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Livro Eletrônico - Defensor Publico - Ad Verum_ CERS

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APRESENTAÇÃO 
 
Caro (a) Aluno(a), 
 
A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e inteligência. 
Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, 
focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode 
representar a diferença entre aprovação e reprovação. 
 
Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE, 
concebeu o livro eletrônico iPDF – Defensor Público, que tem por premissa 
fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas a antecipação 
dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. 
 
Hoje, contamos com um SETOR DE INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de 
dados e informações das mais diferentes fontes relacionadas ao universo de cada 
concurso e/ou exame profissional, de modo a, partir do processamento dos dados 
coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência diferenciada quando comparada 
a tudo que ele conhece em matéria de preparação para carreiras públicas. 
 
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de 
uma obsessão. 
 
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Francisco Penante 
CEO Ad Verum Suporte Educacional 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO................................................................................01 
DIREITO CIVIL .....................................................................................................02 
DIREITO CONSTITUCIONAL ..............................................................................03 
DIREITO DO CONSUMIDOR................................................................................04 
DIREITO EMPRESARIAL .....................................................................................05 
DIREITO PENAL ...................................................................................................06 
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS ...................................................................07 
DIREITOS HUMANOS .........................................................................................08 
ECA ......................................................................................................................09 
PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS ...........................................................................10 
PROCESSO CIVIL ...............................................................................................11 
 
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APRESENTAÇÃO 
 
Caro(a) Aluno(a), 
A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. 
Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, 
focada nos pontos com maior probabilidade de cobrança no seu certame, pode 
representar a diferença entre aprovação e reprovação. 
Ciente disso, a Ad Verum Suporte Educacional, empresa do Grupo CERS ONLINE, 
concebeu o curso INTELIGÊNCIA PDF – Defensoria Pública Estadual, que tem por 
premissa fundamental “atacar” os pontos nucleares de cada matéria, com vistas à 
antecipação dos temas com maiores chances de cobrança em sua prova. 
Fazer isso não é tarefa fácil! É necessário um árduo esforço de pesquisa, levando-se 
em consideração fatores como banca examinadora e respectivos membros (sempre 
que possível), retrospecto do concurso, incidência temática de cada disciplina, 
momento da economia do país, dentre tantos outros, aliados a experiência de 
Professores de projeção nacional, com larguíssima experiência na análise do perfil dos 
mais diferentes certames públicos. 
Para tornar tudo isso uma realidade, a Ad Verum investiu muito em seu Método de 
Aceleração de Aprendizagem (MAVAA). Hoje, contamos com um SETOR DE 
INTELIGÊNCIA, responsável por ampla coleta de dados e informações das mais 
diferentes fontes relacionadas ao universo de cada concurso, de modo a, a partir do 
processamento dos dados coletados, oferecer aos seus alunos uma experiência 
diferenciada quando comparada a tudo que ele conhece em matéria de preparação 
para carreiras públicas. 
Racionalizar o estudo do aluno é mais que um objetivo para Ad Verum, trata-se de 
uma obsessão. 
 
Bom estudo! 
 
 
Francisco Penante 
CEO Ad Verum Suporte Educacional 
 
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SUMÁRIO 
 
1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, SISTEMAS, TENDÊNCIAS E FONTES ......7 
1.1 CONCEITO ..................................................................................................................... 7 
1.2 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS ..................................................................................... 8 
1.3 TENDÊNCIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................. 9 
1.4 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ..................................................................... 9 
2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO .....................................................12 
3. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA..... .................................................................................................................21 
4. PODERES ADMINISTRATIVOS ...........................................................................32 
5. ATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................39 
6. AGENTES PÚBLICOS ..........................................................................................47 
7. CONTRATOS, CONSÓRCIOS E CONVÊNIOS .......................................................59 
8. LICITAÇÃO ........................................................................................................65 
9. SERVIÇO PÚBLICO ............................................................................................75 
10. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................79 
11. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE ................................................. 83 
 BIBLIOGRAFIA...............................................................................................85 
 
 
 
 
 
 
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1. DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, SISTEMAS, TENDÊNCIAS E FONTES 
 
1.1 CONCEITO 
 
O surgimento do Direito Administrativo está relacionado aos ideais da Revolução 
Francesa de 1789 e ao nascimento do Estadode Direito. O poder estatal passa a ser 
limitado, sendo o Direito Administrativo o ramo do direito responsável por limitar as 
relações que envolvem o Estado e o exercício das atividades administrativas. 
Cabe destacar que, em momento anterior, já existiam documentos de limitação ao 
poder estatal, como, por exemplo, a Magna Carta de João Sem Terra de 1215. Sendo 
que a sistematização do Direito administrativo vai ocorrer após a Revolução Francesa 
e a Norte Americana. 
Esse momento é marcado pela limitação do poder estatal e pelo surgimento de 
meios de proteção ao cidadão em face do Estado. Algumas conquistas revolucionárias 
podem exemplificar: a) a submissão do Estado à lei (princípio da legalidade); b) a não 
concentração do poder nas mãos de um mesmo órgão (princípio da separação dos 
poderes); c) a declaração dos direitos do homem e do cidadão. 
Em momento anterior, não era possível encontrar um Direito Administrativo, pois 
não havia limites a atuação do estado, também não havia proteção ao cidadão em face 
dos atos do poder estatal. 
Tendo em vista estes apontamentos, passaremos a expor alguns conceitos 
doutrinários de Direito Administrativo. Vejamos: 
“O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que tem por objeto as regras 
e os princípios aplicáveis à atividade administrativa preordenada à satisfação dos 
direitos fundamentais.” 1 
“O Direito Administrativo é o conjunto de normas e princípios que, visando sempre 
ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e 
entre estes e as coletividades a que devem servir.”2 
Porém, a definição do que é o Direito Administrativo não é unânime na doutrina e 
enseja algumas divergências entre os estudiosos da matéria. Por isso, é importante 
verificarmos os critérios adotados pela doutrina para delimitação do objeto e 
finalidades, bem como definição da área de atuação deste ramo do direito. 
 
CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO: 
 
1) CORRENTE LEGALISTA/ESCOLA EXEGÉTICA: para essa escola, o Direito 
Administrativo é o conjunto da legislação administrativa existente no país, 
desconsiderando o papel da doutrina e da jurisprudência. 
2) CRITÉRIO DO PODER EXECUTIVO: identifica o Direito Administrativo como a 
atuação apenas do Poder Executivo. 
3) CRITÉRIO DAS RELAÇÕES JURÍDICAS: define o Direito Administrativo como o 
ramo do direito responsável pelas relações da Administração com os 
administrados (particular). 
 
1 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezande. CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo: MÉTODO, 2017. 
p.3. 
2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo: ATLAS, 2016. 
p. 8. 
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4) CRITÉRIO DO SERVIÇO PÚBLICO: surgiu na França com a criação da Escola do 
Serviço Público que seguia as orientações de Leon Duguit. Conforme esse 
critério, o Direito Administrativo tem por objeto a disciplina jurídica dos 
serviços públicos. 
5) CRITÉRIO TELEOLÓGICO OU FINALÍSTICO: considera que o Direito 
Administrativo é o ramo do direito responsável por regular a atividade do 
Estado na busca de seus fins. 
6) CRITÉRIO NEGATIVISTA OU RESIDUAL: o Direito Administrativo é tudo que não 
seja atividade política, jurídica ou legislativa. 
7) CRITÉRIO FUNCIONAL: o Direito Administrativo é o ramo jurídico que estuda e 
analisa a disciplina normativa da função administrativa, esteja ela sendo 
exercida pelo Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou, até mesmo, por 
particulares mediante delegação estatal. 
8) ESCOLA DE PUISSANCE PUBLIQUE: conceitua o direito administrativo partindo 
da distinção entre atividade de autoridade (império) e atividades de gestão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 SISTEMAS ADMINISTRATIVOS 
 
O sistema administrativo significa a forma de controle jurisdicional que é feito 
sobre atividade administrativa. Existem dois sistemas mais abordados pela doutrina: 
 
 
SISTEMA DE DUALIDADE DE JURISDIÇÃO 
OU SISTEMA DO CONTENCIOSO 
ADMINISTRATVO 
 
Adotado na França. Existem dois tipos de 
jurisdição: a exercida pelo Poder 
Judiciário sobre os atos dos particulares 
em geral e a administrativa, exercida pro 
juízes e tribunais administrativos. 
 
