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Redação de Correspondências Oficiais

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O TCU
TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
AULA 8 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá! Hoje é a última aula deste curso preparatório para o
esperado concurso do Tribunal de Contas da União. Quero aproveitar para
agradecer sua companhia durante os “encontros”. Sou grato pelas
sugestões, críticas e elogios. Tudo isso fez com que eu procurasse melhorar
progressivamente o conteúdo das aulas. Tenha a certeza de que o material
que você possui reflete a tendência do Cespe. Com ele, você é capaz de
fazer uma ótima prova de Língua Portuguesa. 
Resta-nos ainda tratar de um assunto importante: 
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS 
Reservei para este encontro todas as questões sobre redação de
correspondências oficiais cobradas na prova que o Cespe elaborou para o
concurso de analista do DETRAN/DF em 2009. A escolha deve-se à
abrangência das questões. Além delas, há também questões mais recentes
de outros concursos organizados pela mesma banca examinadora. 
Texto para os itens 1 a 9 
Considere que Juarez Alencar Cabral, candidato ao cargo de analista de
trânsito do Detran/DF, desejando dedicar-se integralmente ao estudo
dos conteúdos que seriam exigidos nas provas do respectivo concurso,
tenha redigido, em tom gracioso, a seguinte carta para sua noiva. 
BSB, 8/3/2009. 
 Excelentíssima Senhorita: 
1. O abaixo-assinado, aluno compulsivo de cursos
preparatórios para concursos públicos, dotado da esperança
férrea de se tornar brevemente um eminente funcionário
público, vem, mui respeitosamente, por meio desta informar
a Vossa Senhoria que se inscreveu para o provimento de 
 
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vaga no cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, e, por
esse relevante motivo, suspende por tempo indeterminado o
noivado que mantém com a Excelentíssima Senhorita, para
se dedicar integralmente ao estudo das matérias constantes
do respectivo edital. 
2. Aproveito o ensejo para manifestar-lhe também,
outrossim, a intenção de retomar, tão logo seja aprovado,
minhas funções de noivo junto a Vossa Excelentíssima, haja
visto o grande amor que te devoto. 
3. Reitero protestos de estima e consideração. 
J.A.Cabral 
JUAREZ ALENCAR CABRAL 
1. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma de identificação do signatário
da carta coincide com a recomendada para as comunicações oficiais,
que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a
linha contínua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que
expede a comunicação grafado em maiúsculas e o alinhamento
centralizado. 
Comentário – EXCETO QUANDO SE TRATAR DE DOCUMENTOS
ASSINADOS1 PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, a identificação do
signatário nas correspondências oficiais deve trazer digitados o nome e o
cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. Veja
o modelo abaixo: 
(espaço para assinatura) 
NOME 
Ministro de Estado da Justiça 
 
1 O presidente também assina os documentos; os quais não recebem a identificação do chefe do Poder Executivo. 
 
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Note que não se deve usar um traço acima do nome para
assinatura. O nome da pessoa é escrito com letras maiúsculas. O cargo é
escrito apenas com as iniciais maiúsculas. Tudo é centralizado na folha. 
Observação: recomenda-se não deixar a assinatura em
página isolada e transferir para essa página pelo menos a última frase
anterior ao fecho. 
Resposta – Item errado. 
2. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O fecho que consta na carta —
empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada
natureza — é permitido, atualmente, somente em mensagens cujo
signatário seja servidor que se dirija a ocupante de cargo
imediatamente superior. 
Comentário – O fecho mencionado encontra-se no terceiro parágrafo e tem
a finalidade de marcar o final do texto e saudar o destinatário. Acontece que
ele, o fecho, não é numerado como os demais parágrafos. Além disso, os
fechos utilizados atualmente nos documentos oficiais são os seguintes: 
– “Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive
quando se tratar do presidente da República; 
– “Atenciosamente”, para autoridades de mesma hierarquia
ou de hierarquia inferior. 
Ficam excluídas as comunicações dirigidas a autoridades
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios. 
Resposta – Item errado. 
3. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A variedade de tratamento verificada
na carta, tanto no emprego de pronomes pessoais quanto no de
pronomes de tratamento, não deve ocorrer em documentos oficiais, 
 
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pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada
em redação oficial. 
Comentário – Abaixo, apresento um quadro-resumo das formas de
tratamento convenientes à redação oficial. 
AUTORIDADES 
FORMA DE 
TRATAMENTO 
ABREVIATURA VOCATIVO ENVELOPE 
Presidente da República;
Presidente do Congresso
Nacional; e 
Presidente do Supremo Tribunal
Federal. 
Vossa ou Sua
Excelência 
V. Ex.ª 
Excelentíssimo
Senhor + cargo 
A Sua Excelência o
Senhor
Presidente da(o)...
Nome
Instituição 
Cep – Cidade. UF 
Vice-Presidente; 
Ministros de Estado; 
Chefe do Gabinete de
Segurança Institucional;
Advogado-Geral da União;
Chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República;
Chefe da Corregedoria Geral da
União; 
Chefe da Casa Civil da
Presidência da República;
Governadores e Vice-
Governadores de Estado e do
Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças
Armadas; 
Embaixadores;
Secretários-Executivos de
Ministérios e demais ocupantes
de cargos de natureza
especial; 
Secretários de Estado dos
Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais;
Deputados Federais e
Senadores; 
Membros de Tribunais;
Ministro do Tribunal de Contas
da União; 
Deputados Estaduais e
Distritais; 
Presidentes das Câmaras
Legislativas e Municipais;
Juízes; 
Auditores da Justiça Militar;
Conselheiros dos Tribunais de
Contas Estaduais; 
Ministros dos Tribunais
Superiores. 
Vossa ou Sua
Excelência 
V. Ex.ª Senhor + cargo 
A Sua Excelência o
Senhor 
Nome 
Cargo
Instituição
Endereço 
Cep – Cidade. UF 
Para Ministros: 
A Sua Excelência o
Senhor 
Fulano de Tal
Ministro de Estado
(seguido 
da respectiva pasta)
Cep – Cidade. UF 
Para Deputados e
Senadores: 
A Sua Excelência o
Senhor 
Deputado ou Senador
Fulano de Tal
Câmara ou Senado
Federal 
Cep – Cidade. UF 
Para Juízes: 
A Sua Excelência o
Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da 2ª Vara
Cível 
Endereço 
Demais autoridades e
particulares 
Vossa ou Sua Senhoria V.S.ª 
Senhor + cargo
ou para autoridade
que não possuir
cargo: 
Senhor Fulano de
Tal 
Ao Senhor 
Nome 
Cargo (quando houver)
Endereço 
Reitores de Universidades 
Vossa ou Sua
Magnificência 
V.M. Magnífico Reitor 
Ao Senhor
Nome 
Magnífico Reitor
Universidade de....
Endereço 
Papa 
Vossa ou Sua
Santidade V.S. Santíssimo Padre 
Santíssimo Padre
Papa Fulano de Tal
Palácio do Vaticano
Endereço 
Cardeais 
Vossa ou Sua
Eminência 
V.Em.ª
ou 
Eminentíssimo
Senhor Cardeal 
A Sua Excelência
Reverendíssima o Senhor 
 
