ou regulamentar: É a prerrogativa de editar atos normativos gerais para a fiel execução da lei. É de competência exclusiva do chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, da CF/88). Parcela da doutrina chama essa função exclusiva de Poder regulamentar do Chefe do Executivo. Isso não impede o exercício da função normativa por órgão da administração, como, por exemplo, a expedição de resoluções e portarias, é o que se chama de Poder Normativo da administração. Decretos autônomos: possuem fundamento diretamente na Constituição Federal. Art. 84, VI, “a” e “b”, da CF/88 - Compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Poder de Polícia: Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br ATENÇÃO! É a prerrogativa da administração pública de restringir e condicionar, com fundamento na lei, o exercício de direitos privados, com o objetivo de atender o interesse público. O art. 78 do CTN traz a definição de Poder de Polícia, qual seja “a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.” Tem como fundamento a supremacia do interesse público sobre o privado. São atributos do Poder de Polícia: 1) Discricionariedade: a Administração, em regra, possui certa liberalidade de atuação. Contudo, nada impede que lei vincule a prática de determinados atos de polícia, como por exemplo a concessão de licença; 2) Coercibilidade: é a possibilidade de as medidas adotadas pela Administração serem impostas ao administrado, inclusive com o uso da força; 3) Autoxecutoriedade: possibilidade de certos atos serem executados de forma direta e imediata, independente de ordem judicial. Nem todos os atos de polícia ostentam os atributos da autoexecutoriedade e da coercibilidade. Os atos preventivos e alguns repressivos, como a cobrança de multa não paga espontaneamente e a desapropriação, não gozam dessas características. O poder de polícia incide sobre bem e direitos e não sobre pessoas! O poder de polícia é atividade típica de pessoa jurídica de direito público, não podendo ser delegado a particulares. As pessoas jurídicas de direito privado da Administração Indireta, também não podem exercer esse poder. Mas, as atividades materiais necessárias a esse poder podem ser delegadas. Prescrição: Ocorre a prescrição em cinco anos da ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI ZC HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br ATENÇÃO! infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o término regular do processo administrativo, prescreve em cinco anos a ação de execução da administração pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em vigor. Súmula 467 STJ: Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso. CICLO DE POLÍCIA: Ordem: é a norma legal que estabelece as restrições e as condições para as atividades dos particulares. Consentimento: anuência do Estado para que o particular desenvolva determinada atividade. Pode ser por meio de uma licença (ato vinculado) ou de uma autorização (ato discricionário). Pode ser delegado. Fiscalização: verificação do cumprimento das condições e restrições. Também pode ser delegado. Sanção: é a medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre a ordem de polícia ou os limites impostos no consentimento. As únicas fases que sempre estarão presentes em todo e qualquer ciclo de polícia são: a fase de ordem/legislação e a fiscalização. Poder Disciplinar: É a possibilidade de a Administração aplicar sanções àqueles que, submetidos à sua ordem interna, cometem infrações. No exercício do poder disciplinar, a Administração pode punir internamente as infrações funcionais dos servidores e Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados mediante algum vínculo específico, como contrato ou convênio. Poder hierárquico: É a prerrogativa dos superiores hierárquicos de dar ordens, fiscalizar, controlar e aplicar sanções. É irrestrito, permanente e automático. Não depende de lei. Poder vinculado: Relaciona-se com a prática de atos vinculados, ou seja, atos cuja forma de execução está inteiramente definida na lei não permitindo juízo de conveniência e oportunidade. Poder discricionário: É a prerrogativa conferida à administração para a prática de atos discricionários, ou seja, atos cuja execução admite certa margem de flexibilidade por parte dos agentes, mas sempre dentro dos limites legais. JURISPRUDÊNCIA PODER DE POLÍCIA: Se a ANVISA classificou determinado produto importado como “cosmético”, a autoridade aduaneira não poderá alterar essa classificação para defini-lo como “medicamento”. Incumbe à ANVISA regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública (art. 8º da Lei nº 9.782/99). Assim, é da Agência a atribuição de definir o que é medicamento e o que é cosmético. STJ. (Info 577). PODER DE POLÍCIA. A Lei nº 7.102/83 estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores. O art. 11 dessa Lei prevê que “a propriedade e a administração das empresas especializadas que vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros.” Esse art. 11 deve ser interpretado segundo a Constituição Federal que, desde a EC 6/95, proíbe, em regra, que a lei faça discriminação entre “empresa brasileira de capital nacional” e “empresa brasileira de capital estrangeiro”. Em outras palavras, para o texto constitucional atual, em regra, desde que uma empresa seja brasileira (constituída no Brasil e sujeita às leis brasileiras), a origem do seu capital é irrelevante. Diante disso, a interpretação atual do art. 11 deve ser a seguinte: • Empresas constituídas no exterior são proibidas de atuar no setor de segurança privada. • Todavia, empresas que sejam constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País são consideradas “empresas brasileiras” (art. 1.126 do Código Civil), sendo irrelevante que tenham na sua composição societária, direta ou indiretamente, participação ou controle pelo capital estrangeiro. • Logo, “empresas brasileiras” poderão praticar atividades de segurança privada no país ainda que tenham sócios estrangeiros. A restrição veiculada pelo art. 11 da Lei nº 7.102/83, de acordo com a CF/88, não impede a Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br participação de capital estrangeiro nas sociedades nacionais (empresas brasileiras) que prestam serviço de segurança privada. STJ. (Info 596). PODER DE POLÍCIA: Fiscalização prévia do camarão in natura É obrigatória a prévia fiscalização do camarão in natura, ainda que na condição de matéria-prima, antes do beneficiamento em outros Estados da Federação, podendo tal atividade ser realizada no próprio estabelecimento rural onde se desenvolve a carcinicultura. STJ. 1ª Turma. REsp 1.536.399-PI, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 08/02/2018 (Info 620). Abuso de poder Excesso de poder vício de competência Desvio de poder vício de finalidade Poderes da Administração Pública Poder normativo ou regulamentar Poder de polícia Poder disciplinar Poder hierárquico Poder vinculado Poder discricionário Poderes da Administração Pública CESPE – DPE-RN – 2015 - Com relação aos poderes da administração pública e aos poderes e deveres dos administradores públicos, assinale a opção correta. a) A cobrança de multa constitui exemplo de exceção à autoexecutoriedade do poder de polícia, razão por que o pagamento da multa cobrada não pode se configurar como condição legal para que a administração pública pratique outro ato em favor do interessado. b) A autorização administrativa consiste em ato administrativo vinculado e definitivo segundo o qual a administração pública, no exercício do poder de polícia, confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa atividade. c) O desvio de finalidade é a modalidade de abuso de poder em que o agente público atua fora dos limites de sua Ad Ver um Sup orte Edu cac iona l PED RO LUI Z C HOR RO MIL ER 043 .044 .741 -89 plcm iler@ gma il.co m Estude inteligente, Estude Ad Verum! www.adverum.com.br competência, invadindo atribuições cometidas a outro agente. d) No exercício do poder regulamentar, é conferida à administração pública a prerrogativa de editar atos gerais para complementar a lei, em conformidade com seu conteúdo e limites, não podendo ela, portanto, criar direitos e impor obrigações, salvo as excepcionais hipóteses autorizativas de edição de decreto autônomo. e) Decorre do sistema hierárquico
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