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AULAS 1 A 5 Estrutura Portuaria

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Disciplina: Estrutura Portuária e Transporte Marítimo Internacional
Aula 1: Portos e terminais portuários
Apresentação
Você sabia que cerca de 90% de tudo que entra ou sai de nosso país é via portos?
Dada a importância dos portos para a economia nacional e internacional,
apresentaremos a história portuária brasileira e os principais conceitos relacionados
ao tema, tais como os conceitos de porto e de terminal portuário, seus tipos, suas
características e localizações típicas.
Em seguida, estudaremos os conceitos de ventos, correntes, ondas e marés e as suas
principais características, para compreendermos a importância das obras portuárias
de abrigo e de acostagem, e da sinalização e balizamento náutico.
Por fim, conheceremos os conceitos de canal de acesso e bacia de evolução, e
discerniremos a importância dos serviços de dragagem e de derrocagem, executados
com a utilização de equipamentos mecânicos e hidráulicos.
Objetivos
Identificar as características fundamentais dos portos e dos terminais, e fatores
determinantes de seus projetos;
Analisar os diferentes tipos de obras de engenharia utilizadas nos portos para
fins de proteção e atracação de navios;
Examinar os principais acessos marítimos que viabilizam a entrada e a saída dos
navios para as operações de carga e descarga nos portos.
História
Das instalações rudimentares, implantadas logo após o descobrimento do
Brasil, até os grandes complexos portuários e terminais especializados hoje
existentes ao longo de toda a costa, muitos foram os acontecimentos que
marcaram essa evolução.
1808
A partir de 1808, com a “abertura dos portos às nações amigas”, empreendida
por D. João VI, essa evolução teve pontos de inflexão importantes, tais como
as concessões para exploração dos “portos organizados” e das ferrovias que
os acessam, no final do Século XIX e, mais tarde, com a implantação de
terminais especializados, necessários e compatíveis com a industrialização do
pós-guerra, como instrumento da prioridade exportadora dos Planos Nacionais
de Desenvolvimento (PNDs), nos governos da ditadura militar, destacando-se
aí a atuação da Portobras.
Década de 1990
A partir da década de 1990, os portos de praticamente todos os países
passaram por profundas reformas, a fim de compatibilizá-los com a nova
ordem econômica e política internacional, fato que também ocorreu com os
portos brasileiros, por estarem diretamente correlacionados ao desempenho
portuário mundial, ao acelerado incremento do comércio internacional e à
demanda por ganhos contínuos e exponenciais na eficiência produtiva.
Foi nessa década que se deu início ao processo de “enxugamento”
administrativo que teve por base a extinção abrupta da Portobras, sem deixar,
em seu lugar, uma organização para regular o setor portuário. Surgiu, então,
uma nova legislação chamada de Lei de Modernização dos Portos, a Lei
8.630/93. Com isto, os portos brasileiros aderiram ao processo de amplas
reformas que continuam e, certamente, caracterizam mais um ponto de
inflexão na história portuária brasileira.
Com uma costa de 8,5 mil quilômetros
navegáveis, o Brasil possui um setor portuário
que movimenta anualmente 1,086 bilhão de
toneladas das mais diversas mercadorias e
responde sozinho, por mais de 90% das
exportações.
Balança Comercial 2017
Importações US$ 150,74 bilhões
Exportações US$ 217,74 bilhões
Total US$ 368 bi
90% do total US$ 330 bi

Atenção
Cerca de 1 bilhão de dólares, por dia, entram e saem dos portos
brasileiros.
.............................. 
 
Conceitos
Porto
É o lugar abrigado, no litoral ou à margem de um rio, lago ou lagoa, dotado
de instalações adequadas para apoiar a navegação e realizar as operações de
carga, descarga e guarda de mercadorias, embarque e desembarque de
passageiros, constituindo um elo entre transportes aquaviários e terrestres.
 Porto do Rio de Janeiro (Fonte: Porto Gente
<https://portogente.com.br/images/porto_do_Rio_3.jpg>
).
Porto Organizado
É o porto construído e aparelhado para atender às necessidades da navegação
e da movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado
pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de
uma autoridade portuária (BRASIL, 1993).
Segundo Porto (2007, p.87), um porto organizado é aquele que possui os
seguintes elementos:
Área definida por
Decreto
Conselho de Autoridade
Portuária (CAP)
Plano de Desenvolvimento
e zoneamento (PDZ)
Administração e
autoridade
constituídas
Órgão Gestor de Mão de
Obra (OGMO)
Programa de arrendamento
Regras
estabelecidas para a
atividade
Tarifas portuárias para
pagamento de serviços
prestados
Licenças ambientais e
outras habilitações
pertinentes
Terminal Portuário
É a menor unidade em que um porto é dividido, e que é administrada
independentemente por um operador portuário privado ou, quando a
administração é estatal, pela União, Estado ou Município. São normalmente
especializados em tipos de cargas ou de navios.
 Terminais Portuários de Santos (Fonte:
Informativo dos Portos
<http://www.informativodosportos.com.br/wp-
content/uploads/2015/10/Santos-Brasil.jpg>
).
.............................. 
 
Classificação dos portos
Conforme a abrangência
Porto
Nacional
O desenvolvimento nacional promovido pela atividade
portuária está relacionado basicamente com as trocas
comerciais feitas pelo país em seu comércio exterior, que
são realizadas, na sua maioria, entre mercados
transoceânicos. Mais de 90% desse comércio (em volume)
passa pelos portos organizados e demais instalações
dessa natureza, entre exportações e importações.
Porto
Regional
Além da atividade produtiva, relacionada ao trânsito de
cargas, configurada pela operação no cais, processos de
manuseio no cais, nos armazéns e pátios ao seu redor,
bem como pelos serviços de apoio aquele trânsito, como
conferência, despacho e liberação, os portos induzem ou
demandam infraestruturas de transportes, de habitação,
comércio e lazer. Assim, o crescimento de suas atividades
leva essas estruturas de apoio ao crescimento em âmbito
regional, muitas delas edificadas pelas cidades do entorno
do porto.
Porto Local
O desenvolvimento local está correlacionado à renda
gerada pelas atividades que se desenvolvem dentro ou
muito próximas dos portos organizados, diretamente
relacionadas ao transporte de cargas portuárias em dois
campos distintos: implantação de infraestrutura portuária
e operação portuária.
Conforme a localização
Os portos podem ser: marítimos, fluviais e lacustres, de acordo com sua
localização em mares, rios e lagos, respectivamente.
Marítimos
São os portos localizados em mares.
Foto: Porto Marítimo – Salvador (BA)
Fluviais
São os portos localizados em rios.
Foto: Porto Fluvial – Manaus (AM)
Lacustres
São os portos localizados em lagos.
Foto: Porto Lacustre - Lagoa da Conceição (SC)
Conforme a Administração
1. Portos Públicos
Possuem uma Administração Portuária, que é a autoridade portuária por força
de Lei, uma área do porto definida por Decreto, um Conselho de Autoridade
Portuária, um regulamento de Exploração da infraestrutura sob sua gestão e
uma estrutura de tarifas definindo o pagamento pela prestação de serviços à
carga e navegação, além do ressarcimento pela manutenção daquela
infraestrutura sob sua gestão.
2. Portos Privados
É comum encontrar entidades privadas que possuam o domínio útil do terreno
dentro dos portos organizados e que tenham nele construído suas próprias
instalações portuárias. Mesmo nesse caso, há que se ter uma autorização para
os serviços ali realizados. Essas instalações não são públicas e são
denominadas Terminais de Uso Privativo (TUP), cabendo uma autorização do
governo.
O Sistema Portuário Brasileiro
A Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR) é responsável
pela formulaçãode políticas e pela execução de medidas, programas e
projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura dos portos marítimos.
Compete ainda à SEP/PR a participação no planejamento estratégico e a
aprovação dos planos de outorgas, tudo isso visando assegurar segurança e
eficiência ao transporte marítimo de cargas e de passageiros.
De acordo com a Secretaria dos Portos (2018), o sistema portuário
brasileiro é composto por 37 portos públicos organizados, entre
marítimos e fluviais. 
 
Desse total, 18 são delegados, concedidos ou têm sua operação
autorizada à administração por parte dos governos estaduais e
municipais. 
 
Na esfera de competências da SEP, segundo as atribuições definidas no
art. 65 da Lei nº 12.815/2013, encontram-se outros quatro portos
fluviais delegados a estados e municípios. 
 
Existem 39 Portos Fluviais sob as competências da SEP. 
 
Portos Organizados - Brasil

Leitura
Sistema Portuário Nacional
<http://www.transportes.gov.br/sistema-portuário.html> .
.............................. 
 
