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Agentes agressores do trato gastrointestinal – Diagnóstico Prof. Dr. José Roberto Fogaça de Almeida Caso 2 AULA 7 – Diagnóstico parasitológico e bioquímico de bactérias; Objetivos de Aprendizagem Compreender como são realizados as técnicas laboratoriais disponíveis para a concentração e visualização de diferentes parasitas. E um conjunto de provas bioquímicas necessárias para a identificação de bactérias. Quais Os Métodos De Cultivo? Inoculação: Esgotamento por estrias – através de uma alça ou agulha realiza o esgotamento do material clinico no meio de cultura adequado Semeadura da superfície – o inóculo é espalhado na superfície do ágar com uma alça de Drigalsky “formado de um L”. “Pour Plate” (semeadura em profundidade) – o inóculo juntamente com meio de cultura fundido (45C) é vertido na placa de petri Diluição- diluição seriada do inóculo, e semeado por esgotamento ou semeadura na superfície Quais Os Métodos De Cultivo? Técnica de esgotamento por estrias Técnica de esgotamento do inóculo Inoculação: Esgotamento por estrias – através de uma alça ou agulha realiza o esgotamento do material clinico no meio de cultura adequado Semeadura da superfície – o inóculo é espalhado na superfície do ágar com uma alça de Drigalsky “formado de um L”. “Pour Plate” (semeadura em profundidade) – o inóculo juntamente com meio de cultura fundido (45C) é vertido na placa de petri Diluição- diluição seriada do inóculo, e semeado por esgotamento ou semeadura na superfície Quais Os Métodos De Cultivo? Semeadura de superfície Métodos de cultivo em tubos COMO QUANTIFICAR OS MICRORGANISMOS? Contagem Indireta de Células: Contagem das colônias formadas em meios de cultura em placas (UFC/mL). Contagem Indireta Crescimento bacteriano •Algumas vezes é necessária a diluição da amostra •Geralmente são contadas de 30 a 300 colônias por placa Crescimento bacteriano Contagem Indireta Morfologia das colônias; Morfologia microscópicas (Formas e arranjos); Composição da parede celular; Características/ Provas bioquímicas; Composição genética; QUAL BACTÉRIA É ESSA? Bactérias gram negativas Campylobacter jejuni Vibrio cholerae Espirilos Bacilos Cocobacilos Cocos Haemophylus spp. Pasteurella spp. Brucella spp. Bordetella pertussis Neisseria spp. OXIDASE - OXIDASE + Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter spp. LACTOSE - LACTOSE + Shigella spp. Salmonella spp. Proteus spp. Yersinia spp. Klebsiella spp. E. coli Enterobacter spp. Citrobacter spp. Serratia spp. Bacilos gram negativas Oxidase negativa Motilidade + Motilidade - Citrato + Citrato - Klebsiella spp. Shigella spp. Yersina spp. Lactose + Lactose - Escherichia coli Dnase + Dnase - Voges-Proskauer- Voges-Proskauer+ Citrobacter spp. Enterobacter spp. Salmonella spp. Proteus spp. Urease + Citrato + Citrato - Urease - Oxidase; Fermentação de carboidratos; Produção de gás; Sulfeto de hidrogênio; Uréia; Indol; Motilidade; Lisina descarboxilase; TESTES BIOQUÍMICOS TESTE DA OXIDASE Cloridrato de p- fenilenodiamina Cloridrato de p- fenilenodiamina OXIDADA Citocromo C Oxidase Incolor Azul/ Roxo As bactérias que contêm o citocromo C como parte da sua cadeia respiratória são positivos para a oxidase e tornam o reagente púrpura. Os organismos que não contêm o citocromo C como parte da sua cadeia respiratória não oxidam o reagente, deixando-o incolor dentro dos limites de tempo do teste e, por isso, são negativos para a oxidase Fermentação Alguns meios de cultura tem o vermelho de fenol (Indicador de pH) – Em pH ácido fica Amarelo e em pH básico Vermelho; Quando um açúcar é metabolizado libera ácidos orgânicos, acidificando o meio de cultura; Glicose, lactose, sacarose, manose, sorbitol, manitol, xilose, adonitol, ranose e etc TESTES BIOQUÍMICOS TSI Meio TSI (Triple Sugar Iron) Na rampa do tubo – Glicose; No fundo do tubo – Lactose e Sacarose; No fundo do tubo – Tiossulfato de sódio – H2S; Ágar rasgado – Formação de gás; Tiossulfato de sódio H2S H2S + (NH4)2(SO4)2 FeS o sulfureto de hidrogénio (produzido a partir de tiossulfato de sódio) reage ao sal de amónio ferroso, resultando num sulfureto de ferro. TESTES BIOQUÍMICOS TSI TESTES BIOQUÍMICOS Motilidade Capacidade da bactéria se mover – Inocular a bactéria em meio de cultura com 0,5% de