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AULA 5- CÂNCER DE COLO DE ÚTERO- Ações de enf na prevenção, detecção precoce

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CÂNCER DE COLO DE ÚTERO 
Ações de Enfermagem na prevenção, 
detecção precoce e controle 
Disciplina: Ensino Clínico em Saúde da 
Mulher Teórico 
Profa. Msc. Isabelle Braga 
 
• Identificar fatores de riscos e tomar medidas necessárias para a 
prevenção do câncer de colo de útero. 
 
• Aprender a técnica de coleta da colpocitologia oncótica (exame 
preventivo) para a detecção precoce do câncer de colo do útero. 
 
• Reconhecer os principais exames diagnósticos e suas indicações. 
 
• Avaliar a necessidade de encaminhamento para serviço 
especializado. 
 
• Reconhecer a importância de ações educativas voltadas à promoção 
da saúde e incentivo ao auto-cuidado. 
 
OBJETIVOS DA AULA: 
Anatomia e Fisiologia do Útero 
 O útero é um órgão do aparelho 
reprodutor feminino que está 
situado no abdome inferior, por 
trás da bexiga e na frente do reto 
e é dividido em corpo e colo. Essa 
última parte é a porção inferior 
do útero e se localiza dentro do 
canal vaginal. 
 
• O colo uterino é a porção 
fibromuscular inferior do útero, 
mede 3-4 cm de comprimento e 
2,5 cm de diâmetro. Varia de 
tamanho e forma dependendo 
da idade, paridade e estado 
menstrual da paciente. 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia do Útero 
 
 O colo do útero apresenta uma parte interna, que constitui o 
chamado canal cervical ou endocérvice, A parte externa, que 
mantém contato com a vagina, é chamada de ectocérvice. 
 Endocérvice- é revestida por uma camada única de células cilíndricas 
produtoras de muco - Epitélio colunar (cilíndrico) simples. 
 Ectocérvice- é revestida por um tecido de várias camadas de células 
planas – Epitélio escamoso e estratificado. Esse epitélio também reveste 
os fundos de saco e a vagina em toda a sua extensão. 
 Entre esses dois epitélios, encontra-se a junção escamocolunar – JEC - que 
é uma linha que pode estar tanto na ecto como na endocérvice, 
dependendo da situação hormonal da mulher. 
JEC 
 O Câncer de Colo Uterino constitui um grande problema de saúde 
pública no Brasil e no mundo. 
 
 Terceiro tipo de neoplasia mais comum no sexo feminino e a terceira 
causa de morte entre as mulheres. 
 
 A evolução para o câncer de colo ocorre de forma lenta: a infecção 
pelo HPV pode preceder o câncer em 10 a 15 anos, passando por 
fases pré-clínicas que podem ser detectadas e curadas 
precocemente. 
 
 Mortalidade evitável através de ações que permitam o diagnóstico 
precoce e tratamento das lesões precursoras permitindo a cura em 
aproximadamente 100% dos casos diagnosticados na fase inicial. 
Epidemiologia 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 O Câncer do colo do útero é uma doença de crescimento lento e 
silencioso; 
 
 Caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de 
revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente e 
podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou a distância; 
 
 Existe uma fase pré-clínica, sem sintomas, com transformações 
intra-epiteliais progressivas importantes, em que a detecção de 
possíveis lesões precursoras são por meio da realização periódica 
do exame preventivo do colo do útero. 
 
 
 Progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio 
invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, se não 
impossível. Nessa fase os principais sintomas são 
sangramento vaginal, leucorréia e dor pélvica. 
 
 Ao exame especular podem ser evidenciados sangramento, 
tumoração, ulceração e necrose do colo do útero. 
• Desordenação nas camadas mais basais do epitélio 
estratificado: 
 Neoplasia Intraepitelial Cervical Grau I - NIC I – Lesão de Baixo 
Grau (anormalidades do epitélio no 1/3 proximal da membrana). 
 
• Desordenação avança 2/3 proximais da membrana: 
 NIC II – Lesão de Alto Grau. 
 
• Desarranjo em todas as camadas sem romper a membrana 
basal: NIC III – Lesão de Alto Grau. 
 
