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Resumo vulvovaginites, doença inflamatória pélvica aguda, ISTs e atendimento à vítima de violência

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Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
 
As vulvovaginites são uma das principais causas de consulta 
ginecológica, sendo comuns em cerca de 70-80% das mulheres. 
É importante fazer o diagnóstico diferencial de secreções 
fisiológicas e secreções patológicas. O médico deve estar 
atento para as alterações hormonais, comportamentais, 
psíquicas e orgânicas que influenciam na secreção vaginal. 
 
A secreção fisiológica tem como características: secreção 
sebácea, esfoliação vaginal e cervical, secreção das células de 
Bartholin e Skene. 
 
 
 
A flora normal é rica em lactobacilos, com algumas bactérias, 
predominando as bactérias aeróbicas. 
 
Alterações não necessariamente patológicas: mucorréia 
(aumento da secreção vaginal), vaginite atrófica (“atrofia”, 
ocorre na gestação, pós-parto e menopausa, pode ser tratada 
com reposição local de estriol – creme intravaginal 20 noites 
seguidas, depois 2x/semana), vaginite química (sabonetes, 
desodorantes), vaginite irritativa e alérgica. 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
 ETIOPATOGENIA: desequilíbrio da microbiota vaginal, com 
redução acentuada dos lactobacilos, e aumento de 
Gardnella vaginallis (principalmente); 
 Peptostreptococcus, Prevotella sp., Bacterioides sp., 
Garnerella vaginallis, Mobiluncus sp. 
 Não há inflamação! 
 Não é IST!!! 
 QUEIXA CLÍNICA: odor fétido com piora pós coito e pós 
menstruação, com corrimento discreto amarelado ou 
branco acinzentado; 
 PH VAGINAL: > 4,5; 
 ÉPOCA PREFERENCIAL DE APARECIMENTO: pós coito ou pós 
menstrual; 
 CORRIMENTO: fluido branco acinzentado, quantidade 
discreta a moderada, sem sinais inflamatórios em paredes 
vaginais, odor de peixe podre. 
 DIAGNÓSTICO: Exame a fresco do conteúdo vaginal pode 
mostrar as células guia (células da mucosa vaginal com 
bactérias no citoplasma), Teste das Aminas positivo 
(secreção vaginal + KOH = odor fétido de peixe podre por 
causa da putrescina e cadaverina); 
 
 
 
 
 
 CRITÉRIOS DE AMSEL (pelo menos 3 dos 4 para fechar 
diagnóstico): Corrimento acinzentado, microbolhoso e 
fétido + pH > 4,5 + Teste das Aminas positivo (gota de KOH, 
liberação das aminas voláteis que tem odor fétido) + 
Presença de células guia (clue cells); 
 TRATAMENTO 
o Tratar as sintomáticas! 
o Quando tratar assintomáticas? Gestantes, colocação 
de DIU e cirurgias ginecológicas; 
o Não trata parceiro! 
o Metronidazol 500mg VO ou 400mg 12/12h por 7 dias; 
o Metronidazol gel 0,75% por 7 noites; 
o Metronidazol é contraindicado no 1º trimestre de 
gestação: Clindamicina VO 300mg 12/12h por 7 dias 
OU Clindamicina creme 2% 5g por 7 dias; 
 
TRICOMONÍASE 
 ETIOPATOGENIA: IST; 
 AGENTE: Trichomonas vaginalis; 
 QUEIXA CLÍNICA: Corrimento vaginal abundante, amarelo-
esverdeado, fétido, com sintomas irritativos locais 
(prurido), eritema, com eventual disúria, polaciúria e 
dispareunia; 
 PH VAGINAL: > 5 (tendendo ao básico); 
 ÉPOCA PREFERENCIAL DE APARECIMENTO: Pós coito ou pós 
menstrual; 
 CORRIMENTO: amarelo-esverdeado, abundante, fluido, 
bolhoso e fétido, acompanhado de sinais inflamatórios 
exuberantes (mucosa em framboesa); 
 DIAGNÓSTICO: Exame a fresco do conteúdo vaginal, 
evidenciando meio rico em leucócitos, podendo visualizar 
protozoários com flagelos, cultura de secreção e PCR; 
 TRATAMENTO 
o Metronidazol 2g VO dose única; 
o Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias; 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
o Em casos com sintomatologia intensa: metronidazol 
via vaginal por 7 noites consecutivas; 
o Tratar parceiro SEMPRE. 
 