Localização típica dos portos
Um porto geralmente estimula a economia da região em que está situado,
pois atrai empresas, incentivando a prestação de serviços associados ao
transporte marítimo e ao comércio local, atuando como gerador de empregos
e de benefícios.
A figura a seguir representa graficamente a configuração típica de um porto e
seus subsistemas principais: acesso terrestre; infraestrutura e superestrutura;
acesso marítimo na realização da interface terra-mar na carga e descarga de
mercadorias.
A escolha do local e da concepção do “arranjo” (distribuição das estruturas) de
uma obra portuária depende de diversas características básicas, típicas de
obras marítimas.
Para estabelecer um arranjo portuário eficiente, alguns fatores devem ser
considerados:
1
Abrigo
Condições seguras e adequadas de acostagem.
2
Profundidade e Acessibilidade
Compatível com as dimensões da embarcação-tipo.
3
Áreas de influência
Hinterland, vorland e umland.
4
Acessos a outros modos de transporte
Acessos terrestres (rodoviários, ferroviários, dutoviários) ou aquaviários.
.............................. 
 
Localização de um porto
Muitos portos importantes estão localizados à beira de rios, como:
Os do Norte da Europa;
Roterdã no rio Nieuwe Maas;
O porto de Santos se localiza em um estuário, e
O de Salvador na Baía de Todos os Santos.
A figura a seguir apresenta as possibilidades de localização de instalações
portuárias junto ao curso-d’água.
Estudos para a implantação dos
portos
Ventos
Causas, definições, frequência, observação e medição. Como consequência, é
necessário o estudo das ondas e das marés, pois por meio desse estudo o
poder destrutivo da natureza pode ser avaliado.
Avaliação da topografia de fundo
As batimetrias.
Condições da área de fundeio
Espera para atracação.
Canal de acesso marítimo
Bacia de evolução
Manobra de posicionamento dos navios junto aos berços dos terminais.
O local ideal para a locação de um porto é
aquele onde se encontra uma enseada abrigada,
com acesso amplo e com profundidade de água
suficiente para a aproximação das embarcações
previstas, sem obras adicionais de abrigo,
dragagens ou derrocagem.
.............................. 
 
Fatores que impactam na implantação de
portos
Grande parte da superfície terrestre é abrangida pelos oceanos, grandes
massas de água salgada que se movimentam o tempo todo. Entre os
principais movimentos dessas massas de água podemos citar: ventos, ondas,
marés e correntes marítimas.
Ventos
O vento é fruto do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das
diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado
por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo. Essas diferenças de
pressão têm uma origem térmica, e estão diretamente relacionadas à
radiação solar e aos processos de aquecimento das massas de ar.
Os ventos se formam a partir de influências naturais como continentalidade,
maritimidade, latitude, altitude e amplitude térmica e, geralmente, são
classificados com base em três fatores: pressão, temperatura e velocidade da
camada de ar.
Ondas
As ondas são movimentos provocados pelos ventos, que sopram sobre a
superfície das águas oceânicas e que, quando se aproximam do litoral, se
dobram e se quebram. Seu tamanho e sua força dependem da intensidade e
da duração do vento, e da distância viajada por sobre a superfície da água.
Marés
As marés correspondem aos movimentos diários de avanço e recuo das
águas, normalmente em períodos de seis horas, provocados pelas forças
gravitacionais que o Sol e a Lua exercem sobre a Terra.
Por ocasião do avanço das águas, ocorre a maré alta ou preamar. Quando
acontece o recuo das águas, tem-se a maré baixa ou baixa-mar.

Exemplo
Clique aqui <galeria/aula1/docs/tabua_de_mares.pdf> para ver
um exemplo de Tábua de Marés.
.............................. 
 
Correntes Marítimas
As correntes marítimas são massas menores de água que se deslocam por
distintas direções, mantendo suas características de cor, salinidade e
temperatura.
Esses deslocamentos são provenientes da ação dos ventos e também do
movimento de rotação da Terra. Por esses fatos, as correntes marítimas
deslocam-se diferentemente conforme os hemisférios em que se encontram.
A existência de continentes e ilhas também afeta as
movimentações das correntes, influenciando na pesca, na
vida marinha e no clima.
Obras portuárias de abrigo
A função das obras de abrigo é a criação de área protegida contra as ondas de
gravidade geradas pelo vento (quebra-mares, molhes ou molhes guias-
correntes) ou correntes (espigões).
As finalidades da implantação de obras de abrigo podem ser:
Criação de uma bacia portuária – os quebra-mares (isolados da
costa) e molhes (enraizados na costa) abrigam a bacia portuária da
agitação ondulatória, enquanto os espigões são obras corta-correntes; 
 
Proteção do canal de acesso de portos situados em embocaduras
costeiras, quando se denominam de molhes guias-correntes – por
se desenvolverem a partir da costa até atingirem profundidades
compatíveis com as exigências de navegação; 
 
Manutenção dos fundos – por preservarem correntes de maré com
competência para assegurar as profundidades, garantindo mínimas
necessidades de dragagens; 
 
Estabilidade da embocadura – por interceptarem o transporte de
sedimentos litorâneo da zona de arrebentação; 
 
Defesa do litoral contra a erosão provocada pelas ondas – quebra-
mares isolados e espigões de praia. 
 
Molhes
Estruturas, usualmente constituída de blocos de pedra, construídas em
mar aberto para conter as vagas do mar, e podem dispor de berços para
atracação de navios.
Quebra-mares
Estrutura rígida de engenharia costeira que tem como finalidade principal
proteger a entrada de um porto ou costa da ação das ondas do mar.
Podem ser estruturas do tipo aderente (paredões), do tipo destacado
(construídos a certa distância da costa), ou podem ter uma das
extremidades ancorada em terra (adquirindo normalmente forma
encurvada ou em L).
Espigões
Estrutura rígida de engenharia costeira que tem como função principal a
proteção contra a erosão costeira.
Guias-correntes
Guias-correntes são construídas em barras marítimas, devem apresentar
dragagem lateral e serem levemente convergentes — mantendo
competência das correntes —, devem ter profundidade mantida até o
maior comprimento na região de arrebentação.
Obras portuárias de acostagem
1) Cais
São estruturas físicas em porto de mar, rio, lagos,
onde atracam as embarcações, para embarque e
desembarque de pessoal e carga.
2) Berço de Atracação
Área do cais onde as embarcações acostam
(atracam) com segurança (defensas e dispositivos
de amarração) para desembarquee descarga
(equipamentos de descarregamento).
3) Píer
Píer é a parte do cais que avança sobre o mar em
linha reta ou no formato de L.
4) Dársena
A Dársena compreende a área onde são realizadas
as diversas manobras de tráfego: entrada e saída,
atracação e fundeio e onde se localizam as
boias/poitas.
5) Pontes de atracação
São pontes destinadas à atracação de embarcações.
6) Dolfins
São colunas de concreto cravadas no fundo do mar
que afloram à superfície e servem para atracar ou
para amarrar navios, dispensando o cais.
7) Boias de amarração
Caixa oca e flutuante, presa ao fundo do mar, cujo
interior geralmente é um compartimento estanque,
oferecendo ao conjunto a necessária rigidez e
garantia de flutuabilidade, destinada à amarração
de embarcações.
8) Canal de acesso
Canal que liga o alto-mar às instalações portuárias,
podendo ser natural ou artificial e dotado de
profundidade adequada, além da devida sinalização,
com o objetivo de dar acesso às embarcações ao
porto.
9) Bacia de evolução
É uma área fronteiriça às instalações de acostagem,
reservada para as evoluções necessárias às
operações de atracação e desatracação dos navios
no porto.
10) Calado do Porto
É o calado máximo que um navio pode ter para
poder atracar no porto (distância da linha d’água ao
fundo do casco). Quanto mais profundo o calado de
um porto, maior será o navio que transitará nele, o
que contribui para a redução do custo por tonelada
transportada.
11) Assoreamento
Deposição de sedimentos no fundo de rios, lagos e
mares.
12) Sinalização
Ato ou efeito de utilizar a boia ou balizas com
finalidade de assinalar ou demarcar canais, lagos,
vaus, entre outros.
13) Farol
Sinal marítimo facilmente identificável, à luz do dia,
por sua construção alta, em forma de torre, e, à
noite, pela luz de longo alcance emitida na parte
superior. O farol é de elevada importância para a
navegação, pois assinala acidentes da costa,
entrada de portos ou canais, ilhas, baixios, entre
outros.
14) Balizas
Qualquer sinal que sirva para guiar os navegantes
podendo ser luminoso ou não.
Medidas de segurança de um canal
de acesso
Principais fatores que balizam as dimensões dos canais e das bacias
portuárias
As tolerâncias para compensar as imprecisões dos processos de
conformação geométrica do leito (dragagem), e para manter um nível
adequado de segurança de navegação;
Tolerâncias de profundidade (squat, maré, calado etc.);
Tolerâncias de largura (manobrabilidade, ventos transversais,
periculosidade da carga etc.);
Tolerâncias de diâmetro (dimensão da embarcação, velocidade etc.);
Previsão da necessidade de auxílio de rebocadores para manobras.

