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1 Sumário Sumário ......................................................................................................................... 1 1 - Estatuto e Código de Ética ........................................................................................... 1 2 - Direito Constitucional .................................................................................................. 6 3 - Direito Civil ............................................................................................................... 9 4 - Direito Processual Civil .............................................................................................. 11 5 - Direito Penal ............................................................................................................ 19 6 - Direito Administrativo ............................................................................................... 21 7 - Direito do Trabalho ................................................................................................... 25 8 - Direito Empresarial ................................................................................................... 31 9 - Direito Processual Penal ............................................................................................ 35 10 - Direito Processual do Trabalho ................................................................................. 41 11 - Direito Tributário .................................................................................................... 46 12 - Direitos Humanos ................................................................................................... 48 13 - Direito Ambiental ................................................................................................... 57 14 - Direito da Criança e do Adolescente .......................................................................... 62 15 - Direito do Consumidor ............................................................................................ 68 16 - Direito Internacional ............................................................................................... 72 17 - Filosofia do Direito .................................................................................................. 73 1 - Estatuto e Código de Ética Advogada. Consultora Jurídica do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa Anísio Teixeira - Inep. Mestranda em Políticas Públicas. Formação e Capacitação de Juíza Arbitral do Brasil, Europa e Mercosul. Professora de Direito Administrativo, Direito Internacional e Ética Profissional. @profdanielamenezes -- Direitos do advogado (Art. 7) Exercício da advocacia território nacional Procuração Especial Uso da palavra Fique atento: - art. 7º, I, EAOAB - art. 7º, X, EAOAB - art. 7º, VI, letra “d”, EAOAB Vista dos processos sem procuração. Recusar-se a depor como testemunha. Fique atento: - art. 7º, XV, EAOAB - art. 7º, XIX, EAOAB 2 - art. 7º, XX, EAOAB Imunidade profissional Desagravo público Advogada gestante Fique atento: - art. 7º, §2º, EAOAB - art. 7º, §5º, EAOAB - art. 7º-A, EAOAB combinado com o art. 392, CLT, e com o art. 313, §6º, do CPC Sociedade de Advogados (art. 15-17) Registro da filial e inscrição suplementar Representar clientes interesses opostos Registro da licença do sócio em caráter temporário - art. 15, §5º, EAOAB - art. 15, §6º, EAOAB - art. 16, EAOAB - art. 16, §2º, EAOAB - art. 16, §2º, EAOAB Registro nos cartórios e juntas comerciais Denominação da sociedade unipessoal Responsabilidade do advogado e processo disciplinar OAB - art. 16, §3º, EAOAB - art. 16, §4º, EAOAB - art. 17, EAOAB Advogado Empregado (art. 18 a 21) Isenção técnica e independência profissional Jornada de trabalho Horas extra Adicional noturno - art. 18, EAOAB - art. 20, EAOAB - art. 20, §2º, EAOAB - art. 20, §3º, EAOAB TEMA INÉDITO: HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA (Art. 21, EAOAB) Honorários Advocatícios (art. 22 a 26) Tipos de honorários Defensoria Pública Fixação dos honorários Precatório - art. 22, EAOAB - art. 22, §1º, EAOAB 3 - art. 22, §3º, EAOAB - art. 22, §4º, EAOAB Execução dos honorários Crédito privilegiado Acordo feito pelo cliente Prescrição da ação de cobrança dos honorários Honorários do advogado substabelecido - art. 23, EAOAB - art. 24, §1º, EAOAB - art. 24, EAOAB - art. 24, §4º, EAOAB - art. 25, EAOAB - art. 26, EAOAB Infrações e Sanções Disciplinares (art. 34 a 43) Circunstâncias atenuantes da pena Falta cometida na defesa de prerrogativa profissional Ausência de punição disciplinar anterior Exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB Prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública Prazo da Reabilitação Prescrição das infrações disciplinares Prescrição intercorrente Interrompe a prescrição intercorrente: Instauração de processo disciplinar ou notificação válida e decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB. - art. 40, EAOAB - art. 41, EAOAB - art. 43, EAOAB - art. 43, §1º, EOAB Ordem dos Advogados do Brasil (art. 44 a 62) Composição do Conselho Federal Participação do Presidente do Conselho Seccional Voto no Conselho Federal Voto na eleição para a escolha da Diretoria do Conselho Federal - art. 51, EAOAB - art. 52, EAOAB - art. 53, EAOAB - art. 53, §3º, EAOAB Competência do Conselho Federal Intervir nos Conselhos Seccionais Ajuizar ADI e atos normativos, ação civil pública, MS coletivo, Mandado de Injunção e demais ações Autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus bens imóveis 4 - art. 54, EAOAB - art. 54, VII, combinado com o art. 54, § único, do EAOAB - art. 54, XIV, EAOAB - art. 54, XVI, EAOAB Criação da Subseção (Art. 60, EAOAB) Mínimo de 15 advogados (Art. 60, §1º, EAOAB) Acima de 100 advogados cria-se o Conselho da Subseção (Art. 60, §3º, EAOAB) Intervenção do Conselho Seccional (Art. 60, §6º, EAOAB) Competência da Subseção (Art. 61, EAOAB) Editar seu Regimento Interno, a ser referendado pelo Conselho Seccional Editar resoluções Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo TED Receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo parecer prévio para decisão do Conselho Seccional Eleições e dos Mandatos (art. 63 a 67) Requisitos do candidato para eleição - Comprovar situação regular junto à OAB Não ocupar cargo exonerável ad nutum Não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação Exercer a profissão há mais de cinco anos Mandato na OAB Término do mandato - Cancelamento ou licenciamento da inscrição Titular sofrer condenação disciplinar Fique atento: - art. 63, §2º, EAOAB - art. 65, EAOAB - art. 66, EAOAB Prazos processuais Infração disciplinar cometida em outro Conselho Suspensão da inscrição pelo TED Instauração do processo disciplinar Tramitação do processo em sigilo Fique atento: - art. 69, EAOAB - art. 70, EAOAB - art. 70, §3º, EAOAB - art. 72, EAOAB - art. 72, §2, EAOAB Relações com o Cliente (art. 9 a 26) Prestação de contas pelo advogado 5 Advogado não deve aceitar procuração de patrono constituído Fique atento: - art. 12, CE - art. 10, CE - art. 14, CE Advocacia Pro-Bono (art. 30) Características da Advocacia pro bono Destinatários da Advocacia pro bono Vedação legal Fique atento: - art. 30, CE Sigilo Profissional (art. 35 a 38) Características do sigilo profissional Funções de mediador, conciliador e árbitro; cargos e funções na OAB exceções Fique atento: - art. 35 a 38, CE Publicidade Profissional (art. 39 a 47) Regra geral Vedações Permitido Fique atento: - art. 39 a 47, CE Honorários Profissionais (art. 48 a 54) Forma do contrato de honorários Compensação de créditos Redução dos honorários mediante desistência voluntária ou mecanismos de solução extrajudicial Cláusula quota litis Participação do advogado em bens particulares Emissão de fatura e títulos de crédito empresarial Fique atento: - art. 48, CE - art. 50, CE - art. 51, CE - art. 52, CE Tribunal de Ética e Disciplina (art. 70 e 71) Competência do Tribunal de Ética Julgar processos ético-disciplinares Responder consultas formuladas 6 Suspender acusado infração disciplinar Atuar como mediador e conciliador Fique atento: - art. 71, CE Desagravo Público (art. 18 e 19) Características do desagravo público Arquivamento do desagravo Desagravo Público contra Presidente do Conselho Seccional Fique atento: - art. 18, CE 2 - Direito Constitucional Professor em Direito Constitucional para o Exame de Ordem - OAB. Coaching para concursos públicos e Exame de Ordem. Formado em Direito (Unifacs) e em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Bahia. Pós Graduado em Direito Tributário pelo IBET. Atualmente exerce o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Atuou como Auditor de Controle Externo pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia; também aprovado nos concursos de Auditor Fiscal do Estado do Pará - ICMS/PA/2013 e Analista Cálculo/Contábil PGE/BA/2013. -- #dica 01 Hierarquia entre normas Não existe hierarquia entre normas constitucionais originárias. Não importa qual é o conteúdo da norma. Todas as normas constitucionais originárias têm o mesmo status hierárquico. #dica 02 Aplicação das normas Constitucionais no tempo Com advento de uma nova Constituição, continuam válidas todas as normas infraconstitucionais com ela materialmente compatíveis, sendo recepcionadas pela nova ordem jurídica. A recepção depende somente da compatibilidade material (conteúdo). Com a entrada em vigor de uma nova Constituição: a anterior é integralmente revogada, deixando de ter vigência e validade. Tese da desconstitucionalização: a nova Constituição recepcionaria as normas da Constituição pretérita, conferindo-lhes “status” legal, infraconstitucional. O Brasil não adota esse fenômeno. #dica 03 Emendas Constitucionais Proposta de Emenda é discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos respectivos membros. (art. 60, § 2º, CRFB/88) Art. 60, CRFB/88: A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando- se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. Art. 60, CRFB/88: § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 7 Cláusulas Pétreas Forma federativa de Estado Voto direto, secreto, universal e periódico Separação dos Poderes Direitos e garantias individuais #dica 04 Comissões Parlamentares de Inquérito – CPI’s Controle político-administrativo: papel de investigação parlamentar (inquérito legislativo); Suas conclusões, quando for o caso, serão encaminhadas ao MP para que esse promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Criação de CPI´S – requisitos: Requerimento de um terço dos membros da Casa Legislativa Indicação de fato determinado a ser investigado Fixação de prazo certo para os trabalhos da CPI CPI pode - Convocar particulares e autoridades públicas para depor; - Realização de perícias e exames necessários à dilação probatória; - Determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do investigado; CPI não pode - Aplicação de medidas cautelares; - Decretar prisões, exceto em flagrante delito; - Interceptação telefônica; - Busca e apreensão domiciliar de documentos; - Apreciar atos de natureza jurisdicional. #dica 05 Cláusula da Irresponsabilidade Penal Relativa Na vigência do mandato, o Presidente da República só pode ser responsabilizado por atos praticados no exercício da função (in officio) ou em razão dela (propter officium). Trata-se de uma imunidade temporária à persecução penal. Crimes Comuns: PR é processado e julgado perante o STF, após autorização da Câmara dos Deputados (2/3 dos seus membros, em votação nominal e aberta - art. 51, I, CRFB/88). Crimes de Responsabilidade: PR é processado e julgado pelo Senado Federal, após juízo de admissibilidade político da Câmara dos Deputados (2/3 dos seus membros, em votação nominal e aberta - art. 51, I, CRFB/88). Crimes de Responsabilidade: o Senado Federal possui discricionariedade para decidir pela instauração do processo contra o PR. Não está vinculado ao juízo político de admissibilidade da Câmara. (ADPF 378/2015) #dica 06 Princípio da Irrepetibilidade Matéria constante de projeto de lei rejeitado não poderá ser objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa, salvo por proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas Legislativas. Vedação PL: relativa Vedação EC + MP’s: absoluta #dica 07 Conselho Nacional de Justiça – CNJ O CNJ trata-se de órgão de controle interno. Ele não exerce jurisdição, embora integre a estrutura do PJ. Suas atribuições são exclusivamente administrativas, sendo o órgão responsável pelo controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário. 8 Ao apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do PJ, o CNJ poderá desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem providências necessárias. O papel é de apenas examinar a legalidade de atos administrativos, sendo-lhe vedado examinar a constitucionalidade. #dica 08 Repartição de Competências Exclusiva Manter relações com Estados estrangeiros Declarar a guerra e celebrar a paz; Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal Emitir moeda Privativa Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Desapropriação; Trânsito e transporte; Seguridade Social Diretrizes e bases da educação nacional; Serviço postal; Concorrente Tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; Previdência social, proteção e defesa da saúde Art. 24 CRFB/88 (...) § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniênciade lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. #dica 09 Cláusula de Reserva de Plenário Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (Art. 97, CRFB/88) Art. 949: Art. 949. Se a arguição for: I - rejeitada, prosseguirá o julgamento; II - acolhida, a questão será submetida ao plenário do tribunal ou ao seu órgão especial, onde houver. Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário ou ao órgão especial a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão. Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. (Sv. 10 STF) 9 #dica 10 REVISÃO CONTROLE ABSTRATO... ADI: Lei ou ato normativo federal/Estadual ADO: Omissões inconstitucionais / Falta de norma regulamentadora eficácia limitada ADPF: Leis e atos normativos municipais Direito ordinário pré-constitucional, etc ADC: Lei ou ato normativo federal / divergência jurisprudencial legitimados universais X legitimados especiais Legitimados universais ➢ Presidente da República ➢ Procurador-Geral da República ➢ Mesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados ➢ Conselho Federal da OAB ➢ Partido político com representação no Congresso Nacional Legitimados especiais ➢ Governador de Estado e do DF ➢ Mesa de Assembleia Legislativa e da Câmara Legislativa do DF ➢ Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional #dica 10 EFEITOS DA DECISÃO DE MÉRITO ADI A decisão tem eficácia erga omnes, efeitos ex tunc e vincula todos os demais órgãos do Poder Judiciário e toda a Administração Pública. Cuidado!!! Não vincula o STF e o Poder Legislativo. #dica 10 Decisão de mérito... Quórum de presença: É necessário que estejam presentes na sessão pelo menos 8 (oito) Ministros do STF. Sem esse “quórum” especial, não pode haver decisão deliberativa. Quórum de votação: Em razão da cláusula de “reserva de plenário”, a proclamação da inconstitucionalidade da norma ou do dispositivo impugnado dependerá da manifestação de pelo menos 6 (seis) Ministros (maioria absoluta). Cabe Recurso? Só embargos de declaração. Cabe modulação temporal dos efeitos? Sim (art. 27 Lei. 9.868/99 e art. 11 Lei. 9 11 Lei. 9.882/99) E desistência? Não. A ação é indisponível. Estamos diante processo objetivo / defesa do ordenamento. E intervenção de terceiros? Não. E o “amicus curiae”? Sim. 3 - Direito Civil Graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 2010, Mestre em Direito do Estado pela UFPR em 2012 e Doutor em Direito das Relações Sociais, também UFPR, em 2017. A partir de 2011 passou a lecionar na graduação e na pós- graduação em Direito em diversas Instituições de Ensino Superior, e a partir de 2015, passou a lecionar também para Concursos Públicos. Em 2011 foi aprovado em concurso para Procurador Municipal (PGM-Colombo/PR) e, em 2012, foi aprovado em Concurso Público de Provas e Títulos para Professor Assistente na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE, Foz do Iguaçu/PR). Atualmente, é Professor de Direito Civil, Legislação Civil Especial, Direito Processual Civil, Direito do Consumidor e Bioética, e Advogado nas cidades de Curitiba/PR e Brasília/DF. Além disso, é parecerista ah hoc de numerosas revistas jurídicas. -- Como se preparar nessa reta final? 10 CC/2002: 2.046 artigos 7 questões 0,00342131% de chance de acerto E agora? Apostas Parte Geral Contratos Responsabilidade Civil Parte Geral Pessoa com deficiência NUNCA é incapaz Presunção de morte com e sem ausência Personalidade: pré e post mortem Domicílio legal/necessário X voluntário X profissional X contratual Desconsideração da personalidade jurídica Bens: veja o contexto Condição X Termo X Encargo Lesão X Estado de perigo X Coação X Estado de necessidade Defeitos do negócio: atenção aos detalhes! A resposta geralmente está no próprio enunciado Contratos Res perit domino Boa-fé Só contrata quem contrata e o que contrata Preferência/preempção Comodato X locação X mútuo Comodato: seja agradecido Doação X compra e venda: ascendente a descendente Fiador sempre se lasca Seguro só garante o valor garantido Responsabilidade Civil Não é Direito Penal Quem se importa com a vítima? Culpa X Dolo Os heróis indenizam Crianças indenizam Dúvida sobre quem causou? Todo mundo responde Direito Civil é solidário! Responde pelo outro? Prove a culpa do um Exercício regular, estrito cumprimento e legítima defesa é: Exercício regular, estrito cumprimento e legítima defesa 11 4 - Direito Processual Civil Ricardo Torques é natural de Colombo/PR, formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2009, pós-graduado em processo civil pela Faculdade Assis Gurgacz (FAG), em 2012. Em 2009 foi aprovado no concurso de Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazendo, onde exercer o cargo de chefe substituto da Agência da Receita de Paranaguá/PR. Foi assessor jurídico de magistrado no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Foi aprovado em concursos de técnico e analista judiciário de Tribunais Regionais do Trabalho. Foi coordenador de materiais do Focus Concursos. Foi professor de Legislação no Focus Concursos e de Direitos Humanos no C24H. -- Normas Processuais Civis Fundamentais devido processo legal: postulado geral do NCPC • substancial: razoabilidade e proporcionalidade; • formal: ditames legais sistema processual misto: começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial. princípio da inafastabilidade do controle do Poder Judiciário. princípio da solução integral de mérito (atividade jurisdicional satisfativa) princípio da boa-fé processual objetiva princípio da cooperação princípio da ampla defesa e contraditório • ampla defesa (dimensão material): possibilidade efetiva de influenciar na decisão judicial • contraditório (dimensão formal): direito de participar do processo. Teoria da Ação no NCPC não se fala mais em... ▪ condições da ação; ou ▪ carência da ação. art. 17, do NCPC: Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. art. 485, IV, do NCPC: Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; teoria da asserção ▪ contrapartida à teoria da exposição (ou da comprovação) – as condições da ação devem ser demonstradas pela parte. ▪ legitimidade e interesse processual são verificados apenas pelas afirmações ou assertivas deduzidas pelo autor na inicial (análise preliminar) ausência implica extinção do processo sem resolução do mérito. ▪ o direito de demandar em juízo independe de qualquer comprovação. ▪ a análise das condições da ação não preclui. ▪ a análise das condições da ação na sentença é mérito (extinção do processo com resolução do mérito). Competência: noções gerais 12 competência da JF: art. 108/109 da CF (“as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, excetoas de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”) competência da JE: subsidiária competência territorial: direito pessoal ou direito real sobre bens móveis domicílio do réu; direito real sobre bens imóveis foro de situação da coisa (admite-se foro de eleição ou do domicílio do réu exceto se se tratar de direito de propriedade, de vizinhança, de servidão, de divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova e ação possessória imobiliária) ação relativa à sucessão “causa mortis”: último domicílio do falecido > local de situação dos bens imóveis > local de situação dos bens móveis. Método para identificar o juízo competente A) verificar se a justiça brasileira é competente para julgar as causas arts. 21 a 23 do NCPC. B) se for, investigar se é caso de competência originária de Tribunal ou de órgão jurisdicional atípico Senado Federal – art. 52, I e II, da CF Câmara dos Deputados – art. 51, da CF Assembleia Legislativa estadual para julgar governador de Estado C) não sendo o caso, verificar se é afeto à justiça especial (eleitoral, trabalhista ou militar) ou justiça comum. D) sendo competência da justiça comum, verificar se é da justiça federal arts. 108 e 109, da CF. E) sendo da justiça estadual, deve-se buscar o foro competente, segundo os critérios do CPC (competência absoluta e relativa, material, funcional, valor da causa e territorial) F) determinado o foro competente, verifica-se o juízo competente, de acordo com o sistema do CPC (prevenção) das normas de organização judiciária. Gratuidade CONCEITO: insuficiência de recursos para pagar custas, despesas processuais e honorários (PN + PJ) 13 E SE PERDER A AÇÃO? Exigibilidade suspensa pelo período de 5 anos, período em que poderá ser cobrada, caso readquira capacidade financeira. MOMENTO PARA O REQUERIMENTO DE GRATUIDADE Autor: Preliminar da petição inicial Réu: preliminar de contestação Terceiro: na primeira oportunidade em que se manifestar nos autos É necessário provar? Gratuidade – Pessoa Natural pressupõe-se a insuficiência; parte contrária tem que impugnar (15 dias); juiz decidirá a respeito de acordo com elementos constantes dos autos; trata-se de benefício de caráter pessoal (não extensível