 
CANDIDÍASE VULVOVAGINAL 
 AGENTE: C. albicans (90% dos casos) ou C. glabrata, C. 
tropicalis; 
 ETIOPATOGENIA: Intensa proliferação do patógeno, 
levando a leucorreia característica; 
 QUEIXA CLÍNICA: prurido ou ardor vaginal, associado a 
corrimento esbranquiçado, sem odor, em grumos, de 
discreto a moderado, com vermelhidão e aumento da 
temperatura local, com possível desconforto miccional e 
prurido; 
 PH VAGINAL: 3,5 – 4,5 (ácido); 
 ÉPOCA PREFERENCIAL DE APARECIMENTO: Pré menstrual 
(aumento de hormônios); 
 FATORES DE RISCO: DM, uso de antibióticos, 
anticoncepcionais, atividade sexual e uso de contraceptivos 
como diafragma ou intrauterinos; 
 CORRIMENTO: branco ou branco amarelado, grumoso, em 
placas aderentes, semelhante a “leite talhado”, com 
hiperemia, prurido e ardor importantes; 
 CANDIDÍASE RECORRENTE: > 4 EVENTOS NO ANO; 
 DIAGNÓSTICO: Exame a fresco, com visualização dos 
filamentos do fungo (adicionar 1 gota de soro fisiológico), 
bacterioscopia com coloração de gram, cultura. Em geral, o 
quadro clínico é bem específico, podendo dispensar exames 
adicionais; 
 
 
 
 
 TRATAMENTO: 
o Mudanças de hábitos de higiene, evitar roupas íntimas 
de tecidos sintéticos, roupas muito justas ou úmidas, 
protetores diários e uso constante de sabonete 
íntimo; 
o Fluconazol 150mg VO em dose única; 
o Miconazol creme 2% de 7-14 noites; 
o CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO: Investigar patologias 
imunossupressoras, uso de CTC, antibióticos, ACHO, 
IST e estilo de vida. 
 TTO C. ALBICANS: supressão com Fluconazol 
150mg VO nos dias 1, 4 e 7, manutenção com 
1cp de 150mg 1x por semana durante 6 
meses! 
 TTO C. NÃO ALBICANS: ácido bórico cápsula 
de 600mg por 14 dias, intravaginal, com 
manutenção de fluconazol 150mg 1cp 1x por 
semana por 6 meses. 
 
VAGINITE ATRÓFICA 
 CAUSAS: Hipoestrogenismo, principalmente pós 
menopausa e no pós parto; 
 SINAIS E SINTOMAS: Dispareunia, secura, prurido/ardor 
vaginal, mucosa vaginal pálida, seca, delgada e com 
diminuição da rugosidade e elasticidade; 
 CITOLOGIA: Células escamosas profundas + grande 
quantidade de leucócitos mal preservados e corpos azuis; 
 TRATAMENTO: Estrogênio tópico e lubrificantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
 
 Síndrome clínica 2ª à ascensão de microorganismos da 
vagina ou endocérvice ao trato genital feminino, 
acometendo útero, tubas uterinas, ovários, superfície 
peritoneal e/ou estruturas contíguas do trato genital 
superior. 
 10-40% das mulheres com infecções não tratadas por 
gonorreia e/ou clamídia desenvolvem DIPA. 
 Mulheres que tiveram DIPA tem probabilidade de 6-10 
vezes maior de desenvolvimento de gravidez ectópica. 
 Há um risco aumentado de dor pélvica crônica e 
infertilidade tubária. 
 12% das mulheres são inférteis após um episódio de DIP, 
25% após 2 episódios e 50% após 3 ou + episódios. 
 Rara em mulheres que não menstruam, grávidas e pós 
menopáusicas. 
 
Agentes Etiológicos 
A DIPA geralmente inicia com infecção cervical por clamídia ou 
gonococo e ascende ao trato genital superior, levando à 
infecção polimicrobiana na maior parte dos casos. 
→ Neisseria gonorrhoeae 
→ Chlamydia trachomatis 
→ Micoplasma hominis 
→ Ureaplasma Urealyticum 
→ Bactérias da microbiota endógena (E. coli, Gardnerela 
vaginalis) 
→ Actinomices israeli (importante em mulheres que usam 
DIU) 
 
Patogênese 
 A ascensão de microorganismos da endocérvice, infectando 
endométrio, trompas, ovários e peritônio pode vir 
acompanhada de envolvimento de órgãos vizinhos na 
pelve; 
 Há uma destruição do endossalpinge, com produção de 
exsudato purulento, resultando em pelviperitonite; 
 Para proteção do abdome superior, as fímbrias se fecham, 
formando a piossalpinge e, havendo envolvimento do 
ovário, forma-se o abscesso tubo-ovariano; 
 Fatores que contribuem para a ascensão bacteriana: 
instrumentação uterina (DIU), alterações hormonais 
durante o ciclo menstrual alterando o muco cervical, 
gestação, menstruação retrógrada e virulência dos 
microorganismos. 
 
