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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
	Eduarda Fernandes Graner Brience
	RA:C13IDA-9
	Gabriela de Oliveira Pereira
	RA:C007GG-9
	Kamilla Moreira Pontes
	RA:C1042E-5
	Patrícia Oliveira dos Santos Rubino
	RA:C05CDJ-0
	Simone Valeriano da Silva
	RA:C0801E-1
 
 
	
		
AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COMPREENDIDAS POR PROFISSIONAIS NOS CONTEXTOS INSTITUCIONAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Campus Dutra - São José dos Campos
 2018
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
	Eduarda Fernandes Graner Brience
	RA:C13IDA-9
	Gabriela de Oliveira Pereira
	RA:C007GG-9
	Kamilla Moreira Pontes
	RA:C1042E-5
	Patrícia Oliveira dos Santos Rubino
	RA:C05CDJ-0
	Simone Valeriano da Silva
	RA:C0801E-1
AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COMPREENDIDAS POR PROFISSIONAIS NOS CONTEXTOS INSTITUCIONAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Relatório de Pesquisa apresentado à disciplina Apresentação de Trabalho de Pesquisa em Psicologia, sob a orientação da Prof. Ms. Andréa Cristina Oliveira Ferreira. 
Campus Dutra - São José dos Campos 
 2018
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Universidade por proporcionar um ambiente saudável para todos os alunos, além de estimular a criatividade, a interação e a participação nas atividades acadêmicas. Somos gratas a todo corpo docente, à direção e administração dessa instituição.
Agradecemos a todos os mestres do curso de Psicologia que compartilharam seus conhecimentos em sala de aula e acompanharam a nossa jornada enquanto universitárias. Somos gratas especialmente às professoras Lauren Mariana Mennochi e Andréa Cristina Oliveira Ferreira, nossas orientadoras que se dedicaram em nos auxiliara com o projeto de pesquisa e em revisarem todos os processos para a constituição da presente pesquisa.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1-Tipos de violência........................................................................................27
Figura 2- Instituições..................................................................................................30
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Seleção de artigos Coletados...................................................................25
Quadro 2- Artigos selecionados que atenderam aos critérios...................................28
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
CREPOP – Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas 
CT- Conselho Tutelar
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente
FUNABEM - Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor
PNAS - Política Nacional de Assistência Social
SAM - Serviço de Assistência aos Menores
SCIELO - Scientific Electronic Library Online
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SUAS - Sistema Único de Assistência Social
ONU - Organização das Nações Unidas
RESUMO
A pesquisa buscou compreender como os profissionais da assistência social enfrentam com as situações de violências contra crianças e adolescentes. A pesquisa estabeleceu-se por uma revisão integrativa da literatura, que visa por meio de levantamento de artigos científicos que apontam a violência contra criança e adolescentes, suas causas e consequências, entendendo assim quais as estratégias para enfrentarem com as situações de violência utilizadas pelos profissionais de assistência social e conhecendo as intervenções que são realizadas. Sendo essa pesquisa uma abordagem qualitativa. Compreendeu-se primeiramente a constituição da infância/juventude ECA e o papel do Centro de Referência Especializado de Assistência Social nessas situações. Utilizou-se como meio de pesquisa a biblioteca eletrônica Scientific Electronic Library Online (scielo), e artigos que abrangem instituições como conselho tutelar, CRAS e CREAS, que fazem parte da temática estudada.
Palavras-chave: (Profissionais da Assistência Social. Formas de Enfrentamento. Violências contra crianças e adolescentes.) 
1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa propõe-se no objetivo de compreender por meio de uma revisão integrativa da literatura, como profissionais lidam com as situações de violência contra crianças e adolescentes, identificam e acolhem as situações de violência. Os profissionais da assistência social se deparam com grandes desafios como por exemplo, compreender os conceitos de violência, como essa se constitui, as consequências geradas as vítimas, as intervenções realizadas, o acolhimento e os pressupostos éticos no atendimento. Os casos de violência contra crianças e adolescentes são encaminhados ao Centro de Referência Especializado na Assistência Social (CREAS), entre órgãos como conselhos tutelares. A pesquisa será, portanto, realizada com base em revisões bibliográficas, em que se espera analisar as formas nas quais as condições de acolhimento são oferecidas pelos profissionais.
1.1 A construção histórica para a garantia de direitos da criança
Atualmente, no Brasil, segundo consta do artigo 2º da Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), são considerados na condição de crianças os indivíduos de zero a doze anos incompletos, e enquanto adolescentes aqueles com idade entre doze anos completos e dezoito anos incompletos. Embora estes cidadãos sejam precavidos com algumas espécies de direitos fundamentais advindas desde a vigência da Constituição Federal de 1988, e mesmo ainda após a efetivação do ECA, ainda em nossa sociedade, muitos destes jovens sofrem de variadas formas de violência, decorrentes de fatores histórico-culturais há muito impregnada em nossa civilização.
Na Idade Média, crianças e adolescentes, em razão de sua grande vulnerabilidade e dependência dos adultos, eram consideradas como propriedades do chefe da família, não lhes concebendo, portanto, direitos como cidadãos. Assim, para Silva Junior (2018), o pai era o então considerado chefe da família, tendo autoridade máxima familiar e religiosa, numa época em que não se havia separação entre menoridade e maioridade, o que acarretava às crianças e aos adolescentes da época a condição de propriedade destes chefes familiares, concedendo-lhes, portanto, todos os poderes e direitos diante dos filhos. Ainda na Idade média, com a demasiada presença do cristianismo no campo jurídico, seguia-se a concepção de que todos teriam direito à dignidade humana, inclusive os menores de idade, em que a Igreja Católica, segundo Silva (2017, p. 2) “atenuou a severidade de tratamento na relação pai e filho, pregando, contudo, o dever de respeito, aplicação prática do quarto mandamento do catolicismo: ‘honra pai e mãe’”. Destarte, compreendeu-se que a Igreja se manteve rigorosa em relação à educação dos pais frente aos filhos; porém, no que tange às crianças geradas fora do matrimônio religioso, essas eram discriminadas, pois não se encaixavam ao padrão familiar impregnado na época. 
