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AULA 3- Planejamento Reprodutivo e métodos contraceptivos

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Assistência de Enfermagem no 
Planejamento Reprodutivo 
Disciplina: Ensino Clínico em S. da Mulher Teórico 
 Profa. Msc. Isabelle Braga 
 
• Propiciar discussão sobre os direitos sexuais e reprodutivos de 
mulheres e homens considerando aspectos sociais e culturais 
com vista ao exercício da cidadania. 
 
 
• Conhecer os métodos contraceptivos, suas indicações e 
contra-indicações. 
 
 
• Refletir sobre as atribuições do profissional Enfermeiro no 
planejamento reprodutivo. 
 
OBJETIVOS DA AULA: 
O que são Direitos Sexuais e Reprodutivos? 
Direitos Reprodutivos 
• Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, 
se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em 
que momento de suas vidas. 
 
• Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou 
não ter filhos. 
 
• Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de 
discriminação , imposição e violência. 
O que são Direitos Sexuais e reprodutivos? 
Direitos Sexuais 
• Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem 
violência, discriminações e imposições e com respeito pleno 
pelo corpo do(a) parceiro(a). 
 
• Direito de escolher o(a) parceiro(a) sexual. 
 
• Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, 
vergonha, culpa e falsas crenças. 
 
• Direito de viver a sexualidade independentemente de estado 
civil, idade ou condição física. 
 
• Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual. 
O que são Direitos Sexuais e reprodutivos? 
Direitos Sexuais 
• Direito de expressar livremente sua orientação sexual: 
heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, entre 
outras. 
 
• Direito de ter relação sexual independente da reprodução. 
 
• Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada 
e de DST/HIV/AIDS. 
 
• Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e 
atendimento de qualidade e sem discriminação. 
 
• Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva. 
• Art. 226 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988: 
 “§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da 
paternidade responsável, 
, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e 
científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma 
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.” 
 
• Lei n.º 9.263, de 12 de janeiro de 1996: 
 “Art. 3.º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de 
ações de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma 
visão de atendimento global e integral à saúde.” 
 
 “Art. 4.º O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e 
educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, 
meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da 
fecundidade.” 
 
Aspectos Legais do Planejamento Familiar 
“Art. 9.º Para o exercício do direito ao planejamento 
familiar, serão oferecidos todos os métodos e 
técnicas de concepção e contracepção 
cientificamente aceitos e que não coloquem em 
risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a 
liberdade de opção. 
 
 Parágrafo único. A prescrição a que se refere o 
caput só poderá ocorrer mediante avaliação e 
acompanhamento clínico e com informação sobre 
os seus riscos, vantagens, desvantagens e eficácia.” 
 
Critérios Clínicos de Elegibilidade 
 
 - Os Critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos 
anticoncepcionais foram desenvolvidos pela OMS com o 
objetivo de auxiliar os profissionais de saúde na orientação das 
usuárias (os) de métodos anticoncepcionais. 
 
- Os Critérios médicos de elegibilidade não devem ser 
considerados norma restrita, mas sim recomendação, que 
pode ser adaptada às condições locais de cada País. Consistem 
em uma lista de condições das usuárias (os) que poderiam 
significar limitações para o uso dos diferentes métodos e as 
classificam em 4 categorias. 
Critérios Clínicos de Elegibilidade 
 
 
Categoria OMS Significado 
Categoria 1  O método pode ser utilizado sem restrições. 
Categoria 2  
O método pode ser usado. As vantagens geralmente 
superam riscos possíveis ou comprovados. Pode ser 
necessário um acompanhamento mais rigoroso. 
Categoria 3  
O método não deve ser usado, pois os riscos superam 
os benefícios. Deve ser o método de última escolha, 
e, caso seja escolhido, é necessário acompanhamento 
rigoroso. 
Categoria 4  O método não deve ser utilizado, pois apresenta um risco inaceitável. 
Critérios médicos de elegibilidade para o uso de métodos 
anticoncepcionais . Disponível em: http://www.who.int/reproductive-
health/publications/mec/index.pt.html 
 
Política Nacional dos Direitos Sexuais e Reprodutivos 
(2005) 
• Diretrizes: 
- A ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis no 
SUS; 
- O incentivo à implementação de atividades educativas em saúde 
sexual e saúde reprodutiva para usuários(as) da rede SUS; 
- A capacitação dos profissionais da Atenção Básica em saúde sexual 
e saúde reprodutiva; 
- A ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária 
(laqueadura tubária e vasectomia) no SUS; 
- A implantação e implementação de redes integradas para atenção às 
mulheres e aos adolescentes em situação de violência doméstica e 
sexual; 
- A ampliação dos serviços de referência para a realização do aborto 
previsto em Lei e garantia de atenção humanizada e qualificada às 
mulheres em situação de abortamento, entre outras ações. 
 
• O planejamento reprodutivo, chamado também de 
planejamento familiar, designa um conjunto de ações de 
regulação da fecundidade, as quais podem auxiliar as pessoas 
a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e 
englobam adultos, jovens e adolescentes, com vida sexual 
com e sem parcerias estáveis, bem como, aqueles e aquelas 
que se preparam para iniciar sua vida sexual. 
Planejamento Reprodutivo 
 
• Se baseia em ações clínicas, preventivas, educativas, oferta de 
informações e dos meios, métodos e técnicas para regulação 
da fecundidade; 
 
• Devem incluir e valorizar a participação Masculina. 
Planejamento Reprodutivo 
• Orientar sobre os métodos anticoncepcionais existentes e 
disponíveis na Atenção Básica. 
• Informar a eficácia de cada método, sua forma de uso e 
possíveis efeitos adversos. 
• Orientar sobre suas contraindicações diante de certos 
antecedentes clínicos e/ou ginecológicos. 
• Reforçar a importância do retorno para acompanhamento 
clínico conforme método em uso e disponibilidade da 
usuária. 
• Recomendar métodos de acordo com adequação e escolha 
informada da usuária, considerando fatores individuais e 
contexto de vida dos usuários(as) no momento da escolha 
do método. 
 
