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Sistema Urinário -Composto por órgãos que elaboram e armazenam a urina e temporariamente até ser eliminada para o exterior: - rins (2), que produzem a urina, - ureteres (2) ou ductos, que transportam a urina - bexiga (1), onde fica retida por algum tempo - uretra (1), através da qual a urina é expelida do corpo Composição da urina: 95% água com ureia, ácido úrico, alguns aminoácidos e eletrólitos (RIZZO, 2012, p. 421). Rins - são órgãos pares - em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura - sua coloração é vermelho-parda - Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um pouco mais que 2,5cm de espessura - O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito. - pesa num homem adulto entre 125 a 170g; e na mulher, entre 115 a 155g - o direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado -HILO RENAL – parte côncava central, onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal Rim Rins (continuação) - No seu interior, o rim possui 2 regiões: - mais externamente: uma área avermelhada de textura lisa - córtex renal - mais internamente: uma área marrom-avermelhada - medula renal -NEFRONS – unidades funcionais dos rins (cerca de 1 milhão) - formam a urina -A urina é drenada por pequenos ductos que desembocam nos cálices menores e depois nos cálices maiores. -Dali a urina vai para a pelve renal e em seguida cai no ureter e é conduzida até a bexiga, onde fica armazenada Rins (contnuação) -NEFRONS - unidades morfofuncionais dos rins (cerca de 1 milhão) - formam a urina - 2 componentes principais: 1. Corpúsculo Renal: • Cápsula Glomerular (de Bowman); • Glomérulo – rede de capilares sangüíneos enovelados dentro da cápsula glomerular 2. Túbulo Renal: • Túbulo contorcido proximal; • Alça do Néfron (de Henle); • Túbulo contorcido distal; • Túbulo coletor. FUNÇÕES DOS RINS - Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos líquidos do corpo de várias maneiras. - Principais funções dos rins: • Regulação da composição iônica do sangue; • Manutenção da osmolaridade do sangue; • Regulação do volume sangüíneo; • Regulação da pressão arterial; • Regulação do pH do sangue; • Liberação de hormônios; • Regulação do nível de glicose no sangue; • Excreção de resíduos e substâncias estranhas. GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS ou ADRENAIS -estão localizadas na parte superior dos rins -envolvida por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura -possui duas partes: (ambas produzindo diferentes hormônios) - córtex (secreta hormônios essenciais à vida) - esteróides - medula supra-renal (não são essenciais para a vida) - epinefrina (adrenalina) - norepinefrina - A medula da supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos que comprometem a vida. Rins • Os rins são órgãos pares situados acima da cintura entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Possuem aproximadamente 11cm de comprimento, com peso variando entre 135 a 150g (TORTORA; DERRICKSON, 2016). • O rim direito encontra-se numa posição mais inferior em relação ao rim esquerdo, em outras palavras, encontra-se mais abaixo que o rim esquerdo (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Vamos aproveitar e olhar o rim mais de perto: Néfrons • Conforme você pôde observar, na Figura 2 estão destacadas duas regiões bastante evidentes na anatomia renal. Uma região mais externalizada, denominada córtex renal ou cortical, e uma região mais internalizada, denominada medula renal ou medular. Na região medular encontram-se as pirâmides renais, as quais são estruturas em forma de cone e tem por objetivo coletar a urina formada nos néfrons, as menores unidades morfofuncionais dos rins. • Tanto a região cortical, quanto a região medular do rim são compostas pelos néfrons. O rim tem aproximadamente um milhão de néfrons, que são responsáveis pelo processo de fi ltração e formação da urina (GUYTON; HALL, 2017). Néfrons • Como você pôde notar, o néfron constitui-se em uma série de estruturas tubulares interligadas. Esta estrutura tubular (néfron) é extremamente importante no processo de formação da urina, realizando basicamente as três funções descritas a seguir: • • Filtração glomerular. • • Reabsorção tubular passiva. • • Secreção tubular ativa. Ureteres e Bexiga • Os ureteres são longos tubos musculares com cerca de 30cm de comprimento que chegam até a bexiga. • A urina é direcionada à bexiga em função de contrações peristálticas dos ureteres; além disso, a própria gravidade também contribui para que a urina tome este caminho. Após percorrer os ureteres, a urina chega finalmente à bexiga (TORTORA; DERRICKSON, 2016). • A bexiga, por sua vez, é um órgão muscular oco formado por duas partes: fundo e colo. A porção denominada fundo, ou corpo da bexiga, é responsável por armazenar a urina, enquanto que a porção denominada colo se liga diretamente à uretra e é responsável por escoar a urina (GUYTON; HALL, 2017). Bexiga Feminina x Masculina • Obviamente, por questões anatômicas, a bexiga de homens