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Zootecnia- Sistema Digestivo Bovino, Suino e Equino

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - UFFS
CAMPUS CERRO LARGO
CURSO DE AGRONOMIA
CARLOS MARTIN
DOUGLAS WISNIEWSKI
FUNDAMENTOS DE ZOOTECNIA
DESCRIÇÃO: SISTEMA DIGESTIVO BOVINO, SUÍNO E EQUINO
CERRO LARGO - RS
2019
INTRODUÇÃO
Para entender o funcionamento completo de um corpo, seja ele humano, vegetal ou animal, faz-se necessário o entendimento das partes que o constituem. Em Fundamentos da Zootecnia não é diferente. O objetivo do presente trabalho é descrever anatomicamente o sistema digestivo do bovino, suíno e equino.
O Sistema digestivo bovino diferencia-se dos demais em detrimento de ser poli gástrico. Já o sistema digestivo suíno é monogástrico, e por muitas vezes é adotado como parâmetro de pesquisa em virtude da semelhança com o do ser humano. O equino também se alimenta de feno e pastagens como os bovinos, entretanto, é considerado monogástrico porque a digestão das fibras se dá principalmente no ceco e no grande cólon - partes do intestino grosso semelhante ao rúmen.
Algumas imagens foram adicionadas ao trabalho para elucidar com mais clareza aos alunos que se dedicaram à pesquisa bibliográfica, e à outras pessoas há quem possa interessar o estudo. Esse relatório é parte integrante de avaliação dos alunos, bem como compensação de aula não presencial.
SISTEMA DIGESTIVO BOVINO
O sistema digestivo dos bovinos compreende boca, faringe, esôfago, pré-estômagos (rúmen, retículo, omaso), abomaso (estômago verdadeiro ou glandular), intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Os órgãos acessórios são: dentes, língua, glândulas salivares, fígado e pâncreas. Pela presença dos pré-estômagos, os bovinos, assim como a cabra, a ovelha, o búfalo, o camelo e os cervídeos, são classificados como poli gástricos ou ruminantes, animais que têm capacidade de ruminar, consistindo na regurgitação dos alimentos ingeridos, na remastigação e em nova deglutição.
A língua é o principal órgão preensor, conduzindo o alimento até a boca. Ruminantes não têm dentes caninos nem incisivos superiores. A eficácia da mastigação é uma condição prévia vital para a digestão em ruminantes porque reduz o material vegetal a partículas de tamanho pequeno, que permite o ataque de microrganismos do rúmen aos carboidratos estruturais. Os bovinos pastam durante longos períodos de tempo, mastigam inicialmente de forma breve, ainda dispõem de amplos períodos de ruminação para reduzir as partículas de alimentos de forma a favorecer o ataque microbiano.
A função primária do trato digestivo é o de converter alimentos em componentes químicos capazes de serem absorvidos para a corrente sanguínea, para suprir as necessidades do bovino como por exemplo crescimento e engorda. 
O Rúmen: É o maior dos pré-estômagos, localiza-se e preenche quase todo o lado esquerdo da cavidade abdominal, é dividido em quatro por estruturas musculares (pilares ruminais) que servem para mover e misturar o conteúdo sólido com o líquido. Em resumo o rúmen é um combinado de reservatório e câmara fermentativa dos alimentos ingeridos, onde ocorrem fermentações por microrganismos que necessitam de condições como ausência de O₂, pH entre 5.5 e 7.0, temperatura entre 39 e 40°C entre outros.
O Retículo: Está diretamente ligada ao rúmen, tem finalidade de impedir a passagem de corpos estranhos. Semelhante ao rúmen, o órgão não secreta nenhuma enzima. Apresenta um movimento constante, em sintonia com do rúmen. Do retículo, o alimento passa para o rúmen (alimento ainda não totalmente degradado/fermentado) ou para o omaso (alimento fermentado) e deste, para o trato digestivo posterior (abomaso e intestinos). O retículo é o principal órgão que participa do processo de ruminação, já que é o responsável pela contração que leva a regurgitação.
O Omaso: Localiza-se do lado direito do retículo-rúmen, com um formato esférico. Contêm em seu interior muitas lâminas musculares, suas principais funções estão ligadas a absorção de água, de minerais, de ácidos graxos voláteis e redução de partículas alimentares.
O Abomaso: É o estômago verdadeiro dos bovinos, possui uma mucosa mais úmida, localizado do lado direito do rúmen. Os principais produtos secretados pelas glândulas do abomaso são: enzimas (pepsina e pepsinogênio), hormônios (gastrina), ácidos (ácido clorídrico – HCl) e água. No bezerro, o abomaso secreta uma enzima específica para a digestão do leite, a quimosina (antiga renina), que coagula o colostro/leite, formando um coágulo de caseína e liberando o soro.
 
