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HIV 1 E 2 TEMAS INTEGRADOS EM BIOMEDICINA II – 8º SEMESTRE/2019 BEATRIZ SANTOS SILVA RA: 2216111124 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO SANTO AMARO – MANHÃ PROFª KAREN TOKUHASHI RIBEIRO HISTÓRIA • causador da síndrome da imunodeficiência adquirida, o HIV foi primeiramente descrito em homens homossexuais nos EUA, 1981; • em seguida, relatos da síndrome em hemotransfundidos, usuários de drogas, crianças nascidas de mãe infectada e parceiros de pessoas infectadas; • 1983 - primeira indicação de a AIDS poderia ser causada por um Retrovírus; retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS HISTÓRIA • anteriormente era descrito como LAV (Lymphadenopathy - associated virus), HTLV III (Human T cell leukemia/lymphotropic virus type III) e ARV (AIDS associated retrovirus), e atualmente HIV - 1; • 1986 - outro retrovírus isolado de pacientes da África Ocidental com AIDS, é denominado HIV - 2. retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS HISTÓRIA • atualmente, a maioria dos cientistas admitem que o HIV é originário dos primatas e que foi passado para o ser humano; • o vírus da síndrome da imunodeficiência dos símios: SIVmac (Rhesus - Macaca mulatta) e SIVsm (mangabey - Cercocebus atys) são relacionados ao HIV; • a semelhança é tamanha entre o HIV e o SIV, que acredita-se que tenha ocorrido um processo evolutivo de um para outro; retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS ESTATÍSTICAS GLOBAIS (UNAIDS-2019) ■ 37,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com HIV; ■ 1,7 milhão de novas infecções por HIV; ■ 74,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia. unaids.org.br E P I D E M I O L O G I A aids.gov.br E P I D E M I O L O G I A aids.gov.br O VÍRUS • Família Retrovírus e subfamília Lentivirinae; • Doença de progressão lenta e imunossupressão; • 100 nm de diâmetro; • Vírus envelopado; • Membrana lipídica externa, oriunda da membrana celular do hospedeiro; retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS O VÍRUS • 2 glicoproteínas (gp41 e gp120); • matriz proteica: p17 • capsídeo viral de forma cônica composto pela p24; • dentro do capsídeo: material genético, tRNA e enzimas para a replicação viral; • 3 enzimas; retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS Faculdade LS, Seminário HIV HIV TIPO 1, GRUPO M, SUBGRUPO B: mais comum no Brasil SUBTIPOS • em termos de clínica é pouco relevante o subtipo, porém no diagnóstico o teste do ELISA possui mais sensibilidade com os subtipos do grupo M. retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS O VÍRUS • genoma contém 9 genes: - codificam proteínas estruturais: gag (matriz proteica/p17, capsídeo viral/p24 e proteínas nucleares/p6 e p7), pol (transcriptase reversa/p51/p66) e env (proteína inicial após clivada gera gp41 e gp120) - codificam proteínas não-estruturais: tat e rev (regulatórios), nef, vif, vpu e vpr (não essenciais). retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV, 2013. ESQUEMATIZANDO retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV, 2013. O VÍRUS FORMAS DE TRANSMISSÃO • O vírus do HIV está presente em sangue, sêmen e secreções vaginais de pessoas infectadas, e por ser uma infecção de período longo e assintomático, promove ainda mais sua disseminação, portanto a transmissão pode ser: - via relação sexual (anal e vaginal); - exposição a sangue contaminado (compartilhamento de agulhas e seringas, acidente com objetos perfurocortantes...); - fetos e recém-nascidos podem adquirir das mães infectadas (intrauterina, periparto e leite materno). bvsms.saude.gov.br POPULAÇÃO DE ALTO RISCO • indivíduos sexualmente ativos; • usuários de drogas intravenosas; • recém-nascidos de mães HIV positivas; • profissionais da saúde. bvsms.saude.gov.br ALVOS CELULARES • 93% das partículas virais são produzidas por LTCD4 ativados (meia-vida de 1 dia); • 1-7% macrófagos (meia-vida de 14 dias); • < 1% células de memória (meia-vida de cerca de 145 dias) *** retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS C I C L O V I R A L PATOGÊNESE ➔ Após a infecção o indivíduo passa por alguns estágios da infecção até chegar de fato à AIDS, são elas: INFECÇÃO AGUDA, FASE ASSINTOMÁTICA, FASE SINTOMÁTICA INICIAL e FASE AIDS. - INFECÇÃO AGUDA: logo após a contaminação. Sintomas: febre, cefaléia, dor de garganta e gânglios linfáticos aumentados; - FASE ASSINTOMÁTICA: marcada pela interação das células de defesa com a replicação viral. Sem sintomas. - FASE SINTOMÁTICA INICIAL: redução na contagem de LTCD4 no sangue periférico (<200 unidades/mm³); - FASE AIDS: infecções provenientes da condição e infecções oportunistas. EVOLUÇÃO canal do Yt: Resumed SOROCONVERSÃO sida-dania2.blogspot.com AIDS/SIDA • Doença imunossupressora causada pelo vírus HIV; • Fase crônica da infecção; • Marcada pelo surgimento de infecções oportunistas e câncer. *Oncogênes canal do Yt: Resumed COMPLICAÇÕES • Infecções oportunistas: - protozoárias: Toxoplasmose cerebral e parasitas emergentes (Crystosporidium parvum e Isospora belli); - fúngicas: Candidíase do esôfago, traquéia e pulmões; Pneumonia (Pneumocystis jirovecci); Criptococcose (extrapulmonar); Histoplasmose (disseminada); Coccidioidomicose (disseminada); retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS COMPLICAÇÕES - virais: Citomegalovirose; Herpes simples; Leucoencefalopatia multifocal progressiva (vírus JC); Tricoleucoplasia (Epstein-Barr); - bacterianas: Mycobacterium avium-intracellulare (disseminado), Tuberculose extrapulmonar, Sífilis/Neurosífilis e etc. retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS COMPLICAÇÕES • CÂNCERES (DOENÇAS MALIGNAS): - Displasia anal e cervical; - Linfoma de Burkitt; - Sarcoma de Kaposi. retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS COMPLICAÇÕES • COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS E OUTRAS COMPLICAÇÕES: - Demência; - Neuropatia periférica; - Aftas e feridas orais; - Síndrome de Wasting; - Trombocitopenia. *770 000 pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS (UNAIDS, 2019). retirado do livro: Retroviroses Humanas: HIV/AIDS DIAGNÓSTICO • Detecção de Ac (anti-HIV); • Isolamento viral; • Detecção de partículas virais (PCR). canal do Yt: Resumed ELISA/ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO • antígenos obtidos através de cultura, clonagem de genes específicos (Biomol) ou síntese química. • proteína p24/p26 Interações antígeno-anticorpo, SlidePlayer. WESTERN BLOT • Detecção de Ac através de Ag do HIV fixados em membrana; • Presença de no mínimo duas bandas para confirmação; • Padrão ouro da confirmação do HIV. telelab.aids.gov.br. PROCEDIMENTO ➔ Extração; ➔ Fracionamento; ➔ Transferência de proteínas: Nitrocelulose, PVDF, Transferência eletroforética; Ponceau S (confirmar transferência); ➔ Bloqueio: proteínas bloqueadoras - albumina bovina e leite desnatado; ➔ Detecção: Incubação overnight; ac secundário - quimioluminescência ou fluorescência; ➔ Leitura. RT-PCR EM TEMPO REAL ib.bioninja.com.au IMUNOBLOT RÁPIDO • busca de Ac na amostra telelab.aids.gov.br. TRATAMENTO: MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIRETROVIRAIS Cinco grupos: 1. Inibidores da transcriptase reversa: Zidovudina, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Abacavir, Tenofuvir, Nevirapina, Etravirina e Efavirenz. Os três últimos, não nucleosídeos. 2. Inibidores da protease: Saquinavir,Ritonavir, Indinavir, Nelfinavir e Lopinavir. 3. Inibidores de integrase: Raltegravir e Dolutegravir. 4. Inibidores de fusão: O único exemplar é o Enfuvirtida. 5. Inibidores de CCR5: Maraviroc. giv.org.br HAART: HIGHLY ACTIVE ANTIRETROVIRAL TREATMENT (TERAPIA ANTIRETROVIRAL DE ALTA ATIVIDADE) • “Coquetel” • NO BRASIL: 2 inibidores de transcriptase reversa + 1 inibidor de protease *23,3 milhões de pessoas tem acesso à terapia antirretroviral em todo mundo (UNAIDS, 2019). MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO ANTI-RETROVIRAL É realizado por meio de: 1. Quantificação da carga viral por PCR em tempo real (até 10.000 cópias de RNA/ml) 2. Contagem de linfócitos T CD4+ (>500 unidades/mm³) *Os exames são repetidos de 3-4 meses* bvsms.saude.gov.br CARGA VIRAL INDETECTÁVEL “Indetectável igual a Intransmissível” (02/2017/CRT-PE-DST/AIDS/SES-SP) Considera-se indetectável/intransmissível, paciente que vivendo com HIV/AIDS e com boa adesão ao tratamento, apresentem nos últimos 6 meses carga viral inferior 40 cópias por ml de sangue. unaids.org.br MEDIDAS PROFILÁTICAS ➔ uso de preservativos; ➔ não compartilhamento de agulhas e seringas entre os UD; ➔ biossegurança p/ profissionais da saúde; ➔ pré-natal adequado; ➔ não amamentação. PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PrEP) • Impede que o vírus infecte o organismo antes do contato com o mesmo; • Tenofovir+Entricitabina diariamente SEM INTERRUPÇÕES; • NÃO PROTEGE CONTRA OUTRAS DST’s; • Para pessoas que têm maior risco de exposição: - Trabalhadores do sexo; - Relaciona-se com HIV +; - Se encontra em relacionamento aberto; - Não costuma usar preservativo; - Faz uso de PEP constantemente; - Apresenta outros episódios de DST’s. * Distribuição gratuita aids.gov.br PROFILAXIA PÓS EXPOSIÇÃO (PEP) ❏ Forma de prevenção pela infecção do HIV, que utiliza os mesmos fármacos utilizados por quem já faz o tratamento da AIDS, para pessoas que possam ter se exposto ao vírus acidentalmente ou teve relação sexual sem proteção. ❏ O “coquetel” precisa ser tomado ininterruptamente por 28 dias. ❏ Também recorrido nos casos de abuso sexual e acidente de trabalho por profissionais da saúde. aids.gov.br POLÍTICAS PÚBLICAS • Distribuição de preservativos feminino/masculino gratuitamente; • Teste rápido gratuito (UBS); • Mídias digitais; • Educação sexual; • PrEP/PEP; • Distribuição gratuita do tratamento antiretroviral; • Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs); • Serviços de Atenção Especializada (SAEs); • CRT DST/AIDS. bvsms.saude.gov.br PORQUE AIDS NÃO TEM CURA? • altamente mutagênico (ex. gp120); • não expressão de MHC (classe II); • falta de modelos animais para vacinas (chimpanzés ???) canal do Yt: Resumed CURIOSIDADES folha.uol.com.br “ELAS NÃO PEGAM HIV” • CTL. revistagalileu.globo.com PREVINA-SE! OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
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