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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro Curso de Licenciatura em Pedagogia 1º SEMINÁRIO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS Coordenador: Marco Santoro Tutores itinerantes: Leandro Martins, Chíntia Ramos e Ian Andrade. Tutora a distância: Elisa Loreto Nome: Juliana Pereira do Nascimento Matrícula.: 17212080496 Polo: Nova Iguaçu Item 1. Relacionar as ideias do texto “Corpo e controle no cotidiano escolar”, do Prof. Dr. Marco Santoro, com as suas próprias ideias e experiências sobre o corpo na escola. Como pode ser observado no texto “Corpo e controle no cotidiano escolar”, do Prof. Dr. Marco Santoro. Os professores tendem a imobilizar seus alunos em salas de aula, limitando seus movimentos e expressões, pois acreditam que essas atitudes são intimidadoras e podem causar descontrole na organização do sistema escolar. Tal sistema se conserva trabalhando de forma padronizada, prezando as regras, obediência e ordem. Isto é observado quando o aluno, em sala de aula, é treinado para permanecer em silêncio enquanto o professor expõe o conteúdo que consta em seu planejamento, sem interrompê-lo, ou seja, sem interação entre professor e aluno, sem que haja construção, de forma participativa, criativa e reflexiva do conhecimento. Desconsidera-se que o corpo e seus movimentos são condições de existência, e que é através deles que expressamos necessidades, sentimentos e angustias. A importância do vínculo afetivo, da cooperação e o reforço da autoestima como auxiliadores no processo de ensino-aprendizagem são negligenciados na cultura escolar. Devemos levar em conta que aprender vai muito além do armazenar conteúdos, está diretamente ligado ao experimentar, vivenciar e contextualizar os diferentes conteúdos que são apresentados dentro de um contexto escolar e através das inter-relações humanas. É importante que os professores incluam no processo de aprendizagem não só o desenvolvimento cognitivo dos alunos, mas também, o desenvolvimento social, o motor e o emocional, oportunizando vivências que favoreçam a solidariedade, a cooperação e o respeito, para que possam lidar com possíveis frustrações futuras, e adquiram noções de limite tanto individual quanto coletivo. Tradicionalmente nas escolas o trabalho de corpo e movimento ainda está exclusivamente associado às aulas praticas de Educação Física. Na minha época e ainda nos dias atuais, observamos que as aulas de Educação Física são basicamente recreativas e mais atraentes por não terem a obrigação do copiar, repetir e decorar. E que os professores que lecionam as outras disciplinas estão somente focados em disseminar conteúdo que dificilmente são transferidos para os alunos com ludicidade. Atividades que envolvem jogos e dinâmicas corporais ajudam a estruturar vínculos afetivos e auxiliam no processo de construção do conhecimento, portanto é importante que outras disciplinas devam inserir em seu currículo atividades lúdicas e corporais aspirando à interação, interesse, e os vínculos afetivos proporcionados pela movimentação. Aprender brincando é uma excelente maneira de assimilar assuntos presentes nos conteúdos da grade curricular, não apenas nas aulas de Educação Física, mas também em todas as disciplinas. Percebo também que umas das reclamações feitas pelos professores é a falta de espaço e de material necessário para a realização das atividades. E a partir da experiência que tivemos no encontro do 1º Seminário de Práticas Educativas essas barreiras devem ser transpassadas, pois foi possível constatar que mesmo com pouco material e espaço limitado diversos jogos educativos puderam ser realizados. Item 2. Após assistir ao filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, identifique trechos do filme nos quais o professor Keating se utiliza de atividades práticas relacionadas ao corpo a fim de construir conhecimentos em sua disciplina de forma não tradicional. O filme retrata a escola contemporânea que trabalha com jovens de forma inadequada. Estes são doutrinados com uma pedagogia arcaica, mecanicista, rígida e autoritária, sendo vetada a espontaneidade. O Professor Keating, interpretado por Robin Williams no filme Sociedade dos Poetas Mortos, estava à frente de seu tempo. Ele transformou a rotina desses jovens aplicando novos métodos e técnicas. Ele os incentivava a reflexão como pode ser observado na cena em que os alunos são