Buscar

Adm 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
!"#$%#&'(
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
21
/
%
$"
!
"
-,
0
!1+("!2-#,345&&$3!
"!,!"#$%$&'(!)*+
Nesta unidade, estudaremos a abordagem clássica da Administração
que se subdivide em duas partes: Administração Científica e Teoria Clássica.
Na primeira, estudaremos as origens e a biografia de Frederick W. Taylor, os
fundamentos da Administração Científica e seus princípios, as contribuições
da Administração Científica, a organização racional do trabalho, as
experiências de Henry Ford e as principais idéias e críticas. Na segunda,
seremos apresentados à biografia e às contribuições de Henri Fayol, às seis
funções da empresa e funções administrativas, à definição de administração,
à importância relativa das diversas capacidades do pessoal das empresas,
aos princípios gerais de administração, aos elementos da administração, às
principais idéias e críticas.
+16-'$7+,"!,/%$"!"-8
• Identificar as condições que possibilitaram o surgimento da
Administração Científica, seus fundamentos e suas contribuições.
.4!%+,"!,/%$"!"-8
• A Administração Científica.
• Principais críticas dirigidas a Teoria da Administração Científica.
• Idéias novas trazidas pela Teoria Administração Científica.
• A Teoria Clássica – Fayolismo.
• Principais críticas dirigidas a Teoria Clássica.
• Idéias novas trazidas pela Teoria Clássica.
Bons estudos!
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
22
!"#$%$&'(!)*+,3$-%':;$3!
+<=>?@A
A Administração Científica é considerada a primeira abordagem da Teoria
Geral da Administração. Sua origem se localiza no conjunto das experiências
obtidas de trabalhos efetivos, acompanhadas de estudos mediante ao
emprego de métodos empíricos sobre a realização do trabalho, em algumas
fábricas americanas, nas quais Taylor prestou trabalho durante, praticamente,
toda uma vida.
A força impulsionadora desse esforço foi a de reduzir a improvisação e
o desperdício nas fábricas, trazendo o conseqüente benefício para
empregadores e empregados. Segundo Silva (1974), ao relatar algumas
palavras de Taylor no último discurso de sua vida “o aumento da riqueza real
do mundo... O aumento da felicidade do mundo... O advento de menos horas
de trabalho, a oportunidade de melhor educação e mais recreação, de cultura
artística, de música, de tudo enfim que torna a vida digna de ser vivida se
relaciona com o aumento de produção do indivíduo”.
Vejamos, agora, uma breve biografia de Taylor, um dos pioneiros da
Administração.
'BCDE<
Em 1874, aos 18 anos, Taylor empregou-se como aprendiz em uma
pequena fábrica de bombas de água, em Filadélfia, de onde saiu torneiro
mecânico. Mais tarde, fez carreira de engenheiro-chefe na Midvale Stell
Company.
Entre 1883 e 1890, nosso pioneiro colou grau de Engenheiro Mecânico
e deixou a Midvale para trabalhar de diretor-geral da Manufacturing Investment
Company, empresa que explorava em larga escala a indústria de papel.
Três anos mais tarde, assumiu a profissão de systematizer, da qual foi
criador e primeiro titular. Nessa qualidade de systematizer, Taylor foi contatado
pela Bethlehem Steel Company, que estava interessada no seu sistema de
administração industrial e no seu método de cortar metais.
Em 1901, Taylor , resolveu dedicar sua vida à propagação gratuita de
seu sistema de administração. Até a morte, Taylor não recebeu qualquer
remuneração pelos discursos e conferências que pronunciou, artigos e livros
que escreveu, reuniões em sua própria casa, em estabelecimentos industriais
e em escolas e universidades a que compareceu para explicar os fundamentos
do seu sistema. Como última homenagem, em sua sepultura, em Philadelphia,
gravaram a inscrição ‘Frederick Winslow Taylor – Pai da
Administração Científica’.
Mas por que Frederick Winslow Taylor pode ser
considerado o ‘Pai da Administração Científica’? De que
forma, esse homem contribuiu para a nossa Administração?
Veremos, então!
As contribuições de Taylor para a Administração dividiram-se em dois
períodos.
7!#+&, (-;4-'$(
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
23
.($#-$(+,.-(:+"+,"-,3+%'($1/$)F-&,"-,;(-"-($3G,H$%&4+H,'!I4+(
Segundo Chiavenato (1999), o primeiro período corresponde à época
da publicação do seu livro, Shop Management (Administração de Oficinas), em
1903, no qual se preocupa com as técnicas de racionalização do trabalho do
operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos (motion-time Study).
Taylor começou seu trabalho, junto com os operários, decompondo os seus
movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os
gradativamente.
Podemos citar como contribuições de Taylor:
1. O objetivo da Administração é pagar salários altos e ter baixos custos
de produção. Para alcançar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos
científicos e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das
operações, os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços
com materiais e condições de trabalho adequados, para que as normas possam
ser cumpridas e devem ser treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar
uma tarefa para cumprir uma produção normal.
“... uma atmosfera de cooperação entre Administração e
trabalhadores para garantir esse ambiente psicológico”.
Claude (1968)
A atuação de Taylor foi pioneira e ainda hoje muitos de seus princípios
são utilizados por inúmeras empresas, apesar de ser a teoria mais severamente
criticada, dentre todas as outras, conforme abordaremos mais adiante.
&-2/%"+,.-(:+"+,"-,3+%'($1/$)F-&,"-,;(-"-($3G,H$%&4+H,'!I4+(
Para Chiavenato (1999), o segundo período se dá em 1911, com a
publicação do livro Princípios de Administração Científica, quando Taylor concluiu
que a racionalização do trabalho operário deve ser acompanhada de uma
estruturação geral da empresa para tornar coerente a aplicação de seus
princípios. Foi nesse período que se desenvolveu os seus estudos sobre a
Administração Geral, denominada Administração Científica, sem deixar de se
preocupar com a tarefa do operário.
Taylor não parou por aí! Para ele, a Administração Científica tinha 7
fundamentos:
1. O objetivo principal da administração deve ser o de assegurar
o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, ao
empregado;
2. Identidade de interesses de empregadores e empregados - A
Administração Científica tem, por seus fundamentos, a certeza
de que os verdadeiros interesses de ambos são que a
prosperidade do empregador não pode existir, por muitos anos,
se não for acompanhada da prosperidade do empregado e vice-
versa, e que é preciso dar ao trabalhador e ao empregador o
que eles mais desejam. Ao primeiro, altos salários e, ao segundo,
baixo custo de produção;
Racionalização – tornar ra-
cional; tornar mais eficien-
te, aperfeiçoar (processos,
métodos) para que se evitem
perda de tempo e desperdí-
cios. AMORA, Soares.
Minidicionário da Língua Por-
tuguesa.