Planejamento Reprodutivo 
 
Atividades a serem desenvolvidas na atenção em saúde 
reprodutiva 
 
Na Atenção Básica, a atuação dos profissionais de saúde, no que 
se refere ao planejamento reprodutivo, envolve, principalmente, 
três tipos de atividades: 
 
• Aconselhamento 
 
• Atividades educativas 
 
• Atividades clínicas 
 
Aconselhamento 
 
 
• O aconselhamento é um diálogo baseado em uma relação de 
confiança entre o profissional de saúde e o indivíduo e/ou 
casal que visa proporcionar à pessoa condições para que 
avalie suas próprias vulnerabilidades, tome decisões sobre ter 
ou não filhos e sobre os recursos a serem utilizados para 
concretizar suas escolhas, considerando o que seja mais 
adequado à sua realidade e à prática do sexo seguro. 
 
Atividades Educativas 
 
• As atividades educativas são fundamentais para a qualidade 
da atenção prestada. Têm como objetivo oferecer às pessoas 
os conhecimentos necessários para a escolha livre e 
informada.Propicia a reflexão sobre os temas relacionados à 
sexualidade e à reprodução. 
 
Atividades Clínicas 
 
• As atividades clínicas, voltadas para a saúde sexual e a saúde 
reprodutiva, devem ser realizadas visando a promoção, a 
proteção e a recuperação da saúde. 
 
• As atividades clínicas devem incluir: 
 
- Anamnese. 
- Exame físico. 
- Identificação das necessidades individuais e/ou do casal, 
incentivando a livre expressão dos sentimentos e dúvidas quanto à 
sexualidade e à saúde reprodutiva. 
- Identificação de dificuldades quanto às relações sexuais ou de 
disfunção sexual. 
 
Atividades Clínicas 
 
- Ações de prevenção do câncer de próstata. Em homens com 
idade superior a 50 anos, recomenda-se a avaliação anual e 
realização de exames (Antígeno Prostático Específico – PSA e 
toque retal) para detecção precoce do câncer de próstata. 
 
- Orientações para a prevenção do câncer de pênis, incluindo 
recomendações para o autoexame, principalmente para 
homens com idade acima de 50 anos. 
 
- Ações de prevenção do câncer de colo de útero e de mama, 
com especial atenção para a orientação do autoexame das 
mamas e para a realização do exame preventivo do câncer de 
colo de útero. 
 
 
Atividades Clínicas 
 
- Atenção pré-natal e puerperal. 
 
- Atenção à saúde da mulher no climatério/menopausa. 
 
- Orientação para prevenção de IST/HIV/Aids, com incentivo à 
dupla proteção. 
 
- Orientação para a escolha dos recursos à concepção ou à 
anticoncepção, incentivando a participação ativa na decisão 
individual ou do casal. 
 
- Prescrição e oferta do método escolhido. 
 
- Acompanhamento da pessoa ou do casal. 
Métodos Contraceptivos para Planejamento 
Reprodutivo 
• Referem-se a método contraceptivo natural que não exija uso 
de hormônios, barreiras físicas ou cirúrgicas. Implicam 
modificações do comportamento sexual do casal. 
• Abstinência Sexual 
- Consiste em não ter relações por via 
vaginal durante o período fértil da 
mulher. 
 
- Vantagens: custo zero, protege contra 
IST´s. 
 
- Desvantagens: difícil adesão, decisão 
do casal. http://www.eb1-fogueteiro-n4.rcts.pt 
• Método do Muco Cervical ou Billings 
 Usado para avaliar as características do muco cervical, o qual 
por ação hormonal sofre transformações ao longo do ciclo. 
• Dias secos: muco espesso e escasso; 
• Dias úmidos: muco fino, claro e abundante. 
 Após o dia do ápice, esperar 4 dias para relações sexuais. 
 
 
• A presença do muco e sua 
modificação com sensação 
de molhado ou de umidade, 
sempre indica o começo do 
período fértil. 
 
 
• Método da Temperatura Corporal Basal (TCB) 
Este método baseia-se nas 
alterações que os hormônios 
femininos provocam na 
temperatura do corpo ao longo 
do ciclo menstrual (temperatura 
do corpo em repouso). 
 
A eficácia do método depende 
de seu uso correto e da 
cooperação de ambos os 
parceiros. Será maior se o casal 
não tiver relação sexual com 
penetração vaginal no período 
fértil. 
• Método da Temperatura Corporal Basal (TCB) 
• Antes da ovulação, a temperatura basal é um pouco mais baixa e 
permanece assim até a ovulação. Quando acontece a ovulação, a 
temperatura sobe alguns décimos de grau e permanece assim 
até a chegada da próxima menstruação. 
 
• Para usar este método, a partir do primeiro dia da menstruação, 
a mulher deve medir a temperatura do corpo pela manhã, antes 
de se levantar, e depois de dormir no mínimo cinco horas. Deve 
anotar as temperaturas num gráfico. 
 
