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Resumo (av1) Legislação RDC 57/10 – Capítulo 1 Rege sobre: Ciclo produtivo do sangue Componentes e procedimentos transfusionais Transfusão Controle de qualidade Proteção ao doador e ao receptor Art. 2 – Estabelece padrões sanitários relacionados ao ciclo produtivo do sangue. Art.3 – Se aplica a todo estabelecimento relacionado ao ciclo produtivo do sangue/ componentes/ transfusões em território Nacional. Art.4 – Relacionado a certas definições: Aférese: Obtenção de determinado componente sanguíneo (doador único) a partir de um equipamento específico, com a volta dos hemocomponentes remanescentes para a corrente sanguínea. Aférese Terapêutica: Se diferencia da aférese, pois se retira o componente com fins terapêuticos. Também há volta dos hemocomponentes remanescentes. OBS: Máquina coletora desempenha seu papel de coleta (coleta feita com anticoagulante). O sangue total é centrifugado para a seleção do componente requisitado e depois misturado novamente para voltar ao doador. Captação de doadores Coleta ProcessamentoCiclo Produtivo do sangue Testagem Armazenamento Distribuição Transporte Hemovigilância: Conjunto de procedimentos de vigilância que abrange o ciclo de sangue (Doação a transfusão). Identifica riscos Melhora qualidade de processos e produtos Segurança. Procedimentos operacionais padrões: Procedimentos autorizados, específicos e seguros. Termo de consentimento livre e esclarecido: Documento que expressa o consentimento do indivíduo após explicação completa sobre o procedimento, bem como, riscos atribuídos a ele. RDC 57/10 – Capítulo 2 (Regulamento Sanitário) Seção 1 Art.5º - Todos os serviços de hemoterapia devem solicitar licença sanitária inicial para o desenvolvimento de quaisquer atividades do ciclo produtivo do sangue, bem como sua renovação anual. Art. 6 – Estabelece que os serviços devem estar sobre a responsabilidade de um profissional qualificado. Art. 7 – As atividades referentes ao ciclo do sangue devem ser realizadas por profissionais habilitados e qualificados (em número suficiente). Art. 9 – Serviços sobre um padrão de qualidade e boas práticas. Art. 10 – Estabelece o uso de POP’s e registro de atividades. Art.11 – Trás a importância do uso de equipamento especializado para as atividades. Art. 12 – Materiais e insumos devem ser estéreis, apirogênio e descartáveis. Art. 13 – Materiais, equipamentos, insumos e reagentes seguindo as normas sanitárias (sendo, esses, registrados e autorizados) Art. 18 – Descarte §3º - Quando o serviço de hemoterapia realizar tratamento interno dos resíduos, este deve ser realizado em sala específica, equipamentos qualificados e com procedimentos validados. §4º -No caso de terceirização, deverá ser assegurado que a empresa contratada para transporte, tratamento e destinação final esteja regularizada junto aos órgãos de vigilância sanitária e ambiental. Seção 2 Art. 20 – Doação anônima, voluntária, não remunerada e sigilosa. Art. 23 – O candidato deve ser informado sobre possíveis desconfortos envolvendo o procedimento e a realização de testes laboratoriais de triagem para doenças infecciosas transmitidas pelo sangue. Seção 3 Art. 31: Sala de coleta organizada para minimizar contaminação microbiológica, erros de manejo de bolsa, amostra e etiquetas. Art. 32: Identidade do doador deve ser verificada antes da coleta e confrontada com o material. Art. 34: Coleta realizada em condições assépticas em uma única punção venosa. Seção 4 Art. 47: Toda bolsa de sangue total coletada de forma satisfatória pode ser usada para obtenção de hemocomponentes, plasma, soro e plaquetas. § 1 - São componentes dos eritrocitários: Concentração de hemácias: lavadas não lavadas com camada leucoplaquetária removida Desleucocitada Congeladas Hemácias rejuvenescidas §2 – São componentes plasmáticos Plasma congelado Plasma Comum Plasma isento de crioprecipitado Crioprecipitado §3 – São componentes Plaquetários Obtido do sangue total Obtidos por Aférese Plaquetas desleucolizadas. Seção 5 Art. 64 – Controle de qualidade dos hemocomponentes. Art. 66 – Controle de qualidade das plaquetas. Art. 67 – Controle de qualidade do plasma e