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Atos Administrativos

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Professor Rodolfo Souza 
Direito – UFG 
 
Disciplina – Direito Administrativo 
Tema – Atos Administrativos 
 
1. Afasta-se a exigência da garantia do contraditório e da ampla defesa nos casos em que o TCU, no exercício 
do controle externo, aprecia a legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se 
tratando de ato complexo, só após a aprovação do TCU se constitui definitivamente o ato administrativo. 
 
2. Nos processos perante o TCU, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder 
resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, podendo ser citada, nesse 
sentido, aquela decisão que aprecia a legalidade de ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e 
pensão. 
 
3. Conforme entendimento sumulado do STF, o ato de aposentadoria é considerado ato complexo, não 
operando efeitos até que sobrevenha o registro. Dessa forma, não há necessidade de se assegurar o 
contraditório e a ampla defesa perante o TCU para esse ato. Assim, da mesma forma que não se exigem o 
contraditório e a ampla defesa para o ato de registro, não há motivo para exigi-los no ato de anulação do 
registro. 
 
4. O desvio de finalidade do ato administrativo verifica-se quando o agente pratica o ato visando a fim diverso 
daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. 
 
5. De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática 
motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade 
entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar o ato. 
 
6. Mesmo nos atos discricionários, não há margem para que o administrador atue com excessos ou desvio de 
poder, competindo ao Poder Judiciário o controle cabível. 
 
7. Se um secretário de Estado praticar um ato de competência do governador, o governador pode ratificar o 
ato do secretário, caso a matéria não seja de sua competência exclusiva. 
 
8. Os atos praticados sob o manto da delegação imputam-se ao delegante e ao delegado, de forma 
concorrente. 
 
9. A edição de atos de caráter normativo, a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência 
exclusiva do órgão ou da entidade não são objeto de delegação. 
 
10. Como requisito do ato administrativo, a competência é, em princípio, intransferível, só podendo ser objeto 
de delegação se estiver estribada em lei. 
 
 
 
 
Gabarito Comentado 
1. Correto. O fundamento está na Súmula Vinculante 3, que assim preceitua: “Nos processos perante o Tribunal 
de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação 
ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato 
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” 
 
2. Errado. O fundamento está na Súmula Vinculante 3, que assim preceitua: “Nos processos perante o Tribunal 
de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação 
ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato 
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” Veja que a questão citou como exemplo justamente 
o que é exceção à regra. 
 
3. Errado. O fundamento está na Súmula Vinculante 3, estando correta a primeira parte da assertiva. Contudo, 
qualquer alteração posterior ao registro, inclusive e especialmente na hipótese de sua anulação, fundamental 
o contraditório e a ampla defesa. Para o STF (MS 24.927/RO, DJ 25/08/2006), “É nula a decisão do TCU que, 
sem audiência prévia da pensionista interessada, a quem não assegurou o exercício pleno dos poderes do 
contraditório e da ampla defesa, lhe cancelou pensão previdenciária que há muitos anos vinha sendo paga”. 
 
4. Correto. A finalidade é o resultado que se quer alcançar com a prática daquele ato. Quando aquela não é 
atendida, ocorrerá o chamado desvio de finalidade, que torna o ato nulo. 
 
5. Errado. Pela Teoria dos Motivos Determinantes as razões de fato e de direito que fundamentam o ato 
administrativo, quando apresentadas, passam a condicionar a sua validade, gerando um controle de legalidade 
que leva à anulação do ato administrativo e não à revogação. Noutras palavras, se o motivo declarado for nulo, 
nulo será o ato. Relembre-se de que revogação envolve critérios de mérito (conveniência e oportunidade), 
enquanto anulação diz respeito à legalidade. 
 
6. Ao Poder Judiciário cabe o controle de legalidade dos atos administrativos. No caso dos atos discricionários, 
a lei fixa limites para atuação do administrador, de tal forma que, agindo fora desses limites, estará atuando 
com arbitrariedade, sanável através do controle judicial. 
 
7. A competência legalmente atribuída a determinado agente não pode ser por ele transferida de forma 
permanente a outro, mas poderá ser delegada e avocada, desde que não se trate de matéria de competência 
exclusiva de determinada autoridade, nos termos do art. 13 da Lei no 9784/99. Também não podem ser 
delegadas, segundo o mesmo art. 13, a edição de atos de caráter normativo e a decisão de recursos 
administrativos. 
 
8. O fundamento está na Lei no 9784/99, art. 13, § 3o que assim dispõe: “as decisões adotadas por delegação 
devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado”. (grifou-se) 
 
9. O fundamento encontra-se na Lei no 9784/99, art. 13 - Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de 
atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva 
do órgão ou autoridade. 
 
10. A competência é a capacidade, atribuída pela lei, do agente público para o exercício de seu mister. Em 
regra, é intransferível, ou inderrogável, ou seja, há impossibilidade de se transferir a competência de um para 
outro, por interesse das partes. No entanto, não está vedada a possibilidade de delegação ou avocação, quando 
 
 
previstas em lei. E é a Lei no 9.784/99, sobre processo administrativo na esfera da Administração Pública federal 
que cuidou do tema expressamente, já antes tratado no Decreto no 200/67. Delegar corresponde ao repasse 
de atribuições administrativas de responsabilidade do superior para o subalterno (mantendo-se aquele 
competente). Por outro lado, a Lei no 9.784/99 também proíbe a delegação nos seguintes casos (art. 13): I – a 
edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos administrativos; III – as matérias de competência 
exclusiva do órgão ou autoridade.

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