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Produção Avícola: Carne e Ovos

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Avicultura 
 
Produção avícola dividida em duas gamas: 
produção de carne e produção de ovos. 
Essas duas áreas tem um manejo inicial 
semelhante, porém com escolha de genética 
diferente. 
Introdução do Sistema de Produção: 
Evolução genética: 
 Bisavós: genética de origem nacional 
ou importada. Obtidos por meio de 
órgãos públicos ou privados de 
pesquisa de melhoria genética; 
 Avozeiros: obtenção de ovos da 
linhagem das bisavós. Esses avós 
passarão pelo processo de 
cruzamento para obtenção de 
matrizes com a genética desejada. 
 Matrizeiros: Matrizes cruzadas 
para gerar os ovos que serão 
enviados para o incubatório. 
 Incubatórios: são chocados os ovos 
dando origem aos pintinhos. 
Subdivisão dos ovos férteis 
Aves de corte: 
Saindo do incubatório serão encaminhados 
para os aviários onde passarão pelo 
processo de crescimento e engorda. Esses 
animais chegam aos 3 dias de vida e ficam 
até por volta de 38 a 45 dias de vida 
(dependendo do sistema de manejo). 
Aves de postura: 
Saindo do incubatório, serão encaminhadas 
para os aviários, onde as frangas serão 
direcionadas para se tornarem poedeiras. 
Cria: da 1° a 6° ou 8° semanas. 
Recria: da 7° ou 9° semanas até a 18° ou 
20° semanas. 
Postura: Da 17° semana até a 70° semana. 
Após há 70 semanas, essas aves de 
postura serão abatidas. 
 
1. Incubatórios: 
A qualidade dos ovos incubados é 
fundamental para a produção de pintainhos. 
A incubação corresponde a 1/3 da vida dos 
pintainhos. 
Os ovos devem ser recebidos das granjas de 
matrizes em condições ótimas para a 
incubação. Todos os procedimentos 
realizados desde o processo de produção 
(cuidados com a matriz e com o macho 
também estão inclusos) e coleta dos ovos 
até transportação e acondicionamento 
implicam diretamente nos resultados que 
serão obtidos. 
Coleta de ovos férteis e higienização: 
Recomenda-se que se realizem grandes 
quantidades de coletas de ovos diárias para 
que assim seja possível reduzir a 
porcentagem de ovos rachados e de melhor 
qualidade, além de reduzir o tempo de 
permanência desses ovos em ambiente 
contaminado. Ideal é que recolham de 4 a 5 
vezes por dia. 
Deve-se realizar a coleta dos ovos e 
juntamente com esta, uma pré-seleção dos 
ovos, descartando aqueles que 
apresentarem deformidade, cascas 
trincadas ou sujas, alterações de casca, 
ovos com gema dupla, ovos com tamanhos 
inadequados para a incubação etc. (utilização 
de análise visual, ovoscópia, etc.). 
Antes de realizar a coleta: funcionários 
devem estar devidamente higienizados. 
Os ovos férteis devem ser higienizados no 
máximo 30 minutos após a postura. 
*Obs.: No momento da coleta dos ovos é 
sempre recomendado observar as condições 
dos ninhos e camas, e em seguida realizar 
sua manutenção se necessária. 
*Obs. 2: Os ovos que são coletados do chão 
têm uma menor taxa e eclodibilidade, então 
devem ser identificados e manuseados 
separadamente. 
Armazenamento dos ovos férteis na 
granja: 
Após a coleta deve-se preocupar com a 
preservação da qualidade dos ovos férteis. 
A permanência dos ovos nas granjas devem 
ser a menor possível, lembrando sempre 
que quanto mais tempo permanecerem ali, 
maior a chance de se contaminarem 
novamente. Geralmente, realiza-se o envio 
destes ovos para o incubatório duas vezes 
por semana. 
Deve-se prezar pela melhor circulação 
possível de ar, além de manter o local 
sempre limpo e organizado. Além disso, a 
sala de armazenamento de ovos na granja 
deve possuir uma temperatura de 
aproximadamente 20°C. 
Transporte da granja até o incubatório: 
Deve possuir uma baixa porcentagem de 
ovos rachados ou mesmo impróprios para a 
incubação. 
O transporte desses ovos férteis deve ser 
feito, sempre que possível nos horários mais 
frescos do dia. 
O transporte deve ser higienizado 
diariamente além de manter uma 
temperatura interna de aproximadamente 
20°C também. 
 
