CASO CONCRETO 01 A 07_ PRATICA SIMULADA II

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Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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CASO DE AULA 1 
 
Mévio, contratado pela Rápido Transporte LTDA em 02/04/2016, foi dispensado sem justa 
causa em 03/04/2017, recebendo remuneração no valor de R$ 1.500.00. A reclamada não realizou 
pagamento das verbas rescisórias. Ressalta-se que Mévio exercia o cargo de motorista, sendo 
domiciliado na cidade de Nilópolis e trabalhava em São João de Meriti. 
 
 
 
PETIÇÃO INICIAL DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
2 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE DE SAO JOAO DE MERITI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉVIO, nacionalidade, estado civil, motorista, data de nascimento, filiação, RG, CPF, CTPS, 
PIS, Nilópolis, endereço eletrônico, por seu advogado infra-assinado vem perante a vossa excelência, 
com fulcro no Art. 840, §1º da CLT c/c Art. 319 do CPC, propor: 
Reclamação trabalhista 
pelo rito sumaríssimo em face de: Rápido Transporte LTDA, inscrita no CNPJ, endereço em São 
João de Meriti, endereço de e-mail, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
 
I- Dos fatos 
 
O RECLAMANTE foi admitido em 02/04/2016 pela para exercer o cargo de motorista no 
estabelecimento empresarial da RECLAMADA. 
Ocorre que o RECLAMANTE foi dispensado sem justa causa em 03/04/2017, mas não recebeu 
o pagamento das verbas rescisórias. 
Eis a razão para se intentar com a presente Reclamação Trabalhista. 
 
 
 
II- Tutela provisória de urgência 
 
Considerando que, o RECLAMANTE encontra-se desempregado e que foi dispensado sem 
justa causa, conforme prova documental juntada nos autos (cópia do aviso prévio), vem requerer a 
este juízo a expedição de alvará para sacar o FGTS, bem como a expedição de oficio para 
habilitação do seguro desemprego, pois presentes os requisitos fumus boni iuris e prericulum in 
mora. 
 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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III- Das verbas resilitórias, ou Do direito, ou Dos fundamentos 
 
Considerando que o RECLAMANTE foi dispensado sem justa causa, ele faz jus as seguintes 
verbas rescisórias: 
- Saldo de salário; 
- Férias proporcionais +1/3; 
- Aviso prévio; 
- Indenização de 40% sob o FGTS. 
 
 Multas do Art. 477, §8º e Art. 467 da CLT 
Por não ter o RECLAMANTE recebido as parcelas rescisórias dentro do prazo legal e cabível a 
aplicação da multa do Art. 477, §8º da CLT. Caso a RECLAMADA não quite as verbas rescisórias 
incontroversas na 1ª audiência, será aplicável também a multa prevista no Art. 467 da CLT. 
 
“Art. 477 da CLT - Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à 
anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes 
e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por 
trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu 
salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o 
trabalhador der causa à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)” 
 
“Art. 467, da CLT - Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o 
montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do 
comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las 
acrescidas de cinqüenta por cento". (Redação dada pela Lei nº 10.272, de 5.9.2001)” 
 
 
 
IV- Justiça gratuita (Art. 791-A) 
 
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por 
cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, 
não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, 
de 2017)” 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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V- Honorários advocatícios (Art. 791-A, §4º, CLT) 
 
 
“§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que 
em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, 
nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar 
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, 
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017)” 
 
 
 
VI- Pedidos e indicação do valor 
 
Em face o exposto, com base na fundamentação supra, é a presente para requerer o seguinte: 
a) Citação da reclamada; 
b) Justiça gratuita; 
c) Tutela provisória de urgência; 
d) Verbas rescisórias R$ (indicar o valor somado de todas as verbas); 
e) Multas R$ (indicar o valor somado das multas); 
f) Honorários sucumbências (5 a 15%). 
 
 
 
VII- Provas 
 
Em geral admitido em direito (...) 
 
 
 
VIII- Valor da Causa 
Dá-se à causa o valor ora arbitrado de R$.xxxxxxx,xx ( XXXXXXXXX) para fins de alçada. 
 
 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento 
 
-------------------------------------\--------------- 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
5 
Advogado\ (OAB/UF) 
 
 
-------------------------------,-----\-----\------ 
LOCAL\, DIA/MÊS/ANO 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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Aula 2 – CC 02 
 
TÍCIO, auxiliar administrativo, residente no município de São Gonçalo-RJ, foi contratado pela 
empresa ALFA LTDA, para trabalhar na filial localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de 
janeiro de 2016. A contratação ocorreu no município de Niterói, local onde está situada a matriz da 
empresa. Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1hora de intervalo para repouso e 
alimentação. Recebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Foi imotivadamente 
dispensado, sem prévio aviso, no dia 26 de janeiro de 2017, ocasião em que nada lhe foi pago a título 
de verbas resilitórias. Informa que, encontra-se desempregado até o presente momento e que nunca 
usufruiu férias. 
Você, na qualidade de advogado(a) do sindicato da categoria de TÍCIO, promova a medida processual 
cabível, observando o procedimento devido e o Juízo competente. 
 
 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ..... VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO\ RJ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TÍCIO, nacionalidade, estado civil, auxiliar administrativo, data de nascimento, filiação, RG, 
CPF, CTPS, PIS, endereço completo, endereço eletrônico, por seu advogado infra-assinado vem 
perante a vossa excelência, com fulcro no art. 840, §1º da CLT c/c art. 319 do NCPC, propor: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
pelo rito sumaríssimo em face de: Empresa Alfa LTDA, inscrita no CNPJ, endereço da matriz em 
Niterói \ RJ e filial no município do Rio de Janeiro\ RJ, com endereço de e-mail pelos fatos e 
fundamentos que passa a expor: 
 
 
 
I- DOS FATOS 
 
O RECLAMANTE foi admitido em 04 de janeiro de 2016 pela RECLAMADA para exercer 
o cargo de auxiliar administrativo, tendosido dispensado em 26 de janeiro de 2017. 
O RECLAMANTE não recebeu o pagamento das verbas rescisórias e nunca usufruiu de férias. 
 
 
 
II -TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
 
Considerando que o RECLAMANTE foi dispensado de forma imotivada e encontra-se 
desempregado, deslumbra-se dessa forma preenchidos os requisitos para a obtenção da tutela 
provisória de urgência. 
Ressalta-se que o crédito trabalhista tem natureza jurídica alimentar o que justifica a urgência 
deste requerimento. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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Nesse passo requer a expedição de alvará para saque do FGTS e a expedição de ofício para 
habilitação do seguro desemprego nos termos das leis 8.036\90do FGTS e 7.998\90 do Seguro 
desemprego c\c Art. 300, CPC. 
 
 
 
III – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Considerando que o RECLAMANTE foi dispensado sem justa causa, ele faz jus as seguintes 
verbas rescisórias: 
 Saldo de salário de 26 dias; 
 Férias proporcionais 2\12; 
 Aviso prévio de 33 dias; 
 Indenização de 40% sob o FGTS; 
 13º salário 2\12. 
 
Por não ter havido o pagamento das férias e não tendo se esgotado o período concessivo, faz jus 
ao RECLAMANTE o pagamento das férias referente ao período de 2016\ 2017, de forma simples, 
com abono constitucional de mais 1\3. 
 Multas do art. 477, §8º e art. 467 da CLT 
Por não ter o RECLAMANTE recebido as parcelas rescisórias dentro do prazo legal e cabível a 
aplicação da multa do Art. 477, §8º da CLT. Caso a RECLAMADA não quite as parcelas/verbas 
rescisórias incontroversas na 1ª audiência, será aplicável também a multa prevista no Art. 467 da CLT. 
Em virtude da projeção do aviso prévio a data de saída a ser anotada na CTPS do reclamante 
deve ser 28.02.2017. 
 