Apesar dos avanços sobre a compreensão dos direitos das crianças e adolescentes em outros países como os da Europa, no Brasil houvesse o reconhecimento aos direitos infanto-juvenis apenas no século XVIII, em que, apesar de começar a se pensar em outras formas de concepção acerca da infância, essa ainda era tratada de forma pouco aprofundada, uma vez que, de acordo com Dias e Chaves (2016, p.12), “o Brasil continuou tendo ideias segregacionistas por longo período histórico, representadas por concepções autoritárias, como os conceitos jurídicos de discernimento e incapacidade”. Neste período, portanto, ainda sehavia como argumento a incapacidade, dependência e inocência de suas crianças e adolescentes, e sendo assim os pais continuaram sendo representados como autoridade máxima na família, sendo assegurados do poder de punição às crianças como forma educativa (SILVA JR., 2017).
A política, que não reconhecia os direitos e proteção à infância, perdurou por até cinco séculos. Em 1830, período imperial, foi quando se iniciou uma preocupação para com os jovens; entretanto, tal cuidado, limitou-se a tratar especificamente dos jovens infratores, conforme nota que se segue:
O Código Criminal de 1830 fixou como idade de imputabilidade penal os 14 anos. Esse código ainda previu um sistema de punição para crianças de 7 a 14 anos de idade. Portanto até o fim do período imperial no Brasil, praticamente não houve garantia de direito e proteção à infância. (Dias e Chaves, 2016, p. 12).
Com a promulgação da República dos Estados Unidos do Brasil, sob a forma federativa de Estado, no ano de 1889, a preocupação com as crianças e os adolescentes deixou de ser vista apenas como sendo punitiva, passando a ter acrescido a este, um caráter assistencialista em relação aos “menores abandonados”. Assim sendo, conforme Dias e Chaves (2016, p. 12), “o Brasil manteve um modelo exclusivamente caritativo-assistencial de atendimento a infância que consistia em ações em função do desamparo, enjeitamento e exposição de crianças”. 
Foi em 1926 que se estabeleceu o primeiro Código de Menores do Brasil, vigente por meio do Decreto nº 5.083/1926. Este decreto visava aos infantes expostos e aos “menores abandonados”. Posteriormente, em 12 de outubro de 1927, surgiu o Decreto nº 17.943-A, o Código Mello Mattos; segundo este decreto, caberia ao Juiz de menores o poder de decisão em relação aos “jovens de rua”, tornando a família com o dever de suprir com qualidade as necessidades básicas das crianças e adolescentes. O objetivo das novas medidas assistenciais visava a minimizar a infância nas ruas. Nesta época, ao campo infracional, crianças e adolescentes até os catorze anos de idade, ainda eram punidas como forma educativa. (SILVA, 2017).
No ano de 1942, surgiu o Serviço de Assistência aos Menores (SAM), que buscava o atendimento aos “delinquentes e abandonados”. O objetivo centrava-se em retirar das ruas as crianças e os adolescentes, transferindo-os a um regime fechado institucional, como se fosse um sistema penitenciário, havendo a quebra do vínculo familiar, em que, segundo Silva Junior (2017), tinha-se em vista adequar estes jovens ao comportamento colocado pelo Estado, em meio à recuperação e reintegração destes menores. Em 1964, com o advento do regime militar, teve início a Política de Bem-Estar do Menor, em que se responsabilizou o controle à Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM), que, para Silva Junior (2017), tratava-se de uma gestão assistencialista, todavia, na prática social, era um meio de controle autoritário exercido pelos agentes militares. Os internos sofriam de extrema violência e de tratamentos humilhantes, o que acarretou para a ascensão no cenário púbico de debates e movimentos populares em defesa aos menores. Foi em 1979 que se criou um novo código dos menores, com vistas a tratar acerca das irregularidades da instituição pública supracitada. Para Silvia (2017), durante todo o período em que esteve vigente a ideologia da internação, a segregação era compreendida como única solução para com as crianças e adolescentes em situação de rua. No livro “Violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes proteção integral e políticas públicas”, Dias e Chaves (2016, p. 14), remete-se a este assunto, como:
É importante frisar que, enquanto no Brasil era criado o Código de Menores, a ONU (Organização das Nações Unidas) vendo a necessidade da elaboração de uma norma internacional com força cogente que outorgasse efetividade aos direitos instituídos na Declaração dos Direitos da Criança de 1959, propôs a criação de uma convenção em 1989. 
Desta maneira, para o Brasil este marco partido pela Organização das Nações Unidas, resultou no surgimento da Doutrina de Proteção Integral a crianças e adolescente, de modo que se foi revogado as concepções do Código de Menores, em que o termo “menores” não mais será utilizado – tomando como consideração o peculiar desenvolvimento que estes sujeitos se encontram. 
Se estabeleceu, portanto, em 1990, o início da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), firmado com a lei nº 8.069, a qual se direcionou a medidas de proteção às crianças e aos adolescentes, fincando-se enquanto dever legal, de acordo com o novo estatuto, tanto da família quanto da sociedade, assegurar-lhes os devidos direitos concedidos pelo ordenamento jurídico brasileiro. Tal entendimento pode ser percebido, por exemplo, no artigo 3º do ECA, como se segue:
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata essa lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros, meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. (Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990, Art 3º.)
No dispositivo legal referente ao artigo 19 do mesmo estatuto, é possível perceber como direito das crianças e adolescentes, a garantia à convivência familiar e comunitária:
Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre de presença de pessoa dependentes de substancias entorpecentes. (Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990, Art 19.)
Ainda no ECA, conforme o art. 70, torna-se “dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente”; da mesma sorte corrobora com o que até aqui vem sendo defendido o art. 71, quando afirma que “a criança e o adolescente tem direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento” (Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990, Art 70).
Nota-se, por fim, que crianças e adolescentes foram compreendidos por longo período histórico como sendo responsabilidade de seus cuidadores, de forma que não se havia, portanto, garantia de direitos a esses indivíduos. De modo que ao passar-se os anos, iam se abrangendo novas perspectivas acerca dessa população, porém eram visados apenas os jovens de rua e infratores e que por muito tempo se pensavam em formas de assistencialismo e punição. Como sendo então os pais responsáveis pela educação de seus filhos, não se havia preocupação em como estes eram educados e/ou tratados, o que acarretou para que as violências que ocorriam com os indivíduos não fossem notadas e sendo motivo de preocupação, pois eram entendidas como forma educativa. Por esta razão ainda em nossa sociedade, essa compreensão, ainda é por muitos compreendida, tornando os números de crianças e adolescentes vítimas destas atrocidades significativas de preocupação e alerta. De acordo com o ministério público dos Direitos Humanos (2017), por meio do balanço geral do ministério dos Direitos Humanos do Brasil em 2017 até junho, foram registrados nos canais da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, como o disque 100, Ouvidoria online, dentre outros, um total de denúncias de 41.353 crianças e adolescentes vítimas de violência em todo o território brasileiro. 
 
