Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Carolina Henriques Ribeiro Machado Cosmetologia e estética 03 Sumário CApítulo 2 – Cosmetologia e estética ......................................................................................... 05 2.1 Ingredientes cosméticos: matérias-primas e princípios ativos ............................................. 05 2.1.1 Veículos ou excipientes cosméticos ................................................................................. 06 2.1.2 Água .................................................................................................................................... 06 2.1.3 Emolientes ........................................................................................................................... 08 2.1.3.1 umectantes ........................................................................................................... 08 2.1.3.2 Espessantes ........................................................................................................... 09 2.1.3.3 Conservantes ........................................................................................................ 09 2.1.3.4 Corretores de pH ................................................................................................ 09 2.1.3.5 Aditivos ................................................................................................................. 10 2.1.3.6 Substâncias ativas usadas em cosméticos ...................................................... 11 2.2 Formas cosméticas: soluções, géis, emulsões, pós e bastão ................................................ 12 2.2.1 Soluções .............................................................................................................................. 13 2.2.2 Géis ..................................................................................................................................... 14 2.2.3 Emulsões .............................................................................................................................. 15 2.2.3.1 tipos de emulsões ............................................................................................... 16 2.2.4 Maquiagens: em pó e em bastão .................................................................................. 18 2.2.4.1 Maquiagem em pó ............................................................................................. 19 2.2.4.2 Maquiagem em bastão .................................................................................... 19 2.3 Controle de qualidade físico-químico e microbiológico ..................................................... 20 2.4 Estoque e Armazenamento ....................................................................................................... 22 05 Introdução prezado aluno, bem-vindo à unidade 2 da disciplina de Cosmetologia e Estética. Nesta unidade, vamos reconhecer a importância dos diferentes cosméticos, aplicados aos biótipos cutâneos a partir do conhecimento sobre seus ingredientes principais, aprender a classificar as formas cosméticas considerando sua composição final, seus ingredientes principais e diferentes texturas, relacionar as características físico-químicas dos cosméticos com sua interação no sistema tegumentar além de compreender a importância do sistema de qualidade aplicado à cadeia produtiva do produto cosmético, estoque e armazenagem. 2.1 Ingredientes cosméticos: matérias-primas e princípios ativos Figura 1 – produção de cremes. Fonte: www.shutterstock.com. o produto cosmético, conforme estudado na unidade 1, é composto por substâncias naturais ou sintéticas, e é destinado ao uso externo (tópico), nas diversas partes do corpo humano. Esses ingredientes, presentes na formulação cosmética, são responsáveis por definir sua forma de apresentação, portanto, definem a característica que o produto final terá (creme, gel), além Capítulo2Disciplina Cosmetologia e Estética 06 Cosmetologia e estética Laureate International Universities de possuir ingredientes que oferecem uma ação cosmética específica na pele (p. ex., ação de controle de oleosidade, antioxidantes, etc.) e também aqueles responsáveis pela preservação do produto, como, por exemplo, conservantes e corretores de pH. outro ponto que se torna importante quando se trata de cosméticos, que devem ser agradáveis ao uso, é o seu sensorial, que vai desde a textura que ele apresenta até a sua fragrância, que deve ser adequada ao público e função a qual é destinado. As formulações cosméticas podem ser divididas em veículos e princípios ativos. A seguir, vamos convidá-lo a conhecer alguns desses ingredientes principais e suas aplicações nas formulações cosméticas atuais. NÃo DEIXE DE CoNHECER... Forma cosmética: é a apresentação do produto final, como gel, creme, solução. Formulação cosmética: são os ingredientes que compõem o produto. Dividem-se em ativos (ação desejada) e veículos (permitem a ação do ativo no seu local de ação). 2.1.1 Veículos ou excipientes cosméticos os veículos, ou excipientes cosméticos, são a parte da formulação composta por ingredientes que têm por finalidade dar a forma final ao produto. Apesar de serem inertes na formulação, apresentam-se em maior proporção e são essenciais para permitir que os ativos sejam liberados e cheguem ao local destinado à sua ação (pele, cabelo, unhas, etc.). A compatibilidade entre os ativos e o veículo é de extrema importância para manter a ação a que o produto se destina, além de evitar danos. 