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1 
 
COMO USAR ESTE PROTOCOLO 
Este protocolo tem a finalidade de ser utilizado como material didático de apoio, no desenvolvimento de conhecimentos e 
habilidades para o manejo de condições de saúde sensíveis ao cuidado farmacêutico. Este material não tem o objetivo 
de substituir fontes mais completas de consulta, como guias de prática ou diretrizes clínicas, que devem ser conhecidas 
pelos profissionais. 
Os autores deste documento empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações apresentadas 
estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelos autores até 
a data de sua entrega. Entretanto, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes 
fidedignas, de modo a se certificar de que essas informações estejam corretas e atualizadas. Recomendamos que este 
protocolo não seja utilizado como única fonte de consulta. 
Os autores procuraram citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de 
qualquer conteúdo citado neste documento, dispondo-se a possíveis correções posteriores caso, inadvertida e 
involuntariamente, a identificação de algum deles tenha sido omitida. 
 
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA 
A febre é o aumento anormal da temperatura corporal, ocorrendo em conjunto com o aumento do set point (ponto de 
equilíbrio) no hipotálamo. Em um ambiente com temperatura neutra, o metabolismo produz calor suficiente para manter a 
temperatura central entre 36,5 
o
C a 37,5 
o
C. A variação normal é de 0,5 
o
C, mas pode ser até de 1,0 
o
C em pessoas em 
recuperação de doenças febris, nas quais a variação diária é a mesma, porém a temperatura febril é maior. Em crianças, 
a variação da temperatura é facilmente observada, já os idosos possuem menor habilidade em apresentar febre, 
mostrando aumento modesto da temperatura apenas em casos de infecções severas. Em adultos, a febre é 
característica de infecções, porém pode estar presente em condições não infecciosas, além de doenças autoimunes. Já 
em crianças, a febre é considerada autolimitada e benigna na maior parte dos casos. 
 
 
ACOLHIMENTO DA DEMANDA 
No acolhimento o primeiro passo é escutar e compreender a demanda do paciente. Acolher bem inclui um local 
adequado que garanta privacidade e comodidade. Nesse momento é ideal que o farmacêutico apresente o propósito da 
consulta a fim de compartilhar com o paciente o que está planejado para acontecer durante o atendimento. Na 
abordagem ao paciente com febre o farmacêutico deve sempre se mostrar acessível e solidário, com linguagem prática e 
de fácil compreensão, transmitindo ao paciente naturalidade e conforto quanto ao problema de saúde autolimitado. 
 
 
ANAMNESE FARMACÊUTICA E VERIFICAÇÃO DE PARÂMETROS 
No processo de anamnese, o farmacêutico deve coletar informações que auxiliem na identificação e diferenciação entre 
problemas de saúde autolimitados que são passíveis de manejo pelo farmacêutico e outras condições clínicas com maior 
gravidade, que necessitarão de encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde. 
Para a interpretação dos sintomas do paciente é importante caracterizar a sua queixa com relação ao tempo de início, 
frequência e duração, localização, característica, gravidade, ambiente, fatores que agravam ou que aliviam e sintomas 
associados. Além disso, nesse momento pode ser importante a avaliação física e a aferição de parâmetros objetivos. 
Sinais e sintomas característicos da febre: 
Como os sintomas da febre são inespecíficos e não ocorrem em todos os pacientes, é difícil de determinar a 
sintomatologia da febre. 
Sinais e sintomas associados: o sinal mais importante de febre é a temperatura corporal elevada, portanto, a medição 
precisa da temperatura corporal é primordial. A febre é um sintoma de um processo subjacente maior, seja uma infecção, 
metabolismo anormal ou febre induzida por medicamentos. Diversos sintomas podem ser observados em conjunto com a 
febre, caracterizando tanto problemas de saúde autolimitados quanto condições de maior gravidade, em que o 
 