SISTEMA DE JURISDIÇÃO UNA 
 
Adotado na Inglaterra e nos EUA. O 
Poder Judiciário decide de maneira 
definitiva sobre atos praticados por 
particulares e pela administração pública. 
 
 
O Brasil adota o SISTEMA DA JURISDIÇÃO UNA, de origem inglesa. Isso decorre do 
Modernamente, a doutrina majoritária tem apontado no 
sentido de se utilizar o critério funcional, como o mais eficiente 
na definição da matéria. 
 
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ATENÇÃO! 
princípio da inafastabilidade do controle do Poder Judiciário – art. 5º, XXXV, da 
CF/88. 
 
1.3 TENDÊNCIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
O Direito administrativo, assim como todo o direito pátrio, tem passado por 
profundas mudanças e seguido determinadas tendências. Podemos citar algumas 
delas: 
 Constitucionalização e o princípio da juridicidade: com a consequente 
normatividade primária dos princípios constitucionais (juridicidade) e a 
centralidade dos direitos fundamentais. 
 Publicização do Direito Civil e privatização do Direito Administrativo: 
tendência de transferir atividades do setor público para o setor privado. 
 Relativização de formalidades e ênfase nos resultados: a efetivação de 
direitos fundamentais tem relativizado formalidades desproporcionais. 
 
Em relação a relativização de formalidades é importante 
saber que a Lei nº 13.726, de 8 de outubro de 2018, 
instituiu o Selo de Desburocratização e Simplificação, além 
de mecanismos para diminuir a burocracia e formalismo 
em órgãos públicos de todos os entes da Federação. Em resumo, a nova Lei: 
 
 
1.4 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 São fontes do Direito Administrativo: lei, doutrina, jurisprudência, 
costumes e precedentes administrativos. 
 
É fonte primária e direta. Deve ser considerada em sentido 
Dispensa o reconhecimento de firma, 
exigindo o mero confronto da firma 
com a assinatura do documento ou 
mediante a assinatura diante do 
agente público;
Dispensa o título de eleitor, exceto 
para votar ou para registrar 
candidatura;
Permite autenticação de 
documentos diretamente na 
repartição pública, dispensando a 
autenticação em cartório;
Dispensa a exigência de documentos 
expedidos por outro órgão ou 
entidade do mesmo Poder, exceto 
situações específicas previstas na 
própria Lei;
Instituiu o Selo de Desburocratização 
e Simplificação, destinado a 
reconhecer e a estimular projetos, 
programas e práticas que 
simplifiquem o funcionamento da 
administração pública e melhorem o 
atendimento aos usuários dos 
serviços públicos.
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LEI 
 
amplo, abrangendo normas constitucionais, legislação 
infraconstitucional, os regulamentos administrativos (ex: 
decretos) e os tratados internacionais. Esse conceito está 
relacionado à ideia de juridicidade (o administrador deve 
respeitar a lei e o direito como um todo). 
 
DOUTRINA 
 
É fonte secundária e indireta. A doutrina orientaa 
Administração Pública na interpretação do direito 
positivado. Não tem força vinculante. 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
Decisões reiteradas dos tribunais. Tem importância se 
levarmos em conta a judicialização do direito e nova 
tendência de vinculação dos precedentes. 
 
 
COSTUMES 
 
São fontes secundárias e indiretas. Trata-se da repetição de 
condutas com convicção de sua obrigatoriedade. Os 
costumes, assim com a praxe administrativa (fonte 
secundária) são consideradas fontes inorganizadas, ou seja, 
não escritas. 
 
Os costumes e a praxe NÃO se confundem, pois os 
costumes carregam caráter de obrigatoriedade e na praxe 
inexiste essa percepção. 
 
 
 
PRECEDENTES 
ADMINISTRATIVOS 
Norma jurídica retirada de decisão administrativa anterior. 
Após decidir um caso concreto a norma será aplicada aos 
casos futuros semelhantes. Decorre da necessidade de 
segurança jurídica e da vedação a arbitrariedades. O 
precedente pode ser afastado em caso de constatação de 
ilegalidade e quando houver, motivadamente, alteração no 
entendimento administrativo. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS 
DO DIREITO 
São fontes secundárias e indiretas, eis que influenciam na 
formação legislativa. 
 
 
 
 
O CESPE tem considerado o DECRETO (abrangido no conceito de lei em sentido 
amplo) fonte PRIMÁRIA do Direito Administrativo. 
 
 
 
Conceito de 
Direito 
“O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que 
tem por objeto as regras e os princípios aplicáveis à atividade 
administrativa preordenada à satisfação dos direitos 
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Administrativo fundamentais.” OLIVEIRA, RAFAEL CARVALHO REZANDE. 
CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. São Paulo, MÉTODO, 
2017. p.3. 
 
 
 
Sistemas 
administrativos 
 Sistema de dualidade de jurisdição ou sistema do 
contencioso administrativo: adotado na França. Existem 
dois tipos de jurisdição: a exercida pelo Poder Judiciário 
sobre os atos dos particulares em geral e a 
administrativa, exercida pro juízes e tribunais 
administrativos. 
 Sistema de jurisdição una: adotado na Inglaterra e nos 
EUA. O Poder Judiciário decide de maneira definitiva 
sobre atos praticados por particulares e pela 
administração pública. 
 O Brasil adota o sistema de JURISDIÇÃO UNA, de 
origem inglesa. 
 
Tendências do 
Direito 
Administrativo 
 Constitucionalização e o princípio da juridicidade 
 Relativização de formalidades e ênfase nos resultados 
 Publicização do Direito Civil e privatização do Direito 
Administrativo 
 
Fontes do Direito 
Administrativo 
 Lei em sentido amplo; 
 Doutrina; 
 Jurisprudência; 
 Costumes; 
 Precedentes administrativos; 
 Princípios gerais do direito. 
 
 
 
 
FONTES DO 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
ANO: 2016. BANCA: CESPE 
 O chefe do Poder Executivo federal expediu decreto criando 
uma comissão nacional para estudar se o preço de 
determinado serviço público delegado estaria dentro dos 
padrões internacionais, tendo, na ocasião, apontado os 
membros componentes da referida comissão e sua 
respectiva autoridade superior. Nesse decreto, instituiu que 
a comissão deveria elaborar seu regimento interno, efetuar 
ao menos uma consulta pública e concluir a pesquisa no 
prazo de cento e vinte dias e que não poderia gerar despesas 
extraordinárias aos órgãos de origem de cada servidor 
integrante da referida comissão. 
 
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A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta 
no que se refere a atos administrativos e seu controle 
judicial. 
a) O decreto federal é uma fonte primária do direito 
administrativo, haja vista o seu caráter geral, abstrato e 
impessoal. 
b) Uma vez instituído o referido decreto, não poderá o 
chefe do Poder Executivo revogá-lo de ofício. 
c) O Poder Judiciário, em sede de controle judicial, 
poderá revogar o referido decreto por motivos de 
oportunidade e conveniência. 
d) O referido ato presidencial é inconstitucional, pois é 
vedado instituir comissões nacionais que visem à promoção 
de estudo de preços públicos mediante decreto do chefe do 
Poder Executivo federal. 
e) A expedição do decreto é ato vinculado do chefe do 
Poder Executivo federal. 
 
