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1 COMO USAR ESTE PROTOCOLO Este protocolo tem a finalidade de ser utilizado como material didático de apoio, no desenvolvimento de conhecimentos e habilidades para o manejo de condições de saúde sensíveis ao cuidado farmacêutico. Este material não tem o objetivo de substituir fontes mais completas de consulta, como guias de prática ou diretrizes clínicas, que devem ser conhecidas pelos profissionais. Os autores deste documento empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações apresentadas estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelos autores até a data de sua entrega. Entretanto, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fidedignas, de modo a se certificar de que essas informações estejam corretas e atualizadas. Recomendamos que este protocolo não seja utilizado como única fonte de consulta. Os autores procuraram citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qualquer conteúdo citado neste documento, dispondo-se a possíveis correções posteriores caso, inadvertida e involuntariamente, a identificação de algum deles tenha sido omitida. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA A febre é o aumento anormal da temperatura corporal, ocorrendo em conjunto com o aumento do set point (ponto de equilíbrio) no hipotálamo. Em um ambiente com temperatura neutra, o metabolismo produz calor suficiente para manter a temperatura central entre 36,5 o C a 37,5 o C. A variação normal é de 0,5 o C, mas pode ser até de 1,0 o C em pessoas em recuperação de doenças febris, nas quais a variação diária é a mesma, porém a temperatura febril é maior. Em crianças, a variação da temperatura é facilmente observada, já os idosos possuem menor habilidade em apresentar febre, mostrando aumento modesto da temperatura apenas em casos de infecções severas. Em adultos, a febre é característica de infecções, porém pode estar presente em condições não infecciosas, além de doenças autoimunes. Já em crianças, a febre é considerada autolimitada e benigna na maior parte dos casos. ACOLHIMENTO DA DEMANDA No acolhimento o primeiro passo é escutar e compreender a demanda do paciente. Acolher bem inclui um local adequado que garanta privacidade e comodidade. Nesse momento é ideal que o farmacêutico apresente o propósito da consulta a fim de compartilhar com o paciente o que está planejado para acontecer durante o atendimento. Na abordagem ao paciente com febre o farmacêutico deve sempre se mostrar acessível e solidário, com linguagem prática e de fácil compreensão, transmitindo ao paciente naturalidade e conforto quanto ao problema de saúde autolimitado. ANAMNESE FARMACÊUTICA E VERIFICAÇÃO DE PARÂMETROS No processo de anamnese, o farmacêutico deve coletar informações que auxiliem na identificação e diferenciação entre problemas de saúde autolimitados que são passíveis de manejo pelo farmacêutico e outras condições clínicas com maior gravidade, que necessitarão de encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde. Para a interpretação dos sintomas do paciente é importante caracterizar a sua queixa com relação ao tempo de início, frequência e duração, localização, característica, gravidade, ambiente, fatores que agravam ou que aliviam e sintomas associados. Além disso, nesse momento pode ser importante a avaliação física e a aferição de parâmetros objetivos. Sinais e sintomas característicos da febre: Como os sintomas da febre são inespecíficos e não ocorrem em todos os pacientes, é difícil de determinar a sintomatologia da febre. Sinais e sintomas associados: o sinal mais importante de febre é a temperatura corporal elevada, portanto, a