Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo Direito Penal 1. Direito penal é um ramo pertencente ao direito público. 2. Direito penal é valorativo, normativo finalista e sancionador. • É Valorativo porque estabelece por meio de normas, uma escala de valor dos bens jurídicos tutelados. • É Normativo porque se preocupa com o estudo da Norma da lei penal como o conjunto de preceitos indicativos de regras, de condutas e de sanções em caso de descumprimento. • É Finalista porque tem como finalidade a tutela a (proteção) dos bens jurídicos eleitos pela sociedade como merecedores de maior proteção. • É Sancionador Por que estabelece sanções em caso de agressão a bens jurídicos protegidos. 3. Classificação do direito penal: Objetivo e Subjetivo. • Direito penal objetivo é o conjunto de normas que define as infrações e determinam as sanções penais, é o ordenamento jurídico penal também chamado de Direito Penal positivo. Direito penal positivo é o direito que está positivado na lei. • Direito penal subjetivo é o poder de punir do estado e é chamado de "jus puniendi" • Direito penal comum é aquele que se aplica a todas as pessoas em geral. • Direito penal especial é aquele que se aplica determinada classe de pessoas. 4. Classificação do direito penal: Objetivo e Substantivo. • Direito penal objetivo é o conjunto de normas destinadas a aplicação do Direito Penal substantivo. • Direito penal substantivo é o conjunto de normas que estabelecem as infrações penais e as sanções penais. 5. Fontes do Direito Penal: fonte significa o nascedouro, o lugar de origem do Direito Penal. O direito penal tem duas espécies de fontes fontes: materiais e fontes formais. • Fontes Materiais: fontes materiais são também conhecidas como fontes de produção ou Fontes substanciais, pois dizem respeito a Gênese, a elaboração, e a criação do Direito Penal. Nesse sentido a única fonte material do Direito Penal é o Estado órgão responsável pela sua criação. • Assim no Brasil Somente a união pode legislar sobre o direito penal. Os estados-membros e os municípios e o Distrito Federal não podem legislar sobre o direito penal. • Fontes formais Imediata ou Mediata. • Fontes formais também chamadas de fontes de conhecimento ou fontes de cognição, dizem respeito a exteriorização a forma pela qual o direito penal se faz conhecido. • A fonte formal imediata do direito penal é a lei penal • As fontes formais imediatas do Direito Penal são os costumes e os princípios gerais de direito. • Analogia não é fonte do Direito Penal e nem tampouco a jurisprudência. OBS: No direito penal somente se admite analogia "in bonam partem" ou seja analogia somente pode ser utilizada em benefício do réu. 6. Aplicação da lei penal • Princípio da legalidade: princípio da legalidade vem previsto no artigo 5° inciso XXXIX, da Constituição Federal e também no artigo 1° do Código Penal. *Não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia cominação legal. "nullum crimen nulla poena Sine praevia lege", de acordo com este princípio, ninguém pode ser punido se não existir uma lei que considere o fato praticado como crime. *princípio da legalidade se desdobra em outros dois princípios: princípios da reserva legal e princípio da anterioridade. • Princípio da reserva legal: somente a lei pode estabelecer os crimes e as penas. • Princípio da anterioridade o crime e a pena devem existir antes do fato. * Principio da legalidade é a garantia do direito penal! 7. Eficácia da lei penal no tempo. • A eficácia da lei penal no tempo, vem regulada pelo artigo 2°do Código Penal, de acordo com o disposto no artigo 2º do Código Penal ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória, de acordo com o disposto no parágrafo único do artigo 2º do Código Penal. A lei posterior que, de qualquer modo, favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. • A lei penal como todas as demais leis no ordenamento jurídico, entra em vigor na data nela indicada. se não houver indicação na própria lei aplica-se o disposto no artigo 1º "caput" da Lei de introdução às normas do direito brasileiro, que estabelece o prazo de 45 dias após a publicação oficial, para que a lei entre em vigor no Brasil. Denomina-se "vacatio legis" o período compreendido entre a publicação oficial da Lei e a sua entrada em vigor. 8. Conflito de leis penais no tempo. • O conflito de leis penais no tempo ocorrem quando a lei nova passa a tratar o fato de maneira diversa da que vinha sendo tratada pela lei anterior. A lei anterior tratava o fato de uma forma a lei posterior passa tratar o fato de outra forma, esse ao conflito! 