GABARITO: A 
 
COMENTÁRIOS: 
 
a) CORRETO. O decreto está abrangido no conceito de lei em 
sentido amplo. A lei em sentido amplo é fonte primária do 
Direito Administrativo. Portanto, o decreto é fonte primária 
do Direito Administrativo. 
b) ERRADO. O Chefe do executivo possui a prerrogativa de 
instituir decretos para a fiel execução da lei. Em caso de 
conveniência e oportunidade é possível revogá-lo. 
c) ERRADO. O Poder Judiciário não pode revogar atos 
administrativos. A revogação é feita por questões de 
conveniência e oportunidade (mérito administrativo) só 
podendo ser feita pela própria administração pública. o 
Poder judiciário poderá anular o ato administrativo em caso 
de ilegalidade. 
d) ERRADO. Não existe qualquer previsão da referida 
vedação. 
e) ERRADO. A expedição de decretos é ato discricionário. 
 
 
2. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
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SUPREMACIA DO INTERESSE 
PÚBLICO SOBRE O PRIVADO
INDISPONIBILIDADE DO 
INTERESSE PÚBLICO
As normas jurídicas podem ser divididas em duas categorias: as regras e os 
princípios. No sistema jurídico brasileiro, os princípios constitucionais possuem 
normatividade primária. 
Todos os princípios do Direito Administrativo decorrem da CRFB/88 e se baseiam 
em dois princípios basilares: a supremacia do interesse público e a indisponibilidade 
do interesse público que definem prerrogativas e limitações impostas ao ente estatal, 
sempre com a intenção de se perseguir e alcançar o interesse da coletividade. 
Além da Constituição Federal, a legislação esparsa também elenca alguns princípios 
administrativos, como faz a Lei 9.784/1999, em seu art. 2º, o qual cita os princípios da 
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, 
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
A doutrina não trata de maneira uniforme os princípios do Direito Administrativo. 
Assim, abordaremos os princípios considerados mais importantes e os mais abordados 
em provas de concurso público. 
 
PRINCÍPIOS: 
 
1. SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO: 
Havendo conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele deve 
prevalecer. As prerrogativas devem ser vistas como instrumentos para que a 
Administração possa atingir seus objetivos. 
 
2. INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: 
Os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem aos seus 
agentes, cabendo-lhes apenas geri-los e conservá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (JURIDICIDADE): 
A doutrina mais moderna tem falado que inexiste uma supremacia abstrata do 
interesse público sobre o privado, sendo necessária uma ponderação no caso 
concreto. O fundamento seria a dignidade da pessoa humana, proporcionalidade, 
concordância práticados princípios constitucionais etc. 
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O princípio da legalidade está expresso no art. 37 da CF/88. Possui dois 
desdobramentos: 
a) Supremacia da lei: a lei deve prevalecer sobre atos da administração. Ideia de 
vinculação negativa: a lei representa uma limitação para a atuação do 
administrador. 
b) Reserva legal: doutrina da vinculação positiva. A atuação dos agentes públicos 
está condicionada à prévia autorização legal. 
 
 
 Tem prevalecido na doutrina clássica e na prática jurídica brasileira a ideia da 
vinculação positiva da administração à lei. 
Uma doutrina mais moderna, como Rafael Oliveira, prega a reinterpretação do 
princípio da legalidade a partir do fenômeno constitucionalização do Direito 
Administrativo, com a relativização da concepção de vinculação positiva do 
administrador à lei. A atuação da administração deve se pautar não apenas na lei, 
mas também nos princípios que decorrem diretamente da CF/88. Exige-se a 
adequação da atuação da administração pública não apenas a lei, mas a um “bloco 
de legalidade”. Daí surge a ideia de juridicidade. 
O princípio da juridicidade confere importância ao direito como um todo. O 
administrador ao agir deve respeitar a lei e o direito. 
 
4. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: 
O princípio da impessoalidade está consagrado de forma expressa no art. 37 da 
CF/88. Possui três vertentes: 
 
a) Isonomia: a Administração Pública deve tratar os particulares de maneira 
impessoal e isonômica. Lembramos que a isonomia deve ser 
substancial/material, sendo vedada a discriminação desproporcional. Exemplo: 
concursos públicos, licitações; 
b) Proibição da promoção pessoal dos agentes públicos: os atos da 
Administração Pública não são atos pessoais dos agentes públicos, ao contrário, 
são atos do Poder Público, não podendo ser atribuído a um ou a alguns agentes 
públicos. O ato deve ser imputado ao ente público ou ao órgão que o praticou 
(teoria do órgão). Essa é a interpretação que deve ser dada ao art.37, § 1º, da 
CF/88, segundo o qual “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos; 
c) Finalidade: impõe que o fim a ser buscado pelo administrador deve ser aquele 
prescrito pela lei. 
 
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 PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA: relacionado ao princípio da impessoalidade. O 
princípio da intranscendência subjetiva das sanções vem sendo consagrado pelo STF, 
impedindo a aplicação de sanções aos entes federados por atos de gestões 
anteriores. 
Segundo o Min. Luiz Fux, do STF, “não se pode inviabilizar a administração de quem 
foi eleito democraticamente e não foi responsável diretamente pelas dificuldades 
financeiras que acarretaram a inscrição combatida”. 
 
Ainda, é necessária a observância da garantia do devido processo legal, em especial, 
do contraditório e da ampla defesa, relativamente à inscrição de entes públicos em 
cadastros federais de inadimplência. Assim, a União, antes de incluir Estados-
membros ou Municípios nos cadastros federais de inadimplência (exs: CAUC, SIAF) 
deverá assegurar o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. STF. 
Plenário. ACO 1995/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 26/3/2015 (Info 779). 
STF. 1ª Turma. ACO 732/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 10/5/2016 (Info 
825). 
 
5. PRINCÍPIO DA MORALIDADE (art. 37 da CF/88): 
 
A atuação da Administração Pública deve, além de respeitar a lei, atender aos 
ditames da ética, da lealdade e ser séria. Tal princípio também está previsto na Lei 
9.784/1999, em seu art. 2º, parágrafo único, IV o qual fala que “nos processos 
administrativos serão observados, entre outros, os critérios de atuação segundo 
padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé.” 
Exemplo: vedação ao nepotismo (Súmula Vinculante 13). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podemos destacar como instrumentos de controle da moralidade administrativa: 
a ação de improbidade administrativa, a ação popular, a ação civil pública, a Lei 
12.846/2013 (Lei Anticorrupção). 
 
 
Súmula vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade ou de 
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, 
de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido 
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 
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 A vedação ao nepotismo não alcança cargos providos por concurso público – STF, 
ADI 524/ES, 2015. 
 A Súmula Vinculante 13, que trata sobre o nepotismo, não se aplica aos cargos 
políticos – STF, Rext 579.951/RN, informativo n. 516. 
 Não há nepotismo na nomeação de servidor para ocupar o cargo de assessor de 
controle externo do Tribunal de Contas mesmo que seu tio (parente em linha 
colateral de 3º grau) já exerça o cargo de assessor-chefe de gabinete de 
determinado Conselheiro, especialmente pelo fato de que o cargo do referido tio 
não tem qualquer poder legal de nomeação do sobrinho. A incompatibilidade da 
prática enunciada na SV 13 com o art. 37 da CF/88 não decorre diretamente da 
existência de relação de parentesco entre pessoa designada e agente político ou 
servidor público, mas de presunção de que a escolha para ocupar cargo de 
direção, chefia ou assessoramento tenha sido direcionado à pessoa com relação 
de parentesco com quem tenha potencial de interferir no processo de seleção. 
STF. 2ª Turma. Rcl 18564/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão 
Min. Dias Toffoli, julgado em 23/2/2016 (Info 815). 
 É inconstitucional lei estadual que excepciona a vedação da prática do nepotismo, 
permitindo que sejam nomeados para cargos em comissão ou funções 
gratificadas de até dois parentes das autoridades estaduais, além do cônjuge do 
Governador. STF. Plenário. ADI 3745/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 15/5/2013 (Info 
706). 
 
6. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE (art. 37 da CF/88 e no art. Art. 2º da Lei 
9784/1999): 
Estabelece o dever de a Administração Pública divulgar/exteriorizar seus atos, 
tendo em vista que a transparência dos atos administrativos está intimamente ligada 
ao princípio democrático (art. 1º da CF/88). A publicidade dos atos do Poder Público 
torna possível o controle social sobre os mesmos 
A doutrina elenca alguns instrumentos que viabilizam a publicidade, tais como: o 
direito de petição, o direito de obter certidões em repartições públicas, o mandado de 
injunção e o habeas data. 
A transparência depende do direito à informação, sendo o sigilo exceção no 
ordenamento jurídico brasileiro. O direito à informação foi regulamentado pela Lei 
12.527/2013 – Lei de Acesso à Informação – LAI. 
 
 
 
 
 A Lei 12.527/2013 estabelece que a divulgação de informações de interesse 
públicoindepende de solicitação. 
 A Lei 12.527/2013 diz ainda que qualquer interessado, devidamente 
identificado, independentemente de motivação, pode solicitar informações 
de interesse público perante entidades públicas ou privadas. 
 Exceções à publicidade: a) informações classificadas como sigilosas; b) 
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informações pessoais relacionadas à intimidade, vida privada, honra e 
imagem. 
 É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela 
Administração Pública, dos nomes de seus servidores e do valor dos 
correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. STF. Plenário. ARE 
652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015 (repercussão 
geral) (Info 782). 
 PUBLICAÇÃO NÃO SE CONFUNDE COM PUBLICIDADE: a publicação, em 
regra, refere-se à divulgação em órgãos oficiais e imprensa escrita, sendo, 
portanto, apenas uma das formas possíveis de dar publicidade aos atos 
administrativos. 
 
7. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: 
Não constava no texto original da constituição. Tal princípio foi incluído na CF/88 
através da EC 19/1988, tendo como objetivo substituir uma administração burocrática 
(focada na formalidade) por uma administração gerencial (focada nos resultados). 
Exemplos de previsões normativas que prestigiam o princípio da eficiência: 
duração razoável do processo, os contratos de gestão feitos pela administração pública 
com seus órgãos ou com organizações sociais (OS). 
A eficiência deve ser analisada em conjunto com outros princípios e valores 
constitucionais, pois a eficiência não é o único princípio que a administração deve 
observar. Deve ser analisada em conjunto com a legalidade, com a qualidade do 
serviço etc. 
O princípio da eficiência está relacionado à ideia de “maior satisfação com os 
menores custos possíveis”. 
 
8. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE: 
Decorrem da cláusula do devido processo legal, de sua vertente substantiva. Não 
está previsto de forma expressa na CF/88, mas podem ser encontrados no art. 2º da 
Lei 9784/1999. 
Há divergência na doutrina sobre a existência ou não de diferença entre os dois 
princípios. Entretanto, tem prevalecido a tese da fungibilidade entre os mesmos. 
 
O princípio da proporcionalidade pode ser divido em três subprincípios: 
 Adequação 
 Necessidade 
 Proporcionalidade em sentido estrito (ponderação entre ônus e 
benefícios) 
 
 
9. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO: 
Está relacionado à prestação de serviço público e à necessidade permanente de 
satisfação de direitos fundamentais. Como consequência da continuidade da prestação 
dos serviços públicos, exige-se a sua prestação regular. Os serviços públicos devem ser 
prestados na medida da necessidade da população, podendo a necessidade ser 
relativa ou absoluta. 
 
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 É possível a interrupção dos serviços em caso de inadimplemento dos 
usuários e por razões de ordem técnica – art. 6º, parágrafo 3º, da Lei 8987/1995. 
Esta regra é especial e prevalece sobre o art. 22 do CDC. 
 É reconhecido o direito de greve aos servidores estatutários, com aplicação 
análoga da Lei 7783/1989. 
 Inviabilidade da exceptio non adimpleti contractus nos contratos de 
concessão de serviço público, decorre do princípio da continuidade. 
 Em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, 
sem interrupções (princípio da continuidade do serviço público). 
Excepcionalmente, será possível a interrupção do serviço público nas seguintes 
hipóteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei n.º 8.987/95: a) Em caso de emergência 
(mesmo sem aviso prévio); b) Por razões de ordem técnica ou de segurança das 
instalações, desde que o usuário seja previamente avisado; c) Por causa de 
inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. A 
divulgação da suspensão no fornecimento de serviço de energia elétrica por meio 
de emissoras de rádio, dias antes da interrupção, satisfaz a exigência de aviso 
prévio, prevista no art. 6º, § 3º, da Lei nº 8.987/95. STJ. 1ª Turma. REsp 1270339-
SC, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 15/12/2016 (Info 598). 
 
10. PRICÍPIO DA AUTOTUTELA OU SINDICABILIDADE: 
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de 
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos. A autotutela encontra limites na segurança jurídica 
e na boa-fé dos administrados. 
O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em 
que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
Súmula 473-STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados 
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, 
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
Súmula 346-STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus 
próprios atos. 
 
Súmula 6-STF: A revogação ou anulação, pelo Poder Executivo, de aposentadoria, 
ou qualquer outro ato aprovado pelo Tribunal de Contas, não produz efeito não 
produz efeitos antes de aprovada por aquele tribunal, ressalvada a competência 
revisora do Judiciário. 
 
11. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA: 
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ATENÇÃO! 
 
É o direito de saber o que acontece no processo e o direito de se manifestar 
através dos meios admitidos em direito. 
 No Direito Administrativo esses princípios abarcam: a defesa prévia (antes da 
decisão administrativa ser proferida, o particular deve ter a oportunidade de se 
manifestar para influenciar na decisão), salvo em situações emergenciais que pode 
haver o contraditório diferido e o direito à defesa técnica. 
 
 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 5: A falta de defesa técnica por 
advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição 
 
 
 
Há também o direto ao recurso na administração, que é inerente á ampla defesa 
e segundo a Súmula Vinculante nº 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo. 
 
 A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando estes forem 
ilegais. No entanto, se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de 
interesses individuais, faz-se necessária a instauração de procedimento administrativo 
que assegure o devido processo legal e a ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a 
Administração Pública controlar seus próprios atos não dispensa a observância do 
contraditório e ampla defesa prévios em âmbito administrativo. Plenário. MS 
25399/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 15/10/2014 (Info 763). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: 
PRINCÍPIOS 
ANO: 2017. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPU 
 
Jorge, servidor público federal ocupante de cargo de 
determinada carreira, foi, por meio administrativo, transferido 
para cargo de carreira diversa. 
 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item 
subsequente à luz do entendimentodos tribunais superiores. 
 
A forma de provimento do cargo público na referida situação 
— transferência para cargo de carreira diversa — foi 
inconstitucional, por violar o princípio do concurso público; 
cabe à administração pública, no exercício do poder de 
autotutela, anular o ato ilegal, respeitado o direito ao 
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QUESTÃO: 
PRINCÍPIOS 
contraditório e à ampla defesa. 
 
CERTO 
ERRADO 
 
GABARITO: CERTO 
 
COMENTÁRIOS: 
SÚMULA VINCULANTE 43. É inconstitucional toda modalidade 
de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia 
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, 
em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente 
investido. 
 
 
ANO 2016. BANCA: CESPE 
 
Quando a União firma um convênio com um estado da 
Federação, a relação jurídica envolve a União e o ente 
federado e não a União e determinado governador ou outro 
agente. O governo se alterna periodicamente nos termos da 
soberania popular, mas o estado federado é permanente. A 
mudança de comando político não exonera o estado das 
obrigações assumidas. Nesse sentido, o Supremo Tribunal 
Federal (STF) tem entendido que a inscrição do nome de 
estado-membro em cadastro federal de inadimplentes devido 
a ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura 
ofensa ao princípio da administração pública denominado 
princípio do(a) 
 
a) intranscendência 
b) contraditório e da ampla defesa 
c) continuidade do serviço público 
d) confiança legítima 
e) moralidade. 
Justificativas: 
a) CORRETO. O princípio da intranscendência subjetiva das 
sanções vem sendo consagrado pelo STF. Por ele, impede-se a 
aplicação de sanções aos entes federados por atos de gestões 
anteriores. 
b) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. 
c) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. 
d) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. 
e) ERRADO. Observar justificativa da alternativa A. 
Alternativa correta: A. 
 
