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1 PREFEITURA MUNICIPAL DE RAPOSA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO JARDIM DE INFÂNCIA LUÍS FLÁVIO BRITTO Raposa – MA 2019 2 JARDIM DE INFÂNCIA LUÍS FLÁVIO BRITTO UM PLANO PARA SALVAR O MEIO AMBIENTE Raposa – MA 2019 3 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA GESTORA: Eliana Samenezes da Silva SUPERVISORA: Erilene Ribeiro da Silva TURMAS: Educação Infantil - I, II e III (Matutino) PROFESSORAS: Sarah Jéssica Caldas Souza, Sandra Silva Araújo DURAÇÃO: 06 meses APRESENTAÇÃO O meio ambiente constitui um dos temas transversais propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (1997), e introduz nas salas de aula um tema cada vez mais atual. Para o educador o tema não se restringe ao ambiente físico e biológico, mas também as relações sociais, econômicas e culturais. Muitos defendem a ideia de que o tratamento do lixo através de alguns processos, como por exemplo, a reciclagem é uma das saídas para o reaproveitamento do lixo, também é um gerador de emprego, e que a conscientização global terá um resultado favorável para todos. Muitos trabalhos foram desenvolvidos e aperfeiçoados através do material produzido através deste tema que é a importância da reciclagem para a Educação Infantil. O nosso projeto viabilizará algumas orientações teóricas referentes à Educação Ambiental no contexto escolar da Educação Infantil, visando proporcionar metodologias de exploração aos problemas ambientais orientados por princípios, valores e habilidades necessárias aos educandos para resolver problemas em especial à reciclagem do lixo. Sendo assim, iremos trabalhar as questões ambientais do século XXI, seguidas de algumas metas do milênio para a qualidade de vida, proporcionando aos alunos da Educação Infantil dentro de uma abordagem ambiental, partindo do conhecimento sobre a importância do tratamento do lixo, suas classificações, causas e consequências e por fim a reciclagem do lixo como um exemplo de cidadania, dando dicas rápidas de como explicar esse tema ao aluno da Educação Infantil, bem como alguns materiais e sua decomposição e reciclagem. 4 JUSTIFICATIVA A principal justificativa do nosso projeto é poder agregar valores e fornecer alternativas e novas propostas de desenvolvimento para a criança, e isto faz parte de um grande e minucioso estudo e pesquisa que levará um bom tempo para que se chegue a um patamar mais aceitável; todavia, tentaremos dar uma noção daquilo que está ao nosso alcance e que é possível melhorarmos esta situação através da conscientização ecológica e da reciclagem e reaproveitamento daquilo que chamamos de lixo. A ideia aqui apresentada é a de fazer com que as crianças não sejam apenas figuras inativas neste processo; mas sim peças fundamentais deste grande projeto social para que fiquem tão ligadas e envolvidas com o que estarão fazendo, que coloque na ação a responsabilidade, o compromisso e o prazer, além de mostrar também que o meio ambiente, assim como a qualidade de vida, é um elo integrador entre o cidadão e a sociedade. Nosso propósito é levar as crianças cuidados básicos como não jogar papéis, embalagens e diversos tipos de materiais nas ruas, córregos, praças, etc. O separar materiais para a reciclagem, conhecendo os diversos tipos de materiais. Partir da ideia de que a educação deve formar integralmente seus alunos transmitindo ensinamentos para a vida, não somente conteúdos. Um trabalho educativo necessita compreender discussões sobre o meio ambiente a partir da Educação Infantil. Todavia, as discussões sobre o meio ambiente e da qualidade de vida mostram que vários estudiosos e pesquisadores do passado já se preocupavam com o aspecto cultural das nações em relação ao lixo acumulado e não tratado. À medida que o tempo foi passando, não só ocorreram grandes desequilíbrios neste ambiente, mas também, uma grande produção de lixo, os quais têm tampado bueiros entulhando rios, contaminado o solo e causado também uma grande poluição atmosférica. Muitas coisas ficaram para trás como o trabalho de conscientização e investimentos e incentivos por parte do governo no que diz respeito a projetos de melhorias e pesquisas. Além disso, veremos como o tratamento e seleção do lixo contribui no desenvolvimento consciente da sociedade de hoje e das novas gerações. 