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Assistência de Enfermagem no Planejamento Reprodutivo Disciplina: Ensino Clínico em S. da Mulher Teórico Profa. Msc. Isabelle Braga • Propiciar discussão sobre os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e homens considerando aspectos sociais e culturais com vista ao exercício da cidadania. • Conhecer os métodos contraceptivos, suas indicações e contra-indicações. • Refletir sobre as atribuições do profissional Enfermeiro no planejamento reprodutivo. OBJETIVOS DA AULA: O que são Direitos Sexuais e Reprodutivos? Direitos Reprodutivos • Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas. • Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos. • Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação , imposição e violência. O que são Direitos Sexuais e reprodutivos? Direitos Sexuais • Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do(a) parceiro(a). • Direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual. • Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças. • Direito de viver a sexualidade independentemente de estado civil, idade ou condição física. • Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual. O que são Direitos Sexuais e reprodutivos? Direitos Sexuais • Direito de expressar livremente sua orientação sexual: heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, entre outras. • Direito de ter relação sexual independente da reprodução. • Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS. • Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e atendimento de qualidade e sem discriminação. • Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva. • Art. 226 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988: “§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, , competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.” • Lei n.º 9.263, de 12 de janeiro de 1996: “Art. 3.º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral à saúde.” “Art. 4.º O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade.” Aspectos Legais do Planejamento Familiar “Art. 9.º Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção. Parágrafo único. A prescrição a que se refere o caput só poderá ocorrer mediante avaliação e acompanhamento clínico e com informação sobre os seus riscos, vantagens, desvantagens e eficácia.” Critérios Clínicos de Elegibilidade - Os Critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos anticoncepcionais foram desenvolvidos pela OMS com o objetivo de auxiliar os profissionais de saúde na orientação das usuárias (os) de métodos anticoncepcionais. - Os Critérios médicos de elegibilidade não devem ser considerados norma restrita, mas sim recomendação, que pode ser adaptada às condições locais de cada País. Consistem em uma lista de condições das usuárias (os) que poderiam significar limitações para o uso dos diferentes métodos e as classificam em 4 categorias. Critérios Clínicos de Elegibilidade Categoria OMS Significado Categoria 1 O método pode ser utilizado sem restrições. Categoria 2 O método pode ser usado. As vantagens geralmente superam riscos possíveis ou comprovados. Pode ser necessário um acompanhamento mais rigoroso. Categoria 3 O método não deve ser usado, pois os riscos superam os benefícios. Deve ser o método de última escolha, e, caso seja escolhido, é necessário acompanhamento rigoroso. Categoria 4 O método não deve ser utilizado, pois apresenta um risco inaceitável. Critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos anticoncepcionais . Disponível em: http://www.who.int/reproductive- health/publications/mec/index.pt.html Política Nacional dos Direitos Sexuais e Reprodutivos (2005) • Diretrizes: - A ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis no SUS; - O incentivo à implementação de atividades educativas em saúde sexual e saúde reprodutiva para usuários(as) da rede SUS; - A capacitação dos profissionais da Atenção Básica em saúde sexual e saúde reprodutiva; - A ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária (laqueadura tubária e vasectomia) no SUS; - A implantação e implementação de redes integradas para atenção às mulheres e aos adolescentes em situação de violência doméstica e sexual; - A ampliação dos serviços de referência para a realização do aborto previsto em Lei e garantia de atenção humanizada e qualificada às mulheres em situação de abortamento, entre outras ações. • O planejamento reprodutivo, chamado também de planejamento familiar, designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual com e sem parcerias estáveis, bem como, aqueles