ao litisconsorte ou sucessor); recurso formulado por beneficiário dispensa preparo, exceto se esse recurso tratar exclusivamente de honorários advocatícios, a não se que o advogado também seja beneficiário da Justiça gratuita; a assistência do beneficiário por advogado não impede a concessão do benefício. Intervenção de Terceiros assistência: interesse jurídico (capacidade de afetar a esfera jurídica de terceiro) • será litisconsorcial se mantiver relação jurídica contra autor e réu (se admitido, recebe tratamento de parte). denunciação da lide: evicção e regresso • é ação a) incidente; b) regressiva; c) eventual; e d) antecipada. chamamento ao processo: corresponsabilidade Inc. Des. da Pers. Jurídica Intervenção de Terceiros amicus curiae • fornecer subsídio que possam aprimorar a qualidade da decisão. • autoriza-se o amicus curie quando envolver: 14 a) matéria relevante; b) tema específico; e c) repercussão social da controvérsia • órgão meramente opinativo • poderes fixados pelo juiz (pode, por lei opor embargos de declaração + IRDR) Atos Processuais negócio jurídico processual • conceito: fato jurídico voluntário em que as partes regulam, dentro dos limites fixados no próprio ordenamento jurídico, certas situações jurídicas processuais ou alterar o procedimento. • direitos que admitem a autocomposição. • podem estipular regras procedimentais ou dispor sobre posições processuais (ônus, poderes, faculdades e deveres). • antes ou durante o processo. • não há participação do Juiz (homologação judicial X controlar a legalidade). calendário procedimental • conceito: técnica processual voltada para a gestão eficiente do tempo no processo, no qual o juiz e as partes, em regime de diálogo, podem acertar datas para a realização dos atos processuais. • possibilidade de as partes e o juiz fixarem calendário para a prática dos atos processuais. • dispensa a obrigatoriedade de intimação para os atos previstos no calendário. • alterar a data do calendário previamente fixado: situações excepcionais e mediante justificativa. regra: 6:00 às 20:00 (possibilidade de prorrogação caso possa prejudicar a diligência ou resultar em grave dano) citações, intimações e penhoras podem ser praticadas em período de férias forenses, feriados, fora do horário (observada a inviolabilidade do domicílio. prazo subsidiário: 5 dias prazo a obrigar o comparecimento: 48 horas ato processual prematuro: válido regra de contagem: IDENTIFICAR: • intimação (começo do prazo) marca a efetiva publicação nos autos do processo; e • início da contagem dia útil seguinte ao começo do prazo. prazo em caso de litisconsórcio Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. § 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. § 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos. Tutela Provisória 15 Procedimento Comum FASE POSTULATÓRIA A) peticionamento FASE ORGANIZATÓRIA B) Admissibilidade i) indeferimento da petição inicial; ii) improcedência liminar; ou iii) seguimento. C) Conciliação/Mediação D) Contestação/Reconvenção E) Providências Preliminares F) Julgamento Antecipado (total ou parcial) G) Decisão Saneadora FASE INSTRUTÓRIA FASE JULGADORA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Prova Emprestada Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. Distribuição do ônus da Prova Produção Antecipada de Prova quando? 16 Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. Cumprimento de Sentença 15 dias para pagamento; não pago, incide: multa de 10%; e 10% a título de honorários 15 dias seguinte para impugnação TEJ Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título: I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa; II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; VII - a sentença arbitral;VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; X - (VETADO). Pressupostos Recursais requisitos intrínsecos • cabimento/adequação: ato impugnado suscetível de ataque • legitimidade: parte vencida, terceiro prejudicado e MP na qualidade de fiscal da ordem jurídica (o amicus curiae pode ingressar apenas com embargos de declaração e IRDR) • interesse: demonstração da necessidade de ajuizamento do recurso e a adequação do expediente recursal escolhidos. • inexistência de: ▪ fato impeditivo: parte proibida de falar nos autos (ex. abuso processual e litigância de má-fé) e desistência; e ▪ extintivo: renúncia e aquiescência à decisão. requisitos extrínsecos • tempestividade recursal: prazo (em regra, 15 dias) • regularidade formal: exigências formais para que possa ser admitido • preparo: pagamento das custas processuais incidentes sobre aquela espécie recursal, e a respectiva comprovação no ato de interposição recursal. 17 Recurso Adesivo cabimento em face do: • recurso de apelação; • RE; • REsp. O recurso adesivo deve ser dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder. O recurso adesivo não será conhecido se houver desistência do recurso principal ou se ele for considerado inadmissível. Preparo conceito: custas do recurso + valor de porte e de remessa (esse último não tem se o recurso for eletrônico) dispensados do preparo: • MP • Administração Direta (União, DF, Estados e Municípios) • Autarquias não pagamento do preparo no prazo: a parte será intimada para pagar o preparo em dobro, sob pena de deserção; pagamento a menor: a parte será intimada para complementar o preparo no prazo de 5 dias, sob pena de deserção. Não admissão do recurso por falta de preparo poderá ser relevada quando a parte demonstrar a impossibilidade de efetuar o preparo (reconhecido esse justo motivo, a parte será intimada para, no prazo de 5 cinco dias, efetuar o preparo); O equívoco no preenchimento da guia também não gerará deserção (sanar o vício, no prazo de 5 dias, em caso de dúvida). Apelação cabimento (duplo grau de jurisdição). 1. “Art. 1.009. Da sentença cabe apelação”. 2. Indeferimento da inicial (art. 312, do NCPC) 3. Improcedência liminar do pedido (art. 332, do NCPC) 4. Sentenças terminativas (art. 485, do NCPC) 5. Decisões interlocutórias não agraváveis (não entram no art. 1.015) sentença parcial de mérito (cabe agravo de instrumento, não Apelação). síntese do procedimento 1. petição (art. 1.010, do NCPC) 2. contrarrazões (§1º do art. 1.010, do NCPC) 3. apelação adesiva (§2º do art. 1.010, do NCPC) 4. remessa ao tribunal Não há juízo de admissibilidade “a quo” (na origem). procedimento do tribunal decidir monocraticamente • não admitir o recurso por ausência dos pressupostos de admissibilidade do recurso ou quando prejudicado ou não tiver impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. • negar provimento a recurso que for contrário: 18 a) à súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal que faça parte o relator; b) ao acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; c) ao entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) ou de assunção de competência; procedimento do tribunal • depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária: a) à súmula do STF, do STJ ou do próprio tribunal que faça parte o relator; b) ao acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; c) ao entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) ou de assunção de competência; • elaborar seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado do tribunal. • efeito • regra: o recurso de apelação possui como regra efeito devolutivo e suspensivo • exceções (efeito tão somente devolutivo) 1) homologação