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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – Departamento de Letras MONTEIRO, Anderson Felipe da Silva FICHAMENTO LIVRO E LEITURA 1(Alguns comentários referentes a esse texto estão embutidos neste fichamento) ORLANDI, Eni Puccinelli. O que é linguística. 2. Ed. São Paulo: Brasiliense, 2009. I. SABER E PODER Página 7 O homem procura dominar o mundo em que vive. Uma forma de ele ter esse domínio é o conhecimento. Por que falamos? Para que falamos? Como falamos? Por que as línguas são diferentes? O que são as palavras? O que elas produzem? Essas questões tocam diretamente o homem, e ele tem procurado dar-lhes uma resposta. Foram essas perguntas que moveram os linguistas! Página 8 Na Grécia antiga, os pensadores estendiam-se em longas discussões para saber se as palavras imitam as coisas ou se os nomes são dados por pura convenção. Os debates referentes à estrutura da língua tinham por base de discursões a forma como ela se organiza, perguntavam eles, de acordo com a ordem existente no mundo, seguindo princípios que têm como referência as semelhanças ou as diferenças? Página 9 Não foi sem dificuldades que a reflexão sobre a linguagem conseguiu se impor como ciência. Para isso, teve de demonstrar o apuro de seu método e a configuração precisa de seu objeto. A linguística definiu-se como o estudo científico que visa descrever ou explicar a linguagem verbal humana. II. O QUE É E O QUE NÃO É LINGUISTICA Página 10 A linguística não possui, tal como a gramática, o objetivo de prescrever normas ou ditar regras de correção para o uso da linguagem. Os sinais que o homem produz quando fala ou escreve são chamados signos (...), com eles, o homem se comunica, representa seus pensamentos, exerce seu poder, elabora sua cultura e sua identidade etc. Página 11 Os signos em geral fazem parte da Semiologia. A linguística tem como responsabilidade o estudo dos signos da linguagem verbal. Séc. XVII, os estudos da linguagem são formalmente marcados pelo racionalismo e procuram mostrar que as línguas obedecem a princípios racionais, lógicos. Esses princípios, dizem eles, regem todas as línguas Página 12 Vale destacar que no séc. XVII, as gramáticas gerais e racionais são idealizadas, tendo como objetivo atingir a língua ideal, universal, lógica, sem ambiguidade e capaz de assegurar a unidade de comunicação do gênero humano. Página 13 Outro momento importante para a história da linguística é o século XIX, o da linguística histórica, com as gramáticas comparadas. Ainda nesse século, o estudo da língua ganha uma perspectiva temporal, admitindo-se transformações referentes ao tempo. Página 14 O alvo visado, então, não é mais a língua ideal, mas a língua-mãe Gramáticas comparadas evidenciaram que as mudanças (na língua) são regulares, têm uma direção. Não são caóticas, como se pensava. Página 15 Séc. XIX, os neogramáticos enunciaram leis fonéticas que tinham por objetivo explicar as mudanças que ocorriam nas línguas. Página 16 A escrita desenvolvida pelos neogramáticos contribuiu com as bases da linguística enquanto ciência, pois a partir dessa escrita, a área apresentaria uma metalinguagem. Página 17 Existem duas tendências dentro do pensamento linguístico: formalismo e sociologismo. O primeiro tem como principal objeto o foco na relação entre linguagem e pensamento (único, universal, constante) e o seguinte prioriza o foco na relação entre linguagem e sociedade (múltiplo, diverso e variado). Quais exemplos teóricos se encaixam em cada tendência linguística? Seriam, respectivamente, o distribucionismo e o funcionalismo? III. DUAS OBRAS, UM SAUSSURE E NENHUMA PUBLICAÇÃO Página 19 A linguística, tal como a conhecemos hoje, começa com o Curso da linguística geral de Saussure. Página 21 Saussure deu à linguagem uma ciência autônoma e independente. Essa ciência possui 4 diferentes níveis de análise: Fonologia, Sintaxe, Morfologia e Semântica. Saussure conceitua a língua como um “sistema de signos” e a denomina o objeto de estudo da linguística. E signo como uma associação entre significante e significado. Página 