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ENTES FEDERATIVOS 
Lara Maria de Almeida Paz
Acadêmica de Direito pela Universidade Federal do Maranhão
---------------------------------- UNIÃO -------------------------------------
Pessoa Jurídica de capacidade política que decorre do pacto federativo. Representa o ente central (representada por chefe de governo) e ente global (representa a federação; quem representa é o chefe de estado). Dentro do território brasileiro, apresenta apenas autonomia, mas internacionalmente, representa a soberania.
Autogoverno: liderada pelo Presidente da República. Se este comete crime comum, é julgado pelo STF. Se for crime de responsabilidade, será julgado pelo Senado Federal, presidido pelo Presidente do STF.
A Constituição de 1988 atribui à União competências legislativas exclusivas, privativas, concorrentes e para estabelecer diretrizes gerais.
Autolegislação:
Competência exclusiva: atribuída ao ente federativo; indelegável. Competência do Congresso Nacional (art. 49, art. 51 e 52) e matéria da União a serem complementadas por lei (art. 48).
Competência privativa: passível de delegação (art. 22, parágrafo único)
Competência concorrente: pode ser exercida, de modo simultâneo, por mais de um ente federativo (art. 24 §1°).
Competência administrativa: a capacidade de execução das atividades de conteúdo individual e concreto, previstas na lei, voltadas à satisfação do interesse público. Princípio da execução por quem pode legislar sobre.
Competência legislativa tributária exclusiva (art. 153).
Lei nacionais: expressam a vontade da federação e aplicam-se a todos os estados 9ex.: Código Tributário Nacional)
Leis Federais: vontade da União (ex.: Lei de Processo Administrativo Federal)
Autoadministração: 
Art. 20 - bens públicos da União. Podem ser divididos em três categorias: de uso comum (livre acesso e utilização de todos), uso especial (destinados a administração pública e interesse federal) e dominicais (passíveis de alienação, não são usados para atividade pública nem particular)
Terras devolutas só serão propriedade da União quando indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental. Normalmente, pertencem aos estados.
São bens da união os recursos encontrados na plataforma continental, zona contígua e ZEE.
 ---------------------------------- ESTADOS ------------------------------
Organizações jurídicas parciais dotadas de autonomia e competência conferidas pela Constituição (principal diferença entre a estado unitário – poder central que determina a competência). Os Estados-membros participam do exercício da soberania e concorrem para a formação da vontade do Estado Federal.
Alteração da geopolítica interna dos Estados (art. 18 §3°): 
Incorporação: fusão entre dois ou mais estados para a criação de uma nova pessoa jurídica de direito público; extinção dos estados originários; para o plesbicito, deve-se consultar a população dos estados que serão fundidos.
Subdivisão: cisão do Estado originário em novos estados; extinção do estado originário; população a ser consultada é a do estado a ser subdividido (ex.: Pará)
Desmembramento: pode ocorrer por I- anexação de parte desmembrada de outro Estado, II- formação de uma novo Estado-Membro ou III- formação de um território federal. Nesse caso, não há desaparecimento do estado originário.
Procedimento: convocação do plesbicito, por meio de um Decreto Legislativo com aprovação de no mínimo 1/3 de qualquer uma das Casas do Congresso – plebiscito com a população diretamente interessada; pode recusar (encerra o processo) ou pode aceitar – Congresso tem a discricionariedade de seguir ou não com o procedimento. Caso siga, haverá a oitiva das Assembleias Legislativas interessadas (apenas opinativo) e a votação de lei federal para dispor da criação do novo Estado – Presidente da República pode sancionar (cria-se novo estado) ou vetar (o veto pode ser derrubado pelo Congresso ou não).
Auto-organização dos Estados (art. 25 CF): organização é estabelecida pela Constituição Estadual, respeitando os princípios (art. 11 ADCT) e adotando organização simétrica à CF (princípio da simetria).
A Constituição estadual está abaixo da constituição federal e acima das leis estaduais e municipais, podendo através do Tribunal de Justiça, exercer o controle normativo abstrato (art. 125 §2°).
Princípios que limitam a Constituição do Estado:
Princípios sensíveis: essência da organização federativa do Brasil (art. 34, VII), como a forma republicana de estado, o regime democrático, autonomia municipal, direitos da pessoa humana. Desrespeito a esses princípios autoriza a intervenção federal
Princípios extensíveis: normas organizatórias explicitas (art. 27 §1°, sistema eleitoral) ou implícitas (asseguram a harmonia e independência dos poderes) que vão da União aos Estados. 
Princípios estabelecidos: limitam a capacidade organizatória dos Estados federados. Art. 37, princípios da administração pública interfere nos estados.
Autolegislação: estados federados são redigidos por leis próprias. Poder Legislativo unicameral (Assembleia Legislativa). A competência legislativa dos Estados é determinada por exclusão: tudo que não lhe é vedado e não faz parte da competência da União (art. 25 §1°) ou do Município. Dessa forma, legisla sobre matérias de interesse regional (art. 24 §2°).
Competência para instituir (por lei complementar) regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (art. 25 §3°)
Obs.: estados podem instituir medidas provisórias (caráter relevante e urgente), desde que haja previsão na constituição do Estado (princípio da simetria).
Autogoverno: exercido pelo Governador, Vice e Deputados (art. 27 e 28).
Obs.: A homogeneidade exigida pelo Estado Federal impede a adoção, pelos Estados-membros, de sistema ou forma de governo diversos dos adotados no âmbito da União.