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ou 
Vossa Eminência
Reverendíssima 
V.Em.ª Revm.ª ou
Eminentíssimo e
Reverendíssimo
Senhor Cardeal 
Nome 
Cargo seguidoda
instituição
Endereço 
Arcebispos e Bispos 
Vossa ou Sua
Excelência
Reverendíssima 
V. Ex.ª Revm.ª 
Excelentíssimo ou
Reverendíssimo
Senhor + título 
A Sua Excelência
Reverendíssima o Senhor
Nome 
Cargo + instituição
Endereço 
Sacerdotes, Clérigos e demais
religiosos 
Vossa ou Sua
Reverência V. Rev. Reverendo 
Ao Reverendo
Senhor (nome)
Endereço 
Como você pode notar, as formas “Excelentíssima Senhorita” e
“Vossa Excelentíssima” destoam completamente do padrão admitido nas
correspondências oficiais. 
Note ainda o tom jocoso da mensagem. Na redação oficial, a
linguagem deve caracterizar-se pela sobriedade; a uniformidade de
tratamento, pela polidez. 
Resposta – Item certo. 
4. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A carta, apesar de escrita em tom
jocoso, segue a norma de numeração que deve ser aplicada aos
parágrafos contidos no texto do padrão ofício, princípio que tem o
objetivo de facilitar a alusão a qualquer informação do documento. 
Comentário – Antes de tudo, você sabe o que é “padrão ofício”? Eu explico.
Existem três tipos de documentos que se DIFERENCIAM ANTES PELA
FINALIDADE do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o
intuito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o
que chamamos de padrão ofício. 
A respeito da numeração dos parágrafos, realmente ela deve
existir, exceto nos casos em que os parágrafos estejam organizados em
itens ou títulos e subtítulos. 
O problema está, como já disse anteriormente, no fato de
ter-se numerado o fecho, assemelhando-o aos parágrafos anteriores.
Resposta – Item errado. 
 
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5. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Caso se tratasse de ofício expedido
em repartição pública, a carta teria de sofrer várias alterações. Uma
delas é a necessidade de fazer constar, à margem esquerda superior, o
tipo e o número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o
expede. 
Comentário – Uma das partes que o aviso, o ofício e o memorando
devem conter é justamente o tipo e o número do documento, seguido da
sigla do órgão que o expede, tudo alinhado à esquerda. Veja abaixo alguns
exemplos. 
Memorando nº 123/2002-MF
Aviso nº 123/2002-SG
Ofício nº 123/2002-MME 
Resposta – Item certo. 
6. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A indicação de “local e data” da carta
está em conformidade com as normas do padrão ofício expostas no
Manual de Redação da Presidência da República. 
Comentário – Nos documentos que seguem o padrão ofício, a indicação do
local e da data de assinatura é feita por extenso e com alinhamento à
direita, conforme o exemplo abaixo: 
Brasília, 28 de abril de 2010. 
Resposta – Item errado. 
Em relação a expressões e palavras empregadas na carta, julgue os
itens seguintes. 
 
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7. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo parágrafo, seria
adequado substituir “haja visto” por qualquer uma das seguintes
expressões: dado, tendo em vista, haja vista. 
Comentário – Mesmo em se tratando de documentos oficiais, a linguagem
dos textos deve sempre pautar-se pelo padrão culto, formal da língua. Não é
aceitável, portanto, que neles constem coloquialismos ou expressões de uso
restrito a determinados grupos, que comprometeriam sua própria
compreensão pelo público. Acrescente-se que indesejável é também a
repetição excessiva de uma mesma palavra quando há outra que pode
substituí-la sem prejuízo ou alteração de sentido. 
A expressão “haja visto” não está de acordo com as normas de
concordância da Língua Portuguesa. O segundo elemento, “visto”, é
invariável e permanece vista, independentemente do termo a que se refere.
Sendo assim, a substituição por “haja vista” é mais do que adequada. Ela é
necessária. 
As demais expressões sugeridas pela banca examinadora também
trazem a noção de causa ou motivo daquilo que é declarado anteriormente.
Portanto são equivalentes semanticamente à expressão “haja vista”. 
Note ainda a concordância em masculino singular do vocábulo
“dado” com o substantivo “amor”. 
Resposta – Item certo. 
8. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo parágrafo, o advérbio
“outrossim”, frequente em expedientes oficiais, está empregado de
forma redundante por estar antecedido do advérbio “também”. 
Comentário – Um bom texto deve ser pautado também pela concisão e
objetividade, características importantes das correspondências oficiais. 
Conciso e objetivo é o texto que transmite um máximo de
ideias com um mínimo de palavras. Significa dizer que o redator deve 
 
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eliminar palavras inúteis, redundantes, passagens que nada acrescentam ao
que já foi dito. 
Isso diz respeito à economia linguística, que não deve ser
confundida com a economia de pensamento. Logo, as informações
essenciais de um texto não devem ser suprimidas simplesmente para
torná-lo menor. 
Ressalte-se ainda que chavões, jargões, clichês e outras
repetições supérfluas devem ser evitados, tais como: 
- Aproveitamos o ensejo/a oportunidade; 
- Estamos a sua inteira disposição para quaisquer
esclarecimentos; 
- Sem mais nada para o momento; 
- Tem a presente a finalidade de; 
- Vimos por meio desta; 
- Outrossim/destarte/mui 
- De posse de seu ofício. 
Resposta – Item certo. 
9. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A expressão “vem (...) por meio
desta”, utilizada no primeiro parágrafo, apesar de ser considerada
redundante em comunicações oficiais, tem seu emprego recomendado
quando se quer assegurar o entendimento correto do texto. 
Comentário – Releia o que foi dito no comentário anterior e saiba que o
que contribui para o correto entendimento do texto é a clareza, a concisão, a
observância das normas gramaticais, a coerência das informações
transmitidas, a preferência pela construção de períodos curtos e de frases na
ordem direta. 
Resposta – Item errado. 
 
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Julgue os itens de 10 a 14 quanto ao emprego da norma escrita formal
em comunicações oficiais. 
10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Ambas as construções serão tidas
como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1. Esses são os
recursos de que o Estado dispõe. 2. O Governo insiste que a negociação
é importante. 
Comentário – Como já comentei aqui, a escrita correta dos vocábulos e as
construções sintáticas em conformidade com as normas gramaticais devem
nortear a elaboração de qualquer texto. Isso inclui os textos elaborados pela
Administração Pública. 
O primeiro período apresentado no comando da questão está
correto em todos os aspectos. Note o emprego da preposição “de” antes do
pronome relativo “que”. Ela surge para atender a regência da forma verbal
“dispõe” (quem dispõe, dispõe de algo). Nas orações subordinadas
adjetivas, a preposição exigida pelo verbo deve anteceder o pronome
relativo, a exemplo do que ocorreu em “1”. 
Correto também está o segundo período. Observe agora a
ausência da preposição regida pela forma verbal “insiste” (quem insiste,
insiste em algo). Ocorre que a preposição exigida pelo verbo da oração
principal (“O governo insiste”) tem seu emprego facultado diante de orações
subordinadas substantivas objetivas indiretas (“que a negociação é
importante). 
Resposta – Item correto. 
11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Considerando-se que a mesócliseé
desaconselhável em expedientes oficiais, é preferível iniciar período
com a construção “Lhe enviaremos mais informações oportunamente” a 
 
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iniciá-lo com a construção “Enviar-lhe-emos mais informações
oportunamente”. 
Comentário – Toda regra contida na gramática normativa emprega-se
também nos documentos oficiais. As regras que tratam de colocação dos
pronomes oblíquos átonos são exemplos disso. 
Lembre-se de que a mesóclise é o emprego do pronome
oblíquo átono no interior do verbo, assinalado na escrita pela presença de
dois hifens, um antes e outro depois (“Enviar-lhe-emos”). Ocorre com
verbos flexionados no futuro do presente e no futuro do pretérito do modo
indicativo, desde que não haja palavra atrativa que force o pronome a
ocupar posição anterior ao verbo, isto é, posição proclítica (Não lhe
enviaremos...) 
Resposta – Item errado. 
12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foram empregadas com correção
semântica todas as palavras sublinhadas nos seguintes períodos:
Optou-se por uma dissensão lenta e gradual ao se reintroduzir o país ao
Estado de Direito. Tratar o público com distinção é obrigação de todo
atendente de repartição pública. A discussão do projeto de lei tornou-se
acirrada quando afloraram as distensões nas hostes oposicionistas. 
Comentário – Devemos tomar cuidado com palavras parecidas na grafia e
na pronúncia, mas com sentidos diferentes. Elas são conhecidas por
parônimos. 
A primeira palavra sublinhada (“dissensão”) significa, de
acordo com o dicionário Houaiss: 
1 falta de concordância a respeito de (algo); divergência, 
 discrepância 
2 estado de litígio; desavença, conflito, disputa 
 