Fatores de Risco 
 Múltiplos parceiros sexuais; 
 Adolescência; 
 15-25 anos; Início precoce das relações sexuais; 
 Parceiros sexuais mais velhos; 
 Tentativa de suicídio anterior; 
 Uso de álcool antes de relações sexuais; 
 Baixo nível socioeconômico; 
 Tabagismo; 
 Uso de duchas vaginais; 
 Histórico de infecções por gonorreia ou clamídia. 
 
 Uso de métodos de barreira (preservativos, diafragma e 
espermicidas) são muito efetivos em diminuir o risco de 
DIPA; 
 Anticoncepcionais orais alteram o muco cervical logo, 
dificultam a ascensão dos microorganismos; 
 Ligadura tubária: não altera a ocorrência de DIPA. 
 
Quadro Clínico 
O diagnóstico da DIPA é difícil devido à diversidade do quadro 
clínico. Alguns pacientes apresentam sintomas vagos e com 
início insidioso, causando dificuldades para o diagnóstico e 
atrasando o tratamento. 
 
QUADRO CLÁSSICO 
Dor pélvica + dor anexial + dor à mobilização do colo uterino 
 
SINTOMAS ATÍPICOS 
Metrorragia e dispareunia 
 
 
 
Diagnóstico 
 História clínica + exame físico 
 Hemograma (leucocitose > 10000, com aumento de 
bastonados); 
 EAS (excluir ITU); 
 Cultura de material cervical + pesquisa de Gram; 
 VDRL e imunofluorescencia indireta para clamídia; 
 Anti-HIV; 
 Teste para gravidez; 
 Proteína c reativa aumentada; 
 USG pélvico ou transvaginal; 
 Punção de fundo de saco (culdocentese); 
 Biópsia endometrial com evidencia de endometrite; 
 Laparoscopia (indicada para pacientes com alta suspeita de 
outro abdome agudo). 
 
Diagnóstico Diferencial 
 Outros abdomes agudos, dismenorreia, gravidez ectópica, 
abortamentos, cistos ovarianos, torções ovarianas, torção 
de miomas e complicações gestacionais. 
 
Tratamento 
 Alguns casos podem exigir intervenção cirúrgica. 
 Os parceiros devem ser tratados! 
 
 
 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
Tratamento Ambulatorial 
Ceftriaxona 250mg IM, dose única + Doxiciclina 100mg VO 
12/12h por 14 dias, podendo associar Metronidazol 500mg VO 
12/12h por 14 dias (pacientes com abscesso pélvico 
comprovado, suspeita de infecção por T. vaginalis ou vaginose) 
 
Tratamento Hospitalar 
Clindamicina 600mg IV 8/8h + gentamicina IV 5mg/kg/dia 
máximo 280mg por 14 dias 
 
 Indicações cirúrgicas: falta de resposta ao tratamento 
clínico, presença de massa pélvica persistente, piora clínica, 
suspeita de rotura do abscesso tubo-ovariano, 
sangramento intraperitoneal, abscesso de fundo de saco. 
 
Complicações 
 Peri-hepatite 
 Abscesso tudo-ovariano 
 Morte 
 Infertilidade 
 Gestação ectópica 
 Dor pélvica crônica 
 DIPA recorrente 
 
