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ANAMNESE (do grego ana: trazer de novo e mnesis: memória) É uma entrevista realizada pelo profissional de saúde que busca relembrar todos os fatos que se relacionam ao quadro clínico do paciente. Profª. Giovanna Barros Gonçalves • Sintomas: Queixas (subjetivas) apresentada pelos pacientes. • Sinais: Alterações constatadas pelo profissional da saúde. Abordagem dos Sinais e Sintomas ASPECTOS GERAIS • Como será a abordagem ao paciente? Aspectos importantes: • Deixar o paciente se sentir confortável, livre para falar e se expressar (fisioterapeuta mostra-se interessado); • Anotar pouco e manter sempre a conversa e o olhar com o paciente; • Procurar repetir o nome do paciente durante a entrevista. 1 - IDENTIFICAÇÃO → Nome → Idade, Sexo → Cor (raça), Estado Civil → Endereço e Telefone(s) → Profissão: registrar a profissão atual e ocupação anterior; → Diagnóstico médico, Médico responsável e Especialidade. 2 - QUEIXA PRINCIPAL • O que mais te incomoda? • O que o Sr.(a) está sentindo? • Por que veio procurar o fisioterapeuta? Observações: - Redigir com as palavras do paciente. Entre aspas. - Identificar o sintoma guia. - Toda a anamnese deve ser realizada em termos técnicos, exceto a queixa principal. DOR: é o motivo mais comum de queixa que leva o paciente a procurar ajuda. Incapacidade Funcional: é o 2º motivo mais comum de queixa que leva o paciente a procurar ajuda, seguida de deformidades. 2 - QUEIXA PRINCIPAL 3 - História da Doença Atual (HDA) (7 dimensões / características de um sintoma) • Localização • Cronologia • Circunstâncias • Qualidade (tipo de dor) • Quantidade (Frequência) • Fatores atenuantes e agravantes • Manifestações / Sintomas associados • História relacionada a Queixa Principal * Localização: - Onde exatamente dói? * Cronologia: - Desde quando (há quanto tempo) vem sentindo esta dor? Quando começou? - Houve melhora desde período até hoje? * Circunstâncias: - Algo desencadeou ou foi responsável pelo início desta dor? - Em que circunstâncias dói? - Existe alguma coisa que desencadeia esta dor? * Qualidade: - Como é esta dor? Explique melhor; - Como o Sr.(a) a classifica ou a compara? * Quantidade: - Com que frequência esta dor ocorre? -Acontece todos os dias? -Tem algum momento do dia em que dói mais? * Fatores Agravantes e Atenuantes: - Tem alguma coisa (ou posição, postura, movimento) que piore a sua dor? - O que alivia? O que a dor o impede de fazer? * Manifestações Associadas: - Quando o Sr.(a) está com esta dor, existe outro lugar que também dói? - Notou: (tosse,falta de ar, dificuldade para deglutir, dor de cabeça, em articulações, etc) Dor Protocinética: é aquela que se acentua com o início da movimentação e melhora ao decorrer do mesmo, voltando a piorar com a atividade prolongada, sugerindo um provável problema mecânico; Abordagem dos sintomas apresentados na HDA Mensuração da INTENSIDADE do quadro álgico: 3 - História da Doença Atual (HDA) Abordar os déficits Funcionais e dificuldades nas Atividades de Vida Diária (AVD’s) após lesão / patologia; • Localização • Cronologia • Circunstâncias • Quais as dificuldades funcionais e como interverem nas AVD’s (rotina do paciente) • Manifestações / sintomas associados • Queixa Principal: Incapacidade Funcional? 4 - História Patológica Pregressa (HPP) - HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica)? Diabetes? Alguma outra patologia? - Operado(a) ou internado(a) alguma vez? - História de Quedas, traumas ou fraturas; pergunta-se: já levou algum tombo ou queda importante? 