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CumarinaseQuinonas_20190424203418

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Prof.ª. Marina Pereira Rocha
Belo Horizonte
2019
CUMARINAS E QUINONAS
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
Curso de Farmácia
Disciplina de Farmacognosia
Cumarinas
Isolada de Dypterix odorata – Cumaru em 1820
nativa do Brasil, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Ilhas Seychelles 
e Suriname. 
Presente em mais de 150 espécies, 30 famílias
Rutaceae, Umbelliferae, Clusiaceae, Guttiferae, Caprifoliaceae, Oleaceae, 
Nyctaginaceae, and Apiaceae
Frutos Sementes Raízes Folhas Látex
Óleos 
essenciais
Cumarinas
Propriedades farmacológicas diversas
Amplamente distribuídas nos vegetais
podem ser encontradas em fungos e bactérias
Lactonas do ácido o-hidróxicinâmico
1,2-benzopirona
+ 1300
Substâncias 
identificadas 
Classificação
Cumarinas simples
Furanocumarinas
Piranocumarinas
diidrocumarina
furanocumarina linear diidrofuranocumarina furanocumarina angular
piranocumarina angular
piranocumarina linear
cumarina
Cumarinas diméricas
Fenilcumarinas
dicumarol
Classificação
Biossíntese
Ocorrência e distribuição
Cumarinas simples → ampla distribuição
Cumarinas diméricas, furano- e piranocumarinas →
distribuição mais restrita
Xantonas → distribuição restrita (famílias Guttiferae,
Gentiananeceae, Moraceae e Polygalaceae)
◦ marcadores sistemáticos
Propriedades físico-químicas 
Extração:
Presença de anel lactônico
- meio alcalino: abertura do anel lactônico formação de sais
- acidificação: relactonização e extração com solvente orgânico
T1: imperatorina T2: xantotoxina T3: umbeliferona
UV254nm UV365 nm UV365 nm com KOH
Propriedades físico-químicas 
Caracterização por CCD
1: raízes de Peucedanum ostruthium
2: raízes de Angelica arcangelica
bergapteno
Dicumarol e o desenvolvimento da varfarina
Melilotus – sweet clover
Melillotus officinalis
Alimentação de gado no norte dos EUA e Canadá
Planta em estágio de decomposição → ação fúngica → conversão de 
cumarina a dicumarol → morte dos animais por hemorragia
Base para o desenvolvimento da varfarina
dicumarol varfarina
Propriedades farmacológicas
Atividades
Anti-inflamatória, imunossupressora
Relaxante muscular
Antiespasmódica
Hipolipidêmica
Hipotensora
Antiagregante plaquetária
Inibidora da peroxidação lipídica (derivados o-
dihidroxilados)
Anti-HIV – calanolídeos A e B
Antineoplásica – xantonas
Tratamento de doenças de pele
psoríase, vitiligo, leucoderma, eczemas, etc.
Absorvem fortemente energia na região UV 300-400 nm
(UVA)
Furanocumarinas e fototoxicidade
Formação de 
radicais tóxicos
Interação com DNA, 
RNA, proteínas, 
lipídeos
Toxicidade!
Cicloadutos de furanocumarinas com a timina
Fotoquimioterapia (PUVA)
trioxsalenometoxsaleno
1
• Administração oral ou tópica de furanocumarina
2
• Exposição a luz UVA (320-380 nm)
• – 10 – 20 min
3
• Repetição (~20 sessões)
Mikania glomerata e Mikania laevigata
(Asteraceae)
Droga vegetal: Folhas
Farmacopeia Brasileira, 4ª edição, 
6º fascículo
Guaco
Composição: cumarina (0,5% M. glomerata; 1,1 a 2,6% M. 
laevigata), diterpenóides (ac. caurenóico – 0,2%), 
fenilpropanóides (ac. trans-cumárico).
Indicação de uso (IN 02/2014): expectorante, 
broncodilatador - asma, tosse e bronquite.
Mikania glomerata e Mikania laevigata
(Asteraceae)
Guaco
Atividade bronco-pulmonar
 Reduzem a migração celular em pleurisia induzida
 Ação relaxadora em anéis de traqueia de cobaia e em 
brônquios humanos em preparações isoladas
 Inibição da secreção de histamina pelos mastócitos 
contidos em células peritoneais
Atividade anti-inflamatória
 Relacionada à presença de cumarina – tratamento de 
reumatismo e artrite. 
 O efeito inibidor do edema da pata em camundongos.