medição precisa da temperatura corporal é primordial. A febre é um sintoma de um processo subjacente maior, seja uma infecção, metabolismo anormal ou febre induzida por medicamentos. Diversos sintomas podem ser observados em conjunto com a febre, caracterizando tanto problemas de saúde autolimitados quanto condições de maior gravidade, em que o 2 encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde seja necessário. Em casos de problemas de saúde autolimitados, os sintomas associados podem ser dor de cabeça, diaforese (transpiração excessiva), mal-estar generalizado, calafrios, taquicardia, artralgia, mialgia, irritabilidade e anorexia. Sintomas como sudorese, taquicardia e calafrios estão relacionados diretamente ao ajuste de temperatura do corpo durante a febre. Já sintomas como mialgias e artralgias estão relacionados com a liberação de pirógenos endógenos. A temperatura varia de acordo com diversos fatores, incluindo idade, horário do dia (mais alta no período da noite e mais baixa no período da manhã), nível de atividade física, ciclo menstrual. É importante ressaltar que em crianças a temperatura corporal é normalmente pouco mais elevada do que a temperatura corporal de adultos. Já no caso de idosos a temperatura corporal tende a ser menor, assim, a detecção de febre em idosos muitas vezes é difícil ou pode não ser nem detectada. Assim, nessa população é muito importante estar atento aos sinais e sintomas associados. No Quadro 1 são descritas as temperaturas de acordo com o local de medição, e é importante ressaltar que durante o curso de uma doença febril a temperatura deve ser medida sempre com o mesmo aparelho e no mesmo local. Quadro 1. Variação da temperatura corporal de acordo com o local de medição. Local de medição Intervalo normal de temperatura Febre Retal 36,6 o C a 38,0 o C > 38,0 o C Oral 35,5 o C a 37,5 o C > 37,6 o C Axilar 34,7 o C a 37,3 o C > 37,4 o C Timpânico 35,7 o C a 37,7 o C > 37,8 o C Fonte: Adaptado de KRINSKY (2014). Fatores que podem agravar o sintoma Tentativas de aquecimento: Em estados febris, o corpo diminui a perda de calor gerando vasoconstrição e sensação de frio na pele. Nesses momentos, instintivamente o indivíduo busca formas de se aquecer, diminuindo superfícies corporais expostas, aumento do número e da capacidade térmica das roupas, busca por ambientes quentes e diminuição da atividade. Consequentemente, a temperatura corporal tende a não diminuir facilmente ou ainda aumentar mais. Medicamentos: uma série de medicamentos podem causar aumento da temperatura devido a fatores como: alteração do mecanismo de termorregulação; reações diretamente ligadas a ação farmacológica do medicamento; reações diretamente ligadas a administração do medicamento; reações de hipersensibilidade; reações idiossincráticas. No Quadro 2 é apresentada uma lista de medicamentos que podem causar aumento da temperatura corporal. Quadro 2. Medicamentos que podem causar aumento da temperatura corporal Anti-infecciosos Antineoplásicos Cardiovascular Ação no SNC Outros Aminoglicosídeos Bleomicina Epinefrina Anfetaminas Alopurinol Anfotericina B Clorambucil Hidralazina Barbitúricos Atropina Cefalosporinas Citarabina Metildopa Benzatropina Azatioprina Clindamicina Daunorrubicina Nifedipino Carbamazepina Cimetidina Cloranfenicol Citarabina Procainamida Haloperidol Corticosteroides Imipenem Hidroxiuréia Quinidina Lítio Folato Isoniazida L-asparaginase Estreptoquinase IMAOs Anestésicos inalatórios Macrolideos 6-mercaptopurina Nomifensina Interferon Mebendazol Procarbazina Fenitoína Iodetos Nitrofurantoína Estreptozocina Fenotiazinas Metoclopramida Mesalazina ISRS Propiltiouracil