levados para o corredor da escola e são apresentados a fotos de antigos estudantes expostas na parede, o professor faz várias especulações e os incita a repensar o que estão fazendo de suas vidas, quais são suas ambições e como estão utilizando o seu tempo. Ele incentivava também o autoconhecimento, encorajamento, e a exploração do corpo e dos movimentos, que puderam ser observados nas cenas: em que os alunos são levados para o campo, e pronunciam em voz alta uma frase e logo em seguida chutam uma bola. E na cena em que eles marcham no pátio, cantarolam e batem palmas, e logo após ele faz uma breve observação a respeito da característica de cada um. E são encorajados a abandonar a conformidade pois ele acredita que esta seja nociva. A todo o momento os alunos são impulsionados a tomar uma nova postura, a despertar sentimentos (quando são incentivados a produzir poesias) e a questionar o que aprendem (retratado na cena em que eles rasgam as páginas de um livro), e a aprenderem a pensar por si só. E também na cena em que eles sobem nas mesas, incentivados pelo professor, fazendo uma analogia a sua fala, de que eles precisam olhar as coisas sob outro ponto de vista. O filme é uma importante referência para inovarmos e buscarmos meios diversificados para estimularmos toda a vida escolar de nossos alunos. Item 3. Com o intuito de avançar do conhecimento teórico para o prático, descreva, pelo menos, 2 exemplos de atividades relacionadas ao corpo que podem ser utilizadas na escola a fim de propiciar uma educação transformadora. Compete ao educador estimular seus alunos por meio de métodos lúdicos, visando um aprendizado prazeroso e efetivo. Abaixo são apresentados alguns exemplos de brincadeiras que pode ajudar na aprendizagem e dinamicidade em sala de aula: Nome: Circuito Objetivos: trabalhar a coordenação motora das crianças, desenvolvendo além de equilíbrio físico, uma motivação para superar as dificuldades. Local: Ar livre ou sala. Organização e execução: organizar um circuito com obstáculos, das mais variadas formas, como por exemplo: colchonetes, cones, bambolês. Para que a criança possa saltar, rolar, rastejar, caminhar em zigue-zague e desviar de obstáculos. Nome: Entulho de tênis Objetivos: trabalhar a cooperação para unir pessoas, coordenação motora grossa e fina, velocidade e concentração. Organização e execução: dividir a turma em dois grupos, sendo que cada grupo deve tirar seus tênis e deixá-los em uma extremidade da quadra. Os alunos ficam perfilados do outro lado da quadra. Ao sinal do professor “Atenção! Já!”, o primeiro aluno de cada fileira, deverá correr, achar seu tênis que está misturado com os outros e colocar no pé e amarrar os cadarços, voltar correndo e bater na mão do segundo da fileira, este por sua vez deve correr até o entulho de tênis e proceder da mesma forma do anterior. A atividade termina quando todos estiverem de tênis. Obs: Verificar se todos os alunos sabem calçar e amarra o tênis. Item 4. “De acordo com o(s) texto(s) mensais disponibilizadosnos fóruns, escolha um deles e desenvolva, junto a discussão produzida no fórum, as relações entre o conteúdo do texto, as participações do fórum e o cotidiano escolar. Minha escolha foi pelo fórum sobre o Vídeo The Wall - Pink Floyd. O vídeo da música Another Brick in the wall é um protesto contra escolaridade rígida, contra o autoritarismo, mostrando o “professor” como opressor, possuidor e transmissor do saber e o aluno como mero receptor, sem a necessidade e a possibilidade de exercitar reflexão e autonomia. A mensagem do vídeo é conflitante pois, por um lado o autoritarismo e a repressão são executados pelo professor e por outro lado a “libertação” dessa opressão sendo representada pela destruição da escola. Onde o ideal é que nenhuma das duas opções precisem ser executadas. O professor precisa ser a figura respeitada em sala de aula, mas para isso não se faz necessário o uso da rigidez. E o ambiente escolar não precisa ser um local de aprisionamento e sim de libertação e crescimento. A educação por muito tempo esteve e ainda está, em alguns lugares, baseada na repetição, no mecanicismo, no professor como único detentor do saber. Portanto precisamos repensar a educação, e pôr em prática nosso aprendizado para não repetirmos tudo aquilo que hoje abominamos. Segundo Jean Piaget: A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõem.
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