 
Chegada dos Ovos Férteis no 
Incubatório e processo de Incubação: 
Os ovos devem ser acondicionados em 
bandejas próprias e adaptados ao carrinho 
de incubação. Lembrando que ao chegarem 
ao incubatorio, devem ser analisados 
novamente e descartar ovos rachados ou 
inadequados. 
Sala de ovos: Deve apresentar uma 
temperatura de 20°C e umidade relativa de 
65-75%. Na sala dos ovos, realiza-se a 
conferencia da carga e a identificação dos 
lotes. Os ovos permanecerão ali durante 6 
dias (considerando que cada dia a mais de 
armazenamento implicará em dias a mais de 
incubação). 
-Escolha dos ovos para incubação: 
Tamanho: 52g -69g; 
Forma: Atípicas, rachaduras devem ser 
descartadas; 
Higienização (lavagem dos ovos sujos): 
Colocar os ovos sujos em bandejas 
separadas, realizar lavagem imediata pós-
coleta em solução desinfetante com 
temperatura de 40°C, porém não exceder 
3 minutos de lavagem. 
-Método de Fumigação- método barato e 
eficiente, porém podendo causar danos á 
saúde dos tratados e diminuir a taxa de 
eclodibilidade dos embriões. 
Sala de Pré-Incubação: Após permanecerem 
armazenados durante seis dias, serão 
transferidos para a sala pré-incubação, onde 
a temperatura encontrada será de 
aproximadamente 25°C. Esse processo 
serve para minimizar choques térmicos 
entre a sala de ovos e a incubadora. Os ovos 
permanecerão nessa sala pelo período de 6 
a 12 horas, lembrando que a circulação de ar 
deve ser eficiente, para que haja 
uniformização adequada. 
Incubatório: a máquina de incubação 
necessita de condições pré-estabelecidas, 
que influenciarão na qualidade dos pintainhos. 
A temperatura é de 37°C e a umidade 
relativa de 65%. Esses fatores serão 
mensurados por meio de termômetros bulbo 
úmidos. 
A viragem durante o processo de incubação 
é fundamental. As bandejas devem ser 
rotacionadas por movimentos de 45° de 
hora em hora durante o período do 2° dia ao 
16° dia de incubação. Esse processo servirá 
para evitar a aderência do embrião na 
casca, além de auxiliar na redução de 
temperatura proveniente do embrião. Além 
de ajudar na circulação de O2 e remoção de 
CO2. 
A ventilação é outro fator fundamental, uma 
vez em que removerá o CO2 oriundo da 
respiração dos embriões. 
Duração da incubação: 18 dias 
Transferência da bandeja de incubação para 
a bandeja de nascedouros: avaliar a % de 
perdas durante os 18 das (ideal 12%) 
Transferência para a bandeja de 
nascedouros: Os pintainhos permanecerão 
na bandeja de nascedouros durante seus 
três primeiros dias de vida, completando 
assim um período de 21 dias de incubação. 
Os pintinhos não apresentam nascimentos 
simultâneos, quanto maior o intervalo entre 
os nascimentos do primeiro pintinho ao 
último, pior será a qualidade do lote. 
Deve-se tomar cuidado nessa transferência 
para que seja rápida, evitando o esfriamento 
dos ovos. 
Realizar ovoscopia para separar os ovos 
claros (esses são os ovos inférteis ou 
mortos e devem ser descartados). 
Realização da vacinação “in ovo”, contra a 
doença de Marek, dentre outras vacinas 
recomendadas. 
Janela de Nascimento: indica o número de 
aves nascidas 
 -Nascimento precoce: pintinhos mais 
suscetíveis a desidratação, o que pode levar 
á mortalidades aos 7 dias de vida e animais 
de baixo desempenho. (fatores 
predisponentes: período de aquecimento e 
incubação muito longos, temperatura e 
umidade inadequada, ventilação incorreta, 
excesso de ovos nos nascedouros, e 
tamanho dos ovos). 
 -Nascimento tardio: baixa taxa de 
eclodibilidade, problemas na
qualidade do 
pintainho, aumento do número de ovos 
bicados e ovos com embriões não nascidos. 
(fatores predisponentes: colocação tardia na 
incubadora, temperatura e umidade 
inadequada, ventilação incorreta, ovos 
armazenados por longo tempo, ovos 
armazenados em temperaturas muito baixas 
e infertilidade) 
Os pintos serão retirados dos nascedouros 
quando 95% dos pintainhos nascidos 
estiverem secos. 
Transferência para a sala de pintos: os 
pintos serão retirados da bandeja de 
nascedouros. Nesse momento serão 
realizados os manejos necessários para a 
biosseguridade e em seguida serão 
transferidos para as granjas a que se 
destinam. 
-Cuidados com os pintainhos: 
o -Classificação dos pintinhos de 
primeira e/ou descarte; 
o -Cuidado com o tempo de manejo, 
que pode proporcionar a 
desidratação destes pintainhos; 
o -Sexagem dos pintinhos (exame de 
asas feitas em pintinhos de corte, 
bem como sexagem feita pela 
cloaca em matrizes); 
o -Vacinação em spray ou injeção; 
o -Seleção de Pintinhos: 
o -Plumagem e patas; 
o -Bico; 
o -Tamanho; 
o -Cicatriz umbilical; 
o -Olhos; 
-Classificação dos pintos: 
o Pinto de Primeira: Umbigo, membros, 
tamanho, bico, plumagem, olhos. 
o Pinto de Segunda: 
o Pinto de Refugo: Mortos, mal 
formados, não saíram do ovo. 
Atenção: 
 **Cuidado para não proporcionar mudanças 
bruscas de temperatura e umidade, pois 
poderá causar efeitos indesejados. 
 