Penicilinas Trifluoperazina Prostaglandina E2 Rifampicina Tioridazina Salicilatos 3 Estreptomicina Antidepressivos tricíclicos Tolmetina Sulfonamidas Lamotrigina Fenindiona Tetraciclinas Oxcarbazepina Ranelato de estrôncio Vancomicina Dapsona Nevirapina TelaprevirLegenda: SNC: Sistema Nervoso Central; ISRS: Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina; IMAOs: Inibidores da Monoaminoxidase. Fonte: HALLORAN, BERNARD (2004); JOHNSON, CUNHA (1996); KUMAR, REULER (1986); MCDONALD, SEXTON (2015). SITUAÇÕES DE ALERTA PARA O ENCAMINHAMENTO O farmacêutico deve estar atento para descartar problemas de saúde de maior gravidade, de acordo com os sinais e sintomas de alerta e as situações que excluam o tratamento com medicamentos isentos de prescrição, nesses casos a conduta do farmacêutico deve ser o encaminhamento. No Quadro 3, estão apresentadas situações que requerem encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde. QUADRO 3 - Situações que requerem encaminhamento a outro profissional de saúde ou serviço de saúde. • Pacientes com menos de 6 meses de idade, com temperatura retal ≥ 38 ºC ou equivalente; • Pacientes com mais de 6 meses de idade, com temperatura retal ≥ 40 ºC ou equivalente; • Sintomas de infecções que não são autolimitadas; • Risco de hipertermia (elevação da temperature que não corresponda a antipiréticos); • Sistema imune comprometido (p.ex. HIV, câncer); • Possível lesão no sistema nervoso central (p.ex. lesão traumática na cabeça, acidente vascular encefálico); • Febre que persiste por mais de três dias com ou sem tratamento; • Crianças que se recusam a ingerir qualquer líquido; • Crianças muito sonolentas, irritáveis ou com dificuldade de acordar; • Crianças com vômitos e que não conseguem manter líquidos ingeridos; • Pacientes com sintomas coerentes com dengue, febre Chikungunya ou infecção por Zikavirus; • Pacientes com os seguintes sintomas: - Rash cutâneo - Dificuldade de respirar - Dor de cabeça ou dor forte no pescoço - Convulsões ou confusão mental - Vômitos ou diarreia - Dor forte na barriga, costas - Qualquer outro sintoma que não seja comum e gera preocupação Fonte: Conselho Federal de Farmácia (2017). PLANO DE CUIDADO A partir da análise das informações coletadas, o farmacêutico, excluindo os casos de encaminhamento identificados na anamnese farmacêutica, deve proceder à seleção de condutas e elaboração de seu plano de cuidado, de forma compartilhada com o paciente, a fim de atender as suas necessidades e problemas de saúde. O plano de cuidado do paciente envolve a seleção de condutas para promover o alívio ou resolução da febre, proporcionando bem-estar e manutenção das atividades da vida diária. O plano contém as ações pactuadas entre o paciente e o farmacêutico, embasadas nas melhores evidências disponíveis, e de forma coordenada com o restante da equipe de saúde envolvida no cuidado. 4 O principal objetivo do tratamento proporcionar alívio do desconforto causado pela febre, reduzindo a temperatura corporal para um nível normal. O início do tratamento da febre não depende apenas da detecção da temperatura corporal elevada. Caso o paciente apresente os sintomas comuns a febre (p.e. mal-estar generalizado, calafrios, taquicardia, artralgia, mialgia, entre outros), o tratamento já pode ser iniciado, independente se a temperatura corporal já está atingindo o valor que caracteriza como febre ou não. A abordagem terapêutica inicial inclui a discussão de intervenções não farmacológicas que possam ser úteis, tais como resfriar o corpo, uso de roupas leves e ingesta de líquidos. O tratamento farmacológico inclui os antitérmicos. Terapia não farmacológica Medidas