A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes 
A qualidade do ambiente familiar é fundamental para o desenvolvimento infantil, os pais devem ser capazes de oferecer condições e apoio necessário para preservar a saúde e o bem-estar da criança, porém segundo Barros e Freitas (2015) cotidianamente crianças e adolescentes se tornam vítimas de algum tipo de violência doméstica. Não raro, os episódios de violência sofrida por elasno ambiente doméstico são protagonizados por pessoas muito próximas de sua rede afetiva e social, como, por exemplo, os pais ou responsáveis. Com isso, Azevedo e Guerra remetem sobre tal ato ser considerado como: 
Todo ato ou omissão, praticado por pais, parentes ou responsáveis contra crianças e/ou adolescentes que, sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima, implica numa transgressão do poder/dever de proteção do adulto e, por outro lado, numa coisificação da infância, isto é, numa negação do direito que crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento. (Silveira p., 402, 2002.)
Assim, considere-se como violência intrafamiliar, conforme Araújo (2002) todo ato cometido de violência pelos familiares da vítima, vivendo ou não sob o mesmo teto. Por outro lado, entende-se que existam outros casos em que o agressor viva sob o mesmo teto, porém não tenha algum laço sanguíneo com a vítima, em que segundo Araújo (2002) são casos específicos da violência doméstica. Muitos adultos usam a violência como uma forma de punição por algum mau comportamento cometido pela criança, nesse caso, a violência é justificada por eles como uma prática educativa, o que faz com que a violência passe despercebida fazendo com que o lar se torne um local privilegiado para a agressão. De acordo com Minayo (2001) A violência contra criança e adolescente, no transcorre e da civilização, além do caráter arbitrário dos pais de decidirem sobre sua vida, sempre esteve muito vinculada ao processo educativo. 
Ela tem sido considerada, em todos os tempos, como um instrumento de socialização e, portanto, como resposta automática a desobediências e rebeldias. Ainda sobre Minayo (2001) outro elemento que contribui para a naturalização da violência que atinge crianças e adolescentes são os programas dos meios de comunicação, recente alvo de preocupação das instituições de vários países do mundo, pela forma como esse instrumento de alto impacto na cultura moderna tende a banalizar as agressões e as mortes. Pesquisa realizada no Rio de Janeiro, em 1998, com 1.220 jovens de todos os estratos sociais mostra como a violência na mídia é vista pelos jovens. As cenas de agressão física exibidas pela tevê são consideradas uma reprodução da realidade, para cerca de metade dos jovens cariocas. (Minayo (2001) apud Carlson (1999). A criança e a violência na mídia. São Paulo: 1999). A violência intrafamiliar é, portanto, aquela exercida contra a criança e o adolescente na esfera privada. Geralmente se usa dividir em quatro tipos suas expressões mais visíveis. A violência física que é o uso da força física contra a criança e o adolescente, causando-lhes desde uma leve dor, passando por danos e ferimentos de média gravidade até a tentativa ou execução do homicídio. Em geral, as justificativas para tais ações vão desde a preocupação com a segurança, a educação, até a hostilidade intensa. A violência sexual que se configura como todo ato ou jogo sexual, relação hétero ou homossexual entre um adulto (ou mais) em uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimulá-los sexualmente e obter estímulo para si ou outrem (MINAYO, 2001). 
A violência psicológica, também denominada tortura psicológica, que ocorre quando os adultos sistematicamente depreciam as crianças, bloqueiam seus esforços de autoestima e realização, ou as ameaçam de abandono e crueldade. A última classificação que é importante mencionar são as negligências. Elas representam uma omissão em relação às obrigações da família e da sociedade de proverem as necessidades físicas e emocionais de uma criança. Expressam-se na falta de alimentos, de vestimenta, de cuidados escolares e com a saúde, quando as falhas não são o resultado de circunstâncias fora do controle e alcance dos responsáveis pelos adolescentes e crianças (MINAYO, 2001).
Quando cometido o ato violento, causa danos consequenciais à vítima, em grandes casos de longo prazo ou até mesmo irreversíveis. Estas consequências podem ser tanto físicas quanto psicológicas. As físicas tendem a deixar marcas e cicatrizes, com graus variados, em variadas partes do corpo, tais como pernas e braços, podendo até mesmo levar a vítima a óbito. Já em casos emocionais, podem afetar a autoestima, causar-lhes ansiedade, insegurança, medo entre outras tantas perturbações psíquicas. Conclui-se que a violência cometida pelos próprios familiares da criança, dentro de sua própria residência, deixa marcas profundas no indivíduo agredido para o resto de sua vida.
 