• Carcinoma invasor – invasão da camada basal. 
http://4.bp.blogspot.com/_X--a8esNEQQ/SX7lcrPJiNI/AAAAAAAAAQg/7WH2oyZ4P40/s400/progression-pt%5B1%5D.jpg 
http://www.pilgrimmedicalillustration.com/enlargeexhibit.php?ID=27521&TC=&A=1199 
No Brasil, a principal estratégia utilizada para detecção 
precoce/rastreamento do câncer do colo do útero é a realização 
periódica do exame citopatológico, conhecido popularmente como: 
- Exame preventivo do colo do útero; 
- Exame de Papanicolau; 
- Citologia oncótica; 
- Colpocitologia oncótica; 
- Exame citopatológico 
- PapTest. 
• O objetivo primordial da citologia cervicovaginal é a 
detecção de lesões pré-cancerosas do colo uterino, embora 
o método possibilite o reconhecimento e a avaliação da 
intensidade dos processos inflamatórios. Em muitas dessas 
condições é possível ainda estabelecer o agente causal. 
Finalidades do exame Citopatológico (Preventivo) 
Fases de abordagem do Câncer de Colo do Útero 
Mobilização e seguimento das mulheres 
Atribuições dos diferentes níveis de atenção 
Coleta do Material para o Exame Preventivo do Colo do Útero 
 É uma técnica de coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada 
uma amostra da parte externa, ectocérvice, e outra da parte interna, 
endocérvice. Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e 
procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo 
por meio de uma espátula de madeira (Ayre) e de uma escovinha 
endocervical (Cytobrush); 
 
 Uma adequada coleta de material é de suma importância para o êxito do 
diagnóstico. O profissional de saúde deve assegurar-se de que está preparado 
para realizá-lo e de que tem o material necessário para isso. A garantia da 
presença de material em quantidades suficientes é fundamental para o 
sucesso da ação. 
Recomendações prévias a mulher para a realização da coleta 
do exame preventivo do colo de útero 
 Por vezes, em decorrência do déficit estrogênico, a visibilização da junção 
escamo-colunar e da endocérvice pode encontrar-se prejudicada, assim 
como pode haver dificuldades no diagnóstico citopatológico devido à atrofia 
do epitélio. Uma opção seria o uso de cremes de estrogênio intravaginal, de 
preferência o estriol, devido à baixa ocorrência de efeitos colaterais, por 07 
dias antes do exame, aguardando um período de 3 a 7 dias entre a 
suspensão do creme e a realização do preventivo; 
 
 Na impossibilidade do uso do creme, a estrogeinização pode ser por meio da 
administração oral de estrogênios conjugados por 07 a 14 dias - 0,3 mg 
/dia, a depender da idade, inexistência de contra- indicações e grau de 
atrofia da mucosa. 
 
• O método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é 
o exame citopatológico (exame de Papanicolaou), que deve ser 
oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos; 
 
• Segundo o Ministério da Saúde o exame preventivo deve ser 
realizado uma vez por ano e, após dois exames anuais 
consecutivos negativos, a cada três anos; 
 
• Apesar de não ser específico para tal pesquisa, este exame 
também avalia a microflora vaginal. 
 
 
 
Faixa Etária e Periodicidade para Realização do Exame 
Preventivo do Colo do Útero 
• A priorização desta faixa etária (25-64 anos) justifica-se por ser a de 
maior ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem tratadas 
efetivamente para não evoluírem para o câncer. 
 
• A incidência deste câncer aumenta nas mulheres entre 30 e 39 anos 
de idade e atinge seu pico na quinta ou sexta décadas de vida. 
 
• Antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de 
baixo grau, que regredirão espontaneamente na maioria dos casos. 
 