não farmacológicas são de grande importância para o tratamento da febre e consiste em resfriar o corpo com o objetivo de aumentar a perda de calor e consequentemente, diminuir a temperatura corporal. Essa terapia pode ser realizada de diversas formas, como: compressas umedecidas em água morna, banho, exposição à ventilação e uso de mantas frias. Apesar de amplamente conhecidas, estas técnicas conferem um grande desconforto ao paciente no momento do tratamento, portanto recomenda-se cautela na escolha de tais medidas não farmacológicas. Estudos mostram que métodos de resfriamento do corpo para redução da temperatura são eficazes por curtos períodos de tempo, ou seja, em longo prazo, a terapia medicamentosa isolada é mais eficaz do que o resfriamento do corpo isoladamente. Além desses métodos, o uso de gelo e de álcool pelo corpo não são recomendados, uma vez que podem causar sérios eventos adversos. Além dessas terapias, é importante adotar condutas como uso de roupas leves, não cobrir o paciente com o intuito de diminuir os sintomas da febre, manter a temperatura ambiente em torno de 25,6 o C, e ingerir líquidos. Terapia farmacológica A decisão do emprego da terapia farmacológica pelo farmacêutico deve estar em acordo com a Resolução do CFF nº 585, de 29 de agosto de 2013 e nº 586, de agosto de 2013, nos limites da Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição (LMIP) e nas apresentações comercializadas no Brasil. Os principais medicamentos isentos de prescrição para o tratamento da febre são: ibuprofeno, AAS/aspirina, paracetamol e dipirona. Quadro 4. Informações sobre os medicamentos utilizados no tratamento da dor de febre. Fármaco Posologia Considerações Ibuprofeno ADULTOS (acima de 12 anos) 200-400 mg, 4/4h ou 6/6h, conforme necessário. CRIANÇAS (6 meses a 12 anos) 5 a 10 mg/kg, 6/6h ou 8/8h, conforme necessário. O intervalo mínimo para a administração da dose não deve ser inferior a 4h; Duração máxima de tratamento: 10 dias Dose máxima: 1.200 mg/dia. Contraindicado: pacientes com alergia a outros AINEs; portadores da “tríade do ácido acetilsalicílico” (presença de crise de asma, inflamação do nariz e intolerância ao ácido acetilsalicílico); tratamento perioperatório na cirurgia de revascularização da artéria coronária (cirurgia da ponte de veia safena ou de artéria mamária para obstrução da coronária); insuficiência renal, hepática e cardíaca grave. Situações especiais: Categoria de risco C na gestação (FDA). Evitar o uso no terceiro trimestre de gestação. Não detectado no leite; entretanto, estudos são limitados; não recomendado o uso durante a lactação. 5 Critérios de Beers: Não é indicado uso crônico em idosos ≥ 65 anos, utilizar apenas se for a única alternativa efetiva e um protetor gástrico deve ser utilizado em concomitância. Eventos adversos: Estimular o paciente a comunicar sinais/sintomas de problemas gastrointestinais graves (ex.: melena, hematêmese, cólica intensa, náusea, pirose e/ou indigestão), reação cutânea (ex.: erupção bolhosa, eczema, urticária, coceira, exantema) ou de hepatotoxicidade (fadiga, letargia, icterícia, dor no quadrante superior direito do abdome e sintomas gripais). Ácido acetilsalicílico (AAS ou aspirina) ADULTOS E CRIANÇAS >12 anos 500-1000 mg em intervalos de 4-8h (não exceder 4g/dia) Contraindicado: Hipersensibilidade ao AAS ou outros AINEs; Casos de asma, rinite e pólipos nasais. Situações especiais: O uso de aspirina em adolescentes deve ser evitado, em especial se na vigência de doença viral, devido ao risco de síndrome de Reye nessa população. Preferir alternativas terapêuticas. Categoria C na gestação. Não utilizar na gestação, exceto com