22 A língua é formada por unidades abstratas e convencionais, ou seja, na discussão grega, Saussure entenderia que os nomes dados às coisas são pura convenção. A língua é um sistema abstrato, um fato social, geral, virtual. A fala, por outro lado, é a expressão concreta da língua, sendo circunstancial e variável, logo ele a exclui do campo da linguística. Página 23 Saussure propõe a distinção entre dois conceitos: sincronia (estado atual do sistema da língua) e diacronia (diferentes estados da língua em evolução). Excluindo a diacronia do estudo da linguística por entender que é incompatível a noção de sistema e de evolução. O sistema de Saussure vai ser denominado pelos seus sucessores como estrutura e assim, dá nome à corrente linguística associada à Ferdinand de Saussure, que será denominada como estruturalismo. Sua identidade depende do seu lugar no tabuleiro, do seu valor no jogo. Assim, qualquer unidade linguística também se define pela posição que ocupa na rede de relações que constitui o sistema total da língua. Página 24 A visão estruturalista deu origem a outros seguimentos, e um deles ficou conhecido como funcionalismo; O funcionalismo tem como objetivo considerar as funções desempenhadas pelos elementos linguísticos, sob quaisquer aspectos (fonológico, sintático, semântico, gramaticais) Página 25 Problema: Como encontrar traços que diferenciem significados ou formas e construções. Relações de Oposições (paradigmático) + Relações de Contrastes (sintagmático) Paradigmático – substituição (tomo/como) Sintagmático – combinação (c + o + m + o = como) Assim, toda a estrutura da língua estaria sustentada por essas relações de substituição ou de combinação de formas. Página 26 Essas relações ajudam na diferenciação do nível fonológico e sintático, mas não fazem o mesmo no nível semântico. IV. AS MUITAS FUNÇÕES Página 27 Ainda entro do funcionalismo, podemos perceber que existem outras variações. Uma, por exemplo, foca nas funções constitutivas. Qual o nome? Funções Constitutivas: caracterizadas a partir do papel de cada elemento no esquema da comunicação. Página 28 FUNÇÕES Expressiva – centrada no emissor (ai! Expressar o sentimento de quem fala) Conativa – centrada no receptor (João! Centrado com quem se está falando) Referencial – centrada no objeto da comunicação (São duas horas centrado na comunicação num estado de coisas do mundo) Fática – centrada no canal (Oi! Privilegiando o próprio contato estabelecido com a outra pessoa) Poética – centrada na mensagem (Invés de garota, dizer gata. Privilegiando a própria mensagem) Metalinguística – centrada no código (A palavra ‘casa’ é um substantivo. Usar a linguagem para falar da própria linguagem) Página 29 O funcionalismo (funções constitutivas) aproximou a linguística da literatura. Pode-se constatar ainda outra forma de funcionalismo, o que estuda a língua a partir de seus desvios. Essa corrente acredita na funcionalidade dos desvios, pois revelam as necessidades (funções) que comandam a língua: a brevidade, a assimilação, a diferenciação, a invariabilidade e a expressividade. Trouxe a concepção de que as “falhas” da linguagem são partes constitutivas da linguagem e estãoinscritos no próprio funcionamento dela. Página 31 L. Bloomfield propôs uma outra forma de estruturalismo, o distribucionalismo. Bloomfield apresenta uma explicação comportamental da linguagem, baseada na corrente behaviorista (estímulo/ resposta). Contrário às que fizessem uso da “interioridade” do homem e por esse motivo ele exclui as referências históricas e o significado. Como metodologia, primeiramente, reúne-se um corpus (conjunto de enunciados efetivamente emitidos pelos falantes em certo momento) e procura-se sua regularidade sem se preocupar com o seu significado. Página 32 O distribucionalismo tem por objetivo detectar unidades e estabelecer classes de equivalência entre elas por meio de comparação dos contextos em que ocorrem. Entretanto, os adversários de Bloomfield diziam que sempre haveria um apelo sub- reptício ao significado para a classificação das unidades (contextos semelhantes e significados