2.1.2 Água Figura 2 – gotas d’água. Fonte: www.shutterstock.com. 07 A água é um dos ingredientes presentes em maior proporção na composição dos cosméticos. Géis e loções contêm cerca de 90% desse ingrediente em sua composição e, emulsões contêm entre 60 a 85%, estando em maior proporção em shampoos, cerca de 95%. por suas propriedades físico-químicas, a água é usada na formulação como um solvente, facilitando a mistura de ingredientes hidrossolúveis e a sua incorporação em diferentes cosméticos. Solubiliza sais, bases e ácidos minerais, e alguns compostos orgânicos como álcoois e ácido carboxílico. Conforme a RDC n.º 48, de 2013, a água deve atender a alguns requisitos básicos de potabilidade. Muito embora a água distribuída nas cidades brasileiras já seja potável, e indicada para consumo por ser livre de microrganismos, essa não pode ser usada diretamente em cosméticos, pois contém substâncias químicas como cloro e flúor e a presença de eletrólitos que podem influenciar na estabilidade das formulações cosméticas. A água utilizada pode ser obtida a partir da água de fonte potável ou poços artesianos, desde que aprovados seu uso pela CEtESB. porém, essa água, como ingrediente cosmético, passa por um processo de purificação para ser utilizada como ingrediente cosmético. Alguns dos processamentos da indústria cosmética para que a água seja utilizada nas formulações cosméticas são: • Deionização: processo em que a água passa por resinas que realizam a troca iônica, removendo completamente todos os íons (cátions e ânions) dissolvidos, evitando a sua interação com outros ingredientes da formulação. • Destilação: é um processo de purificação no qual a água passa do seu estado natural líquido para o estado de vapor a 100º C. Após total vaporização, ela condensa, resfria e volta ao estado natural pura, sem microrganismos e alguns íons. • Osmose reversa: também conhecida como ultrafiltração. Nesse processo, o soluto é separado da solução fazendo o solvente fluir por meio de uma membrana, tornando a água livre de bactérias e substâncias orgânicas. VoCÊ SABIA? Água termal é um cosmético obtido das águas minerais de fontes naturais ao redor do mundo. Sua composição é rica em minerais (oligoelementos) presentes no solo da região. para sua comercialização,não é necessária a adição de conservantes, uma vez que a água é bacteri- ologicamente estável, desde que esteja em embalagem pressurizada, inviolável, que garanta sua esterilidade e integridade físico-química. É usada como coadjuvante em tratamentos es- téticos por seu efeito refrescante, calmante ou anti-irritante sobre a pele. A escolha da água termal e sua correta aplicação na pele dependem do mineral que se en- contra em maior proporção em sua composição. para saber mais acesse: http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/220/Revisao-his- torica-das-aguas-termais. 08 Cosmetologia e estética Laureate International Universities 2.1.3 Emolientes Figura 3 – creme natural. Fonte: www.shutterstock.com. São ingredientes de natureza apolar, graxa, usados para compor a fase oleosa dos cosméticos emulsionados, têm por função evitar ou atenuar o ressecamento na pele. São insolúveis em água, apresentando propriedades hidrofóbicas, contribuindo, assim, por aumentar a hidratação da superfície cutânea por diminuir a perda de água transepidérmica. Como exemplos de emolientes, têm-se os hidrocarbonetos originários do petróleo como a parafina líquida; os óleos vegetais e seus respectivos constituintes como os álcoois e ácidos graxos; e as ceras de origem vegetal e animal. O emoliente é responsável pelo toque final do produto cosmético. Os “óleos leves” são muito utilizados em cremes faciais ou fotoprotetores, no entanto, os “óleos mais pesados” são direcionados para produtos para o banho, ou para dispersar pigmentos para o batom ou até em cremes para massagem. 2.1.3.1 umectantes os umectantes são ingredientes higroscópicos, que atraem água do ambiente e a retém na superfície da pele. Nos cosméticos, são usados para reduzir o ressecamento das formulações pelo contato com o ar, além de, em contato com a pele, favorecerem o aumento da hidratação cutânea, por depositarem água na superfície da camada córnea, oferecendo uma sensação de frescor à pele. 09 podem ser de origem de compostos orgânicos como os álcoois de cadeia curta a exemplo da glicerina, do propilenoglicol; ou de açúcares vegetais como o sorbitol. Estão presentes na maioria das formulações como gel, tônico, emulsões entre outros. 2.1.3.2 Espessantes São ingredientes cosméticos usados para dar viscosidade ou consistência ao produto cosmético, impactando na sua estabilidade sensorial, aparência e funcionalidade. Muitos dos espessantes são hidrofílicos, formadores de gel como as gomas de origem vegetal (p. ex., goma xantana ou hidroxietilcelulose), e as de origem sintética (como o carbômero e os polímeros derivados de ácido acrílico). Quando o objetivo é espessar, fase oleosa das formulações, espessantes com características de ceras são muito utilizados, como a cera de carnaúba ou o monoesterato de glicerila. 