Atenção
O diâmetro de uma bacia de evolução deve ser 1,8 vezes o
comprimento do maior navio previsto;
A largura da bacia de evolução deve permitir o tráfego nos dois
sentidos com, no mínimo, cinco bocas do navio previsto;
O calado máximo deve oferecer pelo menos 1,5 m além do calado
do navio previsto;
As instalações de acostagem devem permitir a atracação do navio
previsto.

Leitura
Manutenção e melhoria de condições de acesso aos portos (e
principais tipos de equipamentos mecânicos de dragagem)
<galeria/aula1/docs/manutancao_e_melhoria.pdf> .
Por causa da importância para o desenvolvimento do país, os portos
brasileiros vêm passando por uma completa reestruturação, visando torná-los
mais ágeis e competitivos frente ao mercado internacional, já que os custos
operacionais ainda são muito superiores aos praticados no exterior.
Na próxima aula, abordaremos a especialização dos
terminais (tipos, características e finalidades) e os
principais equipamentos utilizados nas operações dos
portos e terminais portuários.
Atividades
1) Lugar abrigado, no litoral ou à margem de um rio, lago ou lagoa,
dotado de instalações adequadas para apoiar a navegação e realizar as
operações de carga, descarga e guarda de mercadorias, embarque e
desembarque de passageiros, constituindo um elo entre transportes
aquaviários e terrestres. Estamos falando de:
 a) Porto.
 b) Cais.
 c) Terminal.
 d) Molhe.
 e) Trapiche.
2) Estrutura, usualmente constituída de blocos de pedra, construídas em
mar aberto para conter as vagas do mar, podendo dispor de berços para
atracação de navios. Estamos falando de:
 a) Molhes.
 b) Cais.
 c) Pier.
 d) Berço.
 e) Calado.
3) Medida vertical da profundidade que cada navio está submerso na
água. Tecnicamente, é a distância da lâmina de água até a quilha do
navio.
 a) Fundeio.
 b) Derrocagem.
 c) Doca.
 d) Amplitude.
 e) Calado.
4) Processo de retirada ou destruição de pedras ou rochas submersas,
que impedem a plena navegação, readequando o canal de acesso e a
bacia de evolução do local. Estamos falando de:
 a) Dragagem.
 b) Derrocagem.
 c) Assoreamento.
 d) Sucção.
 e) Balizamento.
5) Equipamento, geralmente uma embarcação ou plataforma flutuante
equipada com mecanismos necessários para se efetuar a remoção do
solo. Estamos falando de:
 a) Quebra-Mar.
 b) Molhes.
 c) Guias Corrente.
 d) Draga.
 e) Retroescavadeira.
Referências
ALFREDINI, Paolo; ARASAKI, Emilia. Obras e gestão de portos e costas. 2.ed. São
Paulo: Edgar Blucher, 2009, (parte 3, caps 11, 12, 15, 16; parte 4, cap. 21).
BRASIL. 1993. Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o regime
jurídico da exploração dos portos organizados e das instituições portuárias e das
outras providências. Diário Oficial da União, DF, pp. 2351.
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL. Obras Portuárias:
2018. Disponível em: <http://www.transportes.gov.br/
<http://www.transportes.gov.br/> > Acesso em: 13 jun. 2018.
PORTO, Marcos Maia. Portos e o Desenvolvimento. São Paulo: Aduaneiras, 2007,
cap. III, p. 53-66; cap. V. 102-137.
ROBLES, Léo Tadeu. Organização e estrutura portuária. Rio de Janeiro: SESES,
2016.
SECRETARIA DOS PORTOS (SEP) Sistema Portuário Nacional: 2018. Disponível
em: <http://www.portosdobrasil.gov.br/
<http://www.portosdobrasil.gov.br/> > Acesso em 13 jun. 2018.
Próximos Passos
Terminais portuários especializados (tipos, características e finalidades);
Equipamentos portuários (tipos e características).
Explore Mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.
Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos
disponíveis no ambiente de aprendizagem.
Leia os textos:
Obras portuárias <http://www.transportes.gov.br/investimentos-
portu%C3%A1rios/89-portos-menu-lateral/5418-obras-portu.html?
aacute;rias> .
Programa Nacional de Dragagem (PND)
<http://www.transportes.gov.br/dragagem.html> .
20/10/2019 Estácio
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2330375&courseId=13206&classId=1186894&topicId=2956146&p0=03c7c0ace395d80182db… 1/26
Disciplina: Estrutura Portuária e Transporte Marítimo
Internacional
Aula 2: Especialização dos portos e terminais e seus
equipamentos
Apresentação
O tipo de carga transportada (granéis sólidos, granéis líquidos e gasosos, carga geral
ou carga conteinerizada) e o sentido da operação (importação, exportação,
transbordo, entre outros) são relevantes na caracterização portuária, uma vez que
influenciam na escolha da infraestrutura e localização do terminal. Influem também
no porte dos navios atendidos, por isso, é de se esperar uma crescente especialização
dos terminais portuários.
Para apoiar os diversos tipos de operações, existe uma grande variedade de
equipamentos para manipulação de cargas e contêineres conforme o tipo de operação
e o porte do terminal e que são de extrema importância para a efetivação de um
transporte marítimo moderno e eficiente.
Nesta aula, abordaremos tipos, características físicas e operacionais e finalidades dos
Terminais Portuários Especializados, bem como os principais tipos de equipamentos
de elevaçãoe movimentação utilizados nas operações com mercadorias nos portos e
terminais portuários.
Objetivos
Identificar os diferentes tipos, características físicas e operacionais dos Terminais
Portuários Especializados, bem como as suas finalidades;
Analisar a utilização dos principais tipos de equipamentos de elevação e
movimentação utilizados nas operações com mercadorias nos portos e terminais
portuários.
20/10/2019 Estácio
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2330375&courseId=13206&classId=1186894&topicId=2956146&p0=03c7c0ace395d80182db… 2/26
Terminais portuários
Na história do comércio marítimo, sempre se buscou a unitização e a
padronização das cargas, porque tais procedimentos facilitam e simplificam a
movimentação e a consolidação das cargas nos navios.
A utilização do contêiner pelos transportadores garantiu a unitização da carga.
Com a padronização dos contêineres foi possível fazer com que o movimento
de mercadorias pudesse ser realizado de ponto a ponto, utilizando mais de um
meio de transporte — a intermodalidade —, tornando viável o comércio
mundial.
O transporte marítimo conteinerizado com os terminais e navios
especializados na movimentação dos diversos tipos de contêineres permitiu
um crescimento deste tipo de transporte marítimo.
O foco principal do processo de conteinerização passou a ser a organização
dos serviços portuários, equipando os terminais de infraestrutura capaz de
realizar operações intermodais que possibilitassem o fluxo de contêineres.
Conforme estudamos na aula anterior, Terminal Portuário é a menor unidade
em que é dividido um porto, administrada independentemente por um
operador portuário privado ou, quando a administração é estatal — União,
Estado ou Município.
20/10/2019 Estácio
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2330375&courseId=13206&classId=1186894&topicId=2956146&p0=03c7c0ace395d80182db… 3/26
De acordo com a United Nations Conference on Trade and Development
(UNCTAD) — Conferência das Nações Unidas para Comércio e
Desenvolvimento) —, as características dos terminais portuários dependem
fundamentalmente das condições locais, da finalidade da operação e da
natureza do material.
O tipo de carga transportada (granéis sólidos, granéis líquidos e gasosos,
carga geral ou carga conteinerizada) e o sentido da operação (importação,
exportação, transbordo, entre outros) são relevantes na caracterização
portuária, pois influenciam na escolha da infraestrutura e localização do
terminal, além de influir no porte dos navios atendidos.