“Art. 477 da CLT - Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à 
anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes 
e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por 
trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu 
salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o 
trabalhador der causa à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)” 
 
“Art. 467, da CLT - Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o 
montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do 
comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las 
acrescidas de cinqüenta por cento". (Redação dada pela Lei nº 10.272, de 5.9.2001)” 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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IV - JUSTIÇA GRATUITA (ART. 791-A) 
 
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) 
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo 
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)” 
 
 
 
V - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (ART. 791-A §4 CLT) 
 
“§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que 
em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, 
nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar 
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, 
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017)” 
 
 
 
VI - PEDIDOS E INDICAÇÃO DO VALOR 
 
Em face o exposto, vem requerer o seguinte: 
g) Citação da RECLAMADA; 
h) Justiça gratuita; 
i) Tutela provisória de urgência; 
j) Verbas rescisórias R$ (indicar o valor somado de todas as verbas); 
k) Multas R$ (indicar o valor somado das multas) 
l) Honorários sucumbências (5 a 15%) 
 
 
VII- PROVAS 
 
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito. 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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VIII - VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor ora arbitrado de R$. xxxxxxx ( XXXXXXXXX) para fins de alçada. 
 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento 
 
-----------------------------------,--------------- 
Advogado \ (OAB/UF) 
 
 
-----------------------------,------\------\------ 
Local \ Data 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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Caso Concreto 3 
 
 
Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 15/06/2016 a 15/09/2016, data na qual teve 
baixa em sua CTPS. A família do ex empregador vive em Natal/RN. Suzana foi contratada a título de 
experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. 
Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando o trabalho às 7h e saindo às 16 h, de segunda à 
sexta-feira, com trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao 
vale-transporte, além de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no 
emprego. Suzana fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência mas não recebia qualquer 
adicional. Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS. 
Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço. Na data da 
dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 
13º salário proporcional de 3/12 avos. 
Você foi procurado por Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a peça prático-
profissional pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos não 
informados. 
 
1- Endereçamento 
 
2- Qualificação do reclamante 
 
3- Indicação da peça processual 
 
4- Rito processual. Qualificação do reclamado 
 
5- Tutela provisória de urgência (art. 20, I, Lei 8036/90 e art. 300 CPC C/c art. 769 CLT) 
 
6- Fatos 
 
7- Fundamentos jurídicos 
7.1 – Nulidades do contrato de experiência (art. 5º, §2, LC 150/2015 e art. 9º CLT) 
7.2 – Verbas Rescisórias (art. 23 §2 LC 150/2015, art. 146 §único CLT e art. 3º lei 4090/62) 
7.3 – Indenizações compensatórias (art. 22 LC 150/2015) 
7.4 – Serviços em viagem (art. 11 §2º, LC 150/2015 
7.5 – Horas extras e reflexos 
 - Estrapolação da jornada diária 
 - Intervalo intrajornada 
7.6 – Descontos indevidos (art. 18 LC 150/2015 e art. 4º §único Lei 7418/85) 
 
8- Requerimentos 
8.1 – JG (art. 790 §3º, CLT e Sum. 463 TST 
8.2 – Honorários advocatícios 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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9- Pedidos 
 
10 – Provas 
 
11 - Valor da causa 
 
12 – Fechamento 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA __ VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE NATAL/RN. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUZANA, nacionalidade, estado civil, empregada doméstica, data de nascimento, filiação, 
carteira de identidade, CPF, PIS, CTPS, endereço completo, endereço eletrônico, por seu advogado 
infra-assinado vem perante a vossa excelência, comfulcro no Art. 840, §1º da CLT c\c 319 do NCPC, 
propor: 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
pelo rito sumaríssimo, em face de MORAES, CPF, RG, residente e domiciliado em Natal \ RN, 
endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
 
I – Tutela provisória de urgência 
 
Considerando que a RECLAMANTE foi dispensada de forma imotivada e encontra-se 
desempregada, deslumbra-se dessa forma preenchidos os requisitos para a obtenção da tutela 
provisória de urgência. 
Ressalta-se que o crédito trabalhista tem natureza jurídica alimentar o que justifica a urgência 
deste requerimento. 
Nesse passo requer a expedição de alvará para saque do FGTS e a expedição de ofício para 
habilitação do seguro desemprego nos termos das leis 8.036\90 do FGTS e 7.998\90 do Seguro 
desemprego c\c Art. 300, CPC. 
 
 “Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes 
situações: 
1º despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; (Redação 
dada pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 2001)” 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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“Art. 300. CPC - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.” 
 
 
 
 
II – Fatos 
 
A RECLAMANTE foi admitida em 15 de junho de 2016 pela RECLAMADA para exercer o 
cargo doméstica, no período de 7h às 16h, momento que foi demitida sem justa causa em 15 de 
setembro de 2016. 
A RECLAMANTE efetuava todas as atividades do lar e tinha descontado do seu salário 10% 
do valor do vale transporte bem como 25% da cota-parte do INSS e valor da alimentação consumida 
no emprego. 
Esclarece ainda, a RECLAMANTE, que viajou com a família por 04 (quatro) dias a cidade de 
Gramado \ RS, ocasião que realizara a função de babá no período de 8h às 17h, com 1h de almoço. 
A RECLAMANTE não recebeu o pagamento das verbas rescisórias, haja vista a conversão 
do contrato de experiência em contrato por prazo indeterminado. 
Eis a razão para se intentar a presente ação trabalhista. 
 
 
 
III – Fundamentos jurídicos 
 
 
III.I – Nulidade do contrato de experiência 
 
Conforme o Art. 5º, §2º da LC 150/2015, o contrato de experiência passou a viger de forma 
indeterminada, em virtude de sua prorrogação automática. A jurisprudência majoritária entende que 
nessa modalidade de contratação deve haver cláusula expressa prevendo a prorrogação. 
Desse modo requer a declaração de nulidade do contrato de experiência na forma do Art. 9º, 
CLT 
 
“Art. 5º. LC 150\15 - O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. 
§ 2º O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o 
decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias 
passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado. 
 
“Art. 9º, CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, 
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.” 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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III.II – Verbas rescisórias 
 
Considerando a conversão do contrato de experiência em contrato por prazo indeterminado, 
faz jus a RECLAMANTE ao pagamento das seguintes verbas rescisórias: 
- Saldo de salário de 15 dias, referente ao mês de setembro; 
- Aviso prévio indenizado de 30 dias; 
- Diferenças das férias proporcionais mais 1/3 e; 
- Diferenças do 13º salário proporcional, em razão da projeção do aviso prévio. 
 
 
 
III.III – Indenização compensatória 
 
É devido o recolhimento de 3,2% da remuneração da RECLAMANTE pela RECLAMADA, 
o que hora postula. 
 
 
 
III.IV – Serviço em viagem 
 
Em virtude do desempenho da função de babá durante quatro dias das 8h às 17h, na viagem 
realizada à mando da RECLAMADA, requer o adicional de 25% sob as respectivas horas trabalhadas 
em viagem, nos moldes do Art. 11, §2º da LC 150/2015. 
 
“Art. 11, LC 150\15 - Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador 
prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no 
período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o art. 2o. 
§ 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) 
superior ao valor do salário-hora normal.” 
 
 
 
III.V – Horas extras e reflexos 
 
- Extrapolação da jornada diária 
 
A jornada de trabalho da RECLAMANTE foi extrapolada à medida que laborou 8h 30min 
violando assim o Art. 7º, XIII da CF. 
Desse modo, requer o pagamento das horas extras com adicional de 50% e reflexos na forma 
do Art. 2º, §1º da LC 150/2015 
 
“Art. 7º. CF - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
16 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)” 
“Art. 2º, LC 150\15 - A duração normal do trabalho doméstico não excederá 8 (oito) horas 
diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei. 
§ 1º A remuneração da hora extraordinária será, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao 
valor da hora normal.” 
 
 
 
 
- Intervalo intrajornada 
 
Com relação ao intervalo intrajornada a RECLAMANTE faz jus ao pagamento de uma hora 
extra com o adicional de 50% e reflexos, tendo em vista que o referido intervalo foi concedido de 
forma parcial, a luz do Art. 13 da LC 150/2015. 
 
“Art. 13, LC 150\15 - É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo 
período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio 
acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos.” 
 
 
 
III.VI – Descontos indevidos 
 
Referente aos descontos de vale-transporte e alimentação, a RECLAMANTE faz jus ao 
pagamento 6% tendo em vista o referido Art. 18 da LC 150/2015 e Art. 4º, § único da lei 7.418/85. 
 
