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0 SUZIANE FEITOSA DOS SANTOS QUALIDADE DE COUVE MANTEIGA COMERCIALIZADA NA CIDADE DE RIO BRANCO - ACRE RIO BRANCO - AC 2019 1 SUZIANE FEITOSA DOS SANTOS QUALIDADE DE COUVE MANTEIGA COMERCIALIZADA NA CIDADE DE RIO BRANCO - ACRE RIO BRANCO - AC 2019 Projeto de Monografia apresentado ao Curso de Engenharia Agronômica, Centro de Ciências Biológicas e da Natureza, Universidade Federal do Acre, como parte das exigências para obtenção do título de Engenheira Agrônoma. Orientadora: Dra. Luciana da Conceição Castello Branco 2 TÍTULO DO PROJETO: Qualidade de Couve Manteiga Comercializada na Cidade de Rio Branco - Acre. ÁREA DE CONHECIMENTO: Fundamentos sobre Tecnologia de Produtos Agropecuários / Higiene na manipulação de alimentos SUBÁREA DE CONHECIMENTO: Pós-colheita / Ciência de Alimentos INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL: Universidade Federal do Acre (UFAC) UNIDADE EXECUTORA: Centro de Ciências Biológicas e da Natureza (CCBN/UFAC) LOCAL DE REALIZAÇÃO: Unidade de Tecnologia de Alimentos (Rio Branco/Acre) PERÍODO DE EXECUÇÃO: Jan/2020 - Mar/2020 CUSTO ESTIMADO: R$ 13.282,44 ORGÃO FINANCIADOR: Particular EQUIPE DE TRABALHO: Suziane Feitosa dos Santos (Graduanda) Docente. Dra. Luciana da Conceição Castello Branco (Orientadora) 3 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 4 2 PROBLEMA E HIPÓTESE ..................................................................................... 6 3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 7 4 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 8 4.1 A cultura da couve manteiga ............................................................................... 8 4.1.1 Cultivo da Couve Manteiga em Rio Branco, Acre .............................................. 9 4.1.2 Comércio de couve manteiga em Rio Branco, Acre..........................................10 4.2 Qualidade de hortaliças comercializadas no Brasil..............................................11 4.2.1 Contaminação microbiológica por coliforme fecais e salmonella sp..................12 5 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................ .............13 6 CRONOGRAMA ................................................................................................... 15 7 ORÇAMENTO ...................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 17 4 1 APRESENTAÇÃO A Horticultura é um setor do agronegócio brasileiro com peso fundamental no desenvolvimento econômico e social do país, pois envolve diretamente alimentos do dia a dia dos brasileiros. No Brasil a produção de hortaliças está voltada para a agricultura familiar, com sua distribuição em pequenas propriedades, gerando 2,2 milhões de empregos diretos e indiretos (PINTO et al., 2001). O cultivo de brássicas tem importância significativa no setor de olericultura orgânica brasileira, em consequência da demanda na produção e devido ao retorno econômico propiciado, assim como o valor nutricional, pois são considerados alimentos fonte de cálcio, potássio, fibras e vitaminas A, B e C. Dentre as espécies cultivadas, se destacam repolho, couve-flor, couve manteiga, brócolis, e couve chinesa (FILGUEIRA, 2000). A sociedade tem apresentado uma crescente demanda por alimentos saudáveis e isentos de utilização de agrotóxicos, levando a busca por sistemas rentáveis. Na produção de hortícolas, no Brasil, gera destaque quanto ao cultivo em sistema orgânico, já que este sistema não tem a adição de agrotóxicos e adubos químicos sintéticos, sendo produtos consumidos em sua maior parte in natura. Neste sentido, o objetivo geral do trabalho será avaliar a qualidade microbiológica da couve manteiga comercializada em Rio Branco, Acre. Provenientes de diferentes sistemas de produção: cultivo orgânico e convencional. 