Buscar

aula1 Curso Total de Refino de Petróleorevisado2015NOVEMBRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 1033 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 1033 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 1033 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

*
Departamento de Engenharia
Engenharia de Petróleo e Gás
Refino do Petróleo e do Gás Natural 
Professor: Raul Santos
 
Salvador/BA MAIO/ 2015
*
*
*
*
Sumário:
*
*
*
*
1 – Apresentação do Professor
*
*
*
2 – Apresentação dos Alunos
1 – Apresentação do Contrato e Empresa Contratada
*
*
*
 Conteúdo da Disciplina
 Introdução
 Processamento primário do petróleo e gás natural
 Destilação atmosférica de estágio simples
 Destilação atmosférica de estágio duplo com Pré – flash
 Destilação atmosférica de estágio triplo ou a Vácuo
 Craqueamento Térmico:
 Catalítico
 Hidro – catalítico
 Tratamento Termoquímico, Eletrostático e desemulsificante do óleo
 Processamento do Gás Natural:
 Refrigeração simples
 Absorção refrigerada
1 – Apresentação do Contrato e Empresa Contratada
*
*
*
2 – Apresentação Equipe Técnica CLIMABOM
 Continuação - Processamento do Gás Natural:
 Turbo expansão 
 Expansão Joule - Thompson
*
*
*
3 – Cronograma de visitas
5- Referência Bibliográfica 
THOMAS, J.E. Fundamentos de Engenharia de Petróleo. Editora Interciência, 2a edição, Rio de Janeiro, 2001. - SZKLO, Alexandre Salem. Fundamentos do Refino de Petróleo, Editora Interciência. 2008 - CORRÊA, O. L. S. PETRÓLEO: Noções sobre exploração, perfuração, produção e microbiologia. Editora Interciência.
CORTEZ, Nestor . Curso de Formação de operadores de refinaria : Porcesso de refino. Editora PETROBRAS : UnicenP. Curitiba, 2002. Disponível em: <http://www.tecnicodepetroleo.ufpr.br/apostilas/petrobras/eletricidade.pdf> . Acesso em: 20 de junho de 2012. 
*
*
OBRIGADO!!
O caminhar de uma jornada é mais importante que a chegada.
*
*
Lei nº 9.478 de 6 de agosto de 1997
Petróleo:
	Todo e qualquer hidrocarboneto líquido em seu estado natural, a exemplo do óleo cru e condensado
Refino:
	Conjunto de processos destinados a transformar o petróleo em derivados de petróleo
O petróleo
*
*
1.0 O PETRÓLEO
*
*
Não existe apenas um tipo de petróleo
Suas características, juntamente com as necessidades do mercado, que vão determinar quais derivados podem ser melhor obtidos 
A refinaria irá operar de acordo com essas características
O petróleo
*
*
*
6 CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
A classificação do petróleo, em função dos seus constituintes, interessa desde os geoquímicos até os refinadores.
Os primeiros visam caracterizar o óleo para relacioná-lo à rocha-mãe e medir o seu grau de degradação. Os refinadores querem saber a quantidade das diversas frações que podem ser obtidas, assim como composição e propriedades físicas.
Dessa forma, óleos parafínicos são excelentes para a produção de querosene de aviação (QAV), diesel, lubrificantes e parafinas. Os óleos naftênicos produzem frações significativas de gasolina, nafta e lubrificantes. 
Enquanto óleos aromáticos são mais indicados para a produção de gasolina, solventes e asfalto.
 
 
*
*
O petróleo - Composição
	O petróleo, no estado em que é extraído do solo, tem pouquíssimas aplicações. É uma mistura complexa de moléculas, compostas principalmente de carbono e hidrogênio – hidrocarbonetos – , além de algumas impurezas.
*
*
*
4 – Escopo dos serviços de Manutenção Preventiva e Corretiva
 Introdução
 
 COMPOSIÇÃO DO PETRÓLEO BRUTO
Carbono - 84% 
Hidrogênio - 14% 
Enxofre - de 1 a 3% (sulfeto de hidrogênio, sulfetos, dissulfetos, enxofre elementar) 
Nitrogênio - menos de 1% (compostos básicos com grupos amina) 
Oxigênio - menos de 1% (encontrado em compostos orgânicos como o dióxido de carbono, fenóis, cetonas e ácidos carboxílicos) 
Metais - menos de 1% (níquel, ferro, vanádio, cobre, arsênio) 
Sais - menos de 1% (cloreto de sódio, cloreto de magnésio, cloreto de cálcio) 
*
*
A composição elementar média do petróleo é estabelecida da seguinte forma:
*
*
O petróleo
*
*
Cadeia produtiva do petróleo
*
*
Assim, os tipos de hidrocarbonetos presentes ou originários do
petróleo são agrupados da seguinte forma:
*
*
*
*
Parafínicos - cadeia aberta
Naftênicos - cadeia fechada
Aromáticos - aquele que possui, em sua molécula, pelo menos um anel de benzeno ( C6H6 ). 
1.1 CONSTITUINTES DO PETRÓLEO
*
*
O petróleo - Composição
*
*
Hidrocarbonetos Parafínicos
(75% ou mais de parafinas)
Fórmula geral: CnH2n+2 (n é um número inteiro, geralmente de 1 a 20). 
As moléculas são cadeias ramificadas ou não. 
Em temperatura ambiente podem ser gases ou líquidos, dependendo da molécula. 
Exemplos: metano, etano, propano, butano, isobutano, pentano, hexano .
São os óleos leves, fluidos ou de alto ponto de fluidez com densidade inferior a 0.85, teor de resinas e asfaltenos menor que 10% e viscosidade baixa. A maior parte dos óleos produzidos no Nordeste brasileiro é parafínica.
*
*
*
CONSTITUINTES DO PETRÓLEO
- Parafinas:
Fórmula geral: CnH2n+2
Temperatura ambiente podem ser gases ou líquidos.
Exemplos: metano, etano, propano, butano, isobutano, pentano, hexano.
*
*
Hidrocarbonetos Aromáticos
Fórmula geral: C6H5-Y (Y é uma molécula mais longa e não ramificada que se conecta a anéis benzênicos). 
Estruturas em anel, com um ou mais anéis.  
Os anéis contêm seis átomos de carbono, com ligações duplas e simples alternando-se entre os carbonos. 
Geralmente são líquidos.  
Exemplos: benzeno, naftaleno 
*
*
- Aromáticos: 
Fórmula geral: C6H5 - Y (Y é uma molécula mais longa e não ramificada que se conecta a anéis benzênicos)
Estruturas em anel, com um ou mais anéis geralmente são líquidos  
Exemplos: benzeno, naftaleno
*
*
Hidrocarbonetos Naftênicos
Fórmula geral: CnH2n (n é um número inteiro, geralmente de 1 a 20). 
Estruturas em anel, com um ou mais anéis.  
Os anéis contêm apenas ligações simples entre os átomos de carbono. 
Em temperatura ambiente, geralmente são líquidos. 
Exemplos: ciclohexano, metilciclopentano 
*
*
 - Naftenos ou cicloalcanos 
Fórmula geral: CnH2n 
Estruturas em anel, com um ou mais anéis em temperatura ambiente, geralmente são líquidos. 
Exemplos: ciclohexano, metilciclopentano 
*
*
*
4 – Escopo dos serviços de Manutenção Preventiva e Corretiva
- Alcenos 
Fórmula geral: CnH2n 
Podem apresentar-se nos estados líquido ou gasoso.
Exemplos: etileno, buteno, isobuteno 
- Dienos e Alcinos 
Fórmula geral: CnH2n-2 
Podem apresentar-se nos estados líquido ou gasoso. 
Exemplos: acetileno, butadieno 
*
*
2.0 O Refino de Petróleo
Fontes: BP Statistical Review of World Energy 2008; ANP/SDP (Tabela 1.4)
*
*
O refino de petróleo no Mundo
Capacidade de refino, segundo regiões geográficas em 31/12/2007 (milhões de barris/dia)
Fontes: BP Statistical Review of World Energy 2008; ANP/SDP (Tabela 1.4)
*
*
Participação de países selecionados na capacidade total efetiva de refino - 2007
Fontes: BP Statistical Review of World Energy 2008; para o Brasil, ANP/SRP (Tabela 1.4).
¹Capacidade de destilação atmosférica em barris por calendário-dia.
Capacidade total efetiva de refino¹:
87.920 mil barris/dia
*
*
Histórico do Refino no Brasil
1ª Destilaria – Rio Grande, 1934
1ª Refinaria – Ipiranga, 1937
No ano de 1936 foram inauguradas duas refinarias: Ipiranga de São Paulo, com capacidade de oitenta metros cúbicos e a do Rio Grande
1ª Refinafia gde porte – RLAM em 1959, Mataripe,BA
Mercado consumidor insipiente
Produção interna baixa
1950 - 1960
*
*
Histórico do Refino no Brasil
- Manguinhos,1950			- RPBC, 1955 	
- RLAM, 1950			- REMAN, 1956
- RECAP, 1954			- REDUC, 1961
1950 - 1960
*
*
Construção de novas refinarias e ampliação das refinarias existentes
Crescimento acelerado: milagre econômico
1ª Crise do Petróleo: 1973
2ª Crise do Petróleo: 1979
Criação do Pró-Álcool
Aumento das importações de petróleo
1960 - 1980Histórico do Refino no Brasil
*
*
Recessão econômica = menor consumo de derivados
Capacidade de refino supera as necessidades
Falta de diesel e sobra de gasolina e OC
2ª Crise do Petróleo: 1979
Crise do Pró-Álcool
Pressão dos órgãos ambientais
1980 - 1990
Histórico do Refino no Brasil
*
*
Desestatização
Desaceleração do Pró-Álcool / Aumento do consumo de gasolina
Capacidade de refino deficitária
Grandes investimentos em E&P e Meio Ambiente
1990 - 2000
Histórico do Refino no Brasil
*
*
2.1 Refinarias brasileiras
*
*
Refinarias brasileiras
*
*
REPLAN- Refinaria do Planalto Paulista
Está localizada em Paulínia, no estado de São Paulo.
Possui capacidade instalada para 365 mil barris/dia.
Seus principais produtos são: aguarrás, asfalto, coque, diesel, gasolina, GLP, nafta e querosene. 
Foi inaugurada em 1971. 
É a maior refinaria de petróleo da petrobrás. 