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3. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
 
3.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
 
Quanto ao conceito de Administração Pública, em sentido amplo abrange os 
órgãos superiores de governo u exercem função política e também os órgãos, agentes 
e entidades que exercem função meramente administrativa. 
Em sentido estrito, envolve todo o aparelhamento estatal voltado à execução 
das políticas públicas e subdivide-se em: 
 
 
SENTIDO SUBJETIVO, 
FORMAL OU ORGÂNICO 
 
Administração Pública: são as pessoas jurídicas, os 
órgãos e agentes públicos que exercem atividades 
administrativas. Pode ser dividida em Administração 
Direta e Indireta. 
 
SENTIDO OBJETIVO, 
MATERIAL OU FUNCIONAL 
 
Administração pública: é a própria função ou 
atividade. Abrange quatro atividades: 1) Serviço 
Público, 2) Polícia Administrativa; 3) Fomento 
(incentivo à iniciativa privada de utilidade/interesse 
público) e 4) Intervenção (fiscalização da atividade 
econômica). 
 
SENTIDO 
OPERACIONAL 
 
É o desempenho perene e sistemático, legal e técnico 
dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos 
em benefício da coletividade. 
 
 
3.2 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: 
Em relação à organização administrativa tem-se que toda a atividade 
administrativa do Estado se desenvolve, direta ou indiretamente, por meio da atuação 
de órgão, entidades públicas e seus agentes, das seguintes formas: 
 CENTRALIZAÇÃO: É o desempenho direto das atividades públicas pelo Estado, ou 
seja, por uma das pessoas políticas. Essa execução ocorre mediante atuação da 
Administração Direta; 
 DESCONCENTRAÇÃO: A entidade se desmembra em órgãos para melhorar sua 
organização estrutural. Trata-se de uma distribuição interna de competências 
dentro de uma mesma pessoa jurídica. É uma técnica para aprimorar o 
desempenho. 
 DESCENTRALIZAÇÃO: O Estado distribui algumas de suas atribuições para outras 
pessoas, físicas ou jurídicas. Pode ser de 2 tipos: 
1) Descentralização política: ocorre na criação de entidades políticas para o 
exercício de competências próprias, previstas na CF. Exemplo: criação de 
Estados e Municípios; 
2) Descentralização administrativa: ocorre quando determinadas atribuições 
são exercidas por entidades descentralizadas, ou seja, tais atribuições não 
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decorrem da CF e sim de leis infraconstitucionais. Divide-se em três 
modalidades: 
a) Descentralização por serviços ou por outorga: quando uma entidade 
política, por meio de lei, cria uma pessoa jurídica e a ela atribui a 
titularidade e a execução de determinado serviço. 
b) Descentralização por colaboração ou delegação: o Estado transfere 
apenas a execução do serviço a uma pessoa jurídica de direito privado, 
previamente existente, conservando o Poder Público a titularidade. 
c) Descentralização territorial ou geográfica: verifica-se quando uma 
entidade local, geograficamente delimitada, dotada de personalidade 
jurídica própria, possui capacidade administrativa genérica. No Brasil, só 
pode ocorrer na hipótese de criação de território federal. 
 
A organização administrativa também pode ser feita em setores: 
1º SETOR 
 
É o Estado. Exemplo: administração pública direta e 
indireta. 
 
2º SETOR 
 
É o mercado. Exemplo: concessionárias e 
permissionárias de serviços públicos. 
 
3º SETOR 
 
É a sociedade civil. Exemplo: Serviços sociais 
autônomos, organizações sociais. 
 
 
3.2.1 ADMINISTRAÇÃO DIRETA: 
 
É o conjunto de órgãos que integram a pessoa política do Estado. O princípio da 
centralização é inerente à Administração Direta. 
Os órgãos públicos são repartições internas do Estado, ou seja, são feitas dentro 
de uma mesma pessoa, seja ela pertencente à Administração Pública Direta ou 
Indireta. São decorrência do fenômeno da desconcentração administrativa, ou seja, é 
uma repartição interna de competências, dentro da estrutura de uma mesma pessoa. 
A principal característica dos órgãos públicos é a ausência de personalidade 
jurídica. São ligados aos outros órgãos integrantes da mesma pessoa por uma relação 
de hierarquia. 
 Os agentes públicos, que atuam nos órgãos, ao manifestarem sua vontade, 
estão a manifestar a vontade do próprio Estado (teoria do órgão ou da imputação 
volitiva). 
A criação e a extinção dos órgãos dependem de lei. Em regra, a iniciativa para o 
projeto de lei é do chefe do Poder executivo. A simples organização e funcionamento 
podem ser tratas por meio de decreto do chefe do Executivo. 
 Por não possuírem personalidade jurídica, em regra não possuem capacidade 
processual. Entretanto, excepcionalmente, podem atuar em juízo quando autorizados 
por lei ou quando se tratar de órgão de cúpula para a defesa de suas prerrogativas 
institucionais. 
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Um exemplo do referido entendimento estáconsagrado na SÚMULA 525 DO 
STJ: “A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas 
personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus 
direitos institucionais”. 
 Em regra, os órgãos não possuem capacidade contratual. O art. 37, parágrafo 
8º, da CF/88, consagra, de maneira excepcional, a capacidade dos órgãos da 
Administração Púbica para celebrarem contrato de gestão, com o objetivo de ampliar 
a autonomia gerencial orçamentária e financeira. 
 São teorias para explicar a existência dos órgãos públicos: 
 
TEORIA DO 
MANDATO 
O agente público seria considerado mandatário do Estado. 
Crítica: o Estado não disporia de vontade própria para 
constituir mandatário. 
TEORIA DA 
REPRESENTAÇÃO 
O agente público seria representante do Estado. Crítica: 
Equipara o Estado ao incapaz. 
 
TEORIA DO 
ÓRGÃO 
Essa teoria faz uma analogia entre o Estado e o corpo humano. 
Os órgãos compõem o todo. A vontade do agente, integrante 
do órgão, é imputada ao Estado. Essa teoria é atribuída ao 
alemão Otto Gierke. A TEORIA DO ÓRGÃO OU DA 
IMPUTAÇÃO VOLITIVA É A QUE PREVALECE! 
 
Classificação dos órgãos quanto à posição que ocupam: 
 
INDEPENDETES 
 
Previstos na CF/88 e representam os Poderes do Estado. 
Não estão subordinados a nenhum outro órgão e só estão 
sujeitos ao controle recíproco também previsto na CF/88. 
(Ex.: Casas legislativas, Congresso Nacional, Câmaras de 
vereadores). Têm capacidade processual. 
 
AUTÔNOMOS 
 
Subordinados aos chefes dos órgãos independentes. Ampla 
autonomia administrativa, financeira e técnica. Funções de 
planejamento, supervisão, coordenação e controle. (ex.: 
Ministérios e Secretarias Estaduais). Têm capacidade 
processual. 
 
SUPERIORES 
Poder de direção e controle, mas não possuem autonomia 
financeira nem administrativa. (ex.: gabinetes) 
 
SUBALTERNOS 
 
Reduzido poder decisório e com atribuições de execução. 
(ex.: seções de expedientes). 
 
Classificação dos órgãos quanto à estrutura: 
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SIMPLES OU 
UNITÁRIO 
 
Não possuem subdivisões em sua estrutura interna. Podem 
ser compostos por mais de um agente. 
 
COMPOSTOS 
 
Reúnem em sua estrutura diversos órgãos menores. 
 