1.1.2 O Centro de Referência Especializado a Assistência Social – CREAS
Considerando a Política Nacional da Assistência Social (PNAS), após o estabelecimento do SUAS, se regulamentou os programas de proteção social, em dois níveis, básico e especial. A partir disso estabeleceu-se dois órgãos públicos o Centro de Referência de Assistência Social Básico (CRAS). E o Centro de Referência de Assistência Social Especial (CREAS), que abrange duas complexidades, média e alta. 
Com isso, sendo o CRAS, o órgão que se responsabiliza pela demanda básica, procede medidas preventivas as situações referentes aos riscos de violação desses direitos. Assim seu trabalho, seja voltado a oferecer auxílios, a idosos e portadores de alguma deficiência, oficinais em prol ao melhor desenvolvimento de jovens e famílias, por exemplo, assim remete-se o CREPOP: 
Devem ser desenvolvidos serviços, programas, projetos, e ações que, articulados com a rede local, garantam a proteção básica. Os CRAS têm como funções realizar o acolhimento dos indivíduos e de suas famílias e potencializar a convivência familiar e comunitária de acordo com as situações de vulnerabilidade e risco social e pessoal a que estão expostas. (CREPOP, P. 18, 2009)
Para o trabalho procedido no Centro de Referência de Assistência Social, busca-se medidas de enfrentamento para as situações as quais foram identificados riscos de violação de direitos, variando em escalas de complexidades, média e alta, assim quando depara-se a uma situação de violência infanto-juvenil, dependendo do seu grau de gravidade, o CREAS terá uma medida de acordo a essa gravidade, assim sendo: 
A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras. (BRASIL, 2016, p. 18).
Sendo assim, 
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS constitui-se numa unidade pública estatal, de prestação de serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados, promovendo a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão dos serviços e potencializar a ação para os seus usuários, envolvendo um conjunto de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio e acompanhamento individualizado especializado. (BRASIL, 2011, p. 8).
Segundo as orientações, o atendimento psicossocial e jurídico deve priorizar a proteção da criança e do adolescente; para isso, deve-se identificar o fenômeno, avaliar a gravidade do caso e a probabilidade de risco para o sujeito, assumir como alvo de ação familiar, bem como notificar à autoridade jurídica quando constatada alguma violação de direitos de crianças e adolescentes. (Brasil, Guia Operacional Técnico do CREAS, nº 1, 2006). O CREAS realiza atividades que são base para o atendimento: Entrevistas de acolhida e avaliação inicial; Atendimento psicossocial (individual, familiar e em grupo), Construção do Plano de Atendimento, Orientação jurídico-social, Elaboração de relatórios técnicos sobre o acompanhamento realizado entre outros. Desta maneira, o psicólogo terá uma atuação interprofissional e multiprofissional, o CEPROP ressalta, para que tenha uma atuação cautelosa, para quenão haja uma contaminação dos papéis voltados a modelos assistencialistas, para tanto, deva atuar em conformidade em propor um olhar que possibilite uma leitura da realidade enfrentada sempre contextualizada, a qual não se perca a subjetividade da singularidade dos indivíduos envolvidos. A cartilha, portanto, propõe:
O psicólogo, para dar conta das demandas atuais no seu trabalho, deve refletir permanentemente sobre suas ações, reinventar suas intervenções e criar outros fazeres, pautado sempre por uma atitude científica e por referenciais teóricos consistentes. (CREPOP, P. 32, 2009.)
	
Formas de violências contra crianças e adolescentes
Segundo o CREPOP (2009) compreende-se a violência como um sistema complexos, a qual se dimensiona em diferentes realidades da sociedade, em sua cultura, valores, e representações, implica em uma multideterminação em que volta-se a uma perspectiva de diferentes realidades (familiar, social, econômica, política e jurídica) que atribui-se a uma cultura organizada e uma rede dinâmica de produção de violência.
Deste modo, compreende-se que desde os primórdios dos tempos as violências contra crianças e adolescentes existem na sociedade, das mais cruéis até as mais sutis formas de violência são vivenciadas por essa classe fragilizada, grandes casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de seus lares. Isso remete-se com o que o CREPOP, articula sobre “a violência é sempre fenômeno a ser contextualizado e considerado em sua complexidade” (p. 34, 2009).
 Os índices de violência e suas variáveis formas de manifestações encontra-se como uma questão crucial para a sociedade brasileira, em que segundo Brasil, Ministério público do Direitos Humanos (2017) com o balanço geral feito pelo ministério do Direitos Humanos através dos canais de ouvidoria, apenas no estado de São Paulo, até junho de 2017, foram registrados 8.648 casos de denúncia de violência contra crianças e adolescentes. Em que, compreende-se que as diversas causas são apontadas como fatores desse número, entre elas encontra-se a desigualdade econômica, social e cultural, embora seja fatores de significativa importância para esse índice não se pode dispensar os fatores ambientais e familiares. 
Os contextos de vulnerabilidade social, econômica e simbólica influem no estabelecimento de relações violentas, mas não podem ser tomados a partir de uma lógica causal, uma vez que nenhum desses aspectos pode ser considerado como causa única. (Moreira e Souza, 2012, p. 13)
Para Minayo (2001), as violências se caracterizam como todo ato ou omissão dos responsáveis pela criança, sejam pais, familiares ou instituições, cujas consequências sejam a causa de danos físicos e/ou psicológicos. Em que são multifatoriais os motivos pelos quais se levam a chegar à determinada situação, na qual existem várias categorias de condutas violentas, mas que, independentemente da categoria a qual pertençam, todas elas geram consequências à vítima. (NUNES; SALES, 2016). A ONU classifica quatro tipos de violência contra crianças e adolescentes, sendo elas o abuso físico, sexual, psicológico e a negligência.
1.2.1 O Abuso físico
 A violência intrafamiliar pode ocorrer com qualquer um dos membros da família, tais como pai, mãe e irmãos, porém o foco será no uso da força física dos pais ou tutores para com os menores. Todos os tipos de violência contra criança e adolescente é de difícil descoberta pelas autoridades. Uma vez que a criança é agredida, existe um medo e uma represália muito grande da família, o abuso físico fica em maior evidência por proporcionar marcas no corpo do agredido, sendo assim mais fácil de se identificar quando existe esse tipo de transtorno no seio familiar. Os agressores usam como justificativa a reprimenda como meio de educação dos seus filhos. Para Nunes e Sales (2016), a violência física, por vezes, pela ótica do agressor é justificada como uma forma educativa, explicando-se que o ato de bater é motivado por algumas circunstâncias, como dificuldades sociais, relações familiares, descontrole emocional e também pelo sentimento de culpa dessas pelos seus problemas pessoais. 
Uma das manifestações com maior agravante contra crianças é a síndrome do bebê sacudido, caracterizada por lesões que ocorrem quando uma criança é severa e violentamente sacudida, causando assim danos físicos e mentais, e até mesmo a morte. Segundo Day Peres et al. (2003), o abuso físico contra criança e adolescentes pode causar danos que serão levados para a vida inteira do agredido prejudicando em seu desenvolvimento integral e saudável. De acordo com o Ministério de Direitos Humanos, por meio do disque 100, foram denunciados 6264 casos de violência física no estado de São Paulo, com percentual de 22,61% de todo território Brasileiro. 
1.2.2 Abuso sexual
O abuso sexual nas famílias tem como grande parte dos casos o pai, padrasto, ou alguém bem próximo da vítima na condição de abusador. O abuso sexual é um tabu nas famílias e na sociedade, tendo, em muitos dos casos, a vítima sendo caracterizada culpada pelo ato ocorrido. Segundo Minayo (2001), a violência sexual torna-se por todo ato ou jogo sexual, que tem como objetivo estimular a vítima sexualmente ou ocasionar prazer a si próprio. Já para Nunes e Sales (2016) a violência sexual se constitui como o tipo de violência mais comum, tendo uma relação de poder entre o adulto com a criança ou adolescente abusada. Entende-se que como o abusador tem uma posição de autoridade facilita assim o ato. Como a maior parte dos casos tem ocorrência dentro do ambiente familiar, tem-se como consequência, em muitos casos, a vítima retirada do lar. De modo que em até junho de 2017, no Estado de São Paulo, de acordo com o Disque 100, foram constatados 1757 casos de denuncia nos casos de violações violência sexual, tendo percentual de 17,22% de todo o Brasil, segundo informado o Ministério dos Direitos Humanos. 
1.2.3 Abuso psicológico
O abuso psicológico é um dos abusos menos notificados, e de maior dificuldade de percepção, já que ele não deixa sequelas físicas em suas vítimas. Porém, com agravante perverso para o desenvolvimento infantil, ele pode ocorrer de diversas formas na vida da família, na qual os pais fazem ameaças de abandono de agressão e diminuem aos filhos, trazendo como consequência a falta de auto estima e autoconfiança das crianças. Lima (2010) recorda o fato de este tipo de trauma não deixar marcas visíveis na vítima, entretanto, são causas de grandes danos, destruindo gradativamente a autoimagem da criança agredida, afetando as atitudes e emoções e, em muitas vezes, interferindo no completo desenvolvimento das habilidades sociais adequadas à sua idade. Lima (2010) também remete sobre o fator do ambiente em que a criança convive e de como este é marcado pela violência, tendo nele carência de apoio efetivo, em que, muitas vezes, tendo poucas condições dignas de sobrevivência, estes fatores podem causar no futuro a repetição desta violência, num instante em que já forem adultas, momento em que a nova vítima poderá ser qualquer daqueles que façam parte de sua vivência social, marcando, assim, um fluxo de fim indeterminado. 
Já Nunes e Sales (2016) trazem à baila os efeitos desta violência, que podem surgir a curto ou longo prazo, tangenciando os aspectos biopsicossociais da vítima, dificultando o seu desenvolvimento social e interferindo na capacidade de agir e pensar, fazendo-a conviver em momentos estressantes ao longo de sua vida, uma vez que a agressão sofrida pela criança se torna um evento marcado em sua memória, independentemente da idade em que vier a ocorrer o fato será levado para o resto de sua vida. Com base do disque 100, segundo o Ministério dos Direitos Humanos, foram denunciados no estado de São Paulo um total de 9073 casos de violência psicológica, abrangendo o percentual de 22,65% de todo território nacional brasileiro. 
1.2.4 Negligência
A negligência caracteriza-se pela falta de cuidados com a criança e adolescente –como, e.g., a falta de alimentos, de vestimenta, de cuidados com a saúde e o estudo, etc. Desta forma, Nunes e Sales (2016) discorrem sobre a negligência como sendo uma categoria alarmante, pois, devido esta não causar tanta indignação, assim como as outras, é responsável por cerca de 40% dos casos de fatalidades registradas, tendo prevalência nas mais variadas localidades. Também se pode considerar que a negligência ocorre por fatos sociais, como já citado acima; com isso, Egry et al. (2017), ao se referir sobre a negligência, descreve-a envolvida a outros aspectos a serem considerados, tais como os sociais, econômicos e culturais, que envolvem a cada família ou grupo social, tendo uma maior facilidade para se identificar este tipo de agressão quando o contato com a família é de maior proximidade e se tem uma compreensão da sua dinâmica. Sendo outro agravante para a ocorrência das violências, não somente a negligência, mas como todas as violências intrafamiliares. Egry et al. (2017) escrevem sobre a violência intrafamiliar, em que esta acontece por meio das fragilidades familiares, como no caso de pais adolescentes, pais dependentes de substâncias psicoativas, a sobrecarga do papel familiar, entre outros. Sendo assim, perante os dados disponibilizados pelo Ministério dos Direitos Humanos, pelo disque 100, no estado de São Paulo, foram denunciados um total de 14801 casos de negligencia, tendo um percentual de 22,28% do território brasileiro, sendo a categoria com maiores índices de denúncias, e sendo o estado de São Paulo com o maior índice de todo o brasil. 
Nota-se, por fim, que cada manifestação de abuso gera consequências que marcam a vida da vítima. Quando, na infância, essas consequências se agravam – pois interferem em todo o desenvolvimento infantil. Percebe-se que a violência, seja ela qual for, acontece em todos os grupos pertencentes à sociedade, mas há uma vertente grande em relação aos grupos de baixa economia.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
Discutir, a partir de uma revisão da literatura integrativa, como os profissionais da assistência social enfrentam as situações de violências contra crianças e adolescentes.
 