e mulheres possui pequenas alterações em seu posicionamento; a bexiga masculina encontrase anterior ao reto e a bexiga feminina encontra-se à frente da vagina e logo abaixo do útero (TORTORA; DERRICKSON, 2016). • Esse posicionamento anatômico da bexiga masculina e feminina pode ser melhor visualizado nas figuras a seguir: Bexiga feminina Bexiga masculina Bexiga • A bexiga é um órgão capaz de sofrer distensão, logo, é um órgão muscular. Ela possui formatos diferentes de acordo com a quantidade de urina que ela retém. Vazia, a bexiga encontra-se colabada (unida) e a medida que vai se distendendo, pelo acúmulo de urina, torna-se esférica e, posteriormente, piriforme (em forma de pirâmide) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). • A capacidade média da bexiga humana é de aproximadamente 700 a 800ml de urina, sendo um pouco menor nas mulheres em função do espaço ocupado pelo útero. • No assoalho da bexiga, projeta-se a uretra, por onde a urina é drenada. A uretra constitui-se em pequeno canal que se estende desde o assoalho da bexiga até o exterior do corpo (TORTORA; DERRICKSON, 2016). • Nas mulheres, a uretra possui um menor comprimento, cerca de 4cm, abrindo-se entre os lábios menores; já nos homens, o comprimento da uretra é de cerca de 20cm e a uretra abre-se na extremidade do pênis. URETER -dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga - Órgãos pouco calibrosos - têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento - Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim. - percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária. - Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: - abdominal - pélvica - são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. - A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo. BEXIGA - funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. - localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica (vazia) - quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. -órgão muscular oco e elástico - nos homens situa-sediretamente anterior ao reto - nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero. -Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. - limitado por três vértices: - os pontos de entrada dos dois ureteres - o ponto de saída da uretra -Possui 2 esfíncteres : - esfíncter interno (que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento) - esfíncter externo (controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar) -A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml (é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga) Rim Ureter Bexiga URETRA -tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo -revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco -abre-se para o exterior através do óstio externo da uretra - A uretra é diferente entre os dois sexos: Uretra masculina Uretra feminina Uretra Feminina x Masculina Uretra masculina – 3 partes ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • As figuras a seguir nos demonstram, de maneira geral, a organização do sistema reprodutor feminino. As estruturas destacadas serão explicadas no decorrer do texto. ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • No corte frontal do sistema reprodutor feminino, demonstrado na Figura 8, podemos observar a tuba uterina (trompas de Falópio) e o ovário. A representação da figura demonstra apenas uma trompa e um ovário, mas estes órgãos são em número par (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Cortes anatômicos • Para facilitar o entendimento do texto é preciso que você conheça os planos e cortes anatômicos: • • Corte ou plano mediano ou sagital: o indivíduo é dividido em lado direito e esquerdo. • Corte ou plano transversal: o indivíduo é dividido em parte superior e inferior. • Corte ou plano frontal: o indivíduo é divido em plano dorsal e ventral. • Corte ou plano longitudinal: o indivíduo é cortado em sua longitude ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Os ovários correspondem às gônadas femininas. São glândulas que se assemelham em tamanho e forma a amêndoas sem a casca e localizam-se uma de cada lado do útero. • As tubas uterinas, também denominadas trompas de Falópio, se localizam lateralmente ao útero, em posição superior aos ovários e possuem um comprimento aproximado de 10cm. • No corte sagital, evidenciado na figura a seguir, destacamos o útero e a vagina como componentes do sistema reprodutor feminino). Útero • O útero, que se situa entre a bexiga e o reto, possui o tamanho aproximado de 7,5cm de comprimento por 5cm de largura e 2,5cm de espessura, sendo este um tamanho aproximado, pois o mesmo pode variar em mulheres que nunca ficaram grávidas, mulheres que ficaram grávidas recentemente e também pode se encontrar reduzido em mulheres que estão na menopausa (TORTORA; DERRICKSON, 2016). • Útero • O útero é revestido por três camadas teciduais: o perimétrio (ou camada serosa) é a camada mais externa, o miométrio, camada intermediária é constituído por fibras musculares e a camada interna