Os tipos de navios também são determinantes dos projetos dos terminais
portuários, para as correspondentes embarcações, com seu perfil técnico
específico, como:
Profundidade do canal de acesso;
Maior ou menor extensão de cais acostável;
Projeto dos berços de atracação;
Altura do costado dos navios;
Disponibilidade de retroáreas primárias, alfandegadas, retroáreas de
segunda linha ou instalações remotas.
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Tipos de terminais portuários
A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento
(UNCTAD), adota uma classificação que vincula o terminal portuário com seu
entorno socioeconômico dividindo-o em três grupos:
1
Portos de 1ª Geração
Antenados apenas na execução de suas funções básicas de transportes:
acesso, carga, descarga e estocagem.
2
Portos de 2ª Geração
Também chamados de polarizadores porque procuram desenvolver em seu
entorno usuários comerciais e industriais, tornando-se um centro portuário
regional.
3
Portos de 3ª Geração
Também chamados de logísticos, empenhados no entrosamento estreito com
seu hinterland, e em ser um centro de serviços logísticos para a comunidade
envolvida.
 Operação com Navios Roll-on/Roll-off.
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 Terminais Portuários de Santos.
Classificação dos terminais
1. Quanto ao corpo de água
TERMINAIS MARÍTIMOS: Situados em área de mar, pode ser ao longo
da costa, perpendicular à mesma, plataforma afastada com passarela de
acesso, em ilha artificial afastada da costa ou em forma de bacia interna,
fechada ou aberta.
TERMINAIS FLUVIAIS: Construídos nas margens de um rio ou a elas
ligados.
TERMINAIS LACUSTRES: Implantados nas margens de um lago ou a
elas vinculados.
2. Quanto à finalidade
Comerciais: Podem ser de passageiros, carga ou mistos.
De Serviço: Como os pesqueiros, os de reparos e os de abastecimento.
Militares: São as bases navais e de guardas-costeiras.
De Lazer: Representados principalmente pelas marinas.
3. Quanto à concepção do projeto de engenharia
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Ao Longo da Costa – Podem ser: Paralelos às mesmas (os cais
tradicionais) e Perpendiculares (piers), em ambos os casos com ou
sem proteção contra ondas.
No Mar (offshore) – Subdividem-se nos subtipos: Plataformas fixa-
passarela e Pontão ou flutuante.
No Interior da Costa (inshore) – O acesso ao mar pode ser por:
Canal livre e Eclusa.
Ilhas Artificiais – Com transferência à costa por: Alvarengas e
Chatas.
Duques D’Alba ou Dolphins – Estruturas pontuais de atracação: No
mar usadas para transferência para embarcações menores, para
carga ou descarga.
Boias Fixas ou Monoboias - Para carga ou descarga de granéis
líquidos, por meio de bombeamento por tubulações.
Fundeadouros - Onde o navio ancora na espera de transbordo e
executa carga ou descarga por transferência a embarcações de
menor porte.
4. Conforme o Produto Manuseado
Pontos de Carga Geral - Portos de Carga Geral: Operam com cargas
variadas, como caixas, caixotes, amarrados, engradados, e barris.
Terminais de Granéis Líquidos e Gasosos - Terminais de Granéis
Líquidos e Gasosos: Operam com líquidos e gases como o petróleo bruto
e seus derivados.
Terminais de Granéis Sólidos - Terminais de Granéis Sólidos: Operam
com grãos, fertilizantes, minérios etc.
Terminais de Contêineres (TECON) - Terminais de Contêineres
(TECON): Especializados nas operações de movimentação e
armazenagem de contêineres.
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
Leitura
Clique para ler mais sobre os Tipos de terminais
<galeria/aula2/docs/pdf01_aula02.pdf> .
Layout dos terminais de
contêineres
O aumento das dimensões dos navios porta-contêineres com o passar dos
anos tem exigido a adaptação dos terminais de contêineres, principalmente
em relação à capacidade de carregamento e descarregamento desses navios.
Essa adaptação ocorre com o investimento na quantidade de guindastes e na
capacidade de cada um.
Os cais mais modernos utilizam até cinco guindastes, o que permite uma
produtividade individual de 25 movimentos por hora (mph) e uma capacidade
total de 125 mph em cada berço. Entretanto, o ideal é que esta capacidade
aumente de forma a limitar o tempo de permanência dos navios atracados em
24 horas.
 Operação com Navios Roll-on/Roll-off.
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Nos novos projetos, é necessário se ter uma visão mais global do problema.
Os guindastes de pórtico, os cais, e os pátios deverão ser analisados como um
todo. Quanto ao layout dos novos terminais, sua concepção é normalmente
definida pelas áreas de estocagem disponíveis, além dos aspectos financeiros
mais importantes.
Configuração básica de um terminal de
contêinerAlguns projetos de layout apresentam inovações em relação aos projetos
utilizados até então, como o Terminal Ceres-Paragon, que pertence ao Porto
de Amsterdã e possui três berços, sendo dois deles construídos em uma doca,
com acostagem dos dois lados do navio, permitindo movimentar contêineres
de embarcações de grande porte, numa média de 300 mph (movimentos por
hora).

Saiba mais
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Os berços endentados na doca permitem que o navio seja (des)carregado
pelos dois lados ao mesmo tempo, contendo áreas de estocagem também
disponíveis dos dois lados próximas aos guindastes, o que facilita o plano
logístico.
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O transporte entre os cais e o empilhamento é feito por straddle-carriers,
assim como o remanejo dos contêineres nas áreas de estocagem e a
transferência entre as conexões com o hinterland.
A tranquilidade com que as operações de (des)carregamento são realizadas,
por causa da ausência de ondas e correntes, é tida como outra vantagem do
berço endentado.
 Berço endentado e doca do Terminal de Ceres-
Paragon
Terminais do tipo Roll-on/Roll-off
Um terminal do tipo Roll-on/Roll-off pode ser caracterizado como um
elemento de apoio ao sistema de transporte, por meio do qual se processa a
interação entre o sistema hidroviário e o terrestre. As funções operacionais do
terminal são:
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1
Facilidade de embarque e desembarque de veículos.
2
Possibilitar a transferência de um modo ou serviço de transporte para outro.
3
Prover estacionamentos ou pátios para estacionamento de veículos.
4
Oferecer os serviços necessários ao atendimento do usuário.
5
Administrar e operar o sistema de transporte no terminal.
6
Proporcionar conforto e segurança ao usuário.
7
Possibilitar uma circulação adequada de veículos.
Um terminal Roll-on/Roll-off geralmente é visualizado
como um subsistema local dentro de um sistema
portuário.
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Este subsistema tem efeitos externos relacionados aos seus impactos na
operação dos portos e no próprio sistema regional e efeitos internos
relacionados aos seus impactos aos usuários.
Equipamentos Portuários
O desempenho e a eficiência de um terminal
portuário depende, em grande parte, de seus
equipamentos de manuseio (de elevação e
movimentação).
Os principais equipamentos são descritos a seguir.
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Balanças rodoviárias e rodoferroviárias
Balanças rodoviárias são equipamentos utilizados, principalmente, para pesar
safras e insumos, gerenciando informações, proporcionando agilidade,
evitando perdas e reduzindo os custos operacionais.
De forma a tornar a balança mais eficiente, além da utilização da plataforma e
do indicador, itens básicos do equipamento, outros componentes como
câmera, leitora de código de barras, cancela, computador e sensores podem
ser acoplados.
 Cábrea do Porto de Rio Grande
Cábreas
É um equipamento utilizado em terminais para içar cargas grandes e pesadas.
Guindastes flutuantes
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Guindastes flutuantes são cábreas instaladas sob uma embarcação,
destinadas ao içamento de cargas pesadas.
 Cábrea do Porto de Rio Grande
Portêineres ou pórtico marítimo para
contêiner
São guindastes com estrutura de aço em forma de caixa de vigas, utilizados
para o deslocamento vertical e horizontal especificamente em terminais de
contêineres e que oferecem segurança para a carga durante a operação de
transbordo.
Existem diversos modelos de portêineres que variam de acordo com as
características técnicas referentes à capacidade de carga, alcances em terra e
em mar, velocidade linear, vão entre trilhos e outros.
O portêiner se sustenta sobre quatro apoios de resultante vertical e desloca-
se em uma dupla via de trilhos.
Aranha (Straddle Carrier)
É uma estrutura alta, sobre rodas, larga o bastante para se movimentar sobre
o contêiner, com uma perna de cada lado do mesmo para içá-lo por dentro de
sua estrutura utilizando um spreader suspenso.
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Após carregar o contêiner para a transferência no cais, o straddle carrier
carrega e o empilha ao final da transferência.
Devido à sua altura, pode içar e movimentar dois ou três contêineres
empilhados, e possui maior velocidade e flexibilidade que as empilhadeiras
frontais e os reach stackers. Entretanto, nas operações de carga e descarga,
não viabiliza a transferência dos contêineres diretamente do straddle carrier
para o portêiner e vice-versa.
Pórtico sobre pneus ou sobre trilhos
Conhecido, também, como transtainer, é um equipamento considerado básico
para terminais rodoferroviários, utilizado para o empilhamento e
desempilhamento de contêineres no pátio de estocagem.
Vantagens
Elevado aproveitamento da área de estocagem (necessita de pouco
espaço para movimentação);
Baixo custo de manutenção (simplicidade);
Facilidade com que automatiza as operações.
Desvantagens
Problemas de acesso aos contêineres situados nos níveis mais baixos;
Necessidade de boa pavimentação do piso do terminal.
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Spreader
O spreader manuseia com segurança e praticidade os contêineres carregados.
Sua estrutura permite que seja carregado qualquer um dos dois tamanhos (20
ou 40 pés) e possui uma capacidade de até 35 toneladas.
Tratores de terminal
Os tratores de terminais são equipamentos específicos, muito utilizados em
terminais portuários para a movimentação de todos os tipos de carretas e
chassis de contêineres, possuindo um sistema mecânico especial preparado
para esse tipo de operação.
Os tratores terminais são utilizados, também, na operação de centros de
distribuição substituindo o caminhão na manobra de levar uma carreta de um
ponto de entrada do CD até as docas, e no sentido contrário, liberando os
caminhões da espera, otimizando a utilização de mão de obra e aumentando a
sua produtividade.
Carretas
São veículos articulados que possuem unidades de tração e de carga
separadas. A parte encarregada da tração é denominada cavalo mecânico e a
de carga, semirreboque.
Os conjuntos (cavalos e semirreboques) de cinco eixos podem carregar até 30
toneladas de mercadorias e este é o modelo mais utilizado. A capacidade de
tração aumenta na medida em que se aumenta o número de eixos no
conjunto.
Cavalos Mecânicos
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São veículos destinados à tração de chassi no interior dos terminais,
realizando em conjunto as operações de transporte, dotados de macaco
hidráulico que possibilitam o levantamento dos chassis pela parte dianteira e a
movimentação interior dos terminais.
De muita utilidade, este equipamento está disponível no mercado com
velocidades, capacidades e potências variadas e podem ser adaptados ao
chassi a ser tracionado.Semirreboques rodoviários
São veículos de um ou mais eixos traseiros e suportes verticais dianteiros
acoplados ao cavalo mecânico (unidade de tração), por um eixo que se
denomina quinta roda.
Tipos de semirreboques:
Fechados (baús ou siders);
Abertos (carga seca);
Cegonheiros (cargas de veículos);
Tanques (cargas líquidas);
Plataformas (carregar maquinários).
Conjunto trator-reboque
Esses conjuntos estão entre os equipamentos mais comuns para transferência
no cais.
Cada conjunto consiste de um trator pesado e um reboque, ou um conjunto
de reboques puxado por ele, em que o reboque é uma estrutura sobre rodas,
aparelhado com equipamentos de posicionamento para fixar o contêiner
quando em movimento.
Empilhadeiras
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p
São veículos utilizados nos pátios de estocagem e também nos armazéns de
consolidação/desconsolidação para movimentações horizontais e verticais de
todos os tipos de cargas.
São produzidos em vários tipos e tamanhos, permitindo a execução de
diversas operações.
Reach Stackers (empilhadeiras de alcance)
São equipamentos de pátio, dotados de lança telescópica, utilizadas para
arrumar os contêineres nas áreas de armazenagem e realizar as atividades de
transferência dos mesmos para as carretas e os vagões ferroviários.
Possuem como vantagens o baixo custo e a flexibilidade.
Entretanto, não eliminam a necessidade de utilização de trailers para o
traslado dos contêineres do pátio ao cais e não apresentam a mesma
velocidade dos transtainers e straddle carriers nas operações de carga e
descarga.
Fork-Iifts (empilhadeiras frontais e laterais)
São as empilhadeiras mais utilizadas em terminais para executar operações
de transferência, transporte e empilhamento apenas de contêineres vazios,
bem como operações de consolidação e desconsolidação de cargas em
armazéns.
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Top Loader
São empilhadeiras de pegadores frontais que, assim como as reach stackers,
são utilizadas para arrumar os contêineres nas áreas de armazenagem e
realizar as atividades de transferência dos mesmos para as carretas e vagões
ferroviários.
 Pá carregadeira de esteiras e Pá carregadeira
de rodas.
Pás carregadeiras
As pás carregadeiras, devido ao seu fácil deslocamento e, por possuírem uma
caçamba de grande porte, são máquinas que auxiliam na movimentação de
produtos armazenados, por carregamento ou arrastamento, especialmente
quando e onde não é possível o escoamento por gravidade.
Sobre rodas ou sobre esteiras, as pás carregadeiras também podem ser
utilizadas para reorganizar, separar, ou refazer montes de produtos.