e aquelas que se preparam para iniciar sua vida sexual. Planejamento Reprodutivo • Se baseia em ações clínicas, preventivas, educativas, oferta de informações e dos meios, métodos e técnicas para regulação da fecundidade; • Devem incluir e valorizar a participação Masculina. Planejamento Reprodutivo • Orientar sobre os métodos anticoncepcionais existentes e disponíveis na Atenção Básica. • Informar a eficácia de cada método, sua forma de uso e possíveis efeitos adversos. • Orientar sobre suas contraindicações diante de certos antecedentes clínicos e/ou ginecológicos. • Reforçar a importância do retorno para acompanhamento clínico conforme método em uso e disponibilidade da usuária. • Recomendar métodos de acordo com adequação e escolha informada da usuária, considerando fatores individuais e contexto de vida dos usuários(as) no momento da escolha do método. Planejamento Reprodutivo Atividades a serem desenvolvidas na atenção em saúde reprodutiva Na Atenção Básica, a atuação dos profissionais de saúde, no que se refere ao planejamento reprodutivo, envolve, principalmente, três tipos de atividades: • Aconselhamento • Atividades educativas • Atividades clínicas Aconselhamento • O aconselhamento é um diálogo baseado em uma relação de confiança entre o profissional de saúde e o indivíduo e/ou casal que visa proporcionar à pessoa condições para que avalie suas próprias vulnerabilidades, tome decisões sobre ter ou não filhos e sobre os recursos a serem utilizados para concretizar suas escolhas, considerando o que seja mais adequado à sua realidade e à prática do sexo seguro. Atividades Educativas • As atividades educativas são fundamentais para a qualidade da atenção prestada. Têm como objetivo oferecer às pessoas os conhecimentos necessários para a escolha livre e informada.Propicia a reflexão sobre os temas relacionados à sexualidade e à reprodução. Atividades Clínicas • As atividades clínicas, voltadas para a saúde sexual e a saúde reprodutiva, devem ser realizadas visando a promoção, a proteção e a recuperação da saúde. • As atividades clínicas devem incluir: - Anamnese. - Exame físico. - Identificação das necessidades individuais e/ou do casal, incentivando a livre expressão dos sentimentos e dúvidas quanto à sexualidade e à saúde reprodutiva. - Identificação de dificuldades quanto às relações sexuais ou de disfunção sexual. Atividades Clínicas - Ações de prevenção do câncer de próstata. Em homens com idade superior a 50 anos, recomenda-se a avaliação anual e realização de exames (Antígeno Prostático Específico – PSA e toque retal) para detecção precoce do câncer de próstata. - Orientações para a prevenção do câncer de pênis, incluindo recomendações para o autoexame, principalmente para homens com idade acima de 50 anos. - Ações de prevenção do câncer de colo de útero e de mama, com especial atenção para a orientação do autoexame das mamas e para a realização do exame preventivo do câncer de colo de útero. Atividades Clínicas - Atenção pré-natal e puerperal. - Atenção à saúde da mulher no climatério/menopausa. - Orientação para prevenção de IST/HIV/Aids, com incentivo à dupla proteção. - Orientação para a escolha dos recursos à concepção ou à anticoncepção, incentivando a participação ativa na decisão individual ou do casal. - Prescrição e oferta do método escolhido. - Acompanhamento da pessoa ou do casal. Métodos Contraceptivos para Planejamento Reprodutivo • Referem-se a método contraceptivo natural que não exija uso de hormônios, barreiras físicas ou cirúrgicas. Implicam modificações do comportamento sexual do casal. • Abstinência Sexual - Consiste em não ter relações por via vaginal durante o período fértil da mulher. - Vantagens: custo zero, protege contra IST´s. - Desvantagens: difícil adesão, decisão do casal. http://www.eb1-fogueteiro-n4.rcts.pt • Método do Muco Cervical ou Billings Usado para avaliar as características do muco cervical, o qual por ação hormonal sofre transformações ao longo do ciclo. • Dias secos: muco espesso e escasso; • Dias úmidos: muco fino, claro e abundante. Após o dia do ápice, esperar 4 dias para relações sexuais. • A presença do muco e sua modificação com sensação de molhado ou de umidade, sempre indica o começo do período fértil. • Método da Temperatura Corporal Basal (TCB) Este método baseia-se nas alterações que os hormônios femininos provocam na temperatura do corpo ao longo do ciclo menstrual (temperatura do corpo em repouso). A eficácia do método depende de seu uso correto e da cooperação de ambos os parceiros. Será maior se o casal não tiver relação sexual com penetração