5 OBJETIVO GERAL - Sensibilizar os alunos sobre a importância da preservação do Meio Ambiente, identificando as situações que causam danos à ecologia como: poluição, desmatamento, queimadas extinção de animais e outros estimulando assim o interesse pela natureza, e também enfatizar a problemática do lixo e a solução oferecida pela reciclagem. - Conscientizar os pais e alunos sobre a importância da coleta seletiva do lixo, do reaproveitamento dos materiais recicláveis e do tempo de decomposição. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Resgatar junto aos alunos a importância de vivermos e convivermos em um ambiente limpo; - Relacionar as cinco cores básicas aos lixos correspondentes. (Verde= vidro, Amarelo=metal; Azul= papel; Vermelho= plástico; Marrom= orgânico). - Sensibilizar os alunos a auxiliarem no cuidado com a escola, não jogarem lixo no chão; - Incentivar a prática de atitudes conscientes quanto à limpeza da sala de aula, assim sendo fazer com que os alunos levem essas informações as suas casas; - Refletir sobre nossas atitudes no dia a dia; - Produzir brinquedos e outros objetos através do lixo que não é lixo; - Incluir no dia a dia dos alunos hábitos conscientes sobre reciclagens; - Desenvolver com os alunos uma lista de atitudes benéficas para com o meio em que vivemos; - Utilizar os brinquedos desenvolvidos em sala de aula nos momentos lúdicos a eles proporcionados; - Socializar com outros alunos o que conseguimos produzir através dos materiais recicláveis; - Levar os alunos a perceber a transformação do material reciclável, através do homem; - Envolver a família na produção de brinquedos recicláveis, como forma de incentivar e entusiasmar os pais e familiares nessa proposta; - Compreender o período de decomposição de cada elemento; 6 - Reconhecer os elementos prejudiciais à natureza; - Promover a conscientização da importância da reciclagem para o meio ambiente; - Identificar para selecionar os materiais; - Entender o processo de reciclagem; - Despertar e desenvolver as capacidades potenciais dos alunos; - Despertar cada criança para as inter-relações entre os elementos que compõem o meio ambiente, das quais os seres humanos são parte integrante. DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento do “Um plano para salvar o Meio Ambiente” será feito em uma série de etapas. Em todas elas, é importante a integração entre os alunos e os professores da escola, os pais e demais profissionais da escola envolvidos. 1ª Etapa: Apresentação do tema aos alunos - Conversa dirigida a respeito do tema: interpretação, opiniões sobre o meio ambiente, a situação atual deste meio. - Apresentação do vídeo educativo que trata a questão do lixo, a preservação do meio ambiente trazendo a importância da reciclagem. - Explicação sobre a importância de: Reduzir, Reutilizar e Reciclar, respeitando a vida e a ecologia. 2ª Etapa: Aula passeio - Proporcionar a turma um passeio onde eles serão orientados a observar as formas de degradação que estão presentes naquele meio ambiente ou em sua comunidade. - Análise da realidade ambiental na comunidade. - Apresentar as diferentes partes dolixo produzido na cidade através de diferentes pedagógicas. - Campanha contra a Dengue, um problema sobre o acúmulo de lixo ( cartazes e informativos), e palestra de um agente de saúde. 3ª Etapa: Reciclagem - Explicar sobre o processo da reciclagem, sua importância e como é feita. - Montar lata de lixo de coleta seletiva na escola com a participação de todos os envolvidos, identificando que cada cor da lata recebe um tipo de lixo. 7 - Apresentar os símbolos da reciclagem que são usados para cada tipo de material no mundo inteiro. - Construir um brinquedo com sucata trazida de casa, como: bi boque, o vai e vem, o pião. 4ª Etapa: Produzindo - Mostrar fotos coloridas, para observarem a natureza preservada e natureza poluída. - Iniciar os trabalhos manuais com: cartazes, panfletos educativos e avisos que trazem informações importantes à população. - Proporcionar as crianças que confeccionem e abracem a ilustração do meio ambiente. - Oficina de materiais recicláveis, proporcionando a confecção de brinquedos e tartarugas com garrafas pet, entre outros. 