“Art. 18, LC 150\15 - É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do 
empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por 
despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem.” 
 
“Art. 4º, Lei 7.418 - A concessão do benefício ora instituído implica a aquisição pelo 
empregador do Vale-Transporte necessários aos deslocamentos do trabalhador no percurso 
residência-trabalho e vice-versa, no serviço de transporte que melhor se adequar. (Artigo 
renumerado pela Lei 7.619, de 30.9.1987) (Vide Medida Provisória nº 2.189 -49, de 2001) (Vide 
Medida Provisória nº 280, de 2006) 
Parágrafo único - O empregador participará dos gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda 
de custo equivalente à parcela que exceder a 6% (seis por cento) de seu salário básico.” 
 
 
 
III. VII – Anotação da CTPS 
 
Em virtude da projeção do aviso prévio, a data de saída a ser retificada em virtude da projeção 
do aviso prévio. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
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IV – Requerimentos 
 
 
 
IV.I – Gratuidade de Justiça 
 
A RECLAMANTE demanda pela gratuidade de justiça, nos termos do Art. 98 do CPC. 
 
“Art. 98 CPC - A pessoa natural oujurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de 
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à 
gratuidade da justiça, na forma da lei. 
§ 1º A gratuidade da justiça compreende: 
(Incluindo seus incisos e parágrafos)” 
 
 
 
V – Honorários advocatícios 
 
A RECLAMANTE postula a condenação ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios, estipulados em 20% do valor da causa, conforme Art. 790 §3º CLT e Súmula 463 TST. 
 
“Art. 790, § 3º CLT - É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, 
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% 
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)” 
 
“SÚMULA 463, I/TST. Tendo o reclamante requerido os benefícios da justiça gratuita, nos 
termos do art. 790 , § 3º , da CLT , bem como protocolado a petição inicial em 24/8/2017, antes da 
exigência de procuração específica, conforme preconizado na Súmula 463/TST, inexistem motivos 
para indeferir o benefício da justiça gratuita. Agravo de instrumento conhecido e provido.” 
 
 
 
VI – Pedidos 
 
Em face o exposto, vem requerer o seguinte: 
1 – Tutela provisória de urgência; 
2 – Nulidade do contrato de trabalho; 
3 – Verbas rescisórias. 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
18 
 
VII – Provas 
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito. 
 
 
 
VIII – Valor da causa 
 
Dá-se a causa o valor de R$. xxxxxxx (XXXXXXX) 
 
 
 
Termos que 
Pede deferimento 
 
 
-------------------------------,-----\----\---- 
(LOCAL), (DIA), (MÊS), (ANO) 
 
 
-------------------------------------\------- 
ADOVAGO 
OAB/UF 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
19 
 
 
Caso concreto OAB – Dado em aula 
 
RECLAMANTE= ÔMEGA S.A 
LOCAL= Campinas 
RECLAMADO = JOSÉ DA SILVA 
FUNÇÃO = Pedreiro 
ADMISSÃO\ DEMISSÃO = 05\01\ 2018 até 10\10\2018 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
20 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA .....VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE DE CAMPINAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÔMEGA S.A, empresa de construção civil, Campinas, endereço eletrônico, inscrita do CNPJ, 
por seu advogado infra-assinado vem perante a vossa excelência, com fulcro no Art. 539 a 549 do CPC 
c\c Art. 769, CLT e Art. 15 do CPC, propor: 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
pelo procedimento especial, em face de JOSÉ DA SILVA, casado, pedreiro, RG, CPF, residente e 
domiciliado, endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
 
II – FATOS 
 
O SIGNATÁRIO foi admitido em 01 de janeiro de 2018 pela CONSIGNANTE para exercer 
o cargo pedreiro, momento que foi demitido em 10 de outubro de 2018, na forma indenizada. 
Foi marcado para 15 de outubro de 2018, com o SIGNATÁRIO, a realização do pagamento 
das suas verbas resilitórias, a entrega dos documentos hábeis para seus direitos e retirada dos pertences 
pessoais. 
Esclarece a CONSIGNANTE que não possuía todo o valor em caixa disponível para a quitação 
das verbas rescisórias do SIGNATÁRIO, retratou-se por esse motivo, anotou a dispensa na CTPS do 
CONSIGNANTE e pediu que retorna-se após 60 (sessenta) dias para receber seus haveres e a retirada 
dos seus pertences. 
O SIGNATÁRIO não compareceu na data combinada. 
Ocorre que a CONSIGNANTE realizou contato telefônico e enviou 2 (dois) telegramas para 
o endereço informado pelo SIGNATÁRIO, tudo sem sucesso. Informa ainda, a CONSIGNANTE, 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
21 
que ex-colegas de trabalho enviaram mensagens pelo face book do SIGNATÁRIO para seu acerto de 
contas e igualmente sem sucesso. 
A CONSIGNANTE não conseguiu realizar o pagamento das verbas rescisórias, bem como a 
rescisão contratual de trabalho, haja vista o não comparecimento em data marcada e o 
desconhecimento do paradeiro do SIGNATÁRIO. 
Eis a razão para se intentar a presente ação trabalhista. 
 
 
 
III – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Considerando que o SIGNATÁRIO não foi localizado a CONSIGNANTE apresenta o termo 
de rescisão contratual o qual consta as seguintes parcelas rescisórias a que o consignatário faz jus: 
- Saldo de salário de 10 dd; 
- Aviso prévio de 30 dd; 
- 13ºsalário proporcional; 
- Férias proporcionais de +1\3; 
- Indenização de 40% sobre o FGTS. 
 Assim apresenta a CONSIGNANTE o depósito das referidas verbas conforme documento em 
anexo, requerendo a quitação da obrigação. 
* Multa do Art.477, §8º da CLT 
 Por não ter observado o prazo legal previsto no §6º, do Art. 477 da CLT, a CONSIGNANTE 
apresenta o depósito da quantia devida, requerendo assim a quitação da obrigação. 
 “Art. 477. CLT - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a 
terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações 
de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração 
que tenha percebido na mesma empresa. 
§ 6° O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá 
ser efetuado nos seguintes prazos: (Incluído pela Medida provisória nº 89, de 1989) 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou (Incluído pela Medida provisória nº 
89, de 1989) 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso-
prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. (Incluído pela Medida provisória 
nº 89, de 1989) 
 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por 
trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
22 
salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o 
trabalhador der causa à mora. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)” 
 
“Art. 539. CPC - Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito 
de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 
 
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à 
data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente. 
 
Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor 
continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, 
desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento. 
 
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá: 
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do 
deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3o; 
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação. 
Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução 
do mérito. 
 
Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será 
este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do 
contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar 
lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito. 
 
Art. 544. Na contestação,o réu poderá alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; 
IV - o depósito não é integral. 
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante 
que entende devido. 
 
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, 
salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. 
§ 1o No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a 
consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
23 
§ 2o A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o 
montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento 
nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. 
 
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu 
ao pagamento de custas e honorários advocatícios. 
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação. 
 
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor 
requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito. 
 
Art. 548. No caso do art. 547: 
I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas; 
II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; 
III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o 
procedimento comum. 
 
Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate do 
aforamento.” 
 
“Art. 769 CLT- Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito 
processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.” 
 
“Art. 15. CPC - Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou 
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.” 
 
 
 
III.I OBRIGAÇÃO DE FAZER 
 
A CONSIGNANTE neste ato apresenta as guias do FGTS e do seguro desemprego, cumprindo 
assim a obrigação de fazer. 
 
 
 
III.II OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
24 
 A CONSIGNANTE neste ato entrega os pertences do SIGNATÁRIO (as fotografias e camisa 
do clube de futebol). 
 
 
 
IV - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (ART. 791-A, CLT) 
 
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) 
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo 
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)” 
 
 
 
V- PEDIDOS 
 
 
 
V.I Pedido 1 
A consignação em pagamento com efeito de quitação. 
 
V.II Pedido 2 
Citação do SIGNATÁRIO para levantar o depósito ou oferecer contestação, na forma do Art. 
542 do CPC. 
 