2 
 
encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde seja necessário. Em casos de problemas de saúde 
autolimitados, os sintomas associados podem ser dor de cabeça, diaforese (transpiração excessiva), mal-estar 
generalizado, calafrios, taquicardia, artralgia, mialgia, irritabilidade e anorexia. Sintomas como sudorese, taquicardia e 
calafrios estão relacionados diretamente ao ajuste de temperatura do corpo durante a febre. Já sintomas como mialgias e 
artralgias estão relacionados com a liberação de pirógenos endógenos. 
A temperatura varia de acordo com diversos fatores, incluindo idade, horário do dia (mais alta no período da noite e mais 
baixa no período da manhã), nível de atividade física, ciclo menstrual. É importante ressaltar que em crianças a 
temperatura corporal é normalmente pouco mais elevada do que a temperatura corporal de adultos. Já no caso de idosos 
a temperatura corporal tende a ser menor, assim, a detecção de febre em idosos muitas vezes é difícil ou pode não ser 
nem detectada. Assim, nessa população é muito importante estar atento aos sinais e sintomas associados. No Quadro 1 
são descritas as temperaturas de acordo com o local de medição, e é importante ressaltar que durante o curso de uma 
doença febril a temperatura deve ser medida sempre com o mesmo aparelho e no mesmo local. 
Quadro 1. Variação da temperatura corporal de acordo com o local de medição. 
Local de medição Intervalo normal de 
temperatura 
Febre 
Retal 36,6
o
 C a 38,0
o
 C > 38,0
o
 C 
Oral 35,5
o
 C a 37,5
o
 C > 37,6
o
 C 
Axilar 34,7
o
 C a 37,3
o
 C > 37,4
o
 C 
Timpânico 35,7
o
 C a 37,7
o
 C > 37,8
o
 C 
Fonte: Adaptado de KRINSKY (2014). 
Fatores que podem agravar o sintoma 
Tentativas de aquecimento: Em estados febris, o corpo diminui a perda de calor gerando vasoconstrição e sensação de 
frio na pele. Nesses momentos, instintivamente o indivíduo busca formas de se aquecer, diminuindo superfícies corporais 
expostas, aumento do número e da capacidade térmica das roupas, busca por ambientes quentes e diminuição da 
atividade. Consequentemente, a temperatura corporal tende a não diminuir facilmente ou ainda aumentar mais. 
Medicamentos: uma série de medicamentos podem causar aumento da temperatura devido a fatores como: alteração do 
mecanismo de termorregulação; reações diretamente ligadas a ação farmacológica do medicamento; reações 
diretamente ligadas a administração do medicamento; reações de hipersensibilidade; reações idiossincráticas. No 
Quadro 2 é apresentada uma lista de medicamentos que podem causar aumento da temperatura corporal. 
Quadro 2. Medicamentos que podem causar aumento da temperatura corporal 
Anti-infecciosos Antineoplásicos Cardiovascular Ação no SNC Outros 
Aminoglicosídeos Bleomicina Epinefrina Anfetaminas Alopurinol 
Anfotericina B Clorambucil Hidralazina Barbitúricos Atropina 
Cefalosporinas Citarabina Metildopa Benzatropina Azatioprina 
Clindamicina Daunorrubicina Nifedipino Carbamazepina Cimetidina 
Cloranfenicol Citarabina Procainamida Haloperidol Corticosteroides 
Imipenem Hidroxiuréia Quinidina Lítio Folato 
Isoniazida L-asparaginase Estreptoquinase IMAOs Anestésicos inalatórios 
Macrolideos 6-mercaptopurina Nomifensina Interferon 
Mebendazol Procarbazina Fenitoína Iodetos 
Nitrofurantoína Estreptozocina Fenotiazinas Metoclopramida 
Mesalazina ISRS Propiltiouracil 
Penicilinas Trifluoperazina Prostaglandina E2 
Rifampicina Tioridazina Salicilatos 
 
3 
 
Estreptomicina 
Antidepressivos 
tricíclicos 
Tolmetina 
Sulfonamidas Lamotrigina Fenindiona 
Tetraciclinas Oxcarbazepina Ranelato de estrôncio 
Vancomicina 
Dapsona 
Nevirapina 
TelaprevirLegenda: SNC: Sistema Nervoso Central; ISRS: Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina; IMAOs: Inibidores da 
Monoaminoxidase. 
Fonte: HALLORAN, BERNARD (2004); JOHNSON, CUNHA (1996); KUMAR, REULER (1986); MCDONALD, SEXTON 
(2015). 
SITUAÇÕES DE ALERTA PARA O ENCAMINHAMENTO 
O farmacêutico deve estar atento para descartar problemas de saúde de maior gravidade, de acordo com os sinais e 
sintomas de alerta e as situações que excluam o tratamento com medicamentos isentos de prescrição, nesses casos a 
conduta do farmacêutico deve ser o encaminhamento. 
No Quadro 3, estão apresentadas situações que requerem encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde. 
 