*
*
REPLAN- Refinaria do Planalto Paulista
*
*
REPLAN- Refinaria do Planalto Paulista
*
*
REDUC – Refinaria Duque de Caxias
Está localizada no Campos Elísios, no estado do Rio de Janeiro.
Possui capacidade instalada para 242 mil barris/dia.
Seus principais produtos são: óleos básicos para lubrificantes, diesel, gasolina, GLP, nafta, querosene de aviação, parafinas, óleo combustível e aguarrás. 
Foi inaugurada em 1960. 
É considerada uma unidade de fundo de barril.
*
*
REDUC – Refinaria Duque de Caxias
*
*
REDUC – Refinaria Duque de Caxias
*
*
REDUC – Refinaria Duque de Caxias
*
*
RLAM - Refinaria Landulpho Alves
Está localizada no município de São Francisco do Conde, no estado da Bahia.
Possui capacidade instalada para 323 mil barris/dia.
Seus principais produtos são: propano, propeno, iso-butano, gás de cozinha, gasolina, nafta petroquímica, querosene, querosene de aviação, parafinas, óleos combustíveis e asfaltos. 
A Refinaria de Mataripe começou a ser construída em 1949 e está diretamente ligada à descoberta dos primeiros poços de petróleo no País. 
Com a criação da Petrobras, em 1953, a refinaria foi incorporada ao patrimônio da companhia, passando a chamar-se Refinaria Landulpho Alves, em homenagem ao engenheiro e político baiano, que muito lutou pela causa do petróleo no País 
*
*
RLAM - Refinaria Landulpho Alves
26 Unidades de processos
31 Produtos
201 Tanques de Armazenamento
18 esferas de Armazenamento 
 
 
*
*
 Terminais
 O terminal Aquaviário de Madre de Deus, destina-se ao recebimento de Petróleo e ao embarque de seus derivados. Atendendo as regiões Norte e Nordeste
O terminal de Candeias atende a região do Norte da Bahia
RLAM - Refinaria Landulpho Alves
*
*
RLAM - Refinaria Landulpho Alves
*
*
RLAM - Refinaria Landulpho Alves
*
*
RLAM
*
*
RLAM
*
*
REPAR- Refinaria Pres. Getúlio Vargas
Está localizada em Araucária, no estado de Paraná.
Possui capacidade instalada para 189 mil barris/dia.
Seus principais produtos são: , GLP, gasolina, óleos combustíveis, nafta petroquímica, asfalto e óleo diesel. 
Foi inaugurada em 1977.
 
*
*
REPAR- Refinaria Pres. Getúlio Vargas
*
*
RPBC– Refinaria Presidente Bernardes
Está localizada em Cubatão, no estado de São Paulo.
Possui capacidade instalada para 170 mil barris/dia.
Seus principais produtos são: gasolina podium, componentes da gasolina da fórmula 1, gasolina de aviação, solventes, diesel ecológico, coque para exportação e hexano (maior produtora nacional). 
Foi inaugurada em 1954, abastecia 55% do país. 
Primeira grande refinaria construída pela petrobrás. 
*
*
RPBC– Refinaria Presidente Bernardes
*
*
RPBC– Refinaria Presidente Bernardes
*
*
REGAP- Refinaria Gabriel Passos
Está localizada em Betim, no estado de Minas Gerais.
Possui capacidade instalada para 170 mil barris/dia.
Seus principais produtos são: aguarrás, asfaltos, coque, enxofre, gasolina, GLP, óleo diesel e querosene de aviação.
Foi inaugurada em 1970. 
Tem o nome do engenheiro Gabriel Resende Passos que, ao ocupar o cargo de Ministro das Minas e Energia, lutou pela instalação da unidade em Minas Gerais.
Em 1982 foi ampliada em mais de 100% sua capacidade de produção.
*
*
REGAP
Refinaria Gabriel Passos
*
*
REGAP- Refinaria Gabriel Passos
*
*
RECAP- Refinaria de Capuava
Está localizada em Mauá, no estado de São Paulo.
Possui capacidade instalada para 53 mil barris/dia.
Seus principais produtos são: propeno, GLP, gasolina, solventes especiais e óleo diesel metropolitano (com baixo teor de enxofre). 
Foi inaugurada em 1955, abastecia 55% do país. 
Menor refinaria de São Paulo. 
*
*
RECAP
 Refinaria de Capuava
*
*
RECAP- Refinaria de Capuava
*
*
REMAM- Refinaria Manaus
Está localizada em Manaus, no estado de Amazonas.
Possui capacidade instalada para 1100 m3/dia.
Seus principais produtos são: GLP, gasolina, óleos combustíveis, óleo diesel, Asfalto, querosene de iluminação, QAV. 
Foi inaugurada em 1956, e ampliada de 1968. 
Refinaria pequena, destinada a processar o petróleo de Urucu ( óleo leve), em vista disto é otimizado a produção para óleo diesel, gasolina ou nafta.
*
*
REMAM- Refinaria Manaus
*
*
REMAM- Refinaria Manaus
*
*
REVAP- Refinaria Henrique Lage
Está localizada no município de São José dos Campos, no estado de São Paulo.
Possui capacidade instalada para 30000 m3/dia.
Seu principal produto é: nafta para abastecimento da PQU- Petróquimica União.
Produz ainda:Gasolina, GLP, óleo diesel, óleos combustíveis, Asfalto, querosene de iluminação, QAV, nafta petroquímica, solventes , MTBE, enxofre.
Foi inaugurada em 1980. 
*
*
REVAP
Refinaria Henrique Lage
*
*
REVAP- Refinaria Henrique Lage
*
*
LUBNOR- Lubrificantes Nordeste
Está localizada em Fortaleza, no estado do Ceará.
Possui capacidade instalada atual para 1.000 m3 por dia de uma diversificação de produtos de maior valor agregado.
Seus principais produtos são: óleo diesel, gasolina, querosene de aviação, óleo combustível, gás liquefeito de petróleo, asfalto, nafta petroquímica e propeno.
Foi inaugurada em 1966
É uma refinaria de reduzido porte que produz basicamente derivados pesados, sendo que mais de 70% do seu perfil é composto por asfalto e óleo combustível. Ela também produs óleos para lubrificantes.
Seus principais produtos são: Asfalto, óleo diesel, óleos combustíveis, lubrificantes naftênicos, óleo isolante, óleo amaciante de fibra.
*
*
 Características
A capacidade instalada é de 8.000 bbl/d
Área Total: 0,4 km²
Unidade de Lubrificantes – ULUB
Unidade de Processamento de Gás Natural - UPGN
Unidade de Vácuo - UVAC 
*
*
 Produtos
Asfaltos
Óleos Lubrificantes
 Líderes nacionais em produção de asfalto e a única no país a produzir lubrificantes naftênicos, um produto próprio para usos nobres, tais como, isolante térmico para transformadores de alta voltagem, amortecedores para veículos e equipamentos pneumáticos.
 
 
*
*
 Terminais
 
O Porto de Mucuripe/ Fortaleza
Terminal de Pecém em São Gonçalo do Amarante
*
*
LUBNOR- Lubrificantes Nordeste
*
*
 Curiosidade
 Todo o petróleo utilizado pela Lubnor é do tipo ultra pesado, 85% provenientes do Espírito Santo e o restante, 15%, do Ceará. 
*
*
LUBNOR - Lubrificantes Nordeste
*
*
LUBNOR- Lubrificantes Nordeste
*
*
REFAP- Refinaria Alberto Pasqualini
Está localizada em Canoas, no estado de Rio Grande do Sul.
Possui capacidade instalada para 30.000 m3 por dia.
Seus principais produtos são: óleo diesel, gasolina, querosene de aviação, óleo combustível, gás liquefeito de petróleo, asfalto, nafta petroquímica e propeno.
Foi inaugurada em 1970.
Seu nome é uma homenagem ao político gaúcho Alberto Pasqualini,senadorque foi relator do projeto de criação da Petrobrás na Comissão de Economia do Senado e defensor do monopólio do petróleo pela estatal brasileira. 
É uma sociedade anônima composta por: 70% da Petrobrás e 30%da firma REPSOL/YPF
destilação atmosférica: 30.000 m3/dia;
destilação a vácuo: 5.000 m3/dia; 
craqueamento catalítico: 3.100 m3/dia 
*
*
REFAP- Refinaria Alberto Pasqualini
*
*
REFAP- Refinaria Alberto Pasqualini
*
*
Refinaria Ipiranga
Está localizada no estado de Rio Grande do Sul.
Possui capacidade instalada para 1,5 milhão de litros de derivados por dia.
Seus principais produtos são: óleo diesel, GLP, gasolina, óleo combustível, querosene de iluminação, QAV, asfalto.
Foi inaugurada em 2002.
 É uma refinaria de reduzido porte e pouca complexidade.
*
*
Refinaria 
Ipiranga
*
*
Refinaria Ipiranga
*
*
RPCC Refinaria Potiguar Clara Camarão
*
*
 
Localizada no Polo Industrial Petrobras de Guamaré, a Refinaria Potiguar Clara Camarão é responsável pela produção de diesel, nafta petroquímica, querosene de aviação e, desde setembro de 2010, gasolina automotiva, o que tornou o Rio Grande do Norte o único estado do país auto-suficiente na produção de todos os tipos de derivados do petróleo.
*
*
- Duas unidades de destilação atmosféricas: U-260 e U-270 (diesel e QAV);
 - Uma unidade de tratamento cáustico regenerativo: U-280;
 - Uma unidade de produção de gasolina: UGG - U-280-A;
Capacidade: 6.000 m³/dia.
 Características
*
*
 Principais produtos 
- Diesel 
- Gasolina 
Querosene de aviação
Produz óleo diesel com teor de enxofre de 50ppm
*
*
O terminal aquaviário de Natal escoa os derivados de petróleo recebidos por navios e caminhões-tanque para suprir as demandas energéticas do próprio estado e de áreas de abrangência. Terminal operado pelas subsidiárias Transpetro e Petrobras Distribuidora.
 Forma de escoamento
*
*
Refinarias futuras
*
*
Novas refinarias:
O cronograma das 5 refinarias programadas, a saber: 
1ª) Refinaria do Abreu e Lima-RENEST(PE), 2015; 
2ª) Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro -Comperj (RJ), 2013 e 2018; 
3ª) Refinaria Premium I (MA), 2014 e 2016; 
4ª) Refinaria Premium II (CE), 2017. 
As DUAS primeiras já estão em construção, e as outras duas em fase de projeto, teve sua construção cancelada .