de divisão ou demarcação de terras 2) condenação em alimentos 3) extinção do processo sem resolução de m érito 4) improcedência dos embargos 5) procedência de pedido de instituição de arbitragem 6) confirmação, concessão ou revogação de tutela provisória 7) decreto de interdição * efeito devolutivo em profundidade (art. 1.013) Agravo de Instrumento conceito: recurso contra decisões interlocutórias hipóteses de cabimento: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; hipóteses de cabimento: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 19 hipóteses de cabimento: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. Embargos de Declaração cabimento: Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. prazo ausência de preparo interrupção dos demais recursos 5 - Direito Penal Professor Universitário e Advogado Criminalista. Doutorando em Direito e Mestre em Direito Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Especialista pela Escola Paulista de Direito em Direito Público. Especialista pela Faculdade Anchieta em Docência no Ensino Superior. Bacharel em Direito pela Universidade Paulista. -- Teoria Geral do Crime Crime Fato típico Antijuridicidade Culpabilidade Conduta Dolo eventual Culpa Consciente Crimes Omissivos Resultado Material Formal Mera conduta Nexo causal Teoria Superveniência de causa relativamente independente Tipicidade Formal Conglobante Erro de Tipo 20 Essencial Acidental Iter Criminis Cogitação Preparação Execução Consumação Antijuridicidade Excludentes legais Excludentes supra Legais Culpabilidade Inimputabilidade Potencial consciência da ilicitude Exigibilidade de conduta diversa Penas Permitidas Privativas de Liberdade Restritivas de direitos Multa Temas ligados às Penas Progressão de regime Remição Concurso de crimes Prescrição Crimes em espécie Crimes Contra a vida Contra a honra Contra opatrimônio Contra a dignidade sexual Administração pública Leis Penais Especiais Lei do Crime Organizado Lei de Drogas Crimes hediondos 21 6 - Direito Administrativo Graduado em Direito na Universidade Federal de Pernambuco, com extensão na Universidade de Coimbra/Portugal. Especialista LLM em Direito Corporativo pelo IBMEC/RJ. Mestre em Direito pelo UNICEUB/DF. Advogado com atuação profissional centrada no Direito Tributário e no Direito Administrativo, especialmente na defesa de servidores públicos. -- Responsabilidade Civil do Estado Responsabilidade Civil Objetiva x Responsabilidade Civil Subjetiva (diferenças); Teoria do Risco Administrativo X Teoria do Risco Integral Brasil - Responsabilidade Civil Objetiva (Teoria do Risco Administrativo); Estado poderá alegar causas de redução ou exclusão de sua responsabilidade; art. 37, §6º, CF: § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. art. 43, CC: Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. (CESPE – PGE/AM – 2016) Acerca de direitos da personalidade, responsabilidade civil objetiva e prova de fato jurídico, julgue o item seguinte. A teoria da responsabilidade civil objetiva aplica-se a atos ilícitos praticados por agentes de autarquias estaduais. VERDADEIRO (CESPE – PGE/BA – 2014) Suponha que viatura da polícia civil colida com veículo particular que tenha ultrapassado cruzamento no sinal vermelho e o fato ocasione sérios danos à saúde do condutor do veículo particular. Considerando essa situação hipotética e a responsabilidade civil da administração pública, julgue o item subsequente: Sendo a culpa exclusiva da vítima, não se configura a responsabilidade civil do Estado, que é objetiva e embasada na teoria do risco administrativo. VERDADEIRO (CESPE – PGM/FOR – 2017) A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o item. Situação hipotética: Um veículo particular, ao transpassar indevidamente um sinal vermelho, colidiu com veículo oficial da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, que trafegava na contramão. Assertiva: Nessa situação, não existe a responsabilização integral do Estado, pois a culpa concorrente atenua o quantum indenizatório. VERDADEIRO Responsabilidade Civil por Ato Ilícito Possível; Dano precisa ser anormal e específico; Exceder o limite do razoável; atos comissivos X omissivos Responsabilidade Civil Subjetiva; Exceções? 22 - Dever de guarda; - Presídio, Hospitais Psiquiátricos, Creches; - Suicídio, assassinato, lesões; Estado X Presídio Deve o Estado indenizar o presidiário sujeito a condições degradantes? - Tradicionalmente, não; - Contraditório; - Opinião do STJ; “Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento” (RE 580252/MS) Prestadores de Serviço Público Responsabilidade objetiva E se o particular não for usuário do serviço? Exemplo: choque, atropelado por motorista de ônibus. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se orienta no sentido de que as pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviço público, respondem objetivamente pelos prejuízos que causarem a terceiros usuários e não usuários do serviço. Vítima e Ação contra o Agente: art. 37, §6º, da CF. responsabilidade civil do agente: subjetiva STF e a dupla garantia. Denunciação da lide Espécie de terceiros art. 125, CPC: Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. “A denunciação da lide é uma forma de intervenção de terceiros que, uma vez instaurada, gera a formação de um cúmulo de demandas no mesmo processo? De um lado, a demanda havida entre autor e réu/ de outro lado, a demanda existente entre denunciante e denunciado” (Leonardo Cunha). Hipótese mais comum à Fazenda Pública Responsabilidade Civil do Estado É permitida a denunciação da lide ao agente público causador do dano? Responsabilidade Objetiva X Subjetiva; Ação de Regresso em face do Agente Público exige demonstração do dolo ou culpa; O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento que a denunciação da lide ao agente público causador não é obrigatória. PROCESSUAL CIVIL, CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ACIDENTE. RODOVIA EM OBRAS. TETRAPLEGIA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO ESTADO E DA CONCESSIONÁRIA. ACÓRDÃO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. JULGADO CITRA E ULTRA PETITA. INOCORRÊNCIA. NEXO CAUSAL E CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. CIRCUNSTÂNCIAS FÁTICAS E PROBATÓRIAS. VALOR DO DANO MORAL. EXAME. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. JUROS MORATÓRIOS E CORREÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL. SÚMULAS 54/STJ E 362/STJ. 23 DENUNCIAÇÃO DA LIDE. PODER PÚBLICO. DESNECESSIDADE. CELERIDADE PROCESSUAL. RECURSO DESPROVIDO. 