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AD2 TURISMO E SOCIEDADE

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Aluna: Matrícula:
Ad2 Turismo e Sociedade
Questão 1 (valor: 5,0 pontos): O artigo considera que os espaços turísticos são organizados a partir de mecanismos de separação e diferenciação social que resultam na adoção de estratégias de controles dos fluxos e acessos aos lugares turísticos. Aponte os fatores que caracterizam a disputa pelo uso do espaço da praia de Jacumã (PB) como opção de lazer e turismo por parte de grupos/segmentos sociais distintos. Mínimo de 20 linhas.
O Espaço turístico se dá pelo ordenamento do espaço. Sendo necessário um planeamento para conduzir os investimentos públicos e privados. Integrando os componentes econômicos, culturais, ecológicos e estruturais em uma determinada região.
A Praia de Jacumã dispõe de alguns componentes na sua ocupação, formando uma área turística, como por exemplo: sua localização no maior núcleo do município do Conde, área em infraestrutura básica, ruas pavimentadas, transporte público, abastecimento de água, próximo aos meios de hospedagem, centro comercial, farmácias, restaurantes, entre outros.
A transformação da praia em destino turístico se deu devido a urbanização e ocupação de empreendimentos turísticos.
Os espaços físicos e sociais mudaram após especulações imobiliárias, havendo ofertas de hospedagens, extensões de áreas loteadas, forte concentração de propagandas publicitárias com faixas e letreiros com atrativos.
Assim o espaço foi valorizado e obteve mudanças nas paisagens da praia.
A população chegava através de excursões na praia, se tornando o símbolo do lazer em massa no município.
O consumo característico do lazer dos públicos excursionistas, traduzido nas formas de se alimentar, nos produtos e serviços utilizados, e nas formas de ocupação dos espaços da praia, acabou refletindo em disputas simbólicas de poder no uso e apropriação dos espaços de Jacumã.
Questão 2 (valor: 5,0 pontos): Considerando as políticas adotadas pela administração do município de Conde, Litoral Sul da Paraíba, para a mediação dos conflitos produzidos pela presença de visitantes pertencentes às camadas mais pobres (“excursionistas” considerados pejorativamente como “farofeiros”), notadamente na praia de Jacumã, comente as ações e intervenções que procuram legitimar a exclusão das camadas populares do cenário turístico local. Mínimo de 20 linhas.
A prática do excursionismo era marca de lazer em massa no município de Conde, na praia de Jacumã. O grande fluxo era considerado maior que a população residente. Não havendo suporte para infraestrutura local, causava problemas como acúmulo de lixos, poluição sonora e engarrafamentos.
A prefeitura então resolveu reservar um espaço provisório de estacionamentos para esse tipo de excursão, onde era feito o embarque e desembarque que ficava bem distante da praia, assim dificultando o acesso dos “farofeiros “a área balnear. Além disso uma lei foi regulamentada com uma cobrança de taxa para entrada de ônibus de excursões as praias de Conde.
A intenção era de diminuir o fluxo das excursões populares e garantir a qualidade ambiental da praia. Com essa taxa cobrada se pretendia gera lucros para serem implantados na melhoria da infra- estrutura local.
Foi realizado também uma pesquisa na Praia de Jacumã, na intenção de se traçar um perfil da praia. Os entrevistados foram gestores públicos, secretário do turismo e planejamento, moradores locais e veranista de Jacumã.
A entrevista revelou divergências.
Comerciantes foram favoráveis, acreditando nos benefícios econômicos. Moradores e veranistas não demonstraram aspecto positivo e afirmaram que o perfil “farofeiros” como principais consumidores do comércio local.
Conclusão: A excursão dos farofeiros para os empreendedores se dá a um mal necessário, pois eles não se encaixam em um papel de ações boas e corretas. Para qualidade ambiental e qualidade de lazer representam membros da parcela mais pobre da sociedade e economicamente falando são consumidores falhos e inúteis para as orientações do mercado. A sua simples presença, mesmo que temporária, pode deixar turvo o que deve ser transparente, sendo a única resposta racional a essa presença, o esforço de excluí-los da sociedade. 
As medidas adotadas para controle e disciplinamento do excursionismo na região estudada se baseiam na ideia de exclusão, pois a transformação da praia em destino turístico requer a invisibilidade dos grupos sociais incompatíveis com a organização espacial que se pretende realizar para atender demandas turísticas.

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