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Ex.: as d. entre os nobres na Idade Média prejudicavam o 
 povo 
3 característica daquilo que discrepa; oposição 
Para ter coerência, a informação transmitida deveria trazer a
palavra descenção, cujo significado é, ainda de acordo com o mesmo
dicionário: 
ato, processo ou efeito de descer; descenso, descida
1 movimento descendente; descida, deposição 
2 efeito desse movimento 
Ex.: a D. da Cruz (falando de Jesus Cristo, p.ex.) 
3 Estatística: pouco usado. 
 decrescimento, decréscimo, diminuição
Ex.: a d. de um índice econômico 
4 ato ou efeito de declinar, cair 
Ex.: d. do sol no horizonte 
5 Rubrica: geografia. 
O vocábulo “distinção”, que expressa as ideias abaixo, está
empregado adequadamente: 
3 boa educação; elegância, finura, discrição 
Ex.: todos elogiaram a simpatia e a d. da anfitriã 
4 maneira honesta, correta e impecável de proceder 
Ex.: pode confiar nesta oficina, o dono age sempre com a 
 maior d. 
Por último, a palavra “distensões”, em um contexto
sócio-político, significa “diminuição ou término das tensões entre países,
entre a população, ou parte dela, e o governo, entre grupos dentro de uma
sociedade etc.” Melhor seria, portanto, empregar o vocábulo “dissensões”.
Resposta – Item errado. 
 
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13. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na elaboração de texto oficial, como
norma geral, deve ser evitada a repetição de palavras, buscando-se
sinônimo ou termo mais preciso para substituir a palavra repetida. No
entanto, se a substituição comprometer a inteligibilidade e a coesão do
texto, recomenda-se manter a repetição. 
Comentário – A inteligibilidade do texto oficial diz respeito à clareza e à
objetividade da linguagem usada. A necessidade de empregar determinado
nível de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do
próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua
finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo,
ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o
funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se, em sua
elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os
expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e
objetividade. 
As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser
compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse
objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados
grupos. Não há dúvida que um texto marcado por expressões de circulação
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem
sua compreensão dificultada. 
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a
língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, reflete de forma
imediata qualquer alteração de costumes, e pode eventualmente contar com
outros elementos que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a
entoação, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por
essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as
transformações, tem maior vocação para a permanência, e vale-se apenas
de si mesma para comunicar. 
 
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A língua escrita, como a falada, compreende diferentes
níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em uma carta a
um amigo, podemos nos valer de determinado padrão de linguagem que
incorpore expressões extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer
jurídico, não se há de estranhar a presença do vocabulário técnico
correspondente. Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao
uso que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos. 
O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter
impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e
concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de
que o padrão culto é aquele em que 
a) se observam as regras da gramática formal, e 
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos
usuários do idioma. 
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos
vocabulares, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
compreensão por todos os cidadãos. 
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a
simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de
expressão. De nenhuma forma o uso do padrão culto implica emprego de
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de
linguagem próprios da língua literária. 
Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos atos e
comunicações oficiais. É claro que haverá preferência pelo uso de
determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das
formas sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a
utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão burocrático, 
 
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como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão
limitada. 
A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos
rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada
área, são de difícil entendimento por quem não estejacom eles
familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em
comunicações encaminhadas a outros órgãos da administração e em
expedientes dirigidos aos cidadãos. 
Resposta – Item certo. 
14. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Estão corretamente empregados os
homônimos destacados em negrito no seguinte período: A
administração de um medicamento raramente prescrito no Brasil
acabou de ser proscrita nos EUA. 
Comentário – Recorramos novamente ao dicionário Houaiss. O vocábulo
“prescrito” foi adequadamente empregado com a acepção de “ordenado
explicitamente”, “que se prescreveu”. A expressão “proscrita” significa a
qualidade daquilo que foi “proibido, censurado, interdito”. Portanto, também
é coerente com o significado do texto. 
Faço aqui apenas uma observação. Essas palavras não são
“homônimos”, mas sim parônimos. Lembre-se de que homônimos têm a
pronúncia ou a grafia iguais. 
ascender (elevar-se) / acender (atear fogo): homônimos
homófonos (mesma pronúncia) 
pelo (forma verbal, pronúncia aberta) / pelo (substantivo,
pronúncia fechada) – homônimos homógrafos 
Há ainda os homônimos perfeitos, palavras que possuem a
pronúncia e a grafia iguais, mas continuam com significados distintos. 
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são (forma verbal) / são (qualidade de quem está bem de 
saúde) 
Parônimos são palavras que possuem tudo distinto:
pronúncia, grafia e significado, exatamente como ocorre em relação às
palavras em negrito no enunciado. 
Resposta – Item certo, conforme o gabarito oficial. Julgo que seria melhor
anular a questão. 
A respeito da redação de expediente, julgue os próximos itens. 
15. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em ofício dirigido a uma senadora e
cujo signatário seja um diretor de um órgão público, deverão ser
empregados o vocativo “Senhora Senadora,” e o pronome de
tratamento “Vossa Excelência”, devendo estar flexionados no feminino
os adjetivos que se refiram à destinatária, como se verifica no seguinte
enunciado: “Vossa Excelência ficará satisfeita ao saber que foi indicada
para presidir a sessão.” 
Comentário – Veja na tabela abaixo que a pessoa ocupante de cargo de
senador(a) da República também faz jus ao tratamento de Vossa ou Sua
Excelência. No primeiro caso, a correspondência deve ser dirigida
diretamente a ela (como no item que estamos analisando). Se a
correspondência não for endereçada à própria pessoa, mas falar a respeito
dela, a forma correta é Sua Excelência. 
AUTORIDADES 
FORMA DE 
TRATAMENTO 
ABREVIATURA VOCATIVO ENVELOPE 
Vice-Presidente; 
Ministros de Estado; 
Chefe do Gabinete de
Segurança Institucional;
Advogado-Geral da União;
Chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República;
Chefe da Corregedoria Geral da
União; 
Chefe da Casa Civil da
Presidência da República;
Governadores e Vice-
Governadores de Estado e do
Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças 
Vossa ou Sua
Excelência 
V. Ex.ª Senhor + cargo 
A Sua Excelência o
Senhor 
Nome 
Cargo
Instituição
Endereço 
Cep – Cidade. UF 
Para Ministros: 
A Sua Excelência o
Senhor 
Fulano de Tal
Ministro de Estado
(seguido 
da respectiva pasta) 
 
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Armadas; 
Embaixadores;
Secretários-Executivos de
Ministérios e demais ocupantes
de cargos de natureza
especial; 
Secretários de Estado dos
Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais;
Deputados Federais e
Senadores; 
Membros de Tribunais;
Ministro do Tribunal de Contas
da União; 
Deputados Estaduais e
Distritais; 
Presidentes das Câmaras
Legislativas e Municipais;
Juízes; 
Auditores da Justiça Militar;
Conselheiros dos Tribunais de
Contas Estaduais; 
Ministros dos Tribunais
Superiores. 
Cep – Cidade. UF
Para Deputados e
Senadores: 
A Sua Excelência o
Senhor 
Deputado ou Senador
Fulano de Tal
Câmara ou Senado
Federal 
Cep – Cidade. UF 
Para Juízes: 
A Sua Excelência o
Senhor 
Fulano de Tal 
Juiz de Direito da 2ª Vara
Cível 
Endereço 
A respeito do vocativo, é importante dizer que ele consta
tanto no ofício quanto no aviso, mas não aparece no memorando.
Lembram-se de que esses três tipos de documentos constituem, quanto à
forma, o padrão ofício? Pois é, o vocativo é uma parte do expediente oficial
que não é comum a todos eles. 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos
chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal
Federal. 
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo
Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Senhor Senador,
Senhor Juiz, 
Senhor Ministro,
Senhor Governador, 
Os pronomes de tratamento apresentam peculiaridades
quanto à concordância. Os adjetivos referidos a esses pronomes devem 
 
