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Disciplina: Clínica Médica de Aves e suínos Prof. Genevere Reis Achilles Clínica Médica de Aves e suínos Enfermidades do Sistema Reprodutor Leptospirose Leptospirose Doença infecciosa caracterizada principalmente por transtornos reprodutivos, tais como abortos, natimortos, fetos mumificados e nascimentos de leitões fracos que não sobrevivem. ZOONOSE!!! Etiologia Gênero Leptospira: Lepstospiras patogênicas: L. interrogans (divididas em 7 espécies: L. borgpetersenii, L. inadai, L. interrogans, L. kirschneri, L. alstonii, L. santarosai e L. weilli). Sorovares mais comumente encontrados infectando e causando transtornos reprodutivos em suínos são: Leptospira interrogans sorovares pomona, icterohaemorrhagiae, canicola, gryppotyphosa, bratislava e copenhageni Epidemiologia Os suínos são hospedeiros acidentais e podem se comportar como hospedeiros definitivos. Doença mantida na natureza por infecção crônica e pela presença de leptospiras nos túbulos renais de hospedeiros adaptados (infecção mantida independente das condições ambientais). Roedores e animais silvestres atuam como portadores de leptospiras: ratos são frequentemente fonte de infecção para suínos Animal infectado contamina água, piso ou ração através da urina, fetos abortados ou descargas uterinas Transmissão Fator mais importante: eliminação de leptospiras na urina. Suínos => reservatórios de leptospiras para outras espécies e para o homem. Quando infectados – período prolongado de leptospiremia, que não é acompanhado de sinais clínicos A urina, aos 20-30 dias após a infecção, contém grande número de Leptospiras viáveis Podem eliminar leptospiras na urina por um período superior a um ano, constatado em infecção pelo sorovar Pomona Sinais Clínicos Leptospirose Aguda Pode passar desapercebidos na granja Prostração, anorexia e ↑ TC Recuperação espontânea em uma a 2 semanas Infecção de leitões pelo sorovar icterohaemorrhagiae: pode ocorrer icterícia Leptospirose Crônica Transtornos reprodutivos no terço final da gestação. Porcas podem abortar , ocorrer natimortos ou leitões fracos que morrem poucas horas após o nascimento. Infecção pelo sorovar bratislava pode causar retorno ao cio no início da gestação, além dos transtornos reprodutivos e infertilidade Atlas pathology pig 333 Diagnóstico Teste de Aglutinação Microscópica no soro de reprodutores*** Somente a cultura de leptospiras de feto ou urina e a tipificação pode indicar o sorotipo responsável pela infecção Anticorpos detectados em líquido da cavidade torácica de natimortos são reveladores de infecção O diagnóstico sorológico fornece dados sobre a situação do rebanho, mas não é definitivo para casos individuais. Considerar o histórico do uso da vacina na propriedade, pois as reprodutoras podem apresentar títulos de anticorpos vacinais Nos tecidos ( ex. rins, útero e ovidutos) por IF Nos rins por histopatologia Testes moleculares de PCR * mais recentes Também pode ser usado exame bacteriológico a partir da urina São exigidos testes periódicos de granjas de reprodutores (testes semestrais - provas de microaglutinação), como parte do programa de certificação de granjas GRSC. Amostras acompanhadas de histórico sobre o uso ou não de vacina, para facilitar a interpretação dos resultados sorológicos (granjas controladas) GRSC IN.19 - 2002 Observações.... quanto ao disgnóstico Os testes de PCR até o momento identificam espécies de leptospiras e sorogrupos, não sendo possível a identificação de sorovares. Em relação ao exame laboratorial: Em casos de ocorrência de abortos, natimortos e fetos mumificados deve ser colhido soro de matrizes que appresentam transtornos, bem como de outras porcas do rebanho e cachaços, em porcentagem aproximadamente de de 15% dos suínos em reprodução. Fetos abordatados e mumificados devem ser mantidos refrigerados e enviados para testes diferenciais comn outras causas de problemas reprodutivos, visando cultivo, IF e PCR, bem como rins de porcas descartadas e de suínos de abate. Em rins é realizado exame histopatológico e para tal, colhe-se um fragmento abrangendo o córtex ( de preferência em locais onde haja lesões macroscópicas). Este deve ser colocado em frasco com solução de formalina a 10%, visando a fixação do material ***Também pode ser usado exame bacteriológico a partir da urina: desde que esta seja colhida e diluída em meio líquido de cultura com ph alcalino ou enviada imediatamente ao laboratório. 10 Controle Medidas higiênicas, de manejo, combate a roedores, vacinação e tratamento medicamentoso De maneira geral, onde há sinais de leptospirose, todo o rebanho deve ser considerado portador Desinfecção das instalações (ex. soda cáustica) Isolamento de animais infectados Quarentena nos cachaços Antibioticoterapia *GRSC = devem estar livres ou controlar a leptospirose através de vacinação RESUMO DOENÇA ETIOLOGIA TRANSMIS. SINTOMAS DIAGN. CONT. Leptospirose Bactéria Leptospira Contaminação de água, piso, ração, através da urina , de fetos abortados e descarga uterina Aguda: -Prostração, -Anorexia, -↑TempCorp -Icterícia em leitões Crônica: Reprodutivos -Teste de aglutinação macroscópica (soro de reprodutores) -Histopatologia -PCR -Bacteriologia da urina Biossegurança (tratamento: antibioticoterapia) ZOONOSE SIM!!! Leptospirose Obrigada
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