2.1.3.3 Conservantes os conservantes, de origem natural ou sintética, visam preservar o produto cosmético e manter sua segurança de acordo com o prazo de validade descrito na embalagem. De uma forma geral, evitam a contaminação microbiológica e a oxidação dos ingredientes que compõem o produto. Conforme a legislação, os cosméticos não são formulações estéreis, entretanto, não devem apresentar microrganismos patogênicos. As boas práticas de fabricação utilizadas na indústria são procedimentos seguidos para evitar a contaminação microbiológica dos produtos durante a sua produção. Entretanto, maus hábitos de utilização por meio dos consumidores levam à contaminação do produto, interferindo na sua estabilidade e, principalmente, segurança, necessitando, assim, da adição de conservantes nas formulações. São exemplos de conservantes sintéticos os parabenos, o fenoxietanol, e as metilisotiazolinonas. todavia, nos naturais, utilizam-se os derivados de óleos essenciais, tais como: linalol, citronelol, geraniol, etc. para evitar a oxidação dos ingredientes, sequestrantes de íons como o EDtA dissódico e antioxidantes como BHt ou as vitaminas E (tocoferol) e A (retinol) também são adicionados às formulações. 2.1.3.4 Corretores de pH Ingredientes cosméticos com a função de corrigir o pH da formulação, deixando-o adequado ao uso do produto e seu local de aplicação. De uma maneira geral, os cosméticos possuem pH próximo ao pH fisiológico da pele, mas isso não é uma regra. Além da compatibilidade cutânea, no processo de desenvolvimento, é estudado o pH de estabilidade do ativo e também o de ação do cosmético. por exemplo, nos peelings químicos, o pH varia de 3,5 a 5, no entanto, nas tinturas capilares o pH é em torno de 9. Como acidificante, o ácido cítrico é o mais utilizado. No entanto, como alcalinizantes, pode-se citar a monoetnolamina e o aminometilpropanol. 10 Cosmetologia e estética Laureate International Universities 2.1.3.5 Aditivos os cosméticos são produtos de venda livre, não necessitando de prescrição médica, por isso devem ser, além de seguros, atrativos para o consumidor ao qual se destina. Em geral, ingredientes como fragrâncias, corantes e modificadores de sensorial são utilizados como aditivos para melhorar a sua atratividade, resultando também em uma aderência ao uso do produto e, consequentemente, melhores resultados. A tabela a seguir representa os ingredientes cosméticos amplamente usados nas formulações, com suas origens e funções. EMOLIANTES ESPESSANTES Nome Parafina líquida Óleo de amêndoas doces Óleo de semente de uva Ácido láurico ou palmítico Ácido esteárico Cera de carnaúba Silicone Umectantes Nome Glicerina Propilenoglicol Sorbitol Espessantes Nome Carbômero Hidroxietilcelulose Goma xantana Origem Petróleo – óleo mineral. Obtido de prensagem a frio das sementes vegetais. Obtido de prensagem a frio das sementes vegetais. Obtido da palma ou do óleo de coco. Ácido graxo de origem vegetal, presente em várias espécies de vegetais. Obtida das folhas da canaúba. Compostos semiorgânicos com silício na cadeia principal. Umectantes Origem Derivada de óleos vegetais ou gordura animal. Sintético. Derivado de frutas. Espessantes Origem Sintético. Derivado de celulose. Derivada do açúcar de milho. Tipos de cosméticos Leites e loções cremosas, cremes diurnos e noturnos. Cremes de massagem, é um bom carreador de ativos. Cremes de massagem, é um bom carreador de ativos. Cremes de massagem, é um bom carreador de ativos. Cremes de massagem, loções corporais. Cremes de massagem, batons. Cremes, condicionadores, loções corporais. Umectantes Tipos de cosméticos Géis, cremes corporais e faciais. Géis, cremes corporais. Maquiagem, géis, cremes. Espessantes Tipos de cosméticos Géis, cremes, máscara de cílios. Géis. Cremes, loções. UMECTANTES tabela 1 – Emolientes. umectantes e espessantes. 11 2.1.3.6 Substâncias ativas usadas em cosméticos Figura 4 – insumos naturais para produção de cosméticos. Fonte: www.shutterstock.com. os ativos são os ingredientes mais importantes da formulação cosmética, pois a eles cabe a função atribuída ao cosmético final. Alguns ativos são apresentados no rótulo do cosmético, direcionando ao leitor a sua função principal, tais como: limpeza, hidratação, ação calmante, fotoproteção, entre outras. Define-se os princípios ativos como substância ou grupo delas, quimicamente caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento ou do cosmético. São ingredientes específicos da formulação, responsáveis pela finalidade e o tipo de tratamento ao qual o produto é destinado. São de fácil reconhecimento no rótulo do produto, uma vez que se relacionam ao apelo mercadológico. Existem diversastecnologias que envolvem a elaboração desses ativos e buscam uma efetividade cada vez maior nos resultados. podem ser de diferentes origens: a. Naturais: podem ser de originários de fonte vegetal, mineral ou animal, a exemplo de: • Vegetais - óleos e extratos (p. ex., óleo de semente de uva e extrato de jaborandi); • Animais – derivados do sebo (p. ex., lanolina e ésteres); • Minerais - íons (p. ex., zinco, selênio e enxofre). b. Sintéticos ou semissintéticos: são substâncias produzidas em laboratórios, como hidratantes, clareadores, pigmentos, entre outros. c. Biotecnológicos: produzidos a partir de bactérias ou leveduras, como os esfoliantes enzimáticos e o ácido kójico. 