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Doenças do Fígado 
 
Luiz Pedro Duarte Farias – lpdfarias.med@gmail.com 
Universidade Salvador – Laureate International Universities 
Medicina – Clínica Integrada 
Turma IV 
INTRODUÇÃO 
Existem doenças hepáticas agudas e crônicas. Quando se fala em doença hepática aguda, refere-se às hepatites 
agudas – hepatite A, B, C e Delta. Em doenças crônicas, fala-se da cirrose, NASH, dentre outras. 
CIRROSE 
A cirrose, que pode ser o estado final de qualquer doença hepática crônica, é um processo difuso caracterizado 
por fibrose e pela conversão do parênquima normal em nódulos estruturalmente anormais. Esses nódulos 
regenerativos perdem a organização lobular normal e são circundados por tecido fibroso. O processo envolve o fígado 
de uma forma geral e é essencialmente irreversível. Embora a cirrose seja histopatologicamente um diagnóstico de 
“tudo ou nada”, ironicamente ela pode ser classificada como compensada ou descompensada. A cirrose 
descompensada é definida pela presença de ascite, sangramento/ hemorragia varicosa, encefalopatia hepática ou 
icterícia, que são complicações resultantes das principais consequências da cirrose: hipertensão portal e insuficiência 
hepática. A cirrose tem 3 causas comuns: álcool, hepatite B e hepatite C. O álcool é um problema social gravíssimo. A 
cirrose é a substituição do tecido do fígado por um tecido cicatricial que não é funcional; ocorre a fibrose, devido a 
uma agressão crônica e contínua, acumulo relativo de componente de matriz, determinando alterações na função 
hepática e da microcirculação, causando futuramente a insuficiência hepática e hipertensão portal. 
O álcool, esteatose hepática ou vírus podem ser a etiologia da cirrose hepática; 
doença de Wilson, hemocromatose, algumas drogas como metildopa, isoniazida, 
paracetamol, colangite esclerosante primária, cirrose biliar, uso de chás também são 
causas de cirrose hepática. Criptogênica é quando não se sabe a causa. Síndrome de Budd 
Chiari (trombose na veia supra-hepática) pode ser causa de cirrose – congestão crônica, lesando o fígado. Ocorre 
diminuição da produção de testosterona. 
Sinais de hepatopatia crônica: telangiectasia, eritema palmar, atrofia testicular, ginecomastia, icterícia, fadiga e 
perda de peso, prurido, esplenomegalia [por hipertensão portal], edema periférico, varizes de esôfago [sistemas azigos 
devido a presença de hipertensão portal, podendo evoluir para HDA se a variz romper], trombocitopenia [TP 
prolongada – tendência a ficar sangrando], protusão de cicatriz 
umbilical, circulação colateral e ascite [15 a 20 litros, tendo que repor 
a albumina; pode ter o exsudato e o transudato; às vezes é 
necessário fazer a paracentese de alívio]. A icterícia da insuficiência 
hepática é decorrente do acúmulo de bilirrubina [conjugada é a 
predominância, quando é a não conjugada é porque o paciente está 
Esquistossomose e 
não causa cirrose. 
Balão de Sangestaken-Blakemore – 
pressiona a variz do esôfago, impedindo 
a hemorragia. 
 
 
em fase terminal]. É normal que os pacientes hepatopatas façam muitas infecções, como uma das complicações do 
quadro – PBE [E.coli transloca do intestino e vai para o líquido ascítico causando a infecção]. 
Quando se tira mais de 5 litros na paracentese, é necessário repor albumina humana pois pode gerar uma 
hipotensão. Há outras técnicas para retirar o líquido ascético: uso de diuréticos – espironolactona e furosemida 
(enquanto um retém potássio, o outro espolia). Uma situação muito triste nos cirróticos é que os pacientes começam 
a perder função renal e a partir disto, o prognóstico é muito pior. Usar betabloqueador – propranolol – para HD, 
mantendo o paciente com diuréticos; tentar manter o paciente longe de etiologias que descompensem e caso isso 
ocorra, tratar o agente causador. 
A diminuição do fluxo no capilar glomerular hiperativa o SRAA que faz um ciclo vicioso de retenção líquida, já 
gerada pela hepatopatia, causando a ascite. 
A encefalopatia hepática é uma síndrome que 
acontece devido a formação de circulações 
colaterais, devido a hipertensão e hepatopatia. Isso 
faz com que a amônia não seja degradada pelo 
fígado e passe direto para circulação sistêmica, 
chegando ao SNC. Pode causar o coma hepático. O 
primeiros sinais: alteração do ciclo sono-vigília 
(“dormiu bem?”); disgrafia. Outro sinal importante 
é o flapping, o que indica progressão da doença, 
chegando finalmente ao coma hepático. 
Fatores precipitantes da descompensação: infecção [fazer sumário 
de urina; pesquisar pneumonias], HDA [hematêmese, melena], 
desidratação, obstipação, uso de diuréticos e benzodiazepínicos. 
O ideal para o hepatopata crônico é o transplante de fígado. 
 
 
 
 
 
HEPATITES 
A infecção com um vírus hepatotrópico provoca um episódio agudo de inflamação do fígado, referida como a 
hepatite aguda, o que pode levar a uma eliminação espontânea do agente infeccioso ou a sua persistência, que por 
sua vez leva a uma infecção crônica, para um subconjunto destes vírus. Cinco vírus de hepatite são responsáveis pela 
maioria dos casos de hepatite aguda: vírus da hepatite A (HAV), vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV), hepatite 
D ou delta vírus (HDV) [viróide defeituoso usando o antígeno de superfície da hepatite B {HBsAg} como seu envelope] 
e hepatite E (HEV). Outros vírus também podem causar doença hepática aguda inflamatória, incluindo membros da 
família Herpesviridae, como o citomegalovírus humano, vírus Epstein-Barr ou vírus herpes simples. Não está claro até 
que ponto outros vírus, como o parvovírus B19 ou herpes-vírus humano tipo 6, também podem causar hepatite aguda. 
Os pacientes que se apresentam com uma síndrome de hepatite viral aguda, mas com testes virológicos negativos são 
indicados como tendo hepatite A a E, talvez devido a vírus hepatotrópicos desconhecidos. A incidência mundial de 
hepatite viral aguda está diminuindo por causa da melhora global das condições de higiene e do desenvolvimento e 
uso de vacinas eficazes contra HAV e HBV e, talvez, no futuro, HEV. 
 
 
O tratamento da hepatite C, anos atrás, durava 6 meses e era a base de um medicamento chamado “Interferon”. 
Só que era cheio de efeito colateral e a droga mudou, só que essa nova é muito mais cara, podendo custar 84 mil 
dólares nos EUA durante 6 meses. Ou seja, é melhor prevenir do que remediar.

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