QUADRO 3 - Situações que requerem encaminhamento a outro profissional de saúde ou serviço de saúde. 
 
• Pacientes com menos de 6 meses de idade, com temperatura retal ≥ 38 ºC ou equivalente; 
• Pacientes com mais de 6 meses de idade, com temperatura retal ≥ 40 ºC ou equivalente; 
• Sintomas de infecções que não são autolimitadas; 
• Risco de hipertermia (elevação da temperature que não corresponda a antipiréticos); 
• Sistema imune comprometido (p.ex. HIV, câncer); 
• Possível lesão no sistema nervoso central (p.ex. lesão traumática na cabeça, acidente vascular encefálico); 
• Febre que persiste por mais de três dias com ou sem tratamento; 
• Crianças que se recusam a ingerir qualquer líquido; 
• Crianças muito sonolentas, irritáveis ou com dificuldade de acordar; 
• Crianças com vômitos e que não conseguem manter líquidos ingeridos; 
• Pacientes com sintomas coerentes com dengue, febre Chikungunya ou infecção por Zikavirus; 
• Pacientes com os seguintes sintomas: 
- Rash cutâneo 
- Dificuldade de respirar 
- Dor de cabeça ou dor forte no pescoço 
- Convulsões ou confusão mental 
- Vômitos ou diarreia 
- Dor forte na barriga, costas 
- Qualquer outro sintoma que não seja comum e gera preocupação 
Fonte: Conselho Federal de Farmácia (2017). 
PLANO DE CUIDADO 
A partir da análise das informações coletadas, o farmacêutico, excluindo os casos de encaminhamento identificados na 
anamnese farmacêutica, deve proceder à seleção de condutas e elaboração de seu plano de cuidado, de forma 
compartilhada com o paciente, a fim de atender as suas necessidades e problemas de saúde. 
O plano de cuidado do paciente envolve a seleção de condutas para promover o alívio ou resolução da febre, 
proporcionando bem-estar e manutenção das atividades da vida diária. O plano contém as ações pactuadas entre o 
paciente e o farmacêutico, embasadas nas melhores evidências disponíveis, e de forma coordenada com o restante da 
equipe de saúde envolvida no cuidado. 
 
4 
 
O principal objetivo do tratamento proporcionar alívio do desconforto causado pela febre, reduzindo a temperatura 
corporal para um nível normal. O início do tratamento da febre não depende apenas da detecção da temperatura corporal 
elevada. Caso o paciente apresente os sintomas comuns a febre (p.e. mal-estar generalizado, calafrios, taquicardia, 
artralgia, mialgia, entre outros), o tratamento já pode ser iniciado, independente se a temperatura corporal já está 
atingindo o valor que caracteriza como febre ou não. 
A abordagem terapêutica inicial inclui a discussão de intervenções não farmacológicas que possam ser úteis, tais como 
resfriar o corpo, uso de roupas leves e ingesta de líquidos. O tratamento farmacológico inclui os antitérmicos. 
Terapia não farmacológica 
Medidas não farmacológicas são de grande importância para o tratamento da febre e consiste em resfriar o corpo com o 
objetivo de aumentar a perda de calor e consequentemente, diminuir a temperatura corporal. Essa terapia pode ser 
realizada de diversas formas, como: compressas umedecidas em água morna, banho, exposição à ventilação e uso de 
mantas frias. Apesar de amplamente conhecidas, estas técnicas conferem um grande desconforto ao paciente no 
momento do tratamento, portanto recomenda-se cautela na escolha de tais medidas não farmacológicas. Estudos 
mostram que métodos de resfriamento do corpo para redução da temperatura são eficazes por curtos períodos de 
tempo, ou seja, em longo prazo, a terapia medicamentosa isolada é mais eficaz do que o resfriamento do corpo 
isoladamente. 
Além desses métodos, o uso de gelo e de álcool pelo corpo não são recomendados, uma vez que podem causar sérios 
eventos adversos. 
 
Além dessas terapias, é importante adotar condutas como uso de roupas leves, não cobrir o paciente com o intuito de 
diminuir os sintomas da febre, manter a temperatura ambiente em torno de 25,6
o
 C, e ingerir líquidos. 
 