*
*
RENEST- Refinaria Abreu Lima
Está localizada no município de Ipojuca, no estado de Pernambuco.
Possui capacidade instalada para 200 mil barris/dia.
A Petrobras considera que essa refinaria será a mais moderna já construída em território nacional, pois será a primeira adaptada a processar 100% de petróleo pesado com o mínimo de impactos ambientais e produzir combustíveis com teor de enxofre menor do que o exigido pelos padrões internacionais mais rígidos, de 10 ppm de enxofre.
*
*
RENEST- Refinaria Abreu Lima
A produção anual prevista para esta unidade da Petrobras ainda inclui 682 mil m³ de nafta petroquímica, 1.236 mil toneladas de GLP, 9,5 milhões de toneladas de diesel e 2,2 milhões de toneladas de coque. A refinaria também produzirá o chamado "H-Bio", a partir da mistura de biodiesel com diesel comum.
A nova data de entrada de operação é novembro 
de 201?. ??????
*
*
RENEST- Refinaria Abreu Lima
*
*
RENEST- Refinaria Abreu Lima
A Refinaria Abreu e Lima, que a Petrobras está construindo em sociedade com a estatal venezuelana de petróleo. Em vez de ficar pronta em 2011, só deve ser inaugurada em 2014, com três anos de atraso. O custo inicial da obra, de 2,3 bilhões de dólares, já havia passado por cinco revisões. Agora está em 20 bilhões — nove vezes o original, e tudo isto segundo a Petrobras devidas a “Falhas no acompanhamento físico e financeiro”.
*
COMPERJ- CIA PETROQUÍMICA RJ
A primeira refinaria-petroquímica brasileira será o COMPERJ, que vai processar o petróleo pesado nacional (Marlim) e no qual será utilizada pela primeira vez no país a tecnologia do FCC Petroquímico, maximizando a produção de eteno e propeno. Tendo como seu principal objetivo refinar 150 mil barris diários de petróleo pesado proveniente da Bacia de Campos (Marlim), o COMPERJ está previsto para entrar em operação em 2013.
*
COMPERJ- CIA PETROQUÍMICA RJ
O COMPERJ marca a retomada da PETROBRAS ao setor petroquímico e integra, de forma pioneira no Brasil, operações de refino com a produção petroquímica. Transformará, diretamente num único local, o petróleo em resinas plásticas e outros produtos
petroquímicos de uso variado. O petróleo passará por duas etapas de produção. Na primeira, será transportado da Bacia de Campos por dutos e será
transformado em produtos petroquímicos básicos; na segunda fase, estes produtos darão origem às resinas plásticas. Numa terceira etapa, fora do COMPERJ, estas resinas plásticas vão se transformar em bens de consumo.
*
*
COMPERJ- CIA PETROQUÍMICA RJ
*
*
Refinaria Premium I 
e
Refinaria Premium II
*
*
Localização
 O empreendimento será localizado no estado do Ceará, no município de Caucaia, dentro da área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Parte da malha dutoviária será instalada no município de São Gonçalo do Amarante. Os principais acessos, a partir de Fortaleza, são através da BR 222 (setor sul) e da rodovia CE 085 (centro). 
*
*
Curiosidades
“Nem Premium I, nem Premium II. Nenhuma das duas jamais recebeu a solicitação de construção. Essa solicitação jamais foi submetida à ANP”, respondeu Magda Chambriard.
O estado do Ceará investiu R$ 650 milhões na obra
*
*
*
*
*
*
*
*
Fontes: ANP/SRP; Ipiranga, Manguinhos e Petrobras/Abast (Tabelas 2.21 e 2.24).
Volume de petróleo refinado e capacidade de refino, segundo refinarias - 2007
*
*
Volume de petróleo refinado por origem
(nacional e importada) 2000-2009 (m³)
Fontes: ANP/SRP; Ipiranga, Manguinhos e Petrobras/Abast 
*
*
A ANP ( Agência Nacional do Petróleo , Gás Natural e Biocombustíveis) é a autarquia do governo responsável pelas diretrizes normativas e fiscalização da exploração e refino do petróleo, e gás natural e biocombustíveis.
Segundo norma regulamentadora desta agência, o óleo cru deve atender algumas especificações para poder ser comercializado com as refinarias.
Estes valores de referência são:
BSW de 1% no máximo
Sedimentos de sal entre 570mg/l a 285mg/l
Teor de enxofre entre 10ppm a 15ppm
*
*
 Gás Natural ( Associado)
				 ≠ 
 GLP ( Gás liquefeito de Petróleo)
A principal diferença entre o Gás Natural ( Associado) e o GLP ( Gás liquefeito de Petróleo) é que o primeiro apresenta maiores concentrações de metano.
 
*
*
A questão do refino
Dos anos 80 até o presente:
- capacidade de refino estacionada 
- melhora a conversão das refinarias
*
*
2.2 PROPRIEDADES DO PETRÓLEO
O primeiro poço de petróleo no Brasil
(EDUCATERRA, 2010).
*
*
2.2.0. IMPUREZAS 
O petróleo possui quantidades apreciáveis de constituintes que apresentam elementos considerados como impurezas que surgem em todas as faixas de ebulição, mas tendem a se concentrar nas frações mais pesadas, são eles: enxofre (S), nitrogênio (N), Oxigênio (O) e metais.
O petróleo apresenta impurezas que podem ser classificadas de oleofílicas e oleofóbicas.
*
*
2.2.0. IMPUREZAS Impurezas Oleofílicas 
As impurezas oleofílicas são solúveis no petróleo, fazendo parte de sua constituição. São consideradas impurezas por se apresentarem em teores minoritários e, também, porque, do ponto de vista do refinador e do consumidor, conferem ao petróleo e derivados propriedades indesejáveis que são o motivo da existência de muitos processos dispendiosos de tratamento. Em certos casos, tais impurezas podem ser recuperadas no processamento, com fins comerciais, como ocorre com os ácidosnaftênicos e o enxofre.
*
*
2.2.0. IMPUREZAS Impurezas Oleofílicas 
*
*
2.2.0. IMPUREZAS Impurezas Oleofóbicas
As impurezas oleofóbicas são insolúveis no petróleo, portanto não são parte integrante do petróleo mas coexistem com ele na natureza ou são introduzidas durante a obtenção do cru de petróleo.
Estas impurezas são basicamente água, sais, argilas, areia e sedimentos provenientes da corrosão de equipamentos. A principal fonte dessas impurezas são gotículas de fluidos aquosos, fortemente salinos, conhecidas como “água de formação’’ que acompanham o óleo cru das jazidas. Tais gotículas são de dimensões reduzidas e permanecem em suspensão devido a agentes e emulsificantes existentes no petróleo.
*
*
2.2.0. IMPUREZAS Impurezas Oleofílicas:
Compostos Sulforados, Compostos Nitrogenados, Compostos Oxigenados, Resinas e Asfaltenos, Compostos Metálicos 
*
*
2.2.0.1 Compostos Sulforados
O enxofre é o terceiro elemento mais abundante encontrado no petróleo, concetração mássica média de 0,65%, aparece no petróleo na forma de sulfetos, dissulfetos, com nitrogênio e ou oxigênio, encontrá-lo como enxofre elementar é muito raro. Em geral, quanto maior a densidade do petróleo, maior será seu teor de enxofre.
*
*
2.2.0.1 Compostos Sulforados
Os compostos sulfurados são indesejáveis pois além de aumentar a polaridade do óleo são os responsáveis pela corrosividade e contaminação dos catalisadores, são tóxicos e produzem SO2 e SO3, gases altamente poluentes que em contato com umidade formam o H2SO4.
*
*
2.2.0.2 Compostos Nitrogenados:
O petróleo contém 0,17% de nitrogênio com maior concentração nas frações pesadas. Os compostos apresentam-se na forma orgânica e são termicamente estáveis. Surgem no petróleo como piridinas, quinolinas, pirróis, indóis, porfirinas e compostos policíclicos com enxofre, oxigênio e metais.
*
*
2.2.0.2 Compostos Nitrogenados:
São termicamente estáveis. Aumentam a capacidade de óleo reter água em emulsão e tornam instáveis os produtos do refino, formando gomas e alterando a sua coloração, além de destruirem os catalisadores. Tendem a se concentrar nas frações mais pesadas do petróleo.
*
*
2.2.0.3 Compostos Oxigenados
Surgem no petróleo de forma complexa como ácidos carboxílicos, fenóis, cresóis, ésteres, amidas e cetonas. se concentram nas frações mais pesadas. Os compostos oxigenados são responsáveis pela acidez e coloração (ácidos naftênicos), odor (fenóis), formação de gomas e corrosividade das frações de petróleo.
*
*
2.2.0.4 Resinas e Asfaltenos
Moléculas grandes com alta relação carbono/hidrogênio.
Constituído de 3 a 10 ou mais anéis, geralmente aromáticos. A presença de enxofre, oxigênio e nitrogênio são frequentes. As estruturas básicas são semelhantes, porém asfaltenos não estão dissolvidos e sim dispersos no petróleo. As resinas, ao contrário, são facilmente solúveis.
*
*
2.2.0.5 Compostos Metálicos
Apresentam-se de duas formas: como sais orgânicos dissolvidos na água, emulsionada ao petróleo, facilmente removidos através da dessalgação da água e compostos organometálicos complexos que tendem a se concentrar nas frações mais pesadas.
*
*
2.2.1 VOLATILIDADE
Em ciências como a química e física, o termo volatilidade se refere a uma grandeza que está relacionada à facilidade de uma substância passar da fase líquida à fase vapor. Essa facilidade depende do referencial; por isso, a volatilidade é sempre relativa. Leva em conta duas substâncias, sendo uma delas a substância, digamos, "referencial".
*
*
2.2.2 VISCOSIDADE
Nem todos os líquidos são iguais. Alguns são finos e escoam mais facilmente. Outros são espessos e pegajosos. Mel e xarope escorrem mais lentamente que a água. 
A resistência ao escoamento apresentada por um líquido é chamada de viscosidade.
Ou seja, quanto maior a viscosidade, menor a velocidade em que o fluido se movimenta. 
A viscosidade é uma propriedade importante dos fluidos de perfuração. Quando mais viscoso for o fluido, mais facilmente ele suspenderá as aparas do corte e as levará para a superfície. Por outro lado, é necessária mais pressão para bombear fluidos muito viscosos, além de ser mais difícil retirar os resíduos da perfuração.