crioprecipitado. Análises realizadas: Inspeção visual Alteração de cor Hemólise Lipemia Coágulos Intregridade da bolsa Swirlingq Testes Laboratoriais Controle microbiológico Seção 6 Art. 82 – Testes imunohematológicos para qualificação do doador devem ser realizados. Tipagem ABO Tipagem RH Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) Art.100.Osserviçosdehemoterapiadevemnotificaroficialmenteàvigilânciaepidemiológicacompetenteoscasosreagentesparamarcadoresdeinfecçõestransmissíveispelosanguedenotificaçãocompulsória. Seção 11 – Transfusão Art. 129 - O serviço de hemoterapia deve realizar testes imunohematológicos pré-transfusionaissegundo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Tipagem ABO Tipagem RH Pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) Seção 8 Art. 108 – A bolsa de sangue só pode ser liberada depois de todos os testes imunohematológicos e triagem. Art.112.A etiqueta das bolsas de hemocomponentes liberados deve conter: I - Nome e endereço do serviço coletor; II- Data da coleta; III- Nome e volume aproximado do hemocomponente; IV- Identificação com sistema numérico ou alfa numérico que permita rastreabilidade da bolsa e da doação; V- Nome do anticoagulante ou outra solução preservadora, exceto nos componentes obtidos por aférese; VI- Temperatura adequada para a conservação; VII- Data e hora de vencimento do produto; VIII-Grupo ABO, Rh(D) e o resultado da pesquisa de anticorpos irregulares; IX- Resultado dos testes não reagentes para triagem de infecções transmissíveis pelo sangue; Captação de doadores. Objetivos: Conscientizar a população da importância de ser um doador Suprir as necessidades de sangue Fidelizar o doador Abordar importância do ser humano, sendo ele indispensável e único. Articulações: Planejar e executar ação que visem a captação de doadores Divulgar o banco de sangue Estabelecer parcerias para o programa Informar, sensibilizar e estimular. Exemplo de programas: Clube 25 (estimula jovens a doar sangue), doador do futuro (educativo, para estimular futuros doadores. Estratégias: Mala direta – convites para doação Cartão de aniversário Divulgação Fatos importantes: Doação é segura e demora cerca de 50 minutos Quantidade doada é rapidamente recuperada Uma doação pode salvar até três vidas A seleção do doador ocorre devido a possíveis riscos relacionados com a transfusão de sangue. Etapas: Registro do doador Identificação clara do candidato Informação do tipo de doação: espontânea, Reposição, convocação, autóloga (para uso próprio) ou específica. Triagem clínica Estado atual de saúde Histórico clínico Histórico epidemiológico (principalmente se o candidato foi exposto a áreas endêmicas). Triagem sorológica Importante a verificação de idade, peso, sinal de vida, aspecto geral e a realização de uma entrevista. A partir de uma tabela pode-se dizer se o candidato é inapto ou temporariamente inapto a doar. Exemplo: Febre – Temp. Inapto Idade: >18 inapto Peso: > 50Kg temp. inapto. Cardiopatia – inapto. Janela imunológica: Tempo entre a contaminação e apresentação da hemoconversão. Hemocomponentes e hemoderivados. Hemocomponentes: componentes lábeis do sangue, obtidos a partir do sangue total e processos físicos (centrifugação e congelamento) Plasma (crioprecipitado ou não) Hemácia Plaquetas Hemoderivados: Produtos obtidos a partir do plasma por processos físico-químicos. Fatores de coagulação Albumina Gamaglobulinas. Separação por centrifugação: No fundo da bolsa estão as hemácias, acima delas a região leucoplaquetária (leucócitos e plaqueta). Finalmente acima das duas camadas está o plasma com plaquetas dispersas. Anticoagulantes CPDA - Citrato, fósforo, dextrose e adenina - validade de 35 dias ACD - Ácido cítrico, Citrato, dextrose Validadede 21 dias CPD – Citrato, dextrose e fosfato CP2D – Citrato, Fosfato e dextrose-dextrose. Sangue passa por uma fragmentação antes de ser utilizado, pois o sangue total dificilmente é utilizado para transfusão. A separação também é benéfica, porque aumenta a vida útil das frações e otimiza o uso. Concentração de hemácias (CH) - é um hemocomponente obtido a partir de uma unidade de ST pela remoção de parte do plasma por meio de centrifugação