vaginal no período fértil. • Método da Temperatura Corporal Basal (TCB) • Antes da ovulação, a temperatura basal é um pouco mais baixa e permanece assim até a ovulação. Quando acontece a ovulação, a temperatura sobe alguns décimos de grau e permanece assim até a chegada da próxima menstruação. • Para usar este método, a partir do primeiro dia da menstruação, a mulher deve medir a temperatura do corpo pela manhã, antes de se levantar, e depois de dormir no mínimo cinco horas. Deve anotar as temperaturas num gráfico. • O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal no período de quatro a cinco dias antes da data prevista da ovulação até o quarto dia da temperatura basal alta. • Método Sintomatérmico Combinação dos métodos da tabela, do muco cervical, da temperatura basal e na observação de sinais e sintomas que indicam o período fértil da mulher. Os sinais e sintomas que indicam o período fértil são: dor ou aumento do abdome, sensação de peso e inchaço nas mamas, variações no humor e no desejo sexual, aumento de peso e do apetite. COMO USAR O MÉTODO: • Construir a tabela; • Observar e anotar diariamente as características do muco cervical, a temperatura corporal e os sintomas que aparecem; •O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações sexuais com penetração nos dias férteis determinados pela tabela, pelo muco cervical, pela elevação da temperatura do corpo e pelo aparecimento dos sinais e sintomas que indicam o período fértil; • As contra-indicações deste método são semelhantes aos demais métodos naturais. A principal desvantagem é que não protege das IST/AIDS. • Coito interrompido http://www.baixemuito.com Não deve ser recomendado como único método contraceptivo. Necessita de um autocontrole por parte do homem para que ele possa retirar o pênis da vagina na iminência da ejaculação e o sêmen ser depositado longe dos genitais femininos. • Atentar para o risco de gravidez e transmissão das ISTs/AIDS. • Método da Amenorréia da Lactação (LAM) A amamentação estimula a prolactina que inibe a gonadotropina necessária para ovulação. Critérios para utilização do método LAM: - Não tiver menstruação; - Amamentar com frequência e exclusivamente; - Menos de 6 meses de pós-parto Aumento da prolactina Inibição do hipotálamo na produção de GnRh Diminuição de LH Diminuição de FSH Amenorréia • Método do Colar Esse método identifica os dias 8º ao 19º do ciclo menstrual como férteis para aquelas mulheres com ciclos de 26 a 32 dias de duração. COMO USAR O MÉTODO: • O colar deve começar com uma conta de cor vermelha, que sinaliza o primeiro dia da menstruação. •Segue-se por seis contas de cor marrom, que indicam o período infértil do início do ciclo menstrual. • As contas de 8 a 19 são de cor branca, para sinalizar o período fértil. • A partir da 20ª até a 32ª, as contas são novamente de cor marrom, indicando o período infértil da segunda metade do ciclo menstrual. • Método da Tabelinha (Ogino-Knaus) • Baseia-se no cálculo do período fértil em mulheres que apresentam ciclos regulares. • Observar o ciclo menstrual no mínimo por seis meses; • Identificar se a mulher possui ciclo regular. Método do cálculo: A mulher deve anotar durante 6 meses, o primeiro dia de cada ciclo e sua duração: Método do cálculo: 34- 25= 9 (ciclo regular) - Para calcular o período fértil (período de abstinência sexual): - subtrair 18 do ciclo mais curto, obtendo o início do período fértil: 25- 18 = 7 - subtrair 11 do ciclo mais longo, obtendo o dia do fim do período fértil: 34- 11 = 23 Exemplo: • Em seguida, deve-se subtrair o ciclo mais longo do ciclo mais curto. 31 – 28 = 3 (método pode ser usado). • Para calcular o período fértil (período de abstinência sexual): - subtrair 18 do ciclo mais curto, obtendo o início do período fértil: 28-18=10 - subtrair 11 do ciclo mais longo, obtendo o dia do fim do período fértil: 31-11=20 Contra-Indicações para o método: - Ciclo menstruais irregulares, com variações superiores a dez dias; - Amenorréia; - Lactação; - Alterações psíquicas; - Mulheres de alto risco gestacional. • Impedem contato dos espermatozóides com o óvulo formando uma barreira (física ou química). • Preservativo Masculino - É uma capa fina de borracha que cobre o pênis durante a relação sexual, para impedir o contato do pênis com a vagina,com o ânus ou com a boca; - látex, poliuretano ou silicone; - Alguns condons são lubrificados com silicone ou lubrificantes à base de água e alguns são revestidos com espermicidas além do lubrificante. - Evita o encontro do espermatozóide com o óvulo. Eficácia estimada em 90- 95% na prevenção da transmissão