• O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações 
sexuais com penetração vaginal no período de quatro a cinco 
dias antes da data prevista da ovulação até o quarto dia da 
temperatura basal alta. 
• Método Sintomatérmico 
Combinação dos métodos da tabela, do 
muco cervical, da temperatura basal e 
na observação de sinais e sintomas que 
indicam o período fértil da mulher. 
Os sinais e sintomas que indicam o 
período fértil são: dor ou aumento do 
abdome, sensação de peso e inchaço nas 
mamas, variações no humor e no desejo 
sexual, aumento de peso e do apetite. 
COMO USAR O MÉTODO: 
• Construir a tabela; 
• Observar e anotar diariamente as características do muco cervical, a 
temperatura corporal e os sintomas que aparecem; 
•O casal que não deseja engravidar deve evitar as relações sexuais com 
penetração nos dias férteis determinados pela tabela, pelo muco cervical, pela 
elevação da temperatura do corpo e pelo aparecimento dos sinais e sintomas que 
indicam o período fértil; 
• As contra-indicações deste método são semelhantes aos demais métodos 
naturais. A principal desvantagem é que não protege das IST/AIDS. 
• Coito interrompido 
http://www.baixemuito.com 
Não deve ser recomendado como 
único método contraceptivo. 
Necessita de um autocontrole por 
parte do homem para que ele possa 
retirar o pênis da vagina na iminência 
da ejaculação e o sêmen ser 
depositado longe dos genitais 
femininos. 
 
• Atentar para o risco de gravidez e transmissão das ISTs/AIDS. 
• Método da Amenorréia da Lactação (LAM) 
 
 A amamentação estimula a prolactina que 
inibe a gonadotropina necessária para 
ovulação. 
 
 Critérios para utilização do método LAM: 
- Não tiver menstruação; 
- Amamentar com frequência e exclusivamente; 
- Menos de 6 meses de pós-parto 
 
Aumento da 
prolactina 
Inibição do 
hipotálamo na 
produção de GnRh 
Diminuição de LH Diminuição de FSH Amenorréia 
• Método do Colar 
Esse método identifica os dias 8º ao 
19º do ciclo menstrual como férteis 
para aquelas mulheres com ciclos de 
26 a 32 dias de duração. 
 COMO USAR O MÉTODO: 
• O colar deve começar com uma conta de cor vermelha, que sinaliza o primeiro dia da 
menstruação. 
•Segue-se por seis contas de cor marrom, que indicam o período infértil do início do ciclo 
menstrual. 
• As contas de 8 a 19 são de cor branca, para sinalizar o período fértil. 
• A partir da 20ª até a 32ª, as contas são novamente de cor marrom, indicando o período infértil da 
segunda metade do ciclo menstrual. 
• Método da Tabelinha (Ogino-Knaus) 
 
• Baseia-se no cálculo do período fértil em mulheres 
que apresentam ciclos regulares. 
• Observar o ciclo menstrual no mínimo por seis meses; 
• Identificar se a mulher possui ciclo regular. 
 
 
Método do cálculo: 
 A mulher deve anotar durante 6 meses, o 
primeiro dia de cada ciclo e sua duração: 
Método do cálculo: 
 34- 25= 9 (ciclo regular) 
 
- Para calcular o período fértil (período de abstinência 
sexual): 
- subtrair 18 do ciclo mais curto, obtendo o início 
do período fértil: 
 25- 18 = 7 
- subtrair 11 do ciclo mais longo, obtendo o dia do 
fim do período fértil: 
 34- 11 = 23 
 
Exemplo: 
• Em seguida, deve-se subtrair o ciclo mais longo do 
ciclo mais curto. 
 31 – 28 = 3 (método pode ser usado). 
 
• Para calcular o período fértil (período de abstinência 
sexual): 
- subtrair 18 do ciclo mais curto, obtendo o início 
do período fértil: 28-18=10 
- subtrair 11 do ciclo mais longo, obtendo o dia do 
fim do período fértil: 31-11=20 
 
 Contra-Indicações para o método: 
 
- Ciclo menstruais irregulares, com variações superiores a 
dez dias; 
- Amenorréia; 
- Lactação; 
- Alterações psíquicas; 
- Mulheres de alto risco gestacional. 
 
• Impedem contato dos espermatozóides com o óvulo 
formando uma barreira (física ou química). 
• Preservativo Masculino 
- É uma capa fina de 
borracha que cobre o pênis 
durante a relação sexual, 
para impedir o contato do 
pênis com a vagina,com o 
ânus ou com a boca; 
- látex, poliuretano ou 
silicone; 
- Alguns condons são 
lubrificados com silicone 
ou lubrificantes à base de 
água e alguns são 
revestidos com 
espermicidas além do 
lubrificante. 
- Evita o encontro do 
espermatozóide com o óvulo. 
Eficácia estimada em 90-
95% na prevenção da 
transmissão do HIV. 
• Vídeo: como colocar o preservativo masculino 
• Preservativo Feminino 
 
 
É uma capa fina de borracha que 
reveste a vagina durante a 
relação sexual para impedir o 
contato da vagina com o pênis ou 
com a boca; 
- Descartável; 
- Pode ser colocada até 8 
horas antes da relação; 
- Poliuretano. 
 
 
 
• Vantagens: É um método controlado pela mulher. A 
camisinha feminina dá maior autonomia à mulher sobre o seu 
corpo e sua vida sexual, quando as mulheres têm dificuldade 
de negociar o uso da camisinha masculina com o parceiro. 
 