Terapia farmacológica 
 
A decisão do emprego da terapia farmacológica pelo farmacêutico deve estar em acordo com a Resolução do CFF nº 
585, de 29 de agosto de 2013 e nº 586, de agosto de 2013, nos limites da Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição 
(LMIP) e nas apresentações comercializadas no Brasil. 
Os principais medicamentos isentos de prescrição para o tratamento da febre são: ibuprofeno, AAS/aspirina, paracetamol 
e dipirona. 
Quadro 4. Informações sobre os medicamentos utilizados no tratamento da dor de febre. 
Fármaco Posologia Considerações 
Ibuprofeno 
ADULTOS (acima de 12 anos) 
 200-400 mg, 4/4h ou 6/6h, conforme 
necessário. 
 
CRIANÇAS (6 meses a 12 anos) 
 5 a 10 mg/kg, 6/6h ou 8/8h, conforme 
necessário. 
 
O intervalo mínimo para a administração da dose 
não deve ser inferior a 4h; 
Duração máxima de tratamento: 10 dias 
Dose máxima: 1.200 mg/dia. 
Contraindicado: pacientes com alergia a outros 
AINEs; portadores da “tríade do ácido acetilsalicílico” 
(presença de crise de asma, inflamação do nariz e 
intolerância ao ácido acetilsalicílico); tratamento 
perioperatório na cirurgia de revascularização da 
artéria coronária (cirurgia da ponte de veia safena ou 
de artéria mamária para obstrução da coronária); 
insuficiência renal, hepática e cardíaca grave. 
Situações especiais: Categoria de risco C na 
gestação (FDA). Evitar o uso no terceiro trimestre de 
gestação. Não detectado no leite; entretanto, estudos 
são limitados; não recomendado o uso durante a 
lactação. 
 
5 
 
Critérios de Beers: Não é indicado uso crônico em 
idosos ≥ 65 anos, utilizar apenas se for a única 
alternativa efetiva e um protetor gástrico deve ser 
utilizado em concomitância. 
Eventos adversos: Estimular o paciente a 
comunicar sinais/sintomas de problemas 
gastrointestinais graves (ex.: melena, hematêmese, 
cólica intensa, náusea, pirose e/ou indigestão), reação 
cutânea (ex.: erupção bolhosa, eczema, urticária, 
coceira, exantema) ou de hepatotoxicidade (fadiga, 
letargia, icterícia, dor no quadrante superior direito do 
abdome e sintomas gripais). 
Ácido 
acetilsalicílico (AAS 
ou aspirina) 
ADULTOS E CRIANÇAS >12 anos 
500-1000 mg em intervalos de 4-8h (não exceder 
4g/dia) 
Contraindicado: Hipersensibilidade ao AAS ou outros 
AINEs; Casos de asma, rinite e pólipos nasais. 
Situações especiais: O uso de aspirina em 
adolescentes deve ser evitado, em especial se na 
vigência de doença viral, devido ao risco de síndrome 
de Reye nessa população. Preferir alternativas 
terapêuticas. 
Categoria C na gestação. Não utilizar na gestação, 
exceto com orientação médica. 
Critérios de Beers: Não é indicado doses maiores que 
325 mg para uso crônico em idosos ≥ 65 anos, ou com 
histórico de úlcera gástrica ou duodenal, utilizar apenas 
se for a única alternativa efetiva associado a um 
protetor gástrico. AINES em idosos com insuficiência 
cardíaca não são indicados por aumentar a retenção 
hídrica; não são indicados em casos de doença renal 
crônica por aumentar o risco de injúria renal. 
Eventos adversos: Gastrointestinal: úlcera 
gastrintestinal; Hematológicas: Sangramento; 
Otológicas:zumbido; Respiratórias: broncoespasmo; 
Outros: angioedema, síndrome de Reye. 
Paracetamol 
CRIANÇAS ATÉ 2 ANOS 
7,5 a 15 mg/kg/dose, com intervalos de 4/4h ou 
6/6h. 
Dose máxima: 
 0-3 meses: até 200 mg/dia 
Contraindicado: doença hepática ativa e grave; 
insuficiência hepática grave. 
Situações especiais: Categoria de risco C na 
gestação (FDA). Deve ser evitado durante a gestação; 
no entanto, se o benefício supera o risco, poderá ser 
 