do HIV. • Vídeo: como colocar o preservativo masculino • Preservativo Feminino É uma capa fina de borracha que reveste a vagina durante a relação sexual para impedir o contato da vagina com o pênis ou com a boca; - Descartável; - Pode ser colocada até 8 horas antes da relação; - Poliuretano. • Vantagens: É um método controlado pela mulher. A camisinha feminina dá maior autonomia à mulher sobre o seu corpo e sua vida sexual, quando as mulheres têm dificuldade de negociar o uso da camisinha masculina com o parceiro. • Planejado para prevenir tanto a gravidez quanto as ISTs. • Parece não haver condições clínicas que limitem o seu uso. • É confortável, tanto para o homem quanto para a mulher. • É inserido antes da relação sexual, provocando menos interrupções do ato sexual. Pode ser colocado na vagina imediatamente antes da penetração ou até oito horas antes da relação sexual. • Não precisa ser retirado imediatamente após a ejaculação. • Vídeo: como colocar o preservativo feminino • Diafragma - É uma capa flexível de borracha ou de silicone, com uma borda em forma de anel, que é colocada na vagina para cobrir o colo do útero. - Tem tamanho variável, deve ser ajustado pelo médico e tem durabilidade de 2 anos. - Uma das vantagens do diafragma é sua discrição. Só você sabe que está usando. - Pode ser inserido até 4 horas antes da relação e deve permanecer por no mínimo 6 horas após. - Os índices de falha podem ir até 23%. - Funciona por meio de um bloqueio que impede o espermatozóide de entrar no cérvix; o espermicida mata os espermatozóides ou os torna inativos. Ambos impedem que o espermatozóide encontre um óvulo. - Contra-indicações: - Mulheres que nunca tiveram relações sexuais; - Casos de cistocele ou rutura de períneo; - Posição anormal do útero; - Infecções urinárias de repetição; - Alterações cognitivas; - Infecções vaginais; - Hipersensibilidade a espermicidas. • Espermicidas Substância química que recobre a vagina e o colo do útero, impedindo a penetração dos espermatozoides no útero, imobilizando-os ou destruindo-os; - No Brasil a substância usada é o Nonoxinol-9 (N-9). - Para cada tipo de espermicida há uma utilização diferente: • COMPRIMIDOS E ÓVULOS: devem ser colocados na vagina 15 minutos antes do início da relação. • GELÉIAS, CREME E ESPUMA: precisam de menos ou nenhum tempo de espera. • Espermicidas - É mais eficaz quando utilizado com o capuz ou diafragma. - Devem ser colocados antes de cada relação e podem chegar a interferir na relação por causa da mudança de cheiro ou umidade. - Podem causar irritação na vagina ou no pênis. • Capuz cervical São menores que o diafragma e cobre apenas a cérvice. podem ser inseridos até 24 horas antes da relação e permanecer por 48h. Confere em torno de 83% de proteção contraceptiva. O capuz cervical funciona bloqueando a entrada do espermatozóide na cérvix; os espermicidas matam os espermatozóides ou os tornam inativos. Ambos impedem o encontro dos espermatozóides com o óvulo. • Capuz cervical • CUIDADOS: - Encher um terço da cúpula do capuz com geléia ou creme espermicida; - Inserir na vagina de forma que ele cubra a cérvice. - Não remover o capuz por pelo menos 6 a 8 horas após ter mantido relação sexual. - O capuz pode permanecer no interior da vagina por até 48 horas. Podendo a mulher manter relações sexuais mais de uma vez sem remover o capuz. Deve-se aplicar mais espermicida para maior segurança. - Não deixe o capuz na cérvice por períodos mais longos que 48 horas. Vantagens: - Ciclo menstrual regular; - Menor sangramento; - Diminuição da frequência e intensidade das cólicas; - Rápido retorno à fertilização. • Anticoncepcionais orais Mecanismos de ação: inibem o eixo hipotálamo-hipófise- ovário, inibindo a ovulação, promovendo atrofia do endométrio, diminuição da motilidade das tubas e espessando o muco cervical. • Eficácia: 6 a 8 gravidezes por 100 mulheres/ano, no primeiro ano; • Tipos de Pílulas: - Combinadas (Estrogênio e Progestogênio): Monofásicas, Bifásicas e Trifásicas; - Apenas com Progestogênio (Minipílula): Acetato de noretisterona (NORESTIN), levonorgestrel e desogestrel, etc. • Anticoncepcionais orais ANTICONCEPCIONAIS ORAIS combinados ESTROGÊNIO PROGESTOGÊNIO Pílulas Monofásicas - A dose dos esteróides é a mesma nos 21 ou 22 comprimidos ativos da cartela; - 21 ou 22 comprimidos ativos ou em cartelas com 28 comprimidos, sendo 21 ou 22 comprimidos ativos, que contêm hormônios, seguidos de 6 ou 7 comprimidos de placebo, de cor diferente, que não contêm hormônios. Pílulas Bifásicas - Dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os mesmos