1.3.2 Objetivos específicos
Levantar artigos científicos publicados no período de 2000 a 2018 que apontam a violência contra crianças e adolescentes, suas causas e consequências, revisados através de revistas eletrônicas na base de dados Scielo (Scientific Eletronic Library Online). 
Identificar quais as estratégias os profissionais utilizam para lidar com tais situações, segundo os artigos coletados. 
Conhecer as intervenções procedidas pelos profissionais da assistência social.
1.4 Hipóteses
Entende-se que os profissionais enfrentam as situações de violência, buscando alternativas que se baseiam no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), visando acolher de uma forma que diminua os danos causados pelos maus-tratos a população infanto-juvenil. Realizar intervenções mais precisas envolvem outros fatores, que muitas vezes fogem do alcance dos profissionais por serem questões delicadas e complexas, uma vez que esses casos ocorrem dentro do ambiente familiar disfuncional, Mangueira e Lopes (2014) articulam sobre o diagnóstico de enfermagem, ao explicar os processos familiares disfuncionais, os define como uma desorganização crônica do ambiente familiar, acarretando para geração de conflitos, negação dos problemas, resistência a mudanças, resolução ineficaz dos problemas, e crises continuas.
 
1.5 Justificativa
A violência intrafamiliar se estende cada vez mais nos últimos anos na sociedade e, na maioria das vezes, praticada por pessoas que se relacionam e convivem com a própria vítima. O reconhecimento e a identificação das espécies e formas de violência ajudam na hora de identificar a violência intrafamiliar e possibilitam o conhecimento de suas consequências e qual deve ser o tratamento adequado. A agressão, por alguns pais, é classificada como educativa, apesar de ser uma maneira prejudicial para a criança. É importante enfatizar que a proteção e o bem-estar de toda criança é de responsabilidade de todos, tanto da família como da sociedade, sendo dever a denúncia a fim de interromper o ciclo da violência. A pesquisa se torna importante, para o devido funcionamento da sociedade, como uma fonte de informação e prevenção, apontando que a violência intrafamiliar é um crime, e que, muitas vezes, o silêncio em torno da prática do abuso é um incentivador para que ele permeie incessantemente nas diversas camadas componentes da sociedade. Diante do problema exposto, faz-se necessário entender o olhar e a identificação dos profissionais sobre o assunto.
2 MÉTODO 
A pesquisa terá uma abordagem qualitativa, a qual Godoy (1995) exemplifica como uma pesquisa que vai além da proposta de uma estrutura rígida, mas que permite, portanto, imaginação e criatividade que proporcionam aos investigadores a explorar e propor novos enfoques para a pesquisa. Com isso, a pesquisa teve como proposta compreender como os profissionais da assistência social enfrentam a violência contra crianças e adolescentes em seu cotidiano de trabalho, por meio de revisão da literatura integrativa, feita através de artigos científicos. A revisão integrativa possibilita a síntese de vários estudos já publicados, permitindo a geração de novos conhecimentos, pautados nos resultados apresentados pelas pesquisas anteriores (BOTELHO; CUNHA, 2005). 
2.1 Amostra
As pesquisas foram realizadas por meio de artigos cientificos. Utilizou-se como base para seleção do material teórico a Scientific Electronic Library Online (SCIELO) que é uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção selecionada de periódicos científicos brasileiros. Para a revisão bibliográfica foram utilizados artigos publicados no periodo estipulado de 2000 a 2018, sendo assim: 68 artigos selecionados; com base nas palavras chaves “violência infantil” “violência criança” “violência adolescente”. Fugiram aos critérios quarenta e cinco, que foquem em uma só profissão específica e foco na violência doméstica. Foram inclusos vinte e três, que se enquadram nos critérios de inclusão; publicado de 2000 a 2018, acolhimento de crianças e adolescentes que sofreram algum tipo de violência e referir-se às instituições: CREAS, CRAS, CONSELHO TUTELAR, dentre outros.
Quadro 1 - Seleção de artigos coletados
	Palavra chave
	Coletados 
	Exclusos
	Inclusos 
	Violência adolescentes 
	25
	16
	9
	Violência criança 
	24
	17
	7
	Violência infantil 
	19
	12
	7
	Total 
	68
	45
	23
Fonte: Elaborados pelas pesquisadoras a partir de dados coletados pelos artigos científicos, selecionados para a presente pesquisa. 
2.2 Aparatos
Utilizou-se como ferramenta de pesquisa um computador, para obter os artigos cientificos disponiveis online e conexão com internet. 
2.3 Procedimentos
2.3.1 Procedimentos para a coleta de dados
A pesquisa foi procedida, por levantamento de dados, coletados em artigos cientificos, localizados em revistas disponiveis online. Os critérios para inclusão e exclusão dos artigos, atentaram-se ao periodo de publicação, sendo esse período de 2000 a 2018 e se seu conteúdo atendeu aos objetivos especificos sendo esses, se refirir sobre acolhimento para crianças e adolescentes que sofreram de algum tipo de violência intrafamiliar, obter dados sobres os orgãos responsáveis e sobre as instituições que oferecem esses serviços de acolhimento, tais como CREAS, CRAS, Conselho Tutelar , Sentinela, entre outros. Os critérios de exclusão: são os artigos serem focados em áreas especificas de uma profissão e estar com foco exclusivo na violência doméstica.
Esse método de pesquisa objetiva traça uma análise sobre o conhecimento já construído em pesquisas anteriores sobre um determinado tema, sendo assim, uma revisão integrativa, segundo Botelho e Cunha (2005), apresenta o estado da arte sobre um tema, contribuindo para o desenvolvimento de teorias. O método de revisão integrativaé uma abordagem que permite a inclusão de estudos que adotam diversas metodologias. Assim, a pesquisa buscou, primeiramente selecionar artigos que atendiam as palavras chaves, violência infantil, violência criança, violência adolescente, posteriormente se foi realizado uma análise dos artigos que atendiam os critérios de inclusão e exclusão, resultando em vinte e quatro artigos, que foram submetidos a uma nova análise, por meio de uma tabela (Anexo A) que atribuía os itens em comum entre os artigos, seguindo para um novo instrumento (Anexo B) que também definiam itens em comum entre os texto, para facilitar o processo da análise dos dados encontrados. 
2.3.2 Procedimentos para Análise de Dados
A análise de dados foi realizada por meio da análise de conteúdo, que seguindo com o que remete Gondim e Bendassolli (2014) ser essa análise uma técnica, que busca compreender a natureza do fenômeno estudado. Sendo assim, baseou-se para esse estudo a técnica de análise das relações de Bardin (1977). Sendo essa uma forma de analisar as relações que os textos, contém entre si. Fora procedido, portanto, uma análise entre as co-ocorrências dos textos. 
Bardin (1977) remete sobre esse método como a forma de extrair no texto, os elementos que se relacionam, e assim analisar essas presenças simultâneas, dos elementos encontrados na mesma unidade do contexto que fora previamente definido. Desta forma, para o estudo, foi definido o contexto do acolhimento, e a forma de enfrentamento, que os artigos apontavam, e, se foi encontrado e analisado os pontos em comum sobre as características da violência, idade, gênero, e a instituição que se remetiam a essas situações de violência identificadas por profissionais, notando como uma co-ocorrência, por exemplo, o ligamento entre enfrentamento-notificação.
 Desta forma, por se tratar de uma pesquisa de revisão integrativa baseada em Botelho (2001), foi-se obtido os resultados de acordo com o que se foi listado na tabela (ANEXO A), somando e tendo resultados percentuais em gráficos, sobre os fatores apontados pelos artigos, identificados em comum que se relacionam entre as categorias dos tipos de violência, relacionados ao contexto do estudo.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A partir do processo de seleção dos artigos, dos 66 artigos, foram inclusos apenas 23, todos extraídos do banco de dados da Scielo. Depois de selecionados os artigos, foi realizada uma leitura minuciosa sobre cada um, anteriormente foi realizado leitura breve pelo resumo, objetivo de cada pesquisa. Para uma melhor compreensão de cada artigo, uma tabela foi criada (ANEXO A), com os critérios, e itens pré-selecionados, como tipo de publicação, resultados, entre outros, para facilitar o processo de análise dos estudos. Dessa forma, observou-se que a maioria dos artigos referiam-se a todos os tipos de violência, entretanto observou-se que 23% dos artigos remeteram-se a violência física, 18% sobre a violência psicológica, 21% para a negligência, 31% com a violência sexual, 5% sobre a violência intrafamiliar, e, 2 % para outros tipos de violência, sendo a violência estrutural e a delinquência, como aponta a Figura 1.
Assim, conforme a Figura 1, a violência sexual tornou-se a maior correlacionada dentre os artigos, seguida da violência física, negligência, violência psicológica, violência intrafamiliar e outros, em respectiva ordem, mas em que se foi notado em todos artigos, que uma violência se apresenta acarretada a algum outro tipo de violência, o que para o desenvolvimento da criança e do adolescente se torne mais afetado, agravando-se o caso e assim necessitando maior atenção de assistência.
Fonte: Elaborada pelas pesquisadoras.
Desta forma, ressalta-se o fato de que com base na Tabela 1, a maioria dos artigos não identificaram o local de onde se foi procedido à pesquisa, o que demonstra pouco aprofundamento em investigar-se todos os contextos que inserem para a consolidação que se envolva os casos de situações de violência. Observou-se, portanto, de que foi mais comum (32%) os artigos apontarem para o Conselho Tutelar, como a instituição mais procurada. Observou-se também que (18%) dos artigos se encaixaram a categoria outros, indicando instituições que fazem parte das redes de proteção CRAS E CREAS, tais como o programa sentinela, que lida especificamente com os casos de abuso sexual. 
 Quadro 2 - Artigos selecionados que atenderam aos critérios
	ARTIGOS
	INSTITUIÇOES
	
	ÁREAS DE ATUAÇÃO
	OBJETIVOS
	
	1
	Conselho Tutelar
	
	Psicologia e Saúde
	Conhecer as características
	
	2
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Dificuldades enfrentadas
	
	3
	Conselho Tutelar
	Psicológica
	
	Introdução as representações
	
	4
	Sentinela
	
	Assistência Social
	
	Analisar a tendência da completitude
	5
	Sinan
	
	Saúde
	
	
	Analisar notificações vara de família
	6
	Conselho Tutelar
	Saúde
	
	
	Fornecer material para reflexão
	7
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Conhecer a percepção dos profissionais
	8
	Conselho Tutelar
	Saúde
	
	
	Conhecer e divulgar a evolução histórica
	9
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Conhecer os procedimentos adotados
	10
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Identificar as práticas silenciosas
	11
	Não especificado
	Psicológica
	
	Compreender os profissionais da saúde
	12
	Conselho Tutelar
	Psicológica/ Assistência Social
	Apresentação de dados espitemológicos
	13
	Não especificado
	Psicológica
	
	Analisar a recorrência do abuso
	14
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Pesquisa sobre violência doméstica
	15
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Caracterizar a violência Infantil
	
	16
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Características de famílias disfuncionais
	17
	Conselho Tutelar
	Saúde
	
	
	Discutir as dificuldades no enfrentamento
	18
	Não especificado
	Saúde
	
	
	Relato de experiência
	
	19
	CRAMI-RIO PRETO
	Assistência Social
	
	Verificação de Conselhos Tutelares
	20
	Conselho Tutelar
	Psicológica/ Assistência Social
	Vitimização de crianças
	