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coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que
compõe a locução. Se nosso interlocutor for homem, o correto será “Vossa
Excelência ficará satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência ficará
satisfeita”. 
Em relação à concordância verbal, embora os pronomes de
tratamento se refiram à segunda pessoa gramatical (com quem se fala, ou a
quem se dirige a comunicação), eles levam a concordância para a terceira
pessoa: “Vossa Excelência ficará satisfeita”. 
Também os pronomes possessivos referidos a pronomes de
tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Excelência ficará
satisfeita se seus projetos forem aprovados?”. 
Resposta – Item certo. 
16. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O envio de documentos, quando
urgente, pode ser antecipado por fax ou por correio eletrônico, sendo
recomendados o preenchimento de formulário apropriado (folha de
rosto), no caso do fax, e a certificação digital, no caso do e-mail. 
Comentário – Fax é a modalidade de comunicação que deve ser utilizada
na transmissão e recebimento de assuntos oficiais de extrema urgência e
para o envio antecipado de documentos, de cujo conhecimento há
premência, quando não há condições de envio do documento por meio
eletrônico. 
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia
xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se
deteriora rapidamente. 
É conveniente o envio, juntamente com o documento
principal, de folha de rosto, ou seja, de pequeno formulário com os dados de
identificação da mensagem a ser enviada. 
 
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Quando necessário o original, ele segue posteriormente pela
via e na forma de praxe. 
Sobre o correio eletrônico, saiba que, nos termos da
legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
documental e para que possa ser aceita como documento original, é
necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente,
na forma estabelecida em lei. 
O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser
preenchido de modo a facilitar a organização documental tanto do
destinatário quanto do remetente. 
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado,
preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que encaminha algum
arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. 
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de
confirmação de leitura. Caso não sejadisponível, deve constar da mensagem
pedido de confirmação de recebimento. 
Não há estrutura definida para e-mail, entretanto, deve-se
evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.
Resposta – Item certo. 
17. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No caso de relatório que requeira
providências a serem tomadas, um dos fechos recomendados é o
seguinte: Esperando que o relatório expresse fielmente os fatos, pede
deferimento. 
Comentário – A banca examinadora misturou, com a intenção de confundir
os candidatos, relatório com requerimento. 
Relatório não é documento adequado para se pleitear nada.
Ele serve para expor à autoridade superior a execução de trabalhos 
 
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concernentes a certos serviços ou a execução de serviços inerentes ao
exercício do cargo em determinado período. 
Requerimento é o instrumento por meio do qual o
interessado requer a uma autoridade administrativa um direito do qual se
julga detentor. Seu fecho é composto pela expressão “Nesses termos, pede
deferimento”. 
Resposta – Item errado. 
Considere que um servidor do Detran/DF tenha redigido um
documento oficial para convidar um embaixador a proferir palestra no
órgão e que o trecho abaixo componha tal documento. 
Memo n.o 6/DIR 
Em 8 de março de 2009. 
Excelentíssimo Senhor MARK JERTRUTZ, 
Convido Vossa Excelência para proferir palestra na
sede do DETRAN/DF sobre as medidas tomadas em vosso
país para melhorar as condições de trânsito nas grandes 
 cidades. 
Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens. 
18. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foi adequada a escolha da forma
memorando, visto que o convite, geralmente, constitui uma
comunicação curta. 
Comentário – O memorando caracteriza-se, sobre tudo pela simplicidade e
concisão na redação e também no trâmite. Não é de estranhar, portanto, 
 
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que os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e,
em caso de falta de espaço, em uma folha de continuação. Todavia o
memorando é um tipo de correspondência interna, empregada entre
unidades administrativas de um mesmo órgão, sem restrições hierárquicas e
temáticas. Melhor seria que o documento utilizado fosse um ofício ou mesmo
uma carta. 
Ofício é documento destinado à comunicação oficial entre
órgãos da administração pública e de autoridades para particulares. Trata-se
de documento formalmente semelhante ao memorando; contudo a diferença
básica entre eles é o destino: enquanto o ofício tem por finalidade a
comunicação externa, o memorando é uma comunicação interna. 
Carta é forma de correspondência com personalidade pública
ou particular, utilizada para fazer solicitações, convites, externar
agradecimentos ou transmitir informações. As cartas, em princípio, não
devem ser numeradas sequencialmente, à exceção das unidades
organizacionais que as utilizam, com frequência, em caráter oficial
(geralmente nas correspondências com particulares ou empresas).
Recomenda-se que a estruturação seja semelhante à do ofício. 
Resposta – Item errado. 
19. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende às normas de elaboração do
memorando o emprego do vocativo com o nome do embaixador. 
Comentário – Quanto à sua forma, o memorando segue o modelo do
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser
mencionado pelo cargo que ocupa. Nele não há vocativo. 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos 
 
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Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do
padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido
de vírgula. 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Senhora Ministra, 
Senhor Chefe de Gabinete, 
Resposta – Item errado. 
20. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Atende à prescrição gramatical o
emprego do pronome possessivo “vosso” no corpo do texto, dado que o
tratamento empregado foi Vossa Excelência. 
Comentário – Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta)
embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se
fala, ou a quem se dirige à comunicação), levam a concordância para a
terceira pessoa. 
Vossa Senhoria nomeará o seu substituto.
Vossa Excelência conhece o assunto. 
Resposta – Item errado. 
Eis abaixo um quadro-resumo das principais características de
alguns documentos oficiais. Leia-o com atenção, comparando as
semelhanças e diferenças entre eles. 
Em seguida, apresento modelos das correspondências oficiais
comentadas nos exercícios anteriores. 
Ofício 
Expedido por e para as
demais autoridades
(órgãos distintos) 
Expedido também para
particulares. 
Quando o ofício for
endereçado a mais de um
destinatário, chama-se
ofício-circular.
 