 
~ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
 
São síndromes clínicas, causadas por patógenos que podem ser 
adquiridos e transmitidos pela atividade sexual. 
A prevenção primária deve iniciar com mudança de atividades 
sexuais, e é papel dos profissionais de saúde educar e aconselhar 
os pacientes quanto às questões ligadas aos hábitos sexuais e as 
IST’s. 
Também denominada de LUES. É uma patologia 
infectocontagiosa específica do homem, que causa lesões 
cutaneomucosas polimorfas. 
AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum 
TRANSMISSÃO: Na sífilis recente ocorre pelo contato, já na sífilis 
latente ocorre por meio de fluido corporal, principalmente 
sangue. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 10-90 dias (em média 21 dias). 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
QUADRO CLÍNICO: 
Sífilis primária 
 Também chamada de cancro duro ou protossifiloma 
 Surge de 1-3 semanas após contágio, geralmente pele 
lesada ou mucosa. 
 Lesão: úlcera única, indolor, endurecida, circular, medindo 
de 1-2cm, com fundo liso e limpo, bordas infiltradas e de 
cor de carne. 
 Geralmente é acompanhada de enfartamento ganglionar 
regional (bubão sifilítico), que é indolor, móvel, e aparecem 
1-2 semanas após o cancro. 
 Persistem por 6-7 semanas e desaparecem 
espontaneamente. 
 
Sífilis secundária 
 Caracteriza-se por lesões polimorfas, como as roséolas 
(pápulas ou lesões planas, eritematosas, que acometem 
principalmente tronco) e as sifílides (lesões papuloerosivas, 
pustulosas e hipertróficas, que acometem cavidade oral, 
genital, palma das mãos e planta dos pés). 
 Surgem de 6 semanas-6 meses após o contágio (4-8 
semanas após o cancro) e duram de 3-12 semanas. 
 A confluência das lesões forma placas secretantes, 
denominadas condiloma plano. 
 
Sífilis latente 
 Não apresenta sinais e sintomas! 
 O diagnóstico é feito pela sorologia positiva; 
 Tem início quando desaparecem as lesões cutâneas da sífilis 
secundária e persiste até que surjam manifestações 
terciárias; 
 Recente: < 1 ano 
 Tardia: > 1 ano ou indeterminado. 
 
Sífilis terciária 
 Apresenta manifestações tardias e raras; 
 Pode manifestar-se como goma, sífilis cardiovascular e 
neurossífilis; 
 A neurossífilis pode ocorrer em qualquer estágio da sífilis; 
 Aparecem lesões gomosas em até 1 ano ou após intervalo 
longo de 10-30 anos; 
 Lesões gomosas: pele, tecido celular subcutâneo ou osso; 
 SNC: tabes dorsalis, mielite transversa e demência; 
 
DIAGNÓSTICO 
 Identificação do antígeno pelo método de campo escuro: 
lesões sifilíticas em atividade (cancro duro, condiloma 
plano, sifílides e sífilis congênita precoce); 
 Sorologia: não treponêmicos (VDRL) e treponêmicos (FTA-
abs); 
 O VDRL torna-se positivo 30-50 dias após a inoculação; 
 Caso o VDRL quantitativo seja positivo, é necessária a 
confirmação com um teste treponêmico; 
 O FTA-abs IgM pode fazer diagnóstico da sífilis primária 
incipiente, pois aparece precocemente com o cancro duro; 
 
TRATAMENTO 
 Sífilis recente: Penicilina G benzatina 2.400.000U IM em 
dose única (1.200.000U em cada glúteo); 
 Sífilis latente e tardia: Penicilina G benzatina 2.400.000U IM 
por semana, durante 3 semanas (1.200.000U em cada 
glúteo); 
 Neurossífilis: Penicilina G cristalina 2-4 milhões de unidades 
IV 4/4h por 10-14 dias. 
 
 Blenorragia, blenorreia ou gonorreia; 
 AGENTE ETIOLÓGICO: Neisseria gonorrhoeae 
 TRANSMISSÃO: pelo contato sexual, pelo canal do parto ou 
por fômites (objetos); 
 Pode se propagar por via hematogênica; 
 Período de incubação: 4-7 dias; 
 Assintomática em 60-80% dos casos; 
 Risco para a mulher em uma única exposição: 80%; 
 Causa infecções não complicadas de mucosas, incluindo 
cérvice uterina, reto e garganta; 
 Quando não tratada, pode causar DIPA, infertilidade de 
causa tubária, gestação ectópica e dor pélvica crônica; 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
 QUADRO CLÍNICO: secreção endocervical mucopurulenta, 
dor pélvica, dispareunia, sangramento, hiperemia vaginal, 
disúria e polaciúria; 
 Podem haver sinais e sintomas de acordo com o tipo da 
infecção; 
 Em gestantes pode causar Trabalho de Parto Pré Termo e 
Rotura Prematura de Membranas Ovulares; 
 DIAGNÓSTICO: Cultura de secreção endocervical para N. 
gonorrhoeae; 
 TRATAMENTO: ciprofloxacino 500mg VO; ceftriaxona 
250mg IM dose única; azitromicina 1g dose única; 
doxiciclina 100mg 12/12h 7 dias. 
 