V.III Pedido 3 
Se o SIGNATÁRIO não apresentar defesa requer a decretação da revelia (Art.844, da CLT) e 
a por consequência a procedência do pedido e a extinção da obrigação nos moldes do Art. 546, CPC. 
 
 
 
Em face o exposto, vem requerer o seguinte: 
m) Citação do SIGNATÁRIO; 
n) Consignação em pagamento e quitação das verbas rescisórias R$ (indicar o valor somado de 
todas as verbas); 
o) Quitação da multa R$ (indicar o valor somado das multas); 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
25 
p) Decretação da revelia se o SIGNATÁRIO não apresentar defesa; e a por 
q) Extinção da obrigação; 
r) A condenação do SIGNATÁRIO ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios. 
 
 
 
VI- PROVAS 
 
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito. 
 
 
 
VII - VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor ora arbitrado de R$. xxxxxxx ( XXXXXXXXX) para fins de alçada. 
 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento 
 
 
-----------------------------------,--------------- 
Advogado \ (OAB/UF) 
 
 
-----------------------------,------\------\------ 
Local \ Data 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
26 
 
 
Caso Concreto 4 
 
José, funcionário da empresa LV, admitido em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, 
com salário mensal de R$ 1.200,00. Em 19/06/2016, José afastou-se do trabalho mediante a concessão 
de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 e passados dez dias 
sem que José tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por meio de notificação, recebida 
por José mediante aviso de recebimento. José não atendeu à notificação e, completados trinta dias de 
falta, a empresa LV expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, 
ainda assim, José não retornou ao trabalho. Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a 
baixa da CTPS, com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a empresa 
procurou profissional da advocacia. Considerando a situação hipotética acima apresentada, na 
qualidade de advogado(a) da empresa LV, elabore a peça processual adequada a satisfazer-lhe 
judicialmente o interesse, ciente de que José nunca usufruiu férias. (39º Exame OAB adaptado) 
RECLAMANTE = Empresa LV 
RECLAMADO – José 
FUNÇÃO= Recepcionista 
SALÁRIO = R$.1.200 
ADMISSÃO= 11\05\2015 
FIM DO AVISO DOENÇA= 20\07\2016 
NOTIFICAÇÃO= 30\07\2016 
FIM 30 DDL= 31\08\2016 
MOTIVO = Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a baixa da CTPS, com o pagamento 
das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
27 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA .....VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE DE XXXXXXXXXXX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPRESA LV, endereço, endereço eletrônico, inscrita do CNPJ, por seu advogado infra-
assinado vem perante a vossa excelência, com fulcro no Art. 539 a 549 do CPC c\c Art. 769, CLT e 
Art. 15 do CPC, propor: 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
pelo procedimento especial, em face de JOSÉ, recepcionista, RG, CPF, residente e domiciliado, 
endereço eletrônico, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
 
II – FATOS 
 
O SIGNATÁRIO foi admitido em 11 de maio de 2015 pela CONSIGNANTE para exercer o 
cargo de recepcionista, momento que foi demitido com justa causa em 31 de agosto de 2015, 
Foi marcado para 15 de outubro de 2018, com o SIGNATÁRIO, a realização do pagamento 
das suas verbas resilitórias, a entrega dos documentos hábeis para seus direitos e retirada dos pertences 
pessoais. 
Esclarece a CONSIGNANTE que não possuía todo o valor em caixa disponível para a quitação 
das verbas rescisórias ao SIGNATÁRIO, retratou-se por esse motivo, anotou a dispensa na CTPS do 
CONSIGNANTE e pediu que retorna-se após 60 (sessenta) dias para receber seus haveres e a retirada 
dos seus pertences. 
O SIGNATÁRIO não compareceu na data combinada. 
Ocorre que a CONSIGNANTE realizou contato telefônico e enviou 2 (dois) telegramas para 
o endereço informado pelo SIGNATÁRIO, tudo sem sucesso. Informa ainda, a CONSIGNANTE, 
 
Professor:Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
28 
que ex-colegas de trabalho enviaram mensagens pelo face book do SIGNATÁRIO para seu acerto de 
contas e igualmente sem sucesso. 
A CONSIGNANTE não conseguiu realizar o pagamento das verbas rescisórias, bem como a 
rescisão contratual de trabalho, haja vista o não comparecimento em data marcada e o 
desconhecimento do paradeiro do SIGNATÁRIO. 
Eis a razão para se intentar a presente ação trabalhista. 
 
 
 
III – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Considerando que o SIGNATÁRIO não foi localizado a CONSIGNANTE apresenta o termo 
de rescisão contratual o qual consta as seguintes parcelas rescisórias a que o SIGNATÁRIO faz jus: 
- Saldo de salário de 10 dd; 
- Aviso prévio de 30 dd; 
- 13ºsalário proporcional; 
- Férias proporcionais e +1\3; 
- Indenização de 40% sobre o FGTS. 
 Assim apresenta a CONSIGNANTE o depósito das referidas verbas, conforme documento em 
anexo, requerendo a quitação da obrigação. 
 
* Multa do Art.477, §8º da CLT: 
 
 Por não ter observado o prazo legal previsto no §6º, do Art. 477 da CLT, a CONSIGNANTE 
apresenta o depósito da quantia devida, requerendo assim a quitação da obrigação. 
 
 
 
III.I OBRIGAÇÃO DE FAZER 
 
A CONSIGNANTE neste ato apresenta as guias do FGTS e do seguro desemprego, cumprindo 
assim a obrigação de fazer. 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
29 
 
III.II OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR 
 A CONSIGNANTE neste ato entrega os pertences do SIGNATÁRIO (as fotografias e camisa 
do clube de futebol). 
 
 
 
IV - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (ART. 791-A, CLT) 
 
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) 
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo 
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)” 
 
 
 
V- PEDIDOS 
 
 
V.I Pedido 1 
A consignação em pagamento com efeito de quitação. 
 
V.II Pedido 2 
Citação do SIGNATÁRIO para levantar o depósito ou oferecer contestação, na forma do Art. 
542 do CPC. 
 
V.III Pedido 3 
Se o SIGNATÁRIO não apresentar defesa requer a decretação da revelia (Art.844, da CLT) e 
a por consequência a procedência do pedido e a extinção da obrigação nos moldes do Art. 546, CPC. 
 
 
 
Em face o exposto, vem requerer o seguinte: 
s) Citação do SIGNATÁRIO; 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
30 
t) Consignação em pagamento e quitação das verbas rescisórias R$ (indicar o valor somado de 
todas as verbas); 
u) Quitação da multa R$ (indicar o valor somado das multas); 
v) Decretação da revelia se o SIGNATÁRIO não apresentar defesa; 
w) Extinção da obrigação; 
x) A condenação do SIGNATÁRIO ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios. 
 
 
 
VI- PROVAS 
 
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito. 
 
 
 
VII - VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor ora arbitrado de R$. xxxxxxx ( XXXXXXXXX) para fins de alçada. 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento 
 
-----------------------------------,--------------- 
Advogado \ (OAB/UF) 
 
 
-----------------------------,------\------\------ 
Local \ Data 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
31 
 
Caso concreto 5 
 
Leonel Pereira é empregado da Empresa Alfa Ltda. E, apesar de ser detentor 
de estabilidade provisória, na qualidade de diretor titular de sociedade 
cooperativa criada pelos próprios empregados da Empresa Alfa há cerca de 
um ano, não está liberado de cumprir sua jornada de trabalho. Leonel, todavia, 
vem apresentando reiteradas faltas e atrasos, todos devidamente punidos pelo 
seu empregador. Em sua ficha funcional constam nos últimos dois meses, 3 
advertências e 2 suspensões, toda pelos motivos descritos. E a situação só 
vem se agravando a cada dia, tornando-se cada vez mais reincidente em suas 
faltas. A última e atual suspensão ocorreu faz 2 dias. Diante da situação 
narrada, a empresa Alfa formula consulta jurídica dizendo que gostaria de 
proceder a demissão de Leonel, por culpa deste em virtude do cometimento 
das aludidas faltas e atrasos. 
Você, na qualidade de advogado (a) contratado, apresente em Juízo, a peça 
processual adequada, objetivando a demissão do empregado 
faltoso, por culpa exclusiva deste. 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
32 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ..... VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE DE XXXXXXXXXXX. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPRESA ALPHA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, endereço, endereço eletrônico, 
inscrita do CNPJ, com procuração por seu advogado infra-assinado vem perante a vossa excelência, 
com fulcro no Art. 494 c\c Art. 853 da CLT, propor: 
 
AÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DA FALTA GRAVE 
 
pelo procedimento especial, em face de LEONEL PEREIRA, diretor, RG, CPF, filiação, data de 
nascimento, residente e domiciliado, endereço eletrônico, PIS, CTPS pelos fatos e fundamentos que 
passa a expor: 
 
 
 
II- TEMPESTIVIDADE: ART. 853, CLT E SÚMULA 403 STF 
 
Conforme o Art. 853 da CLT o inquérito judicial deve ser ajuizado no prazo de 30(trinta) dias 
a contar da suspensão do empregado, o que foi observado no presente caso. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
33 
 
“Súmula 403 STF - É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito 
judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.” 
 