Classificação dos órgãos quanto à esfera de ação: 
 
CENTRAIS 
 
Exercem atribuição em todo território nacional, estadual, 
municipal e distrital. Exemplo: Ministérios e secretárias. 
 
LOCAIS 
 
Atuam em parte do território. Exemplo: Delegacias. 
 
Classificação dos órgãos quanto à atuação funcional: 
 
SINGULARES OU 
UNIPESSOAIS 
 
As decisões dependem da atuação isolada de um único 
agente. Podem ser compostos por diversos agentes, mas as 
decisões são tomadas apenas pelo Chefe. Exemplo: 
Presidência da República. 
 
COLEGIADOS OU 
PLURIPESSOAIS 
 
As decisões são tomadas pela manifestação conjunta dos 
membros. Exemplo: Congresso Nacional, STF. 
 
 
 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: 
 
É o conjunto de pessoas jurídicas que, vinculadas à Administração direta, têm a 
competência para o exercício de atividades de forma descentralizada. 
A descentralização administrativa está diretamente relacionada à busca pela 
eficiência. 
A nova pessoa criada é dotada de autonomia administrativa, gerencial e 
financeira. 
 
 
A vinculação entre administração direta e indireta 
caracteriza a SUPERVISÃO MINISTERIAL, também 
denominada de TUTELA ADMINISTRATIVA. Não havendo 
relação de hierarquia. 
 
Compõem a Administração Indireta: 
 
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1) AUTARQUIA: 
 
É uma pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para executar 
atividades típicas da Administração Pública. 
Possui prerrogativas e sujeições típicas do regime jurídico administrativo, quais 
sejam: a) prazo em dobro; b) pagamento por precatórios; c) execução fiscal; d) 
imunidade tributária; e) impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade de 
seus bens; f) não sujeição à falência. 
A natureza dos bens das autarquias é de bens públicos. 
 
 Classificação quanto à capacidade administrativa: 
 
 
GEOGRAFICA/TERRITORIAL 
 
Tem capacidade administrativa genérica. Exemplo: 
território federal. 
 
DE SERVIÇO OU 
INSTIUCIONAL 
 
Tem capacidade especifica, limitada a determinado 
serviço que lhe é atribuído por lei. 
 
 
 Classificação quanto à estrutura: 
 
 
FUNDACIONAIS 
 
Corresponde à figura da fundação de direito 
público. 
 
COORPORATIVAS/ASSOCIATIVAS 
 
Constituídas por sujeitos unidos para a consecução 
de um fim de interesse público, mas que diz 
respeito aos próprios associados. 
 
 
 
A OAB é entidade “sui generes”, um serviço independente 
não integrante da Administração. 
 
 
 
 
Agências Reguladoras: são autarquias com regime jurídico especial, dotada de 
autonomia reforçada em relação ao Ente central. Possui poderes normativos, 
administrativos e judicantes. Editam atos administrativos normativos de conteúdo 
técnico. 
As autarquias podem ser federais, estaduais, distritais e municipais, NÃO sendo 
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admissíveis autarquias interestaduais ou intermunicipais. 
As causas que envolvem as autarquias federais são processadas e julgadas pela 
Justiça Federal. No caso das autarquias estaduais e municipais o foro é a Justiça 
Estadual. 
 
 
2) FUNDAÇÕES PÚBLICAS: 
 
O entendimento majoritário partilhado, inclusive pelo STF, é de que é possível 
que o Estado institua fundações com personalidade jurídica de direito público ou 
privado. 
O principal elemento de diferenciação entre as fundações de direito público e as 
de direito privado é a origem os recursos. São de Direito público aquelas mantidas por 
recursos previstos no orçamento da pessoa federativa ao passo que de direito privado 
são as que não dependem do orçamento público, sobrevivendo com as rendas dos 
serviços que prestam e de doações. 
 
 As fundações públicas de direito público são consideradas 
uma modalidade de autarquia, sendo denominadas de 
fundações autárquicas ou autarquias fundacionais. 
 
As fundações de Direito público são criadas por lei específica. Já as de direito 
privado são autorizadas por lei, necessitando de registo do ato constitutivo para 
adquirir a personalidade. 
Essas entidades são constituídas para executar objetivos sociais que produzam 
benefícios à coletividade, sendo características essencial a ausência de fins lucrativos. 
Acerca do regime jurídico, tem-se que as fundações de direito público se 
sujeitam as mesmas restrições e possuem as mesmas prerrogativas das autarquias. 
Porém, as de direito privado possuem regime HÍBRIDO, ou seja, quanto à constituição 
e ao registro se sujeitam ao direito privado e no restante ao direito público. 
 
 
Os bens das fundações públicas de direito público são bens públicos. Já os bens das 
fundações de direito privado são bens privados. Entretanto, é possível que alguns de 
seus bens se sujeitem a regras de direito público. Isso ocorre com os bens 
empregados diretamente na prestação de serviços públicos. 
Foro Judicial: Tratando-sede direito público federal, os litígios serão dirimidos na 
Justiça Federal. Sendo de direito público estadual ou municipal, o foro é a Justiça 
Estadual. Caso se trate de fundação de direito privado, a doutrina entende que, 
independentemente da esfera, o foro é a justiça estadual. 
 
 
3) EMPRESAS ESTATAIS: 
 
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A) EMPRESA PÚBLICA: Pessoa jurídica de direito privado, criada por 
autorização legal, sob qualquer forma jurídica para que o governo exerça 
atividades gerais de caráter econômico ou execute a prestação de 
serviços públicos. 
B) SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: Pessoa jurídica de direito privado, 
criada por autorização legal, sob a forma de SOCIEDADE ANONIMA, cujo 
controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como 
regra, a exploração de atividade econômica e, às vezes, prestação de 
serviços públicos. 
 
 SUBSIDIÁRIAS: 
São empresas controladas pelas empresas estatais. Têm personalidade jurídica 
própria, sendo, portanto, uma pessoa jurídica diferente da pessoa controladora e não 
um órgão desta. 
A criação também depende de autorização legal. 
 
 COMPOSIÇÃO DE CAPITAL: 
 
Nas SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA o capital é formado pela conjunção de 
recursos de pessoas de direito público e de recursos da iniciativa privada. O Poder 
público deve deter a maioria do capital votante, o que lhe garante o poder de decisão 
sobre os destinos da companhia 
Nas EMPRESAS PÚBLICAS o capital é formado exclusivamente por recursos 
públicos, não sendo admitida a participação direta de recursos particulares. A 
exigência é de que o capital seja 100% público, mas não necessariamente da mesma 
pessoa política. 
 
 PESSOAL: 
 
O pessoal se submete ao regime trabalhista comum, ou seja, de emprego 
público. Não obstante, o ingresso deve ser precedido de concurso público. 
Os empregados públicos não gozam de estabilidade, mas podem exigir 
motivação e direito de defesa em eventual demissão. 
 
 REGIME JURÍDICO: 
Por terem personalidade jurídica de direito privado, submetem-se ao regime 
jurídico de direito privado, mas com incidência de algumas normas de direito público, 
tendo, assim, natureza híbrida. 
 
 
 
É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras 
de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. STF. 
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Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858). 
FALÊNCIA: as empresas estatais NÃO se submetem ao processo de falimentar 
independentemente da atividade que desempenham. 
BENS: os bens são bens privados, porém os afetados diretamente à prestação do 
serviço público são considerados bens públicos. 
FORO JUDICIAL: 
 Empresa pública federal: Justiça Federal; 
 Empresa pública estadual/municipal: Justiça Estadual; 
 Sociedade de Economia Mista: Justiça Estadual (SÚMULA 556, STF) salvo se a União 
atuar, caso em que a competência será deslocada para a Justiça Federal. 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
PRECATÓRIOS: É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia 
mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não 
concorrencial. STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
23/3/2017 (Info 858). 
 