• Após os 65 anos, se a mulher tiver feito os exames preventivos 
regularmente,com resultados normais, o risco de desenvolvimento 
do câncer é reduzido dada a sua lenta evolução. 
(BRASIL, 2013) 
Atualização do Ministério da Saúde em 2013 
 - Instrumento para requisição de exame; 
 - Antecedentes familiares; 
 - Antecedentes pessoais; 
 - Antecedentes ginecológicos; 
 - Queixas principais. 
 
efetividade.net 
ENTREVISTA 
• Mesa ginecológica; 
• Escada de dois degraus; 
• Mesa auxiliar; 
• Foco de luz com cabo flexível; 
• Biombo ou local reservado para troca de roupa; 
• Cesto de lixo; 
• Espéculo de tamanhos variados descartáveis; 
• Lâminas de vidro com extremidade fosca; 
 
RECURSOS MATERIAIS 
• Espátula de Ayre; 
• Escova endocervical; 
• Par de luvas para procedimento; 
• Pinça de Cherron e gaze; 
• Solução fixadora, álcool a 96% ou Polietilenoglicol líquido ou 
Spray de Polietilenoglicol; 
• Recipiente para acondicionamento das lâminas; 
• Formulários de requisição do exame citopatológico; 
• Lápis grafite; 
• Avental/ camisola para a mulher. 
 
FONTE: BRASIL, 2013 
http://www.adlin.com.br/vagispec/img/prod_fixador_citologico.jpg 
Antes de iniciar a coleta, perguntar à mulher: 
• Se está grávida ou com suspeita de gravidez. Caso 
afirmativo não colher material da endocérvice; 
 
• Se já teve filhos por parto normal; se é virgem. Para 
facilitar a escolha do espéculo mais adequado; 
 
• Se faz uso de anticoncepcional, tratamento hormonal, 
submeteu-se à radioterapia pélvica; 
 
• A data da última menstruação; 
 
• Se há sangramento após as relações sexuais; 
 Se utilizou lubrificantes ou medicamentos vaginais ou 
realizou exames intravaginais, como por exemplo a 
ultrassonografia, durante 48 horas antes da coleta; 
 
 Se teve relações sexuais com preservativo durante 48 
horas antes da coleta; 
 
 Fazer as anotações na REQUISIÇÃO DE EXAME 
CITOPATOLÓGICO – COLO DO ÚTERO e no 
prontuário da Unidade de Saúde. 
 
 O atendimento à mulher deve ser individual, garantindo a 
possibilidade da presença do/a acompanhante, quando 
ela desejar. O respeito e a atenção durante o 
atendimento são essenciais para que se estabeleça uma 
relação de confiança entre a usuária e o/a profissional de 
saúde. 
 
Procedimento de coleta propriamente dito 
 O profissional de saúde deve lavar as mãos com água e sabão 
e secá-las com papel toalha, antes e após o atendimento; 
 Solicitar que a mulher esvazie a bexiga; 
 Em seguida solicitar que ela troque de roupa, em local 
reservado, dando-lhe um avental para que se cubra; 
 A mulher deve ser colocada na posição ginecológica 
adequada, o mais confortável possível; 
 Cubra-a com o lençol; 
 Posicionar o foco de luz; 
 O profissional de saúde deve colocar a luva de procedimento; 
 
 Inicia-se a primeira fase do 
exame, expondo somente a região a 
ser examinada. Sob boa iluminação, 
observa-se atentamente, os órgãos 
genitais externos, prestando-se 
atenção à distribuição dos pelos; à 
integralidade do clitóris, do meato 
uretral, dos grandes e pequenos 
lábios, a presença de secreções 
vaginais, de sinais de inflamação, de 
veias varicosas e outras lesões como 
úlceras, fissuras, verrugas e 
tumorações. 
 
Colocação do Espéculo 
 Coloca-se o espéculo, que deve ter o tamanho escolhido de acordo 
com as características perineais e vaginais da mulher a ser examinada 
- pequeno, médio ou grande; 
 Não deve ser usado lubrificante, exceto em casos selecionados, 
principalmente em mulheres idosas com vaginas extremamente 
ressecadas. Recomenda-se molhar o espéculo com soro fisiológico; 
 O espéculo deve ser introduzido suavemente, em posição vertical e 
ligeiramente inclinado de maneira que o colo do útero fique exposto 
completamente, o que é imprescindível para a realização de uma boa 
coleta; 
 
• Iniciada a introdução faça uma rotação deixando em posição 
transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na 
posição horizontal; 
• Uma vez introduzido totalmente na vagina, abra-o lentamente e 
com delicadeza; 
• Nessa fase do exame, também é importante a observação das 
características do conteúdo e das paredes vaginais, bem como as do 
colo do útero. Os dados da inspeção do colo do útero são muito 
importantes para o diagnóstico citopatológico; 
• Na inspeção do colo do útero é importante verificar: Normal; 
Ausente; Colo não é visualizado; Alterado – ectopia; Presença de 
secreção anormal. 
 