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Aviso 
Expedido exclusivamente
por ministros de Estado
para autoridade de
mesma hierarquia. 
Memorando 
Comunicação entre
unidades administrativas
de um mesmo órgão
(comunicação interna). 
Possui caráter
administrativo.
Empregado para expor
projetos, idéias,
diretrizes, etc. a serem
adotados por
determinado setor
público.
Marcado pela agilidade na
tramitação e simplicidade
burocrática. Os despachos
devem se dados no próprio
documento ou em folha de
continuação. 
Exposição de Motivos 
Expedido por Ministro. 
Dirigido ao presidente ou
ao vice-presidente da
República. 
Serve para:
a) informar determinado
assunto; 
b) propor alguma
medida; 
c) submeter projeto de
ato normativo. 
Se envolver mais de um
Ministério, será assinada
por todos os envolvidos
(interministerial) 
Segue o padrão ofício se
for informativo. 
Se for para propor alguma
medida ou submeter
projeto de ato normativo,
é acompanhado de anexo
em modelo específico. 
Ata 
Registro sucinto de fatos,
ocorrências, resoluções e
decisões de uma
assembléia, sessão ou
reunião. 
Devem-se evitar as
abreviaturas, e os
números são escritos por
extenso. 
Escreve-se tudo
seguidamente (não há
divisões de parágrafos),
sem rasuras, emendas ou
entrelinhas.
Verificando-se qualquer
engano no momento da
redação, deverá ser
imediatamente retificado
empregando-se palavras
retificadoras: “digo” 
Na hipótese de qualquer
omissão ou erro depois de
lavrada a Ata, far-se-á
uma ressalva: “em
tempo”. “Na linha.........., 
onde se lê......., leia 
se. ........”. 
Assinam: presidente,
secretário e membros (as
assinaturas destes podem
constar em uma lista ou
livro de presenças) 
Mensagem 
Instrumento de
comunicação entre os
chefes dos Poderes. 
Obs.: minuta de
mensagem pode ser
encaminha pelos
Ministérios à Presidência
da República, a cuja
acessórias caberá a
redação final. 
Mensagens mais usuais
expedidas pelo Executivo
ao Congresso Nacional: 
a) encaminhamento de
projeto de lei; b)
encaminhamento de
medida provisória; c)
indicação de autoridades
(o currículo do indicado,
devidamente assinado,
acompanha a
mensagem); d) pedido
de autorização para o
Presidente ou o Vice-
Presidente se ausentarem
do País por mais de 15
dias; e) encaminhamento 
A mensagem, como os
demais atos assinadospelo
presidente da República,
não traz identificação de
seu signatário. 
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de atos de concessão e
renovação de concessão
de emissoras de rádio e
TV; f) encaminhamento
de prestação de contas de
exercício anterior; g)
mensagem de abertura
da sessão legislativa (o
portador da mensagem é
o Chefe da Casa Civil e
vai encadernada em
forma de livro para todos
os congressistas); h)
comunicação de sansão
(dirigida aos membros do
Congresso, por meio de
Aviso ao primeiro
secretário da Casa); i)
comunicação de veto
(dirigida ao presidente do
Senado). 
Telegrama 
Trata-se de forma de
comunicação dispendiosa
aos cofres públicos e
tecnologicamente
superada. 
Seu uso restringe-se aos
casos em que: 
a) não seja possível o
uso de fax; 
b) não seja possível o
uso de correio
eletrônico; e 
c) a urgência justifique. 
Não há padrão rígido; sua
forma e estrutura seguem
os formulários disponíveis
nas agências dos Correios
e em seu sítio na Internet. 
Fax 
Para transmissão
antecipada de mensagens
e documentos urgentes,
quando não é possível o
envio deles por correio
eletrônico. 
O documento original,
quando necessário, deve
seguir posteriormente
pela via e na forma
normal. 
O arquivamento, se
necessário, deve ser feito
com cópia do fax, pois o
papel do próprio fax se
deteriora rapidamente. 
Correio Eletrônico 
Principal forma de
comunicação para
transmissão de
documentos, em virtude
do baixo custo e da
celeridade. 
Flexibilidade: não
interessa definir forma
rígida para sua estrutura. 
Obs 1.: deve-se evitar o
uso de linguagem
incompatível com uma
comunicação oficial. 
Obs. 2: o campo
“assunto” deve ser
preenchido de modo a
facilitar a organização
documental tanto do
destinatário quanto do
remetente. 
A mensagem que
encaminha algum anexo
deve fornecer informações
mínimas sobre o conteúdo
dele. 
Para os arquivos
anexados, deve ser
utilizado,
preferencialmente, o
formato Rich Text. 
Sempre que disponível,
utilizar o recurso de
“confirmação de leitura”.
Caso não seja possível,
pedir confirmação de
recebimento. 
Nos termos da legislação
em vigor, é necessário
existir certificação digital
do remetente para que a
mensagem tenha valor
documental. 
 
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[Ministério]
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] 
5 cm [Endereço para correspondência]. 
[Endereço - continuação]
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico] 
Ofício no 524/1991/SG-PR 
Brasília, 27 de maio de 1991. 
A Sua Excelência o Senhor
Deputado [NOME] 
Câmara dos Deputados 
70.160-900 – Brasília – DF 
Assunto: Demarcação de terras indígenas 
 Senhor Deputado, 
 2,5 cm 
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama
no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas
mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da
República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de
fevereiro de 1991 (cópia anexa). 
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a
necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas –
fossem levadas em consideração as características sócio-econômicas
regionais. 
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras
indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que
atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos
deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e
fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com
o órgão federal ou estadual competente. 
1,
5 
cm
 
3cm
 
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3,5 cm 
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo.
É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da
sociedade civil. 
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção
ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos
órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas. 
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento
estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da
Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de
todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta,
com a necessária transparência e agilidade. 
 Atenciosamente, 
[NOME]
[Cargo] 
2 
 
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TIMBRE 
Aviso no 45/1991/SCT-PR 
Brasília, 27 de fevereiro de 1991. 
A Sua Excelência o Senhor 
FULANO DE TAL 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPO
Esplanada dos Ministérios, Bloco K 
70.068-900 – Brasília – DF 
Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público. 
 Senhor Ministro, 
1. Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura
do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor
Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da
Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de
Áreas Isoladas Sul, nesta capital. 
2. O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do
Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em
Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990. 
 Atenciosamente, 
BELTRANO
Ministro de Minas e Energia 
 
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TIMBRE 
Memorando nº 118/1991/DJ 
Em 12 de abril de 1991. 
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração 
Assunto: Instalação de microcomputadores 
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa
Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três
microcomputadores neste Departamento. 
2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas,
que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de
monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois
tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia
ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização,
cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos
deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os
servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. 
 Atenciosamente, 
[NOME do signatário]
[Cargo do signatário] 
 
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TIMBRE 
Carta no 13/2009/SPC 
Brasília, 1º de fevereiro de 2009. 
A Sua Senhoria o Senhor
FULANO DE TAL 
Diretor Financeiro 
Junco Agronegócios LTDA 
Rua Oligário Nunes, 125 – São José 
39.470-000 – Itacarambi–MG 
Assunto: Inauguração do edifício-sede 
 Senhor Diretor, 
Convido Vossa Senhoria para participar da solenidade de
inauguração do edifício-sede da Promotoria de Defesa do Consumidor do
Ministério Públicodo Distrito Federal e Territórios, localizado na Praça dos
Três Poderes, lote 171, Eixo Monumental, no dia 29 de fevereiro de 2009, às
12 horas. 
 Atenciosamente, 
ROLANDO LERO
Procurador-Geral da Justiça 
 
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Vocativo + cargo + órgão (Magnífico Reitor da Universidade de Brasília), 
NOME DO REQUERENTE, demais dados de qualificação,
requer (objetivo e fundamento legal). 
Nesses termos, pede deferimento. 
Local, data por extenso. 
NOME DO REQUERENTE
Cargo ou função, se for servidor público 
 
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RELATÓRIO (ou RELATÓRIO DE...) 
 Senhor Diretor-Geral, 
Tendo sido designado para apurar a denúncia de
irregularidades na licitação pública nº 123, que visa a renovar a frota de
veículos deste órgão, de acordo com a portaria nº 2020, de 31 de janeiro de
2006, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que
efetuei. 
Em 10 de setembro de 2005, dirigi-me à chefe da seção de
Compras, senhora FULANA DE TAL, para inquirir os funcionários
BELTRANO e SICRANO, acusados de fraudar o processo de licitação
mencionado no parágrafo acima em favor da empresa ROBAUTO
VEÍCULOS LTDA, que venceu a concorrência, embora tenha cotado o preço
dos automóveis com um ágio de trinta por cento em relação ao valor de
mercado. 
No inquérito a que se procedeu, ressalta-se a culpabilidade do
servidor BELTRANO, sobre quem recaem evidências de ter fraudado o
processo licitatório, já que foi ele a pessoa encarregada de abrir os envelopes
das empresas perdedoras. 
Conforme se apurou também, o senhor SICRANO tem sua
parcela de responsabilidade no caso, tendo em vista que se omitiu, sendo
negligente no exercício de suas funções. Como membro da Comissão de
Lcitações, devia estar presente na hora da abertura dos envelopes, o que não
ocorreu. 
Do que foi exposto, conclui-se que se instaure imediatamente
um processo administrativo. 
É o relatório. 
Brasília, 13 de junho de 2009. 
NOME DO RELATOR
Cargo ou função 
 