 
. (gráfico de mudanças de temperaturas durante 
todo o processo de incubação). 
 
2. Aves Poedeiras: Produção de 
Ovos 
Ovos: Proteína animal mais acessível. 
Sistemas de Criação de Aves de Postura-
dividido em três fases: 
1. Cria (1° semana a 6/8° semana); 
o Obtenção de pintainhos com a 
genética adequada; 
o Piso/Bateria/Gaiolas; 
o Sistema All in All out; 
o Controle de ambiência: deve-se pré-
aquecer o ambiente do galpão 24 
horas antes da chegada dos 
pintinhos; Montar as estruturas de 
círculos, campânulas e testar seus 
funcionamentos; 
o O fornecimento de uma luz intensa 
na primeira semana de vida dos 
pintinhos ou ajudará a encontrar 
alimento e água rapidamente, além 
de auxilia-las na adaptação de seu 
novo ambiente. 
o As pintainhas devem receber 22 
horas de luz durante a primeira 
semana de vida, e 2 horas de 
escuro. 
o A disposição dos pintinhos nos 
galpões servirá como indicativo de 
manejos 
 
Deve-se também acondicionar as pintainhas 
corretamente ao manejo da granja. 
-Checagem pós-alojamento: 
Devem se realizar duas checagens após a 
chegada das pintinhas na granja 
 Checagem 01: 
Verificar a temperatura do pé das aves, o 
que servirá de indicativo para rever a 
temperatura do galpão, caso os pés estejam 
frios; 
 Checagem 02: 
A checagem 02 deve ser realizada 24 
horas após a chegada das pintinhas na 
granja. 
Deve-se então avaliar o enchimento do papo 
das pintainhas. 24 horas após sua chegada 
devem estar 95%-100% preenchidos; 
 
 
*Obs.: Na primeira semana de vida, são 
utilizados os círculos de confinamento, que 
servirão para evitar que as pintinhas se 
afastem muito das campânulas e dos 
aquecedores. 
*Obs. 2: Regular as cortinas ao longo do dia 
e da noite para manter o ambiente do 
criatório com um conforto térmico ideal. 
Importante lembrar: 
Nos sistemas permitidos, deve-se realizar a 
debicagem dos animais. 
Por que realizar debicagem? 
o Evita-se canibalismo; 
o Evita que as galinhas biquem os ovos 
na fase de postura; 
o Reduz estresse social entre as 
aves; 
o Redução da bicagem das penas; 
o Diminui o desperdício de ração; 
o Evita que as aves selecionem 
partículas maiores de ração 
(necessitam comer todos os 
nutrientes fornecidos); 
o Manter a uniformidade do lote; 
Como se deve realizar a debicagem? 
1° passo: do incubatório ao 7° ou 10° dias de 
vida (retirada de 1/3 do bico); 
2° passo: entre 12° a 14° semana de vida 
(bico superior fique com o comprimento de 5 
a 6 mm a partir das narinas); 
 