5ª Etapa: Trabalhos dirigidos - Aulas a ar livre. - Coleta de lixo com todos os envolvidos, juntamente com a secretaria de meio ambiente. - Palestra de conscientização com o secretário de meio ambiente para os pais, e entrega de medalhas protetoras do Meio Ambiente. 6ª Etapa: Atividades externas - Aula passeio no Viva Raposa. - Plantação de uma árvore nos arredores da escola, complementado por sementes em potinhos de danone reutilizáveis para o nascimento e novas mudas. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DENTRO DE CADA CAMPO DE EXPERIÊNCIA 1. Escuta, fala, pensamento e imaginação - Realizar pesquisas em livros e revistas; - Participar de variadas situações de comunicação oral; - Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos; - Familiarizar-se aos poucos com a escrita por meio da participação em situações nas quais ela se faz necessária e do contato no cotidiano com os livros, revistas, historias, cartazes, rótulos, embalagens e painéis; 8 - Identificar letras inicial e final das palavras contextualizadas. 2. Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações - Sequencia fatos - Estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano. - Ler e escrever numerais de 0 a 10. - Manipular e explorar objetos e brincadeiras, em situações organizadas de forma a existirem quantidades suficientes para que cada criança possa descobrir as características e propriedades principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvasar, encaixar, etc. - Reconhecer cores e formas. 3. Corpo, gestos e movimentos - Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação; - Deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular, etc., desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras; - Reconhecer as suas próprias capacidades motoras e possibilidades cinéticas; - Explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc., para o uso de objetos diversos. - Dramatização. 4. O eu, o outro e o nós - Explorar o ambiente, para que possa se relacionar com outras crianças; - Estabelecer contato com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse; - Aprimorar os cinco sentidos através de atividades com matérias concretas e lúdicas; - Estabelecer relações entre fenômenos da natureza. - Desenvolver progressivamente hábito de higiene pessoal (escovar os dentes, lavar as mãos, tomar banho e levar o rosto) e social (quando a jogar o lixo no lixo e preservar o ambiente); - Manipulação com diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas e expressão artística. 9 5. Traços, sons, cores e formas - Observar o limite disponível para os desenhos, pinturas e colagens; - Fazer uso dos pincéis do tipo grosso, de maneira adequada; - Manipular materiais diversos para colagens; - Iniciar recortes livre com tesoura; - Confecção de brinquedos e outros objetos com materiais recicláveis - Ampliar o reconhecimento de mundo que possuem, manipulando diferentes objetos e materiais, explorando suas características, propriedades e possibilidades de manuseio e entrando em contato com formas diversas de expressão artística. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Educação Infantil deve contribuir para a auto formação da criança, ensinar a assumir a condição humana, ensinar a viver e ensinar como se tornar cidadão, que é definido em uma democracia por sua solidariedade e responsabilidade em relação à sua pátria, enfocar o fato de pertencermos a terra. Assumir a identidade terrena é vital atualmente, pois o desenvolvimento e enraizamento desta consciência é que permitirá o fortalecimento, por múltiplos canais e em diversas regiões do globo, de um sentimento de religação intersolidariedade, imprescindível para civilizar as relações humanas e a cidadania ambiental. É preciso enfatizar que a visão do mundo hegemônico em nossa sociedade, com seus conceitos de natureza e de homem, não se afirmaram porque era melhor ou superior. Aceitar essa tese só teria sentido se fosse ignorado que muitas dessas questões já haviam, no passado, sido levantadas por uns e sufocadas, silenciadas e oprimidas, por outros. Com os avanços científicos da humanidade, a capacidade de exploração e utilização do meio ambiente pelo homem cresceu. Em contrapartida, cresceu também a velocidade com que o homem consegue destruir e degradar o meio ambiente. Desde nossos ancestrais, dos primeiros primatas ao moderno homo sapiens, o homem viu-se a necessidade de interagir com o meio ambiente, de forma a retirar da natureza toda espécie de recursos necessários à sua sobrevivência, desde alimentos até energia. 