é denominada endométrio, formada por células secretoras e tecido conjuntivo, além de ser altamente vascularizado. Estas três camadas encontram-se demarcadas na Figura : Vagina • A vagina é constituída de tecido fibromuscular, revestido por mucosa, medindo cerca de 10cm de comprimento, compreendendo o espaço localizado entre o meio externo e o colo do útero. Este órgão irá receber o pênis durante o ato sexual, além de permitir a passagem do fluxo menstrual e saída do feto no momento do parto (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Os demais componentes deste sistema são: a vulva, o períneo e as mamas, que contém as glândulas mamárias; todos estes componentes serão abordados individualmente ao longo deste tópico. Vagina • A vagina é constituída de tecido fibromuscular, revestido por mucosa, medindo cerca de 10cm de comprimento, compreendendo o espaço localizado entre o meio externo e o colo do útero. Este órgão irá receber o pênis durante o ato sexual, além de permitir a passagem do fluxo menstrual e saída do feto no momento do parto (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Os demais componentes deste sistema são: a vulva, o períneo e as mamas, que contém as glândulas mamárias; todos estes componentes serão abordados individualmente ao longo deste tópico. Vulva • A vulva, também chamada “pudendo feminino”, corresponde aos órgãos genitais externos femininos e tem como componentes: o monte do púbis (ou monte de Vênus), os lábios maiores (ou grandes lábios), os lábios menores (ou pequenos lábios), o clitóris, o vestíbulo, o óstio da vagina e o óstio externo da uretra (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Estas estruturas você pode observar na próxima figura: Períneo feminino • Outra estrutura anatômica importante do ponto de vista do sistema reprodutor é o períneo. O períneo corresponde a área em formato de losango que compreende as coxas e nádegas, tanto de homens quanto de mulheres. Esta região contém os órgãos genitais externos e o ânus (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Períneo feminino • Os limites do períneo são, laterais: tuberosidade isquiática; anterior: sínfi se púbica (acima do clitóris e não demonstrado na fi gura) e posterior (cóccix) (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Sínfise púbica Glândula mamária • A mama localiza-se anteriormente aos músculos peitoral maior e serrátil anterior, possuindo tamanho variável e contendo em seu interior uma glândula mamária que corresponde a uma glândula sudorípara modificada, capaz de produzir leite. ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Os órgãos do sistema reprodutor masculino correspondem aos testículos, ou seja, as gônadas masculinas, além de um sistema de ductos, formado por diferentes estruturas que veremos no decorrer deste tópico, glândulas sexuais acessórias e estruturas de apoio entre as quais se incluem o pênis e o escroto. ESCROTO E TESTÍCULO • O escroto, ou saco escrotal, corresponde a uma estrutura de sustentação dos testículos. Essa bolsa pende da raiz do pênis e é formada por pele frouxa e por tecido subcutâneo. • Os testículos são glândulas de aspecto oval alojadas dentro do escroto; estas glândulas possuem, aproximadamente, 5cm de comprimento e cerca de 2,5cm de diâmetro (TORTORA; DERRICKSON, 2016). A próxima figura ilustra estas duas estruturas: ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Nos testículos, temos a presença dos ductos seminíferos contorcidos, onde, de maneira mais específica, acontecerá a produção dos espermatozoides. Estes ductos contorcidos convergem para a porção mediana do testículo, onde se juntam aos ductos seminíferos retos, formando uma verdadeira rede de ductos (rede testicular), localizadas na porção mediana deste órgão. A seguir, estes túbulos seminíferos retos desembocam em cerca de 10 a 15 dúctulos eferentes, chegando até a cauda do epidídimo (TORTORA; DERRICKSON, 2016). ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • O epidídimo é uma estrutura em formato retorcido, com cerca de 4cm de comprimento, localizando-se posteriormente a cada testículo. • Sua estrutura é formada pelas porções denominadas cabeça, corpo e cauda do epidídimo; em sua extremidade distal esta estrutura projeta-se com o nome de ducto deferente (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Parece complexo, mas observando a figura não fica tão difícil de compreender. VASECTOMIA Ducto deferente • O ducto deferente, localizado na porção final da cauda do epidídimo, possui como característica macroscópica ser menos contorcido que o epidídimo, além de possuir um diâmetro ligeiramente maior. • Esta estrutura possui aproximadamente45cm de comprimento e tem a função de “conduzir os espermatozoides produzidos durante a excitação sexual para a uretra realizando peristaltismo”, pois é revestido por camada muscular (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 1434). A seguir você pode observar, em destaque, as partes componentes da uretra masculina: Próstata, vesícula seminal e