Desta forma, percebemos
que a abordagem de Taylor
foi direcionada para o “fazer”
e não fundamentalmente
para a administração que se
processa nos escritórios,
aquela que se ocupa com a
área comercial (termo da
época), financeira, Adminis-
tração de Pessoal, etc., con-
forme se ocuparão os estu-
diosos das próximas teorias
da Administração.
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
24
Diante do que você leu acima, você concorda com Taylor? Sim?
Não?... Então, vou deixar a pergunta para mais tarde e vamos
em frente!
3. Influência da produção na prosperidade de empregadores e
empregados - O objetivo mais importante para ambos deve
ser a formação e o aperfeiçoamento do pessoal da empresa,
de modo que os homens possam executar em ritmo mais
rápido e com maior eficiência os tipos mais de trabalho, de
acordo com suas aptidões naturais;
4. Vadiagem no trabalho - O trabalhador, às vezes, faz menos
do que realmentepoderia – e isso vale também para a
produção. Não mais do que um terço ou metade de um dia de
trabalho é eficientemente preenchido;
5. Ignorância dos Administradores sobre o tempo necessário
para a execução dos serviços – O patrão ignorante, em relação
ao tempo para realizar os trabalhos, auxilia o operário no
objetivo de diminuir suas possibilidades de produção;
6. Substituição dos Métodos Empíricos por Métodos Científicos
– Em cada operação, dentre os vários instrumentos utilizados,
existe sempre um melhor e mais rápido do que os demais.
Para Taylor, esse fundamento significa substituir a improvisação
por métodos científicos. Você concorda com ele?
7. Divisão do trabalho entre a gerência e os trabalhadores - A
administração pode e deve planejar e executar muitos trabalhos
dos quais os operários são encarregados. Os atos dos
trabalhadores devem ser precedidos de atividades
preparatórias que os habilitem a fazer seus trabalhos mais
rápido e melhor. Cada homem deve ser instruído diariamente e
receber o auxílio cordial de seus superiores, ao invés de ser
coagido ou, em situação oposta, entregue à sua própria
inspiração. A fim de que o trabalho seja feito de acordo com
leis científicas, é necessário melhor divisão de
responsabilidades entre a direção e o trabalhador.
7!#+&, (-;4-'$(
7!#+&, (-;4-'$(
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
25
-;-$'+&,"!, !"#$%$&'(!)*+,3$-%':;$3!
Não apresentamos aqui panacéia para resolver todas as dificuldades
da classe obreira e dos patrões. Como certos indivíduos nascem preguiçosos
e ineficientes e outros ambiciosos e grosseiros, como há o vício e crime,
também sempre haverá pobreza, miséria e infelicidade. Nenhum sistema
de administração, nenhum expediente sob controle de um homem ou grupo
de homens pode assegurar prosperidade permanente a trabalhadores e
patrões. A prosperidade depende de muitos fatores, inteiramente livres de
controle de grupo humano, Estado ou Nação, e assim todos passam
inevitavelmente por certos períodos e devem sofrer um pouco. Sustentamos,
entretanto, que sob a administração científica, fases intermediárias serão
muito mais prósperas, felizes e livres de discórdias ou dissensões. Também
períodos de infortúnios serão em menor número, mais curtos e menos
atrozes. E isso se tornará particularmente verídico no país, região ou Estado
que em primeiro lugar substituir a administração empírica pela administração
científica. O autor está plenamente convencido de que esses princípios tornar-
se-ão de uso geral, no mundo civilizado, mais cedo ou mais tarde e, quanto
mais cedo, tanto melhor para todos.
(Taylor)
.($%3:.$+&,"-, !"#$%$&'(!)*+,3$-%':;$3!,+/,!"#$%$&'(!)*+,"!&
'!(-;!&
Veja o quadro a seguir: a proposta da Administração Científica de Taylor
para substituir a Administração Tradicional (Iniciativa e Incentivo).
-J-#.4$;$3!%"+
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
26
Em relação ao estudo dos tempos e movimentos da tabela acima,
Taylor, em suas experiências, atentou para dois percentuais: do período de
tempo que o trabalhador pode carregar peso e do período de tempo que
ele deve ficar livre, sem carregar peso. A essa constatação, ele deu o nome
de “Lei da Fadiga”, o que veremos mais detalhadamente adiante.
+/'(!&, 3+%'($1/$)F-&,"!,!"#$%$&'(!)*+,3$-%':;$3!
A Administração Científica não tem contribuições apenas de Taylor,
considerado pioneiro e o seu maior expoente, mas de outros estudiosos e
também pioneiros da Teoria Geral da Administração. É da Administração
Científica que recebemos os estudos e as publicações sobre a organização
e racionalização do trabalho.
Se pesquisarmos em Chiavenato (1999) veremos que a Organização
Racional do Trabalho (ORT) baseia-se em alguns aspectos:
1º - Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos
Devemos encontrar de 10 a 15 trabalhadores de várias empresas e
diferentes regiões com habilidade para o trabalho que será analisado. Depois,
estudar as operações ou movimentos que cada homem empregará ao
executar o trabalho, como também os instrumentos usados e, com o
cronômetro de parada automática, verificar o tempo utilizado para cada
movimento e, então, escolher os meios mais rápidos de realizar as fases do
trabalho. Ao final, eliminamos todos os movimentos falhos, lentos e inúteis,
afastamos os movimentos desnecessários e reunimos em um ciclo os
movimentos melhores e mais rápidos, assim como os melhores instrumentos.
Para esse autor os objetivos de tempos e movimentos são:
• eliminação do desperdício;
• adaptação dos operários à tarefa;
• treinamento dos operários;
• especialização do operário;
• estabelecimento de normas de execução do trabalho.
Os estudos de tempo e movimento encontram em Frank Bunker
Gilbreth (1868-1924), engenheiro americano, e sua esposa Lilian Gilbreth
os seus maiores expoentes.
2º - Estudo da fadiga (Lei da fadiga ou do trabalho penoso)
Taylor deu início ao estudo do esforço humano de modo a obter o que
denominou de lei da fadiga.
A fadiga é o cansaço do trabalhador resultante da realização
de esforço em relação a um trabalho penoso.
Ele procurou mostrar isso após alguns tipos de experiências
com trabalhadores, carregando cargas com determinados pesos,
45Kg e 22kg, e os respectivos percentuais do tempo de um dia
de trabalho no qual o trabalhador deveria trabalhar e descansar
respectivamente.
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
27
Taylor, Gilbreth e outros estudiosos da Administração Científica, deram
o passo inicial para o desenvolvimento da moderna ergonomia - ciência
responsável pela adaptação do trabalho ao homem, ao contrário da
Administração Científica, que procurava adaptar o homem ao trabalho.