 
 
 Também denominada de cancroide, úlcera de Ducreyi, 
cancro venéreo, úlcera mole e cancrela; 
 AGENTE ETIOLÓGICO: Haemophilus ducreyi; 
 TRANSMISSÃO: Unicamente sexual 
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 3-5 dias; 
 A lesão inicia com pápula ou vesícula, e evolui para lesão 
ulcerada, dolosa, friável, múltipla, com base amolecida e 
bordas irregulares, com fundo purulento e fétido; 
 Geralmente localizado na genitália externa (fúrcula) e face 
interna de pequenos e grandes lábios, associadas a 
adenopatia satélite unilateral (bubão cancroide), que 
aparece depoisde 7-14 dias ; 
 DIAGNÓSTICO 
o Clínico: avaliação da lesão e da adenopatia inguinal; 
o Gram: presença de bacilos gram-negativos, 
distribuídos em paliçada ou cadeia simples, 
observados no pus (sensibilidade: 70%); 
o Cultura: difícil execução; 
o Biópsia: não recomendada; 
o PCR: não está disponível comercialmente; 
 TRATAMENTO 
o Azitromicina 1g VO dose única; 
o Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h por 3 dias; 
o Doxiciclina 100mg VO 12/12h durante 7 dias; 
o Aspiração do bubão com agulha grossa para alívio da 
dor; 
o SEMPRE TRATAR O PARCEIRO; 
o Suspeitar de sífilis; 
o Reexaminar a paciente 3-7 dias após o tratamento. 
 
 
 Também chamada de granuloma inguinal, granuloma 
venéreo ou granuloma contagioso; 
 Infecção genital, extragenital e sistêmica, de evolução 
crônica e progressiva; 
 Pouco contagiosa; 
 Mais frequente em negros; 
 TRANSMISSÃO: Relação sexual 
 AGENTE ETIOLÓGICO: Klebsiella granulomatis; 
 PERIODO DE INCUBAÇÃO: 3-6 meses; 
 LESÃO: ulcerosa, vermelho vivo, configuração em espelho, 
com bordas hipertróficas ou planas, vegetante, 
ulcerovegetante ou elefantiásica; 
 QUADRO CLÍNICO 
o Lesão nodular, única ou múltipla, de localização 
subcutânea, que pode erosar, produzindo uma 
ulceração bem definida, de sangramento lento e 
sangrante; 
o Lesões viscerais podem se formar devido 
disseminação hematogênica; 
o As lesões são indolores, autoinoculáveis, raramente 
associadas a adenopatia satélite, que determinam 
fibrose e linfedema; 
o Na ausência de tratamento, a cura é incomum, 
evoluindo para extensa destruição tecidual com 
cicatrizes retráteis, deformantes e estase linfática. 
 DIAGNÓSTICO: Suspeita clínica quando não há tratamento a 
doenças ulcerativas (sífilis e cancro mole); Citodiagnóstico 
para pesquisa de corpúsculos de Donovan (bactérias no 
interior de macrófagos); 
 TRATAMENTO 
o Sulfametoxazol + trimetropim 160/800mg VO 12/12h 
por 21 dias ou até a remissão das lesões; 
o Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 21 dias ou até a 
remissão das lesões; 
o Quando não houver melhora, associar um 
aminoglicosídeo: gentamicina 1mg/kg EV 8/8h; 
o GESTANTES: Eritromicina estearato 500mg VO 6/6h 
até cura clínica 
o Lesões genitais com mais de 30 dias de evolução: fazer 
histopatológico. 
 Investigar o parceiro; 
 Realizar tratamento cirúrgico para lesões extensas, 
cicatriciais e estenose. 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
 