	21
	Não especificado
	Psicológica/ Assistência Social
	Análise de dados
	
	
	22
	Conselho Tutelar
	Psicológica
	
	Características da violência
	
	23
	CREAS
	
	Psicológica/ Assistência Social
	Análise da evolução da violência
	24
	SAMVVIS
	
	Psicológica/ Assistência Social
	Caracterização de Violência
	
	25
	CREAS
	
	Psicológica/ Assistência Social
	Violência percebida pelas instituições
Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras.
Sobre a forma de como os profissionais enfrentam as situações de violência, observou-se que a maioria dos artigos indicaram para a notificação, mesmo que precocemente, para que assim além da investigação, e obrigatoriedade da notificação, proporcionar maior visibilidade para essas questões a fim de levantar reflexões acerca de sua compreensão/enfrentamento. Com isso, os artigos revisados apontaram sobre a questão da notificação, ser o meio de reconhecimento a qual foi identificado, como exemplo, um dos artigos remeteu-se sobre:
Necessário discutir as consequências do ato de notificar, aqui a expectativas dos diversos profissionais e das diversas agências parecem encontrar seu maior desafio. Trata-se de um desafio da concepção de justiça, que o ato de notificar e suas consequências transmitem as famílias brasileiras. (Gonçalves e Ferreira, p. 319, 2002).
Em contrapartida, as instituições que acolhem essas situações, atuam em caráter de assistência, sendo o órgão mais procurado o Conselho Tutelar, de acordo com a Figura 2. Entretanto, observou-se que as violências ocorrem como forma repetitória, em que haja tendência de o agredido, no futuro, torna-se o agressor. Sendo assim, nota-se a necessidade de que os órgãos procurados atuem além da assistência, e sim busquem um trabalho mais elaborado no aspecto das relações afetivas e psicológicas entre os agressores e vítimas, a fim de se buscar enfrentar tal ciclo. 
Fonte:Elaborado pelas pesquisadoras.Com base, portanto, dos dados coletados, é possível identificar que a violência contra crianças e adolescentes se torne uma situação complexa que demandam dos profissionais, estratégias atreladas a singularidade de cada caso, desta forma, diante a análise dos dados, notou-se que a maior correlação entre os artigos seja a notificação da violência ser a forma de enfrentamento mais apontada pelos artigos. 
 Com isso, é preciso realizar-se medidas de enfrentamento que englobam mais a fundo a situação da violência, como atentar-se ao fato de que essa situação muitas vezes se atenha a uma situação viciosa, em que a vítima no futuro se torne o agressor, como em um ciclo, o que se torna a realidade dos casos de violência física, por exemplo. 
Uma possível forma de se quebrar este ciclo, é preciso que as medidas da violência se tornem menos burocrática tornando-as mais aptas a realidade social/cultural e familiar da singularidade de cada caso, enfocando-se as questões psicológicas que podem ter sido afetadas ao desenvolvimento das vítimas, sob essa ótica, Tonon e Aglio (2009) relatam sobre a importância de incluir ao papel do Assistente Social, englobar para sua atuação, todos os contextos da realidade do sujeito, como os fatores socioeconômicos, éticos e culturais que articulam-se com seu meio familiar e social, assim para a medida de enfrentamento, após a compreensão e análise de todos os fatores englobados para a situação da violência, buscar-se as alternativas que melhor se enquadrem para o rompimento desse ciclo. 
Há uma questão social que se envolva a essas situações, que também se encontra além de uma medida de notificação/proteção, em que é necessária uma medida socioassistencial, relacionando-se a questão de que muitos dos casos que acontecem a violência, os agressores e até mesmo a sociedade compreendem como uma forma de educação, e escolha/situação de vida do agressor, como nos casos da violência física, psicológica e até mesmo a negligência. 
Articulando-se a essas questões propostas, Spink (1993) ao narrar sobre as representações sociais, as esclarece como sendo uma representação que é socialmente elaborada e compartilhada que contribua a uma construção de uma realidade comum, possibilitando a uma comunicação, com isso estes fenômenos sociais tornam-se essenciais, e que devam ser compreendidos a partir de seu contexto de produção, que vão além de seu conteúdo cognitivo, e que para a comunicação preceder é preciso, portanto, englobar a partir de suas funções simbólicas e ideológicas, ou seja, para compreender-se a representação social diante as situações de violência, é necessário que se compreenda todo seu contexto social.
Desta forma, com base nas revisões bibliográficas levantadas, foi compreendido que a violência contra crianças e adolescentes se precede a uma construção histórica, em que essas situações, desde a Idade Média eram presentes e que desde a essa época a infância era de total responsabilidade das famílias, e no entanto, as crianças eram vistas como posse de seus genitores, e esse obtinham todos os direitos sobre sua vida, assim acarretando total responsabilidade e liberdade para como educar, tratar e cuidar de seus filhos. Conforme Silva Jr. (2017), o passar do tempo, foram-se repensados formas de se compreender a infância, e por muito tempo, até século passado, a grande preocupação social do estado para com a infância, era no entanto, compreendida como forma assistencialista/punitiva que se visavam as crianças e adolescentes em situações de abandono/rua, em que com o estabelecimento do estatuto da criança e do adolescente, que efetivamente tornou-se oficial que os direitos e deveres das crianças e adolescentes fossem tanto de responsabilidade da família, sociedade e estado. Sendo assim, até recentemente as famílias haviam extrema liberdade para punirem e educarem seus filhos como optarem ser a melhor forma, assim dando-se abertura para que as situações de violência ocorressem em liberdade e sem consequências aos agressores, o que se tornou uma situação frequentemente adotada pelas famílias, e passou-se a ser compreendida socialmente como uma justificativa de forma de educação, em que o estado não se atentava ao que acontecia no ambiente intrafamiliar. 
Esses fatores demonstram como quando Spink (1993) remete-se sobre o imaginário social, que explica sendo um conjunto cumulativo das produções culturais presentes na sociedade, essas produções são filtradas por representações de uma visão de mundo, de uma determinada época histórica, que são reinterpretadas pelo grupo social, adquiridos em função de se pertencer a determinados grupos sociais. Desta forma as representações são frutos de um campo social estruturado, mas que existam zonas que permitam mudanças, e aberturas a novidades a fatos pouco familiares, sendo assim é importante que haja uma preocupação em conscientizar a sociedade que esses habito constituído socialmente em agredir para educar, torna a causar danos severos ao desenvolvimento das crianças e adolescentes, e que necessita ser estabelecido medidas de enfrentamento que visam romper esse ciclo. 
4 CONCLUSÃO 
É possível notar que há uma grande gama de informações acerca do objeto de estudo, os artigos de um modo geral possibilitam uma maior visibilidade sobre a significância da violência e a forma de ser percebida na sociedade atual, como já demonstrado ao decorrer do estudo, a violência contra criança e adolescente ainda é algo que está enraizado na nossa sociedade, e vem com gradativa mudança nessa questão, a partir do período em que a criança e o adolescente tornou-se sujeitos com direitos de proteção social. 
 Após a análise dos vinte e quatro artigos, é possível avaliar que a violência é múltipla, e se caracteriza em muitos aspectos, sendo abrangida em violência física, psicológica, sexual e negligência, em que se configura em diversas situações como intrafamiliar e doméstica. Crianças e adolescentes são vítimas frequentes nesses casos, decorrente a amostra, os casos de violência intrafamiliar contra crianças e adolescente são de números altamente significativos, em que os agressores são na maioria das vezes pessoas próximas a vítima (pai, padrasto, mãe), notou-se que a maioria dos casos notificados são de violência sexual acompanhada de negligência que também configura umas das principais violências notificadas.
As instituições acionadas são entre os Conselhos Tutelares, CRAS, CREAS, e em casos específicos, é comum que a descoberta das violências contra as crianças e adolescentes aconteça nos hospitais, uma vez que a agressão motiva cuidados, e são nessas situações que se encaminham as vítimas as demais instituições citadas acima.
Com base nos artigos analisados notou-se que em sua maioria apontaram para a forma que os profissionais atuam sobre as situações de violência, em que muitas vezes são mascaradas por questões reducionistas, muitos, buscam agir para que as situações não sejam percebidas de fato como são. Isso, porquê, os artigos apontaram para uma falta de preparo dos profissionais ao identificar e assim prosseguir com as notificações. Deste modo, as subnotificações são, portanto, mais presentes nas denúncias. Sendo assim, os profissionais buscam identificar, notificar e acolher. Para intervirem conforme a real necessidade identificada. 
Ao fim, as análises procedidas não responderam a hipóteses da presente pesquisa, de modo que não foi possível coletar dados precisos que demonstram como os profissionais enfrentam as situações de violência. Resultando em uma coleta que demonstrou a importância das notificações, e em como a partir da notificação será possível criar medidas preventivas e formalizadas pelo Estado, porém a falta de preparo dos profissionais, por toda uma questão histórica, de notificar, afetam para essa situação, e com isso a grande demanda das subnotificações, quando ao fim, é preciso medidas dos profissionais, esses pela falta de estrutura para enfrentar as situações de violência, atuam de modo assistencial e acolhedora.É de grande importância que haja por parte das instituições, uma forma de enfrentamento significativa para as vítimas, nos artigos se fora nítido que as notificações devam ser procedidas, em que se possa acionar o Disque 100, setores judiciários na vara da infância-juventude, para que assim sejam elaboradas formas de enfrentamento dos casos de forma que causem menos danos as vítimas, as instituições de assistencialismo as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, tem além da função de acolhimento aos casos notificados, mas também tem como característica a prevenção as novas ocorrências.
Os artigos pesquisados embasaram de forma positiva toda a presente pesquisa, mas, dentre muitas indagações algumas perguntas ficaram sem respostas. A atuação dos profissionais dentro da Assistência Social em um contexto geral, torna-se significativa para uma melhor prevenção dos casos de violência infanto/juvenil. Porém, se foi possível identificar com os artigos coletados, relatos sobre um possível medo articulado em exercer de forma concreta os procedimentos para identificação das situações e para que as instituições sejam acionadas.
Apresenta-se uma possível forma de melhoramento e treinamento para os profissionais: Estudos mais específicos sobre a violência e o perfil dos agressores; enfrentamento de situações emergentes e conflituosas; realização de notificações de forma concreta e; treinamento com equipes multidisciplinares. 
O psicólogo, baseando-se com a cartilha do CREPOP (2009), atue de forma a estruturar ações de atendimento de proteção a crianças e adolescentes, os proporcionando condições a se fortalecer autoestima, reestabilizando a sua convivência famíliar e comunitária em condições dignas de vida que os possibilite superação da situação de violação de direitos, além da reparação da violência sofrida. 
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Apêndice 
APÊNDICE A
Instrumento para coleta de dados
	A – Identificação
	Título do artigo: 
Abuso sexual na infância e adolescência: perfil das vítimas e agressores em município do Sul do Brasil
	Título do periódico: Texto contexto - enferm.
	Autores: 
Christine Baccarat de Godoy Martins, Maria Helena Prado de Mello Jorge
	Nome ______________________________________________
Local de trabalho _____________________________________
Graduação __________________________________________
	 País: Brasil 
	Ano de publicação: 2010
	B – Instituição sede do estudo
	CRAS 
	CREAS
	Conselho Tutelar X
	Outras instituições
	Não identifica local
	C – Tipo de publicação
	Publicação de psicologia X
	Publicação de assistência social X
	Publicação em saúde 
	Publicação jurídica 
	Publicação de outra área da saúde. Qual?
	D – Característica metodológicas do estudo
	1.Tipo de publicação
	Pesquisa
( X) Abordagem quantitativa
 ( ) Delineamento experimental
( ) Abordagem qualitativa
Não pesquisa
( ) Revisão de literatura
( x) Relato de experiência
( ) Outras ___________________________________________
	2.Objetivo ou questão de investigação
	Conhecer as caracteristicas do abuso sexual em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos.
	3.Amostra
	3.1 Seleção
( ) Aleatório
( ) Conveniência
( X) Outros
3.2 Tamanho 186 casos
3.3 Características
Idade 0 á 14 anos
Sexo M ( ) F ( x )
	4. Relações identificadas entre as partes
	4.1 Caracterizações da violência: Houve lesão corporal de 90,3%, sequelas físicas e psicológicas em 97,8%.
4.2 Formas de enfrentamento: é preciso identificação precoce dos órgãos competentes, a fim de interromper a ocorrência possibilitando o tratamento e acompanhamentos adequados, a fim de reduzir as sequelas decorrentes.
 