diferentes). Página 33 A corrente de Bloomfield refletia muito bem o interesse da ciência linguística em tornar capaz a relação do homem com a máquina, acreditando que poderia ser possível mecanizar a descrição gramatical de um corpus. Para o crescimento linguístico, houveram várias reuniões entre estudiosos que discutiam a linguagem sob diferentes perspectivas. Essas reuniões eram chamadas círculos linguísticos. O primeiro CL foi realizado em Moscou por iniciática de Jakobson e teve como objetivo desmitificar a ideia da linguagem poética como “linguagem dos deuses”. Página 34 Devido ao endurecimento de posições políticas dessa época na Rússia, as consequências nos planos ideológico e literário foram sentidas e resultaram na condenação do formalismo (1923) e na extinção do círculo. O CL de Praga (CLP), iniciou-se com um manifesto apresentado em 1928, em Haya, ali se reuniam para expor suas ideias, entre 1925 e a Segunda Guerra Mundial O fato é que o estruturalismo linguístico deve muito à produção desse círculo. Porém houveram contradições: de um lado, foi trilhada uma etapa para a instauração da noção de comunicação como objeto de estudo científico, de outro, promoveu o cruzamento entre o objeto da linguística e o da literatura. Página 35 As aplicações práticas são raras, pois o que interessa aos membros desse círculo é produzir uma radicalização abstrata e logicista do pensamento de F. de Saussure. E é justamente nesse contexto que L. Hjemsley estabelece a oposição entre denotação (sentido primeiro) e conotação (sentido segundo. Essa divisão foi crucial para a criação do CL de Viena, a suspeição em relação às ilusões da linguagem cotidiana leva os estudiosos da época ao oficio de depurar a linguagem, livrá-la da irracionalidade, para reformá-la em direção a uma língua conforme a razão Página 36 Pode-se então perceber mais uma divisão categórica: a que separa os enunciados dotados de sentido dos que são considerados desprovidos de sentido, dos quais não haveria nada a dizer; excluindo da linguística, portanto, fenômenos como o equívoco, o nonsense, a ambiguidade V. CHOMSKY: UMA TEORIA CIENTÍFICA EXPLICATIVA Página 37 Na época em que o estruturalismo dominou a linguística, Chomsky criticava a vocação classificatória dos distribucionalistas e propunha que a reflexão sobre a linguagem não fosse tão amarrada aos dados, mas que se desse um lugar de importância à teoria Página 38 A gramática gerativa se denomina gerativa porque permite, a partir de um número limitado de regras, gerar um número infinito de sequências que são frases, associando- lhes uma descrição. Baseando seu estudo da linguagem nesse sistema de regras, ele pretende que a linguística saia de seu estágio de mera observação e classificação dos dados. A teoria da linguagem deixará de ser apenas descritiva para ser explicativa e científica Para Chomsky, a tarefa do linguista é descrever a competência do falante. Sendo competência definido como a capacidade que todo falante (ouvinte) tem de produzir (compreender todas as frases da língua. Página 39 Adotando esse ponto de vista, não interessa o desempenho de falantes específicos em seus usos concretos, mas essa capacidade que todo falante (ouvinte) ideal tem. Mas qual seria o conceito de língua para Chomsky? A língua será tratada como um conjunto infinito de frases. A língua não se define só pelas frases existentes, mas também pelas possíveis, aquelas que se pode criar a partir das regras E que seria gramática? A gramática é ao mesmo tempo um modelo psicológico da atividade do falante e uma máquina que produz frases. Página 40 A reflexão de Chomsky traz para a linguística, de um lado, toda uma contribuição de estudos da área da lógica e da matemática e, de outro, estudos que tocam questões sobre os fundamentos biológicos da linguagem (característica da espécie humana). Chomsky elege a gramática transformacional como a mais adequada, a que melhor responde às exigências necessárias para dar conta das estruturas (sintáticas) da linguagem Página 41 A gramática transformacional apresenta dois tipos de regras: sintagmáticas, que