hormônios, mas em proporções diferentes. - Devem ser tomadas na ordem indicada na embalagem. Pílulas Trifásicas - Três tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os mesmos hormônios, mas em proporções diferentes. - Devem ser tomadas na ordem indicada na embalagem. ANTICONCEPCIONAIS ORAIS combinados ESTROGÊNIO PROGESTOGÊNIO ETINILESTRADIOL menos de 0,03 mg - MS: baixa dosagem . ETINILESTRADIOL mais de 0,03 mg - MS: média dosagem. Selene, Triquilar Ciclo 21 Alguns exemplos de anticoncepcionais orais... - No primeiro mês de uso, ingerir o primeiro comprimido no 10 dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 50 dia. - A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o término da cartela, preferencialmente no mesmo horário. - Se a cartela for de 21 comprimidos, fazer pausa de sete dias e iniciar nova cartela no 80 dia. Algumas cartelas possuem 28 comprimidos, porém, alguns são placebos ou vitaminas. Modo de Uso Em caso de esquecimento 1 pílula Tomar a pílula imediatamente Esqueceu uma ou duas pílulas ou atrasou o início da nova cartela em um ou dois dias Tomar uma pílula de imediato e tomar a pílula seguinte no horário regular. Nesses casos, o risco de gravidez é muito baixo. Em caso de esquecimento Esqueceu de tomar 3 ou mais pílulas - Tomar uma pílula de imediato e utilizar outro método contraceptivo de apoio por sete dias. - Caso a usuária tenha tido relações sexuais nos últimos cinco dias, avaliar necessidade de uso do anticoncepcional de emergência. Em caso de vômito Se vomitar nas primeiras duas horas após tomar o AOC, pode tomar outra pílula assim que possível. MINIPÍLULA • O uso da minipílula pelas mulheres que estão amamentando deve ser iniciado 6 semanas após o parto; • O uso da minipílula é contínuo, sem intervalo entre uma cartela e outra. Mesmo durante a menstruação a mulher deve continuar tomando a minipílula; • É considerada muito eficaz durante a amamentação. Nesse período a mulher está menos fértil porque os hormônios que promovem a lactação bloqueiam a ovulação; •Sua ação envolve espessamento do muco cervical e inibição da implantação do embrião no endométrio Como usar? • Pós-parto: - Em aleitamento: a partir de 6 semanas; -Sem aleitamento: iniciar imediatamente. • Outras mulheres: no 1º dia do ciclo: - Tomar 1 pílula ao dia, no mesmo horário; - Não é necessário intervalo entre cartelas. Alguns fabricantes orientam a utilização de um método adicional nos primeiros 14 dias de uso da pílula. NORETISTERONA: 35 COMPRIMIDOS Efeitos adversos dos anticoncepcionais orais: • Alterações de humor, como depressão e menor interesse sexual, que são pouco comuns. • Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico (mais comum nos três primeiros meses). • Cefaléia leve. • Leve ganho de peso. • Nervosismo. • Acne • Tonteira. • Mastalgia. • Alterações do ciclo menstrual: manchas ou sangramentos nos intervalos entre as menstruações, especialmente quando a mulher se esquece de tomar a pílula ou toma tardiamente (mais comum nos três primeiros meses), e amenorréia. Benefícios não contraceptivos das pílulas combinadas • Regularização dos ciclos menstruais; • Redução da duração e a quantidade do fluxo menstrual; • Auxílio na prevenção e controle de anemia ferropriva; • Diminuição da frequência e intensidade das cólicas menstruais; • Redução do risco de : – prenhez ectópica – câncer de ovário e de endométrio – cistos de ovário – doenças benignas das mamas – doença inflamatória pélvica aguda Contra-indicações absolutas às pílulas combinadas (classe 4 da OMS) • Amamentação (até 6 semanas pós parto); • Fumante com mais 35 anos; • Doença tromboembólica; • Doença hepática ativa ou tumores hepáticos; • Doença cardiovascular: insuficiência coronariana, acidente vascular cerebral; • Hipertensão arterial com níveis >180/110mmHg; • Diabetes há mais de 20 anos; • Enxaqueca; • Cardiopatia valvar complicada; • Câncer de mama; • No pré-operatório de cirurgia de grande porte com imobilização prolongada. Contra-indicações relativas – situações que requerem precaução (classe 3 da OMS) • Os contraceptivos orais combinados devem ser usados como última opção nas seguintes situações: – Até três semanas após o parto, em mulheres que não estão amamentando; – Antecedente de câncer de mama; – Doença sintomática da vesícula biliar; – Hipertensão arterial com níveis entre 160/100 e 180/110mmHg; – Uso de anticonvulsivantes ou rifampicina. Situações que requerem orientação ou acompanhamento especial (classe 2 da OMS) • Idade maior que 40 anos; • Fumante com menos de 35 anos; • Cardiopatia valvar não complicada; • Antecedente