• Planejado para prevenir tanto a gravidez quanto as ISTs. 
• Parece não haver condições clínicas que limitem o seu uso. 
• É confortável, tanto para o homem quanto para a mulher. 
• É inserido antes da relação sexual, provocando menos interrupções 
do ato sexual. Pode ser colocado na vagina imediatamente antes da 
penetração ou até oito horas antes da relação sexual. 
• Não precisa ser retirado imediatamente após a ejaculação. 
• Vídeo: como colocar o preservativo feminino 
• Diafragma 
- É uma capa flexível de 
borracha ou de silicone, 
com uma borda em forma 
de anel, que é colocada 
na vagina para cobrir o 
colo do útero. 
- Tem tamanho variável, 
deve ser ajustado pelo 
médico e tem 
durabilidade de 2 anos. 
- Uma das vantagens do 
diafragma é sua 
discrição. Só você sabe 
que está usando. 
- Pode ser inserido até 4 
horas antes da relação e deve 
permanecer por no mínimo 6 
horas após. 
- Os índices de falha podem 
ir até 23%. 
- Funciona por meio de um 
bloqueio que impede o 
espermatozóide de entrar no 
cérvix; o espermicida mata os 
espermatozóides ou os torna 
inativos. Ambos impedem que 
o espermatozóide encontre 
um óvulo. 
- Contra-indicações: 
 
- Mulheres que nunca tiveram relações sexuais; 
- Casos de cistocele ou rutura de períneo; 
- Posição anormal do útero; 
- Infecções urinárias de repetição; 
- Alterações cognitivas; 
- Infecções vaginais; 
- Hipersensibilidade a espermicidas. 
 
 
• Espermicidas 
Substância química que 
recobre a vagina e o 
colo do útero, impedindo 
a penetração dos 
espermatozoides no 
útero, imobilizando-os 
ou destruindo-os; 
- No Brasil a substância 
usada é o Nonoxinol-9 
(N-9). 
- Para cada tipo de 
espermicida há uma utilização 
diferente: 
 
• COMPRIMIDOS E ÓVULOS: 
devem ser colocados na vagina 
15 minutos antes do início da 
relação. 
• GELÉIAS, CREME E ESPUMA: 
precisam de menos ou nenhum 
tempo de espera. 
 
• Espermicidas 
- É mais eficaz quando utilizado com o 
capuz ou diafragma. 
 
- Devem ser colocados antes de cada 
relação e podem chegar a interferir na 
relação por causa da mudança de cheiro 
ou umidade. 
 
- Podem causar irritação na vagina ou 
no pênis. 
• Capuz cervical 
 São menores que o diafragma e cobre 
apenas a cérvice. podem ser inseridos até 
24 horas antes da relação e permanecer 
por 48h. 
 
 Confere em torno de 83% de proteção 
contraceptiva. 
 
 O capuz cervical funciona bloqueando a 
entrada do espermatozóide na cérvix; os 
espermicidas matam os espermatozóides 
ou os tornam inativos. Ambos impedem o 
encontro dos espermatozóides com o 
óvulo. 
 
• Capuz cervical 
 
• CUIDADOS: 
- Encher um terço da cúpula do capuz com geléia ou creme 
espermicida; 
- Inserir na vagina de forma que ele cubra a cérvice. 
- Não remover o capuz por pelo menos 6 a 8 horas após ter mantido 
relação sexual. 
- O capuz pode permanecer no interior da vagina por até 48 horas. 
Podendo a mulher manter relações sexuais mais de uma vez sem 
remover o capuz. Deve-se aplicar mais espermicida para maior 
segurança. 
- Não deixe o capuz na cérvice por períodos mais longos que 48 
horas. 
Vantagens: 
 
- Ciclo menstrual regular; 
 
- Menor sangramento; 
 
- Diminuição da frequência e intensidade das 
cólicas; 
 
- Rápido retorno à fertilização. 
 
• Anticoncepcionais orais 
 
Mecanismos de ação: inibem o eixo hipotálamo-hipófise-
ovário, inibindo a ovulação, promovendo atrofia do 
endométrio, diminuição da motilidade das tubas e 
espessando o muco cervical. 
• Eficácia: 6 a 8 gravidezes por 100 mulheres/ano, no primeiro 
ano; 
• Tipos de Pílulas: 
- Combinadas (Estrogênio e Progestogênio): Monofásicas, 
Bifásicas e Trifásicas; 
 
- Apenas com Progestogênio (Minipílula): Acetato de 
noretisterona (NORESTIN), levonorgestrel e desogestrel, etc. 
• Anticoncepcionais orais 
 
 
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS 
combinados 
 
ESTROGÊNIO PROGESTOGÊNIO 
Pílulas 
Monofásicas 
- A dose dos esteróides é a mesma nos 21 ou 22 comprimidos ativos 
da cartela; 
 - 21 ou 22 comprimidos ativos ou em cartelas com 28 comprimidos, 
sendo 21 ou 22 comprimidos ativos, que contêm hormônios, 
seguidos de 6 ou 7 comprimidos de placebo, de cor diferente, que 
não contêm hormônios. 
Pílulas 
Bifásicas 
- Dois tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os 
mesmos hormônios, mas em proporções diferentes. 
- Devem ser tomadas na ordem indicada na embalagem. 
Pílulas 
Trifásicas 
- Três tipos de comprimidos ativos, de diferentes cores, com os 
mesmos hormônios, mas em proporções diferentes. 
- Devem ser tomadas na ordem indicada na embalagem. 
 
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS 
combinados 
 
ESTROGÊNIO PROGESTOGÊNIO 
ETINILESTRADIOL 
menos de 0,03 mg - MS: baixa dosagem . 
ETINILESTRADIOL 
mais de 0,03 mg 
- MS: média dosagem. 
 