 
 Mais prevalente entre jovens sexualmente ativos entre 15-
19 anos; 
 Mais de 1/3 das pacientes pode desenvolver quadros de 
DIPA, um quinto pode se tornar infértil, e um décimo dessas 
pacientes pode ter quadros e gestações ectópicas; 
 Infecções assintomáticas por clamídia são comumente 
encontradas em mulheres inférteis; 
 AGENTE ETIOLÓGICO: Chlamydia tracomatis; 
 Tropismo por células epiteliais colunares (conjuntiva, 
uretra, endocérvice, endométrio e tuba uterina); 
 17 sorotipos: URETRITES E CERVICITES – D, E, F, G, I, J e K; 
LINFOGRANULOMA VENÉREO – L1, L2, L3; 
 70% são assintomáticas; 
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 14-30 dias; 
 QUADRO CLÍNICO: uretrite, cérvice com exsudato mucoide, 
eventualmente purulento, sangramento endocervical fácil, 
colo edemaciado e hiperemiado, mácula rubra (ectrópio); 
 DIAGNÓSTICO: cultura de amostra endocervical (método 
em meio de McCoy), coloração de Papanicolau, 
imunofluorescência direta e indireta, PCR e captura híbrida; 
 Síndrome de Retting e Nelson: persistência de corrimento 
de fluido seroso, disúria com ou sem infecção anal pela 
clamídia após o tratamento por gonococo; 
 TRATAMENTO 
o Azitromicina 1g VO dose única; 
o Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 7 dias. 
 Todos os parceiros de casos comprovados ou altamente 
suspeitos devem ser tratados com dose única de 
Azitromicina 1g VO + ofloxacina 400mg VO; 
 Recomenda-se testagem para HIV e Sífilis; 
 
 Linfogranuloma inguinal ou Doença de Nicolas-Favre-
Durand; 
 Doença infecciosa sistêmica e crônica, que resulta em dano 
ao sistêmica linfático de drenagem da infecção; 
 AGENTE ETIOLÓGICO: Chlamydia tracomatis; 
 SOROTIPOS: L1, L2 e L3; 
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 4-30 dias; 
 ESTÁGIOS 
o Primeira: ponto de inoculação, geralmente 
desaparecido e, quando identificado, aparece como 
pequena úlcera ou pápula indolor, precoce e fugaz; 
o Segunda: aparece em 4 dias, há invasão dos vasos 
linfáticos e comprometimento de linfonodos 
regionais, que em 2 semanas supuram, abscedam e 
podem fistulizar; Síndrome inguinal; 
o Terceira: processo supurativo linfonodal, associando 
áreas de fibrose cicatricial com focos de abscesso e 
fistulização, levando a elefantíase e à estenose; 
Síndrome anogenital; 
 Os linfonodos perirretais são os mais acometidos: 
drenagem linfática da mucosa vaginal e cérvice; 
 A lesão de inoculação é indolor, pode ser pápula, pústula, 
exuceração ou erosão; segue-se a disseminação linfática; 
 Os linfonodos acometidos agrupam e aumentam de 
volume, formam fistulas que drenam secreção purulenta; 
 Os gânglios no início são firmes, dolorosos e móveis, 
aderem a pele, formando o bubão; ocorre ruptura dos 
linfonodos por vários pontos de drenagem. 
 Duas adenomalias separadas pelo ligamento de Poupart são 
características dessa doença. 
 TRATAMENTO 
o Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 21 dias. 
o Azitromicina 1g por semana durante 3 semanas; 
o Tetraciclina 500mg VO 6/6h por 21 dias. 
 
 
 AGENTE ETIOLÓGICO: Mycoplasma homins e Ureaplasma 
urealyticum; 
 15-95% das mulheres sexualmente ativas podem ser 
portadoras de micoplasma; 
 Causa de abortamento habitual e esterilidade por 
alterações nos espermatozoides; 
 PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 10-60 dias; 
 QUADRO CLÍNICO: respiratório ou urogenital, com cervicite 
e uretrite; 
 Os agentes etiológicos pertencem a flora normal do trato 
urogenital!!!! 
 Associação com gardnerella nos processos de vaginose: 
60%; 
 DIAGNÓSTICO: 
o Cultura (diagnóstico definitivo) em meio líquido de 
Shepard; Título > 106 UCC/mL; 
o Teste de inibição metabólica; 
o Imunofluorescencia direta (experimento); 
 TRATAMENTO 
o Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 7 dias; 
o Azitromicina 1g VO dose única 
o Levofloxacino/Ciprofloxacino durante 7 dias; 
o Tetraciclina 500mg VO 6/6h por 7 dias. 
 