o Início na manhã ou ao entardecer; 
o Aves doentes devem ficar 
separadas. A debicagem deve ser 
realizada apenas em aves sadias e 
nas idades indicadas; 
o Tranquilidade e treinamento; 
o Temperatura: 650°C (garantir a 
cauterização do bico, evitando 
hemorragias e possíveis formações 
de calos); 
o Fornecer vitamina K: 3dias antes do 
procedimento e 3 dias depois 
o Comedouros cheios para evitar que 
batam o bico no fundo; 
o Estimular o consumo de água e 
alimento; 
o Evitar outras práticas de manejo; 
Manejos a serem considerados: 
o Manter os bebedouros iniciais ou 
pendulares sempre limpos e com 
água fresca. Realizar troca dessa 
água pelo menos duas vezes ao dia; 
o Os comedouros devem ser 
adequados para os animais, e deve-
se colocar uma fina camada de 
ração (evita desperdício). 
Repor a ração no mínimo 4 vezes 
ao dia. 
A cada semana recomenda-se 
regular a altura dos comedouros e 
bebedouros, facilitando o acesso das 
aves. Comedouros devem estar na 
altura do papo e os bebedouros na 
altura do dorso ou acima da cabeça; 
o As telas laterais e passarelas 
internas e externas e os ninhos 
devem ser mantidos sempre limpos 
e higienizados, e os arredores dos 
galpões devem ser mantidos limpos; 
o Diariamente deve-se retirar do 
galpão aves mortas e incinera-las; 
o Realizar diariamente registros em 
fichas próprias, anotando peso, 
ração consumida, número de aves 
mortas ou descartadas, quantidade 
de luz natural recebida no dia, 
temperatura máxima e mínima 
registrada, vacinação e tratamentos 
realizados; 
2. Recria: (7/9° semana á 18/20° 
semana); 
Fatores importantes a serem levados em 
conta na fase de recria: 
Desenvolvimento corporal das aves. Será 
mensurado pelo peso médio do lote. Além de 
ser um fator muito importante para o 
desenvolvimento dos animais, também é 
possível manter a uniformidade do lote. 
o Lotes que possuam desenvolvimento 
de peso dentro dos limites padrões 
da linhagem escolhida e uma 
uniformidade acima de 80%, são 
uma garantia de maturidade sexual a 
idade fisiológica adequada e um 
desempenho produtivo esperado. 
o Realizar pesagens semanais durante 
toda a fase de recria. Essa atividade 
deve ser realizada sempre no 
mesmo horário, minimizando 
estresse; 
o Pesar uma amostra de 1 a 3% do 
lote; 
o Pesar aves de diferentes locais ao 
longo do galpão; 
o O calculo da uniformidade é feito 
pelo peso médio do lote, adicionando 
10% (limite inferior e superior). 
Posteriormente avalia-se a 
quantidade de aves que se 
encontram dentro deste padrão 
Água constitui 75% do peso corporal de 
uma ave adulta. Seu consumo é 2x maior do 
que o consumo de ração. Os cuidados com a 
água envolverão desde sua captação até seu 
armazenamento e distribuição. 
*Obs.: Em regiões quentes, a temperatura 
da água deve estar abaixo da temperatura 
ambiente. 
Alimento a ração deve ser balanceada e 
conter todos os nutrientes necessários para 
o perfeito desenvolvimento das aves. É 
recomendável não armazenar as rações por 
longos períodos e devem ser armazenadas 
em locais com temperatura e umidade ideal 
e em abrigo de raios solares. 
Importante: Na fase da recria, as aves mais 
fracas devem ser agrupadas 
separadamente para garantir melhor 
uniformidade do lote. 
3. Postura (17° semana á 70° 
semana); 
Cuidados Iniciais: 
o Transferência das frangas para o 
galpão de postura, realizando 
seleção e padronização das aves, 
agrupando-as pela conformação
corporal e maturidade sexual 
(desenvolvimento da crista) 
o Fornecer ração a vontade nos 
comedouros; 
o Orientar as aves como beber água, 
especialmente se houver diferença 
no sistema de bebedouros, 
comparado com o da cria; 
o Evitar que se realizem manejos 
estressantes, na semana seguinte á 
transferência; 
Considerações Importantes: 
o Escolher sistema de postura; 
o O local de armazenamento tanto dos 
ovos quanto dos alimentos não deve 
ter acesso de outras aves, animais 
silvestres, domésticos, ou insetos; 
o Local de armazenamento dos ovos: 
o Deve estar livre de maus cheiros; 
o Deve estar localizado, de 
preferência, no centro do terreno; 
o Deve haver um local adequado para 
realização da classificação, ovoscopia 
e embalagem; 
o Conter um local para 
armazenamento e expedição; 
o Local para depósito de embalagens 
(que devem estar limpas); 
o Local apropriado e devidamente 
aparelhado para a lavagem de 
recipientes, bandejas e esterilização 
de materiais; 
o – 
o Câmaras frigoríficas quando 
necessário; 
o Vestiários e Sanitários (cuidados 