Uma maneira de testar a viscosidade de um líquido é jogar alguma coisa dentro dele e ver quanto tempo demora para afundar.
*
*
O tamanho das moléculas dos hidrocarbonetos influencia tanto a sua volatilidade quanto sua viscosidade.
Moléculas menores aumentam a volatilidade e reduzem a viscosidade.
Moléculas maiores reduzem a volatilidade e aumentam a viscosidade.
A viscosidade e a volatilidade são as principais características de um combustível
*
*
PETRÓLEO - é uma mistura constituída predominantemente de hidrocarbonetos, que ocorre na natureza nos estados: sólido, líquido ou gasoso. 
ÓLEO - é a porção do petróleo existente na fase líquida nas condições originais do reservatório e que permanece líquida nas condições de pressão e temperatura de superfície. 
GÁS NATURAL - é a porção de petróleo que existe na fase gasosa ou em solução no óleo, nas condições originais de reservatório, e que permanece no estado gasoso nas condições atmosféricas de pressão e temperatura. 
*
*
2.2.3 DENSIDADE
Densidade é a massa por unidade de volume de uma substância. O cálculo da densidade é feito pela divisão da massa do objeto por seu volume. Densidade=massa  volume 
A densidade existe para determinar a quantidade de matéria que está presente em uma determinada unidade de volume. 
*
*
*
*
2.2.4 ºAPI
Uma amostra de petróleo e mesmo suas frações podem ser ainda caracterizadas pelo grau de densidade API (°API), do American Petroleum Institute, definida por:
Onde Densidade específica= dr(60/60) é a densidade da amostra a 60°F, em relação à densidade da água a 60°F( densidade relativa).
*
*
2.2.4 ºAPI
UNITAR Centre 
DOE-Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos
API- American Petroleum Institute 
*
*
Classificação do Petróleo em relação ao ºAPI
Densidade(ºAPI)			Classificação
40 ou maior				Extra leve
33 a 40					Leve
27 a 33					Médio
19 a 27					Pesado
15 a 19					Extra pesado
15 ou menor				Asfáltico
A densidade específica do material é calculada tendo-se como referência a água. Obviamente, quanto maior o valor de °API, mais leve é o composto:
*
*
*
*
*
*
Onde Densidade específica= dr(60/60) é a densidade da amostra a 60°F, em relação à densidade da água a 60°F( densidade relativa).
Logo se temos API baixo:
Logo Para Densidade específica alta teremos que ter densidade de amostras altas:
*
*
Caracterização do Cru
*
*
Constituintes do petróleo
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Grau API das correntes nacionais de petróleo (ANP, 2003 apud Szklo, 2005)
*
*
Segundo o teor de enxofre da amostra, tem-se a seguinte classificação para o óleo bruto:
Petróleos “Doces” (sweet): 
teor de enxofre < 0,5 % de sua massa
Petróleos “Ácidos” (sour): 
teor de enxofre > 0,5 % em massa
Alguns classificam como sendo Azedos: >2,5%
2.2.5.1 TEOR DE ENXOFRE 
*
*
Classificações de acordo com o teor de enxofre:
ATE (alto teor de enxofre): >1,0%
BTE (baixo teor de enxofre): <1,0%
	(faixas intermediárias poderão ser classificadas como semi-doces ou semi-azedos)
2.2.5.2 TEOR DE ENXOFRE 
*
*
Teor de enxofre das correntes de petróleo nacionais (ANP, 2003 apud Szklo, 2005)
*
*
Em especial, o índice de acidez naftênica expressa a quantidade de KOH, em miligramas, necessária para retirar a acidez de uma amostra
de 1 g de óleo bruto.
2.2.6.1 Índice de Acidez Naftênica-TAN 
*
*
Trata-se de um índice que mede a acidez naftênica do petróleo. É alto quando acima de 1.0.
Os acidos naftênicos podem atacar as unidades da refinaria.
Há três soluções, neste caso:
Tratamenmtode carga na refinaria;
Diluir a carga da refinaria com óleos não acidos;
Investir em metalurgia ( i.e ligas capazes de resistir a ácidos naftênicos.
2.2.6.1 Total Ácid Number- TAN 
*
*
Acidez total das correntes de petróleo nacionais (ANP, 2003 apud Szklo, 2005)
*
*
KUOP: fator proposto pela Universal Oil Products – UOP definido por:
TB = ponto de ebulição graus
T eb lição médio molar em graus rankine (F+460)
d = densidade 60/60 oF
KUOP ≥ 12 (petróleo predominantemente parafínico)
KUOP ≤ 11,8 (caráter naftênico)
KUOP ≤ 10 (petróleo predominantemente aromático)
2.2.6.2 Fator de Acidez KOUP
*
*
Fator de caracterização das correntes de petróleo nacionais (ANP, 2003 apud Szklo, 2005)
*
*
2.2.9 Correntes e características físicas da produção brasileira. 
*
*
*
*
*
*
*
*
Bacia de Campos responde por 85% da produção nacional
Marlim responde por 40% da produção nacional
*
*
*
*
*
*
Resumindo:
BACIA DE CAMPOS PRODUZ 85% DO CRU BRASILEIRO E O CAMPO DE MARLIM RESPONDE POR 40% DA PRODUÇÃO DO BRASIL, LOGO AS CARACTERISTICAS DO CAMPO DE MARLIM ACABAM INFLUÊNCIANDO A CLASSIFICAÇÃO DO CRU BRASILEIRO NO EXTERIOR.
*
*
Resumindo:
Brasil – 11º no ranking da Capacidade de Refino Mundial - 2 MMbbl/d (ANP, 2013);
Perfil da Produção Nacional de Petróleo
40% - Campo de Marlim.
Favorece a presença de
contaminantes.
ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis: 2013. Rio de Janeiro, 2013.
*
*
O grau API que inicialmente era de 35º vem caindo atualmente o API médio do petróleo brasileiro é 24,6º , classificado como pesado, e perde em valor comercial frente a WTI e Brent , mas isto pode mudar pois os campos do pré sal tem valores de API maiores que os de campos.
*
*
O enxofre é em média 0,54% o que o classifica como semidoce, isto é bom pois é uma exceção que faz o petróleo marlim ser procurado como constituinte de blends de carga em refinarias no exterior.
É tido como exótico frente aos demias crus pois apesar de o cru apresentar valor médio de TAN ser 0,64mg/KOH/G o valor de Marlim apresenta acidez com TAN de 1,09mg/KOH/g.
e fator KUOP de 11,7 o que o caracteriza com viscosidade nafatênica.
*
*
Coque
O coque de petróleo é um produto sólido, obtido a partir do craqueamento de óleos residuais pesados em unidades de conversão de resíduos denominadas unidades de coqueamento retardado.
Coque de petróleo pode ser usado em várias outras formas possíveis, tais como: Pastilha de freio automotivo, Sapatas Ferroviárias, Alimentação de fornos refratários e Colorização de vidros.
*
*
Coque
*
*
O petróleo, conforme a teoria da origem orgânica, é formado pela decomposição de grandes quantidades de material vegetal e animal que, sob ação da pressão e calor gera misturas de compostos constituídos majoritariamente por moléculas de carbono e hidrogênio – os hidrocarbonetos.
Geralmente, o petróleo depois de formado não se acumula na rocha na qual foi gerado – rocha geradora ou rocha matriz, mas migra sob ação de pressões do subsolo, até encontrar uma rocha porosa, que, se cercada por uma rocha impermeável (rocha selante ou rocha capeadora), aprisiona o petróleo em seu interior. E é a partir deste reservatório que o petróleo é extraído, se as condições de porosidade da rocha e a quantidade acumulada de material formar uma jazida comercial.
Dependendo da pressão e do local em que se encontra o petróleo acumulado, é comum encontrar o gás natural ocupando as partes mais altas do interior do reservatório, e o petróleo (óleo) e a água salgada ocupando as parte mais baixas, muito em função da diferença de densidade e da imiscibilidade entre as fases.
3.0 Onde começa o petróleo?
*
*
Por conta desta configuração no reservatório e das condições necessárias para a produção, não apenas petróleo e gás são produzidos, mas também água e sedimentos (areia e outras impurezas sólidas em suspensão, como material de corrosão, produtos de incrustação por exemplo) em quantidades variadas. Além destes, deve-se considerar que outros compostos
não hidrocarbônicos também podem estar presentes no sistema, tais como os contaminantes CO2,e H2S, quer na fase gasosa ou mesmo arrastados/dissolvidos na fase líquida.
Via de regra nenhuma destas fases é produzida isoladamente. Assim, o gás é produzido em quantidade e composição variada e percorre as tubulações de produção como bolhas arrastadas no óleo. Alternativamente, gotículas de óleo podem ser arrastadas como névoa no gás.
*
*
A água de formação pode ser levada pelo gás na forma de vapor. Quando no estado líquido, pode ser produzida como água livre, dissolvida ou emulsionada como gotículas dentro do óleo. Mesmo a água livre separada, além dos sais presentes, contém sedimentos, gases dissolvidos e óleo arrastado.
A água livre é relativamente fácil de separar, por decantação enquanto que a água dissolvida normalmente não é removida da corrente de petróleo por ser relativamente baixos os seus teores (da ordem de 0,02% a 20oC). Por outro lado, a água emulsionada requer tratamentos especiais para sua remoção.
Uma emulsão é a mistura de dois líquidos imiscíveis, sendo um dos quais disperso no outro, sob a forma de gotículas, que mantém-se estabilizada pela ação de agentes emulsificantes. 
Há, de um modo geral emulsões do tipo óleo-em-água (O/A), onde a água é a fase externa; e emulsões do tipo água-em-óleo (A/O), onde o óleo é a fase externa. A figura 2 mostra a imagem de uma emulsão A/O formada por diminutas gotas de água dispersa no petróleo.
*
*
Processamento Primário
Durante o processo de produção de petróleo é comum o aparecimento de gás e água associados. A separação dessas fases faz-se necessária, pois o gás apresenta relevante interesse econômico para a indústria, e a água, por apresentar elevado teor de sal em sua composição e formar emulsões com viscosidades superiores à do petróleo desidratado, deve ser removida, pois afeta o dimensionamento do sistema de bombeio e transferência. 
*
*
1- PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DE FLUIDOS
*
Durante a vida produtiva de um campo de petróleo ocorre geralmente, simultaneamente, a produção de gás, óleo e água juntamente com outras impurezas (areia, scale, enxofre...).