10 No início dos tempos, nada mais era necessário ao homem do que conseguir alimentos para sua manutenção diária, em atividade que buscava tão somente sua subsistência, não sendo o homem capaz de provocar maiores danos à natureza. Com os avanços da ciência e tecnologia, as necessidades do homem transcenderam a mera busca de alimentos e artefatos de proteção, incluindo-se nas necessidades do homem a busca de recursos naturais que pudessem nutrir sua necessidade por um fator que marca radicalmente a capacidade destrutiva do homem, a energia. Sem dúvidas, os procedimentos adotados pelo homem para produzir energia estão entre os maiores destruidores e modificadores do meio ambiente. Imagine toda a mudança e destruição do meio ambiente necessária para a construção e ativação de uma usina hidrelétrica. Construção de barragens, mudanças de cursos de rios, desmatamento de florestas, instalação de geradores, turbinas, condutores de energia, etc. Não é apenas a alta tecnologia que devasta o planeta, a exploração de minas e principalmente garimpos na busca por pedras preciosas, carvão, metais e ouro, desertificaram diversas regiões do planeta. A própria exploração do solo de maneira errada pode transformar uma simples atividade agrícola em um ato capaz de destruir o meio ambiente, através do esgotamento dos recursos minerais necessários ao plantio pela falta de adubação, rodízio de culturas, ou até mesmo pelo mal uso de terras na pecuária, não esquecendo evidentemente do uso indiscriminado de queimadas por agricultores no desmatamento. Após alguns séculos de destruição e devastação, dando-se ênfase ao século XX, onde a evolução tecnológica deu-seem velocidade elevada, o homem a partir dessas transformações vem mostrado preocupação com o meio ambiente; elaborando normas que permitam sua utilização, porém evitando sua total degradação e destruição, fato este que na atualidade do século XXI, traz a tona manchetes e discussões sobre o tema Meio Ambiente, sobretudo, num trabalho de conscientização a partir da Educação Infantil. Apesar de muitas críticas às propostas dos PCNs, salienta-se que os conhecimentos pertinentes à questão ambiental estão bem estruturados e contribuem para a formação dos educandos onde estimulam “uma consciência global das questões relativas ao meio, para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria” (BRASIL, 1997. p. 47). Os 11 educandos aprenderiam a reconhecer fatores que produzem o real bem estar, desenvolver o espírito crítico de críticas às induções do consumismo e senso de responsabilidade e de solidariedade no uso dos bens comuns e recursos naturais de modo a respeitar o ambiente e as pessoas da comunidade. A educação ambiental nasceu com o objetivo de gerar uma consciência ecológica em cada ser humano, preocupada com o ensejar a oportunidade de um conhecimento que permitisse mudar o comportamento envolvido à proteção da natureza. O desenvolvimento sustentável deve estar aliado à educação ambiental. A família e a escola devem ser os iniciadores da educação para preservar o ambiente natural. A criança, desde cedo, deve aprender cuidar da natureza. No seio familiar e na escola é que se deve iniciar a conscientização do cuidado com o meio ambiente natural. É fundamental esta educação ambiental, pois responsabilizará o educado para o resto de sua vida. Segundo Munhoz (2004), uma das formas de levar educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares. Através de atividades como leitura, trabalhos escolares, pesquisas e debates, os alunos poderão entender os problemas que afetam a comunidade onde vivem; instados a refletir e criticar as ações de desrespeito à ecologia, a essa riqueza que é patrimônio do planeta, e, de todos os que nele se encontram. Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da sociedade dos problemas ambientais, pois buscarão desenvolver em seus alunos hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental e respeito à natureza transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país. (MUNHOZ, 2004, p. 81). Apesar da importância fundamental do professor no processo de desenvolvimento da nação ainda não se dá o devido valor, por parte de nossas autoridades, ao professor e com isto a educação. O Estado ainda não se conscientizou que a educação é o veiculo do bem estar social, mas, sim, de forma oposta, se tem priorizado o interesse político de manter a massa sem uma formação cultural adequada. Qualquer ação de proteção ambiental deve passar pela educação ambiental. O trabalho com Educação Ambiental deve partir da observação das necessidades de nosso entorno e os interesses pelos problemas regionais próximos 12 a escola. Na prática, significa que o educador deve partir da realidade local, estudando as necessidades, os interesses e os problemas vividos e estabelecer as unidades de aprendizagem integradas, que constituem, basicamente, na seleção de um ou mais temas centrais para a sua realização; a título de exemplo podem-se abordar o problema de escassez da água e o problema do lixo urbano, onde isso poderá ser pensado nas esferas cognitivas, afetiva, técnica e epistemológica, orientando o professor para ações interdisciplinares ou transversais, valorizando as experiências com a comunidade local através da Educação Infantil. Mayer (1998, p. 226) destaca que um dos objetivos mais importantes da Educação Ambiental, em sua opinião, é justamente educar para enfrentar valores, analisando diferentes pontos de vista, em relação ao problema concreto. Se os estudantes sabem valorizar a complexidade dos temas ambientais, e se têm adquirido um método de análise das posições no campo, possa realmente ser livres e capazes de obter uma posição própria, compreender e revelar razões de ordem política, econômica e social que estão posteriores a conquista de atitudes por parte de diferentes sujeitos que se enfrenta com o problema. Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 1997) sugerem que o tema Meio Ambiente seja trabalhado transversalmente na educação, ou seja, propõem que as questões ambientais permeiam os objetivos, conteúdos e orientações didáticas em todas as disciplinas, no período da escolaridade obrigatória. Ao mesmo tempo, na perspectiva da LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394/96 - há indicação de mudanças curriculares no ensino formal, onde a Educação Ambiental pode ser apresentada em outros níveis de ensino. Neste contexto, a escola deve se transformar orientando-se para a investigação e reflexão da temática ambiental, desenvolvendo o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas, construindo conhecimentos, associado às atividades práticas e as experiências pessoais, reconhecendo o conhecimento vivenciado pelos alunos. A escola refere-se mais diretamente ao processo ensino-aprendizagem; ao ato pedagógico no contexto escolar. Na educação das crianças menores de 6 anos em creches e pré-escolas, as relações culturais, sociais e familiares têm uma dimensão ainda maior no ato pedagógico. Apesar do compromisso com um resultado escolar que a escola prioriza e que, em geral, resulta numa padronização, 13 estão em jogo na educação infantil as garantias dos direitos das crianças ao bem- estar, à expressão, ao movimento, à segurança, à brincadeira, à natureza, e também ao conhecimento produzido e a produzir (ROCHA, 2000). Na área educacional, a educação ambiental não pode ser tratada como uma disciplina isolada nos níveis da educação básica devido a sua compreensão. Na educação infantil o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI insere a educação ambiental nos diversos eixos de trabalhos propostos. Para a educação fundamental os PCNs a inserem em diversos temas transversais, principalmente meio ambiente, saúde e consumo, nas áreas do saber, de modo que impregne toda a prática educativa, e ao mesmo tempo, crie uma visão global e abrangente da questão ambiental, visualizando os