Selene, Triquilar 
 Ciclo 21 
Alguns exemplos de anticoncepcionais 
orais... 
- No primeiro mês de uso, ingerir o primeiro comprimido no 10 
dia do ciclo menstrual ou, no máximo, até o 50 dia. 
 
- A seguir, a usuária deve ingerir um comprimido por dia até o 
término da cartela, preferencialmente no mesmo horário. 
 
- Se a cartela for de 21 comprimidos, fazer pausa de sete dias e 
iniciar nova cartela no 80 dia. Algumas cartelas possuem 28 
comprimidos, porém, alguns são placebos ou vitaminas. 
Modo de Uso 
 
 
Em caso de esquecimento 
1 pílula Tomar a pílula imediatamente 
Esqueceu uma ou 
duas pílulas ou 
atrasou o início da 
nova cartela em um 
ou dois dias 
Tomar uma pílula de imediato e tomar a pílula 
seguinte no horário regular. Nesses casos, o risco 
de gravidez é muito baixo. 
 
 
Em caso de esquecimento 
Esqueceu de 
tomar 3 ou 
mais pílulas 
- Tomar uma pílula de imediato e utilizar outro 
método contraceptivo de apoio por sete dias. 
- Caso a usuária tenha tido relações sexuais nos 
últimos cinco dias, avaliar necessidade de uso do 
anticoncepcional de emergência. 
Em caso de 
vômito 
Se vomitar nas primeiras duas horas após tomar o 
AOC, pode tomar outra pílula assim que possível. 
MINIPÍLULA 
 
• O uso da minipílula pelas mulheres que estão 
amamentando deve ser iniciado 6 semanas após o parto; 
 
• O uso da minipílula é contínuo, sem intervalo entre uma 
cartela e outra. Mesmo durante a menstruação a mulher 
deve continuar tomando a minipílula; 
 
• É considerada muito eficaz durante a amamentação. 
Nesse período a mulher está menos fértil porque os 
hormônios que promovem a lactação bloqueiam a ovulação; 
 
•Sua ação envolve espessamento do muco cervical e 
inibição da implantação do embrião no endométrio 
 
 Como usar? 
• Pós-parto: 
- Em aleitamento: a partir de 6 semanas; 
-Sem aleitamento: iniciar imediatamente. 
 
• Outras mulheres: no 1º dia do ciclo: 
- Tomar 1 pílula ao dia, no mesmo horário; 
- Não é necessário intervalo entre cartelas. 
 
Alguns fabricantes orientam a utilização de um 
método adicional nos primeiros 14 dias de uso da 
pílula. 
NORETISTERONA: 35 
COMPRIMIDOS 
 Efeitos adversos dos anticoncepcionais orais: 
 
• Alterações de humor, como depressão e menor interesse sexual, que 
são pouco comuns. 
• Náuseas, vômitos e mal-estar gástrico (mais comum nos três primeiros 
meses). 
• Cefaléia leve. 
• Leve ganho de peso. 
• Nervosismo. 
• Acne 
• Tonteira. 
• Mastalgia. 
• Alterações do ciclo menstrual: manchas ou sangramentos nos 
intervalos entre as menstruações, especialmente quando a mulher se 
esquece de tomar a pílula ou toma tardiamente (mais comum nos três 
primeiros meses), e amenorréia. 
Benefícios não contraceptivos das pílulas 
combinadas 
• Regularização dos ciclos menstruais; 
• Redução da duração e a quantidade do fluxo 
menstrual; 
• Auxílio na prevenção e controle de anemia 
ferropriva; 
• Diminuição da frequência e intensidade das cólicas 
menstruais; 
• Redução do risco de : 
– prenhez ectópica 
– câncer de ovário e de endométrio 
– cistos de ovário 
– doenças benignas das mamas 
– doença inflamatória pélvica aguda 
Contra-indicações absolutas às pílulas 
combinadas (classe 4 da OMS) 
• Amamentação (até 6 semanas pós parto); 
• Fumante com mais 35 anos; 
• Doença tromboembólica; 
• Doença hepática ativa ou tumores hepáticos; 
• Doença cardiovascular: insuficiência coronariana, acidente vascular 
cerebral; 
• Hipertensão arterial com níveis >180/110mmHg; 
• Diabetes há mais de 20 anos; 
• Enxaqueca; 
• Cardiopatia valvar complicada; 
• Câncer de mama; 
• No pré-operatório de cirurgia de grande porte com imobilização 
prolongada. 
Contra-indicações relativas – situações que requerem 
precaução (classe 3 da OMS) 
• Os contraceptivos orais combinados devem ser 
usados como última opção nas seguintes situações: 
– Até três semanas após o parto, em mulheres que não estão 
amamentando; 
– Antecedente de câncer de mama; 
– Doença sintomática da vesícula biliar; 
– Hipertensão arterial com níveis entre 160/100 e 180/110mmHg; 
– Uso de anticonvulsivantes ou rifampicina. 
Situações que requerem orientação ou acompanhamento 
especial (classe 2 da OMS) 
• Idade maior que 40 anos; 
• Fumante com menos de 35 anos; 
• Cardiopatia valvar não complicada; 
• Antecedente familiar de doença tromboembólica; 
• Tromboflebite; 
• Neoplasia intraepitelial cervical ou câncer do colo do útero; 
• Diabetes sem vasculopatia; 
• Colecistopatia assintomática ou após colecistectomia; 
• Antecedente de colestase na gravidez; 
• Uso de terapia anti-retroviral ou de griseofulvina. 
Situações sem contra-indicações (uso sem 
limitações – classe 1 da OMS) 
• Após aborto; 
• No puerpério após 21 dias, em mulheres que não estão 
amamentando; 
• Antecedente de prenhez ectópica ou de cirurgia pélvica; 
• Varizes; 
• Doença mamária benigna; 
• Endometriose; 
• Antecedente familiar de câncer de mama; 
• Mioma uterino; 
• Infecções pélvicas (MIPA); 
• Neoplasia trofoblástica gestacional; 
• Tireoidopatias. 
 
ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
 
Existem dois tipos- Dose única 
(ingerido logo após a relação) e o outro 
são dois comprimidos em duas tomadas 
com intervalo de 12 horas. 
INDICAÇÕES DE USO DA AE: 
• Relação sexual sem uso de método 
anticonceptivo. 
• Falha conhecida ou presumida do método 
em uso de rotina. 
• Uso inadequado do anticonceptivo. 
• Em caso de violência sexual. 
A Anticoncepção de 
Emergência (AE), é 
também conhecida por 
“pílula do dia 
seguinte.” 
• Anticoncepção de emergência 
 
 
 
 
 
 Usada até 24 horas da relação tem um índice de falha de 5%. 
Entre 25 e 48 horas o índice de falha aumenta para 15% e entre 
49 e 72 horas o índice chega a 42% de falhas. 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE!!! 
Se usado regularmente ou com repetição pode desregular o ciclo menstrual e 
facilitar uma gravidez. 
- Tomar 1 comprimido de 1,5mg ou 2 de 0,75 mg. 
 
- Tomar 1 comprimido de 0,75 mg a cada 12 horas. 
Mecanismo de ação da anticoncepção de emergência 
• Antes da ovulação: Altera o desenvolvimento dos folículos e 
impede a ovulação por vários dias. 
• Depois da ovulação: impede o transporte dos espermatozoides. 
SEGUNDA ESCOLHA: 
 
AHOC com 100μg de etinilestradiol e 0,5mg de 
levonorgestrel/por comprimido: 
 
2 comprimidos VO a cada 12 horas ou 4 comprimidos de uma só vez. 
 
Ex: Neovlar; Evanor ou Normamor. 
Método de 20 escolha: Yuzpe 
 
• Efeitos Colaterais: 
- Náuseas 
- Vômitos; 
- Dor nas mamas; 
- Cefaléia; 
- Retenção de líquido. 
OBS: Geralmente desaparecem em 24 horas. 
 
 
 
 
 
ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS 
 
INJEÇÃO MENSAL (Ex: 
Ciclovular, Noregyna, Depomês) 
 É composta por dois 
hormônios- estrogênio natural 
(estradiol) e um progestogênio 
sintético. 
 - No primeiro mês de uso a 
injeção pode ser aplicada do 1º ao 
5º dia do ciclo menstrual. 
 - As injeções seguintes devem ser 
aplicadas a cada 30 dias, 
independentes da menstruação; 
- Podem ser adiantadas ou 
atrasadas em até 7 dias. 
• Desvantagens: Determina 
alterações frequentes dos 
ciclos menstruais; 
 
- Pode provocar cefaléias e 
vertigens, amenorreia, ganho 
de peso, etc. 
• Vantagens: Elimina a primeira 
passagem hepática dos 
hormônios; Diminui intensidade 
e frequência das cólicas; 
Previne os cânceres de 
endométrio e ovário, miomas 
uterinos. 
http://www.anticoncepcao.org.br/html/manual/corpo/cap4/cap4-1.jpg 
 
ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS 
 
Injeção Trimestral- Acetato de Medroxiprogesterona de Depósito 
(EX.: Depo- Provera- 150mg) 
No primeiro mês de uso a injeção pode ser aplicada até o 7º dia do 
ciclo menstrual. As injeções seguintes devem ser aplicadas a cada 3 
meses, independente da menstruação. Podem ser adiantadas ou 
atrasadas em 2 semanas (15 dias). 
Composta por um só hormônio- progesterona 
• Indicações: 
- Qualquer grupo etário. 
- Magras, obesas, tabagistas, nulíparas ou que tiveram aborto 
espontâneo ou provocado. 
- Que apresentem cefaléia leve, hipertensão leve a moderada, varizes, 
TB, malária, esquistossomose, doença cardíaca valvular e doença da 
tireoide. 
• Vantagens: 
- Ajuda na prevenção do câncer de endométrio, fibromas uterinos e 
gravidez ectópica; 
- Pode diminuir a frequência das crises convulsivas em epilépticas, dor 
e frequência das crises de anemia falciforme e prevenir a anemia 
ferropriva. 
• Desvantagens: 
- Com frequência altera o fluxo menstrual (manchas, sangramento 
volumoso, amenorréia). 
- Aumento de 1 a 2kg de peso corporal. 
- Pode causar cefaléia, sensibilidade mamária, alterações de humor, 
náusea, queda de cabelo, diminuição da libido, acne, icterícia. 
 