Como o interesse econômico é somente na produção de hidrocarbonetos (óleo e gás), há a necessidade de se instalar nos campos terrestres ou marítimos, “facilidades de produção”, que são destinadas a efetuar sob condições controladas, o “processamento primário dos fluidos”, ou seja:
 - separação do óleo, gás e água das impurezas em suspensão;
 - tratamento ou condicionamento dos hidrocarbonetos para que possam ser transferidos para as refinarias onde será efetuado o refino do petróleo;
 - tratamento da água para descarte ou reinjeção.
 
*
*
Acima de determinados níveis, a presença no óleo do gás associado e da salmoura (como é chamada a mistura de água, sais e sedimentos) causaria alguns problemas relacionados ao transporte em dutos ou petroleiros, ao armazenamento em tanques nos terminais e na refinaria ou em equipamentos das refinarias.
O gás associado, contendo substâncias corrosivas e sendo altamente inflamável, deve ser removido por problemas de segurança (corrosão ou explosão).
Água, sais e sedimentos também devem ser retirados, para reduzirem-se os gastos com bombeamento e transporte, bem como para evitar-se corrosão ou acumulação de sólidos nas tubulações e equipamentos por onde o óleo passa.
*
*
PROCESSAMENTO PRIMÁRIO DE FLUIDOS
Dependendo dos fluidos produzidos e de sua viabilidade técnico – econômica, uma planta de processamento primário pode ser simples ou complexa. As mais simples efetuam apenas a separação óleo/gás/ água. Enquanto as mais complexas incluem o condicionamento e compressão de gás, tratamento e estabilizaçãodo óleo e tratamento da água para reinjeção ou descarte.
Toda planta possui uma capacidade nominal de processamento que vai de acordo com a produção máxima esperada do campo.
A figura 1 representa um fluxograma esquemático dos principais componentes de uma unidade de processamento primário de fluidos.
*
*
*
Figura 1: Fluxograma de produção:
Gas associado
*
*
Após uma separação primária das correntes de fluidos produzidos, ocorre o tratamento individual das fases gás, óleo e água a fim de se atingir as especificações necessárias à comercialização do óleo e gás e as especificações ambientais para o descarte da água. Por exemplo:
 O gás natural não pode conter quantidades excessivas de CO2 e H2S. e deve ser liberado a uma pressão especificada. O gás também não deve conter vapor de água que pode condensar e formar hidratos e causar perdas de carga adicionais ou causar corrosão nas tubulações. Conforme a especificação para Gás Natural constante da Portaria
104/2002 ANP, o máximo aceitável de vapor de água é de 3 a 5 libras por milhão de pé cúbico (lb/Mscf).
 O óleo não pode conter excessivas quantidades de água e sedimentos (BS&W) 1% de BS&W e para os sais dissolvidos na água, os valores típicos máximos são e 570 ou 285 mg/L (ou ppm - partes por milhão) de sal no óleo, o primeiro limite para consumo interno e o segundo para exportação.
· A água produzida deve possuir um valor limitado de óleo disperso (teor de óleo e graxas - TOG) para poder ser descartada. As regulamentações internacionais para plataformas limitam em 10 a 40 mg de óleo por litro de água. No Brasil o teor de óleo e graxas - TOG - o valor é de 20 mg/L. Também a temperatura deve ser controlada para o descarte.
*
*
*
 Figura 2 – Principais Especificações dos fluidos após a separação primária segundo ANP
*
*
Conforme os fluidos produzidos e a viabilidade técnico-econômica, uma planta de processamento primário pode ser simples ou complexa. As mais simples efetuam apenas a separação gás/óleo/água, enquanto que as mais complexas incluem o condicionamento e compressão do gás, tratamento e estabilização do óleo e tratamento da água para reinjeção ou descarte.
O objetivo do Processamento Primário de Petróleo é de separar gás, óleo, água e tratar essas correntes, de maneira a especifica-las aos padrões de envio ao terminais e refinarias (óleo e água) e de descarte (água oleosa);
Normalmente, a separação e o tratamento dessas fases é feita numa planta de processamento, por meio do uso de produtos químicos, aquecimento e vasos separadores (dispostos em estágios), em função dos mecanismos envolvidos na separação.
*
*
Por isso, antes de ser enviado à refinaria, o petróleo passa pelo chamado Processamento Primário, realizado em equipamentos de superfície, nos próprios campos de produção (campos de petróleo).
 Ao final desse processamento, teremos fluxos separados de óleo e gás, além de salmoura descartável.
O óleo final conterá teores menores daqueles hidrocarbonetos mais facilmente vaporizáveis; ficando, então, menos inflamável que o óleo cru. Por isso, esse óleo “processado” é também chamado Óleo Estabilizado.
*
*
*
2 - Separação:
2.1 – EQUIPAMENTOS
Numa instalação de processamento primário de fluidos o gás, por ser menos denso, é inicialmente separado do líquido por ação da gravidade em equipamentos denominados separadores. Um separador típico de produção é dotado de vários dispositivos internos para aumentar a eficiência de separação. Alguns exemplos são os defletores de entrada, quebradores de espuma, de ondas e de vórtice, extrator de névoa ou demister. Para fins didáticos, pode-se dizer que são quatro as seções de um separador típico: seção de separação primária, de acumulação (ou de coleta de líquido), de separação secundária (ou de decantação) e de aglutinação – figura abaixo. 
Separador Bifásico Horizontal 
*
*
*
*
O Processamento Primário ocorre através de duas etapas:
1ª Etapa: separação gás-óleo-água livre
A separação gás-óleo-água livre é realizada em equipamentos conhecidos como separadores trifásicos, onde essas três substâncias, com diferentes densidades são separadas por ação da gravidade. A esse tipo de separação denominamos de Decantação.
*
*
Na seção primária, localizada na entrada do vaso, o fluido (líquido e gás) choca-se com dispositivos defletores que provocam uma mudança brusca de velocidade e direção do fluxo, ou é dirigido por um difusor que lhe impõe um movimento giratório fazendo com que o líquido se desloque para o fundo do vaso por ação da gravidade, separando-se do gás. 
É nesta seção que a maior parte do líquido é separada, acumulando-se no fundo do vaso, denominado de seção de acumulação de líquido, por um tempo de retenção de 3 a 4 minutos, suficiente para permitir a separação do gás remanescente e, em alguns casos (nos separadores trifásicos), de grande parte da água.
*
*
Na seção secundária, as gotículas maiores de óleo, oriundas da fase gasosa, são separadas por decantação.
As gotículas de líquido arrastadas pela corrente gasosa e que ainda não se separaram são, na seção de aglutinação (localizada geralmente próxima a saída do gás), removidas do fluxo gasoso através de meios porosos que por possuírem grande área de contato facilitam a coalescência e decantação das gotas. Utilizam-se vários tipos de extratores de névoa, tais como, aletas de metal, almofadas de tela de arame, placas pouco espaçadas, por exemplo.
A pressão no separador é mantida por um controlador que atua regulando o fluxo de saída do gás na parte superior. 
O líquido separado deixa o vaso através de uma válvula de descarga, cuja abertura ou fechamento é efetuado através de um controlador de nível.Os separadores são fabricados nas formas horizontal e vertical. 
*
*
Por apresentarem uma maior área superficial de interface permitindo uma melhor separação líquido/gás e gás/líquido, os separadores horizontais são normalmente mais eficientes, sendo utilizados principalmente em sistemas que apresentem espumas e altas razões gás/óleo. As principais desvantagens destes separadores, por outro lado, são a dificuldade de remoção dos sólidos produzidos (os verticais têm uma geometria que permite a deposição localizada no fundo do vaso facilitando sua remoção) e a menor capacidade de absorver grandes variações de fluxo (golfadas).
*
*
*
Os separadores podem ainda ser do tipo bifásico , quando promovem a separação gás/líquido (separadores de gás), ou trifásico (figura 4 ), separadores de água livre, que,adicionalmente, promovem a separação da água. Os trifásicos apresentam uma maior seção de decantação de líquido que possibilita uma separação melhor do óleo/água. Também há necessidade da instalação nesses separadores, de:
um condutor de líquido, para não perturbar a interface óleo/água, e um espalhador na saída desse condutor e abaixo da interface óleo/água, para distribuir o líquido homogeneamente através da área do vaso. Água e óleo fluem em contracorrente;
 um condutor de gás ou chaminé, para equalizar a pressão de gás entre a seção de coleta inferior de líquido e a seção superior de decantação.
Figura 4 - Separador trifásico vertical
*
*
*
*
PRINCIPAIS PROBLEMAS OPERACIONAIS
Apesar da separação de fluidos ser um processo relativamente simples, alguns problemas podem causar dificuldades durante a separação gás/líquido e óleo/água. Dentre eles cita-se:
Formação de espuma;
Produção de areia;
Parafinas;
Arraste de óleo pelo gás.
*
*
3.1 TRATAMENTO E PROCESSAMENTO DO GÁS NATURAL
3.1. CARACTERÍSTICAS
O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos gasosos cuja composição abrange do metano (CH4) ao hexano (C6H14), sendo o metano o principal componente. Apresenta, também, pequenas quantidades de componentes diluentes, como o nitrogênio e o vapor d’água, e contaminantes (gás sulfídrico e dióxido de carbono). Em geral, o teor de hidrocarbonetos é superior a90%, ficando o percentual restante distribuído entre os diluentes e contaminantes. É considerado rico quando a soma das porcentagens de todos os componentes mais pesados que o propano (C3), inclusive, é maior que 7%. Uma composição típica é apresentada na figura 34.
*
*
O gás natural é mais leve do que o ar (densidade 0,7, em relação a densidade do ar, a 20 0C). Não tem cheiro e a sua combustão (queima) fornece de 8000 a 10000 kcal/m3. Ocorre na natureza associado ou não ao petróleo. O gás natural associado é todo aquele proveniente de um reservatório produtor de óleo, podendo ser encontrado em solução na massa de óleo ou em estado livre formando a capa de gás. O gás não-associado provem de um reservatório produtor de gás, onde pequenas quantidades de óleo podem ocorrer. Na abaixo apresenta-se um esquema de ambas ocorrências do gás.
figura 5 - Gás associado (reservatório produtor de óleo) e Gás não-associado (reservatório produtor de gás)
*
*
Quanto a sua utilização, o gás natural é prioritariamente consumido nas instalações de produção, para elevação artificial (gas lift) e para a recuperação secundária (injeção em poços) ou ainda na geração de energia, nos turbogeradores ou como combustível em fornos e caldeiras.