Atividade analgésica
 Redução das contorções induzidas por ácido acético em 
camundongos
Atividade antimicrobiana
 Demonstrada in vitro contra Staphylococcus aureus P157 
multiresistente, Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus 
mutans- Ingbritt 1600
Outras atividades farmacológicas
Formas de uso e dose diária
 Extrato (IN 02/2014), tintura, infuso ou xarope 
(Matos, 2002)
 Dose diária: 0,5 a 5 mg de cumarina (IN 02/2014)
 Infuso 5 g em 500 mL de água, 3 X/dia
Guaco
Laranja da terra
Citrus aurantium (Rutaceae)
Droga vegetal: Frutos imaturos
Farmacopeia Brasileira, 2ª edição (1959)
Laranja da terra
Citrus aurantium (Rutaceae)
 Composição química: furanocumarinas, flavonoides, 
terpenos
 Indicações: perda de apetite, indisposição dispéptica
bergapteno imperatorina isoimperatorina
felopterina
Efeitos colaterais
 Fotosensibilização, especialmente 
em indivíduos da pele clara.
Dosagem e preparação
 Infusão – 2 g em 150 mL água 
fervente, 3x ao dia
 Extrato fluido – 1 a 2 g
 Tintura 2 – 3 g
Laranja da terra
Quinonas - Conceito
O
O
O
O1
2
3
4
5
6
1
2
3
4
5
6
para-quinonas orto-quinonas
BenzoquinonaBenzoquinonas
São produtos de oxidação de derivados aromáticos
caracterizados pelo sistema 1,4-diona-ciclohexano-2,5-
dieno ou pelo sistema 1,2-diona-ciclohexano-3,5-dieno
Benzoquinonas
1,4-
benzoquinona
O
O
O
O
Quinonas 
Naftoquinonas
1,4-
naftoquinona
1,2-
naftoquinona
O
O
O
O
1,2-
benzoquinona
9,10-antraquinona
O
O
1
2
3
45
6
7
8 9
10
Antraquinonas
Benzoquinonas e naftoquinonas
 
OGli
OH
O
O
OH
O
O
OH
OH
Arbutina lapacholBenzoquinona Hidroquinona
Têm pouca aplicação na terapêutica
A arbutina é um produto da redução de uma benzoquinona mono-
glicosilada, que apresenta uso na infecção urinária
As naftoquinonas apresentam atividade antimicrobiana,
antitripanosoma e antitumoral (ex. lapachol)
Naftoquinonas
A atividade biológica relacionada ao seu caráter eletrofílico -
condensação com proteínas
Ocorrência de reações alérgicas pelo contato com madeiras ricas
em naftoquinonas
O
O
OH
NH
2
NH
OH
O
OH
lapachol
H+
lapachol
Proteína Hapteno
..
Madeiras de plantas que contem
lapachol são consideradas nobres,
uma vez que resistem aos ataques de
fungos, insetos e outros xilófilos (Ex:
Ipê roxo)
plantas do Gênero Tabebuia
Naftoquinonas
Antraquinonas - Biossíntese
Via Chiquimato-mevalonato
Via Acetato-malonato
O
O
1
2
3
45
6
7
8 9
10
Antraquinonas - Biossíntese
Via Acetato-malonato
Antraquinonas - Biossíntese
Via Chiquimato-mevalonato
OH
OH
OH
OHO
HO OH
O
O
O
Ácido chiquímico Ácido cetoglutárico
O
OH
OH O
O
Ácido o-succinilbenzóico
HO
OH
OH
O
Ácido mevalônico
O
O
Antraquinona
Oxidação-redução e reatividade
◦ 9,10-antraquinonas são facilmente reduzidas
Antracênicos – Características químicas
9,10-antraquinona antrona antronol
redução
Antronas
Posição 10 – acidez elevada hidrogênios benzílicos – posição de 
substituição 
Antracênicos – Características químicas
Antracênicos – Variações estruturais 
O
O
OHOH
1
36
8 9
10
- C1 e C8 -OH
- C9 e C10 -CO
- C3 -CH3, -OCH3 e -CO2H3
- C6 -OH e -OCH3
OH O OH
O
GlicO
OH O OH
HO
Glic
OH O OH
O
HO
Antraquinona-livre Antraquinona-O-heterosídeo Antraquinona-C-heterosídeo
 
HO
O OHOH
OHOH O
HO
Emodina-diantrona
[ O]
[ O]
Emodina
HO
OOH OH
O
HO
OOH OH
HO
OOH OH
OH
HO
OH OHOH
Emodina-antrona
Emodina-antranol
[ O]
Emodina-oxantrona
1
2
3
45
6
7
8
9
10
Formas reduzidas e oxidadas de 
antracênicos
PLANTA FRESCA:glicosídeos de antronas
monoméricas
Glicosídeos 
antraquinônicos
Glicosídeos 
de diantronas
SECAGEM
Antracênicos – Variações estruturais
Possuem alta 
reatividade e são 
agentes oxidantes
Antraquinonas são mais 
estáveis que antronas e 
diantronas. Estas são 
facilmente oxidadas a 
antraquinonas em meio 
básico
Quinonas
apresentam 
abosorção intensa 
no UV e no VIS
As hidroxi-antraquinonas 
dissolvem-se nas bases 
corando-as de vermelho: a 
intensidade da cor varia 
conforme o no e a posição 
das OH e outros substituintes
Antracênicos – Propriedades físico-químicas
Antraquinonas são 
sólidos cristalinos 
de cor amarela a 
vermelha
Acidez dos grupos OH em C-1 e C-8 
◦ pKa ~ 5,0
Antracênicos – Propriedades físico-químicas
 Glicosídeos: com água ou soluções hidroalcoólicas;
 Geninas: solventes orgânicos
 Formas reduzidas: baixas temperaturas, ausência de luz e de oxigênio.