5 2 PROBLEMA E HIPÓTESE A principal motivação para a busca de alimentos orgânicos, no Brasil, está diretamente ligada à preocupação dos consumidores com a saúde e meio ambiente, já que em sistema orgânico expressa a ausência de produtos químicos, diferindo-se do sistema convencional. Em contrapartida no que tange a qualidade sanitária é importante destacar a contaminação microbiana e parasitária. A utilização intensiva de dejetos de animais em sistema orgânico faz com que aumente os questionamentos de contaminação vindos de críticos da agricultura. Vale ressaltar que o uso de esterco também é comum em sistemas convencionais. Em verdade, esse tipo de adubo mal curtido e a irrigação com água contaminada se tornam fontes favoráveis de contaminação dos produtos e do solo, tanto em sistema orgânico quanto em sistema convencional. A adubação orgânica com utilização de detritos gerados da própria unidade rural, ou nas imediações,é uma prática muito comum na gestão de lavouras de pequenos produtores. Deste modo, se faz importante avaliar a qualidade microbiológica da couve manteiga cultivada em sistema orgânico e compará-la com a cultivada em sistema convencional. 6 3 JUSTIFICATIVA A couve manteiga, é uma hortaliça habitualmente consumida pela população acreana, presente em saladas, sucos e feijoadas, sendo ingerido em sua maioria in natura. Gera emprego e renda para o setor rural, fortalecendo a economia do país. Destaca-se por ter boa aceitabilidade devido ao seu sabor e valor nutricional, é fonte de cálcio, potássio, fibras e vitaminas A, B e C (FILGUEIRA, 2000). Vale ressaltar que esta folhosa deve ser consumida fresca e crua, de preferência, já que alguns de seus nutrientes são sensíveis a altas temperaturas. Assim, torna-se necessário verificar a qualidade microbiológica de vegetais com o objetivo de verificar possíveis riscos aos quais os consumidores possam estar expostos e auxiliar na garantia de alimentos seguros. 7 4 REVISÃO DE LITERATURA De acordo com Valor econômico (2016) a cadeira produtiva de hortaliças produz 20 toneladas por ano, movimentando cerca de R$ 55 bilhões no Brasil. O mercado é diversificado e o volume de produção está concentrado nas espécies de alface, tomate, cebola, melancia e cenoura, correspondendo a mais de 50% do total produzido. A agricultura familiar é a maior responsável pela produção (EMBRAPA, 2019). O cultivo de hortaliças rende ao Brasil US$ 9 750 milhões, que representa 3,5% do PIB. Além disso, a atividade gera de 3 a 6 empregos diretos e indiretos, por hectare. E o perfil do mercado é dinâmica, de acordo com a preferência dos consumidores (UENF, 2019). No mercado mundial, a China é responsável por mais da metade da produção (CAMARGO FILHO; CAMARGO, 2017). o Brasil está entre os quatro maiores produtores, logo após a China, Turquia e Irã, posição atribuída quando são incluídos no seguimento, a melancia e a mandioca (ANUÁRIO BRASILEIRO DE HORTALIÇAS, 2017). No que diz respeito a cultura da couve, São Paulo é um dos maiores produtores nacionais. A hortaliça é o 49º produto mais comercializado na CEAGESP, com mais de 10 166,90 toneladas comercializadas em 2017 (CEAGESP, 2019). 