orientação médica. Critérios de Beers: Não é indicado doses maiores que 325 mg para uso crônico em idosos ≥ 65 anos, ou com histórico de úlcera gástrica ou duodenal, utilizar apenas se for a única alternativa efetiva associado a um protetor gástrico. AINES em idosos com insuficiência cardíaca não são indicados por aumentar a retenção hídrica; não são indicados em casos de doença renal crônica por aumentar o risco de injúria renal. Eventos adversos: Gastrointestinal: úlcera gastrintestinal; Hematológicas: Sangramento; Otológicas:zumbido; Respiratórias: broncoespasmo; Outros: angioedema, síndrome de Reye. Paracetamol CRIANÇAS ATÉ 2 ANOS 7,5 a 15 mg/kg/dose, com intervalos de 4/4h ou 6/6h. Dose máxima: 0-3 meses: até 200 mg/dia Contraindicado: doença hepática ativa e grave; insuficiência hepática grave. Situações especiais: Categoria de risco C na gestação (FDA). Deve ser evitado durante a gestação; no entanto, se o benefício supera o risco, poderá ser 6 4-11 meses: até 400 mg/dia 12-23 meses: até 600 mg/dia CRIANÇAS (ATÉ 11 ANOS, <60 KG) 10 a 15 mg/kg/dose, com intervalos de 4/4h ou 6/6h. Dose máxima: 2-3 anos: até 800 mg/dia 4-5 anos: até 1200 mg/dia 6-8 anos: até 1600 mg/dia 9-10 anos: até 2000 mg/dia 11 até o mês que completa 12 anos: até 2400 mg/dia BEBÊS E CRIANÇAS < 60kg 7,5 a 15 mg/kg/dose a cada 4 a 6 horas; Dose máxima: 75 mg/kg/dia para bebês. <100 mg/kg/dia ou 1625 mg/dia para crianças. ADULTOS E ADOLESCENTES ≥12 ANOS Comprimidos: 500 a 1.000 mg 4/4h ou 6/6h, conforme necessário. Solução oral: 50 a 75 gotas a 4/4h ou 6/6h, conforme necessário. Dose máxima: 4.000 mg/dia. Tomar com um copo cheio de água, independente das refeições. utilizado; compatível com a amamentação; pacientes etilistas tem maior risco de desenvolver lesão hepática. Eventos adversos: Prurido, constipação, náusea, vômitos, dor de cabeça, insônia, agitação e síndrome de Stevens-Johnson. Evitar bebidas alcoólicas. Instruir os pacientes que muitas combinações isentas de prescrição podem conter paracetamol. O paciente deve ser alertado quanto a possibilidade de ultrapassar a dose máxima diária permitida, se utilizar medicamento que contêm este fármaco na composição. Dipirona SUPOSITÓRIOS 1 a 4 supositórios ao dia, adultos e crianças ADULTOS 500-1000 mg em intervalos de 6-8h Dose máxima: 5 g/dia. CRIANÇAS Solução de 500 mg/mL, gotas: 5 a 8 kg (3 a 11 meses): Dose única 2 a 5 gotas; dose máxima diária 20 (4 tomadas x 5 gotas) 9 a 15 kg (1 a 3 anos): Dose única 3 a 10 Contraindicado: pacientes com função da medula óssea prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou doenças do sistema hematopoiético; que tenham desenvolvido broncoespasmo ou outras reações anafilactides (isto é urticária, rinite, angioedema) com analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno; porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução de crises de porfiria); deficiência congênita da glicose- 6-fosfato-desidrogenase (G6PD) (risco de hemólise). Situações especiais: Categoria de risco D na 7 gotas; dose máxima diária 40 (4 tomadas x 10 gotas) 16 a 23 kg (4 a 6 anos): Dose única 5 a 15 gotas; dose máxima diária 60 (4 tomadas x 15 gotas) 24 a 30 kg (7 a 9 anos): Dose única 8 a 20 gotas; dose máxima diária 80 (4 tomadas x 20 gotas) 31 a 45 kg (10 a 12 anos): Dose única 10 a 30 gotas; dose máxima diária 120 (4 tomadas x 30 gotas) 46 a 53 kg (13 a 14 anos): dose única 15 a 35 gotas; dose máxima diária 140 (4 tomadas x 35 gotas) Solução de 50 mg/mL. 5 a 8kg (3 a 11 meses): Dose única 1,25 a 2,5; dose máxima diária 10 (4 tomadas x 2,5mL) 9 a 15kg (1 a 3 anos): Dose única 2,5 a 5; dose máxima diária 20 (4 tomadas x 5mL) 16 a 23kg (4 a 6 