sanitários tanto do ambiente quanto 
dos funcionários são de extrema 
importância); 
Manejo na fase de postura: 
o O ambiente deve ser mantido 
tranquilo e evitar movimentações no 
local onde as galinhas se encontram 
alojadas; 
o Realizar pesagem semanal 
(fundamental para manter a 
uniformidade do lote e uma maior 
produtividade); 
o Controle de moscas; 
Manejo Alimentar: 
o Necessário do conhecimento pleno 
do potencial genético das diferentes 
linhagens e variedades disponíveis no 
mercado e seus perfis de produção 
ao longo de seu ciclo produtivo 
(considerando duas fases desse 
ciclo: ciclo de produção normal e a 
muda forçada) 
o Alimentação das aves representa 
cerca de 70% dos custos de 
produção, porém também 
caracteriza o bom aproveitamento 
produtivo destes animais; 
o Exigência energética de aves 
poedeiras: relacionada com fatores 
como peso corporal, ganho corporal, 
produção de massa de ovos, nível de 
empenamento, temperatura 
ambiente, composição corporal, 
composição do ovo, etc. 
* Aves com temperatura ambiente 
adequada, utilizam menos energia para 
termorregulação; Temperatura acima de 
27°C > Utilização de energia para dissipar o 
calor e consequentemente, queda na 
produção de ovos. 
o Proteínas, aminoácidos (metionina), 
exercem influencia sobre o peso do 
ovo. 
Muda forçada: 
A muda é um processo fisiológico que ocorre 
nas aves, renovando suas penas, até que 
desenvolvam seu empenamento definitivo. 
No caso de aves comerciais, esta muda, 
ocorre apenas após um longo período 
produtivo e a muda completa das penas 
ocorrerá apenas quatro meses após seu 
início. Nesse período, porém, as aves não 
realizam postura de ovos. 
Para otimizar o processo produtivo, realiza-
se um manejo que induz a queda das penas 
e crescimento de uma nova plumagem de 
forma mais rápida, processo conhecido 
como Muda Forçada, e pode ser realizado de 
diferentes formas, desde medicamentos, 
métodos nutricionais e métodos de manejos. 
Manejo com os Ovos: 
O manejo com os ovos deve ser realizado de 
forma muito cuidadosa e criteriosa, com a 
finalidade de evitar ovos sujos, rachados, 
com defeitos etc. 
Recomenda-se manter as gaiolas e ninhos 
sempre limpos além de realizar a coleta de 
ovos ao menos quatro vezes ao dia. 
 Transporte dos ovos 
 Acondicionamento 
 Lavagem 
 Ovoscopia 
-Aspersão de óleo: depois da ovoscopia, os 
ovos deverão passar pelo processo de 
aspersão de óleo para que os poros da 
casca sejam fechados e assim, impedir a 
entrada de micro-organismos. 
Os ovos serão classificados de acordo com 
seus tamanhos e pesos, e depois separados 
em categorias especificas para a 
comercialização. 
Fase final da produção: 
Com a saída das aves, o galpão deve ser 
preparado para a recepção de novas aves 
(manejo sanitário). 
o Retirar os restos de ração dos 
comedouros e água dos bebedouros; 
o Retirar os equipamentos removíveis, 
provendo sua completa lavagem e 
desinfecção destes; 
o Retirar a cama ou esterco e 
ensacar e isolar a área da granja; 
o Varrer pisos, gaiolas, telas e 
estruturas do telhado; 
o Passar vassoura de fogo, e 
posteriormente lavar com jato de 
água, inclusive as cortinas; 
o Repor o equipamento após a 
secagem do galpão, levantar as 
cortinas e proceder sua total 
desinfecção; 
o Lavar os reservatórios de água, 
passar solução desinfetante pela 
tubulação, seguida de água limpa; 
o Promover limpeza dos arredores do 
galpão, eliminando penas, entulhos e 
matos; 
o Programar o vazio sanitário por um 
período mínimo de 15 dias; 
o Para a criação em gaiolas, lavar todo 
o equipamento e fazer reparos 
necessários; 
Sistemas de Criação de Aves 
Poedeiras. 
Existem três diferentes formas de se criar 
aves de postura (lembrando que a 
efetividade do sistema e sua qualidade 
dependerão do manejo empregado pelo 
produtor). 
 Diretamente sob o piso nas três 
fases; 
 Em gaiolas nas três fases; 
 Piso na fase inicial e gaiola nas fases 
finais; 
Sistema Convencional 
Sistema Convencional compreende a criação 
de aves poedeiras em gaiolas em todas as 
fases. Esse sistema fere pontos 
fundamentais do B.E.A (restrição de espaço, 
delimitação de movimento, mutilação 
(debicagem), etc.); 
 Viabilizou o consumo de ovo; 
 Linhagem, ambiência, nutrição, 
sanidade e manejo: Maior 
desempenho. 
 Aumento da produtividade: Maior 
número de aves alojadas; 
 Lotes uniformes; 
 Manejo facilitado; 
 Maior controle de doenças; 
 Ovos mais limpos; 
-Sistema Piramidal x Sistema Vertical; 
 