3º - Divisão do trabalho e especialização do trabalhador
Como planejar a execução da tarefa para redução de custo e aumento
de produtividade?
A forma mais econômica é mediante a divisão do trabalho, visando o
aumento da eficiência mediante a especialização, em cada operação mecânica,
precedida de vários estudos preparatórios realizados por outros homens.
Conseqüentemente, o trabalhador perde a autonomia, a liberdade e
a iniciativa para escolher o método de realizar o trabalho e passa a executá-
lo de forma mecânica e repetitiva, por isso o trabalhador submetido a essa
condição passou a ser denominado de homem-máquina. Um trabalho inteiro
passa a ser fragmentado em partes para ser realizado por operações ou
tarefas manuais, simples e repetitivas
(monótonas).
Assistiu ao filme “Tempos
Modernos” de Charles Chaplin? Não?
Pois, então, recomendo que assista.
Você verá a grande crítica feita através
desse filme e identificará o que
acabamos de ler.
&/2-&'*+,"-,;$4#-
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
28
4º - Desenho (design) dos cargos e tarefas
O estudo de racionalização em relação aos cargos se inicia sobre o
modo como o cargo é desempenhado para se chegar ao modo com que ele
deve ser desempenhado.
Taylor foi o primeiro a realizar tentativas para estabelecer
racionalmente os cargos e as tarefas. Em seguida, ele passa a conceituar e
apontar as principais vantagens da racionalização dos desenhos dos cargos:
• Admissão de empregados com qualificações e salários mínimos,
a fim de diminuir os custos de produção;
• Baixar os custos de treinamento;
• Diminuição de erros na execução e dos refugos e rejeições;
• Facilidade de supervisão, melhor controle de um número maior
de subordinados;
• Aumento da eficiência do trabalhador e, conseqüentemente,
maior produtividade.
Podemos acrescentar aqui outras vantagens:
• Facilidade de balanceamento das cargas (pelo estudo da
fadiga);
• Redução dos riscos dos acidentes de trabalho pela redução de
atos inseguros.
5º - Incentivos salariais e prêmios de produção
A partir de uma quantidade média de produção padronizada,
ultrapassada, o trabalhador receberia um pagamento adicional, “um prêmio”
pelaeficiência, além do pagamento normal pelo dia de trabalho.
6º - Conceito de homo economicus
Aqui, o homem seria motivado a trabalhar por causa da fome e da
necessidade de dinheiro para viver. Assim, um pagamento adicional e os
prêmios de produção influenciariam muito os esforços de cada trabalhador
na sua tarefa, fazendo com que ele se envolvesse cada vez mais na
produção. Esta visão de ‘o homem econômico’ via no operário da época, um
indivíduo limitado, preguiçoso e culpado pelo desperdício das empresas.
7ª - Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto,
etc.
Taylor, juntamente com seus seguidores, verificou que a eficiência dos
trabalhadores não se concentra somente no incentivo salarial, mas também
em um conjunto de condições trabalhistas que garantam o bem-estar físico
e diminuam a fadiga do trabalhador. Essas condições de trabalho seriam:
• Instrumentos e ferramentas adequados ao trabalho,
minimizando, assim, o esforço do operador e a perda de tempo
na execução da tarefa;
Cargo: conjunto de tarefas
executadas de maneira
cíclica e repetitiva.
Tarefa: é toda e qualquer ati-
vidade executada por uma
pessoa no seu trabalho.É a
menor unidade dentro da di-
visão do trabalho em uma
organização.
Desenhar um cargo é especi-
ficar seu conteúdo (tarefas),
métodos de executar as ta-
refas e as relações com os
demais cargos existentes.
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
29
• Distribuição espacial das máquinas e equipamentos em geral,
objetivando melhores fluxos de produção;
• Um ambiente físico de trabalho com menos ruído, maior
ventilação, boa iluminação;
• Instrumentos e equipamentos especiais, a fim de reduzir
movimentos desnecessários.
8ª - Padronização de métodos e de máquinas
Como você já deve saber, padronização vem de padrão e este é uma
medida, um critério a ser adotado. Aqui, falamos em padronização das
máquinas e equipamentos, instrumentos de trabalho, matérias primas, etc.,
a fim de reduzir a diversidade no processo produtivo e, por conseguinte,
eliminar o desperdício, aumentando a eficiência.
9ª - Supervisão funcional
Taylor também propunha a supervisão funcional, ou seja, diversos
supervisores, cada um especializado em determinada área, possuindo, assim,
autoridade funcional.
Encerramos aqui o estudo das contribuições da Administração Científica.
Mas será que já aprendemos tudo sobre essa administração? Claro que
não! Uma Administração Científica não se faz assim, da noite para o dia, e
nem somente de contribuições. Precisamos empregar princípios para colocar
tudo isso em prática. E já que falamos em princípios... que tal falarmos um
pouco sobre eles agora?
+&, .($%3:.$+&,"!,!"#$%$&'(!)*+,3$-%':;$3!
Segundo Chiavenato (1999), a Administração Científica possui alguns
princípios, dos quais veremos abaixo.
1º - Princípio do planejamento
Substituir o critério individual do operário, a improvisação, a atuação
empírico-prática pelos métodos baseados em procedimentos científicos.
Substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento dos métodos.
2º - Princípio de preparo (Aplicação do método racional)
Seleção e aperfeiçoamento científico do trabalhador, selecionar
cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões, e prepará-
los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método
planejado. Além do preparo da mão de obra, também as máquinas e
equipamentos de produção, o arranjo físico e a disposição racional das
ferramentas e materiais.
3º - Princípio do Controle
Controlar o trabalho para certificar que está sendo executado de acordo
com as normas estabelecidas e o plano previsto.
4º - Princípio da execução
Distribuir as atribuições e as responsabilidades, para que execução
do trabalho seja feito pelos operários.
Padronização é a aplicação
de padrões em uma organi-
zação ou sociedade para
obter a uniformidade e re-
duzir os custos.
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
30
Até aqui estudamos a Administração Científica, sob o ponto de vista de
um dos seus precursores – Taylor. Daqui em diante, continuaremos o nosso
conteúdo, agora sobre o prisma de Henry Ford, o ‘Pai da produção em série’.
KL0L,M-%(I,;+(",NKOPQ9KRSTU
!&,-J.-($V%3$!&,"-,M-%(I,;+("
Por ter nascido em fazenda, Henry se preocupava em encontrar meios
de melhorar os transportes, “o carro sem cavalos”, tendo como
acontecimento mais importante de sua vida ter encontrado um locomóvel,
em 1875, na estrada de Detroit.
Essa máquina o encantou desde o início e o levou a estudar carros
automotores. Aos dezessete anos Henry deixou a escola e ingressou nas
oficinas Drydock como aprendiz. Apesar da dificuldade, conseguiu diplomar-
se em mecânico.