12 Cosmetologia e estética Laureate International Universities Os ativos cosméticos compreendem uma infinidade de substâncias com ação definida para a pele e seus anexos, os quais serão abordados nas próximas unidades, conforme a disfunção estética a ser tratada. NÃo DEIXE DE CoNHECER... para compreender o Rótulo Cosmético: os ingredientes descritos na composição do rótulo se apresentam em uma nomenclatura pa- dronizada chamada International Nomenclature of Cosmetic Ingredients (INCI). Esse sistema internacional padronizado foi estabelecido no início da década de 1970 pelo Conselho de produtos de Cuidado pessoal. Esta nomenclatura, INCI, é usada no Brasil, nos Estados unidos, na união Europeia, na China, no Japão e em muitos outros países. A nomenclatura INCI permite designar de forma simples a composição dos ingredientes no rótulo cosmético, uma vez que há em uso mais de 12.000 ingredientes diferentes. o INCI visa facilitar a compreensão do ingrediente cosmético usado de forma clara e precisa. para saber mais acesse: http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/cosmeticos/pro- dutos/nomenclatura-de-ingredientes. http://www.cirs-reach.com/Cosmetic_Inventory/International_Nomenclature_of_Cosmetic_In- gredients_INCI.html Inventário de Ingredientes Cosméticos: http://ec.europa.eu/growth/tools-databases/cosing/ 2.2 Formas cosméticas: soluções, géis, emulsões, pós e bastão Os cosméticos podem ser classificados quanto à sua característica físico-química ou quanto à forma cosmética que o produto apresenta. As formas cosméticas são também chamadas veículos, pois são responsáveis por carrear o princípio ativo e entregá-lo à pele de modo a favorecer sua ação cosmética. São os veículos, ou formas cosméticas, os responsáveis pelo corpo ou estruturação do cosmético de modo que podemos reconhecê-lo por sua forma físico-química. Podemos identificar as diferentes formas cosméticas também de acordo com sua textura ou forma de apresentação, podendo ser apresentadas em soluções, emulsões, géis, aerossóis, pós, bastões, entre outros. A escolha da forma cosmética na indústria está diretamente relacionada à compatibilidade e estabilidade dos produtos, à distribuição e permeação do ativo cosmético na pele e, consequentemente, à ação esperada do cosmético no tratamento estético. Na atuação estética, a forma cosmética deve ser escolhida considerando-se a avaliação da pele em relação ao biótipo e ao estado cutâneo, além do objetivo do tratamento proposto e à técnica a ser associada (como, por exemplo, iontoforese ou massagem). A seguir, serão apresentadas as características e os direcionamentos das principais formas cosméticas. o seu entendimento é de extrema importância para que a escolha do produto seja 13 a mais adequada às necessidades do cliente, aumentando a taxa de sucesso do tratamento estético. 2.2.1 Soluções São misturas homogêneas, de aparência fluída, caracterizadas por serem um sistema unifásico, em que todos os ingredientes estão solubilizados em um veículo que se encontra em maior proporção na formulação. para tal, todos os ingredientes devem ser solúveis entre si. As soluções podem ser classificadas em: • Aquosas: todos os ativos e veículos são solúveis em água. A maioria das soluções cosméticas apresenta-se nessa classificação. Ex.: loção tônica hidratante, água termal, solução ionizável e loção adstringente. • Hidroalcoólicas: o álcool é um ingrediente usado para auxiliar na solubilização de alguns ingredientes. É coadjuvante no controle de oleosidade e antissepsia da pele. Quando presentes em tônicos, assumem uma ação mais desengordurante, porém podem causar sensibilidade à pele. Sempre que possível, deve ser evitado o uso do álcool, ou seu uso deve ser limitado, por isso a necessidade de ser misturado a uma proporção maior de água. o tipo de álcool a ser utilizado também é de extrema importância para minimizar possíveis efeitos indesejáveis. Ex.: tônico adstringente com álcool, solução antisséptica. loções que o veículo seja apenas o álcool não são indicadas nos tratamentos estéticos. 14 Cosmetologia e estética Laureate International Universities • Oleosas: são as menos usadas, pois conferem um sensorial mais gorduroso. São compostas de uma mistura de substâncias lipofílicas. têm grande poder de hidratação e até de remoção de sujidades de característica apolar. Ex.: demaquilantes, óleos pós-depilação. 2.2.2 Géis Figura 5 – gel. Fonte: www.shutterstock.com. São veículos apresentados em forma de misturas homogêneas, de aspecto límpido, transparente e coloidal, ou seja, viscoso (gelatinoso), devido à sua grande capacidade de absorver água. o gel é composto por duas fases: • Fase dispersora líquida: representada pela água (ou álcool), que pode ou não ser agregada por umectantes (substâncias que retêm a água, evitando o ressecamento do produto e também o sensorial pegajoso); • Fase dispersa sólida: representada pelos espessantes, também chamados agentes gelificantes. Os espessantes são responsáveis por apreender a água dentro deles, que modifica o seu estado físico, doando viscosidade ao produto final. Como resultado, tem-se um produto consistente, rico em água e livre de óleo. São representados por ingredientes de origem natural como