4.1 A cultura da couve manteiga A couve de folha, também conhecida como couve manteiga ou couve comum (Brassica oleracea L. var. acephala), é uma hortaliça de originária do continente Europeu, pertencente à família Brassicaceae. É uma planta arbustiva e de produção anual ou bienal, que por suas características nutritivas e medicinais, cujo consumo tem aumentado gradativamente (TRANI et al., 2015; NOVO et al., 2010). Em geral, as espécies desta família são reconhecidas por suas qualidades nutricionais. As folhas da couve são ricas em glucosinolatos, têm alta atividade antioxidante, compostos fenólicos, vitaminas e minerais. Além de apresentar potencial anticarcinogênica (MORENO et al., 2006; BAENAS; MORENO; GARCIA-VIGUERA, 2012). Seu cultivo é de fácil execução, pois a cultura se adapta a diferentes condições ambientais e não necessita de altos níveis tecnológicos durante o cultivo (VILAR et al., 2008). Pode ser encontrada nos comércios e feiras o ano inteiro (OLIVEIRA- CALHEIROS, et al., 2008). 8 De acordo com Novo et al. (2010b), as cultivares de couve manteiga podem apresentar variações de altura, porém, no Brasil, a maioria delas variam de porte médio a alto. Devendo ser tutoradas quando possuem entre 60 e 100 cm de altura, quando geralmente estão na fase de colheita. O método de propagação mais utilizado pelos produtores é o via mudas, desenvolvidas através dos brotos das axilas da das folhas. Porém, o cultivo também pode ser realizado por meio de sementes, principalmente de híbridos, tendo em vista que eles não produzem brotações laterais (SILVA et al., 2016; TRANI et al., 2015). De maneira geral, as hortaliças, e em especial a couve manteiga, podem ser cultivadas em sistemas protegidos ou de campo aberto, de maneira convencional, em hidroponia ou cultivo orgânico. A escolha é feita de acordo com o perfil, tamanho da área, disponibilidade de insumos e mão de obra do produtor (MOURA, 2018). O transplantio das mudas é executado quando as mesmas atingem de 10 a 15 cm de altura e 4 a 6 pares de folhas definitivas. O espaçamento na entrelinha varia de 80 a 100 cm com 50 a 70 cm entre plantas. A colheita pode ser realizada de dois a três meses após o plantio, no Acre a colheita é com dois meses (FILGUEIRA et al., 2008; TRANI et al., 2015; MOURA, 2018). De acordo com Trani et al. (2015), durante o cultivo, práticas de manejo como irrigação, calagem, adubação e rotação de culturas, garantem a eficiência produtiva da couve. Tanto a calagem (30 a 90 dias), quando a adubação orgânica (30 dias), devem ser realizadas antes do plantio das mudas. Na adubação orgânica utiliza-se de 20 a 40 t ha-1 de esterco bovino ou 5 a 10 t ha-1 de esterco ou cama de frango. Na adubação mineral, feita em cobertura a cada 15 dias é utilizado 20 a 40 kg ha-1 de N, 10 kg ha-1 de P2O5 e 10 a 20 kg ha-1 de K2O. Composto orgânico Bokashi na dosagem de 150 a 250 g m2 além de favorecer na recuperação do solo, promove, segundo Shingo e Ventura (2009), desenvolvimento similar ao de plantas que recebem adubação química. Outro manejo importante é a rotação de culturas, afim de evitar a a criação de fontes de inóculo de patógenos. 4.1.1 Cultivo de couve manteiga em Rio Branco, Acre De acordo com o levantamento realizado por Moura (2018) a produção comercial da couve é predominantemente oriunda da agricultura familiar, e as áreas de cultivo estão localizadas em projetos de assentamentos e nos Polos agroflorestais. 9 Segundo o mesmo estudo, nos polos a cultura é cultivada em canteiros com 10 a 25 m de comprimento, com espaçamento de 30 a 100 cm entre si. O espaçamento entre plantas vai de 30 a 50 cm, dispostos em linhas simples, duplas ou triplas. A adubação realizada pelos produtores é com uso de cama de frango, pó de serragem ou adubação química formulada de NPK na proporção 10:10:10. No Acre não há disponibilidade de substratos comerciais, devido, principalmente a distância dos grandes centros produtores, tornando a utilização dos mesmos inacessível, a sazonalidade e a falta de