Antracênicos – Extração
Reações químicas
Reação de Bornträegermeio alcalino  alteração da cor da 
quinona
1,8-di-hidroxi-antaquinonas  Vermelho
1,2-di-hidroxi-antaquinonas  Azul violeta
Antrona e diantrona Amarelo  Vermelho
Glicosídeos → hidrólise prévia
Antracênicos – Identificação 
Antracênicos – Identificação 
papel biológico: defesa química das plantas contra fitófagos e 
outros patógenos (ex.: defesa contra cupins); função alelopática
(inibição da germinação de outras plantas)
as quinonas são corantes naturais (ex.: alizarina)
O
OOH
O
O
OH
OH
Juglona Alizarina
Antracênicos – Funções
Antracênicos – Atividades farmacológicas
Principal atividade farmacológica: Ação LAXATIVA
Mecanismo da ação laxante
Aumento da peristalse
Liberação de PGE2, Histamina 
contração da musculatura lisa
Mecanismo da ação laxante
Inibição da Na+/K+ ATPase → redução na reabsorção de água
Relação estrutura/atividade
Glicosídeos: formas de transporte e maior potência farmacológica,
porém, menor lipossolubilidade;
Antronas e diantronas são até 10 vezes mais ativas que as formas
oxidadas;
As hidroxilas nas posições C1 e C8 são essenciais para atividade
farmacológica.
O
O
OHOH
1
36
8 9
10
Antracênicos – Atividades farmacológicas 
• laxantes em prisões de 
ventre medicamentosas
• preparação de exames 
radiológicos e 
colonoscópicos
• pré e pós-cirurgias ano-
retais
• patologias anais dolorosas
Antracênicos – Aplicações terapêuticas
 Não utilizar por períodos prolongados (mais de 10 dias): poderá
ocorrer dependência, diarreias, cólicas, náuseas, vômitos, melanose
reto-cólica (escurecimento da mucosa), alterações da mucosa e
morfologia do reto e cólon (fissuras anais, prolapsos hemorroidais),
atonia, carcinoma colorretal, transtornos hidroeletrolíticos com
hipocalemia;
 evitar o uso concomitante com cardiotônicos digitálicos e diuréticos
hipocalemiantes;
contra indicação para crianças, durante a gravidez e lactação;
A dose diária não deve exceder 20-30 mg de antranóides
Antracênicos – Orientações farmacêuticas
Drogas vegetais - Sene 
Composição química
Drogas vegetais - Sene 
Identificação 
Drogas vegetais - Sene 
Drogas vegetais - Sene 
Dose diária – 10-30 mg de derivados hidroxiantracênicos (calculados como
senosídeo B) (RE 89/2004)
Contra-indicações
Obstrução intestinal, sintomas abdominais não diagnosticados, doenças
inflamatórias, depleção de eletrólitos, constipação crônica, crianças menores
que 10 anos (WHO,1999)
Gravidez e lactação (Rio de Janeiro, 2002)
Precauções
Dependência e tolerância
Uso por mais de 2 semanas (WHO, 1999)
Efeitos adversos
Cólicas intestinais
Distúrbios eletrolíticos
Fraqueza (WHO, 1999)
Drogas vegetais - Sene 
Drogas vegetais - Cáscara sagrada
Nome científico: Rhamnus purshianus DC
Sinonímia científica: Frangula purshiana DC
Família: Rhamnaceae
Parte usada: Casca dos caules
Pequeno arbusto
Distribuição: Região do pacífico da América do Norte
Drogas vegetais – Cáscara sagrada
Originária das regiões montanhosas dos EUA e Canadá;
As casca do caule dessecadas devem ser aquecidas a 100o C por 1 a 2 horas ou
estocadas no mínimo por 1 ano antes da utilização, para a oxidação de
antronas que podem causar vômito, espasmos e diarreia nos usuários;
Usos terapêuticos:
- Em doses baixas é colagogo e laxante;
-Em doses altas é purgante.
Drogas vegetais – Cáscara sagrada
Contém aprox. 6% de derivados hidroxiantracênicos, dos quais 60% de
cascarosídeos:
- 80-90% de C-heterosídeos
- 10-20% de O-glicosídeos
Dose diária: 20-30 mg cascarosídeo A (RE 89/2004)
B
B
B
B
B
Drogas vegetais – Cáscara sagrada
Cáscara sagrada

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