IMPLANTES SUBCUTÂNEOS 
 
- Contém Progestagenos; 
- Tem duração de 3 anos; 
- Seu mecanismo de ação consiste em inibir a 
ovulação, aumentar a viscosidade do muco 
cervical, inibindo a penetração do 
espermatozoide, e diminuindo a espessura 
endometrial. 
- O implante de etonogestrel tem uso seguro durante a amamentação; 
 
- Efeitos colaterais: Sangramento, Amenorréia, acne, dor nas mamas, 
cefaleia, aumento de peso, dor abdominal, diminuição da libido, 
tonturas, inflamação ou infecção no local dos implantes, labilidade 
emocional, cistos ovarianos. 
• Os hormônios (estrogênio e progesterona) 
atravessam os tecidos até chegarem na corrente 
sanguínea; 
• Os adesivos devem ser trocados semanalmente(7 
dias), no mesmo dia. 
Adesivos Transdérmicos 
A maior vantagem é que os hormônios serão absorvidos 
diretamente pela circulação evitando alguns efeitos colaterais 
desagradáveis da pílula oral, como também, ausência de absorção 
gastrointestinal e metabolismo hepático de 1ª passagem. 
• Se houver deslocamento 
total ou parcial do adesivo: 
 
- Por menos de 1 dia: tentar a 
reaplicação ou colocação de um 
novo adesivo. Não é necessário a 
utilização de outro método; 
 
- Por mais de um dia: iniciar novo 
ciclo de 4 semanas com aplicação 
de novo adesivo. Usar método de 
barreira por 7 dias. 
 USO: ESQUECIMENTO 
 
 Se houver esquecimento do “dia de troca”: 
- No início do ciclo: aplicar o primeiro adesivo imediatamente. 
Usar método adicional por 1 semana; 
 
- No meio do ciclo: 
– Por um ou dois dias – aplicar novo adesivo; não é necessário 
método adicional. 
– Por 2 ou mais dias – iniciar novo ciclo de 4 semanas; usar 
método adicional por 7 dias. 
 
- No final do ciclo: remover o adesivo assim que lembrar. Aplicar 
novo adesivo no “dia de troca”. 
• É comparável a uma pílula contendo 30 μg de etinilestradiol e 150 μg 
de desogestrel; 
• A taxa de falha, o perfil de efeitos adversos e as contra-indicações são 
similares aos contraceptivos combinados orais; 
• Poucas mulheres ou parceiros relataram sentir a presença do anel 
durante a relação sexual. 
• São vantagens não exigir o uso diário, como o contraceptivo oral, e o 
fato de manter a proteção contraceptiva por mais sete dias em caso 
de esquecimento da data da troca. 
• Os efeitos adversos podem ser sangramento de escape ou spotting, 
cefaléia, vaginite, leucorréia, ganho de peso, naúsea e expulsão do 
anel. Os critérios de elegibilidade da OMS s~eo os mesmos para os 
ACOs combinados. 
 
Anel Vaginal 
• Usar por três semanas consecutivas. Retirar ao final da 
terceira semana (21o dia) para ocorrer sangramento 
de privação. Realizar pausa de sete dias. 
• Após a pausa, e reiniciado novo ciclo com a colocação 
de outro anel. 
Modo de Uso 
 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO - DIU 
• O DIU impede o encontro do 
espermatozóide com o óvulo, 
portanto, não é ABORTIVO; 
•NÃO IMPEDE A OVULAÇÃO! 
 
• Impede a fecundação porque torna 
mais difícil a passagem do 
espermatozóide pelo trato 
reprodutivo feminino, reduzindo a 
possibilidade de fertilização do 
óvulo; 
 
• Aumenta o fluxo menstrual e pode 
provocar cólicas; 
 
• A colocação do DIU é mais fácil 
durante a menstruação, porque o 
canal do útero está mais aberto. 
O DIU pode ser retirado em 
qualquer momento e a 
fertilidade da mulher retorna 
logo após a retirada; 
 
Não machuca o pênis durante a 
relação sexual. 
 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO - DIU 
 
• Para verificar se o DIU está 
no lugar, a mulher deve: 
• Lavar as mãos. 
• Ficar de cócoras. 
• Inserir um ou dois dedos na vagina 
até atingir os fios do DIU. Se achar 
que o DIU está fora do lugar, se não 
encontrar os fios, se eles estiverem 
mais curtos ou mais compridos, ela 
deve procurar o serviço de saúde. 
Importante: a mulher não deve 
puxar os fios para não deslocar o 
DIU. 
• Lavar as mãos novamente. 
DIU 
DIU DE COBRE 
• Duração: 10 anos; 
• A ação contraceptiva 
depende de um complexo e 
variado conjunto de 
alterações espermáticas, 
ovulares, cervicais, 
endometriais e tubarias que 
dificultam a fertilização; 
• Complicações: gravidez 
ectópica, perfuração (0,1%), 
expulsão, dor e sangramento, 
infecções. 
DIU DE LEVONORGESTREL 
(MIRENA)- SIU-LNG-20 
• Duração: 5 anos; 
• O efeito local do levonorgestrel 
no endométrio leva a redução do 
fluxo menstrual e a 
oligomenorreia; 
• Tem sido usado como principio 
terapêutico para o tratamento de 
menorragia, dismenorreia, 
hiperplasia do endometrio e 
terapia de reposição hormonal; 
• Complicações: gravidez ectópica, 
perfuração (0,1%), expulsão, dor 
e sangramento, infecções. 
 
 
 
• Manifestações Clínicas: 
 
 DIU-cobre: 
 
• Aumento do fluxo menstrual; 
• Cólicas menstruais; 
• Sangramento irregular. 
 
 DIU- Hormônio: 
 
• Sangramento vaginal; 
• Amenorréia 
 
 
• DIU DE LEVONOGESTREL 
 Ajuda a proteger contra: 
- Riscos de gravidez; 
- Anemia por falta de ferro; 
- Pode ajudar a proteger contra: 
Doença inflamatória pélvica (DIP); 
- Reduz: Cólicas menstruais, Sintomas 
de endometriose (dor pélvica, 
menstruação irregular). 
 