agroindústria de coco (SIMÕES et al., 2015). Porém, de acordo com estudos realizados na região, a adição de coprólito de minhoca, principalmente em concentrações maiores que 70% da composição volumétrica do substrato, aumenta o crescimento das plantas de couve (SILVA et al., 2007). E, substratos compostos por matéria orgânica pura ou condicionadores de fibra de coco, casca de arroz carbonizada ou estirpe de Ouricuri são capazes de produzir com qualidade, mudas orgânicas de couve. E, substratos compostos por caule de Sumaúma decomposto, mesmo produzindo mudas de couve manteiga cv. Geórgia de qualidade inferior, a produtividade no campo não é afetada (SILVA et al., 2016). Os métodos de irrigação utilizados são por aspersão, micro aspersão, e manual com o uso de mangueiras. Também é comum o consórcio da planta com a cebolinha (MOURA, 2018). 4.1.2 Comércio de couve manteiga em Rio Branco, Acre A comercialização semanal de couve manteiga em Rio Branco, Acre, varia de 100 a 3000 maços (com três folhas) por família produtora. Essa variação é resultante do sistema de cultivo adotado, do espaçamento e da disponibilidadede mão de obra, que em maior parte é familiar, e eventuais contratações por diária. As folhas são destinadas para feiras de bairro, vendas em mercados e supermercados, atravessadores e para a Central de Abastecimento local, (CEASA-AC). Além disso, os agricultores recebem apoio no transporte da produção dos agricultores dos pólos, comercializam para o Programa SAFRA apoia o transporte da produção dos agricultores familiares dos polos municipais, para os pontos de comercialização. Rio Branco é responsável por 79,05% da comercialização (733 848 kg de folhas de couve manteiga vendidas, média de 183 462 kg ano-1), na sequência, está Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre. (MOURA, 2018). Segundo Rio Branco (2019), ao 10 todo, são comercializadas 24 200 toneladas ano-1 de frutas e hortaliças, nos mercados da cidade. São comercializados em torno de 480 t ano-1 de couve. 4.2 Qualidade de hortaliças comercializadas no brasil A preocupação da população com a qualidade dos alimentos consumidos é uma tendência crescente nos dias atuais. No mundo cada vez mais globalizado, as pessoas procuram por alimentos práticos, como os produtos minimamente processados, saudáveis e de qualidade. (ARBOS et al., 2010; ASSIS; UCHIDA, 2014). Segundo Chitarra (2000), produtos hortícolas devem ser isentos de qualquer substância que possa prejudicar a saúde do consumidor. Para isso, padrões de qualidade pré-estabelecidos por leis federais ou estaduais atuam na preservação da saúde do consumidor, embasada na com base na prevenção do desenvolvimento de microrganismos patogênicos ou prejudiciais. De acordo com Costa et al. (2012), durante a higienização das hortaliças para consumo in natura deve garantir a segurança do consumo. Pela legislação, a forma tradicional de higienização dos alimentos consiste numa lavagem com água corrente, seguida de uma desinfecção por meio de imersão em solução clorada a 200 ppm, por no mínimo 15 minutos e enxágue para remoção de sujidades persistentes e do resíduo do cloro (BRASIL, 2004; GERMANO; GERMANO, 2008; SILVA JUNIOR, 2007). Além da higienização pós-colheita, o tempo de armazenamento na packing house deve ser o mais breve possível, os alimentos devem ficar em ambientes condicionados e limpos. O transporte até o comércio também deve ser observado. Segundo o estudo conduzido por Saraiva (2013), das hortaliças que chegam aos locais de comercialização, grande parte é transportada em caminhões ou caminhonetes de terceiros, principalmente os produtos oriundos de cultivos convencionais (77,78%) contra 45% de orgânicos, o restante da produção é transportado pelo produtor. Segundo Moretti (2003), raramente este transporte é feito em caminhões com sistema refrigerado, geralmente são em veículos abertos e cobertos com lona. Tornando o transporte um potencial agente de contaminação das hortaliças. 