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Controle de Constitucionalidade e Inconstitucionalidade

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RESUMO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 
PROF: GLÓRIA GODOY - 8 PERÍODO - 2019.2 
AMANDA WILDHAGEN 
Resumo baseado nos Pontos para AV1 
 
6 obj (0,5) 
2 discursivas 
 
Objetivas: 
1ª questão: 
Controle de constitucionalidade (pergunta ampla sobre controle) 
- O QUE É CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE? 
Resposta: Aferição da validade das normas face à Constituição. a partir desse controle, as 
normas são consideradas inconstitucionais (quando contrárias à constituição) ou 
constitucionais (quando compatíveis com a Constituição). Assim, é por meio desse controle 
que se busca fiscalizar a compatibilidade vertical das normas com a constituição e, dessa 
forma, garantir a força normativa e a efetividade do texto constitucional. 
São pressupostos do controle de constitucionalidade: 
a) existência de uma constituição escrita e rígida (princípio da supremacia formal da 
constituição); 
b) existência de um mecanismo de fiscalização das leis, com pelo menos um órgão 
com competência para o exercício da atividade de controle 
 
Conceito geral, detalhes de ADI (objetos de adi) 
 
Controle Abstrato ou Concentrado 
É aquele que busca examinar a constitucionalidade de uma lei em tese. Não há caso 
concreto em análise, onde a lei, em abstrato, tem sua constitucionalidade aferida pelo Poder 
judiciário. No controle abstrato, a constitucionalidade de lei ou ato normativo é arguida na 
via principal, por meio de ação direta. 
a) Competência - compete exclusivamente ao STF processar e julgar, originariamente, 
a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual em 
face da CF. 
b) Parâmetro de controle - Normas formalmente constitucionais, implícitas ou explícitas. 
Obs: Por força do Art.5, parágrafo 3, da CF, tratados sobre direitos humanos, 
incorporados ao ordenamento jurídico pelo procedimento de emenda, também será 
parâmetro de controle (bloco de constitucionalidade). SOMENTE NORMAS 
CONSTITUCIONAIS EM VIGOR PODEM SER PARÂMETRO PARA O CONTROLE. 
Objetos de ADI: (atos normativos primários) 
- Espécies normativas do Art.59, CF/88 
- Decretos autônomos 
- Tratados internacionais 
- Decretos legislativos 
- Regimentos internos dos tribunais e das casas legislativas 
- Constituições e leis estaduais 
Normas que não podem ser impugnadas por ADI 
- Normas constitucionais originárias - normas elaboradas pelo poder constituinte 
originário não podem ser objeto de ADI, segundo o STF 
- Leis e atos normativos revogados ou cuja eficácia tenha se exaurido: Se a lei já tiver 
sido revogada no momento em que a ADI é proposta, o STF não conhecerá a ação; 
Se a lei for revogada após a impugnação do ato via ADI, a ação restará prejudicada, 
total ou parcialmente, pela perda do objeto. 
RESUMO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 
PROF: GLÓRIA GODOY - 8 PERÍODO - 2019.2 
AMANDA WILDHAGEN 
- Direito pré-constitucional - normas elaboradas na vigência de constituições pretéritas 
não podem ser examinadas mediante ADI. Ocorre um juízo de recepção ou 
revogação. 
- súmulas e súmulas vinculantes - Não possuem característica de atos normativos, e 
por isso, não podem ser objeto de controle concentrado. 
- Atos normativos secundários - o STF não admite inconstitucionalidade direta ou 
reflexa. Se um ato normativo secundário (infralegal) violar a lei, e, por via indireta, 
desobedecer a CF/88, será casa de mera ilegalidade. Assim, os atos meramente 
regulamentares não estão sujeitos ao controle por meio de ADI. 
 