CÓDIGO DE TRÂNSITO: Carros dos conselhos profissionais não podem ser 
registrados como veículos oficiais Os conselhos de fiscalização profissional não 
possuem autorização para registrar os veículos de sua propriedade como oficiais. 
STJ. 1ª Turma. AREsp 1.029.385-SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 
05/12/2017 (Info 619). 
 
 
 
 
 
Conceito de 
Administração 
Pública 
Há três acepções para a palavra “Administração 
Pública” 
 Sentido subjetivo, formal ou orgânico (Administração 
Pública): são as pessoas jurídicas, os órgãos e agentes públicos 
que exercem atividades administrativas. Pode ser dividida em 
administração direta e indireta. 
 Sentido objetivo, material ou funcional (administração 
pública): é a própria função ou atividade. 
 Sentido operacional: É o desempenho perene e 
sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou 
por ele assumidos em benefício da coletividade. 
 
Organização 
administrativa 
A Administração Pública se divide em Administração Direta e 
Indireta. 
Direta  Entes Federados 
Indireta  autarquias, empresas públicas, sociedades de 
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economia mista e fundações. 
 
 
CESPE 2017 - Considerando as modernas ferramentas de controle do Estado e de 
promoção da gestão pública eficiente, assinale a opção correta acerca do direito 
administrativo e da administração pública. 
 
a) Em função do dever de agir da administração, o agente público omisso poderá ser 
responsabilizado nos âmbitos civil, penal e administrativo. 
b) O princípio da razoável duração do processo, incluído na emenda constitucional 
de reforma do Poder Judiciário, não se aplica aos processos administrativos. 
c) Devido ao fato de regular toda a atividade estatal, o direito administrativo aplica-
se aos atos típicos dos Poderes Legislativo e Judiciário. 
d) Em sentido objetivo, a administração pública se identifica com as pessoas 
jurídicas, os órgãos e os agentes públicos e, em sentido subjetivo, com a natureza da 
função administrativa desempenhada. 
Justificativas: 
a) CORRETO. O agente omisso poderá ser responsabilizado civil, penal ou 
administrativamente, conforme o tipo de inércia a ele atribuída (art. 37 § 6º, CF). 
b) ERRADO. O princípio da razoável duração do processo é aplicável aos processos 
judiciais e administrativos. 
c) ERRADO. Não se aplica aos atos típicos do Poder legislativo e do Poder Judiciário. 
Aplica-se apenas aos atos atípicos (função administrativa). 
d) ERRADO. Os conceitos de Administração Pública em sentido subjetivo e objetivo 
foram trocados. As bancas gostam baste de trocar os conceitos! Fiquem atentos! 
 
Alternativa correta: A 
 
ANO: 2018. BANCA: CESPE. ÓRGÃO: DPE-PE. PROVA: DEFENSOR PÚBLICO 
Considerando-se as novas formas de desestatização da prestação de serviços 
públicos de caráter social, as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos 
que, atendidos os requisitos previstos em lei, firmam parceria com o poder público, 
por instrumento de contrato de gestão, para a execução de atividades de interesse 
público — especialmente ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, 
proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde — recebem a 
qualificação de 
a) agência executiva. 
b) fundação pública. 
c) organização social. 
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d) organização da sociedade civil de interesse público. 
e) serviço social autônomo. 
GABARITO: C. 
Agência executiva: autarquia, fundação pública ou órgão da administração direta 
que celebra contrato de gestão com o próprio ente político com o qual está 
vinculado. 
SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS:Parafiscalidade, delegação da capacidade 
tributária 
O TC pode controlar 
Licitação pelo procedimento simplificado de licitação do Sistema S 
Empregados – CLT 
Criação mediante autorização legislativa. Objetivos. Não submissão à exigência do 
concurso público para contratação de pessoal (STF). Processo seletivo simplificado. 
Procedimentos licitatórios observando seus regulamentos próprios. Não integram a 
Administração Pública em sentido formal. Entes de cooperação governamental, 
recebem contribuições parafiscais e são sujeitos à fiscalização do Estado. 
ENTIDADE DE APOIO: Cursos de pós nas Universidades Públicas. Natureza de 
fundação ou associação. 
 
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS): Contrato de gestão: transfere bens públicos, 
servidores, recursos orçamentários. Nasce da extinção das estruturas da 
Administração. Tem dispensa de licitação. 
 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO: Termo de parceria: 
projeto de modernização na Adm, levando computadores, servidores etc. A PJ 
privada anterior deveria existir há pelo menos 3 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito de 
Órgão Público 
Os órgãos públicos são repartições internas do Estado 
(dentro de uma mesma pessoa, seja ela pertencente à 
Administração Pública Direta ou Indireta). 
Os órgãos são decorrência do fenômeno da 
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desconcentração administrativa. 
Principal característica: ausência de personalidade jurídica. 
São ligados aos outros órgãos integrantes da mesma pessoa 
por uma relação de hierarquia. 
 
Teoria do 
Órgão 
A TEORIA DO ÓRGÃO OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA É A QUE 
PREVALECE! 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO: 
ORGANIZAÇÃO 
DA 
ADMIISTRAÇÃO 
FCC – DPE SC – 2017 - A teoria do órgão foi inspirada na 
Doutrina de Otto Gierke e tem grande aplicabilidade no direito 
administrativo brasileiro. Com base nesta teoria, é correto 
afirmar: 
 
a) A estruturação dos órgãos da Administração se submete ao 
princípio da reserva legal. 
b) Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, os órgãos seriam 
caracterizados pela teoria subjetiva, a qual corresponde às 
unidades funcionais da organização. 
c) A teoria tem aplicação concreta na hipótese da chamada 
função de fato. Desde que a atividade provenha de um órgão, 
não tem relevância o fato de ter sido exercida por um agente 
que não tenha a investidura legítima. 
d) É com base nestes ensinamentos que se discute 
desconcentração e descentralização, sendo aquela a criação de 
novas pessoas jurídicas e esta a criação de novos órgãos. 
e) A teoria do órgão se opõe ao princípio da imputação 
objetiva. 
GABARITO: C 
 
COMENTÁRIOS: 
a) ERRADO. Art. 84, VI, a, da CRFB: compete ao Presidente da 
República dispor, mediante decreto, sobre: organização e 
funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos. 
b) ERRADO. A teoria é objetiva e não subjetiva. 
c) CORRETO. A teoria do órgão é aplicada ao funcionário de fato 
(aquele que não possui uma investidura regular). As atividades 
desempenhadas pelo agente que atuam em órgãos são 
imputadas aos Entes Públicos. Não imposta quem praticou o 
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ato, pois a teoria do órgão diz que a vontade declarada foi do 
Ente Público. 
d) ERRADO. Os conceitos de desconcentração e de 
descentralização estão invertidos. 
e) ERRADO. A teoria do órgão consagra o princípio da 
imputação objetiva. 
 
4. PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
São prerrogativas que servem de instrumento para o desempenho das atividades 
estatais pelos agentes públicos. Refere-se a um poder-dever. 
 
 O exercício das prerrogativas conferidas à Administração fora dos limites 
configura abuso de poder. 
 
O abuso de poder pode aparecer em duas situações: 
 No excesso de poder: quando se extrapola a competência; 
 No desvio de poder (ou de finalidade): quando o agente pretende finalidade 
diversa do interesse público. 
 
 São poderes administrativos abordados pela doutrina: 
 
 Poder normativo ou regulamentar: 
 
É a prerrogativa de editar atos normativos gerais para a fiel execução da lei. É de 
competência exclusiva do chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, da CF/88). Parcela da 
doutrina chama essa função exclusiva de Poder regulamentar do Chefe do Executivo. 
Isso não impede o exercício da função normativa por órgão da administração, como, 
por exemplo, a expedição de resoluções e portarias, é o que se chama de Poder 
Normativo da administração. 
 
