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Anatomia da pele

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Dermatologia
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A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. ANATOMIA DA PELE
A pele compõe-se, essencialmente, por três grandes camadas de tecidos: uma superior – a epiderme; uma intermediária – a derme ou cório; e uma profunda – a hipoderme ou tecido celular subcutâneo.
A pele representa mais de 15% do peso corpóreo e apresenta grandes variações ao longo de sua extensão, ora mais flexível e elástica, ora mais rígida. 
A cor da pele é determinada pela conjunção de vários fatores, alguns de ordem genético-racial, como quantidade de pigmento (melanina), fatores de ordem individual, regional ou mesmo sexual (como a espessura de seus vários componentes) e, ainda, conteúdo sanguíneo de seus vasos.
A principal função da melanina é proteger a pele das radiações ultravioleta do sol por meio da absorção da energia irradiante. Os melanócitos não só absorvem como também difundem a radiação ultravioleta.
O controle da produção de melanina é exercido por três fatores principais:
Genético: explica variações raciais e patológicas, como o albinismo.
Ambiental: interfere por meio da quantidade de energia radiante ambiental e pela interferência de substâncias químicas sobre a pele.
Hormonal: hormônios da hipófise e da epífise. O hormônio estimulador dos melanócitos (MSH) promove dispersão de grânulos melânicos pelo citoplasma, escurecimento da pele e maior fotoproteção. 
A epiderme é constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado cuja espessura apresenta variações topográficas desde 0,04 mm nas pálpebras até 1,6 mm nas regiões palmoplantares. Cresce continuamente, mas mantém a sua espessura normal pelo processo de descamação. 
O estrato córneo, composto de células queratinizadas.
O estrato granuloso, que contém numerosos grânulos de coloração intensa.
O estrato espinhoso (camada espinhosa) que possui prolongamentos citoplasmáticos curtos que se estendem de uma célula para outra.
O estrato basal que contém células mitoticamente ativas, as células-tronco da epiderme.
A segunda camada tecidual componente da pele é a derme ou o cório, que compreende denso estroma fibroelástico (TC denso) no qual situam-se as estruturas vasculares, nervosas e os órgãos anexiais da pele (glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos). Proporciona suporte mecânico, resistência e espessura à pele. É composta de duas camadas: 
A papilar, mais superficial, consiste em TC frouxo localizado abaixo da epiderme. As fibras colágenas localizadas nessa porção da derme não são tão espessas quanto aquelas da porção mais profunda. As fibras elásticas são filiformes e formam uma rede irregular. É relativamente fina e contém vasos sanguíneos que suprem, mas não entram na epiderme; 
A camada reticular situa-se abaixo da camada papilar. Embora sua espessura varie em diferentes partes do corpo, é sempre consideravelmente mais espessa e menos celularizada que a camada papilar. Caracteriza-se por feixes espessos e irregulares de colágeno principalmente do tipo I e por fibras elásticas mais espessas. 
A terceira camada da pele, mais profunda, a hipoderme, compõe-se de tecido adiposo em quantidades variáveis disposto em lóbulos limitados por tecido conjuntivo. Situa-se abaixo da derme e é equivalente à fáscia subcutânea descrita na anatomia macroscópica. Essa camada atua como importante local de armazenamento de energia e também proporciona isolamento.
Podem ser encontradas camadas de músculo liso e, em alguns locais, músculo estriado.
As células musculares lisas isoladas ou organizadas em pequenos feixes que se originam nessa camada formam os músculos eretores dos pelos, que conectam a parte profunda dos folículos pilosos com a derme mais superficial. Nos seres humanos, a contração desses músculos produz a ereção dos pelos e o enrugamento da pele, denominado “pele de galinha”. 
Uma camada fina de músculo estriado, o panículo carnoso, localiza-se abaixo da fáscia subcutânea em muitos animais. Embora seja, em grande parte, vestigial nos seres humanos, permanece bem-definido na pele do pescoço, face e couro cabeludo, em que constitui o músculo plastisma e os outros músculos da expressão facial.
Certas substâncias lipossolúveis podem ser absorvidas através da pele. Embora não seja uma função da pele, essa propriedade é frequentemente utilizada para administrar agentes terapêuticos. Por exemplo, nicotina, hormônios esteroides e medicamentos para a cinetose são frequentemente administrados através da pele, na forma de pequenos discos adesivos. 
A pele é classificada em espessa ou fina, que reflete sua espessura e localização.