 Vírus de DNA: herpes HSV-1 e HSV-2 (maioria dos casos); 
 IST ulcerativa mais frequente; 
 Doença recorrente e incurável; 
 QUADRO CLÍNICO: 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
o A primo-infecção tende a ser mais intensa, com lesões 
bilaterais e múltiplas, com dor local moderada-
intensa, linfadenopatia inguinal dolorosa; 
o Evolução das lesões vesiculares à pústula, úlcera e 
crosta; 
o Disúria, parestesia sacra, febre e mialgia; 
 COMPLICAÇÕES: meningite asséptica, retenção urinária, 
disseminação cutânea e visceral (em 
imunocomprometidos); 
 DIAGNÓSTICO: Clínico (maioria das vezes) colposcopia, 
citologia (presença de células multinucleares), sorologia, 
imunofluorescencia direta e cultura; 
 TRATAMENTO 
o Aciclovir 400mg VO 3x/dia durante 7-10 dias OU 
200mg VO 5x/dia por 7-10 dias; 
o Fanciclovir 250mg VO 8/8h 7-10 dias; 
o Valaciclovir 500-1000mg VO 12/12h 7-10 dias.; 
 TRATAMENTO SUPRESSIVO: recidivas frequentes >6x/ano; 
o Aciclovir 200mg 4x/dia ou 400mg 2x/dia durante 6-12 
dias; 
o Fanciclovir 250mg 2x/dia 
o Valaciclovir 500mg se <9 episódios/ano e 1g/dia se >9 
episódios por ano; 
 Rastrear outras IST (sífilis, cancromole, linfogranuloma e 
donovanose); 
 
 
 Poxvirus 
 MODO DE TRANSMISSÃO: Contato direto; 
 Atinge principalmente crianças e portadores de algum tipo 
de imunossupressão (gestação, infecção pelo HIV); 
 Áreas acometidas: períneo e raiz da coxa; face, tronco e 
superfícies expostas das extremidades; 
 Quando transmitidosexualmente, as lesões são 
anogenitais; 
 Pápulas de 3-6mm, semiesféricas, isoladas e bem 
delimitadas, geralmente agrupadas, apresentam coloração 
pérola, rósea ou igual a pele circundante, com centro 
umbilicado e base eritematosa; 
 A lesão é facilmente removível, liberando um líquido 
esbranquiçado que contém as partículas virais; 
 DIAGNÓSTICO: Clínico 
 TRATAMENTO: Destruição das lesões por eletrocoagulação, 
crioterapia, curetagem, cauterização química ou expressão 
manual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
 