glândula bulbouretral • As glândulas seminais, ou vesículas seminais, localizadas na base da bexiga, são em número par e possuem cerca de 5cm de comprimento, sendo capazes de secretar um líquido viscoso de característica alcalina, rico em diversos componentes, como, por exemplo, a frutose, possuindo o objetivo de manter a viabilidade e motilidade dos espermatozoides (TORTORA; DERRICKSON, 2016). • A próstata, uma glândula de formato anelado, “medindo aproximadamente 4cm de largura, 3cm de altura e 2cm de profundidade, localiza-se abaixo da bexiga, circulando a porção denominada prostática da uretra” (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 1437). Próstata, vesícula seminal e glândula bulbouretral • Assim como as glândulas seminais, a próstata secreta um líquido de característica leitosa e com pH em torno de 6,5 (característica ácida), possuindo, esse líquido, uma série de substâncias que, também, visam a manutenção da viabilidade e motilidade dos espermatozoides. • As glândulas bulbouretrais, também denominadas glândulas de Cowper, localizam-se uma em cada lado da uretra e, durante a excitação sexual, possuem a finalidade de secretar uma substância de característica básica que tem por objetivo neutralizar os ácidos presentes na uretra em função da passagem de urina e, desta forma, proteger os espermatozoides. Pênis • O pênis possui a finalidade de conter a uretra e, assim, permitir a passagem tanto da urina quanto do sêmen. Esta estrutura possui formato cilíndrico e é formado pelo corpo, raiz ou ramo e glande do pênis (TORTORA; DERRICKSON, 2016). Tópico 2 FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO FUNÇÃO RENAL E FORMAÇÃO DA URINA • A formação da urina, de maneira indireta, participa da regulação do volume de líquido extracelular, o qual pode ser representado pelo plasma e pelo líquido intersticial do nosso corpo (FOX, 2007). • A urina corresponde a um filtrado modificado plasmático; neste processo de filtração do plasma, e consequente formação de urina, os rins são os atores principais em uma série de “atos”! FUNÇÃO RENAL E FORMAÇÃO DA URINA • Vamos ver alguns deles: • Os rins regulam o volume do plasma sanguíneo e, desta forma, participam diretamente do controle da pressão arterial. • Os rins são capazes de regular a concentração de metabólitos sanguíneos. • Os rins regulam a concentração de íons (Na+, K+, HCO3-), entre outros, presentes no plasma. • Os rins participam diretamente da regulação do pH plasmático. • Estes processos ocorrem com a participação direta da estrutura microscópica, que já citamos anteriormente, o néfron. FUNÇÃO RENAL E FORMAÇÃO DA URINA • Podemos resumir as funções do néfron como a estrutura responsável por filtrar, reabsorver e secretar substâncias e assim formar a urina. A Figura abaixo resume estes processos: Cápsula de Bowmann • O corpúsculo renal corresponde a união da cápsula renal e o glomérulo; o glomérulo corresponde a uma rede de capilares que são capazes de promover a fi ltração sanguínea e, assim, produzir um ultrafi ltrado sanguíneo que desembocará na cápsula renal, também chamada de Cápsula de Bowmann. Cápsula de Bowmann • Ao passar pelo glomérulo o sangue é submetido a um processo de fi ltração, dando origem ao fi ltrado glomerular, também chamado de ultrafi ltrado glomerular. • A imagem a seguir ilustra a histologia do glomérulo: Podócitos • Estas células epiteliais chamadas de podócitos, possuem grandes poros que se denominam fenestras, portanto, este epitélio glomerular é denominado de epitélio fenestrado. • Estes poros fazem com que estes capilares sejam altamente permeáveis à água e, também, aos solutos que se encontram dissolvidos na circulação sanguínea (plasma); entretanto, apesar de permitir a passagem de água e solutos, estes poros não possuem tamanho sufi ciente para que permitam a passagem de elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). Proteínas no filtrado • Além disso, este filtrado glomerular é praticamente isento de proteínas, pois mesmo que o tamanho dos poros dos capilares glomerulares seja sufi ciente para permitir a passagem destas substâncias, por uma questão de repulsão de cargas elétricas entre as proteínas presentes no plasma e as glicoproteínas constituintes da membrana basal destes capilares (ambas com carga negativa), as proteínas sanguíneas são impedidas de passar para o ultrafi ltrado (FOX, 2007 Fenestras • Vale lembrar que vários elementos circulantes no plasma sanguíneo, como o cálcio e ácidos graxos, encontram-se ligados a proteínas plasmáticas e, consequentemente, não são capazes de serem filtrados pelo glomérulo (GUYTON; HALL, 2017). • Vamos observar estas fenestras (poros ou fenestrações) dos capilares glomerulares na imagem que aparece a seguir: Túbulos renais • Nos túbulos renais (túbulo proximal, alça de Henle e túbulo distal), o processo de reabsorção tubular é bastante seletivo, diferente do processo de filtração glomerular que, apesar de não permitir praticamente a passagem de proteínas e células, permite a passagem de diferentes