geram estruturas abstratas, e de transformação, que convertem essas estruturas abstratas nas sequências terminais, que são as frases da língua. Página 42 Na teoria-padrão, o modelo tem três componentes: um central (o sintático) e dois interpretativos (o semântico e o fonológico). Mas qual seria a vantagem desse sistema em relação ao distribucionalismo? A vantagem, de incluir a estrutura profunda, podendo tratar de relações gramaticais ocultas que são semanticamente significativas. Página 43 A questão crucial para a gramática gerativa transformacional será: Qual é a relação entre sintaxe e semântica? Para Chomsky, a sintaxe é autônoma (e central), e a semântica é só interpretativa porque não gera estruturas (como o faz a sintaxe), apenas interpreta a estrutura profunda Página 45 Na verdade, essas divergências procuram mostrar que a semântica, e não a sintaxe, é que tem o poder gerativo. Tornando as estruturas profundas cada vez mais abstratas e mais distantes das estruturas superficiais, reforçando a necessidade das transformações para chegar às frases realizadas. Quer dizer, eles expandem tanto o conceito da estrutura profunda como o de transformações. LINHA DISSIDENTE DE CHOMSKY: A partir dela, temos uma divisão: de um lado, a semântica interpretativa (ou teoria-padrão ampliada) de Chomsky e, de outro, a semântica gerativa, cujo representante principal é um discípulo discordante de Chomsky, G. Lakoffi A cada objeção, Chomsky reformulava seu modelo. Após a teoria-padrão, Chomsky propõe a teoria-padrão ampliada (1972); Em seguida, faz novas reformulações que resultam na teoria-padrão ampliada e revista (1976) Página 46 Essa série de reformulações leva a questionar se era mesmo necessário ter distinguido a EP e a ES e ter baseado o modelo em regras transformacionais. Se não era, a contribuição da teoria transformacional foi antes de tudo ideológica: serviu para exorcizar a concepção comportamental da linguagem que sustentava o estruturalismo. Página 47 A linguística é construída a partir de uma divisão, podendo ser ao mesmo tempo ciência da língua (enquanto sistema de signos ou conjunto de regras) e das línguas (enquanto idiomas históricos falados por diferentes povos). Considerando essa duplicidade, a ciência da linguagem paga o preço de ser autônoma. Os recortes e exclusões feitos por Saussure e por Chomsky deixam de lado a situação real de uso (a fala, em um, e o desempenho, no outro, mas felizmente, com a evolução da linguística nenhuma questãoé definitivamente abandonada e nem posta de lado. VI. O SOCIAL E O CULTURAL Página 48 As variações ligadas à localização social e espacial dos falantes já estão codificadas de forma razoável na linguística. Página 49 Controvérsias a respeito da relação entre linguagem e sociedade (têm a linguagem ora como causa ora como efeito da sociedade): 1) A sociolinguística toma a sociedade como causa, vendo, portanto, na linguagem os reflexos das estruturas sociais. Página 50 2) Outra postura, diametralmente oposta à sociolinguística, é a que considera a linguagem não um reflexo, mas uma causa das estruturas sociais (ou culturais Página 51 3) Se, em um caso, a linguagem era efeito e, no outro, é causa, há uma terceira possibilidade: a de que não há separação entre ações linguísticas e ações sociais. Página 53 As teorias que levam em conta tanto a relação linguagem/pensamento quanto a relação linguagem/sociedade começam a ter o seu espaço de importância, tendo como exemplo, a pragmática Por meio da pragmática é que se inclui, ao lado do estudo da relação entre os signos (sintaxe) e do estudo das relações entre os signos e o mundo (semântica), o estudo das relações entre os signos e seus usuários. Página 54 Por outro lado, na vertente behaviorista, essa relação linguagem/usuário é considerada levando-se em conta o hábito do usuário em utilizar o signo. Pode-se então afirmar que a pragmática conversacional considera que o significado existe em função da intenção do locutor e do reconhecimento dessa intenção pelo ouvinte. Página 55 PRAGMÁTICA dos pensadores da escola de OXFORD admitia que a teoria vai