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Continuaremos a analisar algumas questões de provas
antrioremtne elaboradas pelo Cespe. Mas agora serei mas sucinto ao
comentá-las. Você perceberá que a forma muda, entretanto a essência é a
mesma. 
Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar-
se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza,
concisão, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação da
Presidência da República, 2002), cada um dos itens seguintes
apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado certo se atender
ao citado requisito, ou errado, em caso negativo. 
21. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) Nas últimas décadas, assistimos
à uma evolução significativa dos esforços de promoção e proteção dos
direitos humanos. Em muitos aspectos o mundo melhorou em relação
ao que era a sessenta anos. Essa mudança tem tudo que ver com uma
maior consciência a respeito da necessidade de reconhecer e respeitar
os direitos humanos para todos. 
Comentário – O acento grave em “à uma evolução” está incorreto, pois a
crase não ocorre diante de palavra de sentido indefinido. Em “que era a
sessenta anos”, a ideia é de tempo decorrido e a forma há deveria ter sido
usada em vez da forma “a”. O outro problema está na expressão “tudo que
ver”; o certo é tudo a ver. 
Resposta – Item errado. 
22. (Cespe/MRE-IRB/Bolsas-prêmio/2009) A legislação sobre os direitos
humanos têm-se ampliado tanto na temática como na abrangência
geográfica. Hoje os direitos humanos é reconhecido como universais,
interdependentes, inter-relacionados, indivisíveis e mutuamente
sustentáveis. 
 
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Comentário – Há um erro de concordância verbal indicado por meio do
acento empregado na forma “têm-se”. O núcleo do sujeito desse verbo é um
termo singular (“legislação”), portanto o acento deve ser eliminado.
Lembre-se disso: ele tem/vem – eles têm/vêm. Em “os direitos humanos é
reconhecido”, também há erro de concordância verbal. Agora o verbo foi
flexionado no singular (“é”) quando o certo seria no plural (são), em virtude
do núcleo do sujeito (“direitos”). Além disso, o particípio “reconhecido”
deveria concordar em número (reconhecidos) com o núcleo do sujeito.
Resposta – Item errado. 
Espero que tenha ficado claro para você que questões sobre
redação oficial podem abordar aspectos gramaticais também, pois o texto
administrativo requer, entre outros cuidados, correção gramatical. 
Veja outras questões. 
Com referência à redação de correspondências oficiais, julgue os itens a
seguir. 
23. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Documentos oficiais em forma de ofício,
memorando, aviso e exposição de motivos têm em comum, entre
outras características, a aposição da data de sua assinatura e emissão,
que deve estar alinhada à direita, logo após a identificação do
documento com o tipo, o número do expediente e a sigla do órgão que
o emite. 
Comentário – O item está de acordo com o que prevê, por exemplo, o
Manual de Redação da Presidência da República. Veja, a título de
exemplificação, os modelos de documentos incluídos neste material. Quanto
à exposição de motivos, ela segue o padrão ofício (releia o quadro-resumo).
Resposta – Item certo. 
 
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24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Desconsiderando-se as margens e os
espaços adequados, respeitam as normas de redação de um documento
oficial encaminhado por um chefe de seção a seu diretor o seguinte
trecho, contendo o parágrafo final e fecho de um ofício. 
(...) 
4. Por fim, por oportuno informamos que as
providências tomadas, e aqui mencionadas,
também já são do conhecimento das partes
envolvidas. 
Atenciosamente
[assinatura] 
Pedro Álvares Cabral 
Chefe da seção de logística 
e distribuição de pessoal (SLDP). 
Comentário – O parágrafo carece de objetividade, de concisão. Expressões
como por oportuno; sem mais para o momento, nada mais havendo para
tratar; com elevados protestos de estima e consideração etc. devem ser
dispensadas. O segmento “e aqui mencionadas” é redundante e foge à
objetividade do texto administrativo. O fecho “Atenciosamente” é impróprio,
pois a comunicação é do chefe de uma seção ao seu diretor. Isso demonstra
a diferença de hierarquia entre eles. O correto é Respeitosamente. A
centralização do fecho é outro erro. Ele deve ser alinhado à esquerda, na
direção do início do parágrafo. O nome do signatário (aquele que
assina/emite o documento) é grafado em letras maiúsculas (PEDRO
ÁLVARES CABRAL). A designação do cargo é feita apenas com as iniciais
maiúsculas (Chefe da Seção de Logística e Distribuição de Pessoal),
sem a indicação da sigla do setor e sem ponto final. 
Resposta – Item errado. 
 
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Multas 
1 Arrecadei mais de dois contos de réis de multas. 
Isto prova que as coisas não vão bem. 
E não se esmerilharam contravenções. Pequeninas 
4 irregularidades passam despercebidas. As infrações que
produziram soma considerável para um orçamento exíguo
referem-se a prejuízos individuais e foram denunciadas pelas 
7 pessoas ofendidas, de ordináriogente miúda, habituada a
sofrer a opressão dos que vão trepando. 
Esforcei-me por não cometer injustiças. Isto não 
10 obstante, atiraram as multas contra mim como arma política.
Com inabilidade infantil, de resto. Se eu deixasse em paz o
proprietário que abre as cercas de um desgraçado agricultor 
13 e lhe transforma em pasto a lavoura, devia enforcar-me. 
Graciliano Ramos. 2º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos. 
Record/Fundaç ão de Cultura de Recife, 1994, p. 51. 
25. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Tendo a situação que
envolve o texto como referência e considerando as recomendações
atuais para o envio de documentos formais de uma autoridade a outra,
assinale a opção correta. 
(A) O ofício é o tipo de expediente mais adequado para o encaminhamento
do relatório ao governador. 
(B) Na correspondência de encaminhamento do relatório ao governador do
estado, estaria adequado o emprego do vocativo Caro Amigo. 
(C) Em atendimento ao princípio de concisão textual, constitui fecho
adequado para o documento de encaminhamento do relatório a
expressão Com elevados protestos de estima e consideração. 
(D) A correspondência deve ser endereçada do seguinte modo:
A Vossa Excelência o Excelentíssimo Senhor Dr. 
 
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Fulano de Tal 
Governador do estado de Alagoas
(CEP) – Maceió – AL 
Comentário – Alternativa B: na correspondência oficial, o vocativo inerente
a governador de estado é Senhor Governador, (seguido de vírgula). A
expressão Caro Amigo evidencia tratamento pessoal, o que o texto
administrativo não admite. A impessoalidade é uma das características da
correspondência oficial. 
Alternativa C: na questão anterior eu mencionei algumas
expressões que devem ser evitadas, ainda que alguém as utilize
frequentemente; entre elas está a que foi indicada como fecho na terceira
alternativa. Respeitosamente é o fecho adequado. 
Alternativa D: a forma Excelentíssimo Senhor integra o
vocativo inerente aos chefes de Poder. Doutor é título acadêmico conferido a
quem concluiu curso universitário de doutorado, e não pronome de
tratamento; seu uso indiscriminado constitui erro. No envelope, o
endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por
Vossa Excelência é: 
A Sua Excelência o Senhor 
Fulano de Tal 
Cargo 
CEP – Cidade. UF (repare que não há parênteses no código 
de endereçamento postal). 
Resposta – A 
26. (Cespe/Antaq/Especialista: Economia/2009) Respeitam-se as normas
relativas à redação de documentos oficiais ao se finalizar um atestado
ou uma declaração da maneira apresentada a seguir. 
 