Em 1879, Ford passou a trabalhar na Westinghouse Company, como
técnico de montagem e consertos de locomóveis, mas não se agradou muito,
por causa do peso e custo das máquinas, que só os grandes fazendeiros
poderiam adquirir.
Na condição de mecânico produziu, em 1893, o seu primeiro automóvel,
“um calhambeque à gasolina”. Ele era barulhento, assustava os animais,
congestionava o trânsito graças à curiosidade que causava e aos problemas
com os agentes de polícia. Foi o primeiro e durante muito tempo o único
automóvel de Detroit. Tendo percorrido nele 1.500 quilômetros, Henry depois
o vendeu por 200 dólares.
Henry Ford examinou um carro alemão, Benz, exposto em Nova York
em 1895, mas não constatou nenhum aperfeiçoamento interessante, também
usava correias e era pesado. Sendo assim, no ano seguinte, construiu seu
segundo carro muito parecido com o primeiro, porém mais leve, ainda com
correias como meio de transmissão.
Alguns anos mais tarde Ford fundou sua primeira fábrica, que não
deu certo. Mas ele não desistiu, continuou tentando e fazendo suas
pesquisas, quando em 1903 fundou a Motor Company, visando fabricar e
vender carros a preços ao alcance da população. Estabeleceu o “sistema de
vendas Ford” e o “serviço Ford”. Os carros adquiriam fama de resistentes,
firmes, bem construídos. A fábrica produzia algumas peças, mas, na verdade,
era uma atividade de montagem. Seu fundador trabalhava com a idéia de
fabricar um modelo universal.
De 1905 a 1906 fabricavam-se somente dois modelos de carros: um
de 4 cilindros de 2.000 dólares e outro destinado ao turismo por 1.000
dólares.
Em 1907, tendo adquirido a maioria das ações, Ford decidiu mudar o
rumo dos negócios: parou de fabricar o carro de turismo, fabricou um carro
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
31
de 600 dólares e outro de 750 dólares. Conseguiu vender 8.423 carros,
significando 20% apenas das melhores vendas anteriores. A partir dessa
experiência, ele resolveu fabricar somente um modelo. Foram vendidos 10.000
carros e adquiriu-se um novo espaço para a construção de uma nova fábrica,
introduzindo-se a Linha de produção.
Entre 1910 e 1911, já com as novas instalações de produção, foram
vendidos 34.528. A partir daí se iniciou uma sistemática redução de preços.
Em 1914 estabeleceu o salário mínimo de 5 dólares por dia de oito horas,
quando na maioria dos países, a jornada era de 10 a 12 horas, com salários
muito mais baixos.
Desculpe interromper seu raciocínio um instante, mas o que você achou,
especialmente, sobre o parágrafo acima? Ford estabeleceu um salário mínimo
de 5 dólares por 8 horas de trabalho, enquanto que em outros países a
jornada era de 10 a 12 horas e os salário bem mais baixos. Será que ele era
‘bonzinho’ (com todo o respeito)? Ou será uma tática para incentivar seus
funcionários? Deixarei essas e outras perguntas para você responder!
Continuemos então!
Segundo Moitinho (1961), em 1915, saiu das fábricas de Ford um
milhão de carros, observando ainda os desempenhos em relação aos anos
de 1926 a 1928. Em 1926 possuía 88 usinas Ford e empregava entre homens
e mulheres mais de 150 mil pessoas, fabricando dois milhões de carros por
ano; já em 1927foi encerrada a fabricação do “modelo T” (Ford de bigode)
e em 1928, nos primeiros dias do ano, foi lançado o “modelo A”, que iniciava
uma nova fase dos carros da Ford.
Curiosidade:
No período de 1927 a 1930, Henry Ford desejando livrar-se do
monopólio inglês da borracha, decidiu investir no cultivo da seringueira para
a obtenção do látex na Amazônia brasileira, no Pará, às margens do Rio
Tapajós. Para essa finalidade construiu uma vila com o nome de Fordlândia,
que chegou a atrair mais de duas mil pessoas. Entretanto, esse projeto foi
abandonado pela Ford em virtude de uma praga que atacou as folhas das
seringueiras. A vila Fordlândia deu lugar à cidade de Belterra, que ainda
guarda várias memórias daquela época, devido ao estilo arquitetônico das
casas e objetos trazidos dos EUA. Atualmente, constitui-se numa área de
turismo para a região.
Enquanto Taylor, Gilbreth, Anderson, Gantt e outros realizavam estudos
na condição de empregados em empresas industriais, Henry Ford pôde
exercitar a Administração na condição de empreendedor, tendo que, antes
de tudo, criar um produto viável para o mercado. Sendo assim, ele pôde nos
transmitir informações mais gerais do que as experiências obtidas apenas
no espaço da fábrica.
Todas essas informações desse item foram extraídas de forma resumida
do Livro de Henry Ford. Princípios da Prosperidade. Rio de Janeiro: Editora
BRAND, 1954, volume único, contendo seus três livros: Minha Vida e Minha
Obra; Hoje e amanhã e Minha Filosofia de Vida, especificamente do Livro Minha
Vida e Minha Obra.
7!#+&, (-;4-'$(
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
32
+&,'(V&,.($%3:.$+&,15&$3+&,"-,;+("
Henry Ford tinha três princípios: de intensificação, economicidade
e produtividade. O primeiro trata da diminuição do tempo de duração
com o emprego dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação
do produto no mercado; o segundo fala sobre a redução do estoque da
matéria-prima em transformação. A intenção é que a velocidade da
produção seja rápida, tão rápida que o produto seja pago à empresa
antes mesmo do pagamento da matéria-prima; e o terceiro princípio
preza pelo aumento da capacidade de produção do operário por meio
da especialização e da linha de montagem. Assim, empresa e operário
ganham.
Apesar de tudo isso, algumas cr í t icas foram dir ig idas à
Administração Científica. Aliás, em todos os aspectos, temos que ver as
vantagens e desvantagens, ouvir os aplausos e as críticas. Então, vamos
lá!
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
33
3(:'$3!&, "$($2$"!&, W, '-+($!, "!, !"#$%$&'(!)*+, 3$-%':;$3!
Segundo Chiavenato (1999), as críticas são as seguintes:
• Mecanicismo da Administração Científica
Embora a organização seja constituída de pessoas deu-se pouca
atenção ao elemento humano e concebeu-se a organização como um
“arranjo rígido e estático de peças” Katz & Kan (1970), ou seja, assim
como construímos uma máquina dentro de uma série de peças e
especificações, também construímos uma organização de acordo com um
projeto. Daí, a denominação “a teoria da máquina”. Worthy (1950). Não
só para a Administração Científica, mas para toda a Teoria Clássica da
Administração.