solutos, como íons e glicose, por exemplo (GUYTON; HALL, 2017). • Determinadas substâncias serão quase totalmente reabsorvidas, como, por exemplo, a glicose e aminoácidos; alguns íons, como sódio, bicarbonato e cloreto, também possuem taxa alta de reabsorção, entretanto serão mais ou menos absorvidos de acordo com a sua necessidade no nosso meio interno. • Entretanto, produtos metabólicos tóxicos, como a ureia e a creatinina, são muito pouco reabsorvidos e possuem uma taxa de excreção bastante elevada (GUYTON; HALL, 2017). Túbulos renais • Bom, como mencionamos anteriormente, a absorção de Na+ e do Cl- ocasiona a formação de NaCl (Cloreto de Sódio); este sal reabsorvido no túbulo proximal faz com que o líquido intersticial, que circunda as células do epitélio tubular renal, fique com maior osmolaridade. Como consequência deste aumento de osmolaridade, a água que se encontra presente no interior do túbulo, e que apresenta menor osmolaridade, é reabsorvida (FOX, 2007). • Este fenômeno de passagem de um líquido de um meio menos concentrado, ou seja, de menor osmolaridade, para um meio mais concentrado, de maior osmolaridade, é conhecido como osmose e isso só é possível no túbulo contornado proximal, porque as células que compõem o epitélio tubular são permeáveis à água. • Sendo assim, aproximadamente 85% do ultrafiltrado glomerular, no que se refere a água e sal, é reabsorvido nas duas primeiras porções dos túbulos renais, ou seja, túbulo proximal e alça de Henle descendente. Bomba sódio Potássio • Conforme já debatemos anteriormente, a maior parte da reabsorção de sódio e potássio ocorre no túbulo proximal (cerca de 90%). Esta reabsorção ocorre em taxas constantes e é independente da ação hormonal (FOX, 2007). • Na presença da aldosterona, verifica-se o estimulo da secreção de K+ para o interior do ducto coletor. A secreção de aldosterona é a única forma capaz de eliminar o K+ na urina. • De forma resumida, podemos dizer que o hormônio aldosterona promove a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ do sangue para a urina e, assim, contribui diretamente para o controle do volume sanguíneo circulante e para o controle da pressão arterial. Bomba sódio Potássio Transporte ativo – gasto de energia - ATP EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO• Na reprodução sexuada, a presença de células germinativas ou gametas (óvulo e espermatozoide) têm sua origem nas gônadas sexuais, ou seja, os ovários no sexo feminino e nos testículos no sexo masculino. As células germinativas maduras possuem a metade do número total de cromossomos da espécie, ou seja, são células haploides (n) que, ao se unirem, formam uma célula com um conjunto diploide de cromossomos (2n). Uma célula n carrega 23 cromossomos, logo, uma célula 2n possui o número total de 46 cromossomos (OSÓRIO; ROBINSON, 2013). • O processo de geração de uma célula 2n é chamado de fertilização, formando a célula ovo ou zigoto. O crescimento do zigoto até a formação do feto e seu nascimento, dá-se por sucessivas divisões mitóticas. EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • A seguir, a figura do genoma humano de um indivíduo do sexo masculino (a) e do sexo feminino (b); estes indivíduos possuem 22 pares de cromossomos autossômicos e um par de cromossomos sexuais, que os permite diferenciar em indivíduos do sexo masculino ou feminino (OSÓRIO; ROBINSON, 2013). EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR • Após a fertilização, tanto as gônadas masculinas quanto as gônadas femininas apresentam-se de maneira semelhante até, aproximadamente, os 40 primeiros dias do desenvolvimento. Até este período, as estruturas que irão dar origem às gônadas sexuais possuem capacidade de se diferenciarem tanto em testículos quanto ovários. FDT – Fator determinante de testículos - conversão destas estruturas primárias em testículos EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO • Após a maturação sexual da mulher, que acontece durante a puberdade, ocorrerá a liberação de um gameta feminino em cada período de 28 dias, para possível fecundação. Diferentemente da produção de espermatozoides no homem, a qual acontece de maneira contínua, a liberação do óvulo (gameta) pelo ovário acontece de maneira cíclica (WIDMAIER, 2013). • Ao nascer, a mulher possui em seus ovários um total aproximado de 2 a 4 milhões de ovócitos secundários. Este número é variável para cada mulher, entretanto é fixo, ou seja, não ocorre a formação de nenhum novo gameta posterior ao nascimento (WIDMAIER, 2013). • Este número é variável para cada mulher, entretanto é fixo, ou seja, não ocorre a formação de nenhum novo gameta posterior ao nascimento. • Contudo, apenas alguns destes ovócitos sofrerão processo de ovulação, o que resulta em um número aproximado de 400 óvulos, durante a vida reprodutiva da mulher. Todos os demais óvulos passarão por um processo de degeneração, o que ocorre com a idade de, aproximadamente, 50 anos, quando a mulher inicia o processo de menopausa (WIDMAIER, 2013). CICLO OVARIANO • Durante o período