Fonte: Sistema digestivo de ruminantes. Ilustração: By Pearson Scott Foresman [Public domain], via Wikimedia Commons.
SISTEMA DIGESTIVO DO SUÍNO
O suíno é um animal monogástrico que apresenta seu trato digestivo relativamente pequeno e com reduzida capacidade de armazenamento. Possui alta eficiência no processo de digestão de alimentos e na posterior utilização dos produtos finais da digestão, necessitando regularmente de dietas bem concentradas e balanceadas. Possuem baixo aproveitamento de fibras, já que seu trato digestivo não cria condições para a instalação de microrganismos responsáveis pela digestão deste tipo de material.
O processo de digestão dos suínos inicia-se pela boca, passando pela faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Pâncreas e fígado atuam como órgãos anexos ao sistema gastrointestinal. A boca do suíno é formada pelos lábios inferiores e superiores, bochechas, palato duro, língua, dentes e glândulas salivares. O seu estômago é capaz de armazenar de 5,7 a 8 litros, sendo que em estado de repleção, seu eixo fica transversal. A porção esquerda é grande e arredondada, e a direita é pequena, dobrando para cima a fim de unir-se com o intestino delgado.
Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br
SISTEMA DIGESTIVO DO EQUINO
Os equinos são animais monogástricos herbívoros, seu sistema digestivo tem a capacidade de absorver muitos nutrientes e anular soluções ácidas, os equinos são considerados fermentadores pós-gástricos e possuem um estômago unicavitário. Seu sistema digestivo se inicia pela boca até chegar ao ânus. A digestão do cavalo pode ser dividida em pré-cecal e pós-cecal.
Na digestão pré-cecal há grande atuação de sucos digestivos produzidos pelo próprio cavalo com quebra do alimento em partículas nutritivas em um tamanho adequado à sua absorção, sendo assim rapidamente absorvidos. Na digestão pós-cecal, há atuação de microrganismos, essa flora microbiana é responsável pela digestão das fibras longas da alimentação natural do cavalo, isso no intestino grosso. O estômago do cavalo tem capacidade para 7,5 a 12 litros entre comida, água, gases, e secreções gástricas. Se o alimento for concentrado limita-se a 2,5 quilos por refeição. No ponto de junção do esôfago com o estômago há um esfíncter chamado cárdia, que impede que o alimento do estômago retorne para a boca, sendo assim o cavalo não pode vomitar, por isso a quantidade de alimento fornecido deve ser limitada. Do estômago o alimento passa ao intestino delgado, dividido em três partes, duodeno, jejuno e íleo. Nesta parte o alimento passa mais rápido, o tamanho é de cerca de 21% do total do aparelho digestivo, porém com até 22 metros de comprimento. Nessa parte são absorvidos o cálcio, os aminoácidos, os açúcares, o amido, os ácidos graxos e as vitaminas lipossolúveis. A digestão nessa parte é essencialmente enzimática. A seguir o alimento chega ao intestino grosso, este que é dividido em Ceco, Cólon e Reto. Como dito anteriormente é o local onde ocorre a digestão microbiana.
 
Fonte: Adaptado de “Alimentation du cheval” R. Wolter
 
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a anatomia do sistema digestivo dos animais pesquisados é bastante dessemelhante entre eles. Cada espécie possui suas particularidades, desde à questão do palato, modo de colher o alimento com o a língua ou com os lábios por exemplo, até o modo de absorção dos nutrientes, tendo como principal exemplo os ruminantes, que tem na sua regurgitação sua principal característicade eficiência na absorção.
Outra característica observada foi que como futuros profissionais da área agronômica, há-se a extrema necessidade de conhecermos o funcionamento não só destes sistemas digestivos, mas também como por exemplo, peixes, ovinos, cunicultura, entre outros. Os alimentos e modos de preparo diferenciam-se de uma espécie para outra. Assim, pode-se prestar um serviço com mais autonomia e segurança para possíveis futuros clientes.
O trabalho mostrou-se importante em virtude de ser uma maneira menos usual de estudo dentro do formato de ensino ofertado pela Universidade. Assim, evidencia-se diferentes saberes e modos de se estudar um mesmo objeto de pesquisa.
REFERÊNCIAS:
Conheça a anatomia e fisiologia do sistema digestivo dos bovinos, Rehagro, 14 jun. 2018. Disponível em: <https://rehagro.com.br/blog/sistema-digestivo-dos-bovinos/>. Acesso em: 02 out. 2019.
BARIZON, Marcio. Breve resumo sobre a anatomia do suíno, Animalbusiness, 01 out. 2018. Disponível em: <https://animalbusiness.com.br/medicina-veterinaria/animais-vistos-por-dentro/breve-resumo-sobre-a-anatomia-do-suino/>. Acesso em: 01 out. 2019.
CINTRA, André. O aparelho digestivo dos cavalos, Meiorural, 07 ago. 2016. Disponível em: <https://meiorural.com.br/andrecintra/2016/08/07/o-aparelho-digestivo-dos-cavalos/>. Acesso em: 01 out. 2019.

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