ágar Indol Capacidade da bactéria de degradar o triptofano – Bactérias que degradam triptofano produzem indol que quando reage com o reagente de Kovacs ganha a coloração vermelha; Motilidade Indol TESTES BIOQUÍMICOS Urease Capacidade da bactéria de degradar o uréia em amônia – Meio com vermelho de fenol; Urease Lisina descarboxilase No meio Lisina descarboxilase se ocorre a fermentação de glicose abaixa o pH e este fica amarelo. Se ocorrer atividade da enzima lisina descarboxilase o pH aumentará, devido a transformação da lisina em uma amina primária: a cadaverina , e o meio voltará a apresentar uma coloração roxa; TESTES BIOQUÍMICOS Produção de gás por fermentação da glicose/ produção de H2S/ Hidrólise da uréia/ Desaminação do triptofano. TESTES BIOQUÍMICOS EPM Produção de gás: Aparecimento de bolhas ou deslocamento do meio do fundo do tubo; Produção de H2S: O meio fica negro em qualquer intensidade; Hidrólise da Uréia: Aparecimento de coloração azul ou verde azulada (reação fraca) que se estende para a base do meio; Desaminação do Triptofano: Aparecimento de coloração verde-garrafa na superfície do meio. Quando a reação é negativa a superfície do meio adquire cor azul ou raramente amarela; Motilidade/ Produção de indol/ Descarboxilação da lisina. TESTES BIOQUÍMICOS miLi Motilidade: A bactéria móvel cresce além da picada turvando parcial ou totalmente o meio. A bactéria imóvel cresce somente na picada; Descarboxilação da Lisina: Quando a lisina é descarboxilada, o meio adquire cor púrpura. Quando o aminoácido não é utilizado, o meio adquire cor amarela nítida nos seus 2/3 inferiores; Produção do Indol: Após leitura dos testes de motilidade e lisina, adicionar 3 a 4 gotas do Reativo de Kovacs a superfície do meio e agitar levemente. Quando a bactéria produz Indol, o reativo adquire cor rosa ou vermelha. Quando não produz, o reativo mantém sua cor inalterada. Bactéria fermenta glicose Amarelo Bactéria fermenta glicose Amarelo E forma gás Bactéria forma H2S Preto Bactéria possui urease Azul Bactéria desamina o triptofano Verde Exame parasitológico de Fezes (EPF) As amostras de fezes devem ser colhidas a fresco, recém-evacuadas ou obtidas diretamente do reto (grandes animais). As amostras devem ser mantidas sempre em refrigeração (2-8°C) e transportadas para o laboratório em recipientes térmicos, isopor com gelo de preferência reciclável; Às vezes é necessário realizar a coleta de no mínimo três amostras de fezes para cada animal, sendo essas amostras colhidas em dias alternados, pois os estágios parasitários são eliminados de forma intermitente nas fezes dos animais. Exame Macroscópicos: Avalia a consistência das fezes, odor e presença de elementos anormais, como muco ou sangue, e de vermes adultos ou partes dele Exame Microscópico: Visualização de ovos ou larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ouoocistos de protozoários. Há diferentes técnicas laboratoriais disponíveis para a concentração e visualização desses estágios parasitários nas amostras fecais. Essas técnicas laboratoriais são preparadas de acordo com um princípio básico que envolve a flutuação ou a sedimentação. Flutuação espontânea (Willis-Mollay) Centífugo-flutuação (Faust) Sedimentação espontânea (Hoffman, Pons e Janer) Sedimentação por centrifugação (Blagg ou Ritchie) Concentração de larvas por migração ativa (Rugai) Concentração de ovos (Kato) Exame parasitológico de Fezes (EPF) Método Processo de concentração das formas parasitárias Formas parasitárias que podem ser encontradas Direto Não utiliza processo de concentração Ovos e larvas de helmintos, cistos e trofozoítos de protozoários Hoffman, Pons e Janer Sedimentação espontânea Ovos e larvas de helmintos, cistos e trofozoítos de protozoários Ritchie Sedimentação por centrifugação Ovos e larvas de helmintos, cistos e trofozoítos de protozoários Faust Centrífugo flutuação Ovos leves e principalmente cistos de protozoários Willis Flutuação espontânea Ovos leves, não é indicado para a pesquisa de cistos Rugai Migração ativa das larvas Larvas de helmintos Kato Clarificação das fezes Ovos de parasitas Exame Direto Colocar 2 a 3 gotas de salina (0,85%) em uma lâmina; Tocar, com a ponta do palito, em vários pontos das fezes transferindo uma pequena porção para a lamina Espalhar as