2ª questão: 
Caso concreto feito pela professora, para classificar o vício de inconstitucionalidade 
- Inconstitucionalidade 
O controle de constitucionalidade tem como objetivo final avaliar se uma lei ou ato 
normativo do poder público é ou não inconstitucional. Havendo desconformidade com a 
Constituição, a norma será considerada inconstitucional e, portanto, inválida. A doutrina 
busca classificar, segundo diferentes critérios, as variadas formas de manifestação de 
inconstitucionalidade 
- Espécies de inconstitucionalidade: 
a) Inconstitucionalidade por ação ou omissão - A inconstitucionalidade por ação é 
observado o desrespeito à CRFB/88, onde esta resulta de uma conduta positiva de 
um órgão estatal. Ex: edição de uma lei contrária à CF/88. Já a inconstitucionalidade 
por omissão, verifica-se a inércia do legislador frente a um dispositivo constitucional 
carente de regulamentação. Ocorre quando o legislador permanece omisso diante 
de uma norma constitucional de eficácia limitada, obstando exercício do direito. Ex: 
direito de greve dos servidores públicos (Art. 37, VII da CF/88) 
 
b) Inconstitucionalidade material (ou nomoestática) - Ocorre quando o conteúdo da lei 
contraria à Constituição (será considerada inválida mesmo que tenha obedecido 
fielmente o processo legislativo previsto na CF/88) 
 
c) Inconstitucionalidade Formal (ou nomodinâmica) - Caracteriza-se pelo desrespeito 
ao processo de elaboração da norma, preconizado na Constituição. Existem três 
tipos de inconstitucionalidade formal: 
- Inconstitucionalidade formal orgânica​: decorre da inobservância da 
competência legislativa para a elaboração de lei ou ato municipal. Exemplo: 
Lei municipal que trata de direito penal será inconstitucional, por ser esta 
matéria de competência privativa da União. (Art.22, I da CF/88) 
- Inconstitucionalidade formal propriamente dita​: decorre da inobservância do 
processo legislativo. Se o vício ocorrer na ​fase de iniciativa, ter-se-á o 
chamado vício formal subjetivo​. (Ex. Iniciativa parlamentar de projeto que 
modifique os efetivos das Forças Armadas - competência exclusiva do 
Presidente da República) Caso o vício ​se dê nas demais fases do processo 
legislativo, ter-se-á um vício formal objetivo (Ex. Não obediência ao quórum 
de votação de emenda constitucional de ⅗, em dois turnos, em cada casa 
legislativa). 
- Inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos objetivos do ato 
normativo​: Decorre da inobservância de pressupostos essenciais para edição 
de atos normativos. Ex.Medidas provisórias, para serem editadas, deverão 
atender aos requisitos de urgência e relevância (Art.62, caput, CF). Caso 
RESUMO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 
PROF: GLÓRIA GODOY - 8 PERÍODO - 2019.2 
AMANDA WILDHAGEN 
esses requisitos não sejam atendidos haverá inconstitucionalidade formal por 
violação a pressupostos objetivos. 
 
d) Inconstitucionalidade total ou parcial ​- Fica caracterizada quando o ato normativo for 
considerado, em sua totalidade, incompatível com a Constituição. Nesse caso, todo 
o conteúdo da Norma padecerá de vício. A inconstitucionalidade parcial ocorrerá 
quando apenas parte do ato normativo for considerado inválido. 
 