 
 
III – FATOS 
 
O REQUERIDO exerce a função de diretor titular da cooperativa dos empregados da 
REQUERENTE, sendo detentor da estabilidade provisória e não foi liberado de cumprir sua jornada 
de trabalho. 
Esclarece a REQUERENTE que o REQUERIDO vem apresentando reiteradas faltas e 
atrasos, sem motivos justificados nos últimos 3(três) meses, todos devidamente punidos, e 
gradativamente, constando em sua ficha funcional. 
É importante frisar que a situação foi se agravando a cada dia e tornando-se cada vez mais 
reincidente por parte do REQUERIDO. 
Em virtude do cometimento das mencionadas faltas e atrasos, a REQUERENTE informa que 
deseja abrir inquérito de faltas graves e rescindir o contrato de trabalho com o REQUERIDO. 
Eis a razão para se intentar a presente ação trabalhista. 
 
 
 
IV – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
IV.I da Desídia 
 
Em que pese o REQUERIDO detenha estabilidade provisória por exercer o cargo de diretor 
de cooperativa, conforme o Art. 55 da lei 5.764\ 71, verifica-se que ele praticou a falta grave prevista 
no Art. 482, alínea “e” da CLT. 
A desídia é caracterizada por condutas reiteradas e negligente no âmbito do trabalho. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
34 
A REQUERENTE demonstra nos autos que observou a gradação da penalidade, tendo 
advertido o REQUERIDO por 3(três) vezes e suspendido por 2(duas) vezes, não restando outra 
alternativa que aplicar a justa causa. 
 
“Art. 482 , CLT - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo 
empregador: 
e) desídia no desempenho das respectivas funções;” 
 
Considerando a dispensa por justa causa, a REQUERENTE apresenta o termo de rescisão 
contratual, o qual consta as seguintes parcelas rescisórias a que o REQUERIDO faz jus: 
 
- Saldo de salário; 
- Férias vencidas mais 1/3 constitucional. 
 
Em face ao exposto requer a resolução contratuala partir da suspensão do empregado. 
 
 
 
V - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (ART. 791-A, CLT) 
 
O REQUERENTE faz jus ao percentual de 5% aos honorários sucumbências. 
 
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) 
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo 
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)” 
 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
35 
VI- PEDIDOS 
 
Em face o exposto, vem requerer o seguinte: 
1) A rescisão do contrato de trabalho por justa causa a partir da data de suspenção do 
empregado; 
2) A citação do REQUERIDO para querendo contestar a presente ação; 
3) A condenação do REQUERIDO aos honorários sucumbências. 
 
 
 
VII- PROVAS 
 
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito. Aplicação do Art. 821 da 
CLT. 
 
“Art. 821 - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo 
quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). (Redação dada 
pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)” 
 
 
 
VIII - VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor ora arbitrado de R$. 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS) para fins de alçada. 
 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
36 
Nesses termos, 
Pede deferimento 
 
-----------------------------------,--------------- 
Advogado \ (OAB/UF) 
 
 
 
-----------------------------,------\------\------ 
Local \ Data 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
37 
EXEMPLIFICATIVO – CC 06 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA XXª VARA DO 
TRABALHO DO XXXXXXXXXXXXXX 
 
 
(5 LINHAS) 
 
 
PROCESSO NUMº.: XXXXXXXXXXXXX 
 
 
 XXXXXXXXXXXX, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o 
nº__________, endereço eletrônico_________, com sede na rua____________, nº_______, 
CEP__________, (cidade), (estado), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-
assinado, endereço eletrônico ___________, com endereço profissional sito à ______________, 
tempestivamente, apresentar sua CONTESTAÇÃO às alegações formuladas por ZZZZZZZZZZZZ, 
já qualificado nos autos da (identificar o nome da demanda), pelas relevantes razões de fato e de direito 
que passa a expor: 
 
 
 
II- Da síntese da petição inicial 
 
 
 O RECLAMANTE ajuíza ação trabalhista suscitando, em suma, ter laborado para a 
RECLAMADA na função de _______________, de _____/___/____ até ____/____/___, quando 
dispensado sem justa causa, ocasião em recebia salário mensal de R$.AAAAAAA (AAAAAAAAA). 
 Diz o RECLAMANTE que... 
 Sustenta que em razão de... 
 O RECLAMANTE relata que teria sido vítima de abalo moral em razão de assédio moral 
sofrido, o qual teria partido do sócio YYYYYYYYYYY da RECLAMADA, o qual chamava o 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
38 
RECLAMANTE de “lerdo”, “vagabundo” e que não queria trabalhar. Requer o pagamento de 
indenização de R$.BBBBBBB (BBBBBBBB). 
 Postula que ... 
 Diz o RECLAMANTE que laborava ... 
Suscita, ainda o RECLAMANTE, que realizava atividades ... 
Por último, requer a concessão da justiça gratuita e os honorários de AJG em favor de seu 
patrono. 
 
 
 
III- Das Preliminares: 
 
 
 Extinção dos pedidos das alíneas “f” e “h” sem julgamento de mérito do Artigo 840, §3º 
da CLT. 
 
 
 Conforme se verifica, os pedidos acima mencionados, referentes ao pagamento de honorários 
e AJ ao patrono do RECLAMANTE, bem assim de pagamentos das multas dos Art. 467 e 477 da 
CLT não indicam o valor respectivo. Dessa forma, merecem tais julgados extintos sem apreciação do 
mérito, conforme comando do Art. 840, §3º da CLT. 
 Sucessivamente, requer desde já, que o RECLAMANTE se manifeste por ocasião da abertura 
do seu prazo para manifestação da contestação e documentos, sob pena de serem julgados extintos tais 
pedidos sem apreciação do mérito, fulcro dispositivo legal acima citado. 
 
 
 a) Incorreção do valor da causa 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
39 
 
 
 Primeiramente, é necessário impugnar a petição inicial quanto a ... 
 Ocorre que... pelo RECLAMANTE... 
 Sem prejuízo da defesa de mérito a ser tecida a seguir, onde, adianta-se, nega-se 
veementemente seja a RECLAMADA devedora de qualquer título de..., é necessário atentar que da 
média de horas extras informada na inicial, tem-se, segundo a tese do RECLAMANTE que este 
jamais teria laborado por mais de XX horas extraordinárias por dia. 
 Destaca-se, por absolutamente necessário, que o RECLAMANTE não suscita labor no sábado 
e domingo, e tampouco... . Logo, considerando que... . Todavia, absurdamente o RECLAMANTE 
atribui ao pedido... 
 Além disso, o pedido ... 
 Dessa forma, na eventualidade de a RECLAMADA vir a sucumbir quanto a tais pedidos, faz 
jus, de pronto, serem as verbas sucumbenciais calculadas levando-se em consideração o real valor do 
proveito econômico pretendido ou deferido, e não o absurdo montante inserido pelo RECLAMANTE. 
 Por último, não observa-se que o RECLAMANTE não considera no cômputo do ... e não 
atribui ... 
Em vista disso, caso não acolhida a preliminar supra (de extinção dos pedidos sem julgamento 
de mérito), ser digno de ser atribuído ... 
 Isto posto, merece ser acolhida a presente preliminar de ... 
 
 
 b) Inépcia da petição inicial quanto aos pedidos de ... e de... 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
40 
 Em relação ao pedido de ... o RECLAMENTE simplesmente refere: “O AUTOR foi 
contratado para trabalhar de segunda a sexta-feira. Porém....” 
 Veja-se que não existe alegação sobre eventual não concessão de folgas em decorrência dos 
feriados. Logo, é ausente da causa de pedir, na medida em que ... 
 Assim, merece ser indeferida a petição inicial quanto a tal pedido, fulcro Art. 330, I, c/c seu 
§1º, inciso II ambos do CPC, sendo o mesmo extinto sem julgamento de mérito. 
 O mesmo ocorre em relação ao pedido de ... 
 Logo, é de ser indeferida a petição inicial quanto a tal pedido, fulcro Art. 330, I, c/c seu §1º, 
inciso II ambos do CPC, extinguindo-se o pedido sem julgamento de mérito. 
 