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Atenciosamente,
(assinatura) 
Fulano de Tal 
Brasília, 15 de março de 2009 
Comentário – Atestado administrativo é o ato pelo qual a Administração
comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus ór-
gãos competentes. Eis a sua estrutura: 
TÍTULO: ATESTADO (em maiúsculas e centralizado, sobre o texto). 
TEXTO: exposição do fato. 
LOCAL E DATA: por extenso. 
ASSINATURA: titular da unidade organizacional correspondente ao assunto
tratado. 
ATESTADO 
Atesto para fins de prova junto ao(à) ......................(entidade) 
............................... que o Sr. .........................................., ocupante do 
cargo. ............................, para o qual foi nomeado por..........................., 
não responde a processo administrativo. 
Brasília, ....... de. ................... de....... . 
espaço para assinatura 
(nome com letras maiúsculas) 
(cargo do signatário com letras iniciais maiúsculas) 
Semelhantemente, a declaração também não comporta na
sua parte final os fechos Atenciosamente e Respeitosamente (comuns no
memorando, ofício, aviso, exposição de motivos). Nela, a data também vem 
 
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antes da assinatura do titular da unidade organizacional; ambas vêm
centralizadas. 
Resposta – Item errado. 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X 
Edital n.º 1–TJX, de 14 de janeiro de 2001 
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO 
DE CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO 
1 O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X torna pública a autorização do
Presidente do TJX para a realização de Concurso Público para Provimento de
200 cargos de Analista Judiciário criados pela Lei n.º 10.000, de 10 de
dezembro de 2000, e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias. 
2 O Edital de Abertura de inscrição deverá ser publicado em Abril de
2001 e disporá sobre as normas de realização do concurso. 
Joaquim José da Silva Xavier
Presidente do concurso 
A partir do texto hipotético acima, julgue os três itens seguintes. 
27. (Cespe/TCU/AFCE/2010) O uso das letras iniciais maiúsculas no corpo
do documento respeita as normas de elaboração de documentos oficiais
ao seguir as regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa,
escrevendo com iniciais maiúsculas os nomes tratados como únicos e
singulares. 
Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de
obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é
convencionalmente usada na grafia de: 
 
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• nomes próprios e de sobrenomes (José Ferreira) de cognomes (Ivan, o
Terrível); 
• alcunhas (Sete Dedos); de pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes
dinásticos (os Médici); 
• topônimos (Brasília, Paris); 
• regiões (Nordeste, Sul); 
• nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação
Getúlio Vargas, Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas 
Americanas); 
• nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia
Militar); 
• nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo); 
• nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de
Novembro); 
• designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de
unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo); 
• nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste); 
• nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou
político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro); 
• nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário
Alvim); 
• nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício
Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da 
Sé); 
• nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda); 
• nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira
em torno do Sol”); 
• nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea,
Lei Afonso Arinos). 
 
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A letra minúscula (comumente chamada de caixa baixa),
além de sempre usada na grafia dos termos que designam as estações do
ano, os dias da semana e os meses do ano, é também usada na grafia
de(a): 
• cargos e títulos nobiliárquicos (rei, dom); dignitários (comendador,
cavaleiro); axiônimos correntes (você, senhor); culturais (reitor,
bacharel); profissionais (ministro, médico, general, presidente,
diretor); eclesiásticos (papa, pastor, freira); 
• gentílicos e de nomes étnicos (franceses, paulistas, iorubas);• nome de doutrina e de religiões (espiritismo, protestantismo); 
• nome de grupo ou de movimento político e religioso (petistas,
umbandistas); 
• palavra governo (governo Fernando Henrique, governo de São Paulo); 
• termos designativos de instituições, quando esses não estão
integrados no nome delas: A Agência Nacional de Águas tem por
missão (...), no entanto, a referida agência não exclui de suas metas
os compromissos relacionados a...; 
• nome de acidente geográfico que não seja parte integrante do nome
próprio: rio Amazonas, serra do Mar, cabo Norte (mas, Cabo Frio, Rio
de Janeiro, Serra do Salitre); 
• prefixo: ex-ministro do Meio Ambiente, ex-presidente da República; 
• nome de derivado: weberiano, nietzschiano, keynesiano, apolíneo; 
• pontos cardeais, quando indicam direção ou limite: o norte de Minas
Gerais, o sul do Pará – observe: “É bom morar na Região Norte do
Brasil, mas muitos preferem o sul de São Paulo”. 
Resposta – Item errado. 
 
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28. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Apesar de nomear o emissor do texto pelo
nome próprio, o documento não fere o princípio da impessoalidade
exigido nos documentos oficiais. 
Comentário – Não há como omitir o nome do signatário. A identificação
dele se dá por meio do nome, da assinatura e do cargo que ocupa. A
impessoalidade decorre de princípio constitucional (CF, art. 37), cujo
significado remete a dois aspectos: o primeiro prende-se à obrigatoriedade
de que a administração proceda de modo a não privilegiar ou prejudicar a
ninguém, individualmente, já que o seu norte é, sempre, o interesse
público; o segundo sentido é o da abstração da pessoalidade dos atos
administrativos, pois que a ação administrativa, em que pese ser exercida
por intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da vontade
estatal. Em outras palavras, a redação oficial é elaborada sempre em nome
do serviço público e sempre em atendimento ao interesse geral dos
cidadãos. Sendo assim, é inconcebível que os assuntos objeto dos
expedientes oficiais sejam tratados de outra forma que não a estritamente
impessoal. 
Resposta – Item certo. 
29. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Trechos com informações vagas, como “e de
outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias”, e com uso de
tempo verbal de futuro, como “deverá ser publicado” e “disporá sobre”,
provocam falta de clareza e concisão, características estas que devem
ser respeitadas nos documentos oficiais. 
Comentário – A concisão caracteriza-se pela utilização de palavras
estritamente necessárias: tudo que puder ser transmitido em uma frase não
deve ser dito em duas; a conceituação sintética de uma ideia é preferível à
analítica; para cada ideia, o idioma reserva pelo menos uma palavra que a
representa com precisão. Cabe ao redator encontrá-la. Detalhes irrelevantes 
 
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são dispensáveis: o texto deve ir direto ao que interessa, sem rodeios ou
redundâncias, sem caracterizações e comentários supérfluos, livre de
adjetivos e advérbios inúteis, sem o recurso à subordinação excessiva. A
simples utilização de tempo verbal de futuro necessariamente não
caracteriza falta de concisão. 
Resposta – Item errado. 
30. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) A impessoalidade que deve
caracterizar a redação oficial é percebida, entre outros aspectos, no
tratamento que é dado ao destinatário, o qual deve ser sempre
concebido como homogêneo e impessoal, seja ele um cidadão ou um
órgão público. 
Comentário – O item está de acordo com o Manual de Redação Oficial da
Presidência da República, que estabelece: “A redação oficial deve
caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem,
clareza, concisão, formalidade e uniformidade...”. 
Resposta – Item certo. 
31. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) Na comunicação oficial, o
emprego da língua em sua modalidade formal decorre da necessidade
de se informar algo o mais claramente possível, de maneira concisa e
não pessoal, sendo imprescindível, seja qual for o destinatário, o
emprego dos termos técnicos próprios da área de que se trata. 
Comentário – É inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos
cidadãos, o que significa que cada destinatário é considerado no momento
da elaboração do documento oficial. Diz o manual da Presidência que “A
linguagem técnica deve ser empregada apenas em situações que a exijam,
sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos rebuscamentos
acadêmicos, e mesmo o vocabulário próprio a determinada área, são de 
 
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difícil entendimento por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter
o cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações encaminhadas a
outros órgãos da administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos”.
Resposta – Item errado. 
32. (Cespe/Aneel/Especialista e Analista/2010) O fecho das comunicações é
obrigatório em qualquer tipo de documento oficial e restringe-se a
apenas dois: Respeitosamente e Atenciosamente, a depender da
relação hierárquica existente entre o remetente e o destinatário. 
Comentário – Quem analisou esta questão apressadamente “escorregou”.
Diz o manual da Presidência: “Ficam excluídas dessa fórmula as
comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e
tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do
Ministério das Relações Exteriores”. 
Resposta – Item errado. 
33. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Entre as autoridades tratadas por
Vossa Excelência, estão o presidente da República, os ministros de
Estado e os juízes. 
Comentário – Nas páginas 4 e 5 conta um quadro resumo com as
autoridades que são tratadas pela forma Vossa (ou Sua) Excelência. Entre
elas estão o presidente da República, os ministros de Estado e os juízes.
Resposta – Item certo. 
34. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Todos os expedientes oficiais devem
conter, após o fecho, a assinatura e a identificação do signatário. 
 