3ª questão: 
Controle concreto pela via difusa (julgamento e efeitos) 
É aquele realizado por qualquer juiz ou Tribunal do país. Ocorre diante de um caso 
concreto, em que a declaração de inconstitucionalidade se dá de forma incidental, como 
antecedente lógico do mérito. 
No controle difuso, o objeto da ação (a questão principal) não é a declaração de 
constitucionalidade de uma norma, sendo apenas questão prejudicial, que deverá ser 
resolvida pelo judiciário antes do mérito. A finalidade principal das partes, nessa modalidadede controle, não é a defesa da ordem, mas sim a proteção de direitos subjetivos cujo 
exercício está sendo obstaculizado pela norma que (supostamente) viola a Constituição. 
- Objeto e parâmetro de controle - qualquer lei ou ato normativo (federal, estadual, 
distrital ou municipal) poderá ser objeto de controle de constitucionalidade. Qualquer 
norma constitucional servirá como parâmetro, desde que esteja em vigor no 
momento do ato normativo questionado. 
- CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO - Qualquer juiz ou tribunal do país será 
competente para declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, afastando 
a sua aplicação ao caso concreto. Qd o controle difuso ocorre em primeira instância. 
a constitucionalidade da norma será decidida pelo juiz monocrático. No entanto, 
quando o controle difuso é feito pelos tribunais, é necessário que seja obedecida a 
cláusula de reserva de plenário (Art.97, CF/88). 
A cláusula de reserva de plenário visa garantir que uma lei seja declarada 
inconstitucional somente quando houver vício manifesto, reconhecido por um número de 
julgadores experientes, sendo necessário voto favorável da maioria absoluta do tribunal ou 
da maioria absoluta dos membros do órgão especial. Os órgãos fracionários não poderão 
declarar a inconstitucionalidade das leis. Na falta de órgão especial, a inconstitucionalidade 
só poderá ser declarada pelo Plenário do Tribunal, todavia, os órgãos fracionários podem 
reconhecer a constitucionalidade de uma norma, o que eles não podem é declarar a 
inconstitucionalidade. Caso entenda que a lei é inconstitucional, deverá remeter o processo 
ao plenário ou ao órgão especial. (Art.948 e 949 do CPC) 
- Súmula Vinculante 10 do STF - Viola cláusula de reserva de plenário, a decisão de 
órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, 
no todo ou em parte. Obs: O STF entendeu recentemente que “decisão de órgão 
fracionário que afasta a incidência de atos de efeitos concretos, sem conteúdo 
normativo, não viola cláusula de reserva de plenário”. 
Efeitos: 
- A decisão no controle incidental só alcança as partes do processo - Eficácia “Inter 
partes” 
- Não vincula os demais órgãos do judiciário - Decisões no controle de 
constitucionalidade difuso são não vinculantes. Apenas as partes envolvidas no caso 
concreto é que sofrerão os efeitos da declaração de inconstitucionalidade. 
- Quanto ao aspecto temporal - efeitos da decisão serão, em regra, retroativos (ex 
tunc), atingindo a relação jurídica motivadora desde a sua origem. A norma 
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declarada inconstitucional será considerada nula e, todos os efeitos por ela 
produzidos também serão nulos. Existe a possibilidade do STF realizar a modulação 
dos efeitos de uma decisão tomada em sede de controle difuso de 
constitucionalidade. O STF poderá por decisão de ⅔ dos seus membros, tendo em 
vista as razões de segurança jurídica e relevante interesse nacional, dar efeitos 
prospectivos (ex nunc) à decisão, ou fixar outro momento para sua eficácia ter início. 
- Possibilidade de efeitos “erga omnes” - Decisão tomada em controle difuso 
ampliando sentido e alcance - atuação do Senado Federal, no exercício da 
competência prevista no Art.52, X, CF/88. A suspensão de lei pelo Senado seria um 
ato de natureza política e discricionário, conferindo eficácia geral à decisão da Corte. 
O Senado não poderá ampliar, restringir ou interpretar a decisão do STF, onde 
deverá seguir exatamente o que prevê a decisão da Suprema Corte - resolução do 
Senado terá efeitos prospectivos (ex nunc) 
 