• Superespecialização do operário
[...] “à medida que as tarefas vão se fracionando, a maneira de
executá-las torna-se padronizada”. Katz & Kan (1979). “Essas formas de
organização de tarefas não apenas privam os trabalhadores de satisfação
no trabalho, mas, o que é pior, violam a dignidade humana”. Scott (1962).
O filme Tempos Modernos, que recomendei a você anteriormente, retrata
pitorescamente as agruras do operário americano robotizado pela
extrema especialização de tarefas e pelo excesso de padronização dentro
das fábricas.
• Visão microscópica do homem
[...] refere-se ao homem como empregado tomado individualmente,
ignorando que o trabalhador é um ser humano e social.
• Ausência de comprovação científica
[...] pretende elaborar uma ciência, sem, todavia, apresentar
comprovação científica das suas proposições e princípios. Os engenheiros
americanos utilizaram pouquíssima pesquisa e experimentação científica
para comprovar suas teses. Os aspectos mais importantes referem-se
ao como e não ao porquê da ação do operário.
• Abordagem incompleta da organização
[...] é considerada uma abordagem incompleta, parcial e inacabada,
por se restringir apenas aos aspectos formais da organização, omitindo
completamente a organização informal e, principalmente, os aspectos
humanos da organização [...] é também criticada por limitar-se aos
problemas da fábrica, omitindo as demais áreas e partes da organização.
• Limitação do campo de aplicação
As observações de Taylor e seguidores foram limitadas a problemas
de produção na fábrica não considerando os demais aspectos da vida da
empresa, como financeiros, comerciais, etc.
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
34
• Abordagem prescritiva normativa
[...] visualizava a organização como ela deveria funcionar, ao invés
de explicar o seu funcionamento. [...] procura padronizar situações para
poder padronizar a maneira como elas deverão ser administradas.
• Abordagem do sistema fechado
[...] visualiza as empresas como se elas existissem no vácuo ou
como se fossem entidades autônomas, absolutas e hermeticamente
fechadas a qualquer influência vinda de fora delas.
Diante das críticas dirigidas à Administração Científica, devemos
proceder com cautela e considerar determinadas condições econômicas,
sociais e de concorrência da época eram diferentes das condições atuais.
Também devemos considerar a Teoria Clássica, que teve um foco
importante na busca pelo aumento da produtividade na empresa. Após
a Administração Científica, praticamente não surgiu nenhuma teoria com
proposta para aumento da produtividade e eliminação dos desperdícios.
A busca pelo aumento da produtividade só foi retomada com o movimento
da qualidade total nos anos 80, quando as empresas passaram a sofrer
uma concorrência intensa por parte dos países denominados de tigres
asiáticos, tendo o Japão como o mais atuante. E ainda, diante de qualquer
das teorias ou questões, é recomendável que ao invés de aprovar ou
negar tudo, procuremos extrair os aspectos positivos e os negativos e
fazer as considerações.
$"X$!&,%+7!&, '(!Y$"!&, .-4!, !"#$%$&'(!)*+,3$-%':;$3!
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
35
'-+($!, 345&&$3!, 9, ;!I+4$&#+
Da mesma forma que fizemos com a Administração Científica, nos
conduziremos, agora, ao estudo da Teoria Clássica. Um dos grandes
contribuidores dessa teoria foi Henri Fayol, sobre o qual conheceremos um
pouco da sua história.
Silva (1974) faz as seguintes considerações sobre Fayol:
Fayol construiu a sua teoria administrativa com os materiais vivos
da prática. Foi vendo administrar e administrando que vislumbrou,
deduziu, identificou e enunciou os seus princípios administrativos. As
observações de que se valeu para elaborar a sua doutrina, ele as
colheu e analisou durante mais de 50 anos, ao longo de sua longa
carreira de administrador;
[...] O mérito principal de Fayol consiste no lançamento da idéia de
que a administração pode e deve ser ensinada, e na introdução do
raciocínio experimental nos domínios da administração;
'-+($!,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+,9,!,%!'/(-Y!,"!&,3+%'($1/$)F-&
"-,M-%($,;!I+4
Fayol deu muitas contribuições para a Teoria Clássica da Administração,
entre elas estão: as 5 funções essenciais da empresa; a definição de
Administração; a importância relativa das diversas capacidades do pessoal
das empresas; os princípios gerais de Administração e seus elementos.
Estudaremos agora, cada uma delas.
As seis funções essenciais da empresa
Segundo Fayol, as seis funções essenciais da empresa são:
1. Operações técnicas: produção, fabricação, transformação;
2. Operações comerciais: compras, vendas, permutas;
3. Operações financeiras: procurae gerência de capitais;
4. Operações de segurança: proteção de bens e de pessoas;
5. Operações de contabilidade: inventários, balanços, preços de
custo, estatística, etc.;
6. Operações administrativas: previsão, organização, direção,
coordenação e controle.
Você deve estar se perguntando: como localizar as seis funções
essenciais da empresa prescritas por Fayol, nas empresas do início do século
XXI? Calma, vamos ver uma por uma!
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
36
1. Operações Técnicas (Fayol - produção, fabricação, transformação)
Funções Técnicas (atualmente, Funções de Produção)
2. Operações Comerciais (Fayol - compras, vendas e permutas)
Funções Comerciais (atualmente, Funções de Marketing)
Quando Fayol publicou seu livro em 1916, o Marketing encontrava-se
em fase de surgimento na Inglaterra e nos Estados Unidos, não sendo ainda
de aplicação corrente nas empresas americanas e nas empresas européias.
No Brasil, as funções de Marketing surgiram na década de 50, trazidas pelas
empresas americanas que aqui se instalaram na fase da industrialização.
Na década de 60, já fazia parte do curso de Administração de Empresas da
EAESP-FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo) da Fundação
Getúlio Vargas. A partir de meados da década de 70, o Marketing passa a
ser adotado nos cursos de Administração que passaram a ser criados de
forma mais acelerada. A disciplina era tratada por muitos sob a denominação
de “Técnicas Comerciais”. Até hoje, ainda é possível encontrarmos no Brasil,
empresas adotando a função comercial sob a denominação de gerência
comercial ou diretoria comercial.
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
37
3. Operações Financeiras (Fayol - procura e gerência de capitais)
Funções Financeiras (atualmente, Funções Financeiras)
A procura e gerência de capitais até um determinado limite de valor
são exercidas pela gerência financeira. Após um limite de valor, é exercida
pela diretoria financeira ou presidência da empresa, respectivamente.
A função financeira absorve as funções de gerência ou gestão de
capitais, orçamento, planejamento do lucro e controle dos custos de produção
e das despesas administrativas, comerciais e financeiras incorridas pela
empresa e a função de contabilidade, que praticamente exerce as funções
consideradas por Fayol. Exceto a contabilidade fiscal, referente à
contabilização dos tributos a pagar e pagos pela empresa, que não foi
explicitada por ele.