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Comentário – Ao comentar a questão 1 (página 2), expliquei que há uma
exceção quanto à identificação: DOCUMENTOS ASSINADOS PELO
PRESIDENTE DA REPÚBLICA. 
Resposta – Item errado. 
35. (Cespe/AGU/Administrador/2010) As comunicações oficiais devem ser
padronizadas e, para isso, o uso do padrão oficial de linguagem é
imprescindível. 
Comentário – Fique muito atento para não confundir padrão oficial de
linguagem com linguagem culta que deve ser empregada no
documento oficial. Ao comentar a questão 13, esclareci que, por seu
caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza
e concisão, os textos administrativos requerem o uso do padrão culto da
língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que: 
a) se observam as regras da gramática formal e 
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos
usuários do idioma. 
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está acima das
diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos
vocabulares, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
compreensão por todos os cidadãos. 
Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a
simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de
expressão. De nenhuma forma o usodo padrão culto implica emprego de
linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de
linguagem próprios da língua literária. 
 
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Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um
“padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do padrão culto nos
atos e comunicações oficiais. 
Resposta – Item errado. 
36. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na redação de
correspondências oficiais, deve-se levar em conta sua finalidade básica:
comunicar com impessoalidade e máxima clareza. 
Comentário – Na questão anterior, logo no primeiro parágrafo, comentei
que “por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o
máximo de clareza e concisão, os textos administrativos requerem o uso do
padrão culto da língua.” Assim, podemos entender que este item está
certo. 
Resposta – Item certo. 
37. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Segundo o Manual de
Redação da Presidência da República, existe um padrão oficial de
linguagem que deve ser usado na redação de correspondências oficiais. 
Comentário – Eu disse para você ficar atento com respeito a esse tal
“padrão oficial de linguagem”. No mesmo ano e no mesmo concurso, o
Cespe insistiu nele. Se ainda tiver dúvida, releia o comentário sobre a
questão 35. 
Resposta – Item errado. 
As próximas três questões apresentam um fragmento hipotético de
correspondência oficial, seguido de uma proposta de classificação desse
fragmento (entre parênteses) quanto à parte e ao padrão de 
 
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correspondência. Julgue-as quanto ao aspecto gramatical, quanto à
classificação proposta e quanto à observância das recomendações previstas
para o padrão de correspondência indicado. 
38. (Cespe/BASA/Técnico Científico-Administração/2010) 
Aos dez dias do mês de novembro do ano de dois mil e nove, às dez
horas, na sala de reuniões do Departamento de Biologia Celular da
Universidade de Brasília, teve início a... (cabeçalho de uma ata) 
Comentário – Não há erros aqui, o trecho está adequado ao padrão culto
de linguagem. Nele há coesão e concisão e não se percebe incoerência.
Ressalte-se que em uma ata as indicações de data, de hora e dos numerais
em geral são feitas por extenso. Releia o que escrevi sobre uma ata na
página 22. 
Resposta – Item certo. 
39. (Cespe/BASA/Técnico Científico-Administração/2010) 
De ordem do senhor ministro da Educação, estamos informando a todos
os chefes do Poder Executivo de todos os entes federados que, nos
termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a data limite para
apresentação das prestações de contas e respectivos relatórios a que se
refere a citada lei... (corpo de um relatório) 
Comentário – Existem certas expressões que caracterizam falta de
objetividade e por isso devem ser evitadas em um texto oficial. Eis alguns
exemplos: “De ordem do(a)...”; “Aproveitamos o ensejo...”; “A presente tem
a finalidade de...”; “O assunto em epigrafe...”; “Vimos por meio desta...”;
“Sem mais nada para o momento...”; “Estamos a sua inteira disposição...”;
e outras semelhantes. 
 
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O uso do gerúndio também deve ser comedido,
principalmente quando surge em uma locução verbal. Segmentos como
“estamos informando” pode ser escrito, de maneira concisa, assim:
informamos. E o que dizer, por exemplo, dos famosos “Vou estar
providenciando”, “Vou estar transferindo”, em que surgem a construção
INFIRNITIVO + GERÚNDIO? 
Além disso, o teor da comunicação não é apropriado a um
relatório, que é o tipo de documento utilizado para reportar (normalmente a
uma autoridade superior) resultados parciais ou totais de uma determinada
atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa ou outro evento, esteja
finalizado ou ainda em andamento. Repare que o trecho apresentado pelo
examinador estabelece condições para o cumprimento de uma atividade.
Resposta – E 
40. (CESPE/BASA/TÉCNICO CIENTÍFICO-ADMINISTRAÇÃO/2010) 
Certos da atenção e da observância de V. S.ª para com as
recomendações que ora lhe enviamos, antecipamos agradecimentos. 
Atenciosamente,
(fecho de um memorando) 
Comentário – O que foi escrito nesse fecho pode muito bem ser incluído no
conjunto de expressões que devem ser evitadas e que exemplifiquei acima.
Atualmente, o fecho é objetivo, impessoal (como deve ser o texto
administrativo), nele cabendo simplesmente as expressões: 
– “Respeitosamente”, para autoridades superiores, inclusive
quando se tratar do presidente da República, e 
– “Atenciosamente”, para autoridades de mesma hierarquia
ou de hierarquia inferior. 
 
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Ficam excluídas as comunicações dirigidas a autoridades
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios. 
Resposta – Item errado. 
Assim finalizamos este curso. 
Desejo que Deus o abençoe e que você obtenha o êxito que 
almeja. 
Professor Albert Iglésia 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
Texto para os itens 1 a 9 
Considere que Juarez Alencar Cabral, candidato ao cargo de Analista de
Trânsito do DETRAN/DF, desejando dedicar-se integralmente ao estudo
dos conteúdos que seriam exigidos nas provas do respectivo concurso,
tenha redigido, em tom gracioso, a seguinte carta para sua noiva. 
BSB, 8/3/2009. 
Excelentíssima Senhorita: 
1. O abaixo-assinado, aluno compulsivo de cursos
preparatórios para concursos públicos, dotado da esperança
férrea de se tornar brevemente um eminente funcionário
público, vem, mui respeitosamente, por meio desta informar
a Vossa Senhoria que se inscreveu para o provimento de
vaga no cargo de Analista de Trânsito do DETRAN/DF, e, por
esse relevante motivo, suspende por tempo indeterminado o
noivado que mantém com a Excelentíssima Senhorita, para
se dedicar integralmente ao estudo das matérias constantes
do respectivo edital. 
2. Aproveito o ensejo para manifestar-lhe também,
outrossim, a intenção de retomar, tão logo seja aprovado,
minhas funções de noivo junto a Vossa Excelentíssima, haja
visto o grande amor que te devoto. 
3. Reitero protestos de estima e consideração. 
J.A.Cabral 
JUAREZ ALENCAR CABRAL 
 
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1. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma de identificação do signatário
da carta coincide com a recomendada para as comunicações oficiais,
que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a
linha contínua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que
expede a comunicação grafado em maiúsculas e o alinhamento
centralizado. 
2. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O fecho que consta na carta —
empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada
natureza — é permitido, atualmente, somente em mensagens cujo
signatário seja servidor que se dirija a ocupante de cargo
imediatamente superior. 
3. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A variedade de tratamento verificada
na carta, tanto no emprego de pronomes pessoais quanto no de
pronomes de tratamento, não deve ocorrer em documentos oficiais,
pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada
em redação oficial. 
4.

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