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Respostas estudo dirigido - Homem dos ratos

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Definir livre associação / Definir como se manifesta na história
 Conceituar deslocamento / Contar o caso das células / Relação / Mefisto
Neurose se faz de dúvidas e a psicose se faz de incertezas. Onipotência infantil: sede de saber, Ernest não conseguia diferenciar o que era dele e o que era do pai e da amada
Explicar a dúvida obsessiva, explicar o conceito de ambivalência, narrar o trecho do galho ao conceito de ambivalência, relacionar ao conceito de Drummond.
 
3-  	Há uma aparente desconexão com a realidade presente no temor de Ernest Lanzer, que seu pai ou sua amada sofram o suplício dos ratos, caso ele não pague os 3,80 florins. Diferencie esse afastamento da realidade presente na neurose obsessiva do delírio presente nas psicoses. Em sua explicação, procure abordar o conceito de onipotência infantil.
Tanto a neurose quanto a psicose existe a dificuldade na aceitação do princípio da realidade – tendência a evitar o desprazer, evitar o aumento da tensão – por causa do princípio do prazer, essa dificuldade ocorre devido a inexistência de satisfação constante na realidade. Entretanto, o que ocorre visando não enfrentar a realidade é diferente em cada um dos casos. Na neurose, a partir do pacto social, entra-se nessa realidade, mas surge a fantasia. A fantasia entra como uma garantia de se ter alguma satisfação apesar das normas sociais. Se não é permitido, por exemplo, na realidade matar o outro, na fantasia esse desejo pode ser realizado. Cabe ressaltar que o afastamento da realidade vivido pelo neurótico – fantasia – é marcado por dúvidas como é o caso de Ernest Lanzer em que por mais que ele tivesse convicção de que caso não pagasse sua dívida seu pai – que inclusive não estava mais vivo – ou sua amada sofreriam o suplício dos ratos, ele se questionava em alguns momentos sobre a veracidade dessa informação.
Um dos momentos em que esse questionamento acontece é quando ele acredita que deveria afastar uma pedra presente na estrada pois se não fizesse isso sua amada passaria na estrada e a pedra poderia danificar o veículo. Entretanto, após alguns minutos, refletiu sobre essa atitude ser absurda e teve que voltar ao lugar para colocar a pedra no local original. Nesse momento observa-se que a neurose obsessiva é marcada por dúvida constante, e é essa dúvida é geradora de angústia.
Na psicose, o afastamento da realidade é por meio do delírio, um afastamento radical em que não só se afasta da realidade como se cria uma nova realidade. Desse modo, não só não se aceita o princípio da realidade como vai ser criada uma nova realidade marcando um rompimento desconexo com a realidade. Assim, diferencia-se do afastamento da realidade presente na neurose obsessiva já que enquanto a fantasia presente na neurose obsessiva se faz de dúvidas, o delírio psicótico é marcado pela certeza.
O caso de Ernest Lanzer é marcado também pela onipotência infantil. A tendência da onipotência infantil está presente quando ele pensa que caso ele não faça algo, algo vai acontecer com outras pessoas. Um exemplo de quando ele tem esse tipo de pensamento é ao acreditar que uma moça suicidou porque ele não correspondeu seu flerte no dia anterior, ele nesse contexto é inundado pelo sentimento de culpa, acreditando que se ele tivesse correspondido ao flerte a moça não teria suicidado e, portanto, ele seria o causador da morte dela. Percebe-se uma que Ernest Lanzer se superestima demais, acreditando que ele era de fato onipotente de modo que suas atitudes interfeririam diretamente no que aconteceria com outras pessoas.
4- 	Relacione a dúvida obsessiva ao conceito de ambivalência, a partir do episódio em que o homem dos ratos se depara com uma situação que se assemelha com o poema de Drummond, “No meio do caminho”.
A neurose obsessiva é marcada pela dúvida constante
Lanzer para o curso de direito pois ele não consegue trabalhar já que está constantemente preso em suas dúvidas. Na neurose obsessiva, toda a energia que seria destinada a ação, passa a ser empregada em um pensamento “eterno”.
Ernest possui dúvidas. Uma característica que vai definir a psicose é a certeza, o psicótico não possui dúvidas de que, por exemplo, falou com Deus.
Um dos momentos em que esse questionamento acontece é quando após pegar vários trens para várias cidades buscando conseguir quitar sua dívida ele chega em Viena, na casa de um amigo dele. Nesse contexto, ele conta ao amigo toda a história envolvendo a necessidade de quitar sua suposta dívida de 3,80 florins, após o relato ele é questionado a respeito do porquê de ele estar tão angustiado com essa situação. Nesse ponto, mapeia-se que a angústia dele se baseia em não cumprir o juramento que ele fez a si mesmo a respeito da realização do pagamento – que de fato não poderia ser executado já que ele não devia quem ele achava que devia.
Princípio do prazer: tendência a evitar o desprazer, evitar o aumento da tensão.
Princípio da realidade: entendimento de que um é um e outro é outro. Tem a ver com a diferenciação entre o eu e o outro, a criação de uma barreira de onde termina minha ele e onde começa o outro, evitando a diluição do sujeito no mundo externo. O princípio da realidade começa a ser construído a medida que o eu é constituído.
A tendência da onipotência infantil está presente quando ele pensa que caso ele não faça algo, algo vai acontecer com outras pessoas. Um exemplo de quando ele tem esse tipo de pensamento é ao acreditar que uma moça suicidou porque ele não correspondeu seu flerte no dia anterior, ele nesse contexto é inundado pelo sentimento de culpa, acreditando que se ele tivesse correspondido ao flerte a moça não teria suicidado e, portanto, ele seria o causador da morte dela. Percebe-se uma que Ernest Lanzer se subestima demais
Tanto a neurose quanto a psicose existe dificuldade na aceitação do princípio da realidade por causa do princípio do prazer. Como aceitar a realidade se a realidade não me satisfaz constantemente. Na neurose, a partir do pacto social, entra-se nessa realidade, mas surge a fantasia. A fantasia entra como uma garantia de se ter alguma satisfação apesar das normas sociais, por exemplo, se não é permitido na realidade matar o outro, na fantasia esse desejo pode ser realizado. O neurótico se afasta da realidade por meio da fantasia.
Na psicose, o afastamento da realidade é por meio do delírio, um afastamento radical em que não só se afasta da realidade como se cria uma nova realidade. Desse modo, não só não se aceita o princípio da realidade como vai ser criada uma nova realidade marcando um rompimento desconexo com a realidade.

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