aspectos físicos e históricos- sociais, assim como a articulação entre a escala local e planetária desses problemas (BRASIL, 1997). Entendemos por ambiente um lugar determinado, com componentes vivos e não vivos e todas as interações que nele acontecem. A tendência de qualquer ambiente é a de manterem-se em equilíbrio, desde que seus componentes permaneçam os mesmos. O ambiente sempre sofreu modificações devido à necessidade que o homem encontrou para que as suas necessidades fossem atendidas. Com o passar do tempo, estas modificações tem se tornado muito mais rápidas e profundas causando grandes desequilíbrios, responsáveis por boa parte dos problemas que a humanidade vem enfrentando nos dias de hoje. Problemas complexos de higiene ambiental têm afetado o ambiente urbano como um todo. O saneamento básico constitui-se pelas medidas higiênicas adotadas pelo poder público para garantir a salubridade do meio urbano e a saúde da população. Pela complexidade do meio urbano, o saneamento básico inclui coleta e destino do lixo, sistema de tratamento e distribuição de água e esgoto, medidas de prevenção da poluição atmosférica, da água, do solo, etc. Para o lixo, aalternativa mais proveitosa e econômica seria o reaproveitamento. O lixo orgânico pode ser encaminhado para usinas de compostagem e de produção de iogas. Já o inorgânico, ou sucata, incluindo-se papel, madeira, vidro, metais, etc., pode ser destinado a diferentes tipos de indústria de reciclagem. 14 RECURSOS - Cola, tesoura, guache, chamex, cartolina, EVA picado, garrafas pet e outros materiais recicláveis; - Revistas, jornais e livros; - Câmera digital para registro das atividades; - Giz de cera; tinta guache; - Lápis de cor; pincéis; - Papeis diferenciados; - Brinquedos; - Música, CD; - Fotos imagens; - Folhas de árvore; - Tnt. - Cordão de nylon; - Palito de churrasco; - Tampinha e garrafa pet; - Livros de história; - Lápis preto, borracha, apontador; - Folha de A4; Xerox; - Caixa de papelão. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Atividades Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Reunião com o corpo docente para organização do projeto. X Elaboração do projeto. X Apresentação do projeto pré-concluído ao corpo docente para as devidas finalizações. X X Implementação de desenvolvimento das atividades pelos alunos em sala de aula . X X X Reunião com gestor/supervisor e professores para revisão e avaliação do resultado final do projeto. X Culminância: apresentação das atividades relacionadas ao tema. X 15 CULMINÂCIA A culminância do projeto será uma exposição de cartazes com o tempo de decomposição do lixo, cartão de papel reciclado, apresentação de como e feita a reciclagem do papel e a apresentação de uma peca teatral. Também será feita uma exposição de vídeos para a comunidade escolar demonstrando o passo a passo das oficinas de reciclagem. AVALIAÇÃO Será feita avaliação ao longo do projeto observando o cumprimento de etapas e crescimento individual e da equipe. REFERÊNCIAS BRASIL. PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente e saúde. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997. BRASIL. LDBEN - Lei de diretrizes e bases da educação nacional, Lei nº. 9394/96. Brasília: MEC, 1996. LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental. São Paulo: Cortez, 2001. MAYER, M. Educación Ambiental: de la acción a la investigación. Roma: Enseñanza de lãs Ciências, V. 16, nº. 2, p. 217-231, 1998. MORIN, Edgar. O Enigma do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. NOVAES, W. Meio ambiente no século XXI: especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimentos. 4. ed. São Paulo: Armazém do Ipê (Autores Associados), 2005. REBOLLO, Mario G. A Contabilidade como instrumento de controle e proteção do meio ambiente. Revista de Contabilidade do Conselho Regional do Rio Grande do Sul. nº. 104, p. 12-23, maio de 2001. ROCHA, Eloisa A. C. A Pedagogia e a educação infantil. In: Educação inicial, nº. 22, Enero - Janeiro - Abril 2000. SÃO PAULO. Lixo: Uma Responsabilidade de Todos Nós. São Paulo: SEMA, 2002. VILHENA, A. Guia da Coleta Seletiva de Lixo. São Paulo: CEMPRE, 1999.
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