Quando comercializado, seu uso predominantemente é como combustível (gás liquefeito de petróleo - GLP de uso doméstico, líquido de gás natural - LGN de uso industrial ou gás natural veicular - GNV). Enquanto o GNV é composto basicamente por metano e algo de etano, o GLP é composto por propano e butano e o LGN é a porção condensável do gás, ou a gasolina natural (C5+).
O gás ainda pode ser destinado às petroquímicas, como matéria prima ou à siderurgia, como
redutor.
3.2. CONDICIONAMENTO
O objetivo do condicionamento do gás natural é a remoção de compostos e materiais, que podem alterar suas características e danificar os equipamentos utilizados no seu aproveitamento. A remoção destes compostos visa garantir as condições de qualidade mínimas do gás com vistas a realizar sua transferência de forma eficiente e segura, das áreas de produção até os centros processadores, evitando problemas como formação de
hidratos, corrosão, ação de compostos agressivos, acidentes na manipulação, por exemplo.
*
*
*
*
*
*
*
*
Na figura 6 apresenta-se um diagrama esquemático com as etapas do condicionamento do gás natural. GÁS DISSOCIADO
*
*
*
Condicionamento de gás natural é um termo genérico que abrange vários processos unitários (físicos, químicos e mecânicos) pertencentes a um sistema global de tratamento primário da produção de óleo e gás. Os processos unitários mais comumente utilizados no condicionamento de gás natural são:
- Separação de óleo e gás ;
- Depuração de gás; e Filtração de gás ;
- Dessulfurização;
- Desidratação;
- Compressão;
 Injeção de inibidor de hidrato.
Os gases ácidos presentes em vários campos de produção, quando presentes em teores elevados, comprometem a qualidade do gás a ponto de inviabilizar o seu transporte e utilização pelos consumidores.
A presença de resíduos sólidos em altos teores pode comprometer a integridade física do sistema de transporte de gás, (o qual é composto basicamente por gasodutos) a partir de fenômenos do tipo erosão e corrosão.
*
*
*
Após a etapa de separação a corrente gasosa entra na etapa de depuração e filtração, que tem como finalidade a remoção de gotículas de óleo de pequeno tamanho. O gás depurado e filtrado se dirige ao módulo de dessulfurização de gás, quando necessário.
O gás natural dessulfurizado é comprimido e segue para o módulo de desidratação .
Esta unidade tem a finalidade de especificar o gás tratado segundo o teor de umidade definido pelo projeto, para garantia do escoamento eficiente até a unidade de processamento, sem a ocorrência de hidratos e com a qualidade necessária.
Os principais compostos a serem removidos pelas etapas de condicionamento do gás natural ou reduzidos a determinados teores estabelecidos por normas ou padrões são:
- Água;
- Compostos sulfurados (H2S, CS2, COS, etc); - Dióxido de carbono (CO2);
- Sólidos (areia, óxidos de ferro, produtos de corrosão);
- Líquidos (condensado de gás, produtos químicos).
*
*
4. COMPRESSÃO:
Um sistema de compressão é composto por compressores principal e auxiliar, sendo o objetivo deste último elevar a pressão para envio ao compressor principal. O sistema de compressão principal é constituído, por sua vez, de 2 ou 3 estágios de compressão que são intercalados com resfriadores inter-estágios e vasos depuradores. Além disto também
compõe o sistema, os acionadores elétrico ou a gás. A cada estágio de compressão no qual gradualmente eleva-se a pressão ao nível desejado, é necessário resfriar o gás, gerando-se, por conseqüência, frações de condensáveis que, por sua vez devem ser removidos do sistema nos vasos depuradores. Um esquema deste sistema está mostrado na figura 7.
 
*
*
4.1. DESIDRATAÇÃO
O objetivo principal da operação de desidratação do gás natural é separar o vapor d’água presente em equilíbrio com o gás para garantir o escoamento e o processamento do mesmo, sem o risco da ocorrência de formação de hidratos ou de provocar corrosão nos equipamentos e tubulações.
O gás natural oriundo de qualquer formação encontra-se sempre saturado com vapor d’água e a medida que se aproxima da superfície dentro da linha de produção do poço, começa a ocorrer a separação de água livre, devido às mudanças das condições termodinâmicas.
Estas condições podem conduzir à formação dos hidratos, que é preocupante quando a temperatura do fundo do mar atinge valores baixos (4oC) e as pressões de escoamento superam os 1500 psi, condições comuns ao desenvolvimento de novos campos de produção, situados à lâmina d’água profunda.
A desidratação de gás é um processo de absorção ou de adsorção, utilizando absorventes líquidos no primeiro caso, ou alternativamente sólidos no segundo caso. O processo de absorção com absorventes líquidos é o mais comum, principalmente em sistemas offshore pois a logística do manuseio de líquidos é mais fácil . Em terra a utilização de peneiras
*
*
Os inibidores mais usados são o metanol, etanol, mono-etileno glicol (MEG) e di-etileno glicol (DEG). Todos podem ser posteriormente regenerados e recirculados de volta ao processo embora a recuperação do metanol e do etanol sejam anti-econômica em muitos casos. Cada inibidor, no entanto, tem sua aplicação limitada a certas faixas de temperatura. 
*
*
Hidratos
SÃO SÓLIDOS CRISTALINOS FORMADOS POR MOLÉCULAS DE ÁGUA ARRANJADAS EM UMA ESTRUTURA CAPAZ DE APRISIONAR MOLÉCULAS DE GÁS(UM OU MAIS HIDROCARBONETO OU GASES DE NÃO-HIDROCARBONETO) ORIUNDAS DA DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA.
O HIDRATO DE GÁS SE ASSEMELHAM A NEVE ACUMULADA OU GELO. EM UM HIDRATO DE GÁS, AS MOLÉCULAS DE GÁS ESTÃO APRISIONADAS "DENTRO DE UMA ESTRUTURA CRISTALINA COMPOSTA DE MOLÉCULAS DEÁGUA. ÀS VEZES SÃO CHAMADOS DE "CLATRATO DE GÁS" .CLATRATO SÃO SUBSTÂNCIAS NAS QUAIS MOLÉCULAS DE UMA COMBINAÇÃO ESTÃO COMPLETAMENTE APRISIONADAS "DENTRO DA ESTRUTURA CRISTALINADE OUTRO. ENTÃO, HIDRATO DE GÁS É UM TIPO DE CLATRATO.
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Os hidratos de gás só são estáveis sob condições de pressão e temperatura específicas. Sob pressão apropriada, eles podem existir a temperaturas significativas acima do ponto de congelamento da água. A temperatura máxima que o hidrato de gás pode existir depende da pressão e da composição do gás. Por exemplo:
A estabilidade do Hidrato também pode ser influênciada através de outros fatores, como a salinidade da água (Edmondsetal.,1996).
*
*
Produção de gás Associado
FONTE: ANP
OS VOLUMES APRESENTADOS REFEREM-SE AO PRODUTO À TEMPERATURA DE 20º C E PRESSÃO A 1 ATM.
(BEP) = BARRIL EQUIVALENTE DE PETRÓLEO.
*
*
Produção de gás Associado
*
*
Unidades de 
Processamento 
de Gás Natural*
*
UPGN- Unidades de Processamento de Gás Natural
Uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) é uma instalação industrial que objetiva realizar a separação das frações pesadas (propano e mais pesados), existentes no gás natural, gerando gás processado(metano e etano), GLP e gasolina natural (C5+).
*
*
3.0 O que faz a refinaria?
*
EVOLUÇÃO DAS RESERVAS PROVADAS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL
Fonte: Anuário Estatístico ANP, 2011
DADOS FUNDAMENTAIS
Petróleo (bilhões de barris)
*
*
*
*
Post peak oil producers (64)
Transition Training 2007
http://www.bp.com/sectionbodycopy.do?categoryId=7500&contentId=7068481 
Fonte: BP Statistical Review of World Energy – junho de 2011
11ª Posição
*
*
Fonte: BP Statistical Review of World Energy – junho de 2011
*
*
Fonte: BP Statistical Review of World Energy – junho de 2011
8ª Posição
*
*
*
*
*
*
*
*
Relação entre os volumes de gás associado e óleo em um reservatório.
Relação entre os volumes de gás associado e óleo em um reservatório define a razão gás/óleo, denotada por RGO.
*
*
Consumo de petróleo per capita em toneladas
*
*
Fonte: BP Statistical Review of World Energy – junho de 2011
*
*
O que faz a refinaria?
Gera produtos finais a partir do petróleo recebido de campos de produção
Esses produtos comercializáveis são chamados de DERIVADOS DE PETRÓLEO
Eles são obtidos a partir de um conjunto de processamentos chamados de PROCESSOS DE REFINO
*
*
Uma refinaria de petróleo pode destinar-se a dois objetivos básicos:
	Produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas (constitui a maioria dos casos);
	Produção de lubrificantes básicos e parafinas (não há refinarias deste tipo no Brasil, a produção de lubrificantes fica a cargo de conjuntos presentes nos parques de refino atuais) .
Objetivos de uma refinaria
*
*
Esquemas de refino
	A arte de compatibilizar as características dos vários petróleos que devam ser processados numa dada refinaria afim de suprir-se de derivados em quantidade e qualidade desejada.
	Desta forma são montados arranjos de várias unidades de processamento, para que tal objetivo seja alcançado da forma mais racional e econômica possível.
	O encadeamento das várias unidades de processo dentro de uma refinaria é o que se denomina Esquema de Refino.
*
*
3.1 Derivados
		Leves:	Gás combustível
		GLP
		Nafta
		Gasolina
Médios: Querosene
		 Óleo diesel
Pesados: Óleo combustível
		 Asfalto
		 Coque
*
*
Derivados de petróleo
*
*
Derivados Energéticos
Combustíveis
Geram energia térmica (calor ou luz);
Usados em acionamento de motores;
Aquecimento (doméstico e industrial);
Na iluminação.
*
*
Combustíveis
Alguns exemplos de utilização: 
Motores de combustão interna
Turbinas geradoras de energia elétrica
Caldeiras
Iluminação
Derivados energéticos
*
*
Derivados Não-Energéticos
Nafta e Gasóleos petroquímicos
Solventes domésticos e industriais
Aguarrás
Querosene
Parafinas
Industria alimentícia
Fabricação de velas, ceras e cosméticos.