considerar que a linguagem não é usada para informar, mas para realizar vários tipos de ação. Mesmo quando se considera o valor da verdade, nessa teoria, essa verdade vai depender da situação de fala, com suas regras Página 56 Qual a caracteriza da teoria da enunciação? Ela se coloca no centro da reflexão o sujeito da linguagem, ou seja, o locutor em sua relação com o destinatário, partindo da distinção entre o enunciado, já realizado, e a enunciação, que é a ação de produzir o enunciado. Página 57 A comunicação aparece então apenas como uma consequência de uma propriedade mais fundamental da linguagem: a da constituição do sujeito. Vale destacar que a linguagem não é tida somente como instrumento de pensamento ou instrumento de comunicação, ela tem função decisiva na constituição da identidade. VII. A ANÁLISE DE DISCURSO: MAIS UMA VOLTA NOS CÍRCULOS Página 58 A análise de discurso tem como proposta básica considerar primordial a relação da linguagem com a exterioridade. Página 59 Para se analisarem textos é preciso uma mudança de terreno, uma ruptura metodológica Página 60 O discurso não é geral como a língua (ou a competência) nem individual e a-sistemático como a fala (ou performance). Ele tem a regularidade de uma prática, como as práticas sociais em geral Página 61 A análise de discurso procura então mostrar o funcionamento dos textos, observando sua articulação com as formações ideológicas. VIII. TECNOLOGIAS DA LINGUAGEM: UM NOVO FUNCIONAMENTO Página 62 Como já sabemos, os diferentes tipos de linguagens com suas diferentes materialidades, e, entre elas, com decisiva importância, a digital, têm seus distintos modos de significar que, ao mesmo tempo, desafiam o homem, mas são também uma abertura para o (e do) simbólico Página 63 A presença do digital no campo das ciências da linguagem se dá, de um lado, enquanto tomada no domínio da inteligência artificial e resulta em estudos e pesquisas formalistas e/ou cognitivistas. De outro lado, define-se no campo das chamadas tecnologias da informação e aí tem dado ensejo aos estudos funcionalistas e comunicacionais. Página 64 Constituir, formular e fazer circular sentidos são passos de um processo complexo no meio de comunicação advindo das novas tecnologias de linguagem Página 65 A "informação" se coloca no lugar de outros efeitos de linguagem, que se deslocam, quando trazemos para a frente da cena a noção de texto. Criam-se, portanto, várias formas de comunicação e estruturação de textos Página 66 Um texto produzido em computador e um texto produzido a mão são distintos em sua ordem significante porque as memórias que os enformam são distintas em suas materialidades: uma é formal e a outra é histórica. Página 67 A língua com falha, a da memória histórica, embora limitada em seus meios, não o é em seu funcionamento, produzindo o possível, o vir-a-ser. A memória metálica, a que não falha e que se apresenta como ilimitada em sua extensão, produz o mesmo em sua variação, em suas combinatórias. Página 68 Com a inserção do “Digital” nas atividades comunicativas, teve-se a necessidade de criar novos temas de análise, tais como: gêneros digitais e midiáticos, práticas discursivas e educação on-line, interação e mídia, ensino de línguas (materna e estrangeira) mediado pelo computador, aspectos textuais e semióticos da interação humano-computador, manifestações linguísticas da cibercultura, programas e organização de corpora como subsídio à investigação da linguagem em geral, a urbanidade e o digital etc. IX. UMA PARADA Página 71 Não há só uma maneira de se pensar a linguagem. Há várias. Mas nem por isso se está livre de um discurso dominante que procura definir uma via para a linguística. A linguística, ciência fundada por Saussure, teve seus muitos métodos (destacadamente o estruturalismo e o gerativismo) e constituiu seu objeto específico, a língua-sistema, enquanto princípio de classificação e de explicação. Há X. FINAL Página 73 A reflexão sobre a linguagem trabalha, assim, eternamente os seus limites, percorrendo as intrigas de seus confrontos
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