 
 
IV - Defesas de Mérito Indiretas: ou (PREJUDICIAL DE MÉRITO) 
 
 
(Todas as defesas de mérito indireta devem ser realizadas em tópicos, pois gerarão 
requerimento de extinção do feito com resolução do mérito.) 
 
 
a) Prescrição quinquenal e bienal: 
 
 
 Em que pese seja introverso que o pacto laboral perdurou de ____/____/___ até ____/____/___, 
tendo a ação sido julgada em ____/____/___, invoca-se, por pura cautela, as prescrições bienal e 
quinquenal, fulcro Art. 5º, inciso XXIX, da CF/88. 
 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
41 
V- Defesas de Mérito Diretas: ou (NO MÉRITO) 
 
 
a) Da contratualidade: 
 
 
O RECLAMANTE efetivamente laborou para a RECLAMADA na função de __________ 
de ____/____/___ até ____/____/___, quando dispensado sem justa causa, com aviso prévio 
indenizado, ocasião em percebia R$.XXXXXXXX(XXXXXXX) mais valor de adicional de 
XXXXXXXX em grau médio. 
 
 
b) Da jornada de trabalho – horas extras: 
 
 
(Ultrapassadas as preliminares e as prejudiciais de mérito, incumbe ao Reclamado, na forma 
do artigo 336 do CPC/15, alegar toda e qualquermatéria fática e de direito pela qual impugna os 
fatos invocados na reclamação trabalhista, ponderando as razoes que se fundam a sua insurgência.) 
 
 
Diz o RECLAMANTE que extrapolava a jornada de 8horas diárias e 44 semanal. Aduz que 
realizava viagens para atendimento a clientes, e que sua jornada e, em média, das 06h30min às 
16h30min de segunda a sexta, requerendo o pagamento das horas extras excedentes à 8ª diária a 44ª 
semanal. 
 Requer, ante a suposta a habitualidade de prestação de horas extras, a declaração de 
nulidade do banco de horas. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
42 
Relata que cumpria jornada superior a 10h diárias, sem aviso prévio e sem conhecimento dos 
créditos ou débitos a serem compensados, estando desatendidas as Súmulas 85, IV do STF e Art. 59, 
§2º da CLT. 
 Requer o pagamento das horas extras supostamente impagas com adicional de 50% para 
as duas primeiras horas e de 100% para as subsequentes, com reflexo nos repousos semanais 
remunerados pelo aumento da média remuneratória e, após, a integração das horas em saldo de salário, 
aviso prévio, feriados, 13º salário, férias com mais 1/3 proporcional, FGTS com 40% e adicional de 
insalubridade. 
 Postula que o juízo se abstenha de adotar o entendimento da OJ 394 SDI-1 do TST. 
Sem razão, senão vejamos. 
Primeiramente, faz jus ser observado que, conforme cartões de ponto em anexo inexiste 
diferenças de horas em favor do RECLAMANTE. Isto porque, suas jornadas não ultrapassavam 8h 
diárias ou 44 semanais, ou que, na eventualidade de ter ocorrido, for devidamente contraprestado, 
compensado, ou, ainda, lançado no banco de horas. 
Veja-se que o RECLAMANTE foi contratado para jornada semanal de 44h, mediante 
regimento compensatório, a fim de evitar o trabalho aos sábados. Além disso, as horas que porventura 
tenham sido laboradas e tenham excedido o limite máximo de 8h diárias ou 44 semanais, foram 
devidamente lançadas no banco de horas, sendo o mesmo liquidado na periodicidade prevista em 
norma coletiva. 
Destaca-se que o próprio RECLAMANTE reputa verdadeiras as horas lançadas nos cartões 
de ponto. Assim, resta mais do que evidente a inexistência de diferenças a título de horas extras em 
seu favor. 
Em anexo, a RECLAMADA junta aos extratos dos bancos de horas, com apuração semestral, 
conforme preceitua a norma coletiva, extratos estes que eram devidamente analisados e ratificados 
pelo RECLAMANTE. Na eventualidade de a RECLAMADA ter sido devedora de alguma (s) hora 
(s) ao obreiro, decorrente da apuração do banco de horas, estas foram devidamente pagas na forma 
legal, o que cogita-se apenas por amor ao debate, na medida em que, conforme demonstra a 
documentação anexa, era o RECLAMANTE quem reiteradamente ficava devendo horas à 
RECLAMADA. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
43 
Veja-se que o único aspecto suscitado como suposto invalidador do banco de horas seria a 
habitualidade de horas extras e nenhum outro... 
 
 
Veja-se: 
 
 
Fl. 04 dos autos – diz o RECLAMANTE ter laborado de 06h50min às 16h45min de segunda 
a quinta. Considerando esta jornada, deduzindo o período de intervalo intrajornada, tem-se que o 
obreiro supostamente seria credor – que se o cogita apenas por amor ao debate – de apenas 55 minutos 
extraordinários diários. 
Fl. 05 dos autos – diz o RECLAMANTE ter laborado de 06h30min às 16h30min de segunda 
a quinta. Considerando esta jornada, deduzindo o período de intervalo intrajornada, tem-se que o 
obreiro supostamente seria credor – que se o cogita apenas por amor ao debate – de apenas 01 hora 
extraordinários diários. 
Logo, jamais ultrapassada as 10h diárias, isso na palavra do próprio RECLAMANTE, cujo 
procurador aparentemente é adepto do velho “CRTL+C+ / CRTL+V”, já que mesmo declinando 
jornada extra com média de 1h diária, tece extensas considerações sobre ter a mesma extrapolado as 
10h, habitualmente, o que confessadamente não ocorreu. 
Ainda, na remota hipótese de condenação a horas extras, merecem ser observados o Art. 58, § 
1º da CLT e Súmula 366 do STF, excluindo-se da condenação os minutos que estiverem dentro dos 
limites impostos pelo dispositivo legal e entendimento jurisprudencial. 
Além disso, requer seja autorizada a dedução / compensação dos valores pagos a maior à parte 
autora. Por fim, a parte empresária invoca, por cautela, a aplicação da OJ 415 SDI-1do TST no tópico. 
Ainda, por extrema cautela, a RECLAMADA requer seja observada a OJ 394 SDI-1 do TST. 
Por último, requer que, na remota hipótese de condenação, seja satisfeito o pagamento apenas 
o adicional de horas extras, e não horas extras + o adicional, para os casos em que o excesso de jornada 
diária não exceda o limite máximo constitucional legal. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
44 
 
 
c) Dos feriados 
 
 
O RECLAMANTE refere trabalho aos feriados sem o pagamento da dobra legal. 
Primeiramente, merece ser observado que que o RECLAMANTE não suscitava eventual ... 
. Logo, merece ser julgado improcedente, de plano, o pedido do item “00” da inicial. 
Caso seja outro o entendimento deste Douto Juízo, é necessário esclarecer que o 
RECLAMANTE não laborava aos feriados. Na eventualidade de tê-lo feito, foi devidamente 
concedida folga compensatória na semana, conforme cartões de ponto em anexo, ou adimplidas tais 
horas com adicional de 100%, conforme demonstrativo de pagamentos ora carreados, tudo na forma 
legal, inexistindo qualquer diferença em favor em favor do RECLAMANTE. 
Sempre foram observados os termos do Art. 9º da Lei 605/49 e Súmula 146 do TST. Registre-
se, novamente, que os cartões de ponto juntados à presente defesa revelam a efetiva jornada laborada 
pela parte autora, devendo ser considerados como prova hábil para comprovar a jornada de trabalho. 
Requer seja julgado improcedente mais este pedido. 
 