a goma xantana, a goma arábica, a goma guar ou a pectina; por ingredientes sintéticos ou semissintéticos, a exemplo dos derivados de ácido acrílico (acrilatos) e os carbômeros; além dos derivados de celulose, como o hidroxietilcelulose e a metilcelulose. A escolha do tipo de espessante utilizado depende da compatibilidade físico-química com os demais ingredientes da formulação. De acordo com a quantidade de espessantes presentes na formulação, os géis apresentarão diferentes tipos de texturas, tais como: 15 • Séruns: são formulações com baixa quantidade de espessantes, o que as deixa com característica final fluída; • Géis: são mais consistentes por apresentarem maior quantidade de espessantes; Os géis, conforme a característica do líquido disperso, podem ser classificados como: • Gel aquoso: tem como líquido dispersor a água, resultando em ação refrescante e não oleosa. Ex.: máscaras calmantes, séruns hidratantes; • Gel alcoólico: apresenta álcool na formulação, apresenta ação adstringente. Ex.: gel secativo para tratamento de acne. o efeito do gel dependerá do ativo que estiver ali contido, podendo ter efeito hidratante, calmante, refrescante, nutritivo, entre outros. por serem predominantemente compostos por água, os géis são os veículos mais indicados para o tratamento de pele oleosa e acneica. 2.2.3 Emulsões Figura 6 – insumo natural. Fonte: www.shutterstock.com. São misturas heterogêneas, de característica leitosa, formadas pela união de duas fases imiscíveis, aquosa e oleosa, sob a ação de um tensoativo, sob agitação. A fase aquosa é composta majoritariamente por água, além de umectantes, para manter a água na formulação e hidratar a pele, e espessantes, como as gomas, para dar consistência na formulação. todavia, a fase oleosa pode conter óleos vegetais, mineraisou silicones, além de ceras que são espessantes. As emulsões siliconadas apresentam como vantagem um sensorial mais sedoso, como toque seco. tensoativos, também chamados de emulsionantes, são substâncias que na mesma molécula apresentam uma parte hidrofílica (afinidade pela água) e outra com característica lipofílica (afinidade pelo óleo). 16 Cosmetologia e estética Laureate International Universities Cadeia apolar Capaz de interagir com o óleo Extremidade polar Capaz de interagir com a água H3C CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 C O O-Na+CH2 Figura 7 – Representação da molécula de um tensoativo, o qual apresenta afinidade pela água e também pelo óleo. Fonte: Gomes, 2017. Essa característica faz com que o tensoativo seja um ingrediente que favorece a redução da tensão superficial entre as fases aquosa e oleosa, permitindo a emulsificação do sistema por meio da formação de micelas. As emulsões podem ser identificadas conforme a viscosidade, quando baixa, são chamadas de leite ou loção cremosa; e quando alta, são conhecidas por creme, dado seu aspecto sensorial cremoso. 2.2.3.1 tipos de emulsões Uma vez que as emulsões são compostas por fase aquosa e fase oleosa, a sua classificação se dá de acordo com a natureza da fase dispersa (em menor quantidade) e da fase dispersante (em maior quantidade), conforme classificado a seguir: Água em óleo (A/o): o ingrediente de maior proporção na formulação é o óleo, portanto, gotículas de água ficam dispersas no óleo. Como característica geral, essas emulsões apresentam toque oleoso, por isso são as menos utilizadas nos cosméticos. Seu direcionamento é para peles secas ou ressecadas, por apresentarem alto poder de emoliência, ou aplicações específicas. Ex.: demaquilantes, cremes nutritivos de uso noturno e cremes de massagem. Óleo em água (o/A): o ingrediente que se encontra em maior proporção é a água, portanto, formam-se micelas de óleo dispersas na água. por apresentar uma característica menos oleosa, com um toque mais sedoso, esse tipo de emulsão é a mais utilizada, e direcionada para um tipo maior de biótipos cutâneos, como a normal ou a mista. possui alto poder de penetração na pele e secagem rápida. Ex.: cremes hidratantes faciais e corporais, leite de limpeza. Água em óleo em água (A/o/A) ou óleo em água em óleo (o/A/o): são emulsões múltiplas, nas quais uma emulsão A/o e outra o/A existem simultaneamente. Como resultado, apresentam um sensorial agradável e bom deslizamento na pele. 17 Água Óleo Figura 8 – Representação da formação de micelas em emulsão A/o e em o/A, respectiva- mente. Fonte: oliveira et al., 2004. Os cosméticos emulsionados também podem ser classificados conforme a sua consistência final como cremes, nos quais o produto final é mais viscoso ou com maior consistência. No entanto, as emulsões mais fluídas, portanto como menor consistência, são chamadas de loções ou leites. As loções costumam conter menor quantidade de fase oleosa, portanto direcionadas para peles com característica ou tendência à oleosidade. o creme-gel ou gel-creme é um híbrido, constituído da mistura heterogênea de um gel com uma emulsão, com característica visual gelatinosa opaca. por apresentarem menor quantidade de fase oleosa, são formas cosméticas ideais para cobertura da pele sem deixar o sensorial gorduroso. São chamados veículos oil free. Ex.: fotoprotetor para pele oleosa ou produtos oil free. VoCÊ SABIA? A emulsão é a forma cosmética mais completa e mais utilizada na estética. por conter substâncias aquosas e oleosas, fornece a mais completa hidratação para a pele. Mas, atenção.... Não deixe de avaliar o biótipo cutâneo para não errar na indicação cosmética mais adequa- da às necessidades da pele do seu cliente! 