6 
 
 4-11 meses: até 400 mg/dia 
 12-23 meses: até 600 mg/dia 
CRIANÇAS (ATÉ 11 ANOS, <60 KG) 
10 a 15 mg/kg/dose, com intervalos de 4/4h ou 
6/6h. 
Dose máxima: 
 2-3 anos: até 800 mg/dia 
 4-5 anos: até 1200 mg/dia 
 6-8 anos: até 1600 mg/dia 
 9-10 anos: até 2000 mg/dia 
 11 até o mês que completa 12 anos: até 2400 
mg/dia 
BEBÊS E CRIANÇAS < 60kg 
7,5 a 15 mg/kg/dose a cada 4 a 6 horas; 
Dose máxima: 
 75 mg/kg/dia para bebês. 
 <100 mg/kg/dia ou 1625 mg/dia para crianças. 
ADULTOS E ADOLESCENTES ≥12 ANOS 
Comprimidos: 500 a 1.000 mg 4/4h ou 6/6h, 
conforme necessário. 
Solução oral: 50 a 75 gotas a 4/4h ou 6/6h, 
conforme necessário. 
Dose máxima: 4.000 mg/dia. 
Tomar com um copo cheio de água, independente 
das refeições. 
utilizado; compatível com a amamentação; pacientes 
etilistas tem maior risco de desenvolver lesão hepática. 
Eventos adversos: Prurido, constipação, náusea, 
vômitos, dor de cabeça, insônia, agitação e síndrome 
de Stevens-Johnson. 
Evitar bebidas alcoólicas. 
Instruir os pacientes que muitas combinações isentas 
de prescrição podem conter paracetamol. O paciente 
deve ser alertado quanto a possibilidade de ultrapassar 
a dose máxima diária permitida, se utilizar 
medicamento que contêm este fármaco na 
composição. 
Dipirona 
SUPOSITÓRIOS 
1 a 4 supositórios ao dia, adultos e crianças 
ADULTOS 
500-1000 mg em intervalos de 6-8h 
Dose máxima: 5 g/dia. 
CRIANÇAS 
Solução de 500 mg/mL, gotas: 
 5 a 8 kg (3 a 11 meses): Dose única 2 a 5 
gotas; dose máxima diária 20 (4 tomadas x 5 
gotas) 
 9 a 15 kg (1 a 3 anos): Dose única 3 a 10 
Contraindicado: pacientes com função da medula 
óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou 
doenças do sistema hematopoiético; que tenham 
desenvolvido broncoespasmo ou outras reações 
anafilactides (isto é urticária, rinite, angioedema) com 
analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, 
diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno; 
porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução 
de crises de porfiria); deficiência congênita da glicose-
6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de hemólise). 
Situações especiais: Categoria de risco D na 
 
7 
 
gotas; dose máxima diária 40 (4 tomadas x 10 
gotas) 
 16 a 23 kg (4 a 6 anos): Dose única 5 a 15 
gotas; dose máxima diária 60 (4 tomadas x 15 
gotas) 
 24 a 30 kg (7 a 9 anos): Dose única 8 a 20 
gotas; dose máxima diária 80 (4 tomadas x 20 
gotas) 
 31 a 45 kg (10 a 12 anos): Dose única 10 a 30 
gotas; dose máxima diária 120 (4 tomadas x 30 
gotas) 
 46 a 53 kg (13 a 14 anos): dose única 15 a 35 
gotas; dose máxima diária 140 (4 tomadas x 35 
gotas) 
Solução de 50 mg/mL. 
 5 a 8kg (3 a 11 meses): Dose única 1,25 a 2,5; 
dose máxima diária 10 (4 tomadas x 2,5mL) 
 9 a 15kg (1 a 3 anos): Dose única 2,5 a 5; dose 
máxima diária 20 (4 tomadas x 5mL) 
 16 a 23kg (4 a 6 anos): Dose única 3,75 a 7,5; 
dose máxima diária 30 (4 tomadas x 7,5mL) 
 24 a 30kg (7 a 9 anos): Dose única 5 a 10; 
dose máxima diária 40 (4 tomadas x 10mL) 
 31 a 45kg (10 a 12 anos): Dose única 7,5 a 15; 
dose máxima diária 60 (4 tomadas x 15mL) 
 46 a 53kg (13 a 14 anos): Dose única 8,75 a 
17,5 Dose máxima diária 70 (4 tomadas x 
17,5mL) 
gestação (FDA); Os metabólitos da dipirona são 
excretados no leite materno. A lactação deve ser 
evitada durante e por até 48 horas após a 
administração de dipirona. 
Eventos adversos: Cardiovasculares: hipotensão; 
Dermatológicas: erupção cutânea, rash, urticária; 
Gastrintestinais: náuseas, vômitos, irritação 
gastrointestinal, xerostomia; Hematológicas: 
agranulocitose, anemia aplástica; Neurológicas: 
sonolência, cansaço e dor de cabeça 
 