 
d) Do acumulo de funções 
 
 
O RECLAMANTE refere-se que foi contratado com a função de ______________, porém, ao 
longo da contratualidade, teria passado a exercer outras funções inerentes ao cargo _____________, 
tendo a RECLAMADA determinado que procedesse a atividade como ______________________. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
45 
Acaso superada a preliminar de inépcia da petição inicial quanto a tal pedido, o que se não 
acredita, tem-se que no mérito melhor sorte não assiste ao RECLAMANTE. Isso porque, jamais 
efetuou qualquer atividade que não aquelas inerentes a sua função, negando-se veementemente as 
atividades noticiadas na inicial. 
Por tanto, se o fato que justifica o pretendido plus salarial consiste em atividade de menor 
complexidade e responsabilidade em comparação ao cargo originalmente ocupado, posto que no dos 
fatos jamais ocorreu. 
 
 
e) Do dano moral – assédio moral – litigância de má-fé 
 
 
Aduz o RECLAMANTE que teria sido vítima de abalo moral em razão de assédio moral, o 
qual teria sido partido do sócio YYYYYYYYYY, o qual supostamente o chamava de “lerdo”, “ 
vagabundo”, e que não queria trabalhar. Além disso, sustenta ter sido... 
Nega-se de pronta as alegações do RECLAMANTE. 
O sócio YYYYYYYYYYYY, ou qualquer outro superior hierárquico, ou colega, jamais 
faltaram com zelo, urbanidade e respeito dos quais o RECLAMANTE é merecedor. Ao contrário, 
sempre mantiveram junto a este uma relação cordial e gentil, tanto é que foram convidados para a 
celebração do casamento do autor. 
A RECLAMADA sempre pautou sua atuação por preceitos éticos, sempre atenta aos direitos 
sociais e às necessidades de seus colaboradores. Não é à toa que está consolidada no mercado há mais 
de 30 anose não coleciona nenhuma reclamação trabalhista há muito tempo. 
Conforme se depreende da documentação anexa, o RECLAMANTE passou a cometer várias 
faltas disciplinares, como faltas ao serviço, ... A RECLAMADA, por sua vez demitiu o 
RECLAMANTE sem justa causa, quando na verdade poderia tê-lo feito por justa causa, já que o 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
46 
RECLAMANTE vinha apresentando má conduta, vide advertências e suspensões em anexo. Porém, 
a modalidade de dispensa não discutida nestes autos. 
No demais, o ônus da prova é do RECLAMANTE quanto ao fato constitutivo... 
E mais! Embora se entenda que o ônus probatório é do RECLAMANTE, entende-se também 
que desde já resta comprovada a total alteração da verdade dos fatos, uma vez que embora o 
RECLAMANTE ... Dessa forma, caso este MM. Juízo por comprovado ter o RECLAMANTE 
alterado a verdade dos fatos em relação a este e a qualquer outro tópico da inicial, requer-se, desde 
já, a aplicação de multa por litigância de má-fé, na forma do Art. 793-B, inciso II e Art. 793-C, 
ambos da CLT. 
 
VI- Dos Requerimentos 
 
 
Isto posto requer a Vossa Excelência: 
 
 
1. O acolhimento a extinção dos pedidos das alíneas “f” e “h” sem julgamento de mérito do Artigo 
840, §3º da CLT. 
 
2. Seja corrigido o valor da causa e dos pedidos apontados em preliminar supra, de maneira que na 
remota eventualidade de sucumbência da RECLAMADA, sejam as verbas respectivas calculadas com 
base no real proveito econômico pretendido pela parte autora e não os absurdos valores atribuídos 
genérica e aleatoriamente aos pedidos; 
 
3. Seja declarada a inépcia da petição inicial quanto aos pedidos de feriados trabalhados e acúmulo de 
funções, sendo a mesma indeferida e os pedidos julgados sem resolução de mérito, fulcro Art. 330, I 
c/c seu §1º, incisos I e II todos CPC; 
 
4. Na eventualidade de ser apreciado o mérito, sejam todos os pedidos julgados improcedentes, 
conforme razões e fundamentos supra; 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
47 
 
5. A condenação do RECLAMANTE ao pagamento das custas, honorários periciais e advocatícios, 
na forma legal; 
 
6. Uma vez protocolada esta contestação, caso o RECLAMANTE não compareça à audiência 
inaugural, requer seja aplicada a pena de confissão, e não p arquivamento da demanda, por inteligência 
da aplicação conjunta dos Art. 841, §3º; Art. 844, §2º e Art. 847, PU todos da CLT, já que o não 
comparecimento do autor implica em desistência da ação, e esta é vedada sem a concordância da 
RECLAMADA após oferecida defesa. 
 
 
 
VII - Do Requerimento de Provas: 
 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o 
depoimento pessoal do RECLAMANTE, prova testemunhal e pericial. 
 
 
Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal, pericial e 
depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil. Há que se lembrar que 
no processo do trabalho, pelo princípio da celeridade e da concentração de atos, sendo a audiência una, 
deverá o Reclamado indicar as testemunhas e as levar à audiência, independentemente de intimação. 
Outrossim, os documentos devem ser apresentados junto à contestação, assim como os quesitos para 
a realização da perícia, caso seja deferida pelo magistrado. 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
48 
-----------------------------------,------/-------/--------. 
Local, data 
 
 
--------------------------------------------/---------------. 
Nome do Advogado \ OAB nº 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
49 
 
 
 
CASO CONCRETO – Mariana (OAB) 
 
 
MARIANA, professora de Português, nascida em 09.06.1985, filha de Gaspar Neto dos Santos e Maria 
dos Anjos dos Santos, residente no município de Duque de Caxias-RJ, foi contratada pela ESCOLA 
MÁXIMO LTDA, para trabalhar na filial localizada na Barra da Tijuca-RJ, em 05 de março de 2017. Era 
uma empregada assídua e dedicada com suas tarefas profissionais. Por ter um nariz grande, foi 
apelidada pelo diretor da escola, Sr. Alfredo, como bruxinha Memeia. O diretor era muito brincalhão 
e, quando via a professora, a chamava pelo apelido. A empregada sempre ficava muito constrangida 
com esta situação. Passado alguns meses, a empregada solicitou ao diretor que não a chamasse mais 
pelo apelido, porque sempre que o fazia, os alunos debochavam e, por essa razão, perdia a 
credibilidade e o respeito perante a turma que lecionava. Entretanto, o diretor continuou chamando-
a pelo apelido. Por não haver outra alternativa, a professora se viu obrigada a pedir demissão em 
07.05.2018. Ela cumpria jornada de trabalho, de segunda à sexta-feira, das 08 às 19h, com 1 hora de 
intervalo para repouso e alimentação, não tenho sido implantado nenhum regime de compensação 
de jornada pela escola. Durante todo o período contratual somente recebeu o salário mensal de R$ 
2.000,00 (dois mil reais), 13º salário referente ao ano de 2017 e vale-transporte. Nada lhe foi pago a 
título de verbas rescisórias. Informa que, encontra-se desempregada até o presente momento, que 
não houve recolhimento do FGTS e nem foi procedida à anotação da data de saída em sua CTPS. 
Você, na qualidade de advogado(a) de MARIANA, promova a medida processual cabível, observando 
o procedimento devido, o Juízo competente, bem como as modificações trazidas pela Lei 
13.467/2017 (Reforma Trabalhista). 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
50 
 
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ___ VARA DO 
TRABALHO DO RIO DE JANEIRO \ RJ. 
 