familiar de doença tromboembólica; • Tromboflebite; • Neoplasia intraepitelial cervical ou câncer do colo do útero; • Diabetes sem vasculopatia; • Colecistopatia assintomática ou após colecistectomia; • Antecedente de colestase na gravidez; • Uso de terapia anti-retroviral ou de griseofulvina. Situações sem contra-indicações (uso sem limitações – classe 1 da OMS) • Após aborto; • No puerpério após 21 dias, em mulheres que não estão amamentando; • Antecedente de prenhez ectópica ou de cirurgia pélvica; • Varizes; • Doença mamária benigna; • Endometriose; • Antecedente familiar de câncer de mama; • Mioma uterino; • Infecções pélvicas (MIPA); • Neoplasia trofoblástica gestacional; • Tireoidopatias. ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Existem dois tipos- Dose única (ingerido logo após a relação) e o outro são dois comprimidos em duas tomadas com intervalo de 12 horas. INDICAÇÕES DE USO DA AE: • Relação sexual sem uso de método anticonceptivo. • Falha conhecida ou presumida do método em uso de rotina. • Uso inadequado do anticonceptivo. • Em caso de violência sexual. A Anticoncepção de Emergência (AE), é também conhecida por “pílula do dia seguinte.” • Anticoncepção de emergência Usada até 24 horas da relação tem um índice de falha de 5%. Entre 25 e 48 horas o índice de falha aumenta para 15% e entre 49 e 72 horas o índice chega a 42% de falhas. IMPORTANTE!!! Se usado regularmente ou com repetição pode desregular o ciclo menstrual e facilitar uma gravidez. - Tomar 1 comprimido de 1,5mg ou 2 de 0,75 mg. - Tomar 1 comprimido de 0,75 mg a cada 12 horas. Mecanismo de ação da anticoncepção de emergência • Antes da ovulação: Altera o desenvolvimento dos folículos e impede a ovulação por vários dias. • Depois da ovulação: impede o transporte dos espermatozoides. SEGUNDA ESCOLHA: AHOC com 100μg de etinilestradiol e 0,5mg de levonorgestrel/por comprimido: 2 comprimidos VO a cada 12 horas ou 4 comprimidos de uma só vez. Ex: Neovlar; Evanor ou Normamor. Método de 20 escolha: Yuzpe • Efeitos Colaterais: - Náuseas - Vômitos; - Dor nas mamas; - Cefaléia; - Retenção de líquido. OBS: Geralmente desaparecem em 24 horas. ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS INJEÇÃO MENSAL (Ex: Ciclovular, Noregyna, Depomês) É composta por dois hormônios- estrogênio natural (estradiol) e um progestogênio sintético. - No primeiro mês de uso a injeção pode ser aplicada do 1º ao 5º dia do ciclo menstrual. - As injeções seguintes devem ser aplicadas a cada 30 dias, independentes da menstruação; - Podem ser adiantadas ou atrasadas em até 7 dias. • Desvantagens: Determina alterações frequentes dos ciclos menstruais; - Pode provocar cefaléias e vertigens, amenorreia, ganho de peso, etc. • Vantagens: Elimina a primeira passagem hepática dos hormônios; Diminui intensidade e frequência das cólicas; Previne os cânceres de endométrio e ovário, miomas uterinos. http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/corpo/cap4/cap4-1.jpg ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS Injeção Trimestral- Acetato de Medroxiprogesterona de Depósito (EX.: Depo- Provera- 150mg) No primeiro mês de uso a injeção pode ser aplicada até o 7º dia do ciclo menstrual. As injeções seguintes devem ser aplicadas a cada 3 meses, independente da menstruação. Podem ser adiantadas ou atrasadas em 2 semanas (15 dias). Composta por um só hormônio- progesterona • Indicações: - Qualquer grupo etário. - Magras, obesas, tabagistas, nulíparas ou que tiveram aborto espontâneo ou provocado. - Que apresentem cefaléia leve, hipertensão leve a moderada, varizes, TB, malária, esquistossomose, doença cardíaca valvular e doença da tireoide. • Vantagens: - Ajuda na prevenção do câncer de endométrio, fibromas uterinos e gravidez ectópica; - Pode diminuir a frequência das crises convulsivas em epilépticas, dor e frequência das crises de anemia falciforme e prevenir a anemia ferropriva. • Desvantagens: - Com frequência altera o fluxo menstrual (manchas, sangramento volumoso, amenorréia). - Aumento de 1 a 2kg de peso corporal. - Pode causar cefaléia, sensibilidade mamária, alterações de humor, náusea, queda de cabelo, diminuição da libido, acne, icterícia. IMPLANTES SUBCUTÂNEOS - Contém Progestagenos; - Tem duração de 3 anos; - Seu mecanismo de ação consiste em inibir a ovulação, aumentar a viscosidade do muco cervical, inibindo a penetração do espermatozoide, e diminuindo a espessura endometrial. - O implante de etonogestrel tem uso seguro durante a amamentação; - Efeitos colaterais: Sangramento, Amenorréia, acne, dor nas mamas, cefaleia, aumento de peso, dor