A espessura da pele varia na superfície do corpo, desde menos de 1 mm a mais de 5 mm. No entanto, a pele é evidentemente diferente, tanto macroscópica quanto microscopicamente, em duas localizações: as palmas das mãos e as plantas dos pés. Essas áreas estão sujeitas a maior grau de abrasão, são desprovidas de pelos e apresentam camada epidérmica muito mais espessa que a pele em qualquer outro local. Essa pele desprovida de pelos é denominada pele grossa. Nos demais locais, a pele tem epiderme muito mais fina e é denominada pele fina. Exceto em alguns locais, a pele contém folículos pilosos.
CÉLULAS DA EPIDERME
Existem quatro tipos diferentes de células na epiderme:
Os queratinócitos são células epiteliais altamente especializadas, desenvolvidas para desempenhar uma função muito específica: a separação do organismo de seu meio externo. Representam 85% das células da epiderme.
Os melanócitos são as células produtoras de pigmento da epiderme (5%).
As células de Langerhans são células apresentadoras de antígeno envolvidas na sinalização do sistema imune (2-5%).
As células de Merkel são células mecanorreceptoras associadas às terminações nervosas sensitivas. (6-8%)
Anexos epidérmicos da pele
Os anexos da pele são os seguintes:
•Os folículos pilosos e os pelos;
Os folículos pilosos e os pelos estão presentes em quase todo o corpo; estão ausentes apenas nos lados e nas superfícies palmares das mãos, nos lados e nas superfícies plantares dos pés, nos lábios e na região ao redor dos orifícios urogenitais. A distribuição dos pelos é influenciada, em grau considerável, pelos hormônios sexuais.
•As glândulas sebáceas e o sebo;
•As glândulas sudoríparas écrinas e o suor;
Estão distribuídas por toda a superfície corporal, exceto nos lábios e parte da genitália externa. Desempenham importante papel na regulação da temperatura por meio do resfriamento resultante da evaporação da água pelo suor na superfície do corpo.
•As glândulas sudoríparas apócrinas e seu produto misto que contém uma forma de suor com alta concentração de carboidratos, lipídios e proteínas.
Encontradas nas axilas, aréolas e mamilo da glândula mamária; na pele ao redor do ânus e na genitália externa. 
Tanto os pelos quanto as glândulas sudoríparas desempenham papéis específicos na regulação da temperatura corporal. As glândulas sebáceas secretam uma substância oleosa que pode exercer funções protetoras. As glândulas apócrinas produzem uma secreção serosa contendo feromônios, que atuam como atraente sexual em outros animais e, possivelmente, também nos seres humanos. 
PELOS
O componente principal do pelo é a queratina, e participam de sua estrutura cerca de 20 aminoácidos, sendo particularmente importantes a cisteína, a arginina e a citrulina, encontrada exclusivamente nos pelos humanos. 
Os pelos não crescem continuamente, havendo alternâncias de fases de crescimento e repouso, que constituem o ciclo do pelo. 
A fase de crescimento, denominada anágena, caracteriza-se por intensa atividade mitótica da matriz. Nesta fase, o pelo se apresenta na máxima expressão estrutural. Sua duração é de 2 a 5 anos, no couro cabeludo. 
Segue-se a fase catágena, durante a qual os folículos regridem a um terço de suas dimensões anteriores. Interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar. A extremidade do pelo assumea forma de clava, constituindo o “pelo em clava”, ainda aderido por retalhos de queratina ao saco folicular. Dura cerca de 3 a 4 semanas.
Seguindo-se a fase telógena, de desprendimento do pelo, que, no couro cabeludo, tem cerca de 3 meses de duração. Os folículos mostram-se completamente quiescentes, reduzidos à metade ou menos do tamanho normal e há uma desvinculação completa entre a papila dérmica e o pelo em eliminação. 
Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os cabelos, nas suas várias fases, são encontradas: 85% na fase anágena, 14% na fase telógena e 1% na fase catágena. Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro cabeludo. 
Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo e, considerando-se que cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias, alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo por dia.
Quanto ao crescimento, as médias são de 0,4 mm por dia, sendo que os cabelos das mulheres crescem mais rapidamente. 
Os fatores reguladores do ciclo piloso são desconhecidos, admitindo-se a influência de condições intrínsecas ao folículo e a fatores sistêmicos, nutricionais, emocionais e, especial-mente, hormonais, androgênios em particular.

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