Se o Governador comete crime comum é julgado pelo STJ (art. 105, I, a) e nos crimes de responsabilidade por tribunal especial, comporto por cinco membros do Legislativo Estadual e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça, sob a presidência do Presidente deste. Em crimes eleitorais, será julgado pelo TRE.
Autoadministração (art. 25 §1° e §2°): o desempenho de suas tarefas e serviços de maneira autônoma estabelecida pela constituição estadual.
Obs.: regiões metropolitanas - aglomeração de áreas urbanas em torno de um Município maior, com a eliminação das áreas rurais e a formação de área urbana única, visando à interação entre os serviços municipais, criadas a partir de lei complementar de competência estadual.
Bens do Estado: art. 26 CF I) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito (exceto águas em depósito da União), II) as parcelas de ilhas oceânicas e costeiras que lhe tenham sido regularmente transferidas no passado; III) as ilhas fluviais e lacustres, desde que não localizadas nas zonas limítrofes com outros países e IV) as terras devolutas, desde que não sejam "indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental. 
------------------------------------ MUNICÍPIO ---------------------------------------
A CF/1988 (art. 1°) inovou em conferir aos municípios autonomia política (autoadministração) em relação às outras constituições (federalismo tridimensional).
Alteração geopolítica dos Municípios (art. 18 §4°)
Desmembramento
Fusão: união de 2 ou mais municípios; cria uma nova pessoa jurídica de direito interno
Incorporação: município B, funde-se com o A, perdendo assim a sua Personalidade jurídica, adotando a do município A.
Procedimento (art. 18 §4°): 1- edição de lei complementar federal para dispor sobre o período (essa lei não existe), 2- lei ordinária federal contendo divulgação do estudo de Viabilidade Municipal, 3- plesbicito com a população diretamente interessada, 4- lei estadual para dispor sobre a criação do novoMunicípio e 5- Sanção do Governador do Estado. 
Obs.: EC n° 15/9- barrou a criação de novos municípios. ADI por Omissão 3682, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a mora legislativa do Congresso Nacional em editar lei complementar federal que defina o período para a criação de municípios.
ADCT, art. 96: Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. 
Auto-organização (art. 29): os municípios serão regidos por lei orgânica votada em dois turnos com intervalo de 10 dias, aprovada por 2/3dos membros da Câmara Municipal. A lei orgânica observará os princípios presentes na Constituição Federal e do respectivo Estado.
Vereadores: imunidade material- o que dito durante o exercício da função, desde que dentro dos limites do município, não poderá ser objeto de responsabilização penal ou cível (inviolabilidade dos Vereadores- art. 29, VIII). Dessa forma, a inviolabilidade dos vereadores exige que a manifestação oral ou escrita guarde relação com o exercício do mandato e o interesse do Município, independentemente do local de sua ocorrência
Vereador comete crime comum, é julgado pelo Tribunal de Justiça (não se estende à crime contra a vida). 
Prefeito (art. 29, X): quando comete crimes comuns (engloba crimes contra vida) é julgado pelo Tribunal de Justiça, crime de responsabilidade, Câmara Municipal, crimes contra bens, serviços ou interesses da União, Tribunal Regional Federal e crimes eleitorais, TRE. 
Autolegislação (art. 30): faculdade, constitucionalmente assegurada ao Município, de legislar sobre assuntos de interesse local, instituir os tributos de sua competência e organizar os serviços públicos de interesse local, no âmbito da legislação concorrente. Caso haja conflito de leis envolvendo matéria de competência exclusiva do Município, a lei local deverá prevalecer sobre qualquer outra, seja federal ou estadual.
As competências legislativas suplementares atribuídas aos Municípios devem ser exercidas com observância da legislação estadual e federal (repartição vertical de competências).
Autogoverno: O governo no âmbito municipal é exercido pelo Prefeito e Vereadores, eleitos diretamente, sem qualquer ingerência da União ou do Estado-membro.
Autoadministração: as competências administrativas são exclusivas aquelas que se referem aos assuntos de interesse predominantemente local (aart. 30, I, III e V).
 ------------------------------------ DISTRITO FEDERAL -------------------------------
Território neutro não pertencente a nenhum Estado ou Município, dotado de autonomia e sede do Governo Federal. Natureza híbrida: estado e município.
Auto-organização (art. 32): o DF será regido por lei orgânica; apensar de ter processo legislativo semelhante a lei orgânica municipal, é comparada com a constituição estadual, visto que, diante de violação desta por lei ou ato normativo do Distrito Federal, admite-se ação direta de inconstitucionalidade julgada pelo Tribunal de Justiça.
Autolegislação (art. 32 §1): ao distrito federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios (interesse local e regional). 
Autogoverno (art. 32 §2° e §3°): Governador e Deputados Distritais. Assim como os Estados, o DF elege representantes ao Congresso Nacional. 
Autoadministração: São reservadas ao Distrito Federal, em regra, as mesmas competências administrativas atribuídas aos Municípios e aos Estados (CF, art. 32, § 1. º), sendo conferidas à União os referentes à organização e manutenção do Poder Judiciário, Ministério Público, polícias civil e militar, assim como o corpo de bombeiros militar (CF, art. 21, XIII e XIV). Defensoria Pública do DF será regida por lei do DF (EC 69/2002).
“Cidades Satélites” = regiões administrativas. É vedada a divisão do Df em Municípios.

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