Sistemas Alternativos 
Com a finalidade de obedecer aos princípios 
do B.EA, esses sistemas alternativos buscam 
maneiras de manter a produtividade em 
massa, porém sem desrespeitar normas de 
bem estar animal; 
 Cage-Free 
Sistema de produção de galinhas sem gaiolas; 
Confere as praticas de bem-estar; 
 Galinhas soltas no galpão (cama); 
 Não tem acesso ao pasto; 
 Meio espaço para movimentação; 
 Ninho (5 aves por ninho); 
 Poleiros (15 cm por ave); 
 Densidade: 7 aves/ m²; 
 Área de banho 
 Isentos: antibióticos, quimioterápicos, 
antioxidantes, antifúngicos; 
 Vacinas são permitidas e alopatia 
(tratamentos que promovem efeitos 
contratios a doença) com cuidado; 
 Debicagem proibida; 
 Free-Range 
Sistema de produção de galinhas sem gaiolas; 
Confere as praticas de bem-estar; 
 Galinhas soltas no galpão (com 
cama), e saídas laterais (acesso ao 
pasto-piquete); 
 Área de banho; 
 Meio espaço para movimentação; 
 Ninho (7 aves por ninho); 
 Poleiro (15 cm por ave); 
 Mínio de 6 horas na área externa; 
 Densidade: 7 aves/m² no galpão e 5 
aves/m² no piquete;*( pastejo 
rotacionado deve ter 1m² para cada 
ave no piquete. Já pastejo não 
rotacionado de 3 a 5 aves por m².) 
 Isentos: antibióticos, quimioterápicos, 
anticoccidianos, antifúngicos; 
 Vacinas são permitidas e alopatia 
com cuidado 
 Cuidados a serem tomados no 
sistema Free-range: 
 -Obter animais de sistemas 
orgânicos; 
 -Muda forçada, debicagem, 
fornecimentos de alimentos 
transgênicos são proibidos; 
 Orgânico 
Sistema de produção de galinhas sem gaiolas; 
Confere as praticas de bem-estar; 
 Soltas no galpão (com cama) e 
acesso ao pasto; 
 Ninhos (7 aves por ninho); 
 Poleiros (15 cm/ ave) 
 Densidade 7 aves/m² no galpão e 
5 aves/m² no piquete;
 Isentos: antibióticos, quimioterápicos, 
anticoccidianos, antifúngicos; 
 Vacinas e tratamentos 
homeopáticos e fitoterápicos 
 Nutrição orgânica (80%) > custos 
 Certificada pela IBP; 
 Caipira 
Sistema de produção de galinhas sem gaiolas; 
Confere as praticas de bem-estar; 
Vantagens: Desvantagens: 
Alta densidade; Investimento 
elevado; 
Facilitação de manejo; Uso específico de 
gaiolas e baterias 
Melhor controle de 
doenças; 
 