11 4. 2. 1 Contaminação microbiológica por coliforme fecais e salmonella sp. De acordo com Nascimento e Alencar (2014) as hortaliças têm potencial para ser reservatórios de parasitas patogênicos e grupos coliformes, por isso é importante a adoção de medidas preventivas em relação a qualidade higiênica e sanitárias durante todos as etapas de produção. Desde a produção de mudas sadias, até a sua comercialização. Segundo Costa et al. (2012), ao analisar uma forma alternativa de higienização de folhas de alface, constatou que tanto o método convencional, quando a utilização de solução com detergente Nipon WV2640 a 1% são eficazes, e que este último é uma alternativa ao uso do hipoclorito. O uso de solução com vinagre (4% de ácido acético) na sanitização de folhas de couve, com imersão durante 20 minutos é eficiente na redução da carga microbiana inicial das plantas (SILVA, 2016). Ao analisar a sanidade de amostras de alface, cenouras e tomates orgânicos de trezes áreas no município de São José dos Pinhais e Colombo. Arbos et al. (2010), constatou que a qualidade das amostras de tomates foi superior. Tanto as cenouras, quanto as alfaces avaliadas apresentaram contagens de coliformes fecais e Salmonella sp. superiores ao permitido pela legislação brasileira (Resolução Nº 12 de 2 de janeiro de 2001 do Ministério da Saúde). Resultados preocupantes foram detectados nas cidades de Juazeiro do Norte- CE e Crato-CE. Segundo Saraiva (2013), as hortaliças comercializadas na região estão contaminadas por coliformes totais e fecais. Níveis acima do permitido pela legislação foi observado em 23,95% das amostras analisadas coletadas. De acordo com os estudos de Pereira et al. (2019), foram detectadas a presença de coliformes totais e termotolerantes em amostras de couve minimamente processado comercializadas no município de Campos dos Goytacazes, RJ. Resultado que evidencia a higienização precária realizada e a urgência de fortalecer o sistema de vigilância sanitária na região. E a implementação de programas de qualidade como Boas Práticas de Fabricação. A qualidade da água utilizada no sistema de produção também pode influenciar na sanidade dos alimentos. Segundo Lotto (2009), a água utilizada na irrigação de alface é considerada um dos principais causadores de contaminação por coliformes termotolerantes e E. coli, tanto em cultivos orgânicos, quanto em convencionais. 12 5 MATERIAL E MÉTODOS O experimento será desenvolvido na Unidade de Tecnologia de Alimentos (UTAL), na Universidade Federal do Acre em Rio Branco. Para a realização da pesquisa, optar-se-á pela utilização da couve manteiga obtidas em feirinha orgânica situada no Mercado Municipal Elias Mansour situado na rua Sergipe, N 40 – Centro em Rio Branco, Acre. As hortaliças serão coletadas semanalmente ao longo de 3 meses em feiras, com luvas cirúrgicas e acondicionadas em sacos plásticos de primeiro uso, identificados e preservadas em caixas isotérmicas com bolsas de gelo para serem transportadas à UTAL para análise microbiológica. As análises serão realizadas para detecção de bactérias dos grupos coliformes termotolerantes seguindo a metodologia descrita por Vanderzant e Splittstoesser (1992). Divididas em duas etapas. Na primeira etapa, serão retirados assepticamente 25 g de amostra, devidamente pesadas em placa de Petri estéril, seguida de homogeneização