fezes na lâmina (A espessura do esfregaço não deve impedir a passagem da luz); Usar a coloração de Lugol; Método de Willis (Flutuação espontânea) Diluir 10g de fezes em um frasco Borrel e diluir com uma solução saturada de NaCl; Completar o volume até a borda do frasco; Colocar na boca do frasco uma lâmina, que deverá estar em contato com o líquido. Deixar em repouso por 10 minutos; Após esse período, retirar rapidamente a lâmina, voltando a parte molhada para cima e colocar uma lamínula; Método de Faust (centrífugo-flutuação) Diluir 10g de fezes em 20 mL de água e homogeneizar bem; Filtrar por meio de gaze dobrada em quatro, num copo plástico, e transferir para um tubo de Wasserman; Centrifugar por um minuto a 2500 rpm, desprezar o líquido sobrenadante e ressuspender o sedimento em água. Repetir mais 4 vezes até que o sobrenadante fique claro; Ressuspender o sedimento com uma solução de sulfato de zinco a 33% (Densidade 1,18g/mL); Centrifugar por um minuto a 2500 rpm. Os cistos e os ovos leves, presentes na amostra fecal, estarão na película superficial. Recolher a película com alça de platina, colocar numa lâmina, acrescentar uma gota de lugol e cobrir com lamínula; Método de Hoffman, Pons e Janer (Sedimentação espontânea) Colocar 2 gramas de fezes em um copo de plástico (Ou frasco borel) com 5 mL de água e triturar bem com bastão de vidro, ou palito de picolé; Acrescentar mais 20 mL de água; Filtrar a suspensão para um cálice cônico de 200 mL de capacidade por intermédio de uma tela metálica ou gaze cirúrgica dobrada em quatro. Os detritos retidos são lavados com mais de 20 mL de água, agitando-se constantemente com o bastão de vidro, devendo o líquido da lavagem ser recolhido no mesmo cálice; Completar o volume do cálice com água e deixar a suspensão em repouso durante 2 a 24 horas; Colher o sedimento com uma pipeta; Dissolver em um copo plástico aproximadamente 1 a 2 gramas de fezes com água destilada até obter uma mistura homogênea. Peneirar a mistura para outro copo plástico no intuito de remover as partículas grosseiras; Preencher um tubo plástico ou de vidro apropriado para centrífuga com a mistura até atingir o volume de oito ml. Adicionar três ml de éter, tampar e agitar vigorosamente.; Centrifugar a 1000 rpm durante três minutos; Os ovos de elevada densidade irão acumular no sedimento no fundo do frasco. Desprezar o sobrenadante e recolher o sedimento com o auxílio de uma pipeta. Depositar uma a duas gotas do sedimento em uma lâmina de vidro. Adicionar uma lamínula sobre o material e observar no microscópio. Método de Blagg ou Ritchie (Sedimentação por centrifugação) Método de Rugai (Migração ativa das larvas) Teste que só pode ser feita com fezes frescas; Retirar a tampa do recipiente que acondiciona as fezes e envolvê-lo em uma gaze dobrada em quatro, fazendo uma pequena “trouxa”; Colocar o material assim preparado, com abertura voltada para baixo, num cálice de sedimentação, contendo água aquecida (45⁰C), em quantidade suficiente para entrar m contato com as fezes; Deixar uma hora em repouso; Colher o sedimento no fundo do cálice, com a ajuda de uma pipeta; Colocar a amostra fecal sobre o papel absorvente; Comprimir a tela de náilon sobre as fezes (pelos orifício passam os ovos de helmintos e os detritos menores); Com a espátula do kit, raspar uma pequena quantidade das fezes passadas pela malha, e preencher o orifício central do cartão de plástico, o qual deve estar colocado sobre a lâmina de vidro, nivelando a superfície; Com a lamínula de celofane embebida em Verde Malaquita a 3%, cobrir as fezes; Deixar a preparação e m repouso por 1 ou 2 horas e realizar a leitura em microscópio ótico; Método de Kato Katz (Migração ativa das larvas) ???????????? 1) Quais são as características das enterobactérias? Cite 2 bactérias pertencentes dessa família? 2) No teste de Indol avaliamos se a bactéria é capaz de degradar qual aminoácido? 3) No meio TSI avaliamos quais funções bioquímicas? Se fica amarelo é positivo ou negativo? Porquê? 4) Porque consideramos a bactéria H2S positivo se o TSI fica com a base preta? 5) Por que no método de Willis e Faust avaliamos a superfície da solução? Qual a diferença entre esses métodos? SEXTOU 2 VEZES !!!!!!!!!!!!!!!
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