Evita amontoamento; 
Ovos mais limpos; 
 Soltas no galpão (com cama) e 
acesso ao pasto; 
 Ninhos (5 aves/ ninho); 
 Poleiros (15 cm/ave); 
 Densidade: 7 aves/m² no galpão e 2 
aves/m² no piquete; 
 Linhagem caipira; 
 Sem corante sintético na gema; 
 Certificadoras 
 
Aves de Corte: Produção de Carne 
Após o processo de incubação, os pintainhos 
serão encaminhados aos aviários, onde 
passarão pelo processo de crescimento e 
engorda e serão direcionados para o abate. 
Para isso, existem diferentes tipos de 
aviários direcionados para a produção de 
frangos de corte: 
Galpão Convencional 
O Galpão Convencional é um sistema de 
pressão positiva; 
O ambiente é recoberto por cortinas 
amarelas e na parte superior do galpão 
encontram-se os respiradouros para troca 
de ar. O forro é um teto falso que reduz a 
perda de calor, e auxilia no controle térmico 
do galpão. A cortina interna promoverá 
vedação completa, do piso ao teto falso. 
 
É um sistema que depende muito de mão de 
obra e não é um ambiente controlado. Tem 
capacidade de 12 mil a 15 mil aves por 
aviário. 
Nebulizadores e Ventiladores de média 
pressão. 
Galpão com Pressão Negativa 
Aviários modernos 
Capacidade para 35.000 aves 
Ambiente controlado (dark house e blue 
house) 
-A orientação do galpão deve seguir o eixo 
leste-oeste (reduzir a intensidade da 
incidência de luz direta nas paredes laterais 
durante a parte mais quente do dia) 
 
 
 
 
-Dark House: light traps 
Nebulizadores e exaustores de alta pressão, 
controladores de ambiente e luminosidade e 
light traps. 
-Blue House: 
-Sistema Túnel: 
Nebulizadores e exaustores de alta pressão, 
controladores de ambiente. 
Densidade de aves: 
 
