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Fundação Cultural de Campos Curso de Odontologia 5º Período Professor: Sandro BARROS Alunas: Ana Luiza Pessanha, Eduarda Marvilla e Isabela Silva ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS Conjunto de eventos mecânicos e bioquímicos: O sangue permaneça circulando nos vasos sanguíneos no seu estado líquido Formar um coágulo para coibir a hemorragia Reparar a lesão Dissolver o coágulo formado previamente Para adequada hemostasia deve haver um processo sincrônico e sequencial envolvendo os vasos sanguíneos, plaquetas, fatores de coagulação e fibrinolíticos. INTRODUÇÃO Hemostasia Etapas da Hemostasia Após a ocorrência de uma lesão vascular, 3 processos principais evitam a perda descontrolada de sangue: vasoconstrição, que limita o aporte de sangue para o local da lesão; agregação plaquetária, que, pela adesão, ativação e agregação das plaquetas circulantes, formam o primeiro tampão no local da lesão; e coagulação sanguínea, que, pela ativação sequencial de fatores presentes no plasma, forma o coágulo de fibrina responsável pela sustentação e forma do coágulo final. As plaquetas proporcionam o tampão homeostático inicial nos locais da lesão vascular; Após no máximo 3s, ocorre a adesão plaquetária à parede do vaso sanguíneo danificado, e as plaquetas interagem com os componentes expostos na parede do vaso sanguíneo. PLAQUETAS A plaqueta apresenta diversos receptores de adesão, entre eles o complexo glicoprotéico Ib, que a liga ao fator de von Willebrand (FvW), possibilitando a adesão de outras plaquetas circulantes na superfície vascular. Se o FvW não existisse, a força da corrente sanguínea não permitiria a adesão plaquetária por um período de tempo suficiente para dar a continuidade ao processo de hemostasia primária. MECANISMO DE AÇÃO dos antiagregantes plaquetários HISTÓRICO DOS ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS HISTÓRICO DOS ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS Os antiagregantes plaquetários são fármacos usados para evitar a ativação e agregação das plaquetas para prevenir trombose em pacientes de risco, ou seja, inibir a formação de um trombo, sem interferir de forma significativa nos demais segmentos da coagulação. O QUE SÃO? Inibição das funções plaquetárias como adesividade, agregação e liberação ou secreção de substâncias, através de diferentes vias; PROMOVEM: Entre estas vias destacam-se a inibição da ciclooxigenase, da tromboxano sintetase, da fosfodiesterase. Também sofrem ação as vias de inibição do ADP e da ligação do fibrinogênio com receptores das glicoproteínas IIb/IIIa, a dos antagonistas dos receptores das glicoproteínas IIb/ IIIa e inibidores de agonistas específicos como a trombina, serotonina, adrenalina. Antiagregantes plaquetários A ação antiagregante-plaquetária do AAS é atribuída à inibição irreversível da enzima cicloxigenase-1 (COX – 1). CLASSE DOS INIBIDORES DA CICLO-OXIGENASE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO - AAS Dessa forma a transformação do ácido araquidônico em seus derivados é interrompida, assim como os mecanismos fisiopatológicos em que estão envolvidos. As plaquetas produzem a PGH2 que é responsável pela liberação do Tromboxano A2 (TXA2), um importante estimulador da agregação plaquetária e vasoconstrictor. Ele se liga na enzima fosfodiesterase impedindo que a mesma degrade o AMPc, consequentemente vai gerar um aumento de AMPc na plaqueta, onde o mesmo é responsável pela produção da proteína Quinase - PKA que irá impedir a ativação da plaqueta. Classe dos inibidores da fosfodiesterase DIPIRIDAMOL CLASSE DOS INIBIDORES DA ADENOSINA DIFOSFATO - ADP Seu mecanismo de ação é baseado na inibição irreversível da agregação plaquetária induzida pelo ADP. É um inibidor irreversível dos receptores plaquetários P2Y, onde atua o ADP. É mais potente e tem um perfil de toxicidade ligeiramente mais favorável do que a Ticlopidina. Inibe a agregação plaquetária por impedir a ligação do fibrinogénio às plaquetas ativadas após interação com a glicoproteína plaquetária IIb/IIIa e impede ainda a retração do coágulo, persistindo o efeito vários dias após interrupção da terapêutica. TICLOPIDINA CLOPIDOGREL Seu mecanismo de ação é de um bloqueador não competitivo do receptor da GP IIb/IIIa. A velocidade de dissociação da droga do receptor das plaquetas é lenta. O abciximab é administrado por via endovenosa, em combinação com AAS e heparina. O mesmo só deve ser usado uma única vez para evitar o risco adicional de trombocitopenia. CLASSE DOS INIBIDORES DAS GLICOPROTEÍNAS IIB / IIIA ABCIXIMAB Peculiaridades dos antiagregantes plaquetários No planejamento cirúrgico odontológico, se faz necessária, no pré-operatório, a solicitação de um conjunto de exames laboratoriais denominado coagulograma, o quais analisam a cascata de coagulação; A rotina de atendimento cirúrgico inclui diversos procedimentos, tais como: exodontias, implantes dentários, enxertos ósseos, cirurgias de aumento de coroa clínica, cirurgias pré-protéticas, entre outras. O teste do INR é preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como exame pré-operatório de escolha para diagnóstico, e é referência para importantes decisões clínicas. Diagnóstico e decisões clínicas coAGULOGRAMA O teste do INR se trata do cálculo realizado entre o tempo de protrombina e a média do intervalo normal da coagulação. Após se obter esse valor, é feita uma correção multiplicando-se pelo Índice de Sensibilidade Internacional (ISI), que tem como base uma avaliação quantitativa da resposta da tromboplastina, em comparação com o valor de referência. Índice Normatizado Internacional (INR) Em um paciente saudável, o valor de referência do INR é igual a 1, e quanto menor a coagulação, maior o valor do INR. Valores de referência do INR relacionado à cirurgia odontológica. Uma grande mística em torno das hemorragias trans e pós operatória faz com que muitos profissionais recomendem a suspensão ou diminuição da dosagem dos antiagregantes plaquetários e/ou anticoagulantes. Conclui-se que, com uma boa anamnese e com conhecimento para realização de uma correta avaliação e procedimento cirúrgico, há segurança para execução de procedimentos sem grande risco de sangramento exagerado, mesmo nos casos em que os pacientes continuam com a medicação. É sempre importante a consultoria e conversa com o médico responsável pela terapia, explicando o procedimento e tempo cirúrgico, para assim definir o valor de INR seguro — o qual, em algumas situações, provavelmente será abaixo de 3,5. Desse modo, é necessário definir a melhor maneira de intervir nesses pacientes sem, no entanto, expô-los ao risco de hemorragias ou algum evento tromboembólico. CONCLUSÃO https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2016/07/metabol_plaquetasRoberta.pdf Referências AGRADECEMOS PELA ATENÇÃO!
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