 
Legenda: FDA: Food and Drug Administration. 
Fonte: Truven Health Analitycs (2015); Micromedex (2015); UpToDate (2015); Bulas oficiais dos medicamentos. 
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 
Para avaliação dos resultados, o farmacêutico deve considerar os seguintes aspectos: 
 A avaliação dos resultados pode constatar quatro diferentes resultados: melhora parcial, piora, ausência de 
melhora e resolução; 
 A meta terapêutica a ser alcançada é o alívio dos sinais/sintomas associados, redução da temperatura corporal; 
 Reavaliação dos sinais/sintomas da paciente, sendo importante a investigação daqueles considerados de alerta 
para encaminhamento; 
 Antes de considerar falha no tratamento, avaliar a adesão ao tratamento proposto e condições do paciente em 
seguir o plano; 
 
8 
 
 Identificação precoce de problemas relacionados à segurança. Pacientes que apresentam eventos adversos 
devem ser encaminhadas a outro profissional de saúde para uma possível suspensão do medicamento. 
DECISÃO TERAPÊUTICA 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALVES, J. G. B.; ALMEIDA, N. D. C. M. DE; ALMEIDA, C. D. C. M. DE. Tepid sponging plus dipyrone versus dipyrone alone for 
 
9 
 
reducing body temperature in febrile children. São Paulo medical journal = Revista paulista de medicina, v. 126, n. 2, p. 107–11, 6 
mar. 2008. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Guia de Prática Clínica: sinais e sintomas não específicos. Brasília: Conselho Federal de 
Farmácia, 2017. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n
o
 586 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.]. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n
o
 585 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.]. 
DINARELLO, C. A.; PORAT, R. Fever. In: KASPER, D. et al. (Eds.). . Harrison’s Principles of Internal Medicine, 19e. New York, NY: 
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EL-RADHI, A. S.; BARRY, W. Thermometry in paediatric practice. Archives of disease in childhood, v. 91, n. 4, p. 351–6, abr. 2006. 
HALLORAN, L. L.; BERNARD, D. W. Management of drug-induced hyperthermia. Current opinion in pediatrics, v. 16, n. 2, p. 211–5, 
abr. 2004. 
JOHNSON, D. H.; CUNHA, B. A. Drug fever. Infectious disease clinics of North America, v. 10, n. 1, p. 85–91, mar. 1996. 
KRINSKY, D. L. Handbook of nonprescription drugs: an interactive approach to self-care. 18ed. ed. Washington: [s.n.]. 
KRINSKY, D. L. ET AL. Handbook of nonprescription drugs: an interactive approach to self-care. 18. ed ed. [s.l.] Washington: 
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KUMAR, K. L.; REULER, J. B. Drug fever. The Western journal of medicine, v. 144, n. 6, p. 753–5, jun. 1986. 
MCDONALD, M.; SEXTON, D. J. Drug Fever. p. 1–10, 2015. 
MELO, A. C. DE et al. Guia de Prática Clínica: Sinais e sintomas não específicos - Febre. Brasilia - DF: Conselho Federal de 
Farmácia., 2018. 
PORAT, R.; DINARELLO, C. A. Pathophysiology and treatment of fever in adults. Disponível em: 
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Realização: 
 
Organização 
Grupo de Trabalho sobre Saúde Pública 
Coordenação Geral 
Valmir de Santi 
Concepção Pedagógica 
Cassyano Januário Correr 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
Coordenação Pedagógica 
Walleri Christini Torelli Reis 
Autores 
Alcindo de Souza Reis Junior 
Aline de Fátima Bonetti 
Bruna Aline de Queirós Bagatim 
Cínthia Caldas Rios Soares 
Fernanda Coelho Vilela 
Fernando Henrique Oliveira de Almeida 
Inajara Rotta 
Livia Amaral Alonso Lopes 
Natália Fracaro Lombardi 
Valmir de Santi 
Wallace Entringer Bottacin 
Walleri Christini Torelli Reis 
Revisão 
Cassyano Januário Correr 
Wellington Barros da Silva

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