18 Cosmetologia e estética Laureate International Universities 2.2.4 Maquiagens: em pó e em bastão Figura 9 – maquiagem. Fonte: www.shutterstock.com. As maquiagens são cosméticos com o objetivo principal de dar cobertura e colorir a pele. A maquiagem nada mais é do que um cosmético colorido, portanto os pigmentos são os ingredientes responsáveis por transferir a cor para a pele, olhos e lábios. Os pigmentos são definidos pela sua insolubilidade no meio em que se aplicam, assim, além de dar cor ao produto, fornece a cor ao local onde é aplicado, proporcionando cobertura. Conforme a sua origem, podem ser classificados em: • Orgânicos: pigmentos sintéticos - apresentam bom poder de cobertura, além de variedade de cor e intensidades variadas de cores; • Inorgânicos: ou pigmentos naturais (minerais) - com bom poder de cobertura e baixa variedade de cores, normalmente usados para dar cobertura de pele. A maquiagem mineral se difere da convencional por ser composta basicamente de pigmentos inorgânicos como o óxido de ferro, violeta de manganês, ultramarine, óxido de cromo e dióxido de titânio. também não contém fragrâncias sintéticas, óleo mineral ou pigmentos sintéticos. Nas últimas décadas, os pigmentos tiveram que se adaptar aos avanços da tecnologia das câmeras de televisão ou lentes fotográficas, para fornecer uma cor uniforme, duradoura e com aparência perfeita. Nessa evolução, os pigmentos passaram a ser revestidos, visando diminuir a sua interação com a água, resultando na repelência à água e, portanto, tendo maior durabilidade. A micronização também se tornou importante. por diminuir o tamanho da partícula, proporcionam melhor cobertura e sedosidade da formulação. 19 NÃo DEIXE DE CoNHECER... Legislação! A RDC N.º 44, de 09/08/2012, dispõe sobre a “lista de substâncias corantes permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes”. Nele está a lista de pigmentos que po- dem ser utilizados, em maquiagens, com segurança aos seus usuários. Se o produto não tem uma finalidade cosmética, não o aplique na pele, pode ser tóxico e causar danos. classificação da maquiagem se dá conforme a sua forma cosmética. As principais são em pó e em bastão, conforme as características serão descritas a seguir: 2.2.4.1 Maquiagem em pó o pó é uma forma de apresentação da maquiagem, em estado sólido, constituída por partículas muito bem homogeneizadas. podem ser compactados ou não, dependendo da sua composição e necessidade. É indicado que as partículas dos diferentes tipos de pós sejam micronizadas a um mesmo tamanho, pois diferentes tamanhos de pós diferentes geram a sensação de aspereza e também falta de uniformidade da cor. por ser constituído por grande quantidade de pós com diferentes funções, esse tipo de maquiagem tem como função primária dar cobertura e uniformidade de cor à pele, encobrindo ou disfarçando imperfeições, além de diminuir a sua oleosidade. por ter efeito seco, deve ser utilizado com cautela em peles secas e/ou envelhecidas, para evitar o efeito “craquelado”, além da intensificação de linhas de expressão ou rugas. o pó solto tem uma menor aderência à pele e, portanto, uma menor durabilidade e cobertura. Nesse caso, faz-se necessário a preparação adequada da pele, desde a escolha do agente de limpeza até o primer. pós compactados se diferem dos pós soltos pela presença de substâncias aglutinantes como óleos vegetais ou silicones. Esses aglutinantes proporcionam uma melhor aderência dos pós à pele. Como exemplos de maquiagem em pó, pode-se citar as sombras, blushes e os pós faciais. 2.2.4.2 Maquiagem em bastão Maquiagens na forma bastão, conhecidas popularmente como sticks, apresentam-se no estado semissólido e são anidros (sem a presença de água). São compostas, além dos pigmentos, por substâncias graxas como ceras, manteigas e óleos. Sua textura pode ser alterada conforme a proporção de ceras e substâncias graxas na composição. Quando possuem mais ceras, ficam mais firmes e, portanto, mais secas, no entanto,quando a quantidade de manteigas ou óleos é maior, proporcionam maior deslizamento. Apresentam um maior poder de cobertura quando comparada à maquiagem em pó, tanto pela sua interação com a pele quanto pela quantidade de pigmentos contida nessa apresentação. 20 Cosmetologia e estética Laureate International Universities pela sua composição rica em substâncias graxas, deve-se ter atenção na preparação de peles oleosas, sendo recomendado o uso da maquiagem em bastão para regiões específicas, como área dos olhos ou cobertura de lábios. os batons, os lápis e os corretivos são exemplos de produtos nessa apresentação cosmética. VoCÊ SABIA? A maquiagem deixou de ser um cosmético apenas com a função de colorir. A sua função de camuflagem é utilizada para minimizar a aparência de muitas alterações de pele, desde cicatrizes de acne, as discromias de vitiligo e até a falta de sobrancelhas em tratamentos de câncer. o seu uso melhora a qualidade de vida do seu usuário. Conheça a formulação das ma- quiagens para fazer o direcionamento correto e melhorar a autoestima de indivíduos portado- res