9. Hipótese de Conflitos. • Para solução do conflito de leis penais no tempo, são utilizados dois princípios: I Princípio da retroatividade da lei mais benéfica. II Princípio da irretroatividade da lei mais severa. • Quando uma lei nova entra em vigor substituindo uma linha anterior, podem ocorrer quatro hipóteses de conflitos. • I - "Novatio legis incriminadora" que ocorre quando a lei nova passa a considerar crime fato que não era crime na lei anterior. • II - "Novatio legis in pejus" que ocorre quando a lei nova mantém o mesmo crime da Lei anterior modificando o seu tratamento para pior ou seja de forma mais severa • III - "Novatio legis in mellius" que ocorre quando a lei nova mantém o crime da Lei anterior, modificando o seu regime para melhor, ou seja tratando de maneira mais benéfica. • IV - "Abolitio criminis" que ocorre quando a lei nova deixa de considerar crime, fato que era considerado crime na lei anterior. 10. Ultra Atividade. • Denomina-se ultratividade aplicação de uma lei mais benéfica que tem eficácia, mesmo depois de cessado a sua vigência. 11. Eficácia das leis penais temporárias e excepcionais. • Leis penais temporárias: são aquelas que possuem vigência previamente fixada pelo legislador, a própria lei já trás em seu bojo a data de início e a data de término. • Leis penais excepcionais: são aquelas promulgadas em caso de calamidade pública, guerras, revoluções, cataclismas, epidemias, etc... essas leis virgem enquanto durar a situação de anormalidade. 12. Tempo do crime. • De acordo com o disposto no artigo 4º do Código Penal, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. *Com relação ao tempo do crime, o Brasil adotou a teoria da atividade. 13. Eficácia da lei penal no espaço. • A eficácia da lei penal no espaço, vem tratado no artigo 5° do Código Penal. Segundo o artigo 5° do Código Penal, aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de Convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 14. Princípios relativos à lei penal no espaço • Existem 5 princípios acerca da lei penal no espaço. • I - Principio da Territorialidade. Segundo o qual se aplica a lei Nacional ao fato praticado no território do próprio país. • II - Principio da Nacionalidade. Também chamado de princípio da personalidade, segundo o qual a lei penal de um país é aplicado no seu cidadão independente onde se encontrem. • III - Principio da Defesa. Também chamado princípio real ou princípio da proteção, segundo o qual, a lei do país é aplicável ao cidadão em razão do bem jurídico lesado, independentemente de sua nacionalidade. • IV - Principio da Justiça Universal. Também chamado de princípio da Justiça penal Universal, segundo o qual o agente deve ser punido onde quer que se encontre, segundo a lei penal do país onde esteja. • V - Principio da Representação. Que diz respeito as aeronaves e embarcações. 17. Princípio adotado pelo Brasil. • "O Brasil adotou, com relação a eficácia da lei penal no espaço, o princípio da territorialidade" como regra, e os demais princípios comoexceção. Portanto o Brasil adotou o princípio da territorialidade temperada, mitigada e abrandada. 16. Lugar do Crime. • A perfeita caracterização do lugar do crime é necessário para correta aplicação do princípio da territorialidade temperada. É necessário saber onde foi praticado o delito, se no Brasil ou no território estrangeiro. * Três teorias procuram solucionar o problema do lugar do crime. I - Teoria da Atividade II - Teoria do Resultado III - Teoria Mista ou Ubiquidade 17. Teoria Adotada Pelo Brasil. • Com relação ao lugar do crime o Brasil adotou a teoria mista ou da ubiquidade. *Conforme o disposto no artigo 6° do Código Penal. 18. Extraterritorialidade. • Extraterritorialidade são hipóteses em que a lei brasileira adotou, como exceção, os princípios da nacionalidade, da defesa, da Justiça Universal e da representação. *De acordo com o disposto no artigo 7° do Código Penal. *Conforme já foi dito, com relação as embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública, aplica-se o princípio da territorialidade. Já com relação as embarcações e aeronaves de natureza privada, pode ser aplicado o princípio da territorialidade se estiver em território brasileiro ou princípio da representação se estiverem no exterior. 19. Pena Cumprida no Estrangeiro. • De acordo com o disposto no artigo 8º do Código Penal, a pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 20. Eficácia da Sentença Estrangeira. • Eficácia da sentença estrangeira tem previsto no artigo 9º do Código Penal, e somente pode ser admitida nas hipóteses dos incisos I e II. 21. Contagem de Prazos. • Segundo disposto no artigo 10° do Código Penal, o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo penal, sendo os dias, os meses e os anos contados pelo calendário comum. O calendário comum previsto pela regra penal, é o calendário gregoriano que Foi estabelecido por Gregório XIII. 22. Frações não Computáveis da Pana. • De acordo com o disposto no artigo 11° do Código Penal, desprezam-se nas penas privativas de liberdade, e nos restritivas de direito as frações de dias, e na Pena de multa, as frações de cruzeiro (reais). Última modificação: 24 de set de 2019
Compartilhar