4 - História Patológica Pregressa (HPP) • Saber de doenças do passado e tratamentos • Hospitalizações e cirurgias, Acidentes e traumatismos* • Medicações que não podem ser usadas (alergias) Obs.: não aceitar prontamente um diagnóstico dito pelo paciente. Utilizar “SIC” (segundo informações colhidas) 5 - História Fisiológica (HFIS) • Funcionamento intestinal • Funcionamento urinário • Ciclo menstrual • Sono (reparador ou não) • Apetite / Peso 6 - História Familiar (HFAM) • Saber de doenças prevalentes na família • Doença parecida na família • Saber da saúde de pai e mãe • Na sua casa mora você e mais quem? • Tabagista? (se sim, quantos cigarros por dia, há quanto tempo?) • Etilista? (se sim, qual e há quanto tempo?) • Dieta? (se sim, por contra própria ou sob supervisão médica?) • Relacionamento Familiar? 7 - História Social (HSOC) - Atividade Física? (se sim, qual e quantas vezes por semana?) - Hobbies? - Profissão? (atual e ocupações anteriores); • Outros questionamentos: Ativo, como é executado o serviço e como é o local de trabalho. 7 - História Social (HSOC) Dificuldades nas AVD’s segundo informações colhidas; • Exemplos: Subir e descer escadas, agachar, realizar longas caminhas, ficar muito tempo de pé, varrer, pegar objetos no alto, carregar peso, pregar roupas no varal, pentear o cabelo, vestir-se, amarrar sapatos, abotoar roupas, abrir ou fechar torneiras comuns, etc. 8 - Déficits Funcionais PATOLOGIA DEFICIÊNCIA LIMITAÇÃO FUNCIONAL INCAPACIDADE quando uma estrutura não pode funcionar corretamente Dificuldades nas AVD’s Na incapacidade, essa deficiência interfere nas atividades diárias e profissão 9 - Exames Complementares: • Radiografia, Tomografia Computadorizada (TC), Ressonância Magnética (RNM), Ultra-Sonografia (US), Cintilografia, Exames Laboratoriais. • Importante constar na ficha: Data, região examinada e resultado da análise. 10 - Outros dados (Observações Gerais): • São observações feitas na entrevista: * Exemplos: Paciente não confiável; paciente chorou na entrevista; o acompanhante que forneceu os dados. 11 – Questionário Complementar EXEMPLO: QUESTIONÁRIO DE SINTOMAS OSTEOMUSCULARES Com base na figura humana ilustrada abaixo, você deverá registrar a frequência em que tem sentido dor, dormência, formigamento ou desconforto nas regiões numeradas do desenho do corpo. Suas opções de resposta são as exibidas na escala a seguir: ( 0 ) Não ( 1 ) Raramente ( 2 ) Com frequência ( 3 ) Sempre Técnicas de entrevista • Objetividade e Precisão = pesquisar mais fundo os pontos importantes. Ex.: “me sinto cansado”; • Fazer perguntas abertas (Perguntas sim ou não se as abertas não deram resultado); • Interpretação: ver se o paciente afirma o que disse e verificar se entendeu o que o paciente disse; Transição para o Exame Físico • Dizer que a parte da entrevista acabou; • Falar o que será visto durante o exame físico; • Dizer quais as peças de roupa deve retirar e, enquantoo paciente se despe, sair da sala ou fazer outra coisa; • Ao final falar sobre o encontrado no exame e o prognóstico se possível. Exame Medida Avaliação Exame Medida Avaliação É o processo e o resultado final da informação obtida no Exame e na Avaliação Diagnóstico Fisioterapêutico ≠ Diagnóstico Médico DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO O diagnóstico fisioterapêutico não é um diagnóstico médico descritivo; DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO: Diagnóstico em função do quadro clínico apresentado pelo paciente (ANAMNESE + EXAME FÍSICO), identificando fatores CAUSAIS das lesões e/ou disfunções geradas pela patologia. Diagnóstico Fisioterapêutico = Diagnóstico Cinesiológico Funcional OBJETIVOS E PLANO DE TRATAMENTO • Para estabelecer os objetivos e o plano de tratamento é necessário buscar na anamnese e no exame físico as principais alterações e disfunções encontradas durante a avaliação. • Tratamento inicialmente dos sintomas e depois do FATOR CAUSAL
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