4ª questão: 
Pergunta genérica sobre ADI ( a respeito de adi é correto:....) 
Alguns pontos possíveis: 
- A lei 9868/99 rege ADI - A jurisdição constitucional somente será exercida pelo STF 
através de provocação por um dos legitimados a propor ADI (Art.103, CF) - Princípio 
da Inércia da jurisdição 
- O interessado deverá indicar na petição inicial: o dispositivo da lei ou ato normativo 
impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das 
impugnações; e, o pedido com suas especificações; 
- O STF está vinculado ao pedido feito pelo interessado - técnica da “declaração de 
inconstitucionalidade por arrastamento”, exceção ao princípio do pedido; 
- O STF está vinculado ao pedido, mas não se vincula a causa de pedir. A Corte não 
se vincula à fundamentação jurídica apresentada pelo proponente da ADI: o STF 
poderá decidir pela inconstitucionalidade de uma lei por um motivo totalmente 
diferente daquele indicado na petição inicial (ADI tem causa de pedir aberta); 
- Proposta a ADI o autor da ação não poderá dela desistir - ação indisponível - 
controle abstrato é processo objetivo, que tem por fim na defesa do ordenamento 
jurídico; 
- Apresentada a petição inicial será distribuída a um Ministro do STF (ministro relator). 
Caso seja inepta, não fundamentada ou manifestamente improcedente, esta será 
liminarmente indeferida pelo relator. Não será conhecida , neste caso; 
- Se a ADI for admitida, o relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades 
das quais emanou a lei ou ato impugnado. Se for lei federal - CN; lei estadual - 
Assembléia legislativa. As informações serão prestadas no prazo de 30 dias 
contados do recebimento do pedido: 
- Não se admite intervenção de terceiros: ADI é processo objetivo, no qual inexistem 
partes e direitos subjetivos envolvidos. Em razão disso, não se admite intervenção 
de terceiros. No entanto, a Lei 9868/99, no Art.7, parágrafo 2, admite a manifestação 
de outros órgãos e entidades na condição de “amicus curiae” - pluralizar o debate 
constitucional, dando maior legitimidade democrática às decisões do STF. 
Informativo 920 STF: irrecorrível decisão denegatória de ingresso feito como amicus 
curiae. 
- Participação do AGU - atua, em regra, em defesa da constitucionalidade da norma 
impugnada, com base na competência que lhe é atribuída pelo Art.103, parágrafo 3, 
da CF/88. O STF entende que o AGU não está obrigado a defender tese jurídica se 
a Corte já tiver fixado seu entendimento pela inconstitucionalidade da norma; 
RESUMO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 
PROF: GLÓRIA GODOY - 8 PERÍODO - 2019.2 
AMANDA WILDHAGEN 
- Participação do PGR - Fiscal da Constituição - devendo opinar com independência 
para cumprir seu papel de defesa do ordenamento jurídico. Sua manifestação é 
imprescindível para o processo, sendo obrigatória sua participação opinando sobre a 
procedência ou improcedência da ação. esse parecer não vincula o STF. A 
autonomia do PGR subsiste mesmo quando ele atua como autor da ação; 
- Imprescritibilidade em ADI - Não há prazo prescricional ou decadencial para a 
propositura de ADI. As leis e atos normativos deverão estar vigentes para ser objeto 
da ação. 
- Natureza dúplice ou ambivalente - decisão de mérito proferida produz eficácia 
quando o pedido é concedido ou quando é negado. Se o STF considerar quea lei ou 
ato normativo é inconstitucional, a ADI será julgada procedente; caso entenda ser 
compatível com a CF, a ADI será julgada improcedente. 
- Efeitos retroativos (“ex tunc”) - Regra - aplica-se a teoria das nulidades, segundo a 
qual a lei já nasceu morta, e todos os efeitos são considerados inválidos. A 
sentença que reconhece a inconstitucionalidade de norma é meramente declaratória 
de uma situação que já existia: a nulidade da norma. Existe, no entanto, 
possibilidade que o STF, por decisão de ⅔ dos seus membros, proceda à 
modulação dos efeitos temporais da sentença. Excepcionalmente a decisão em 
sede de ADI poderá ter efeitos “ex nunc”ou mesmo poderá ter eficácia em outro 
momento fixado pelo STF. 
- Eficácia “Erga Omnes” - terá eficácia contra todos, pois é um processo de caráter 
objetivo, no qual inexistem partes. A ADI tem como finalidade tutelar a ordem 
constitucional (e não interesses subjetivos). OBS: O STF poderá, por decisão de ⅔ 
dos seus membros, restringir os efeitos da decisão em ADI, determinando que ela 
não alcançará a todos indistintamente, mas apenas algumas pessoas. 
- EFEITO VINCULANTE - A decisão definitiva de mérito proferida pelo STF em ADI 
terá efeito vinculante aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração 
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. O efeito 
vinculante não alcança o STF, de modo que possibilita a mudança de orientação 
firmada em julgamentos anteriores, assim como não alcança o Poder Legislativo, 
que poderá editar nova lei de conteúdo idêntico ao da norma declarada 
inconstitucional. 
- A decisão de mérito em ADI é definitiva/irrecorrível, ressalvadas as hipóteses de 
embargos declaratórios. Também não cabe ação rescisória contra decisão proferida 
em sede de ADI. Caso haja desrespeito à decisão tomada em sede de ADI, o 
prejudicado poderá propor reclamação perante o STF, que determinará a anulação 
do ato administrativo ou a cassação da decisão judicial reclamada. 
- ADI - INTERVENTIVA - Utilizada para proteger princípios constitucionais sensíveis. 
Tais princípios estão arrolados no Art.34, VII, da CF/88. A ADI interventiva viabiliza a 
intervenção federal e a intervenção estadual, afastando temporariamente a 
autonomia do ente federativo que a ela é submetido. A decretação da intervenção é 
sempre competência do chefe do Poder Executivo (Presidente ou Governador), 
mesmo no caso da ADI interventiva. 
a) Interventiva federal - proposta pelo PGR perante o STF diante da violação de um 
princípio constitucional sensível. decretação da intervenção federal é realizada 
mediante decreto, que irá se limitar a suspender a execução do ato impugnado 
(intervenção branda ou branca). Caso essa medida não seja suficiente para 
restaurar a normalidade, o Presidente nomeará interventor e afastará as autoridades 
responsáveis de seus cargos (intervenção efetiva); 
b) Interventiva estadual - Proposta pelo PGJ perante o TJ. Uma vez provida a 
representação, o Governador decretará a intervenção estadual do município. A 
RESUMO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 
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decisão que negar provimento à representação do PGJ não poderá ser objeto de 
recurso extraordinário ao STF. Isso porque essa decisão não é jurídica, possuindo 
natureza político-administrativa. 
 