anos): Dose única 3,75 a 7,5; dose máxima diária 30 (4 tomadas x 7,5mL) 24 a 30kg (7 a 9 anos): Dose única 5 a 10; dose máxima diária 40 (4 tomadas x 10mL) 31 a 45kg (10 a 12 anos): Dose única 7,5 a 15; dose máxima diária 60 (4 tomadas x 15mL) 46 a 53kg (13 a 14 anos): Dose única 8,75 a 17,5 Dose máxima diária 70 (4 tomadas x 17,5mL) gestação (FDA); Os metabólitos da dipirona são excretados no leite materno. A lactação deve ser evitada durante e por até 48 horas após a administração de dipirona. Eventos adversos: Cardiovasculares: hipotensão; Dermatológicas: erupção cutânea, rash, urticária; Gastrintestinais: náuseas, vômitos, irritação gastrointestinal, xerostomia; Hematológicas: agranulocitose, anemia aplástica; Neurológicas: sonolência, cansaço e dor de cabeça Legenda: FDA: Food and Drug Administration. Fonte: Truven Health Analitycs (2015); Micromedex (2015); UpToDate (2015); Bulas oficiais dos medicamentos. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS Para avaliação dos resultados, o farmacêutico deve considerar os seguintes aspectos: A avaliação dos resultados pode constatar quatro diferentes resultados: melhora parcial, piora, ausência de melhora e resolução; A meta terapêutica a ser alcançada é o alívio dos sinais/sintomas associados, redução da temperatura corporal; Reavaliação dos sinais/sintomas da paciente, sendo importante a investigação daqueles considerados de alerta para encaminhamento; Antes de considerar falha no tratamento, avaliar a adesão ao tratamento proposto e condições do paciente em seguir o plano; 8 Identificação precoce de problemas relacionados à segurança. Pacientes que apresentam eventos adversos devem ser encaminhadas a outro profissional de saúde para uma possível suspensão do medicamento. DECISÃO TERAPÊUTICA REFERÊNCIAS ALVES, J. G. B.; ALMEIDA, N. D. C. M. DE; ALMEIDA, C. D. C. M. DE. Tepid sponging plus dipyrone versus dipyrone alone for 9 reducing body temperature in febrile children. São Paulo medical journal = Revista paulista de medicina, v. 126, n. 2, p. 107–11, 6 mar. 2008. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Guia de Prática Clínica: sinais e sintomas não específicos. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2017. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n o 586 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.]. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n o 585 de 29 de agosto de 2013. [s.l: s.n.]. DINARELLO, C. A.; PORAT, R. Fever. In: KASPER, D. et al. (Eds.). . Harrison’s Principles of Internal Medicine, 19e. New York, NY: McGraw-Hill Education, 2015. EL-RADHI, A. S.; BARRY, W. Thermometry in paediatric practice. Archives of disease in childhood, v. 91, n. 4, p. 351–6, abr. 2006. HALLORAN, L. L.; BERNARD, D. W. Management of drug-induced hyperthermia. Current opinion in pediatrics, v. 16, n. 2, p. 211–5, abr. 2004. JOHNSON, D. H.; CUNHA, B. A. Drug fever. 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S1-8, fev. 2003. 10 Realização: Organização Grupo de Trabalho sobre Saúde Pública Coordenação Geral Valmir de Santi Concepção Pedagógica Cassyano Januário Correr Thais Teles de Souza Walleri Christini Torelli Reis Coordenação Pedagógica Walleri Christini Torelli Reis Autores Alcindo de Souza Reis Junior Aline de Fátima Bonetti Bruna Aline de Queirós Bagatim Cínthia Caldas Rios Soares Fernanda Coelho Vilela Fernando Henrique Oliveira de Almeida Inajara Rotta Livia Amaral Alonso Lopes Natália Fracaro Lombardi Valmir de Santi Wallace Entringer Bottacin Walleri Christini Torelli Reis Revisão Cassyano Januário Correr Wellington Barros da Silva
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