embrionário (em torno do quinto mês gestacional), as células germinativas, que migram em direção aos ovários, multiplicam-se e dão origem às ovogônias, as quais são células germinativas primitivas (2n). Grande parte destas células sofre morte celular programada (apoptose) durante o período pré-natal. A produção de novas ovogônias se mantém restrita a essa fase da vida. • Estas células denominadas ovogônias irão se desenvolver em ovócitos primários; estas iniciam um processo de divisão meiótica, mas o interrompem em algum momento, ficando em um estado denominado parada meiótica. Estas células possuem 46 cromossomos (2n) (WIDMAIER, 2013). A parada meiótica será mantida até a entrada da menina na puberdade. Nesta fase da vida sexual no sexo feminino, os ovócitos primários retomam o seu processo de divisão celular. • Nos ovários, os ovócitos primários encontram-se em estruturas conhecidas como folículos primários. Esta estrutura folicular é formada por um ovócito primário circundado por um conjunto de células dispostas em uma única camada. Essas células recebem o nome de células granulomatosas (WIDMAIER, 2013). CICLO OVARIANO • Aproximadamente 14 dias após a menstruação apenas um folículo primário continua o seu desenvolvimento visando se tornar um folículo de Graaf maturado. Os demais folículos sofrem um processo de regressão e degeneram (WIDMAIER, 2013). • O folículo que sofre maturação cresce e se torna protuberante, depositandose na superfície do ovário. Quando este folículo sofre estimulação hormonal de maneira adequada, ele se rompe, promovendo a expulsão do ovócito para dentro da tuba uterina, o que caracteriza a ovulação (FOX, 2007). • A célula liberada é um ovócito secundário e, como vimos na figura, tem a proteção da coroa radiada; se este ovócito não sofrer fertilização, logo sofrerá degeneração. • Se o espermatozoide for capaz de atravessar a barreira formada pela coroa radiada e pela zona pelúcida, ele consegue penetrar na região citoplasmática deste ovócito secundário, fazendo com que este ovócito inicie o processo de complementação de sua divisão meiótica, a qual estava estagnada. Novamente, o citoplasma, neste processo, não sofre divisão igualitária, pois, quase a totalidade do citoplasma fica com o zigoto (óvulo fecundado); a outra porção remanescente da divisão denomina-se corpo polar e se degenera. CICLO OVARIANO • O restante do folículo forma o corpo lúteo. Após a fecundação esta estrutura é fundamental para a manutenção do embrião, pois ela secreta dois hormônios esteroides importantes no processo da gravidez: estrogênio e progesterona, sendo a progesterona em maior quantidade. Contudo, caso não ocorra a fertilização, o corpo lúteo regride e se torna não funcional. • O que acontece se não ocorrer a fecundação? Desta forma, temos o processo da menstruação, que corresponde ao desprendimento do endométrio da parede uterina, acompanhado por sangramento. • Esse desprendimento do endométrio, ou seja, a menstruação, ocorre em ciclos e por isso é denominado ciclo menstrual e acontece, nos humanos, em períodos aproximados de 28 dias. Fases ciclo menstrual • Fase folicular • Esta fase ocorre logo após a menstruação (que dura em média de 4 a 5 dias), estende-se por aproximadamente 13 dias e, logo, corresponde aos primeiros 13 dias desse ciclo. Este período é variável, visto que algumas mulheres podem apresentar variabilidade em seu ciclo menstrual. • Nesta fase, alguns dos folículos primários crescem e tornam-se folículos secundários; próximo ao final desta fase, um folículo de um ovário torna-se maduro se diferenciando em folículo de Graaf, conforme discutido anteriormente. • Durante o crescimento deste folículo maduro, as células da camada granulosa secretam quantidades cada vez maiores de estradiol (um hormônio estrogênico), fazendo com que este hormônio atinja sua concentração máxima sanguínea por volta do 12º dia do ciclo, ou seja, aproximadamente 2 dias antes da ovulação. Fases ciclo menstrual • Fase folicular • Tanto o crescimento dos folículos quanto a secreção de estradiol são estimulados pela liberação do hormônio FSH pela hipófise anterior. Este aumento da produção de FSH e do estradiol, produzido pelas células da camada granulosa folicular, promovem o aumento da produção de receptores de hormônio luteinizantes (LH), também pela hipófise anterior. Este evento é muito importante para a preparação do folículo de Graaf para os próximos eventos do ciclo menstrual (FOX, 2007). • Este aumento de hormônio LH, produzido pela hipófise, promove o que chamamos de “onda de LH” que acontece nas 24 horas anteriores à ovulação e possui seu pico máximo em aproximadamente 16 horas antes da ovulação. É justamente este aumento súbito de LH que desencadeia a ovulação (FOX, 2007). Fases ciclo menstrual • Fase ovulatória • O folículo de Graaf maduro, recebendo a estimulação do FSH, aumenta significativamente o seu tamanho, implantando-sena superfície do ovário. Este crescimento é estimulado também pela produção local de estradiol (pelas células granulosas