com 180 ml de solução salina a 0,85%, em liquidificador antecipadamente esterilizado com álcool 70% e preparadas três diluições sucessivas (0,1; 0,01 e 0,001) e para cada diluição serão utilizados três tubos contendo 10 mL de caldo lauril sulfato de sódio com tubos de Durhan invertidos, os quais serão incubados de 35 ºC por 24 horas. Os tubos que apresentarem formação de gás no caldo, terão alíquotas semeadas em tubos contendo 5 mL de caldo verde brilhante 2% contendo tubos de Durhan invertidos para o crescimento de coliformes totais. Em seguida, para a confirmação de coliformes termotolerantes, os tubos positivos em caldo verde serão transferidos para tubos de Durhan contendo caldo com Escherichia coli a 45 ºC e deixados em banho maria durante 24 horas. Posteriormente serão semeadas em placas de Petri contendo meio de cultura ágar eosina azul de metileno e incubadas a 35 ºC por 24 horas. Para designação dos coliformes fecais a 45 ºC serão evidenciadas pelo crescimento de colônias com centros enegrecidos e brilho verde metálico. Obtidas em número mais provável (NMP.g-1). A contagem de coliformes a 45 ºC será comparada com a tolerância máxima segundo a legislação vigente regida na resolução nº 12/2001 (BRASIL, 2001). Quanto a determinação de Salmonella sp/g será utilizada o processo de pré- enriquecimento da amostra, adicionando 25g desta em225 mL de peptonada tamponada, em seguida a amostra será homogeneizada e incubada a 37 ºC por 18h, 13 logo após será inoculada 1 ml de cada diluição para tubos contendo 10 ml de caldo tetrationado (TT) e caldo rappaport vassilidis (RV), em seguida os tubos serão incubados a 37 ºC por 24 horas. A partir do caldo RV, será realizado o plaqueamento seletivo diferencial pela técnica de esgotamento em ágar xilose lisina desoxicolato (XLD) seguido de incubação a 37 °C por 24 horas. Logo após será observado se haverá ocorrência de turvação com viragem alcalina do indicador, caso o meio seja alterado para a cor roxo azulado, este será positivo e viragem ácida para coloração amarela, negativo. 14 6 CRONOGRAMA Descrição das atividades ANO 2019 2020 Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. 1 - Elaboração do projeto de monografia X X X X 2 – Treinamento para Análise Microbiológica X 2 - Obtenção da hortaliça orgânica X X X 3 - Obtenção da hortaliça convencional X X X 4 - Compra do material de consumo X 5 - Implantação do experimento X 6 - Realização das análises X X X 8 - Obtenção dos dados X X X 9 - Análise de dados X X 10 - Redação da monografia X X X 11 - Defesa da monografia X 15 7 ORÇAMENTO ESPECIFICAÇÃO CUSTO (R$) MATERIAL PERMANENTE (*) UNIDADE QUANTIDADE UNITÁRIO TOTAL Geladeira unidade 1 2.000,00 2.000,00 Titulador unidade 1 500,00 500,00 Balança de precisão unidade 1 5.000,00 5.000,00 Erlenmeyer 500 mL unidade 8 7,20 21,60 Placas de Petri unidade 20 4,00 80,00 Estufa de elétrica unidade 1 1.600,00 1.600,00 Tubo de ensaio unidade 20 5,00 45,00 Tubo de Durham unidade 20 1,00 9,00 Proveta de 1000 mL unidade 1 80,00 80,00 Pipeta graduada 10 mL unidade 1 5,00 5,00 Pipetador motorizado unidade 1 500,00 500,00 Banho-maria unidade 1 2.000,00 2.000,00 SUBTOTAL - - - 11.840,50 MATERIAL DE CONSUMO - - - - Etiqueta adesiva (rolo) unidade 1 3,50 3,50 Hipoclorito de sódio L 1 2,50 2,50 Embalagem plástica unidade 80 0,39 3,90 Caldo EC g 500 0,55 275,00 Água destilada L 2 4,52 9,04 Peptona bacteriológica g 500 0,85 421,00 Plate cout ágar g 500 0,96 477,00 Caldo laurel g 500 0,50 250,00 SUBTOTAL - - - 1.441,94 TOTAL GERAL - - - 13.282,44 (*) Recursos já disponíveis na instituição. 16 REFERÊNCIAS ANUÁRIO BRASILEIRO DE HORTALIÇAS. No mundo da horta. Editora gazeta, p. 22. 