Leitura
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Equipamentos para movimentação de granéis sólidos
<galeria/aula2/docs/pdf02_aula02.pdf> .
Nesta aula estudamos os tipos de terminais portuários e seus equipamentos.
Na próxima aula, abordaremos a legislação portuário no país.
Atividade
1) Diversos itens são relevantes na caracterização portuária, pois
influenciam na escolha da infraestrutura e localização do terminal, além
de influir no porte dos navios atendidos, dentre eles:
 a) Porte da Doca.
 b) Tipo de Carga Transportada.
 c) Tipo de Guindastes.
 d) Capacidade de Sustentação.
 e) Eficiência Operacional.
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2) Quanto à sua finalidade, os terminais podem ser classificados em:
 a) Marítimos, Fluviais e Lacustres.
 b) Primeira, Segunda e Terceira Geração.
 c) Comerciais, de Serviço, Militares e de Lazer.
 d) Alimentadores, de Transbordo e Concentradores.
 e) Públicos e Privados.
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3) Sobre os terminais portuários foram feitas as seguintes afirmações:
I. O principal propósito de um TECON é armazenar e movimentar
contêineres, o mais rápido e eficientemente possível, entre o interior e o
transporte marítimo.
II. Os terminais de transbordo ou de transhipment servem,
essencialmente, como portos alimentadores da região onde se localizam.
III. Hub Ports são portos que atendem a concentração da carga
conteinerizada, para posterior distribuição para outros portos, servindo
de referência para uma região, país ou continente.
Um terminal do tipo Roll-on/Roll-off pode ser caracterizado como um
elemento de apoio ao sistema de transporte, por meio do qual se
processa a interação entre o sistema hidroviário e o terrestre.
Estão corretas:
 a) Somente I e II.
 b) Somente I e III.
 c) Somente II, III e IV.
 d) Somente III e IV.
 e) Todas as afirmativas.
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4) São características operacionais de um terminal portuário
especializado na operação de navios Roll-on/Roll-off:
 a) Guindastes de pórtico e pás carregadeiras.
 b) Torres de transferência e balanças rodoferroviárias.
 c) Área descoberta drenada e nivelada, dispondo de pontes rolantes.
 d) Elevada resistência estrutural e fácil acesso para empilhadeiras.
 e) Áreas demarcadas para parqueamento e área reservada para
vistorias.
5) Equipamento básico para terminais rodoferroviários, utilizado para o
empilhamento e desempilhamento de contêineres, de baixo custo de
manutenção, devido à sua simplicidade e à sua facilidade para
automatizar as operações, e que possui como uma de suas principais
vantagens o seu elevado aproveitamento da área de estocagem.
 a) Transtainer.
 b) Porteiner.
 c) Cavalos mecânicos.
 d) Reach stackers.
 e) Straddle carrier.
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6) Veículo sobre rodas, utilizado para efetuar operações como transporte,
empilhamento e operações de transferência de contêineres durante a
carga e descarga de carretas rodoviárias, arrumação e empilhamento de
contêineres nos pátios de estocagem e transporte da área de estocagem
até o local de embarque e vice-versa.
 a) Transtainer.
 b) Aranha ou Straddle carrier.
 c) Portêineres.
 d) Cábreas.
 e) Reach stackers.
7) Assinale a opção que não contempla um equipamento utilizado nos
terminais para a movimentação ou armazenamento de granéis sólidos.
 a) Sugadores.
 b) Moegas.
 c) Ship loaders.
 d) Silos.
 e) Spreader.
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8) Para o empilhamento mecanizado de sacas de produtos, em um
terminal portuário, é aconselhável a utilização de:
 a) Empilhadeiras.
 b) Escavadeiras.
 c) Guindaste.
 d) Pau de carga.
 e) Tratores.
9) Guindaste sobre trilhos, com capacidade de elevação variando entre 5
e 30 toneladas, comumente utilizado nas operações portuárias com carga
geral.
 a) Transteiner.
 b) Stradlle carrier.
 c) Pórtico.
 d) Cábrea.
 e) Pau de carga.
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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS TERMINAIS PORTUÁRIOS (ABTP). Relatório
Anual 2016. Disponível em: <http:// www.abtp.org.br/ site/
publicacoes-relatorio-anual.php
<http://www.abtp.org.br/site/publicacoes-relatorio-anual.php>>.
Acesso em: 19 jun. 2018.
ALFREDINI, Paolo; ARASAKI, Emilia. Engenharia Portuária. São Paulo:
Edgar Blucher, 2014.
PORTO, Marcos Maia. Portos e o Desenvolvimento. São Paulo:
Aduaneiras, 2007, cap. III, p. 53-66; cap. V. 102-137.
______; TEIXEIRA, Sergio Grein. Portos e Meio Ambiente. São Paulo:
Aduaneiras, 2002, cap. 2, p. 44 - 74; cap. 3, 113-122.
ROBLES, Léo Tadeu. Organização e estrutura portuária. Rio de Janeiro:
SESES, 2016.
VIEIRA, Guilherme Bergmann Borges. Transporte Internacional de
Cargas. São Paulo: Aduaneiras, 2001, cap 2, p. 17-24, 71-77, 89-95
Próximos Passos
Lei 8.630/93 - Lei de Modernização dos Portos Brasileiros;
Lei 12.815/2013 - Nova Lei dos Portos;
O trabalho portuário no Brasil.
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Explore Mais
Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto.
Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos
recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
Conheça a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP)
<http://www.abtp.org.br> .
Disciplina: Estrutura Portuária e Transporte Marítimo Internacional
Aula 3: Legislação portuária
Apresentação
A legislação e regulamentação da atividade portuária no Brasil tem seguido o princípio da
participação do Governo Federal, com base no que a Constituição Federal de 1988 dispõe sobre
a infraestrutura de transportes e a portuária.
Nesta aula, apresentaremos a evolução da legislação sobre a atividade portuária com ênfase nos
principais marcos (Lei 8.630/93 — Modernização dos Portos Brasileiros e Lei 12.815/13 — A
Nova Lei dos Portos).
Na sequência, discorreremos sobre as categorias de Trabalhadores Portuários e suas
respectivas funções, bem como sobre as atividades dos diversos órgãos públicos que atuam
nos portos brasileiros.
Por fim, estudaremos as atividades de cada um dos agentes econômicos privados que
desenvolvem serviços nos portos brasileiros.
Objetivos
Identificar os principais marcos e dispositivos legais relacionados à atividade, gestão e
operação de portos e terminais portuários;
Definir as atribuições de cada interveniente nas atividades portuárias;
Analisar as peculiaridades do trabalho portuário.
Histórico
Iniciaremos nossa aula conhecendo a evolução histórica do contexto legal-institucional
do setor portuário brasileiro:
1960
Na década de 60 surgem as primeiras Cias. Docas.
1967
Surge o MT
1975
A atividade portuária era regulamentada pelo Departamento Nacional dos Portos e Vias
Navegáveis (DNPVN) e administrado pelos Estados ou por empresas concessionárias
quando, por meio da Lei nº 6.222, de 1975, foi criada a Portobras, empresa pública com
a finalidade de construir, administrar e explorar os portos e as vias navegáveis interiores,
exercendo a fiscalização sobre tais atividades.
1990
Em abril de 1990, com a promulgação da Lei nº 8.029, o governo dissolveu a Portobras e
criou o Departamento Nacional de Transporte Aquaviário (DNTA), em uma tentativa de
reestruturar o setor sob a ótica da descentralização. O ano também foi marcado pela
extinção do MT e criação do MINFRA.
1992
Extinção do MINFRA e criação do MTC.
1993
Em 25 de fevereiro de 1993, a Lei nº 8.630, conhecida como Lei dos Portos, deu início ao
processo de modernização da estrutura portuária. Fez parte desse processo a criação
da nova estrutura organizacional para portos públicos com o surgimento do Órgão
Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário (OGMO) e do Conselho de Autoridade
Portuária (CAP) e da Autoridade Portuária (AP).
1995
Criação da Lei 3.937/95, conhecida como a Lei das concessões e permissões.
2001
Por meio da lei 10.233/01, foi criada a Agência Nacional de Transporte Aquaviário
(ANTAQ) para regular e fiscalizar as atividades portuárias. O ano também marcou a
criação do CONIT, DNIT e ANTT.
2002
A Resolução 55 - ANTAQ regulamenta a exploração de Porto Público na forma de
arrendamentos.
2005
A Resolução 517 - ANTAQ regulamenta a exploração de Terminal de Uso Privativo (TUP).
2007
Com a Lei nº 11.518, foi criada a Secretaria Especial de Portos da Presidência da
República (SEP/PR), para assessorar direta e imediatamente o Presidente da República.
2008
Com o Decreto 6.620, foi regulamenta a operação de carga de terceiros e outorgas para
exploração de Terminais e Portos Públicos.
2010
A Resolução 1.660 - ANTAQ regulamenta a exploração de TUP, substituindo a Resolução
517.
2011
A Resolução 2.240 - ANTAQ regulamenta os arrendamentos.
2013
A Lei 12.815 (Nova Lei dos Portos) substituiu a Lei 8.630/93, revogando o Decreto
6.620/08, extinguindo a diferenciação entre carga própria e de terceiros.
 Fonte: Shutterstock.
O que diz a Carta Magna?
Segundo o Art. 21 da Constituição Federal de 1988, compete à União explorar
diretamente ou mediante autorização, permissão ou concessão os portos e os serviços
de transporte aquaviário.
O da Constituição incumbe ao Poder Público a prestação de serviços públicos.
Veja o organograma atual do setor de transporte no Brasil:
 Fonte: Robles, 2016.
O setor portuário brasileiro atualmente, a exemplo de outros setores e de outros países,
encontra-se em uma situação mista, em que a operação privada sob regulamentação
pública é realizada em regime de autorização ou arrendamento por meio de contratos
com prazos determinados e adjudicados por licitação.