foliculares), contribui para a “onda de LH” por volta do 13º dia do ciclo menstrual, rompendo as paredes do folículo por volta do 14º dia. • O ovócito secundário é liberado pelo ovário e levado por ação dos cílios (fímbrias) para dentro da tuba uterina; este ovócito ainda se encontra protegido pela coroa radiada e pela zona pelúcida. Fluindo pela tuba uterina o ovócito secundário chega ao útero. • Assim, podemos dizer que a ovulação ocorre em função de flutuações hormonais dos hormônios FSH e LH que agem sobre o folículo de Graaf, sendo que estas flutuações hormonais ficam bastante evidentes ao observarmos a figura referente ao ciclo menstrual da mulher. Fases ciclo menstrual • Fase lútea • Uma vez que ocorra a ovulação, o folículo vazio sofre estimulação pelo LH a tornar-se corpo lúteo. Como já citado, esta estrutura secreta estradiol e, em maior quantidade, progesterona, o qual possui níveis mínimos antes da ovulação, elevando-se rapidamente durante a fase lútea (o que acontece uma semana após a ocorrência da ovulação). • A combinação de níveis aumentados de ambos os hormônios, progesterona e estradiol durante esta fase, parece exercer um controle inibidor (retroalimentação negativa) a nível de hipófi se, inibindo a liberação de FSH e LH. Durante este período, e devido a este controle, não ocorre o desenvolvimento e maturação de outros folículos. • Entretanto, próximo ao 22º dia do ciclo menstrual, quando caem os níveis de estradiol e progesterona, uma vez que o corpo lúteo regride, novos folículos passam a se desenvolver, preparando o organismo para um novo ciclo. Fases ciclo menstrual • Fase lútea • Por volta do 28º dia do ciclo menstrual, os níveis de estradiol e progesterona estão baixos, uma vez que o corpo lúteo já não se encontra funcional e inicia-se a menstruação. • O período menstrual dura em torno de 4 a 5 dias e os hormônios esteroides ovarianos (estradiol e progesterona) estão em seus níveis mais baixos. • As fases do ciclo menstrual que foram analisadas sob o ponto de vista das alterações hormonais, também podem ser avaliadas pelas alterações do endométrio, observadas durante o ciclo e ilustradas na Figura 41. Fases ciclo menstrual • Fase lútea • A próxima ilustração demonstra as alterações evidenciadas no endométrio e, logo abaixo, há uma correlação entre as mudanças endometriais e a qual fase do ciclo elas se relacionam. Fases ciclo menstrual • Fase proliferativa • Ocorre durante a fase folicular e é caracterizada pelo aumento da secreção de estradiol, o qual promove o crescimento endometrial, e pelo desenvolvimento de vasos sanguíneos. Fases ciclo menstrual • Fase proliferativa • Ocorre durante a fase folicular e é caracterizada pelo aumento da secreção de estradiol, o qual promove o crescimento endometrial, e pelo desenvolvimento de vasos sanguíneos. Fases ciclo menstrual • Fase secretora • Ocorre durante a fase lútea. O aumento da produção de progesterona pelo corpo lúteo promove o desenvolvimento de glândulas uterinas. Nesta fase também ocorre o crescimento endometrial em espessura, o qual torna-se ricamente vascularizado. Fases ciclo menstrual • Fase menstrual • Ocorre durante a queda da secreção dos hormônios estradiol e progesterona, com o declínio da função do corpo lúteo. Verifi ca-se a necrose (morte celular) e o descolamento do endométrio da parede uterina. Então, onde ocorre a fertilização? Ou seja, a união do óvulo com o espermatozoide? A fertilização ocorre normalmente na tuba uterina, até 24 horas após a ovulação. Após a fertilização o zigoto é implantado no útero e ali irá se desenvolver. O útero também é parte do trajeto dos espermatozoides que são liberados na vagina durante o ato sexual e irão se deslocar até as tubas uterinas. Para fi car mais claro, vamos observar a Figura 42: Ovulação e fecundação EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Diferentemente do sistema reprodutor feminino, que possui um número determinado de óvulos que sofrerão maturação durante a vida reprodutiva da mulher, o sexo masculino gera gametas continuamente, capazes de fecundar o óvulo. • Pequenas alterações na produção e liberação de hormônios sexuais masculinos (androgênios), entre os quais a testosterona é verificada em homens após os 50 anos de idade, entretanto, essas pequenas flutuações, que ocorrem em graus variados são insuficientes para impedir, normalmente, o homem de continuar fértil. EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Diferentemente do sistema reprodutor feminino, que possui um número determinado de óvulos que sofrerão maturação durante a vida reprodutiva da mulher, o sexo masculino gera gametas continuamente, capazes de fecundar o óvulo. • Pequenas alterações na produção e liberação de hormônios sexuais masculinos (androgênios), entre os quais a testosterona é verificada em homens após os 50 anos de idade, entretanto, essas pequenas flutuações, que ocorrem em graus variados são insuficientes para impedir, normalmente, o homem de continuar fértil. Espermatogênese EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • Inicialmente, as células germinativas que migram desde o saco vitelino até os testículos, durante o desenvolvimento do embrião, tornam-se células denominadas espermatogônias, as quais localizam-se na região mais externa dos túbulos seminíferos. • Como demonstrado na figura anterior, estas células são 2n, ou seja, possuem o número total de cromossomos da espécie (46 cromossomos). Estas células sofrerão divisões meióticas (primeira e segunda divisão meiótica) que darão origem às células n, denominadas espermátides, as quais contém a metade dos cromossomos da espécie (23 cromossomos). • O processo final de formação dos espermatozoides ocorre na camada mais profunda dos túbulos seminíferos, onde as espermátides sofrem processo de maturação dando origem aos espermatozoides (FOX, 2007). • Este processo envolve a participação de células específicas denominadas células de Sertoli e será discutido posteriormente. EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • A imagem a seguir ilustra a histologia dos túbulos seminíferos: • Há vários túbulos seminíferos na imagem. As paredes dos túbulos são constituídas por várias camadas de células cujo conjunto é denominado epitélio seminífero. As paredes de dois túbulos, isto é, seus epitélios seminíferos, estão ressaltados em vermelho. O lúmen dos túbulos está ressaltado em cor de rosa. O espaço intersticial está ressaltado em verde. Espermatogênese • Um fato importante na espermatogênese é que as espermatogônias que migram do saco vitelino para os testículos possuem características de células tronco, ou seja, são capazes de sofrer divisão mitótica dando origem a células idênticas! Assim, somente cerca de 1.000 a 2.000 espermatogônias migram para os testículos e esse número é sufi ciente para produzir milhões de espermatozoides pelo homem, durante toda a vida. • As células de Sertoli são capazes de formar uma barreira hemato-testicular, ou seja, estas células unidas por junções íntimas constituem uma camada única e contínua em volta de cada túbulo seminífero, onde ocorre a produção de espermatozoides. Vamos analisar a imagem a seguir, a qual ilustra as células de Sertoli: Células de Sértoli • Devido a esta disposição e função de barreira, estas células impedem que substâncias presentes no sangue sejam capazes de atravessar a barreira e assim chegar às células germinativas. Isto é extremamente importante, pois, assim,o sistema imune não se torna sensibilizado aos antígenos dos espermatozoides em maturação e impede a destruição destes por anticorpos. As células de Sertoli e os tubos seminíferos possuem um contato íntimo, sendo difícil dizer onde termina o citoplasma das células de Sertoli e onde começa o citoplasma das células germinativas. • Outra importante função das células de Sertoli é a secreção de uma proteína denominada Proteína Ligante de Androgênio (ABP — do inglês) para o interior dos túbulos seminíferos. A função desta proteína é ligar-se à testosterona e “sequestrá-la” para o interior dos túbulos. Células de Leydig • Outro tipo celular encontrado no interstício dos túbulos seminíferos são as células de Leydig. Estas células são responsáveis pela secreção do principal hormônio androgênio masculino: a testosterona. Este androgênio relaciona-se diretamente com o desenvolvimento das características sexuais masculinas, participa da maturação dos espermatozoides e é responsável pela libido, ou seja, o desejo sexual. Na fi gura a seguir é possível observar essas células a nível histológico: Espermatogênese • Na Figura 47, você pode ver, em um corte sagital, os túbulos seminíferos onde são produzidos os espermatozoides. EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO • O controle hormonal envolvido na produção de hormônios necessários ao processo de maturação sexual masculina é, assim como no sexo feminino, complexo e envolve mecanismos de autorregulação. Assim como citado na fisiologia do sistema reprodutor feminino, estes mecanismos hormonais serão discutidos na próxima unidade. • Para que a ocorrência do ato sexual seja consumada e ocorra a liberação dos espermatozoides no interior da vagina, é necessária a ocorrência dos processos de ereção e ejaculação, os quais explicamos no Tópico 1 desta unidade. • O exame que avalia a qualidade do sêmen é denominado espermograma. Este exame é normalmente solicitado para a avaliação da qualidade do sêmen produzido pelo homem e sua alteração pode indicar dificuldades de reprodução do casal ou alterações testiculares. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMABIS, G.R; MARTHO, José M. Conceitos de Biologia. v. 2. São Paulo: Moderna, 2001. LOPES, Sonia. Bio 2. São Paulo: Saraiva, 2002. MORA, Ticiana C. Anatomia e Fisiologia Humanas. Indaial: Ed. Asselvi, 2007. RIZZO, Donald C. Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 3ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. TORTORA, G.J; GRABOWSKI, S. R. Corpo Humano, Fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
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