• DIU DE COBRE 
 Ajuda a proteger contra: 
- Riscos de gravidez 
- Pode ajudar a proteger contra: 
Câncer da membrana que recobre a 
parede da cavidade uterina (câncer 
de endométrio). 
 
 
Quem não deve usar DIU: 
 
• Mulheres com múltiplos parceiros sexuais; 
 
• Mulheres com Cervicite; 
 
• Mulheres com DIP atual ou recente ou aborto 
séptico; 
 
• Mulheres com alterações anatômicas uterinas ou 
com severa estenose cervical. 
 
 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO CIRÚRGICA 
LAQUEADURA 
VASECTOMIA 
O desejo sexual e a menstruação 
não são alterados com a 
laqueadura. 
O desejo sexual, a ereção e a 
ejaculação não são alterados com a 
vasectomia. 
Oclusão das 
trompas de 
Falópio 
Ligadura dos 
ductos 
deferentes 
• Vasectomia 
- Procedimento e recuperação rápida; 
- Pequena incisão no escroto e um corte dos ductos 
deferentes, que transportam os espermatozóides dos 
testículos ao pênis. 
Características: 
• Muito efetiva após 20 ejaculações ou 3 meses de cirurgia; 
• Método permanente, cuja a reversibilidade nem sempre é 
possível; 
• Cirurgia a nível ambulatorial; 
• De menor custo, mais eficaz que a laqueadura; 
• Não protege contra DST; 
• Pós-cirúrgico causa desconforto. 
• Não remove os testículos; 
• Não diminui o desejo sexual; 
• Não afeta a função sexual; 
• Não faz com que o homem engorde ou fique mais fraco; 
• Não previne DST. 
Desfazendo mitos 
• Laqueadura tubária 
- Secção e oclusão das trompas de falópio através de anéis 
ou suturas, impedindo o encontro do óvulo com o 
espermatozóide. 
Características: 
• Eficácia depende de como as trompas foram ocluídas; 
• Método permanente; 
• Realizada por médico treinado; 
• Cirurgia de grande porte – anestesia peridural; 
• Mais arriscada e mais cara que a vasectomia; 
• Não protege contra DST; 
• Deve ficar em repouso e evitar relações por 1 semana. 
Consentimento Esclarecido 
 LEI Nº 9.263, DE 12 DE JANEIRO DE 1996 
• Art.10 
I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 
vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, 
desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a 
manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será 
propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da 
fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, 
visando desencorajar a esterilização precoce; 
• §2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os 
períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada 
necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. 
 
• §4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo 
somente será executada através da laqueadura tubária, 
vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo 
vedada através da histerectomia e ooforectomia. 
Laqueadura Ambulatorial 
O que é o Essure? 
• Técnica de laqueadura sem cortes. 
 
• Método contraceptivo definitivo, que atua no organismo formando 
uma barreira natural, utilizando tecnologia de ponta. 
 
- Obs: os microimplantes são feitos de poliéster, niquel, titânio e aço 
inoxidável. 
 
• O método é feito via vaginal por meio da histeroscopia, onde um 
aparelho comuma câmera permite avaliar a cavidade uterina e a 
entrada das tubas. Por ele é introduzido um cateter com um 
dispositivo em forma de mola na ponta. Esse dispositivo será 
colocado dentro de cada uma das trompas. 
• Após o procedimento, durante os três meses seguintes, ao 
redor das molinhas, o corpo naturalmente forma um tecido 
cicatricial que termina de bloquear a passagem entre os 
ovários e o útero, caminho por onde passam os óvulos e 
espermatozóides. 
 
• Durante o tempo de cicatrização é indicado continuar com 
outra forma de prevenção. Passado o período, é feita uma 
radiografia simples ou ultrasonografia para confirmar a 
localização correta dos microimplantes. 
 
• Eficácia de 99,8%. 
Contra-indicação do Essure 
• Incerteza sobre o desejo de não ser mais fértil; 
• Procedimento de ligação tubária anterior; 
• Gestação ou suspeita de gestação; 
• Parto ou aborto há menos de 6 semanas do implante do dispositivo 
Essure; 
• Infecção pélvica inferior ou superior recente ou presente; 
• Tratamento com imunossupressores (incluindo corticosteróides). 
 
• Vídeo sobre o Essure 
Intervenções de Enfermagem no Planejamento 
Reprodutivo 
• Estimular a cliente/casal a participar da escolha de um método; 
• Orientar a cliente (mostrar o passo a passo das instruções e dar 
oportunidade da cliente praticar certos métodos); 
• Obter consentimento por escrito, em caso de DIU, implantes ou método 
definitivo); 
• Discutir as contra-indicações de todos os métodos; 
• Considerar as crenças culturais e religiosas da cliente; 
• Abordar os mitos errôneos sobre os métodos; 
• Delinear os fatores que colocam a cliente em risco de fracasso do método; 
• Dar instruções tanto verbal como escrita do método escolhido; 
• Discutir a necessidade de proteção contra as doenças sexualmente 
transmissíveis, se não houver o uso do método de barreira; 
• Informar a cliente sobre o método de contracepção de emergência. 
ATIVIDADE DISCENTE 
• Realizar atividade sobre métodos 
contraceptivos. 
 
 REFERÊNCIAS 
 
 
COSTA, N. Normas Técnicas em Anticoncepção. Rio de Janeiro: BENFAM, 2003. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da 
Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico. 4 ed. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2002. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2006. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 
 
FREITAS, Fernando et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
 
RICCI, Susan Scott. Enfermagem Materno-neonatal e Saúde da Mulher. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013.

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