2017. Disponível em: <https: http://www.editoragazeta.com.br/flip/anuario-hortal icas-2017/files/assets/basic-html/page24.html>. Acesso em: 01 out. 2019. ARBOS, K. A.; FREITAS, R. J. S. de; STERTZ, S. C.; CARVALHO, L. A. Segurança alimentar de hortaliças orgânicas: aspectos sanitários e nutricionais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 30, p. 215-220, maio 2010b. (Suplementação 1) ASSIS, L. L. R. de; UCHIDA, N. S. Análise da qualidade microbiológica de hortaliças minimamente processadas comercializadas em Campo Mourão, PR. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, v. 5, n. 3, p. 17-22, dez./fev. 2014. BAENAS, N.; MORENO, D. A.; GARCIA-VIGUERA, C. Selecting sprouts of Brassicaceae for optimum phytochemical composition. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Easton, v. 60, n. 45, p. 11409-11420, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 216 de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas para serviço de alimentação. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 set. 2004. CAMARGO FILHO, W. P. de; CAMARGO, F. P. Evolução da produção e da comercialização das principais hortaliças no mundo e no Brasil, 1970 a 2015. Informações Econômicas, São Paulo, SP, v. 47, n. 3, jul./set. 2017. CEAGESP - Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Guia de produtos: COUVE. Disponível em: <http://www.ceagesp.gov.br/guia-ceagesp/couve/ >. Acesso em: 10 out. 2019. CHITARRA, M. I. F. Tecnologia e qualidade pós-colheita de frutos e hortaliças. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 68p. COSTA, E. de A.; FIGUEIREDO, E. A. T.; CHAVES, C. de S.; ALMEIDA, P. C.; VASCONCELOS, N. M.; MAGALHÃES, I. M. C.; MORAES, A. F.; PAIXÃO, L. M. N. Avaliação microbiológica de alfaces (Lacuta Sativa l.) Convencionais e orgânicas e a Eficiência de dois processos de higienização. Alimentos e Nutrição, Araraquara, v. 23, n. 3, p. 387-392, jul./set. 2012. EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Frutas e hortaliças. Disponível em: <https://www.embrapa.br/grandes-contribuicoes-para-a-agricultura- brasileira/frutas-e-hortalicas>. Acesso em: 01 out. 2019. FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura. Viçosa: UFV. 2000. 420p. FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2008. 421 p. GERMANO, P. M. L.; GERMANO, M. I. S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos. 3. ed. rev. amp. Barueri, SP: Manole, 2008. v.1, 986 p. LOTTO, M. de C. Avaliação da contaminação de alface (Lactuca sativa) por coliformes termotolerantes e Escherichia coli em sistemas de cultivo orgânico e convencional. 2008. 76 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2008. 17 MORENO, D. A.; CARVAJAL, M.; LOPEZ‑BERENGUER, C.; GARCIA‑VIGUERA, C. Chemical and biological characterization of nutraceutical compounds of broccoli. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis, v. 41, p.1508‑1522, 2006. MORETTI, C. L. Boas práticas para a produção de hortaliças. Horticultura Brasileira, v. 21, n. 2, julho, 2003. MOURA, K. de S. A. Crescimento e produtividade da couve de folhas em sistema slab com diferentes substratos. 2018. 77 f. Tese (Doutorado em agronomia) – Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Federal do Acre, Rio Branco, 2018. NASCIMENTO, E. D. do; ALENCAR, F. L. S. Eficiência antimicrobiana e antiparasitária de desinfetantes na higienização de hortaliças na cidade de Natal, RN. Ciência e Natura, Santa Maria, RS, v. 36, n. 2, p. 92-106, maio/ago. 2014. NOVO, M. C. S. S.; PRELA-PANTANO, A.; TRANI, P. E.; BLAT, S. F. Desenvolvimento e produção de genótipos de couve manteiga. 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