Saiba mais
As principais transformações no setor e que persistem até hoje foram as
introduzidas pela Lei 8.630/93
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8630.htm> , discutida e promulgada na
estratégia governamental de redução da atuação do Estado na economia brasileira
em um contexto de crise e inflação alta.
1
2
Lei de Modernização dos Portos — Lei
8.630/93
Em 25 de Fevereiro de 1993, o Presidente da República sancionou a Lei 8.630, também
chamada de Lei de Modernização dos Portos que, além de outras providências,
dispunha sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das
instalações portuárias.
De acordo com Art. 1º da Lei 8.630/93, cabia à União explorar, diretamente ou mediante
concessão, o Porto Organizado, aquele construído e aparelhado para atender as
necessidades da navegação, da movimentação de passageiros ou da movimentação e
armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e
operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária.
Nova Lei dos Portos — Lei 12.815/13
A Nova Lei dos Portos substituiu a Lei 8.630/93 e revogou o Decreto 6.620/08,
extinguindo a diferenciação entre carga própria e de terceiros.
A Lei 12.815/2013 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/l12815.htm> , composta por 76 artigos, se divide em nove capítulos, a
saber:
Capítulo 1
De�nições e objetivos
Art. 1º ao 3º
Capítulo 2
Exploração dos portos e instalações portuárias
Art. 4º ao 15
Capítulo 3
Poder concedente
Art. 16
Capítulo 4
Administração do porto organizado
Art. 17 ao 24
Capítulo 5
Operação portuária
Art. 25 ao 31
Capítulo 6
Trabalho portuário
Art. 32 ao 45
Capítulo 7
Infrações e penalidades
Art. 46 ao 52
Capítulo 8
Programa nacional de dragagem portuária e hidroviária II
Art. 53 ao 55
Capítulo 9
Disposições �nais e transitórias
Art. 55 ao 76
O estudo da organização e da estrutura portuária no Brasil deve partir de conceitos
básicos que fizeram parte da Lei 8.630/93 e foram ratificados pela Lei 12.815/13, como:
Operação Portuária
A de movimentação de passageiros ou a de movimentação ou armazenagem de
mercadorias, destinados ou provenientes de transporte aquaviário, realizada no
porto organizado por operadores portuários.
Operador PortuárioA pessoa jurídica pré-qualificada para a execução de operação portuária na área
do porto organizado.
Porto Organizado
Bem público construído e aparelhado para atender a necessidades de navegação,
de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de
mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de
autoridade portuária.
Área do Porto Organizado
Área delimitada por ato do Poder Executivo que compreende as instalações
portuárias e a infraestrutura de proteção e de acesso ao porto organizado. Essa
área é também conhecida como poligonal do porto, sendo que a lei exige que seja
delimitada por ato do Poder Executivo.
Instalação Portuária de Uso Privativo
A explorada por pessoa jurídica de direito público ou privado, dentro ou fora da
área do porto, utilizada na movimentação de passageiros ou na movimentação ou
armazenagem de mercadorias, destinados ou provenientes de transporte
aquaviário.
Estação de Transbordo de Cargas
A situada fora da área do porto, utilizada, exclusivamente, para operação de
transbordo de cargas, destinadas ou provenientes da navegação interior.
Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte
A destinada às operações portuárias de movimentação de passageiros, de
mercadorias ou ambas, destinadas ou provenientes do transporte de navegação
interior.
Autoridades
As autoridades exercem suas funções no porto organizado, de forma integrada e
harmônica. São elas:
Autoridade Portuária (AP)
Entidade responsável pela administração do porto organizado por delegação ou
concessão da União. (Artigo 17 da Lei 12.815/13).
As Companhias Docas, empresas públicas estaduais, por delegação do Ministério dos
Transportes, assumem o papel de autoridade portuária nos portos de seus respectivos
estados.
Autoridade Aduaneira
A entrada ou saída de mercadorias procedentes ou destinadas ao exterior somente
poderá ser efetuada em portos ou terminais alfandegados; a administração aduaneira
nos portos organizados será exercida nos termos de legislação especí�ca .
Autoridade Marítima
A Autoridade Marítima é exercida pela Marinha do Brasil com o propósito de assegurar a
segurança da navegação, no mar aberto e em hidrovias interiores, a salvaguarda da vida
humana, e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas
ou suas instalações de apoio.
3
Autoridade Sanitária e de Saúde
Cuida da saúde humana e suas ameaças. A Autoridade Sanitária e de saúde é exercida
pela ANVISA.
Autoridade de Polícia Marítima
A Autoridade de Polícia Marítima é exercida pelo Serviço de Polícia Marítima, Aérea e de
Fronteira, e também pela Polícia Federal, do Ministério da Justiça, nos termos da
legislação específica.