 
Coleta na Ectocérvice 
www.jornallivre.com.br 
Coleta na Endocérvice 
PREPARAÇÃO DO MATERIAL DA ECTOCÉRVICE NA LÂMINA 
PREPARAÇÃO DO MATERIAL DA ENDOCÉRVICE NA LÂMINA 
Fixação do esfregaço 
• O esfregaço obtido deve ser imediatamente fixado para evitar o 
dessecamento do material a ser estudado. São métodos de fixação de 
lâminas: 
1. Fixação com álcool a 96%: o esfregaço obtido deve ser imediatamente fixado, 
colocando-se a lâmina com o esfregaço dentro do frasco, com álcool a 96% em 
quantidade suficiente para que todo o esfregaço seja coberto. Fecha-se o recipiente 
cuidadosamente. 
 
2. Fixação com Spray de Polietilenoglicol: borrifa-se a lâmina, imediatamente após a 
coleta, com Spray fixador, a uma distância de 20 cm. 
Conclusão do Procedimento 
 Fechar o espéculo não totalmente, evitando beliscar a mulher; 
 Retire-o delicadamente inclinando levemente para cima, observando as 
paredes vaginais; 
 Retirar as luvas; 
 Auxiliar a mulher a descer da mesa; 
 Solicitar que ela troque de roupa; 
 Informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento que poderá 
ocorrer depois da coleta, tranqüilizando-a que o sangramento cessará 
sozinho; 
 Enfatizar a importância do retorno para o resultado e se possível 
agendar conforme rotina da unidade. 
(INCA, 2016) 
Coleta da C.O em situações especiais 
• Gestantes 
• Não se deve perder a oportunidade para a realização do rastreamento. 
Pode ser feito em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º 
mês. 
 
• A coleta endocervical não é contra-indicada, mas deve ser realizada de 
maneira cuidadosa e com uma correta explicação do procedimento e do 
pequeno sangramento que pode ocorrer após o procedimento. 
 
• Como existe uma eversão fisiológica da junção escamo-colunar do colo do 
útero durante a gravidez, a realização exclusiva da coleta ectocervical na 
grande maioria destes casos fornece um esfregaço satisfatório para análise 
laboratorial. 
 
 
Coleta da C.O em situações especiais 
(BRASIL, 2013) 
 
 
 
 
 
 
Coleta da C.O em situações especiais 
(INCA, 2016) 
(INCA, 2016) 
Coleta da C.O em situações especiais 
(INCA, 2016) 
Coleta da C.O em situações especiais 
(INCA, 2016) 
Coleta da C.O em situações especiais 
• Imunosuprimidas 
 
• Mulheres no climatério: devem ser rastreadas de acordo com 
orientações para as demais mulheres e, em casos de amostras com 
atrofia ou ASCUS, deve-se proceder à estrogeinização. 
• Mulheres com DST: devem ser submetidas à citopatologia mais 
freqüentemente pelo maior risco de serem portadoras do câncer do 
colo do útero ou de seus precursores. 
- É necessário ressaltar que a presença de colpites, corrimentos ou 
colpocervicites pode comprometer a interpretação da citopatologia. Nesses 
casos, a mulher deve ser tratada e retornar para coleta do exame preventivo 
do câncer do colo do útero. 
 
Coleta da C.O em situações especiais 
• Vídeo sobre coleta do exame preventivo 
• ASSISTIR AO VÍDEO: 
http://images.google.com.br 
http://images.google.com.br 
Colo normal Colo com ectopia 
Descrição do ColoSecreção mucopurulenta saindo da 
endocérvice 
• Ectopia- Na infância e no período pós-menopausa, 
geralmente, a JEC situa-se dentro do canal cervical. No 
período da menacme, fase reprodutiva da mulher, 
geralmente, a JEC situa-se no nível do orifício externo ou para 
fora desse – ectopia ou eversão. 
 