5ª questão: 
Rol de legitimados para ADI (Art 103 da cf) 
Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
I​ - o Presidente da República; 
II​ - a Mesa do Senado Federal; 
III​ - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VI​ - o Procurador-Geral da República; 
VII​ - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII​ - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX​ - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
Obs 1: ​Dentre todos os legitimados, apenas dois precisam de advogado para a propositura 
da ação : 
VIII​ - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX​ - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Os outros legitimados podem propor ADI independentemente de advogado, pois 
possuem capacidade postulatória especial, podendo subscrever a peça inicial da ADI sem 
qualquer assistência advocatícia 
Obs 2:​ O STF diferencia os legitimados a propor ADI em dois grupos 
a) Legitimados Universais - Podem propor sobre qualquer matéria, independente da 
pertinência temática. São eles; Presidente da República, Mesa do Senado Federal, 
Mesa da Câmara dos Deputados, Partido político com representação nacional, PGR, 
CFOAB. 
b) Legitimados especiais: Só podem propor ADI quando haja comprovado interesse de 
agir, ou seja, pertinência entre a matéria do ato impugnado e as funções exercidas 
pelo legitimado. Só podem propor se houver pertinência temática. São eles: 
Governador de Estado e do DF, Mesa da Assembléia Legislativa do DF e 
confederação sindical e entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 
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6ª questão: 
Controle de constitucionalidade preventivo 
Preventivo - É aquele que incide na norma que está em fase de elaboração (até a 
publicação no Diário Oficial). Podem exercer o controle preventivo: CCJ, mesa da casa 
legislativo. OBS: Mandado de segurança pelo parlamentar, que terá competência, 
observado do direito líquido e certo. Pode ser judicial (Ex:mandado de segurança impetrado 
por parlamentar no STF) ou político (Poder legislativo - Ex:veto jurídico do Presidente da 
República, por entender que o projeto de lei é inconstitucional) 
 
 
Discursiva 
1ª questão (2,5) 
Caso concreto escrito pela professora 
Um julgamento de adi 
(ABORDADO ACIMA) 
 
2ª questão (2,5) 
Caso concreto escrito pela professora 
Identificar se é constitucional ou não e se for inconstitucional, classificar a 
inconstitucionalidade e o juízo competente. 
(ABORDADO ACIMA) 
 
3ª (1,0) 
Caso concreto de 1 a 4 
Caso Concreto 1 
A) Normas materialmente constitucionais não são divergentes do conteúdo constitucional e 
utilizam como parâmetro para a sua elaboração o próprio texto constitucional. Já a norma 
formalmente constitucional seguiu o processo legislativo para sua criação, cuja previsão 
encontra-se no texto constitucional, não havendo, portanto vício no ato legislativo. 
B) Não está correto o entendimento, pois a rigidez da constituição não permite alterar o 
texto através de medida provisória, sendo certo de que não trata-se de assuntos de 
relevância e urgência, previsto no Art. 62, caput da CF. Neste prisma, a alteração deverá 
ocorrer através de Emenda Constitucional, observado o disposto no art.60 da Magna Carta. 
 