Saiba mais
Conheça o organograma da estrutura da Autoridade Marítima.
Atividade
1. Representante legal do país, responsável pelo ordenamento e pela
regulamentação das atividades da Marinha Mercante, com o propósito de
assegurar a salvaguarda da vida humana, a segurança da navegação, no mar
aberto e hidrovias interiores, e a prevenção da poluição ambiental por parte de
embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio:
 a) Autoridade Marítima.
 b) Autoridade Aduaneira.
 c) Autoridade de Saúde.
 d) Autoridade Sanitária.
 e) Autoridade de Polícia Marítima.
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA)
Os animais, vegetais, produtos e insumos agropecuários que transitam pelos portos
brasileiros são fiscalizados e controlados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento com o objetivo de cuidar da saúde animal e vegetal e das suas ameaças,
e garantir a conformidade dos insumos agropecuários que circulam pelos portos.
O MAPA é responsável, também, por inspecionar atividades que envolvam organismos
geneticamente modificados e pelo controle de resíduos contaminantes.
O desembarque de qualquer produto animal ou vegetal depende da autorização da
Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), que mantém postos nos portos
brasileiros.
Conheça Porto e suas interfaces:
Modalidades de Exploração Portuária
A exploração da instalação portuária será feita sob uma das seguintes modalidades:
Uso público
Uso privativo
Tipos de uso privativo
Exclusivo
Para movimentação de carga própria.
Misto
Para movimentação de carga própria e de terceiros.
De turismo
Para movimentação de passageiros.
Estação de transbordo de cargas
Administração do Porto Organizado
Em cada porto organizado ou no âmbito de cada concessão deve ser instituído um
Conselho de Autoridade Portuária (CAP), a quem competirá, entre outras:
1. Baixar o regulamento de exploração;
2. Homologar o horário de funcionamento do porto;
3. Promover a racionalização e a otimização do uso das instalações portuárias;
4. Desenvolver mecanismos para atração de cargas;
5. Homologar os valores das tarifas portuárias;
6. Aprovar o plano de desenvolvimento e zoneamento do porto.
Conselho da Autoridade Portuária (CAP)
O CAP foi criado pela Lei 8.630/93, e com a Lei 12.815/13 tornou-se um órgão
consultivo da Administração do Porto, sendo preservado seu objetivo principal de abrir o
setor portuário à participação da sociedade permitindo que, na área do porto
organizado, os diversos segmentos ligados aos serviços e as atividades aquaviárias se
tornem participes das decisões relativas ao desenvolvimento da atividade portuária. A
retomada pelo CAP de funções mais efetivas e uma das discussões que se apresentam
no setor.
Constituição do CAP
A Lei 12.815/2013 estabelece que o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) deve ser
composto por representantes da AP, dos sindicatos e dos usuários, conforme a seguinte
distribuição das vagas (proporção):
50% 25% 25%
50% Representantes do poder público;
25% Representantes da classe empresarial;
25% Representantes da classe trabalhadora.
Essa é uma questão polêmica da Lei, pois alterou o papel do CAP nos portos públicos,
que até então tinham uma função mais ampla, inclusive a de aprovar os PDZs e as
tabelas de tarifas e de seus reajustes.
Outra condição definida na Lei 12.815/2013 é a subordinação à Secretaria de Portos,
que atua como holding das Autoridades Portuárias, as quais, por sua vez, se constituem
nas Companhias Docas, denominação que teve origem nas primeiras concessões
portuárias no país, assinadas pelo Imperador D. Pedro II.
Dessa forma, a AP atua como proprietária das instalações portuárias , bem como da
infraestrutura de proteção e acesso aquaviário ao porto.
d i i ã d i d
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5
Administração do Porto Organizado
De acordo com o Art. 17 da Lei 12.815/136 , a administração do porto é exercida
diretamente pela União, pela delegatária ou pela entidade concessionária do porto
organizado.
Operador Portuário
É a pessoa jurídica pré-qualificada para exercer as atividades de movimentação de
passageiros ou movimentação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou
provenientes de transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado.
6
Em alguns casos específicos previstos no Art. 28 da Lei 12.815/13 , é dispensável a
intervenção de operadores portuários nas operações portuárias.

Atenção
Os operadores portuários, devem constituir, em cada porto organizado, um órgão
de gestão de mão de obra do trabalho portuário.
Gestão de Mão de Obra do Trabalho
Portuário
A Lei 8.630/93 inovou a ordenação do trabalho portuário com o conceito e a figura do
Órgão de Gestão de Mão de Obra (OGMO) nos portos organizados, excluindo a
necessidade de mão de obra cativa em períodos de ociosidade operacional dos
terminais portuários.
Os OGMOS fornecem os trabalhadores requisitados pelos Operadores Portuários por
meio dos Sindicatos. O OGMO continua com suas atribuições (Artigos 32 e 33 da Lei
12.815/13), passando a ter, além da responsabilidade solidária com o operador
portuário pela remuneraçãodos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs), as referentes
indenizações decorrentes de acidentes de trabalho.

Saiba mais
Leia os artigos da Lei 12.815/13 <galeria/aula3/docs/a03_doc2.pdf> que tratam
sobre esse assunto.
7
Trabalho Portuário
Os serviços especificados na Lei 12.815/13 (Artigo 40) são:
Capatazia
A atividade de movimentação de mercadorias nas instalações de uso público,
compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes
para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o
carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento
portuário.
Estiva
A atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das
embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e
despeação, bem como o carregamento e a descarga das mesmas, quando realizados
com equipamentos de bordo.
Conferência de Carga
A contagem de volumes, anotação de suas características, procedência ou destino,
verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do
manifesto, e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de
embarcações.
Conserto de Carga
O reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas operações de
carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação,
carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição.
Vigilância de Embarcações
A atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações
atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nos
portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação.
Bloco
A atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques,
incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços
correlatos.