Quanto à estatística, atualmente ela é exercida por todas as funções
da empresa.
4. Operações de segurança (Fayol - proteção de bens e de pessoas)
Funções de segurança (atualmente, Funções de Administração de
Pessoas)
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
38
A função de segurança tem sido contratada sob forma de prestação
de serviço ou terceirização, com o intuito de proteger bens e pessoas. Mesmo
sendo terceirizada, normalmente ela tem se reportado ao Departamento
de Administração de Recursos Humanos (ou de pessoas), atuando na
vigilância geral, na portaria, atendendo pessoas de fora, realizando o controle
das entradas, das saídas e transporte de bens e malotes, para evitar roubos
e proteger o patrimônio da empresa.
Nas empresas industriais, temos a função segurança exercida sob a
denominação de Higiene e Segurança do Trabalho, no intuito de cuidar da
prevenção e das estatísticas, de evitar os atos inseguros das pessoas
(provocados pelos funcionários) e condições inseguras (existentes nos locais
de trabalho).
Temos a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, nas
empresas em geral, com mais de 100 funcionários.
A abordagem de Fayol, apesar de ter sido no âmbito administrativo,
não explicita a função Administração de Pessoas, e sim, a capacidade
requerida para as pessoas em relação aos tipos de cargos existentes na
empresa.
5. Operações de contabilidade (Fayol - inventários, balanços, preços
de custo, estatística, etc.)
Atualmente, Funções de contabilidade
As operações de contabilidade, atualmente, pertencem à função
financeira da empresa, na qual a contabilidade realiza os registros dos atos
e fatos de natureza monetária. Além disso, a função de contabilidade apura
relatórios contábeis, a exemplo do balanço patrimonial e da demonstração
de resultados. Ela prepara também estatísticas sobre tais variações de
preços e custos e faz o controle dos inventários, ou seja, o controle entre
saldos contábeis e físicos dos itens de estoque.
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
39
6. Operações administrativas (Fayol - previsão, organização, direção,
coordenação e controle)
Até hoje, a tipologia das funções administrativas prescritas por Fayol
continuam reconhecidas – Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e
Controlar. Salientando que elas, atualmente, encontram-se significativamente
aprimoradas.
1ª - A função administrativa denominada por ele de prever, atualmente,
é denominada de planejar. Planejar, atualmente, é determinar o que deve
ser feito. Não queremos dizer que a Administração não faça previsões, estas
vêm antes do planejamento, que é uma determinação do que deve ser feito
e não uma previsão do pode ser feito;
2ª - Fayol não desenvolveu essas funções suficientemente, mesmo na
época dele. Mais tarde, na década de 50, é que as funções administrativas
foram enriquecidas em seu conteúdo, ganhando novas classificações e
aplicações, a exemplo do Planejamento Estratégico;
3ª - A função administrativa denominada por Fayol de coordenar, uma
função que liga e harmoniza as demais funções, sempre ofereceu dificuldade
de entendimento no que se refere à maneira de aplicação, ficando mais
habitual o uso de planejar, organizar, comandar e controlar. Tem sido mais
viável adotar essa função mediante a prática da comunicação, visando unir e
harmonizar as demais funções que estão sob o alcance da função de direção;
4ª - A partir da década de 50, a Teoria Neoclássica (Renovação da Teoria
Clássica) trouxe, e continua a trazer em nossos dias, um significativo
aperfeiçoamento das funções do Processo Administrativo, mediante a
participação de profissionais experientes, a exemplo de Peter Drucker, William
H. Newman, Harold Koontz e Cyril O’Donnell – conceitos e técnicas trazidos
pela Administração Japonesa em relação a seus conceitos e sua prática, de
acordo com as funções organização, direção e controle – funções que nenhum
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
40
governo, empreendedor ou profissional que lida com as empresas poderá
ignorar.
Não se preocupe! Reservamos adiante uma unidade para o estudo
mais detalhado dessas funções e você se sentirá muito mais seguro.
Entretanto, sinta-se a vontade para tirar suas dúvidas. Os professores
tutores estão a sua disposição.
"-;$%$)*+,"-, !"#$%$&'(!)*+
Segundo Fayol (1975), administrar é prever, organizar, comandar,
coordenar e controlar
• Prever é considerar o futuro e traçar um programa de ação.
• Organizar é constituir um duplo organismo material e social
da empresa.
• Comandar é dirigir o pessoal.
• Coordenar é ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços.
• Controlar é velar para que tudo corra de acordo com as regras
estabelecidas e as ordens dadas.
Para lembrar use POC3: Prever, organizar, comandar, coordenar
e controlar!
Ao invés de prever, a função atualmente considerada é a de planejar.
Agora, planejar significa determinar o que deve ser feito e prever,
estabelecer possibilidades sobre o que poderá acontecer. A previsão
geralmente antecede ao planejamento. Por exemplo: quando tiramos a
média das vendas de um determinado produto final nos últimos 12 meses e
chegamos ao número de 600 unidades, significa que as vendas mensais
nos próximos meses irão se repetir ou se aproximarão dessa quantidade.
A partir do momento em que o gerente de Marketing registra 600 unidades
para cada um dos próximos 4 meses, num formulárioou Planilha on-line, sob
o título de Plano de Vendas e o envia para o PCP – Planejamento e Controle
da Produção, ele está determinando as quantidades do produto que a
produção deverá providenciar efetivamente e colocar a disposição do
Departamento de Marketing da empresa, todas as quantidades
determinadas nos respectivos meses.
$#.+('Z%3$!,(-4!'$7!,"!&,"$7-(&!&,3!.!3$"!"-&,"+,.-&&+!4,"!&
-#.(-&!&
Fayol criou uma tipologia de capacidades que a direção e as pessoas
que trabalham nas empresas devem ter, são elas: administrativa, técnica,
comercial, financeira, de segurança e contabilidade.
Considerando apenas o que ele denominou de pequena, média,
grande empresa e empresa do Estado, vejamos a distribuição proporcional
a 100% da exigência e exercício das capacidades requeridas para os
"$3!
"$3!
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
41
chefes, sendo as mais relevantes, as seguintes capacidades: administrativa,
técnica e comercial.
Você acha que o tamanho de uma empresa influencia na sua
administração? Vamos refletir sobre isso? Então, preste atenção!
!&,3!.!3$"!"-&,[/-,!,"$(-)*+,"-7-,'-(,.+(,'!#!%M+,"!,-#.(-&!
A partir de seus estudos, Fayol admitia que o tamanho da empresa é
que servia de orientação sobre a exigência de menor ou maior participação
e capacidade administrativa, dentre um conjunto de capacidades. Numa
pequena empresa a exigência de capacidade administrativa é de 25%, na
grande aumentava para 50%, enquanto a capacidade técnica variava
inversamente, ou seja, de 30% para a pequena empresa e 10% na grande
empresa.