OBS: Vale ressaltar que a ectopia é uma situação fisiológica e 
por isso a denominação de "ferida no colo do útero" é 
inapropriada. 
• Pólipo- lesões benignas mais comuns do colo do útero e 
podem aparecer em qualquer época da vida da mulher, sendo 
mais comum na faixa etária dos 30 aos 50 anos. Seu 
aparecimento pode ser devido a processos inflamatórios 
crônicos, vasculares ou hormonais e correspondem a um 
crescimento do epitélio colunar, que contém o estroma 
subjacente e que pode se exteriorizar pelo orifício cervical. 
 
 Um pequeno percentual de casos, que não chega a 1%, pode 
sofrer uma transformação maligna. 
 O tratamento é a exérese do pólipo por torção do seu pedículo 
e o envio ao exame histopatológico. 
Colo com presença de pólipo 
Colo com aspecto moriforme 
Colo com presença de secreção bolhosa 
Colo com presença de secreção grumosa 
 Cistos de Naboth- cistos que resultam da retenção da glândula 
mucosa sob o epitélio cervical. São incolores, um pouco projetados, 
de forma arredondada e são completamente benignos. Ocorrem 
devido a obstrução dos ductos excretores das glândulas 
endocervicais subjacentes, dando origem a estruturas císticas sem 
significado patológico. 
 
 
 
 
Colo com presença de cistos de naboth 
AO EXAME ESPECULAR: presença de prolapso uterino 
Recomendações iniciais após resultado de exame citopatológico alterado 
 CONSIDERANDO a coleta de material para colpocitologia oncótica 
pelo método de Papanicolau como um procedimento complexo, que 
demanda competência técnica e científica em sua execução; 
 RESOLVE: 
 
Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a coleta de material para 
colpocitologia oncótica pelo método de Papanicolaou é privativa do Enfermeiro, 
observadas as disposições legais da profissão. 
 
Parágrafo único: O Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competências 
e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para 
a capacitação contínua necessária à sua realização. 
 
Art. 2º O procedimento a que se refere o artigo anterior deve ser executado no 
contexto da Consulta de Enfermagem, atendendo-se os princípios da Política Nacional 
de Atenção Integral a Saúde da Mulher e determinações da Resolução Cofen nº 
358/2009. 
 
RESOLUÇÃO COFEN 381/2011 
 
 
DESAFIOS ..... 
 
• Aumento na cobertura de realização do exame 
citopatológico; 
 
• Entrega do laudo (resultado) em tempo hábil; 
 
• Organização da rede de assistência à saúde da mulher, 
observando a integralidade e equidade das ações; 
 
• Capacitação dos profissionais que fazem a coleta e a 
leitura das lâminas; 
 
• Fortalecimento das ações de educação em saúde. 
 
ATIVIDADE DISCENTE 
 
• Leitura dos artigos para complementar a aula: 
- Artigo 1- Consulta de Enfermagem ginecológica na ESF. 
 
- Artigo 2- O Enfermeiro na prevenção do câncer de colo 
uterino: o cotidiano da atenção primária. 
 
- Artigo 3- Capacitação dos profissionais de saúde e seu 
impacto no reconhecimento de lesões precursoras do Câncer 
de Colo Uterino. 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de 
Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância de Câncer. Estimativas 2008: 
Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2007. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2 ed. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2013. 
 
CATAFESTA, G. Consulta de Enfermagem ginecológica na Estratégia de Saúde da 
Família. Arq. Ciênc. Saúde, v. 32, n.1, p. 85-89, jan./mar., 2015. 
 
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Falando 
sobre câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: MS/INCA, 2002. 
 
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de 
Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Diretrizes brasileiras para o 
rastreamento do câncer do colo do útero. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro: INCA, 
2016. 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 
JAKOBCZINSKI, J. et al. Capacitação dos profissionais de saúde e seu impacto no 
rastreamento de leões precursora do Câncer de Colo Uterino. RBAC, v.50, n.1, p. 
80-85, 2018. 
 
MELO, M. S. C. et al. O Enfermeiro na prevenção do Câncer do Colo do Útero: o 
cotidiano da atenção primária. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 58, n. 3, p. 
389-398, 2012.

Outros materiais