Lubrificantes básicos
Asfalto
*
*
Nafta e gasóleos petroquímicos
Solventes
Parafinas
Lubrificantes básicos
Asfalto
Coque
Derivados não energéticos
*
*
Alocação de 
Petróleos
Esquemas
de Refino
Mercado
Consumidor
Matéria-Prima
disponível
Unidades
de Processo
Suprimento
de Derivados
Como funciona
*
*
Classificação quanto:
à finalidade: 
energéticos 
não-energéticos
ao ponto de ebulição: 
leves 
médios 
pesados
Produtos da refinaria
*
*
Gás Combustível: C1 - C2
GLP: C3 - C4
Nafta/Gasolina: C5 - C12
Derivados leves
*
*
Difícil classificação pela faixa de comprimentos das cadeias carbônicas
Corte pela temperatura de ebulição
Médios: querosene e óleo diesel
Pesados: óleo combustível, asfalto e coque
Derivados médios e pesados
*
*
Características dos hidrocarbonetos
*
*
PARAFÍNICOS
Quando existe predominância de hidrocarbonetos parafínicos. Este tipo de petróleo produz subprodutos com as seguintes propriedades:
- Gasolina de baixo índice de octanagem.
- Querosene de alta qualidade.
- Óleo diesel com boas características de combustão.
- Óleos lubrificantes de alto índice de viscosidade, elevada estabilidade química e alto ponto de fluidez.
- Resíduos de refinação com elevada percentagem de parafina.
- Possuem cadeias retilíneas.
*
*
NAFTÊNICOS
Quando existe predominância de hidrocarbonetos naftênicos. O petróleo do tipo naftênico produz subprodutos com as seguintes propriedades principais:
- Gasolina de alto índice de octonagem.
- Óleos lubrificantes de baixo resíduo de carbono.
- Resíduos asfálticos na refinação.
- Possuem cadeias em forma de anel.
*
*
AROMÁTICOS
Quando existe predominância de hidrocarbonetos aromáticos. Este tipo de petróleo é raro, produzindo solventes de excelente qualidade e gasolina de alto índice de octonagem. Não se utiliza este tipo de petróleo para a fabricação de lubrificantes.
*
*
O Refino do petróleo constitui-se de várias etapas operacionais, para obtenção de produtos determinados.
Refinar petróleo é, portanto, separar as frações desejadas, processá-las e industrializá-las, transformando-as em produtos vendáveis
*
*
3.2 Unidades de Processo 
Também chamadas de Unidades de Refino ou Processamento.
Diferentes locais na refinaria onde ocorrem os processos de refino.
São compostas por um conjunto de equipamentos responsáveis por uma etapa do refino.
Alguns derivados são produzidos na saída da primeira unidade enquanto outros só após processamento de várias unidades.
*
*
4.0 Esquema de Refino
Cada refinaria é constituída de conjunto (arranjo) próprio das unidades de modo a compatibilizar o tipo de petróleo e a necessidade dos derivados.
Esse arranjo é chamado de: Esquema de Refino.
Um esquema de refino define e limita o tipo e a quantidade de derivados. Por isso alguns derivados só podem ser produzidos em determinadas refinarias.
*
*
Esquema de Refino
Durante a vida de uma refinaria,pode mudar o tipo de petróleo que ela recebe, como também podem mudar as especificações (qualidade) ou a demanda (quantidade) dos derivados por ela produzidos.
Toda refinaria tem um certo grau de flexibilidade.
*
*
Esquema de Refino
Mesmo diferentes, nos Esquemas de Refino e no grau de flexibilidade, TODAS as refinarias da Petrobrás têm pelo menos algumas Unidades (processos) em comum:
 Processos de Separação;
 Processos de Conversão;
 Processos de Tratamento;
 Processos Auxiliares.
*
*
Principais derivados do petróleo e seus usos
*
*
*
*
Refino do Petróleo
*
*
Destilação
Desasfaltação a propano
Desaromatização a furfural
Desparafinação a MIBC
Desoleificação a MIBC
Extração de aromáticos (Recuperação de aromáticos - URA)
Adsorção de N-parafinas
Processos de Separação
Tipos de processos realizados nas refinarias
*
*
Processos de Conversão
Tipos de processos realizados nas refinarias
Craqueamento Catalítico
Hidrocraqueamento Catalítico
Alcoilação Catalítica
Reformação Catalítica
Craqueamento Térmico
Viscorredução
Coqueamento Retardado
*
*
Processos de Tratamento
Tipos de processos realizados nas refinarias
Dessalgação do petróleo
Tratamento Cáustico
Tratamento Merox de GLP
Tratamento Merox de naftas e querosene
Tratamento Bender
Tratamentos DEA e MEA
Hidrotratamento
*
*
Processos Auxiliares
Tipos de processos realizados nas refinarias
Geração de hidrogênio
Recuperação de enxofre
Utilidades
Vapor
Água
Energia elétrica
Ar comprimido
Distribuição de gás e óleo combustível
*
*
Há dois grupos de derivados que orientam o projeto dos esquemas de refino:
combustíveis e petroquímicos
lubrificantes e parafinas
*
*
Cada refinaria é construída deacordo com o tipo de petróleo e necessidades do mercado
Um esquema de refino define o tipo e a quantidade de derivados. Por isso, alguns derivados só podem ser produzidos em determinadas refinarias
ESQUEMAS DE REFINO
*
*
Durante a vida de uma refinaria podem ocorrer mudanças como o tipo de petróleo processado, especificações ou demanda dos derivados por ela produzidos.
A refinaria deverá, portanto, ser passível de um certo grau de flexibilização, de forma a reajustar o funcionamento das Unidades e, assim, adequar-se às mudanças ocorridas.
ESQUEMAS DE REFINO
*
*
5- PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
*
*
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
São sempre de natureza física e têm por objetivo desdobrar o petróleo em suas frações básicas, ou processar uma fração previamente produzida, no sentido de retirar dela um grupo específico de compostos.
Os agentes responsáveis por estas operações são físicos, por ação de energia (na forma de modificações de temperatura e/ou pressão) ou de massa (na forma de relações de solubilidade a solventes) sobre o petróleo ou suas frações.
*
*
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO
Uma importante característica nos processos de separação é o fato dos produtos obtidos poderem, exceto em situações de eventuais perdas ou contaminações, quando novamente misturados, reconstituir a carga original, uma vez que a natureza das moléculas não é alterada.
*
*
5.1 Destilação
5.2 Desasfaltação a propano
5.3 Desaromatização a furfural
5.4 Desparafinação a MIBC
5.5 Desoleificação a MIBC
5.6 Extração de aromáticos (Recuperação de aromáticos - URA)
5.7 Adsorção de N-parafinas
Processos de Separação
*
*
5.1 DESTILAÇÃO
*
*
	A destilação é um processo físico de separação, baseado na diferença de temperaturas de ebulição entre os compostos existentes em uma mistura líquida. 
Destilação
*
*
A destilação não pretende obter produtos puros e diferentes entre si. Os produtos da Unidade de Destilação são frações, misturas ainda complexas de hidrocarbonetos e contaminantes, as quais são diferenciadas por suas faixas de ebulição.
DESTILAÇÃO
*
*
Samuel Kier, um farmacêutico, foi o primeiro a utilizar uma destilação para produzir óleo iluminante, dando origem ao processo mais antigo de separação do petróleo em diferentes frações: a destilação atmosférica ou destilação direta
*
*
DESTILAÇÃO
É o primeiro processo do refino.
Único que tem como entrada o petróleo
Todos os processos da refinaria. dependem, direta ou indiretamente, de alguma saída da Destilação.
*
*
DESTILAÇÃO
Destilação é uma operação unitária que visa separar os componentes de uma fase líquida através de sua vaporização parcial. 
A separação dos constituintes está baseada nas diferenças de volatilidade. 
Os vapores produzidos são normalmente mais ricos nos componentes mais voláteis do que o líquido, o que possibilita a separação de frações enriquecidas nos componentes desejados. 
O líquido e o vapor contêm, em geral, os mesmos componentes, mas em quantidades relativas diferentes.
*
*
DESTILAÇÃO
Destilação é um processo de separação dos componentes de uma mistura de líquidos miscíveis. Baseado na diferença de pontos de ebulição dos seus componentes individuais.
A destilação não pretende obter produtos puros e diferentes entre si. Os produtos da Unidade de Destilação são frações, misturas ainda complexas de hidrocarbonetos e contaminantes, diferenciadas por suas faixas de ebulição.
*
*
Ponto de orvalho e de bolha 
Equilíbrio líquido-vapor é o fenômeno que ocorre com todo líquido quando mantido em sistema fechado. O líquido tende a entrar naturalmente em equilíbrio termodinâmico com o seu vapor. Quando o sistema não é fechado, ocorre o que se chama de evaporação.
Esse equilíbrio termodinâmico está relacionado com o movimento relativo das moléculas em relação à película (interface) que divide a fase líquida e a fase vapor. Por causa do efeito da temperatura, as moléculas movimentam-se aleatoriamente umas em relação às outras, e nas imediações da interface líquido-vapor não é diferente, de forma que a todo momento há moléculas que atravessam a interface, tanto indo da fase líquido em direção à fase vapor como do vapor ao líquido. O equilíbrio líquido-vapor ocorre quando as taxas (isto é, a quantidade por unidade de tempo) das moléculas que atravessam a interface em um sentido (do líquido ao vapor) e no outro (do vapor ao líquido) se igualam.
Se o equilíbrio líquido-vapor se referir ao equilíbrio de uma substância pura, diz-se que a substância está saturada.
*
*
Ponto de orvalho e de bolha 
Imagine que, por causa da dinâmica molecular na região compreendida entre as duas fases, ocorre a formação de uma "nuvem" de vapor sobre o líquido. Essa "nuvem" é composta das moléculas que se movimentam nas cercanias da interface líquido-vapor. Eventualmente, o movimento das moléculas leva-as a se chocar contra a interface líquido-vapor. Como efeito das colisões das moléculas do vapor contra a interface, surge uma pressão sobre o líquido, que é chamada pressão de vapor.
*
*
Equilíbrio líquido-vapor
*
*
Ponto de orvalho e de bolha 
Ponto de bolha e ponto de orvalho
No caso de uma substância pura e líquida, se mantivermos a pressão constante, o aquecimento provoca aumento de temperatura até um certo ponto (ponto de ebulição) a partir do qual a substância passa a se transformar da fase líquida para a fase vapor, com estacionamento da temperatura. Isso caracteriza a ebulição do líquido.