3!.!3$"!"-&,.-4+&,'$.+&,"-,3!(2+&,"-,3M-;$!
Segundo Fayol (1975), a partir de seus estudos, o tipo de cargo é que
servia de orientação sobre a exigência de menor ou maior participação,
capacidade administrativa, dentre um conjunto de capacidades. Um cargo
de Contramestre exigia 15% de capacidade administrativa, requeria 60%
de capacidade técnica. Um cargo de Diretor exigia 40% de capacidade
administrativa e 15% de capacidade técnica, sendo que para os níveis
intermediários de chefia, técnicos e chefes de divisão, a exigência variava
entre 30 / 35% de capacidade administrativa e 30% de exigência de
capacidade técnica.
Enquanto para um Diretor se admitiu uma exigência para as
capacidades administrativa, técnica e comercial, respectivamente de 40%,
15% e 15%, para um Contramestre se admitiu uma exigência para as mesmas
capacidades, respectivamente de 15%, 60% e 5%.
Para o nível intermediário, o caso de chefe de divisão, que poderíamos
considerar o cargo atual de gerente, uma exigência para as capacidades
administrativa, técnica e comercial é, respectivamente de 35%, 30% e 10%.
Das capacidades exigidas pelos cargos da empresa, as mais
significativas que podemos perceber foram a administrativa e a técnica,
nas quais a pessoa que ocupa o cargo de chefia ou direção necessita ter
mais capacidade administrativa do que técnica e os cargos de natureza
técnica necessitam mais de capacidade técnica do que administrativa,
existindo um acréscimo ou decréscimo de participação percentual da
capacidade administrativa à medida que os cargos de chefia se aproximam
ou se afastam do cargo de nível mais alto da hierarquia dos cargos da
empresa. Quanto mais os cargos de direção ou chefia se aproximam da
execução, a exigência de capacidade técnica aumenta.
Para a época e mesmo hoje, a preocupação demonstrada por Fayol
em relação às capacidades é relevante. Entretanto, dependendo de cada
época elas podem mudar de proporção e de características. As atividades de
7!#+&, (-;4-'$(
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
42
um Diretor Comercial da época são muito diferentes do Diretor de marketing
atual, que além de lidar com técnicas avançadas de sua área, precisa
conhecer bastante de administração financeira, planejamento estratégico,
economia nacional e internacional, produção, administração de pessoas,
sociologia, psicologia do consumidor e assim por diante. Com o correr do
tempo, as empresas vão desenhando e redesenhado os perfis de seus
cargos. O que era considerado técnico por Fayol (o modo de fazer as coisas
físicas) é diferente do que as empresas consideram hoje (indo muito além
das mercadorias, atingindo o âmbito virtual das organizações). Aliás, aspectos
que serão estudados depois.
.($%3:.$+&,"-, !"#$%$&'(!)*+,.(-&3($'+&, .-4!, '-+($!, 345&&$3!
Assim como a Administração Científica, a Teoria Clássica também
apresenta alguns princípios. Primeiramente, veremos os princípios da Teoria
Clássica segundo Henri Fayol e depois de acordo com Lyndall Urwick.
De acordo com Fayol (1975) os Princípios Gerais da Administração são
14:
1º - Divisão do trabalho: tem por finalidade produzir mais e melhor,
com o mesmo esforço;
2º - Autoridade e responsabilidade: consiste no direito de mandar e
no poder de se fazer obedecer. Não se concebe a autoridade sem a
responsabilidade, isto é, sem a sanção – recompensa ou penalidade – que
acompanhar o exercício do poder;
3º - Disciplina: consiste, essencialmente, na obediência, na assiduidade,
na atividade, na presença e nos sinais exteriores de respeito, demonstrados
segundo as convenções estabelecidas entre a empresa e seus agentes;
4º - Unidade de comando: para a execução de um ato qualquer, um
agente deve receber ordens somente de um chefe. Conseqüências da
dualidade de comando: hesitação do subalterno, perturbação, atrito de
interesses opostos, aborrecimentos do chefe que não foi informado do que
se passava, desordem no trabalho, etc.;
5º - Unidade de direção: um só chefe, um só programa para um conjunto
de operações que visam ao mesmo objetivo. A unidade de comando não
pode existir sem a unidade de direção, mas aquela não é conseqüência
desta;
6º - Subordinação do interesse particular ao interesse geral: numa
empresa, o interesse de um agente ou de um grupo de agentes não pode,
não deve prevalecer sobre o interesse da empresa;
7º - Remuneração do pessoal: é o prêmio pelo serviço prestado. Deve
ser eqüitativa, tanto quanto possível, satisfazer, ao mesmo tempo, ao pessoal
e à empresa, ao empregador e ao empregado;
8º - Centralização: em si não é um sistema de administração, nem bom
nem mau, podendo ser adotado ou abandonado à vontade dos dirigentes
ou das circunstâncias; entretanto, existe sempre em maior ou menor grau.
O problema da centralização ou descentralização é uma simples questão de
medida. Trata-se de encontrar limite favorável à empresa;
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
43
9º - Hierarquia: a via hierárquica é o caminho que segue, passando por
todos os graus da hierarquia, as comunicações que partem da autoridade
superior ou que lhe são dirigidas;
Podemos acrescentar a consideração feita por Fayol dizendo que a
Hierarquia pode também ser denominada de cadeia escalar.
10º - Ordem: é conhecida como a fórmula da ordem material: um lugar
para cada coisa e cada coisa em seu lugar. A fórmula de ordem social é
idêntica: um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar;
11º - Eqüidade: para que o pessoal seja estimulado a empregar no
exercício de suas funções toda a boa vontade e o devotamento de que é
capaz, é preciso que ele seja tratado com benevolência; eqüidade resulta
da combinação da benevolência com a justiça;
12º - Estabilidade do pessoal: um agente precisa de tempo para iniciar-
se em uma nova função e chegar a desempenhá-la bem – admitindo que
seja dotado das aptidões necessárias. Se for deslocado assim que sua
iniciação acabar ou antes que ela termine, não terá tido tempo de prestar
serviço apreciável;
13º - Iniciativa: Conceber um plano e assegurar-lhe o sucesso é uma
das mais vivas satisfações que o homem inteligente pode experimentar; é,
também, um dos mais fortes estimulantes da atividade humana. Essa
possibilidade de conceber e de executar é o que se chama de iniciativa;
14º - Espírito de equipe: O provérbio “A união faz a força”impõe-se à
meditação dos chefes da empresa. A harmonia e a união do pessoal de uma
empresa são grande fonte de vitalidade para ela. É necessário, pois, realizar
esforços para estabelecê-la;
Para Lyndall Urwick, a Administração tem quatro 4 princípios:
1º - Princípio da especialização: cada pessoa deve preencher uma
função, o que determina divisão especializada do trabalho. Este princípio dá
origem à organização de uma linha: a de staff e a funcional;
2º - Princípio de autoridade: deve haver uma linha de autoridade
claramente definida, conhecida e reconhecida por todos, desde o topo da
organização até cada indivíduo da base;
3º - Princípio da amplitude administrativa ou da amplitude de controle
(span of control): cada superior deve ter um certo número de subordinados
para supervisionar. O número ótimo de subordinados varia segundo o nível
e a natureza dos cargos, a complexidade do trabalho e o preparo dos
subordinados;
4º - Princípio da definição: os deveres, a autoridade e responsabilidade
de cada cargo e suas relações com os outros cargos devem ser definidos por
escrito e comunicado a todos.