 Violência contra a mulher: todo ato baseado no gênero que 
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou 
psicológico à mulher, tanto na esfera pública quanto na 
privada; 
 Agressão sexual: evento que ocorre sem o consentimento 
da vítima, que envolve o uso da força ou a sua ameaça, e 
em que há tentativa ou a efetiva penetração na vagina, boca 
ou reto da vítima; 
 Estupro: constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar/permitir que 
com ele se pratique outro ato libidinoso; 
 Mais da metade dos estupros de mulheres ocorre antes dos 
18 anos, e 22% antes dos 12 anos; 
 CONSEQUENCIAS: gravidez indesejada, dor pélvica crônica, 
síndrome pré-menstrual, distúrbios gastrointestinais, 
complicações ginecológicas e gestacionais, enxaqueca, ISTs, 
danos psicológicos imediatos ou crônicos; 
 Impacto social: deterioração do relacionamento com a 
família, amigos ou companheiro, menos contatos 
interpessoais e diminuição da probabilidade de casamento 
futuro; 
 Adoção de condutas sexuais de alto risco em consequência 
do dano psicológico: sexo desprotegido, múltiplos 
parceiros, início sexual precoce, prostituição; 
 Abuso de substancias, condutas alimentares problemáticas; 
 TODO CASO DE VIOLENCIA CONTRA A MULHER É DE 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA! 
 Crianças e adolescentes < 18 anos, a suspeita ou confirmação 
de abuso: COMUNICAR AO CONSELHO TUTELAR OU À VARA 
DA INFANCIA E DA JUVENTUDE; 
 O boletim de ocorrência policial e o laudo do DML NÃO 
DEVEM SER EXIGIDOS PARA ATENDIMENTO NOS SERVIÇOS 
DE SAÚDE; 
 PRIMEIRO ATENDIMENTO: 
o Acolhimento; 
o Reconhecimento e tratamento das lesões; 
o Suporte psicológico; 
o Prevenção de gestação; 
o Avaliação, tratamento e prevenção de IST; 
o Encaminhamento para acompanhamento com 
ginecologista e psiquiatra. 
 História da violência deve ser precisa e acurada, porém sem 
questionamentos desnecessários que aumentem o 
sofrimento psicológico da mulher; 
o História menstrual 
o Circunstancias da violência 
o Tipo de violência (com ou sem penetração, loca, 
ejaculação, número de agressores, uso de 
preservativo); 
o Existência de sangramento na vítima ou no agressor; 
o Atividade sexual consensual recente; 
o Identidade do agressor (familiar, desconhecido...) 
o Ocorrência de situações de violência anteriores; 
o Existência de rede de apoio social e familiar 
o Assegurar que a vítima seja protegida de uma nova 
agressão. 
 Avaliação do estado emocional 
 Evidencias de trauma: avaliar genitália externa, vagina, ânus 
e reto; 
 Exames laboratoriais: teste de gestação, testes para as 
principais IST (VDRL, Anti-HIV e pesquisa de hepatite B e C); 
 Se possível, colher material vaginal e anal para pesquisa de 
clamídia, ureaplasma, micoplasma e gonococo; 
 Anticoncepção de emergência: deve ser fornecida 
independentemente do ciclo menstrual, o mais rápido 
possível, mesmo em local onde não será dada a 
continuidade ao tratamento; 
o Levonorgestrel 1,5mg VO em dose única até 72h do 
evento; 
 Se houver falha na anticoncepção de emergência e a 
paciente engravidar, ela tem o direito ao abortamento legal, 
se for seu desejo; 
 PROFILAXIA PARA IST: 
o SÍFILIS: penicilina G benzatina 2.400.000 IM em dose 
única; 
o GONORREIA: ciprofloxacino 500mg VO em dose única; 
o CLAMÍDIA E CANCRO MOLE: azitromicina 1g VO em 
dose única; 
o TRICOMONÍASE: metronidazol 2g VO em dose única; 
o HEPATITE B: Se já vacinada, não necessita de vacina 
nem de imunoglobulina. Se não, administrar 3 doses 
(1ª até 48h da violência, e as subsequentes em 30 e 
180 dias) + dose única de imunoglobulina 0,06ml/kg 
IM até 14 dias após a violência; 
o Informar que não existe profilaxia para hepatite C; 
o GRAVIDEZ E LACTAÇÃO NÃO SÃO 
CONTRAINDICAÇÕES PARA AS PROFILAXIAS DE 
HEPATITE B 
o HIV (MS): zidovudina 300mg VO 12/12h + lamivudina 
150mg VO 12/12h + nelfinavir 750mg VO 8/8h OU 
indinavir 800mg VO de 8/8; 
o HIV (HCPA): zidovudina 300mg VO 12/12h + 
lamivudina 150mg VO 12/12h + lopinavir 400mg VO 
12/12h + ritonavir 100mg VO de 12/12h 
o Pacientes devem ser orientadas a abstinência sexual 
até o fim das profilaxias e uso de preservativo em 
todas as relações sexuais, por no mínimo 6 meses a 
partir da violência, até os resultados finais das 
sorologias; 
 ABORTO 
o Autorização da grávida, ou de seu representante legal, 
para realização do abortamento; 
o Informação à mulher, ou ao seu representante legal, 
de que ela poderá ser indiciada criminalmente caso as 
declarações constantes no prontuário sejam falsas; 
o Registro em prontuário médico de todas as consultas 
da equipe multidisciplinar; 
o 1º trimestre: método de interrupção indicado é a 
aspiração manual intrauterina (AMIU), podendo usar 
misoprostol 200ug via vaginal 4-6h antes do 
procedimento para preparar o colo uterino; 
o 2º trimestre: abortamento farmacológico – 
misoprostol 400ug 4/4h via vaginal até a expulsão 
ovular, se necessário pode ser feito AMIU ou 
curetagem uterina; 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6 
o 3º trimestre: não é recomendado interromper, mas 
sim orientar a paciente ao acompanhamento pré natal 
e auxílio na decisão de inserção da criança na família 
ou processos de doação; 
 Acompanhamento: 
o 15 dias: transaminases e hemograma; 
o 45 dias: conteúdo vaginal, VDRL, anti-HIV 
o 3 meses: colposcopia, citopatológico de colo uterino, 
VDRL, anti-HIV, hepatite B e C 
o 6 meses: anti-HIV, exames para hepatite B e C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vivianne Beatriz – Medicina ufal – P6

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