de doenças de pele. 2.3 Controle de qualidade físico-químico e microbiológico “O Controle de Qualidade é o conjunto de atividades destinadas a verificar e assegurar que os ensaios necessários e relevantes sejam executados e que o material não seja disponibilizado para uso e venda até que o mesmo cumpra com a qualidade preestabelecida. o Controle de Qualidade não deve se limitar às operações laboratoriais, mas abranger todas as decisões relacionadas à qualidade do produto.” ANVISA (2007) Os padrões de qualidade definidos pela legislação vigente visam evitar riscos à saúde do consumidor. Garantir a qualidade é imprescindível não só para garantir a estabilidade de um produto, mas também a sua eficácia. São necessários testes de controle: Físico-químicos: parâmetros relacionados às características organolépticas do produto (como cor e odor), além de densidade, viscosidade e pH, teor de princípios ativos, avaliação de FpS, entre outros. Microbiológicos: determinam limites para presença de microrganismos e ausência de fungos e patógenos. o estudo da estabilidade do produto é fundamental para determinar a qualidade e a segurança do cosmético, além do seu prazo de validade. Nesse momento, o produto a ser avaliado é submetido a condições extremas como temperaturas e umidade elevadas, ciclos de congelamento e descongelamento e testes de exposição à luz solar. A interação entre o produto e a embalagem também é de extrema importância. Além de manter a qualidade do produto, a embalagem não deve interagir com esse, formando substâncias tóxicas e nocivas à saúde. 21 o controle da contaminação microbiana está relacionado a uma questão de saúde pública. A composição, tanto de substâncias hidrofílicas quanto lipofílicas, favorece o crescimento de bactérias, fungos e leveduras nos cosméticos. por legislação (RDC n. 162, de 11/09/2001), cosméticos não são produtos estéreis. podem apresentar até 1.000 uFC (unidades formadoras de colônias), desde que não apresentem Salmonella, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. O crescimento de microrganismos em cosméticos pode ser verificado por meio de alteração de coloração, formação de odores ou gases, ou alteração na consistência da formulação. Às vezes a contaminação provoca alterações que não são visíveis a olho nu. para se evitar a contaminação microbiológica, são necessárias normas de higiene, com determinação de boas práticas de fabricação na indústria, monitorando todo o ciclo do cosmético, desde a determinação de contaminação da matéria-prima, dos equipamentos, das embalagens, do produto final, além do seu monitoramento no mercado. outro ponto importante é a conscientização do consumidor. o manuseio do produto com as mãos ou utensílios sujos e o hábito de retornar sobras de produto para a embalagem, podem levar à sua contaminação. por isso, sempre lave antes as mãos ou os utensílios, como espátulas, para retirar o produto da embalagem. Se usar cubeta para transferir o produto, não o devolva para a embalagem original. Cubra a cubeta com filme plástico e utilize o cosmético o quanto antes. O consumidor é o principal responsável pela contaminação dos cosméticos. Seja consciente na sua utilização! LEMBRE-SE A adição de conservantes em cosméticos tem como finalidade preservá-los de contaminação durante o seu uso. Para determinar a sua ação, os produtos são submetidos ao Teste de Desafio. Neste teste, o produto é “contaminado” com microrganismos específicos e é verificada a ação que os conservantes têm para combatê-los. O Teste do Desafio visa não só determinar o tipo de conservante a ser utilizado na formulação, mas também a quantidade a ser utilizada para garantir o controle microbiológico durante toda a sua validade. Essa determinação se faz necessária para se evitar o uso desordenado de conservantes, causando danos à microbiota da pele. Nunca adicione água ou qualquer outra substância no seu cosmético. A sua estabilidade, segurança e eficácia estão diretamente relacionadas à sua composição química. Até mesmo a água pode alterá-la! 22 Cosmetologia e estética Laureate International Universities 2.4 Estoque e Armazenamento Figura 10 – embalagens de maquiagens. Fonte: www.shutterstock.com para manter as características originais dos cosméticos evitando a sua contaminação ou instabilidade físico-química, faz-se necessário que não apenas a indústria cosmética, mas também o consumidor, armazene corretamente os seus produtos. o primeiro passo é sempre manter o produto na sua embalagem original. Como visto anteriormente, se colocado em uma embalagem errônea, essa poderá interagir com o produto e gerar substâncias tóxicas, prejudiciais à saúde. Sempre mantenha o produto longe de umidade, isso inclui armários próximos a pontos de água (p. ex., embaixo da pia), paredes úmidas, ambientes úmidos (como banheiros e cozinhas). As altas temperaturas também podem ser prejudiciais, portanto o local de armazenamento não pode estar sujeito à incidência direta do sol. Armários ventilados também são importantes para não armazenar calor. Não encoste o produto às paredes, mantenha a uma distância de aproximadamente 10 cm da parede. Nunca armazene o produto cosmético direto no chão. Se houver necessidade de armazenamento no chão, utilize pallets plásticos, para suspender os cosméticos. Essa ação evita