6. A obrigatoriedade da denunciação da lide deve ser mitigada em ações indenizatórias propostas em face do poder público pela matriz da responsabilidade objetiva (art. 37, § 6º - CF). O incidente quase sempre milita na contramão da celeridade processual, em detrimento do agente vitimado. Isso, todavia, não inibe eventuais ações posteriores fundadas em direito de regresso, a tempo e modo. (REsp 1501216/SC) Lista de Questões (FGV/OAB/VIII/2012) Sílvio, servidor público, durante uma diligência com carro oficial do Estado X para o qual trabalha, se envolve em acidente de trânsito, por sua culpa, atingindo o carro de João. Considerando a situação acima e a evolução do entendimento sobre o tema, assinale a afirmativa correta. a) João deverá demandar Sílvio ou o Estado X, à sua escolha, porém, caso opte por demandar Sílvio, terá que comprovar a sua culpa, ao passo que o Estado responde independentemente dela. b) João poderá demandar Sílvio ou o Estado X, à sua escolha, porém, caso opte por demandar Sílvio, presumir-se-á sua culpa, ao passo que o Estado responde independentemente dela. c) João poderá demandar apenas o Estado X, já que Sílvio estava em serviço quando da colisão e, por isso, a responsabilidade objetiva é do Estado, que terá direito de regresso contra Sílvio, em caso de culpa. d) João terá que demandar Sílvio e o Estado X, já que este último só responde caso comprovada a culpa de Sílvio, que, no entanto, será presumida por ser ele servidor do Estado (responsabilidade objetiva). LETRA C (FGV/OAB/IV/2011) Antônio, vítima em acidente automobilístico, foi atendido em hospital da rede pública do Município de Mar Azul e, por imperícia do médico que o assistiu, teve amputado um terço de sua perna direita. Nessa situação hipotética, respondem pelo dano causado a Antônio a) o Município de Mar Azul e o médico, solidária e objetivamente. b) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, regressivamente,em caso de dolo ou culpa. c) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, subsidiariamente. d) o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, solidária e subjetivamente. LETRA B (FGV/OAB/III/2010) Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda e sem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu avô lhe dera. Com base no relatado acima, é correto afirmar que o Estado a) será responsabilizado, pois Norberto é agente público pertencente a seus quadros. b) será responsabilizado, com base na teoria do risco integral. c) somente será responsabilizado de forma subsidiária, ou seja, caso Norberto não tenha condições financeiras. d) não será responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente público, não atuou nessa qualidade; sua conduta não pode, pois, ser imputada ao Ente Público. LETRA D (FGV/OAB/III/2010) A fim de pegar um atalho em seu caminho para o trabalho, Maria atravessa uma área em obras, que está interditada pela empresa contratada pelo Município para a reforma de um viaduto. Entretanto, por desatenção de um dos funcionários que trabalhava no local naquele momento, um bloco de concreto se desprendeu da estrutura principal e atingiu o pé de Maria. Nesse caso, a) a empresa contratada e o Município respondem solidariamente, com base na teoria do risco integral. b) a ação de Maria, ao burlar a interdição da área, exclui o nexo de causalidade entre a obra e o dano, afastando a responsabilidade da empresa e do Município. 24 c) a empresa contratada e o Município respondem de forma atenuada pelos danos causados, tendo em vista a culpa concorrente da vítima. d) a empresa contratada responde de forma objetiva, mas a responsabilidade do Município demanda comprovação de culpa na ausência de fiscalização da obra. LETRA C (FGV/OAB/XX/2016) Caio, policial militar do Estado X, abalroou, com sua viatura, um veículo particular estacionado em local permitido, durante uma perseguição. Júlio, proprietário do veículo atingido, ingressou com demanda indenizatória em face do Estado. A sentença de procedência reconheceu a responsabilidade civil objetiva do Estado, independentemente de se perquirir a culpa do agente. Nesse caso, a) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, eis que atuava, no momento do acidente, na condição de agente público. b) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo o ente público demonstrar a existência de dolo do agente. c) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo o ente público demonstrar a existência de culpa ou dolo do agente. d) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do agente público, uma vez que o Estado não foi condenado com base na culpa ou dolo do agente. LETRA C (FGV/OAB/XIX/2016) Um paciente de um hospital psiquiátrico estadual conseguiu fugir da instituição em que estava internado, ao aproveitar um momento em que os servidores de plantão largaram seus postos para acompanhar um jogo de futebol na televisão. Na fuga, ao pular de um viaduto próximo ao hospital, sofreu uma queda e, em razão dos ferimentos, veio a falecer. Nesse caso, a) o Estado não responde pela morte do paciente, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre a ação ou omissão estatal e o dano. b) o Estado responde de forma subjetiva, uma vez que não configurado o nexo de causalidade entre a ação ou omissão estatal e o dano. c) o Estado não responde pela morte do paciente, mas, caso comprovada a negligência dos servidores, estes respondem de forma subjetiva. d) o Estado responde pela morte do paciente, garantido o direito de regresso contra os servidores no caso de dolo ou culpa. LETRA D (FGV/OAB/XXI/2016) José, acusado por estupro de menores, foi condenado e preso em decorrência da execução de sentença penal transitada em julgado. Logo após seu recolhimento ao estabelecimento prisional, porém, foi assassinado por um colega de cela. Acerca da responsabilidade civil do Estado pelo fato ocorrido no estabelecimento prisional, assinale a afirmativa correta. a) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque está presente o fato exclusivo de terceiro, que rompe o nexo de causalidade, independentemente da possibilidade de o Estado atuar para evitar o dano. b) Não estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque não existe a causalidade necessária entre a conduta de agentes do Estado e o dano ocorrido no estabelecimento estatal. c) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o ordenamento jurídico brasileiro adota, na matéria, a teoria do risco integral. d) Estão presentes os elementos configuradores da responsabilidade civil do Estado, porque o poder público tem o dever jurídico de proteger as pessoas submetidas à custódia de seus agentes e estabelecimentos. LETRA D (FGV/OAB/I/2010) Manoel estava no interior de um ônibus da concessionária de serviço público municipal, empresa não integrante da administração pública, quando o veículo derrapou em uma curva 25 e capotou. Em razão desse acidente, Manoel sofreu dano material e moral. Nessa situação hipotética, a responsabilidade será a) objetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto em lei especial. b) subjetiva e da concessionária, com prazo de prescrição de cinco anos, conforme previsto no Código Civil. c) objetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto em lei especial. d) subjetiva e do município, com prazo prescricional de três anos, conforme previsto no Código Civil. LETRA B (FGV/OAB/VI/2011) Ambulância do Corpo de Bombeiros envolveu-se em acidente de trânsito com automóvel dirigido por particular, que trafegava na mão contrária de direção. No acidente, o motorista do automóvel sofreu grave lesão, comprometendo a mobilidade de um dos membros superiores. Nesse caso, é correto afirmar que a) existe responsabilidade objetiva do Estado em decorrência da prática de ato ilícito, pois há nexo causal entre o dano sofrido pelo particular e a conduta do agente público. b) não haverá o dever de indenizar se ficar configurada a culpa exclusiva da vítima, que dirigia na contramão, excluindo a responsabilidade do Estado. c) não se cogita de responsabilidade objetiva do Estado porque não houve a chamada culpa ou falha do serviço. E, de todo modo, a indenização do particular, se cabível, ficaria restrita aos danos materiais, pois o Estado não responde por danos morais. d) está plenamente caracterizada a responsabilidade civil do Estado, que se fundamenta na teoria do risco integral. LETRA B 7 - Direito do Trabalho Priscila Ferreira atua como Advogada Trabalhista e Consultora Jurídica Trabalhista na Advocacia Ubirajara Silveira, Professora, Autora e Palestrante. Especialista em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade INESP. Mestranda em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Sua experiência profissional inclui a Docência em graduação, pós-graduação, cursos preparatórios para concursos públicos e exames de ordem. Atualmente, é Professora de Graduação na Faculdade FADISP, bem como em cursos preparatórios em Direito e Processo do Trabalho e Legislação Extravagante. -- Relação de trabalho e de emprego relação de trabalho: gênero relação de emprego: espécie TRABALHADOR AUTÔNOMO – Artigo 442-B e seguintes da CLT. Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação. § 1º É vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato previsto no caput. § 2º Não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º o fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador de serviços. § 3º O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que exerçam ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como autônomo. 26 § 4º Fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade demandada pelo contratante, garantida a aplicação de cláusula de penalidade prevista em contrato. § 5º Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o contrato autônomo, desde que cumpridos os requisitos do caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista o art. 3º. § 6º Presente a subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício. § 7º O disposto no caput se aplica ao autônomo, ainda que exerça atividade relacionada ao negócio da empresa contratante. TRABALHO “HIPERSUFICIENTE” Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. TELETRABALHO (artigos 75-A a 75-E da CLT) *Art. 75-B da CLT: “Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.”. A responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessários para a adequada prestação do trabalho remoto, assim como o reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito; O empregado deve ser instruído de maneira expressa e ostensiva, acerca das precauções que deverá realizar para fins de evitar doenças e acidentes de trabalho. PODER DE ORGANIZAÇÃO DO EMPREGADOR *USO DO UNIFORME Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada. Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum. Grupo Econômico Grupo econômico por subordinação. Grupo econômico por coordenação; 27 *Artigo 2º, § 3o da CLT: “Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” Sucessão de Empresas (Artigo 10, 10-A, 448 e 448-A da CLT) Art. 10, CLT- Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448, CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. responsabilidade na sucessão *Artigo 448-A da CLT: “Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.” SÓCIO RETIRANTE DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA. O Sócio retirante irá responder de forma subsidiária pelas obrigações decorrentes do contrato de trabalho, quanto ao período que figurou como sócio. Nesse sentido, a sua responsabilidade subsidiária deverá observar a seguinte ordem de preferência: 1. Empresa devedora; 2. Sócios Atuais; 3. Sócios Retirantes. Contrato de trabalho *Artigos 442 a 456-A da CLT. “Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. (...) Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.” CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE Artigo 443, § 3o da CLT: “Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.” ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO *Artigo 468 da CLT: 28 “Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.”. ALTERAÇÃO – LÍCITA - REVERSÃO: Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. (...) § 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. Férias férias X faltas injustificadas Dano extrapatrimonial Jornada TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADO DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E A EFETIVA OCUPAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO. *Artigo 58, § 2º da CLT: “O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.” HORAS IN ITINERE. *Artigo 58, § 2º da CLT: “O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.” CARTÃO DE PONTO (Variação acima de 10 minutos diários). Art. 4º, § 2ºda CLT: “(...) 29 Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares. (...)” Atividades Particulares: “I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” JORNADA 12X36. Art. 59-A. “Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.” Artigo 59-A §1º da CLT: “A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73.”. intervalo intrajornada jornada X intervalo 30 Remuneração EQUIPARAÇÃO SALARIAL PARADIGMA X PARAGONADO Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (...) § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. § 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. A equiparação salarial na Administração Pública, em regra, revela-se totalmente vedada, conforme artigo 37, XIII, CF. GESTANTE Labor em ambiente Insalubre - Artigo 394-A da CLT: 31 Distrato – resilição bilateral Verbas: ✓ Metade do aviso prévio, se indenizado; ✓ Metade da multa sobre os depósitos do FGTS; ✓ Saldo de Salário; ✓ Décimo Terceiro Salário proporcional; ✓ Férias + 1/3 vencidas, se houver; ✓ Férias + 1/3 proporcional; ✓ Movimentação de 80% da conta do FGTS; ✓ Não terá direito ao seguro desemprego. QUITAÇÃO ANUAL DAS VERBAS TRABALHISTAS – Artigo 507-B da CLT: Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas. NEGOCIAÇÃO COLETIVA Art. 620 da CLT - As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho. Art. 614, §3º da CLT - Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade. 8 - Direito Empresarial Atualmente é Juiz Federal Substituto (TRF 1). Foi Juiz Federal Substituto do TRF 5. Foi advogado privado e advogado público. Foi assessor de Desembargador Federal e de Ministro (STJ). Atuou no CARF/Ministério da Fazenda como Conselheiro (antigo Conselho de Contribuintes). Formação em Direito e Economia, com especialização em Direito Público e Direito Tributário. -- Empresa ou Comércio? A noção de empresa, entendida como atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços é termo muito mais adequado para identificar, na atualidade, o objeto do nosso Direito Empresarial. Formas de exercício de empresa no nosso Código Civil: EMPRESÁRIO INDIVIDUAL: pessoa natural que exerce empresa profissionalmente, respondendo direta e ilimitadamente pelas obrigações empresariais. SOCIEDADE EMPRESÁRIA: pessoa jurídica, constituída sob a forma de sociedade, cujo objeto social é o exercício de empresa. EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada): nova pessoa jurídica criada pela Lei nº 12.441/2011, cujo único titular é uma pessoa natural. Observação: quanto à responsabilidade do empresário individual, ver o Enunciado nº 5 da I Jornada de Direito Comercial do CJF: “Quanto às obrigações decorrentes de sua atividade, o empresário individual tipificado no art. 966 do Código Civil responderá primeiramente com os bens vinculados à exploração de sua atividade econômica, nos termos do art. 1.024 do Código Civil”. (crítica) 32 Cuidado: art. 966, parágrafo único, do CC. – Profissionais intelectuais “Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. É preciso lembrar que empresa é uma atividade econômica organizada, isto é, atividade em que há articulação dos fatores de produção, e no exercício de profissão intelectual essa organização dos fatores de produção assume importância secundária, às vezes irrelevante. No exercício de profissão intelectual, o essencial é a atividade pessoal do agente econômico, o que não acontece com o empresário. Direito Falimentar Jurisprudência em tese – Superior Tribunal de Justiça 1) A recuperação judicial é norteada pelos princípios da preservação da empresa, da função social e do estímulo à atividade econômica, a teor do art. 47 da Lei n. 11.101/2005. 