Caso Concreto 2 
Art 60, parágrafo 4°. 
Na hipótese a norma é materialmente inconstitucional, pois fere os Direitos e 
Garantias Fundamentais dispostos naCRFB/88. Seu controle será preventivo, pois ocorrerá 
ainda no processo legislativo, antes da publicação da lei. 
Apesar do controle jurisdicional de constitucionalidade realizar-se, via de regra, em 
caráter repressivo, ou seja, após a entrada em vigor da norma impugnada, a jurisprudência 
do STF reconhece uma possibilidade de questionamento preventivo. Trata-se do MS que, 
neste caso, só poderá ser impetrado por outro membro do Congresso Nacional, titular do 
direito líquido e certo observado o devido processo legislativo e, necessariamente, deverá 
ser julgado antes de o referido projeto ser convertido em lei, sob pena de tornar o MS um 
substitutivo da ADI. Ver, por exemplo, o MS-MC 23047/DF, STF. 
 
 
RESUMO CONSTITUCIONAL AVANÇADO AV1 
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AMANDA WILDHAGEN 
Caso concreto 3 
Direito individual homogêneo / litisconsórcio multitudinário / decisão inter partes 
A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal em face do INSS, visando obrigar a 
autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos 
direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em 
repartições públicas deverá ser julgada procedente. 
A alegação do INSS não encontra amparo legal, já que o direito de obter certidões 
de órgãos públicos, como citado no enunciado, é garantido constitucionalmente, e o decreto 
3048/90, artigo 130 não impede o INSS de fornecer tais documentos. Pelo contrário, o 
citado dispositivo indica que "O setor competente do Instituto Nacional do Seguro Social 
deverá promover o levantamento do tempo de filiação ao Regime Geral de Previdência 
Social à vista dos assentamentos internos ou das anotações na Carteira do Trabalho ou na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social, ou de outros meios de prova admitidos em 
direito." 
A ação civil pública é o instrumento processual adequado conferido ao Ministério 
Público para o exercício do controle popular sobre os atos dos poderes públicos, exigindo 
tanto a reparação do dano causado ao patrimônio público por ato de improbidade, quanto a 
aplicação das sanções do artigo 37, § 4°, da Constituição Federal, previstas ao agente 
público, em decorrência de sua conduta irregular. 
A ação civil pública é o meio adequado para a satisfação do direito pretendido pelo 
Ministério Público, in casu. 
Com efeito, esta ação é de legitimidade do Ministério Público, e tem por fim reprimir 
ou impedir danos a direitos difusos e coletivos da sociedade. Neste caso, o direito de obter 
as certidões é um direito coletivo, de interesse de todos, pois é necessário para que o 
indivíduo esteja ciente do tempo de serviço já prestado e constante do Registro da 
Previdência Social. 
 
Caso concreto 4 
Não. A sentença proferida pelo juízo de A gerou precedente judicial favorável ao 
pedido de B, contudo não há o que se falar em efeitos vinculantes, pois tal prerrogativa é do 
STF, conforme dispõe o Art.103-A, quando após reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional poderá aprovar Súmula, que a partir de sua publicação em imprensa oficial, 
terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário. Desta forma, não 
poderá o tribunal acolher o pedido de B, julgando-o improcedente face a fundamentação 
errônea de caráter vinculante de decisão judicial. 
 
Caso Concreto 5 
Discursiva: 
Questão 1 
A) Há um vício, pois violou o princípio da separação dos poderes (art.2º, CF/88). 
B) Não utilizou a medida correta pois a norma é municipal e o parâmetro é constituição 
estadual, devendo utilizar a representação de inconstitucionalidade (Art.125, §2º, 
CF/88) 
Questão 2 
A) Suspende-se o curso da ação no âmbito estadual, objetivando harmonia entre os 
julgados. 
B) Sim. Poderá ser objeto da ação por se tratar de um ato primário, cujo parâmetro é a 
CRFB/88.

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