Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AMPLIFICAÇÃO BIOLÓGICA MAGNIFICAÇÃO BIOLÓGICA AMPLIAÇÃO BIOLÓGICA BIOCONCENTRAÇÃO ALTERAÇÕES NA CADEIA ALIMENTAR Amplificação biológica - Biomagnificação - Bioconcentração • Alterações provocadas pela ação de poluentes químicos • Os últimos níveis tróficos, são os mais prejudicados Mergulhão (2500) Peixes carnívoros (22 a 221) Peixes planctófagos (7 a 9) Zooplâncton (3,0) Fitoplâncton (0,5) Inseticida transferido por via alimentar Água (0,014) Pirâmide de biomassa do Lago Clear, na Califórnia (concentração de DDT em ppm) Charbonneau, J. P. et al, 1979 Há um aumento de concentração de determinados elementos e compostos químicos, notadamente os poluentes da água, à medida que se avança na cadeia alimentar. Essa concentração crescente deve-se à assimilação, pelo organismo, desses compostos, quando da síntese dos tecidos ou gorduras. A este aumento de concentração de poluentes ao longo da cadeia alimentar dá-se o nome de amplificação biológica, magnificação biológica ou ainda ampliação biológica. A magnificação trófica ou biomagnificação é o processo caracterizado pela presença de pesticidas, poluentes metálicos e outras substâncias tóxicas nas cadeias alimentares. Esses compostos, por não serem biodegradáveis, permanecem nos ecossistemas e espalham-se pelos diferentes níveis tróficos, interferindo no equilíbrio do meio ambiente. Bioacumulação ou acumulação biológica ou magnificação trófica é um fenômeno que ocorre quando há acúmulo progressivamente maior de um produto tóxico de um nível trófico para outro ao longo da cadeia alimentar por causa da redução da biomassa. Desse modo os consumidores apresentam maior concentração dos produtos tóxicos que os produtores. Esse fenômeno é conhecido como magnificação trófica(M.T) ou amplificação biológica. Os seres dos últimos níveis acabam absorvendo doses altas dessas substancias prejudiciais a saúde. À medida que se avança na cadeia alimentar, há um aumento de concentração de determinados elementos e compostos químicos, notadamente os poluentes da água. A esse aumento de concentração de poluentes ao longo da cadeia alimentar dá-se o nome de AMPLIFICAÇÃO BIOLÓGICA, (magnificaçãobiológica). Este fenómeno, pelo qual os químicos tóxicos do meio ambiente se acumulam nos seres do ecossistema é denominado bioconcentração. A bioconcentração, pode atingir um nível tão alto que pode matar o organismo, ou induzir disfunções ao nível da reprodução, e assim fazer terminar a cadeia. A isto chama-se ampliação biológica. 1) com base na segunda lei da termodinâmica, pode-se dizer que é necessário um grande número de elementos do nível trófico anterior para alimentar um determinado elemento do nível trófico seguinte; 2) o poluente considerado deve ser recalcitrante ou de difícil degradação; 3) o poluente deve ser lipossolúvel. A primeira condição é necessária para facilitar sua absorção nos primeiros níveis tróficos. A última condição implica dissolução do poluente nos tecidos gordurosos do organismo em vez de sua concentração na urina —caso em que seria eliminado e devolvido ao ambiente. Esse fenômeno ocorre em função de três fatores: Um exemplo comum de poluente que acarreta o fenômeno em questão é o DDT - produto não-biodegradável utilizado como inseticida. Vale lembrar que quando uma substância tóxica se difunde nas cadeias alimentares, ela é repassada aos outros níveis tróficos (de um produtor para um consumidor, por exemplo) sempre de forma acumulativa e crescente. Os casos mais frequentes de amplificação biológica, por tratar-se de compostos mais utilizados pelo ser humano, são os referentes ao inseticida DDT e ao mercúrio. Torna-se mais séria quando tratamos de elementos tóxicos como radionuclídeos e pesticidas. Os casos mais freqüentes de amplificação, são os referentes ao inseticida DDT e ao mercúrio (compostos mais utilizados pelo ser humano) . O resultado da amplificação é que alguns animais vão se extinguindo(caso da águia-pesqueira norte-americana). O acúmulo do DDT no organismo das fêmeas faz com que os seus ovos tenham casca excessivamente frágil, quebrando-se antes mesmo de serem chocados. Assim sendo, uma certa quantidade pode não ser fatal para o indivíduo, mas letal para a espécie. O DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano) é o primeiro pesticida moderno tendo sido largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o combate dos mosquitos causadores da malária e do tifo. O DDT foi sintetizado em 1874, mas apenas em 1939 é que um químico suíço, Paul Muller, descobriu suas propriedades inseticidas. Por esta descoberta, o suíço recebeu o prêmio Nobel de medicina, em 1948. O DDT é insolúvel em água mas solúvel em compostos orgânicos como a gordura e o óleo e tem um odor suave. O DDT tem seu uso controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes. Os inseticidas do grupo DDT, que têm a propriedade de se acumular nos organismos que os absorvem, com eliminação muito pequena para o meio. Dessa forma, o DDT ingerido por um consumidor primário não é eliminado e passa para o consumidor secundário e assim por diante. Numa cadeia alimentar em que o consumidor primário adquire 5 unidades de DDT, o consumidor secundário, comendo 10 primários, ficará com 50 unidades; do mesmo modo, se o consumidor terciário se alimentar de 5 secundários, acumulará 250 unidades e assim por diante. Gráfico de acumulação de DDT. Repare que no consumidor terciário a concentração do DDT é muito maior que nos outros elementos da cadeia alimentar. Elementos Concentração de DDT (ppm) nos tecidos Água 0,00005 Plâncton 0,04 Silverside Minnow (peixe de pequeno porte) 0,23 Sheephead Minnow (peixe de pequeno porte) 0,94 Pickered (peixe predador) 1,33 Peixe espada (peixe predador) 2,07 Heron (alimenta-se de animais menores) 3,57 Tern (alimenta-se de animais menores) 3,91 Herring Gull (gaivota) 6,00 Ovo de gavião marinho 13,8 Merganser (pato que se alimenta de peixe) 22,8 Pelicano (que se alimenta de peixe) 26,4 Concentração de DDT na cadeia alimentar verificada em Long Island, EUA. Esse acúmulo (medido em ppm) pode ser observado nas gorduras dos animais, como mostra a Tabela abaixo, onde são apresentados dados do fenômeno de ampliação biológica relativa ao DDT, observado em Long Island, Estados Unidos. O efeito cumulativo pode ter consequências graves para as espécies consumidoras. O resultado da amplificação é que alguns animais vão extinguindo-se, como é o caso da águia-pesqueira norte americana, que se situa no topo da cadeia alimentar. O efeito cumulativo pode ter consequências graves para as espécies consumidoras. O resultado da amplificação é que alguns animais vão extinguindo-se, como é o caso da águia-pesqueira norte americana, que se situa no topo da cadeia alimentar. As indicações contam que o produto induz a mutagênese no ser humano e de que, em animais de laboratório, faz desenvolver tumores malignos em absorção prolongada. O DDT pode ser progressivamente acumulado nos organismos, especialmente nos tecidos gordurosos, e é altamente tóxico, causando lesões renais, hepáticas e nervosas, além de ser cancerígeno. BHC (benzeno hexaclorado); fórmula (C6H6Cl6) Inseticida organoclorado, considerado medianamente tóxico; as formas alfa-BHC e beta-BHC tiveram ação cancerígena comprovada em animais de laboratório.Além dos pesticidas, existem outras substâncias de efeito cumulativo, que são os compostos radioativos liberados na atmosfera principalmente por explosões nucleares experimentais. As referidas explosões liberam compostos radioativos como o estrôncio 90, elemento de ciclo semelhante ao do cálcio, que tende a se acumular nos tecidos e nos ossos dos animais. As consequências, dramáticas, podem ser a leucemia, o câncer ósseo e as anomalias genéticas. Há de se considerar também o mercúrio (Hg). Acúmulo de DDT ao longo da cadeia alimentar (ppm ) Ovos contaminados com DDT Os efeitos da bioampliação nas cadeias alimentares Podemos observar o aumento da concentração de DDT (uma substância tóxicas) ao longo da cadeia alimentar. Sendo o último nível trófico o mais atingido, ou, seja, o que tem maiores concentrações de DDT acumulados nos seus tecidos e órgãos. Estas concentrações podem levar a morte de espécies, provocando problemas na cadeia alimentar e até mesmo a extinção de espécies. Esquema simplificado de uma cadeia alimentar na costa próxima de Long Island (EUA). Os números indicam a concentração de DDT, em miligramas por quilograma de peso fresco dos organismos.
Compartilhar