2) Para fins do art. 3º da Lei n. 11.101/2005, -principal estabelecimento- é o local do centro das atividades da empresa, não se confundindo com o endereço da sede constante do estatuto social. 3) O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a constrição de bens não abrangidos pelo plano de recuperação da empresa. (Súmula 480/STJ) 4) Os bens dos sócios das sociedades recuperandas não estão sob a tutela do juízo da recuperação judicial, salvo se houver decisão expressa em sentido contrário. 5)A assistência judiciária gratuita pode ser deferida à pessoa jurídica em regime de recuperação judicial ou de falência, se comprovada, de forma inequívoca, a situação de precariedade financeira que impossibilite o pagamento dos encargos processuais. 6) É inexigível certidão de regularidade fiscal para o deferimento da recuperação judicial, enquanto não editada legislação específica que discipline o parcelamento tributário no âmbito do referido regime. 7) Estão sujeitos à recuperação judicial os créditos existentes na data do pedido, não se submetendo aos seus efeitos os créditos posteriores ao pleito recuperacional. 8) Os créditos resultantes de honorários advocatícios têm natureza alimentar e equiparam-se aos trabalhistas para efeito de habilitação em falência e recuperação judicial. Efeitos da falência Efeitos da falência quanto à pessoa do devedor 1º) Dissolução da sociedade. Haverá o encerramento da atividade empresarial e a consequente liquidação do patrimônio social para o posterior pagamento dos credores. 2º) Os membros que compõem a sociedade empresária falida também serão atingidos. No caso de sociedade em que a responsabilidade dos sócios é ilimitada, os efeitos são os mesmos daqueles em relação à sociedade falida (art. 81). Em se tratado de sociedade em que os sócios respondem de forma limitada, eles em princípio não se submetem aos efeitos da falência. No entanto, caberá ao juízo da falência apurar eventual responsabilidade. Efeitos da falência quanto aos bens do devedor Os bens atingidos pela instauração da execução concursal, em princípio, são os bens da sociedade, e não os dos sócios que a integram. Mas ainda que se trate de sociedade limitada, os sócios podem excepcionalmente ter seu patrimônio pessoal atingido (art. 82 da Lei). É efeito específico da falência a arrecadação de todos os bens do devedor, com exceção dos absolutamente impenhoráveis (art. 108, § 4º). A arrecadação dos bens será formalizada através da lavratura do auto de arrecadação (art. 110), o qual será composto do inventário e do laudo de avaliação dos bens. Efeitos da falência quanto às obrigações do falido Art. 116. A decretação da falência suspende: I – o exercício do direito de retenção sobre os bens sujeitos à arrecadação, os quais deverão ser entregues ao administrador judicial; 33 II – o exercício do direito de retirada ou de recebimento do valor de suas quotas ou ações, por parte dos sócios da sociedade falida. Art. 77. A decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor e dos sócios ilimitada e solidariamente responsáveis, com o abatimento proporcional dos juros, e converte todos os créditos em moeda estrangeira para a moeda do País, pelo câmbio do dia da decisão judicial, para todos os efeitos desta Lei. Art. 124. Contra a massa falida não são exigíveis juros vencidos após a decretação da falência, previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado não bastar para o pagamento dos credores subordinados. Parágrafo único. Excetuam-se desta disposição os juros das debêntures e dos créditos com garantia real, mas por eles responde, exclusivamente, o produto dos bens que constituem a garantia. Efeitos da falência sobre os contratos do falido Ao contrário do que se possa imaginar, os contratos do devedor falido não se extinguem de pleno direito em razão da decretação da falência. Art. 117. Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e podem ser cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê. Atenção: Se o administrador judicial resolver não cumprir, resolver-se-á em perdas e danos. Art. 118. O administrador judicial, mediante autorização do Comitê, poderá dar cumprimento a contrato unilateral se esse fato reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, realizando o pagamento da prestação pela qual está obrigada. Observação: as regras dos arts. 117 e 118 são excepcionadas quando o contrato possuir a chamada cláusula de resolução por falência. Efeitos da falência quanto aos credores do falido A reunião dos credores forma a denominada massa falida subjetiva (corpus creditorum). EXECUÇÃO UNIVERSAL Efeitos da falência quanto aos atos do falido Uma das principais medidas adotadas pelo juízo falimentar, na decretação da falência, é definir o termo legal da falência, a partir do qual se analisarão os atos tomados pelo devedor durante o período suspeito. A sentença “fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados” (art. 99, II). - Ineficácia Os atos referidos pela Lei de Falências como ineficazes diante da massa falida produzem, amplamente, todos os efeitos em relação aos demais sujeitos de direito. A consequência que a Lei atribui, tanto para os atos do art. 129 (atos objetivamente ineficazes) como para os atos do art. 130 (atos subjetivamente ineficazes) é a ineficácia perante a massa, ou seja, trata-se de atos válidos, mas que não produzem efeitos jurídicos perante a massa. Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores: I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título; II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer forma que não seja a prevista pelo contrato; III – a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, tratando-se de dívida contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem objeto de outras posteriores, a massa falida receberá a parte que devia caber ao credor da hipoteca revogada; IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes da decretação da falência; 34 V – a renúncia à herança ou a legado, até 2 (dois) anos antes da decretação da falência; VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e documentos; VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência, salvo se tiver havido prenotação anterior. Parágrafo único. A ineficácia poderá ser declarada de ofício pelo juiz, alegada em defesa ou pleiteada mediante ação própria ou incidentalmente no curso do processo. Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. Procedimento de verificação e habilitação dos créditos A Lei nº 11.101/2005, ao contrário do diploma anterior, previu a “desjudicialização” da habilitação (não precisa de petição nos autos nem de advogado), nos seguintes termos: Art. 7o. A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial,
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