abdominal, diminuição da libido, tonturas, inflamação ou infecção no local dos implantes, labilidade emocional, cistos ovarianos. • Os hormônios (estrogênio e progesterona) atravessam os tecidos até chegarem na corrente sanguínea; • Os adesivos devem ser trocados semanalmente(7 dias), no mesmo dia. Adesivos Transdérmicos A maior vantagem é que os hormônios serão absorvidos diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais desagradáveis da pílula oral, como também, ausência de absorção gastrointestinal e metabolismo hepático de 1ª passagem. • Se houver deslocamento total ou parcial do adesivo: - Por menos de 1 dia: tentar a reaplicação ou colocação de um novo adesivo. Não é necessário a utilização de outro método; - Por mais de um dia: iniciar novo ciclo de 4 semanas com aplicação de novo adesivo. Usar método de barreira por 7 dias. USO: ESQUECIMENTO Se houver esquecimento do “dia de troca”: - No início do ciclo: aplicar o primeiro adesivo imediatamente. Usar método adicional por 1 semana; - No meio do ciclo: – Por um ou dois dias – aplicar novo adesivo; não é necessário método adicional. – Por 2 ou mais dias – iniciar novo ciclo de 4 semanas; usar método adicional por 7 dias. - No final do ciclo: remover o adesivo assim que lembrar. Aplicar novo adesivo no “dia de troca”. • É comparável a uma pílula contendo 30 μg de etinilestradiol e 150 μg de desogestrel; • A taxa de falha, o perfil de efeitos adversos e as contra-indicações são similares aos contraceptivos combinados orais; • Poucas mulheres ou parceiros relataram sentir a presença do anel durante a relação sexual. • São vantagens não exigir o uso diário, como o contraceptivo oral, e o fato de manter a proteção contraceptiva por mais sete dias em caso de esquecimento da data da troca. • Os efeitos adversos podem ser sangramento de escape ou spotting, cefaléia, vaginite, leucorréia, ganho de peso, naúsea e expulsão do anel. Os critérios de elegibilidade da OMS s~eo os mesmos para os ACOs combinados. Anel Vaginal • Usar por três semanas consecutivas. Retirar ao final da terceira semana (21o dia) para ocorrer sangramento de privação. Realizar pausa de sete dias. • Após a pausa, e reiniciado novo ciclo com a colocação de outro anel. Modo de Uso DISPOSITIVO INTRAUTERINO - DIU • O DIU impede o encontro do espermatozóide com o óvulo, portanto, não é ABORTIVO; •NÃO IMPEDE A OVULAÇÃO! • Impede a fecundação porque torna mais difícil a passagem do espermatozóide pelo trato reprodutivo feminino, reduzindo a possibilidade de fertilização do óvulo; • Aumenta o fluxo menstrual e pode provocar cólicas; • A colocação do DIU é mais fácil durante a menstruação, porque o canal do útero está mais aberto. O DIU pode ser retirado em qualquer momento e a fertilidade da mulher retorna logo após a retirada; Não machuca o pênis durante a relação sexual. DISPOSITIVO INTRAUTERINO - DIU • Para verificar se o DIU está no lugar, a mulher deve: • Lavar as mãos. • Ficar de cócoras. • Inserir um ou dois dedos na vagina até atingir os fios do DIU. Se achar que o DIU está fora do lugar, se não encontrar os fios, se eles estiverem mais curtos ou mais compridos, ela deve procurar o serviço de saúde. Importante: a mulher não deve puxar os fios para não deslocar o DIU. • Lavar as mãos novamente. DIU DIU DE COBRE • Duração: 10 anos; • A ação contraceptiva depende de um complexo e variado conjunto de alterações espermáticas, ovulares, cervicais, endometriais e tubarias que dificultam a fertilização; • Complicações: gravidez ectópica, perfuração (0,1%), expulsão, dor e sangramento, infecções. DIU DE LEVONORGESTREL (MIRENA)- SIU-LNG-20 • Duração: 5 anos; • O efeito local do levonorgestrel no endométrio leva a redução do fluxo menstrual e a oligomenorreia; • Tem sido usado como principio terapêutico para o tratamento de menorragia, dismenorreia, hiperplasia do endometrio e terapia de reposição hormonal; • Complicações: gravidez ectópica, perfuração (0,1%), expulsão, dor e sangramento, infecções. • Manifestações Clínicas: DIU-cobre: • Aumento do fluxo menstrual; • Cólicas menstruais; • Sangramento irregular. DIU- Hormônio: • Sangramento vaginal; • Amenorréia • DIU DE LEVONOGESTREL Ajuda a proteger contra: - Riscos de gravidez; - Anemia por falta de ferro; - Pode ajudar a proteger contra: Doença inflamatória pélvica (DIP); - Reduz: Cólicas menstruais, Sintomas de endometriose (dor pélvica, menstruação irregular). • DIU DE COBRE Ajuda a proteger contra: - Riscos de gravidez - Pode ajudar a proteger contra: Câncer da membrana que recobre a parede da cavidade uterina (câncer de endométrio). Quem não deve usar DIU: • Mulheres com múltiplos parceiros sexuais; • Mulheres com Cervicite; • Mulheres com DIP atual ou recente ou aborto séptico; • Mulheres com alterações anatômicas uterinas ou com severa estenose cervical. MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA LAQUEADURA VASECTOMIA O desejo sexual e a menstruação não são alterados com a laqueadura. O desejo sexual, a ereção e a ejaculação não são alterados com a vasectomia. Oclusão das trompas de Falópio Ligadura dos ductos deferentes • Vasectomia - Procedimento e recuperação rápida; - Pequena incisão no escroto e um corte dos ductos deferentes, que transportam os espermatozóides dos testículos ao pênis. Características: • Muito efetiva após 20 ejaculações ou 3 meses de cirurgia; • Método permanente, cuja a reversibilidade nem sempre é possível; • Cirurgia a nível ambulatorial; • De menor custo, mais eficaz que a laqueadura; • Não protege contra DST; • Pós-cirúrgico causa desconforto. • Não remove os testículos; • Não diminui o desejo sexual; • Não afeta a função sexual; • Não faz com que o homem engorde ou fique mais fraco; • Não previne DST. Desfazendo mitos • Laqueadura tubária - Secção e oclusão das trompas de falópio através de anéis ou suturas, impedindo o encontro do óvulo com o espermatozóide. Características: • Eficácia depende de como as trompas foram ocluídas; • Método permanente; • Realizada por médico treinado; • Cirurgia de grande porte – anestesia peridural; • Mais arriscada e mais cara que a vasectomia; • Não protege contra DST; • Deve ficar em repouso e evitar relações por 1 semana. Consentimento Esclarecido LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996 • Art.10 I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce; • §2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. • §4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia. Laqueadura Ambulatorial O que é o Essure? • Técnica de laqueadura sem cortes. • Método contraceptivo definitivo, que atua no organismo formando uma barreira natural, utilizando tecnologia de ponta. - Obs: os microimplantes são feitos de poliéster, niquel, titânio e aço inoxidável. • O método é feito via vaginal por meio da histeroscopia, onde um aparelho comuma câmera permite avaliar a cavidade uterina e a entrada das tubas. Por ele é introduzido um cateter com um dispositivo em forma de mola na ponta. Esse dispositivo será colocado dentro de cada uma das trompas. • Após o procedimento, durante os três meses seguintes, ao redor das molinhas, o corpo naturalmente forma um tecido cicatricial que termina de bloquear a passagem entre os ovários e o útero, caminho por onde passam os óvulos e espermatozóides. • Durante o tempo de cicatrização é indicado continuar com outra forma de prevenção. Passado o período, é feita uma radiografia simples ou ultrasonografia para confirmar a localização correta dos microimplantes. • Eficácia de 99,8%. Contra-indicação do Essure • Incerteza sobre o desejo de não ser mais fértil; • Procedimento de ligação tubária anterior; • Gestação ou suspeita de gestação; • Parto ou aborto há menos de 6 semanas do implante do dispositivo Essure; • Infecção pélvica inferior ou superior recente ou presente; • Tratamento com imunossupressores (incluindo corticosteróides). • Vídeo sobre o Essure Intervenções de Enfermagem no Planejamento Reprodutivo • Estimular a cliente/casal a participar da escolha de um método; • Orientar a cliente (mostrar o passo a passo das instruções e dar oportunidade da cliente praticar certos métodos); • Obter consentimento por escrito, em caso de DIU, implantes ou método definitivo); • Discutir as contra-indicações de todos os métodos; • Considerar as crenças culturais e religiosas da cliente; • Abordar os mitos errôneos sobre os métodos; • Delinear os fatores que colocam a cliente em risco de fracasso do método; • Dar instruções tanto verbal como escrita do método escolhido; • Discutir a necessidade de proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis, se não houver o uso do método de barreira; • Informar a cliente sobre o método de contracepção de emergência. ATIVIDADE DISCENTE • Realizar atividade sobre métodos contraceptivos. REFERÊNCIAS COSTA, N. Normas Técnicas em Anticoncepção. Rio de Janeiro: BENFAM, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico. 4 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. FREITAS, Fernando et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011. RICCI, Susan Scott. Enfermagem Materno-neonatal e Saúde da Mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
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