3\<=EA=]B]?8
Encontramos em Lodi (1971) que Lyndall F. Urwick foi autor de diversos
livros de Administração na Inglaterra. Seus livros foram lançados a partir de
Cadeia escalar: é a linha de
autoridade que vai da autori-
dade superior aos subor-
dinados de nível hierárquico
inferior.
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
44
meados da década de 40. Uma de suas grandes contribuições foi ter
abordado a adoção do Staff como forma de especialistas contribuírem com
os cargos cujos ocupantes tivessem experiências gerais, favorecendo a
melhoria de coordenação na empresa.
Elementos da Administração
Vejamos, abaixo, os Elementos da Administração segundo Fayol e Urwick.
HENRI FAYOL LYNDALL URWICK
1 - Previsão 1 - Investigação
2 - Organização 2 - Previsão
3 - Comando 3 - Planejamento
4 - Coordenação 4 - Organização
5 - Controle 5 - Coordenação
6 - Comando
7 - Controle
3. Principais críticas dirigidas à Teoria Clássica
As críticas dirigidas à Abordagem Clássica é um fechamento de todas
as dirigidas à Administração Científica e à Teoria Clássica de Fayol e seus
seguidores. Entretanto, Chiavenato (1999) as remete à Teoria Clássica de
Administração. Leia, abaixo, parte da exposição dele:
1ª Abordagem simplificada da organização formal
Os autores clássicos conceberam a organização em termos lógico, formal,
rígido, psicológico e social com a devida importância, restringindo-se apenas
à organização formal, estabelecendo esquemas lógicos e preestabelecidos,
segundo os quais todas as organizações devem ser construídas;
2ª Ausência de trabalhos experimentais
Os autores clássicos fundamentam seus conceitos baseados na
observação e no senso comum. Seu método é empírico e concreto, baseado
na experiência direta e no pragmatismo. Costumavam caracterizar as idéias
mais importantes como princípios, o que provocou muitas críticas, pois o princípio
utilizado como sinônimo de lei deve, como esta, envolver um alto grau de
regularidade e consistência, permitindo razoável previsão na sua aplicação,
tal como acontece nas outras ciências;
3ª Extremo racionalismo na concepção da Administração
Os autores clássicos se preocupam com a apresentação racional e lógica
das suas proposições, sacrificando a clareza das suas idéias. O abstracionismo
e o formalismo levam a análise da Administração à superficialidade, à
supersimplificação e à falta de realismo *
*Cit. Por Chiavenato. A. A Simon. Comportamento Administrativo. FGV, 1970.
4ª Teoria da Máquina
[...] pelo fato de considerar a organização sob os primas do
comportamento mecânico de uma máquina: determinadas ações ou causas
decorrerão determinados efeitos ou conseqüências dentro de alguma
correlação;
!"#$%$&'(!)*+,"-,-#.(-&!&
45
5ª Abordagem incompleta da organização
A Teoria Clássica se preocupou com a organização formal, descuidando-
se da organização informal. A preocupação com a forma, a ênfase na
estrutura, levou a exageros.
6ª Abordagem do sistema fechado
A abordagem do sistema fechado [...] “visualiza as empresas como se
elas existissem no vácuo, ou como se fossem entidades autônomas, absolutas
e hermeticamente fechadas a qualquer influência vinda de fora delas”.
Salientamos que a busca de aumento de eficiência e eficácia por parte
das organizações atuais mais competitivas tem sido realizada pela utilização
cada vez maior da organização informal do que pela organização formal.
A organização formal atrai a organização informal para uma ação
conjunta em busca de aumento de qualidade e de produtividade da empresa,
trabalhando-se, assim, com o envolvimento das pessoas com os meios e
com os fins (resultados). Trabalham com responsabilidades distribuídas ao
longo de processos e não especificamente sobre tarefas. Os grupos que
compõe a organização informal têm recebido denominações do tipo: forças-
tarefas, equipes multifuncionais, CCQ – Círculos de Controle de Qualidade,
etc.
Idéias novas trazidas pela Teoria Clássica
/%$"!"-,0,9,!1+("!2-#,345&&$3!,"!,!"#$%$&'(!)*+
46
Agora que você completou o estudo da primeira e mais polêmica
abordagem teórica da Administração, ficará mais fácil o entendimento da
próxima teoria, a Teoria das Relações Humanas, que surgiu por oposição,
ou seja, frontalmente contrária à Teoria Clássica. Enquanto na abordagem
clássica foi dada mais ênfase na tarefa mediante as experiências de Taylor
e nas capacidades exigidas dos ocupantes dos cargos da estrutura
organizacional e as funções das empresas e administrativas, mediante as
experiências de Fayol, a Teoria das Relações Humanas vai se opor a isso ao
dar ênfase apenas às pessoas e não às tarefas. . Essa teoria representa
um marco na Teoria da Administração por introduzir os conhecimentos da
psicologia no âmbito das organizações. Bom, é melhor deixar você descobrir
o restante por conta própria, aperfeiçoando, assim, cada vez mais, a
capacidade de leitura e de assimilação, o aprendizado não só do conteúdo,
mais o do adquirir independência para aprender!
X,M+(!,"-,&-,!7!4$!(^
Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de
estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-
lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia
no processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija
as respostas no caderno e depois as envie através do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!
Saiba que ao compreender bem o conteúdo dessa a unidade, você
recebe uma espécie de batismo ou de iniciação quanto “ao saber” exigido
pela profissão relacionada com a Teoria da Administração que você escolheu
e que deposita toda a confiança de se sustentar com ela num futuro próximo.
Lembre-se de que se ainda não for, você poderá e certamente será
referencial de admiração e de orientação para outras pessoas. O “saber”
adquirido de forma honesta e sólida, conquistado sem práticas facilitadoras
ou ilusórias é o mais valioso dos presentes que uma pessoa pode dar a si
mesma, pois dele decorrerá todos os outros. Se dê esse presente sempre!
Vamos à terceira unidade!

Outros materiais