	5. Resultados
	
	7. Análise 
	7.1 Nível de significância: Nota-se que o maior número de vitimas são meninas, a partir dos oitoaos dez anos de idade, ao contrario dos meninos que quando atingem essa idade, diminui-se os riscos de abuso.
	8. Implicações
	8.1 As conclusões são justificadas com base nos resultados: Sim
8.2 Quais são as recomendações dos autores: 
A relevância aponta a necessidade de estudos científicos para melhor conhecer suas relações com os fatores pré- disponentes direcionando para ações de prevenções e serviços de atendimentos
	E – Avaliação do rigor metodológico
	Clareza na identificação da trajetória metodológica no texto (método empregado, sujeitos participantes, critérios de exclusão/inclusão, intervenção, resultados)
	Identificação de limitações ou vieses
APÊNDICE A
Instrumento para coleta de dados
	A – Identificação
	Título do artigo: 
Acolhimento de crianças e adolescentes em situações de abandono, violência e rupturas.
	Título do periódico: Ciênc. saúde coletiva
	Autores: 
Maria Clotilde Rossetti Ferreira, Ivy Gonçalves de Almeida, Nina Rosa do Amaral Costa, Lilian de Almeida Guimarães, Fernanda Neísa Mariano, Sueli Cristina de Pauli Teixeira, Solange Aparecida Serrano.
	Nome ______________________________________________
Local de trabalho _____________________________________
Graduação __________________________________________
	País: Brasil 
	Ano de publicação: 2012
	B – Instituição sede do estudo
	CRAS X
	CREAS X
	Conselho Tutelar 
	Outras instituições
	Não identifica local
	C – Tipo de publicação
	Publicação de psicologia X
	Publicação de assistência social X
	Publicação em saúde X
	Publicação jurídica X
	Publicação de outra área da saúde. Qual?
	D – Característica metodológicas do estudo
	1.Tipo de publicação
	Pesquisa
( ) Abordagem quantitativa
 ( ) Delineamento experimental
( X) Abordagem qualitativa
Não pesquisa
( ) Revisão de literatura
(X) Relato de experiência
( ) Outras ___________________________________________
	2.Objetivo ou questão de investigação
	Compreender a rede de significações que permeia as praticas de acolhimento familiar, institucional e adoção.
	3.Amostra
	3.1 Seleção
( ) Aleatório
( ) Conveniência
( X) Outros
3.2 Tamanho 
3.3 Características
Idade _____
Sexo M ( ) F ( )
	4. Relações identificadas entre as partes
	4.1 Caracterizações da violência: Este artigo é um texto coletivo elaborado a partir das experiências de pesquisa e intervenção do subgrupo do CINDEDI-USP (Centro de Investigações sobre Desenvolvimento Humano e Educação Infantil da Universidade de São Paulo), denominado GIAAA (Grupo de Investigação sobre Abrigamento, Acolhimento Familiar e Adoção). Ele apresenta alguns pontos para discussão sobre diferentes formas de acolhimento a crianças e adolescentes em situações de abandono, violência e ruptura, buscando contribuir para a promoção de políticas e práticas sociais de qualidade na área da proteção à infância e juventude.
4.2 Formas de enfrentamento: Essa preocupação está relacionada a um importante posicionamento do CINDEDI, o qual defende uma relação necessária e indissociável entre teoria e prática social e entre pesquisa e intervenção, pois a prática permite um outro olhar à pesquisa, possibilitando uma análise do processo em movimento. 
	5. Resultados
	As várias pesquisas e discussões do nosso grupo apontam para a necessidade de capacitação dos vários atores envolvidos nas medidas de proteção (conselheiros tutelares, equipes interprofissionais, operadores do direito, etc), bem como a articulação dos atores que participam de situações de acolhimento familiar, institucional e adoção – pais, profissionais dos diferentes contextos, crianças, entre outros – num efetivo trabalho em rede, que possibilite o desenvolvimento integral destas crianças e adolescentes em situações de abandono, violência e rupturas, atendendo tanto a seus direitos como aos de suas famílias.
	7. Análise 
	7.1 Nível de significância: O papel da Teoria do Apego na área constitui um bom exemplo da relevância das ciências do desenvolvimento humano para a definição das políticas e práticas sociais de educação e proteção de crianças e jovens, sobretudo daqueles que tem seus direitos violados.
	8. Implicações
	8.1 As conclusões são justificadas com base nos resultados: Sim 
8.2 Quais são as recomendações dos autores: Em primeiro lugar, parecem-nos fundamentais medidas que garantam às famílias de origem boas condições de emprego, saúde, educação e moradia, dentre outras. Medidas simples, como creches e ensino fundamental em tempo integral e de boa qualidade, por exemplo, já contribuiriam para diminuir drasticamente o numero de crianças abrigadas.
	E – Avaliação do rigor metodológico
	Clareza na identificação da trajetória metodológica no texto (método empregado, sujeitos participantes, critérios de exclusão/inclusão, intervenção, resultados)
	Identificação de limitações ou vieses
APÊNDICE A
Instrumento para coleta de dados
	A – Identificação
	Título do artigo: 
A notificação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes por profissionais de saúde
	Título do periódico: Cad. Saúde Pública.
	Autores: 
Hebe Signorini Gonçalves, Ana Lúcia Ferreira
	Nome ______________________________________________
Local de trabalho _____________________________________
Graduação __________________________________________
	País: Brasil 
	Ano de publicação: 2002
	B – Instituição sede do estudo
	CRAS 
	CREAS
	Conselho Tutelar 
	Outras instituições
	Não identifica local X
	C – Tipo de publicação
	Publicação de psicologia 
	Publicação de assistência social 
	Publicação em saúde X
	Publicação jurídica 
	Publicação de outra área da saúde. Qual?
	D – Característica metodológicas do estudo
	1.Tipo de publicação
	Pesquisa
( ) Abordagem quantitativa
 ( ) Delineamento experimental
(X ) Abordagem qualitativa
Não pesquisa
( ) Revisão de literatura
( X) Relato de experiência
( ) Outras ___________________________________________
	2.Objetivo ou questão de investigação
	Dificuldades enfrentadas pelos profissionais, sugerindo possíveis soluções a serem aplicadas no caso brasileiro.
	3.Amostra
	3.1 Seleção
( ) Aleatório
( ) Conveniência
( X) Outros
3.2 Tamanho 420 Crianças
3.3 Características
Idade _____
Sexo M ( ) F ( )
	4. Relações identificadas entre as partes
	4.1 Caracterizações da violência: O reconhecimento da ocorrência de maus-tratos contra crianças trouxe como consequência direta a necessidade de protegê-las. Tal proteção tem início oficialmente com a notificação da violência à autoridade competente.
4.2 Formas de enfrentamento: Vê-se, assim, que o ato de notificar é um elemento crucial na ação pontual contra a violência, na ação política global e no entendimento do fenômeno. Apesar disso, muita controvérsia permeia ainda o tema, sem perspectivas de solução imediata.
	5. Resultados
	O primeiro aspecto a ser considerado é o que diz respeito à suspeita de maus-tratos. O grau de suspeita varia desde um leve indício de que possa ter havido violência até o relato explícito da criança ou do adulto que a acompanha. Não há como dispensar o mesmo tratamento a situações tão díspares. Uma suspeita leve - eventualmente uma desconfiança que se origina em alterações clínicas ou do comportamento da criança - pode ser melhor investigada no interior de uma relação já construída entre o cliente e o profissional de saúde que faz seu acompanhamento rotineiro. Em tais situações, consideramos viável e útil, para a criança, para a família e para as instituições envolvidas, fundamentar melhor a suspeita antes de encaminhar a notificação.
	7. Análise 
	7.1 Nível de significância: Mas sobretudo, parece necessário discutir as conseqüências do ato de notificar. Aqui, as expectativas dos diversos profissionais e das diversas agênciasparecem encontrar seu maior desafio. Trata-se de um desafio que fala da concepção de justiça que o ato de notificar e suas conseqüências transmitem às famílias brasileiras.