o contato com a água, com o calor e com possíveis animais ou insetos que possam transitar pelo chão. Dê preferência a pisos e revestimentos laváveis, permitindo a correta higienização do ambiente. Se no local de armazenamento tiver janela, providencie uma tela para ela. A presença de insetos pode contaminar o seu produto. o ambiente deve ser mantido em temperatura (em torno de 25o C) e umidade relativa do ar (entre 50 e 70%) controladas. Se utilizar ar condicionado, lembre-se de mantê-lo limpo e livre de vazamentos. A sua manutenção é de extrema importância. E, lembre-se, os utensílios utilizados com os cosméticos devem estar perfeitamente higienizados, tanto para evitar a sua contaminação microbiológica quanto a contaminação por outras substâncias, chamada de contaminação cruzada. No momento de realizar uma nova compra, adquira produtos com validade superior aos que você já tem. E no armazenamento, aqueles que têm menos validade sempre devem ficar à frente daqueles que têm maior validade, evitando que vençam antes de serem utilizados. 23 Síntese Nesta unidade, vimos que as formulações cosméticas são constituídas por princípios ativos e por veículos. os ativos são as substâncias que farão o efeito desejado do produto (p. ex., seborregulador, hidratante, etc.), no entanto, os veículos são as misturas de ingredientesnas quais os ativos serão inseridos. A função do veículo é dar a forma final ao produto, além de direcionar o ativo para a sua ação. Dentre os principais veículos usados na cosmética, apresentamos as soluções, emulsões, géis, pós e os bastões. É importante frisar que cada forma cosmética terá um direcionamento diferente para cada biótipo cutâneo. outro ponto importante é a qualidade do cosmético utilizado. Além das boas práticas de fabricação na indústria e da adição de substâncias conservantes, o consumidor tem que armazenar e utilizar os produtos adequadamente para evitar a sua contaminação. Siga sempre a dica: se está sujo não use, se sobrou não volte para a embalagem e se está no final não misture ao produto novo! 24 Cosmetologia e estética Laureate International Universities ANVISA. RDC n.º 07, de 10/02/2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regular- ização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências. Dis- ponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867685/RDC_07_2015_.pdf/ c2a1078c-46cf-4c4b-888a-092f3058a7c7>. Acesso em: 12 jun. 2018. ANVISA. RDC n.º 44, de 09/08/2012. Aprova o Regulamento Técnico Mercosul sobre “Lista de substâncias corantes permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes” e dá outras providências. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/legislacao#/visu- alizar/28892>. Acesso em: 12 jun. 2018. ANVISA. RDC n.º 48, de 25/10/2013. Dispõe sobre Boas práticas de fabricação para pro- dutos de Higiene pessoal, Cosméticos e perfumes. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0048_25_10_2013.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2018. ANVISA. RDC n.º 162, de 11/09/2001. Estabelece a lista de Substâncias de Ação Conser- vantes para produtos de Higiene pessoal, Cosméticos e perfumes. Disponível em: <https:// www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241981>. Acesso em: 12 jun. 2018. ANVISA. Guia de Controle de Qualidade de Produtos Cosméticos - Uma Abordagem sobre os Ensaios Físicos e Químicos. Brasília: Anvisa, 2007. BoRGES, I. Maquiagem na Era Ultra-HD – Parte 1. Disponível em: <http://www.cosmeticinno- vation.com.br/a-maquiagem-na-era-ultra-hd-parte-1/>. Acesso em: 12 jun. 2018. BoRGES, I. Maquiagem na Era Ultra-HD – Parte 2. Disponível em: <http://www.cosmeticinno- vation.com.br/maquiagem-na-era-ultra-hd-parte-2/>. Acesso em: 12 jun. 2018. CoRREA, M. A. Cosmetologia: Ciência e técnica. 2. ed. São paulo: Medfarma, 2012. D´AlAIRD, M. et al. Milady – Maquiagem. São paulo: Cengage, 2016. GOMES, R. K.; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. 5. ed. São paulo: lMp, 2017. ReferênciasBibliográficas 25 HARRIS, M. I. N. C. Pele do nascimento à maturidade. São paulo: Senac, 2016. lEoNARDI, G. R. Cosmetologia Aplicada. São paulo: Medfarma, 2005. LEONARDI, G. R.; SPERS, V. R. E. (orgs.) Cosmetologia e empreendedorismo: perspectiva para a criação de novos negócios. São paulo: pharmabooks, 2015. MAIA CAMPOS, P. M. B. G.; MERCÚRIO, D. G. Formas Cosméticas. Cosmetics & toiletries, v. 26, n. 2, 2014. MARtINI, M. C. Tratado de Cosmetologia: Estética e Cosmética. São paulo: Andrei, 2009. MAtoS, S. p. Noções básicas em dermatocosmética. São paulo: Érica, 2015. E-book. MICHALUN, M.; MICHALUM, N. Dicionário de Ingredientes para Cosmética e Cuidados da Pele. São paulo: Cengage learning, 2016. E-book. olIVEIRA, G. o. et al. Microemulsões: estrutura e aplicações como sistema de liberação de fármacos. Quím. Nova. v. 27 n.1 São paulo Jan./Feb. 2004. Disponível em: <http://dx.doi. org/10.1590/S0100-40422004000100023>. Acesso em: 12 jun 2018. REBEllo, t. Guia de produtos cosméticos. 10. ed. São paulo: Senac, 2016. RIBEIRo, C. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São paulo: pharmabooks, 2010. SOUZA, V. M.; JUNIOR, D. A. Formulários ativos dermatológicos. 1. ed. São paulo: R.B.E. editora, 2017. Gestão das Organizações 1.1 PRINCÍPIOS DA ECONOMIA E ESTRUTURAS DE MERCADO
Compartilhar