ou sedimentação. O concentrado de hemácia é muito usado em casos de anemia hemolítica e quando o indivíduo passa por terapias agressivas. Armazenamento em temperatura baixa (2 a 6°c) CONCENTRADO DE PLAQUETAS (CP) – é uma suspensão de plaquetas, em plasma preparado mediante dupla-centrifugação de uma unidade de st coletada em tempo não superior a 15 minutos. Obs: também pode ser obtido por aférese. Plasma fresco congelado (PFC) -O plasma é separado do sangue total pelo processo de centrifugação. É classificado como PLASMA FRESCO CONGELADO (PFC) quando a separação e o congelamento total das unidades ocorrem respectivamente em até 6 horas a 8 horas da coleta. Obs: também pode ser obtido por aférese. Controle de qualidade Coloração atípica (lipemia, icterícia, hemólise) Presença de fibrina Presença de hemácias Presença de vazamento Crioprecipitado – Quando o PFC é descongelado se forma o crioprecipitado (concentrado de glicoproteínas): fator 8, fibrinogênio, fator 13, Fator Von Willbrand. Presença de fibrina Presença de hemácias Coloração atípica (lipemia, icterícia, hemólise) Hemovigilância - Coordenação, processamento e análise da informação, registrada de forma oportuna, com monitoramento e rastreabilidade de todo o processo. Objetivos: Identificar riscos. Melhorar a qualidade de processos e produtos. Aumentar a segurança do paciente. Monitorar e gerar ações para correção de não –conformidades. Monitorar todo o processo da captação à transfusão. Sistema ABO Antígenos: substâncias estranhas ao corpo introduzidas no sangue, causando a ativação de anticorpos, nas hemácias se chamam aglutinogênio. Anticorpos: Proteínas (gamaglobulinas) produzidas por linfócitos e plasmócitos. Reconhecem e inativam o antígeno correspondente. Os anticorpos dissolvidos no plasma são denominados aglutinas. Reação de aglutinação – formação de grumos. Aglutinas = alta especificidade. ANTI AMais comuns e específicos. ANTI B IA IB i IA Tipo A Anticorpo B Antígeno A Tipo AB Sem anticorpo Antígeno A e B Tipo A Anticorpo B Antígeno A Ib Tipo AB Sem anticorpo Antígeno A e B Tipo B Anticorpo A Antígeno B Tipo B Anticorpo A Antígeno B i Tipo A Anticorpo B Antígeno A Tipo B Anticorpo A Antígeno B Tipo O Anticorpo A e B Sem antígeno Sistema RH Proteína Antígeno D, presente na superfície das hemácias. R r R RR = Rh+ Rr = Rh+ r Rr = Rh+ Rr = Rh- A presença dessa proteína pode levar a aglutinação do sangue de indivíduos que não a possuem, por isso conhecer o Rh é de extrema importância no caso de transfusão. Vale ressaltar que alguém com Rh- pode doar sangue perfeitamente para o seu oposto, porque não haverá sensibilização. A isoimunização Rh é uma condição caracterizada pela produção materna de anticorpos contra antígenos presentes nas hemácias fetais. Sistema Diego Anti-dia - pertence a classe IgG Antígenos: Dia e Dib Acomete principalmente gestantes, por isso é fundamental na pesquisa de doenças hemolíticas perinatal. Glicoproteína Marcador da raça mongoloide Sistema Lewis Histo-sanguíneo – antígenos produzidos por células teciduais e secretados nos fluídos. Antígenos Glicolipídeos Lea e LeB A produção dos antígenos resulta na interação dos genes FUT3 e FUT2. Ambas FUT = Secretadoras (fenótipo Lea+ e LeB-) FUT3 = Secretadoras negativas (Fenótipo A+ B-) Sem FUT3 = Fenotipagem A- e B -, podendo ou não ser secretoras. Sistema Kell Polimórfico Proteína Kell (glicoproteína de membrana) -decodificada pelo gene KEL Para ser expressa tem que estar ligada a proteína XK. Os antígenos do sistema de grupo sanguíneo Kell estão bem desenvolvidos ao nascimento e geralmente não são destruídos pelo tratamento por enzimas proteolíticas. Sistema Kidd Antígeno JKa, JK b, JK3 A glicoproteína Kidd é um importante transportador de uréia. Sistema Duff São clinicamente significantes na prática transfusional, pois mostraram ser causadores de reação hemolítica transfusional e de doença hemolítica do recém-nascido Os antígenos Fya e Fyb são codificados pelos alelos FYA e FYB e são responsáveis pelos fenótipos Fy(a+b-), Fy(a-b+) e Fy(a+b+). Duffy negativo está associada a resistência contra plasmidium vivax e malária.
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