Em uma mistura binária, existem pelo menos duas substâncias diferentes, com pontos de ebulição diferentes entre si. Quando se aquece essa mistura, mantida constante a pressão, há um certo momento em que se forma a primeira bolha de vapor. Este ponto é o chamado ponto de bolha da mistura. O aquecimento adicional causará aumento gradual na temperatura do líquido, diferentemente de uma substância pura, na qual a temperatura estaciona nessa etapa de mudança de fase.
Se em vez de líquido tivermos o vapor de uma substância pura a pressão constante, uma vez diminuída a temperatura, haverá um ponto (ponto de condensação) a partir do qual a temperatura estaciona e passa a ocorrer a mudança de fase do vapor para a fase líquida.
No caso de uma mistura binária, a redução de temperatura em certo momento provoca a formação da primeira gota de líquido. Este ponto é chamado de ponto de orvalho da mistura. O resfriamento adicional do vapor resultará em diminuição gradual na temperatura e não o seu estacionamento, como seria de se esperar em uma substância pura.
Como é de se prever, o ponto de bolha e o ponto de orvalho dependem da proporção de cada um dos componentes presentes na mistura.
*
*
Ponto de orvalho e de bolha 
Quando se trata de separação de misturas, as misturas mais simples são aquelas homogêneas e que têm somente dois componentes. Essas misturas também são chamadas de misturas binárias.
Existem basicamente duas formas de se representar o equilíbrio líquido-vapor de uma mistura binária:
Diagrama do equilíbrio líquido-vapor 
Para misturas com mais de dois componentes, existem representações gráficas mais elaboradas, tais como diagramas ternários etc. Entretanto, quanto maior o número de componentes em uma mistura, mais difícil é a representação gráfica do mecanismo de separação.
*
*
Diagrama de fases
Ponto de bolha 
Temperatura na qual a primeira bolha do gás se forma de um material líquido. 
Ponto de Orvalho 
Temperatura na qual o ar está saturado com umidade, ou em geral, temperatura na qual o vapor de um fluido começa a condensar. 
*
*
Ponto de Ebulição Verdadeiro- P E V
Destilação PEV
Curva PEV
*
*
PONTO DE EBULIÇÃO
O ponto de ebulição ou temperatura de ebulição é a temperatura em que uma substância passa do estado líquido ao estado gasoso.
O ponto de ebulição varia com a altitude e a pressão. Quanto mais baixa for a pressão menor será o ponto de ebulição e vice-versa 
*
*Curva de destilação
*
*
Curva PEV
*
*
Uma forma simples de separar os constituintes básicos do petróleo é promover uma destilação da amostra. Com isso, obtêm-se curvas de destilação características, que são gráficos de temperatura versus volume percentual de material evaporado. Determinam-se, assim, os tipos de hidrocarbonetos presentes na amostra analisada, em função das faixas de temperatura dos materiais destilados. A amostra poderá então ser classificada em termos de cortes ou frações. Por exemplo, podemos ter:
*
*
Curvas de Destilação:
Rendimento em querosene de dois diferentes crus (Leffler, 1985 apud Szklo, 2005)
*
*
A Destilação é o PRIMEIRO processo de refino e é o único que tem como entrada o petróleo.
Dificilmente adotada como configuração única em um esquema de refino
ESQUEMA DE DESTILAÇÃO
*
*
Fonte: Alexandre S. Szklo, 2005
Faixas típicas de corte
*
*
Curva PEV
Curvas de Destilação:
*
*
Maior Valor Agregado
(US$/barril)
Revendo conceituação de Grau API
*
*
Destilação PEV
*
*
Características de alguns petróleos
*
*
 PONTOS DE EBULIÇÃO DOS SUBPRODUTOS DO PETRÓLEO
*
*
Destilação Atmosférica
Os vários componentes do petróleo bruto têm tamanhos, pesos e temperaturas de ebulição diferentes. Por isso, o primeiro passo é separar esses componentes. 
Devido à diferença de suas temperaturas de ebulição, eles podem ser facilmente separados por um processo chamado de destilação fracionada. 
*
*
Destilação Atmosférica 
1- Aquecer a mistura de duas ou mais substâncias (líquidos) de diferentes pontos de ebulição a alta temperatura. O aquecimento costuma ser feito com vapor de alta pressão. 
2- A mistura entra em ebulição formando vapor (gases). A maior parte das substâncias passa para a fase de vapor. 
3- O vapor entra no fundo de uma coluna longa (coluna de destilação fracionada) cheia de bandejas ou placas.
*
*
Destilação Atmosférica
3.1- Elas possuem muitos orifícios ou proteções para bolhas a fim de permitir a passagem do vapor 
3.2- As placas aumentam o tempo de contato entre o vapor e os líquidos na coluna 
3.3- Elas ajudam a coletar os líquidos que se formam nos diferentes pontos da coluna 
3.4- Há uma diferença de temperatura pela coluna (mais quente embaixo, mais frio em cima) 
*
*
Destilação Atmosférica
4- O vapor sobe pela coluna. 
5- Conforme o vapor sobe pelas placas da coluna, ele esfria. 
6- Quando uma substância na forma de vapor atinge uma altura em que a temperatura da coluna é igual ao ponto de ebulição da substância, ela condensa e forma um líquido. A substância com o menor ponto de ebulição irá se condensar no ponto mais alto da coluna. Já as substâncias com pontos de ebulição maiores condensarão em partes inferiores da coluna. 
*
*
Destilação Atmosférica
7- As placas recolhem as diferentes frações líquidas. 
8- As frações líquidas recolhidas podem: 
8.1- passar por condensadores, onde serão resfriadas ainda mais, e depois ir para tanques de armazenamento; 
8.2- ir para outras áreas para passar por outros processos químicos, térmicos ou catalíticos. 
*
*
Destilação Atmosférica
A destilação fracionada é útil para separar uma mistura de substâncias com diferenças pequenas em seus pontos de ebulição sendo uma etapa muito importante no processo de refino.
Poucos compostos já saem da coluna de destilação prontos para serem comercializados. Muitos deles devem ser processados quimicamente para criar outras frações. Por exemplo, apenas 40% do petróleo bruto destilado é gasolina. 
No entanto, a gasolina é um dos principais produtos fabricados pelas empresas de petróleo. Em vez de destilar continuamente grandes quantidades de petróleo bruto, essas empresas utilizam processos químicos para produzir gasolina a partir de outras frações que saem da coluna de destilação. É este processo que garante uma porção maior de gasolina em cada barril de petróleo bruto. 
*
*
Coluna de Destilação
O ponto de introdução da carga, conhecido com zona de flash, divide a coluna em duas seções:
A seção superior da torre é conhecida pelos nomes: seção de enriquecimento, de absorção ou de retificação.
Possui em geral 30 a 46 bandejas.
Nesta seção, a fase vapor ( a mais leve) está sendo enriquecida no componente mais volátil.
*
*
Coluna de Destilação
A seção inferior da coluna é conhecida pelo nome de seção de esgotamento e serve para remover os componentes leve do líquido.
Possui em torno de 4 a 5 bandejas.
*
*
Coluna de Destilação
*
*
Coluna de Destilação
O topo da torre é o ponto de menor temperatura, menor pressão e maior concentração de componentes mais voláteis.
O fundo da torre é o ponto de maior temperatura, maior pressão e maior concentração dos componentes mais pesados.
*
*
*
*
*
*
DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA
*
*
O equipamento principal é sem dúvida a torre de fracionamento,
ou coluna de destilação. Como se sabe, seu interior é composto
por uma série de bandejas ou pratos perfurados, cujo princípio de
funcionamento é ilustrado abaixo.
*
*
Corte azimutal duma coluna de destilação mostrando pratos, válvulas e vertedouros. 
*
*
*
*
5.1.2 Elementos das torres de destilação
*
*
Coluna de Destilação
Bandejas ou Pratos são equivalentes em se tratando da denominação das partes internas de uma coluna de destilação.
 Existem muitos tipos de pratos, mas os mais comuns são os apresentados a seguir:
*
*
Pratos
Pratos com borbulhadores
Esse prato tem orifícios onde se erguem pequenas "chaminés" cobertas, cada uma, com um "capacete".
O capacete é montado de tal modo que existe um espaço entre a chaminé e o capacete de modo a permitir a passagem do vapor. O vapor ascende na chaminé e é dirigido para baixo, escapando pelos orifícios verticais do capacete. esse movimento faz com que o vapor entre em contato com o líquido que está represado no prato. 
*
*
Pratos Perfurados
*
*
Pratos com Borbulhadores
*
*
Pratos Valvulados
*
*
*
*
Recheios Randômicos
*
*
Gempak
Flexipak
Mellapak
Recheios Estruturados
*
*
Prato com Borbulhador
*
*
 Borbulhador expandido
*
*
Borbulhador montado
*
*
*
*
Pratos
Pratos com Válvulas
Nos pratos com válvulas os orifícios são cobertos com válvulas que são capacetes presos ao pratos por uma presilha dando-lhes, assim, mobilidade. 
O fluxo de vapor levanta o capacete fazendo com que exista o contato vapor-líquido.
*
*
Prato com válvulas
*
*
Válvula
*
*
Pratos
Projeto dos Pratos- Cada prato atua, essencialmente, como uma pequena coluna, cada um deles realiza uma parcela da tarefa total que é a separação dos componentes da mistura líquida inicial (alimentação).
Desse modo pode-se deduzir que quanto mais pratos existirem em uma coluna, melhor será a separação a qual dependerá significantemente do projeto dos pratos.
Esse projeto visa maximizar o contato líquido-vapor e esse contato é influenciado pelas distribuições do líquido e do vapor em cada prato (tipo de escoamento e caminhos que o líquido e o vapor percorrem nos pratos). 
Resumindo: melhor contato em cada prato significa melhor separação neles e, em termos globais, melhor desempenho da coluna e, assim, menor número de pratos. Menor número de pratos significa coluna menor e, principalmente, menores custos de energia e material (carcaça, pratos, componentes internos, etc.).
*
*
				COLUNA 
DE 
DESTILAÇÃO
*
*
Principais Componentes de uma Coluna de Destilação
As colunas de destilação são compostas de diversos componentes, cada qual é usadopara melhorar a transferência de calor ou a transferência da massa. Uma destilaçãotípica contém os seguintes componentes:
•Vaso ou casco vertical - onde a separação dos componentes é realizada;
• As bandejas/válvulas e/ou

Outros materiais