 
Infraestrutura: 
 Comedouros: 
Comedouros com tambor (regulados para 
que não haja passagem de alimento em 
excesso); 
Comedouros automáticos; 
 Bebedouros: 
Bebedouro pendular (0,6 cm por ave) – A 
base do bebedouro deve estar alinhada as 
costas das aves. 
Bebedouro Nipple (10 a 12 aves por nipple). 
Para aves mais novas, deve-se estar em um 
ângulo de 35°-45°. Já para aves maiores, 
deve estar em um ângulo de 75°-85°. 
Devem garantir higiene e água de qualidade. 
O fluxo de água dependerá da temperatura 
do ambiente, e da qualidade da cama. 
 Cama: 
Maravalha de pinus, Maravalha de madeira, 
serragem, palha picada, casca de arroz, 
casca de amendoim. 
A cama pode ser nova ou reutilizada, mas 
deverá absorver as excretas das aves, além 
de garantir conforto. 
Camas reutilizadas são mais vantajosas em 
questão de custos, minimização de impactos 
ambientais e em escassez de material, 
porém devem ser retiradas do aviário e 
desinfetadas adequadamente, além de 
queimar as penas e deve ser enleirada, e 
ser mantida assim pelo período de oito dias. 
Revolver a umidade de 20-25%. 
Manejos: 
-Antes da chegada dos pintinhos, deve-se 
checar o funcionamento de todos os 
equipamentos necessários, e aquecer o 
ambiente 48 horas antes. Os pisos devem 
ser aquecidos e o ar e as camas devem 
encontrar-se a 32°C. 
 Manejo All in All out. 
-Alojamento de pintainhos: 
Existem duas formas de alojar os pintainhos 
á sua chegada. 
Pode-se disponibilizar o galpão inteiro, ou o 
galpão parcial, sendo o último o mais comum, 
uma vez em que os pintinhos ainda não têm 
capacidade de auto-termorregulação. Sendo 
assim, necessita-se realizar a manutenção 
de sua temperatura corporal. 
 -Até o 7° dia de vida: ½ do galpão. 
 -8 a 10° dia de vida: ½ a ¾ do 
galpão. 
 -11 a 14° dia de vida: ¾ do galpão. 
Daí em diante, utiliza-se o galpão inteiro. 
 Aquecimento 
Para que seja possível manter o 
aquecimento adequado dos pintainhos, utiliza-
se de mecanismos como campânulas, 
resistências e cortinas. 
 Cuidados com os pintainhos: 
Dado o momento da chegada dos pintainhos, 
deve-se tomar cuidado ao descarrega-los. As 
aves devem ingerir ração e água assim que 
forem descarregadas. 
Nas 48 primeiras horas no aviário, 
disponibilizar bebedouros infantis. 
Monitorar os comedouros para que sempre 
haja disponibilidade de alimentos. 
-Regular a altura e pressão da água 
diariamente, além de avaliar a qualidade da 
água. 
-No primeiro dia de chegada dos pintainhos, 
devem-se manter as luzes acesas durante 
24 horas, para que os pintainhos consigam 
ingerir a quantidade ideal de alimento. Na 
noite seguinte, estabelecer um período 
escuro para adaptação dos pintainhos. 
-Até os 14 dias de idade deve-se tomar 
extremo cuidado com os sistemas de 
ventilação, para evitar resfriamento 
acidental das aves. Deve-se sempre 
observar a disposição dos animais no galpão. 
Será um importante indicativo de 
temperaturas. 
-Cuidado com o acúmulo de amônia. 
Exaustores de circulação devem estar 
voltados para o teto, minimizando as 
correntes de ar voltadas para baixo. 
-Realizar checagem pós-alojamento (igual a 
das poedeiras); 
Lembrar sempre que os pintos são 
extremamente sensíveis á temperatura. 
 
 
 Manejo Alimentar 
0 aos 12 dias de vida : ração pré-inicial; 
13 aos 23 dias de vida: ração inicial; 
24 aos 40 dias de vida: ração de engorda; 
5 dias antes do abate: ração de terminação; 
Idade (dias) Conversão Alimentar 
01-07 dias 1,38 
07-14 dias 1,30 
14-21 dias 1,53 
21-28 dias 1,66 
28-35 dias 2,02 
35-42 dias 2,02 
 
Alimentação concentrada com milho e soja. 
Alimentos proteicos e energéticos, minerais, 
vitamínicos e promotores de crescimento 
(nos sistemas permitidos). 
*Obs.: Os promotores de crescimentos são 
antibióticos em doses subterapêutica, que 
auxiliará no desenvolvimento destes animais. 
Importante: a ração pré abate (final), não 
deve conter promotores de crescimento, 
pois apresentariam resíduos na carne e 
estas seriam descartadas. 
Iluminação- aumento do consumo de ração. 
Adaptação aos programas de luz (2 a 3 
watts por m²) 
 Controle: 
 Sempre remover as aves mortas; 
 Realizar pesagens; 
 Realizar limpeza das camas; 
 Verificação diária dos equipamentos 
e cortinas 
 Cuidados pré-abate: 
1. .Programar o abate. 
2. Remoção dos alimentos e água; 
A ração deve ser removia pelo menos 6 
horas antes do abate 
3. Equipamentos 
4. Apanha 
5. Carregamento 
6. Transporte 
7. Descarregamento; 
 
CHEGADA AO AVIÁRIO- Temperatura de 
32°C 
SAIDA DO AVIÁRIO- Temperatura de 19°C 
(controle térmico deve ser efetivo) 
Necessário sempre ter extremo 
cuidado com a sanidade e 
biosseguridade

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