(10 LINHAS) 
 
MARIANA, nacionalidade, estado civil, professora, nascida em 09\06\1985, com filiação de: 
Gaspar Neto dos Santos e Maria dos Anjos dos Santos, RG, CPF, CTPS, PIS, residente e domiciliada 
em Duque de Caxias \ RJ, endereço eletrônico, por seu advogado infra-assinado vem perante a vossa 
excelência, com fulcro no Art. 840, §1º da CLT c/c Art. 319 do CPC, propor: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
pelo rito sumaríssimo em face de: ESCOLA MÁXIMO LTDA, inscrita no CNPJ, endereço em Barra 
da Tijuca \ RJ, endereço de e-mail, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
II – FATOS 
A RECLAMANTE foi admitida em 05\03\2017 pela RECLAMADA para exercer o cargo 
professora, no período de 8h às 19h, de segunda a sexta-feira com intervalo de 1h, momento que pediu 
demissão em 07\05\2018. 
A RECLAMANTE relata que era uma profissional assídua e dedicada. Ocorre que, por possuir 
um nariz grande foi apelidada pelo Sr. Alfredo, diretor da escola da RECLAMADA, sendo chamada 
de “bruxinha Memeia”. 
Em razão desse fato, a RECLAMANTE, ficava muito constrangida com essa situação. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
51 
Esclarece ainda que passado algum tempo, a RECLAMANTE solicitou ao diretor, Sr. Alfredo, 
que não a chamasse pelo apelido, pois os alunos debochavam dela e, por esse motivo perdia a 
credibilidade e o respeito perante a turma que lecionava. 
Considerando que o diretor continuou chamando-a pelo apelido, não viu outra alternativa, 
sentiu-se obrigada a pedir demissão em 07\05\2018. 
A RECLAMANTE não recebeu o pagamento das verbas rescisórias e nunca usufruiu de férias. 
 
 
III – FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
a) EXTINÇÃO CONTRATUAL: COAÇÃO AO PEDIDO DE DEMISSÃO – ASSÉDIO 
MORAL. 
 A RECLAMANTE sofreu assédio moral no caso em tela, tendo em vista as condutas reiteradas 
praticadas por seu superior hierárquico, as quais violaram sua imagem e sua honra,impedindo dessa 
forma a continuidade do contrato de trabalho. 
 Ressalta-se que a RECLAMANTE ainda tentou cessar o constrangimento, porém não obteve 
êxito. 
 Nessa situação, observa-se que o empregador praticou falta grave, prevista a alínea “b” do Art. 
483 da CLT. 
Verifica-se ainda, o descumprimento de obrigações trabalhista como: a ausência de 
recolhimento do FGTS e as horas extras que não foram compensadas ou quitadas, razão pela qual, 
resta configurar a falta grave prevista do Art. 483, alínea “d” da CLT. 
 
“Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida 
indenização quando: 
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
52 
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;” 
 
Diante do exposto nota-se que, a RECLAMANTE, foi coagida a pedir a dispensa de suas 
atividades funcionais, pelo que requer a pedido de demissão em rescisão indireta, 
 
 
b) VERBAS RESCISÓRIAS: 
 Considerando que houve a rescisão indireta ao contrato ao contrato de trabalho, faz jus a 
RECLAMANTE aos pagamentos das seguintes verbas rescisórias: 
 Saldo de salário de 07 dias; 
 Aviso prévio (33 dias); 
 Indenização 40% FGTS. 
 Férias proporcionais mais 1\3 constitucional; 
 13º salário + 1\12. 
 
 
c) FÉRIAS SIMPLES 
Em virtude da ausência do pagamento em época própria requer a condenação da RECLAMADA 
no pagamento das férias simples 2017\2018 e com abono constitucional de mais 1\3. 
 
 
d) MULTAS DO ART. 477, §8º E ART. 467 DA CLT 
Em virtude da inobservância do prazo previsto na lei para o pagamento das verbas rescisórias, 
requer a aplicação da multa prevista no Art. 477, §8º da CLT. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
53 
 “Art. 477 da CLT, § 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o 
infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do 
empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de 
variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. (Incluído 
pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) 
 
Caso a RECLAMADA não realize o pagamento das verbas rescisórias incontroversas na 1ª 
audiência, requer a aplicação da multa prevista no Art. 467 da CLT. 
 
Art. 467. CLT- Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre 
o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data 
do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de 
pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento". (Redação dada pela Lei nº 10.272, de 5.9.2001)” 
 
 
e) RECOLHIMENTO DO FGTS: 
Por não ter havido o recolhimento do FGTS durante o período contratual, requer a condenação 
da RECLAMADA no recolhimento dos referidos depósitos na forma do Art. 15, da Lei 8.036\90, sob 
pena de conversão em indenização. 
 
 
f) ENTREGA DAS GUIAS DO SEGURO DESEMPREGO 
Em virtude de a RECLAMANTE estar desempregada, e preencher as condições para o 
recebimento para o seguro desemprego, requer a condenação da RECLAMADA na entrega das guias 
para habilitação do benefício, sob pena de indenização. Conforme lei 7.998\90. 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
54 
 
g) ANOTAÇÃO DA DATA DE SAÍDA NA CTPS 
Por não ter havido cumprimento dessa obrigação específica pelo empregador, requer a 
condenação da RECLAMADA para proceder a anotação de data de saída na CTPS da 
RECLAMANTE, sob pena de multa diária de 2% ao dia na forma do Art. 652, alínea “d” da CLT. 
 
 
h) HORAS EXTRAS: 
Considerando que a RECLAMANTE laborava em regime extraordinário (2h a mais por dia) 
requer o pagamento das horas extras com adicional de 50% e reflexos nos moldes do Art. 58 da CLT 
e Art. 7º. XVI da CF. 
 
 
i) COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAL: 
A prática reiterada de condutas lesivas a RECLAMANTE, com apelidos ofensivos a sua 
honra, maculou a sua imagem perante os alunos. Percebe-se que o superior hierárquico agiu com culpa, 
responsabilizando-se o empregador pelos atos praticados por seus empregados ou prepostos. 
Por tanto, requer a condenação da RECLAMADA ao pagamento da compensação por dano 
moral no valor de até 3x o valor do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência 
social. Nos moldes do Art. 5º, incisos V e X da CF; Art. 223-G da CLT e Art. 186 e Art. 927 Caput do 
CC. 
 
 
IV- JUSTIÇA GRATUITA: 
 A RECLAMANTE demanda pela gratuidade de justiça, nos termos do Art. 790, §3º 
da CLT. 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
55 
 
“Art. 790 da CLT, § 3º - É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos 
tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício 
da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem 
salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime 
Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)” 
 
 
V- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: 
A RECLAMANTE postula a condenação ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios, estipulados em 20% do valor da causa, conforme Art. 791-A da CLT e Súmula 463 TST. 
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários 
de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze 
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido 
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017)” 
 
 
VI- PEDIDOS 
Em face o exposto, vem requerer o seguinte: 
1- Citação da RECLAMADA; 
2- Quitação das verbas rescisórias no valor de R$._____ (____); 
3- Conversão; 
4- Quitação da multa no valor de R$.______ (____); 
5- Pagamento de horas extras no valor de R$.______ (____); 
6- Pagamento de dano moral no valor de R$.____ ( ____); 
7- Justiça gratuita; 
8- A condenação da RECLAMADA ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios. 
 
 
 
VII- PROVAS 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
56 
Provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito. 
 
 
VIII- VALOR DA CAUSA 
 Dá-se à causa o valor ora arbitrado de R$. xxxxxxx ( XXXXXXXXX) para fins de alçada. 
 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento 
 
-----------------------------------,--------------- 
Advogado \ (OAB/UF) 
 
 
-----------------------------,------\------\------ 
Local \ Data 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
57 
 
AV 1_2018.1 – ESTACIO CCJ 0148 
 
 
 
 
Professor: Wagner Assumpção. Aluna: Lis Araujo. 
 
58 
 
 
CASO CONCRETO 7 
 
XVII EXAME OAB FGV (adaptado) 
 
Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista nº XX, distribuída 
para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex-funcionária Paula, que foi gerente geral de agência de 
pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua agência atendia apenas 
a clientes pessoa física. Paula era responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada 
de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. Na ação, Paula 
aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação de função no percentual de 50% a 
mais que o cargo efetivo. Porém, seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia 
R$.10.000,00,