Atenção
Art 40 VI §2º: A contratação de trabalhadores portuários de estiva, conferência de
carga,  conserto de carga e vigilância de embarcações com vínculo empregatício a
prazo indeterminado será feita exclusivamente dentre os trabalhadores portuários
avulsos registrados.
Fonte: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ _ato2011-2014/ 2013/ lei/
l12815.htm <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/l12815.htm> >
É facultado aos titulares de instalações portuárias de uso privativo a contratação
de trabalhadores a prazo indeterminado, observado o disposto no contrato,
convenção ou acordo coletivo de trabalho das respectivas categorias econômicas
preponderantes.
Atividade
2. O Órgão de Gestão de Mão de Obra do trabalho portuário tem como uma de
suas finalidades:
 a) Assegurar, ao comércio e à navegação, o gozo das vantagens decorrentes do
melhoramento e aparelhamento do porto.
 b) Desenvolver mecanismos para atração de cargas.
 c) Manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do
trabalhador portuário avulso.
 d) Pré-qualificar os operadores portuários.
 e) Cuidar da saúde humana e suas ameaças na jurisdição dos portos.
Agentes Econômicos Privados
Praticagem do porto
Serviço exercido por pessoal técnico especializado, com grande conhecimento
marítimo e náutico, além de total domínio da região, no porto em que atuam e nos
canais de navegação. Orientam os comandantes de navios nas manobras de
entrada e saída dos portos e passagens pelos canais de navegação.
Esses serviços são considerados críticos para a navegação nas áreas portuária,
não só pelo conhecimento e responsabilidades técnicas dos práticos, como
também, pela exigência das empresas seguradoras e costumam representar
custos significativos para os armadores.
Serviços de rebocadores
Serviços destinados ao auxílio às manobras em bacias de evolução e nos canais
de acesso e na atracação e desatracação das embarcações, por rebocadores que
são embarcações dotadas de motores de grande potência. Também atuam nos
serviços de rebocagem de navios nos portos, alto mar e em salvamentos.
Agentes marítimos
Utilizando tecnologia disponível e empregando pessoal altamente qualificado, as
Agências de Navegação Marítima contribuem para o sucesso comercial de seus
Armadores no Brasil. O Agente é o elo indispensável na cadeia de comunicação
entre o Armador e diversos personagens que interagem com o navio quando este
chega a um porto nacional, tais como exportadores, importadores, empresas de
transportes e armazenagem, despachantes aduaneiros, os terminais de
contêineres e os operadores portuários, e outros.
Sindicatos de trabalhadores portuários
As movimentações de cargas nos navios (embarque, estiva e descarga) são feitas
por pessoas devidamente sindicalizadas e filiadas ao OGMO:
Sindicato dos Conferentes;
Sindicato dos Estivadores;
Sindicato dos Bloquistas;
Sindicato dos Consertadores;
Sindicato dos Vigias.
Estaleiros e o�cinas de reparos navais
Lugar onde se constroem ou se consertam navios. No estaleiro também se pode
converter uma embarcação de um tipo em outra, com finalidade diferente como de
cargueiro a navio de passageiros, por exemplo.
Regulação e Fiscalização
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
Para exercer algumas funções da União nos portos, além do Ministério dos Transportes,
foi criada pela Lei nº 10.233/01 a Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(ANTAQ), entidade integrante da Administração Federal indireta, submetida ao regime
autárquico especial, caracterizada por independência administrativa, autonomia
funcional e mandato fixo de seus dirigentes, vinculada ao Ministério dos Transportes,
para regular e fiscalizar as atividades portuárias no âmbito federal.
Ao DNIT cabe a execução de investimentos nos portos, realizados com recursos
advindos do Orçamento da União. Deve, também, estabelecer padrões, normas e
especificações técnicas para elaboração de projetos e execução de obras, assim como
para os programas de segurança operacional, manutenção ou conservação e
restauração de terminais e instalações.

Saiba mais
Em 2007, na Lei nº 11.518 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11518.htm>  foi criada a Secretaria Especial de Portos da
Presidência da República (SEP/PR) para assessorar direta e imediatamente o
Presidente da República.
Competências da SEP:
Formular políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor
de portos e terminais portuários marítimos; 
 
Promover a execução e a avaliação de medidas, programas e projetos de
apoio ao desenvolvimento da infraestrutura e da superestrutura dos portos e
terminais portuários marítimos, bem como dos outorgados às companhias
docas.
Infrações e Penalidades
Constitui infração toda a ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe:
Na realização de operações portuárias com infringência ao disposto nesta lei ou com
inobservância dos regulamentos do porto.
Na recusa, por parte do órgão de gestão de mão de obra, da distribuição de
trabalhadores a qualquer operador portuário, de forma não justificada.
Na utilização de terrenos, área, equipamentos e instalações localizadas na área do
porto, com desvio de finalidade ou com desrespeito à lei ou aos regulamentos.
Responde pela infração, conjunta ou isoladamente, qualquer pessoa física ou jurídica
que, intervindo na operação portuária, concorra para a sua prática ou dela se beneficie.
As infrações estão sujeitas às seguintes penas, aplicáveis separada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade da falta:
1. Advertência;
2. Multa;
3. Proibição de ingresso na área do porto por período de trinta a cento e oitenta dias;
4. Suspensão da atividade de operador portuário, pelo período de trinta a cento e
oitenta dias;
5. Cancelamento do credenciamento do operador portuário.
Atividade
3. Entre as opções a seguir, assinale a que não contempla uma atividade decompetência do Conselho de Autoridade Portuária (CAP).
 a) Baixar o regulamento de exploração.
 b) Homologar o horário de funcionamento do porto.
 c) Promover a racionalização e a otimização do uso das instalações portuárias.
 d) Homologar os valores das tarifas portuárias.
 e) Proceder ao despacho aduaneiro na importação e na exportação.
4. À atividade de movimentação de mercadorias nas instalações de uso público,
compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de
volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem
como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por
aparelhamento portuário, denominamos:
 a) Estiva.
 b) Capatazia.
 c) Conferência de carga.
 d) Bloco.
 e) Vigilância de embarcações.
5. Entidade integrante da Administração Federal indireta, vinculada ao Ministério
dos Transportes, criada para, entre outras atribuições, estabelecer normas e
padrões a serem observados pelas autoridades portuárias:
 a) CAP.
 b) DNIT.
 c) OGMO.
 d) ANTAQ.
 e) ANVISA.
Notas
Art. 21 1
Compete à União:
...
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a)...;
b)...;
c)...;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras acionais,
ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) ...;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;...”
Fonte: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ constituicao/ constituicaocompilado.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> >
Art. 175 
Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de  concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – O regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – Os direitos dos usuários;
III – Política tarifária;
IV – A obrigação de manter serviço adequado”.
Fonte: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ constituicao/ constituicaocompilado.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> >
legislação especí�ca 
Lei 12815 — art. 24
2
3
“Compete ao Ministério da Fazenda, por intermédio das repartições aduaneiras, entre outras:
I. cumprir e fazer cumprir a legislação que regula a entrada, a permanência e a saída de
quaisquer bens ou mercadorias do País;
II. fiscalizar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos, unidades
de carga e mercadorias, sem prejuízo das atribuições das outras autoridades no porto;
III. exercer a vigilância aduaneira e promover a repressão ao contrabando, ao descaminho e ao
tráfego de drogas, sem prejuízo das atribuições de outros órgãos;
IV. arrecadar os tributos incidentes sobre o comércio exterior;
V. proceder ao despacho aduaneiro na importação e na exportação;...”
Instalações portuárias 
Ancoradouros, docas, cais, pontes e píeres de atracação e acostagem, terrenos, armazéns,
edificações e vias de circulação interna.
Infraestrutura de proteção e acesso 
Guias-correntes, quebra-mares, eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio.
Infraestrutura de proteção e acesso 
“Compete à administração do porto organizado, denominada autoridade  portuária:
I. cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de concessão;
III. pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas estabelecidas pelo poder
concedente;
IV. arrecadar os valores das tarifas relativas às suas atividades;
VI. fiscalizar a operação portuária;
X. suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento do porto, com as devidas
ressalvas;
XIII. prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de autoridade portuária e ao órgão de
gestão de mão de obra; e.
4
5
6
estabelecer o horário de funcionamento do porto, observadas as diretrizes da Secretaria XIV. de
Portos da Presidência da República (SEP), e as jornadas de trabalho no cais de uso público.”
Fonte: http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ _ato2011-2014/ 2013/ lei/ l12815.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12815.htm> >
Lei 12.815/138 Art. 26 
O operador portuário responderá perante:
I - a administração do porto pelos danos culposamente causados à infraestrutura, às
instalações e ao equipamento de que a administração do porto seja titular, que se encontre a seu
serviço ou sob sua guarda;
II - o proprietário ou consignatário da mercadoria pelas perdas e danos que ocorrerem durante
as operações que realizar ou em decorrência delas;
III - o armador pelas avarias ocorridas na embarcação ou na mercadoria dada a transporte;
IV - o trabalhador portuário pela remuneração dos serviços prestados e respectivos encargos;
V - o órgão local de gestão de mão de obra do trabalho avulso pelas contribuições não
recolhidas;
VI - os órgãos competentes pelo recolhimento dos tributos incidentes sobre o trabalho portuário
avulso;
VII - a autoridade aduaneira pelas mercadorias sujeitas a controle aduaneiro, no período em que
lhe estejam confiadas.
Fonte: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/ _ato2011-2014/ 2013/ lei/ l12815.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12815.htm> >
Referências
ANTAQ. Agência Nacional de Transportes Aquaviários. 2018. Disponível em: <http://
www.antaq.gov.br/ Portal/ Default.asp <http://www.antaq.gov.br/Portal/Default.asp> >. Acesso
em: 25 mai. 200218.
_______________.2015b. Trabalhador Portuário. Disponível em: <http://
www.portosdobrasil.gov.br/ assuntos-1/ trabalhador
<http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/trabalhador> >. Acesso em: 25 mai. 200218.
7
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos. Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ ccivil_03/
constituicao/ constituicao.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> >. Acesso em: 25 mai.
200218.
___________. Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Diário Oficial da União, DF, pp. 2351.
Acesso em: 25 mai. 200218.
___________. Lei 10.233 de 5 de junho de 2001. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/
ccivil_03/ leis/ LEIS_2001/ L10233.htm
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm> >. Acesso em: 25 mai.
200218.
______________. Lei 11.518 de 5 de setembro de 2007. Disponível em: <
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LACERDA, S. M. Investimentos nos portos brasileiros: Oportunidades

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