 
Decretos autônomos: possuem fundamento diretamente na Constituição Federal. 
Art. 84, VI, “a” e “b”, da CF/88 - Compete privativamente ao Presidente da República 
dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração 
federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de 
órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 
 
 Poder de Polícia: 
 
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ATENÇÃO! 
É a prerrogativa da administração pública de restringir e condicionar, com 
fundamento na lei, o exercício de direitos privados, com o objetivo de atender o 
interesse público. 
O art. 78 do CTN traz a definição de Poder de Polícia, qual seja “a atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, 
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e 
do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais ou coletivos.” 
Tem como fundamento a supremacia do interesse público sobre o privado. 
 
São atributos do Poder de Polícia: 
1) Discricionariedade: a Administração, em regra, possui certa liberalidade de 
atuação. Contudo, nada impede que lei vincule a prática de determinados 
atos de polícia, como por exemplo a concessão de licença; 
2) Coercibilidade: é a possibilidade de as medidas adotadas pela 
Administração serem impostas ao administrado, inclusive com o uso da 
força; 
3) Autoxecutoriedade: possibilidade de certos atos serem executados de 
forma direta e imediata, independente de ordem judicial. 
 
Nem todos os atos de polícia ostentam os atributos da 
autoexecutoriedade e da coercibilidade. Os atos preventivos 
e alguns repressivos, como a cobrança de multa não paga 
espontaneamente e a desapropriação, não gozam dessas 
características. 
 
 
 O poder de polícia incide sobre bem e direitos e não sobre pessoas! 
 O poder de polícia é atividade típica de pessoa jurídica de direito público, não 
podendo ser delegado a particulares. As pessoas jurídicas de direito privado 
da Administração Indireta, também não podem exercer esse poder. Mas, as 
atividades materiais necessárias a esse poder podem ser delegadas. 
 
 
 Prescrição: 
Ocorre a prescrição em cinco anos da ação punitiva da Administração Pública 
Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar 
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ATENÇÃO! 
infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de 
infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. 
Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir 
crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. 
 
Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o término regular do 
processo administrativo, prescreve em cinco anos a ação de execução da 
administração pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por 
infração à legislação em vigor. Súmula 467 STJ: Prescreve em cinco anos, contados do 
término do processo administrativo, a pretensão da Administração Pública de 
promover a execução da multa por infração ambiental. 
 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: incide a prescrição no procedimento 
administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de 
julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou 
mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da 
apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o 
caso. 
 
 
 
 
CICLO DE POLÍCIA: 
 Ordem: é a norma legal que estabelece as restrições e as condições para as 
atividades dos particulares. 
 Consentimento: anuência do Estado para que o particular desenvolva 
determinada atividade. Pode ser por meio de uma licença (ato vinculado) ou 
de uma autorização (ato discricionário). Pode ser delegado. 
 Fiscalização: verificação do cumprimento das condições e restrições. 
Também pode ser delegado. 
 Sanção: é a medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre a ordem 
de polícia ou os limites impostos no consentimento. 
 
As únicas fases que sempre estarão presentes em todo e qualquer ciclo de 
polícia são: a fase de ordem/legislação e a fiscalização. 
 
 
 Poder Disciplinar: 
 
É a possibilidade de a Administração aplicar sanções àqueles que, submetidos à 
sua ordem interna, cometem infrações. No exercício do poder disciplinar, a 
Administração pode punir internamente as infrações funcionais dos servidores e 
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punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligados mediante 
algum vínculo específico, como contrato ou convênio. 
 
 Poder hierárquico: 
 
É a prerrogativa dos superiores hierárquicos de dar ordens, fiscalizar, controlar e 
aplicar sanções. É irrestrito, permanente e automático. Não depende de lei. 
 
 Poder vinculado: 
 
Relaciona-se com a prática de atos vinculados, ou seja, atos cuja forma de 
execução está inteiramente definida na lei não permitindo juízo de conveniência e 
oportunidade. 
 
 Poder discricionário: 
 
É a prerrogativa conferida à administração para a prática de atos 
discricionários, ou seja, atos cuja execução admite certa margem de flexibilidade por 
parte dos agentes, mas sempre dentro dos limites legais. 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
PODER DE POLÍCIA: Se a ANVISA classificou determinado produto importado como 
“cosmético”, a autoridade aduaneira não poderá alterar essa classificação para 
defini-lo como “medicamento”. Incumbe à ANVISA regulamentar, controlar e 
fiscalizar os produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública (art. 8º da Lei nº 
9.782/99). Assim, é da Agência a atribuição de definir o que é medicamento e o que 
é cosmético. STJ. (Info 577). 
 
PODER DE POLÍCIA. A Lei nº 7.102/83 estabelece normas para constituição e 
funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de 
transporte de valores. O art. 11 dessa Lei prevê que “a propriedade e a 
administração das empresas especializadas que vierem a se constituir são vedadas a 
estrangeiros.” Esse art. 11 deve ser interpretado segundo a Constituição Federal 
que, desde a EC 6/95, proíbe, em regra, que a lei faça discriminação entre “empresa 
brasileira de capital nacional” e “empresa brasileira de capital estrangeiro”. Em 
outras palavras, para o texto constitucional atual, em regra, desde que uma empresa 
seja brasileira (constituída no Brasil e sujeita às leis brasileiras), a origem do seu 
capital é irrelevante. Diante disso, a interpretação atual do art. 11 deve ser a 
seguinte: • Empresas constituídas no exterior são proibidas de atuar no setor de 
segurança privada. • Todavia, empresas que sejam constituídas sob as leis brasileiras 
e que tenham sua sede e administração no País são consideradas “empresas 
brasileiras” (art. 1.126 do Código Civil), sendo irrelevante que tenham na sua 
composição societária, direta ou indiretamente, participação ou controle pelo 
capital estrangeiro. • Logo, “empresas brasileiras” poderão praticar atividades de 
segurança privada no país ainda que tenham sócios estrangeiros. A restrição 
veiculada pelo art. 11 da Lei nº 7.102/83, de acordo com a CF/88, não impede a 
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participação de capital estrangeiro nas sociedades nacionais (empresas brasileiras) 
que prestam serviço de segurança privada. STJ. (Info 596). 
 
PODER DE POLÍCIA: Fiscalização prévia do camarão in natura É obrigatória a prévia 
fiscalização do camarão in natura, ainda que na condição de matéria-prima, antes do 
beneficiamento em outros Estados da Federação, podendo tal atividade ser 
realizada no próprio estabelecimento rural onde se desenvolve a carcinicultura. STJ. 
1ª Turma. REsp 1.536.399-PI, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 08/02/2018 (Info 
620). 
 
 
 
Abuso de poder  Excesso de poder  vício de competência 
 Desvio de poder  vício de finalidade 
 
Poderes da 
Administração 
Pública 
 Poder normativo ou regulamentar 
 Poder de polícia 
 Poder disciplinar 
 Poder hierárquico 
 Poder vinculado 
 Poder discricionário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poderes da 
Administração 
Pública 
CESPE – DPE-RN – 2015 - Com relação aos poderes da 
administração pública e aos poderes e deveres dos 
administradores públicos, assinale a opção correta. 
a) A cobrança de multa constitui exemplo de exceção à 
autoexecutoriedade do poder de polícia, razão por que o 
pagamento da multa cobrada não pode se configurar como 
condição legal para que a administração pública pratique outro 
ato em favor do interessado. 
b) A autorização administrativa consiste em ato 
administrativo vinculado e definitivo segundo o qual a 
administração pública, no exercício do poder de polícia, 
confere ao interessado consentimento para o desempenho de 
certa atividade. 
c) O desvio de finalidade é a modalidade de abuso de 
poder em que o agente público atua fora dos limites de sua 
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 competência, invadindo atribuições cometidas a outro agente. 
d) No exercício do poder regulamentar, é conferida à 
administração pública a prerrogativa de editar atos gerais para 
complementar a lei, em conformidade com seu conteúdo e 
limites, não podendo ela, portanto, criar direitos e impor 
obrigações, salvo as excepcionais hipóteses autorizativas de 
edição de decreto autônomo. 
e) Decorre do sistema hierárquico

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