	8. Implicações
	8.1 As conclusões são justificadas com base nos resultados: Sim
8.2 Quais são as recomendações dos autores:
O apelo por fazer cessar a violência não pode ignorar que ela é plural: sua dinâmica e suas manifestações são diversas, e, como tal, exigem combate diferenciado. Quando atinge a criança no interior da família, a experiência tem mostrado que punir o responsável não é necessariamente a melhor conduta.
	E – Avaliação do rigor metodológico
	Clareza na identificação da trajetória metodológica no texto (método empregado, sujeitos participantes, critérios de exclusão/inclusão, intervenção, resultados)
	Identificação de limitações ou vieses
APÊNDICE A
Instrumento para coleta de dados
	A – Identificação
	Título do artigo: 
A Ruptura social infanto juvenil e sua inferência nas representações de conselho tutelar.
	Título do periódico: Trab. educ. saúde
	Autores: 
Cléa Adas Saliba Garbin, Danielle Bordin, Cristina Berger Fadel, Artênio José Ísper Garbin, Nemre Adas Saliba.
	Nome ______________________________________________
Local de trabalho _____________________________________
Graduação __________________________________________
	País: Brasil 
	Ano de publicação: 2017 
	B – Instituição sede do estudo
	CRAS 
	CREAS
	Conselho Tutelar X
	Outras instituições
	Não identifica local
	C – Tipo de publicação
	Publicação de psicologia X
	Publicação de assistência social 
	Publicação em saúde 
	Publicação jurídica 
	Publicação de outra área da saúde. Qual?
	D – Característica metodológicas do estudo
	1.Tipo de publicação
	Pesquisa
( ) Abordagem quantitativa
 ( ) Delineamento experimental
( x) Abordagem qualitativa
Não pesquisa
( ) Revisão de literatura
(x ) Relato de experiência
( ) Outras ___________________________________________
	2.Objetivo ou questão de investigação
	Este estudo qualitativo introduz o tema das representações e conselheiros tutelares com o objetivo de ampliar a compreensão do universo desses atores sociais
	3.Amostra
	3.1 Seleção
( ) Aleatório
( ) Conveniência
( X) Outros
3.2 Tamanho 5 Participantes
3.3 Características
Idade _____
Sexo M ( ) F ( )
	4. Relações identificadas entre as partes
	4.1 Caracterizações da violência: Como observado no discurso, é comum a utilização de distintas classificações para a violência, no entanto, na vivência cotidiana, verifica-se que elas não são excludentes e sim cumulativas, visto que um ato violento pode estimular diversas outras formas de agressão.
4.2 Formas de enfrentamento: 
	5. Resultados
	Do total de entrevistados, três pertenciam ao gênero feminino e dois ao gênero masculino, e todos exerciam a função de conselheiro há mais de dois anos. A média etária dos participantes foi de 36 anos e a escolaridade declarada, em sua maioria, ensino médio completo.
	7. Análise 
	7.1 Nível de significância: As considerações apreendidas no presente estudo ratificam a presença de gradações relevantes, inerentes ao processo relacional do conselheiro tutelar em seu ambiente de trabalho, corroborando o reconhecimento de parâmetros norteadores da relação intersubjetiva conselheiro tutelar e práxis social.
	8. Implicações
	8.1 As conclusões são justificadas com base nos resultados: Sim 8.2 Quais são as recomendações dos autores:Diante do reconhecido papel atribuído aos conselheiros tutelares no sistema de atenção à infância e à juventude no Brasil, e na garantia de direitos de crianças e adolescentes, sugere-se o desenvolvimento de pesquisas com outras fontes metodológicas a fim de originar novos subsídios capazes de fomentar a estruturação e o fortalecimento das práticas desenvolvidas por esses atores sociais.
	E – Avaliação do rigor metodológico
	Clareza na identificação da trajetória metodológica no texto (método empregado, sujeitos participantes, critérios de exclusão/inclusão, intervenção, resultados)
	Identificação de limitações ou vieses
APÊNDICE A
Instrumento para coleta de dados
	A – Identificação
	Título do artigo: 
Caracterização do abuso sexual em crianças e adolescentes notificado em um programa sentinela
	Título do periódico: Acta paul. enferm
	Autores: 
Rosilene Santos Baptista Inacio Satira Xavier de França, Carlione Moneta Ponte da Costa, Virginia Rossana de Sousa Brito
	Nome ______________________________________________
Local de trabalho _____________________________________
Graduação __________________________________________
	País: Brasil 
	Ano de publicação: 2008
	B – Instituição sede do estudo
	CRAS 
	CREAS
	Conselho Tutelar 
	Outras instituições: Programa Sentinela
	Não identifica local
	C – Tipo de publicação
	Publicação de psicologia X
	Publicação de assistência social 
	Publicação em saúde 
	Publicação jurídica X
	Publicação de outra área da saúde. Qual?
	D – Característica metodológicas do estudo
	1.Tipo de publicação
	Pesquisa
( X) Abordagem quantitativa
 ( ) Delineamento experimental
( ) Abordagem qualitativa
Não pesquisa
( ) Revisão de literatura
( x) Relato de experiência
( ) Outras ___________________________________________
	2.Objetivo ou questão de investigação
	Caracterizar abuso sexual em crianças e adolescentes registrados pelo Programa Sentinela em Campina Grande-PB; analisar incidência de abuso sexual; traçar perfil das crianças e adolescentes atendidas nesse programa; identificar principais abusadores e incidência desse abuso no ambiente intra e extrafamiliar. 
	3.Amostra
	3.1 Seleção
( ) Aleatório
( ) Conveniência
( X) Outros
3.2 Tamanho 23 notificações
3.3 Características
Idade 0 á 12 anos
Sexo M ( ) F ( x)
	4. Relações identificadas entre as partes
	4.1 Caracterizações da violência: A violência doméstica contra crianças e adolescentes é um fenômeno prevalente na história da civilização ocidental, sendo construída socialmente, fundada em crenças, valores, padrões e permissões de determinada época e cultura.
4.2 Formas de enfrentamento: 
	5. Resultados
	No período selecionado para o estudo, dos 60 casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes na faixa etária de 3 a 17 anos, notificados pelo Programa Sentinela, verificou-se que 23(38%) foram registrados durante o ano de 2005, e que 37(62%) foram notificados ao longo do ano de 2006. Esses dados mostram que em 2006 houve um acréscimo de 14 novos casos notificados desse tipo de violência, que representam um aumento de 24%.
	7. Análise 
	7.1 Nível de significância: Dado que todas as notificações de casos de abuso sexual dizem respeito a crianças e adolescentes com baixo nível de escolaridade, com incidência naquelas oriundas de famílias com baixo poder aquisitivo, e com maior número de membros no núcleo familiar, pode-se inferir a possibilidade desse tipo de violência estar sendo silenciado nas clases mais favorecidas.
	8. Implicações
	8.1 As conclusões são justificadas com base nos resultados: Sim 
8.2 Quais são as recomendações dos autores: 
	E – Avaliação do rigor metodológico
	Clareza na identificação da trajetória metodológica no texto (método empregado, sujeitos participantes, critérios de exclusão/inclusão, intervenção, resultados)
	Identificação de limitações ou vieses
APÊNDICE A
Instrumento para coleta de dados
	A – Identificação
	Título do artigo: 
Completitude das notificações de violência perpetrada contra adolescentes em Pernambuco,Brasil.
	Título do periódico: Ciênc. saúde coletiva
	Autores: 
Taciana Mirella Batista dos Santos, Miriam Domingos Cardoso, Ana Carolina Rodarti Pintangui, Yasmin Gabriella Cardoso Santos, Saul Manrtins Paiva, João Paulo Ramos Melo, Lygia Maria Pereira Silva
	Nome ______________________________________________

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