Buscar

resumo o homem delinquente

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FICHAMENTO “O HOMEM DELINQUENTE” capítulos 2 ao 5
BREVE INTRODUÇÃO: 
De acordo com Cesare Lombroso, o homem não é livre, e sim determinado por forças inatas, exteriorizadas em características de certas anomalias, anatômicas, fisiológicas e psicológicas, que por sua vez, impulsionam-no a determinada conduta desequilibrada. Nesse contexto, para Lombroso, os criminosos poderiam ser identificados por determinados traços físicos. 
TATUAGENS NOS DELINQUENTES
Consoante ao pensamento de Lombroso, o criminoso estaria marcado por particular insensibilidade, não só física, como também psíquica. Dessa forma, os delinquentes se submeteriam com maior frequência a procedimentos dolorosos como a tatuagem, por exemplo, sendo considera por Lombroso, antes como um procedimento cirúrgico do que estético, além de que sua frequência designa um especial caráter anatômico-legal.
Por outro, para o autor, a prática da tatuagem não é uma característica comum a todas as classes, mas sim a classes determinadas e inclusive nos delinquentes. “[...] esta prática se encontra difundida sob o nome de marca, sinal, mas só nas ínfimas classes sociais; nos camponeses, marinheiros, operários, pastores, soldados, e mais ainda entre os delinquentes.” (p.30). 
Ademais, Lombroso destaca os principais temas das tatuagens, sobre amor, religião, de guerra e de profissão. Entretanto, entre os delinquentes observou algumas características particulares como a obscenidade, multiplicidade, precocidade e associação de identidade.
- Para o autor, a obscenidade e o traçado de tatuagens em partes impudicas do corpo são mais frequentes entre antigos desertores encontrados nos cárceres. Revelando, assim, não só a impudicícia, mas também a estranha insensibilidade dos delinquentes em regiões tão sensíveis a dor. 
- Multiplicidade, ou seja, a presença de marcas em todas as partes do corpo, evidência, segundo Lombroso, a vaidade instintiva do criminoso, além de provar a sua insensibilidade a dor. Característica comum para o autor entre os delinquentes e os selvagens.
- Precocidade, conforme o pensamento de Lombroso, é outro fator que distingue a tatuagem dos delinquentes. “[...] A tatuagem não se observa, na França, antes dos 16 anos em pessoas normais.” (p.36)
- Por fim, para Lombroso, a tatuagem releva a identidade do indivíduo, da sua região e dos acontecimentos importantes da sua vida. Dessa forma, as tatuagens tornam-se comuns a sem ter um caráter um particular facilitando, segundo o autor, a atividade da Justiça e medicina-legal.
CAUSAS.
De acordo com Lombroso, as causas para que se mantenha nas classes baixas “[...]o uso tão pouco vantajoso e até prejudicial”(p.37) das tatuagens são a religião, pois os devotos acreditam que tendo marcado na pele figuras santas, dão-lhe prova de afeto; a imitação; o espirito de vingança, em que a tatuagem atua como uma lembrança do que deve ser vingado; a ociosidade, causa primordial principalmente nos marinheiros, em que o ócio em alto mar e o daqueles que estão presos, permitem-no fantasiar e tatuam-se como forma de distração; a vaidade, uma vez que a tatuagem exterioriza e prova sua coragem em suportar a dor ou seu status; o espírito gregário que induz o homem a se marcar como forma de distinguir a sua facção, a paixão, pois a tatuagem despertam-lhe memórias; as pichações pois são exemplos análogos das tatuagens e o ativismo, ou hereditariedade, como se a tatuagem fosse uma característica especial do seu bando.
Tatuagens nos dementes 
Segundo Lombroso, as características supracitadas, são indícios que ajudaram a medicina legal no reconhecimento dos delinquentes, pois são justamente estas que diferenciam o delinquente do demente.
Traumas
Ademais, para o autor, para se distinguir um malandro e um ladrão de um homem comum, honesto e pacifico, basta observar a frequência de cicatrizes na cabeça e braços.
SENSIBILIDADE GERAL 
 
 Conforme o pensamento de Lombroso, a preferência dos delinquentes por operações dolorosas e sua frequência de traumas, induz a acreditarem que estes tenham uma verdadeira analgesia, ou seja, insensibilidade a dor, ou que sejam mais resistentes a ela do que pessoas comuns. Nesse contexto, para se verificar tal teoria, foram realizados alguns experimentos como: Algometria, em que se é dado um apertão no dorso da mão, situação que por sua vez não gera reação no delinquente enquanto nos homens normais sim; sensibilidade tátil, segundo o autor os criminosos são mais resistentes no lado direito; Visão em que o daltonismo seria uma característica de distúrbio além de que os delinquentes tem baixa acuidade visual; Sensibilidade magnética, que diferentemente das demais é a mais marcante o que é inverso nas pessoas normais; sensibilidade a variação meteórica, ou seja alteração de humor, Dinamometria, é difícil medir a força muscular dos delinquentes pois estes escondem sua força, mas possuem grande agilidade; canhotismo e por fim anomalias de mobilidade em que a epilepsia, por exemplo, é bastante frequente.
SOBRE A SENSIBILIDADE AFETIVA
 
Consoante ao pensamento de Lombroso, a sensibilidade afetiva nos criminosos é menos desenvolvida ou quase nula, uma vez que, os efeitos causados pelo sentimento “[...] que batem mais intensamente no coração dos seres humanos, ao invés, neles parecem mudos[...]” (p.53). Nesse âmbito, como forma de exemplificar a naturalidade com que esses indivíduos lidam com situações extremamente agonizantes, o autor citou casos, como o de Troppman e o de Boutellier, onde ambos cometem crimes horrendos, mas em momento algum demostram qualquer arrependimento ou empatia, demostrando apenas frieza e tranquilidade. Diante disso, fica evidente a falta de compaixão, egoísmo e insensibilidade moral por parte destes.
Ademais, Lombroso destaca a indiferença dos delinquentes com a morte, visto que estes não a veem com mal olhos ou temor, o que induz a submetem-se constantemente a situações que parecem de extraordinária coragem, de forma calma e fria. Dessa forma, o autor faz uma critica a pena capital aos delinquentes, pois a insensibilidade destes não provoca o efeito pretendido, apenas euforia diante da nova experiência.
“É provável que os atos de coragem dos malfeitores sejam só o efeito da insensibilidade e da infantil impetuosidade, que não os deixa crescer ou temer um perigo seguro e que os cega diante de um objetivo a atingir, ou de uma paixão para satisfazer. Essa insensibilidade, que não faz parecer a eles tão grave a morte do alheio e a própria, junto com o ímpeto das paixões, explica a pouca ou nenhuma correspondência entre a gravidade do delito e a causa.” (p.57-58)
Além disso, o autor destaca a predileção da realização de crueldades em indivíduos que parecem ser capazes de boas ações, e as alterações faciais, especialmente oculares, que ocorrem nestes, ao invés de sentimentos. Caracterizando assim um criminoso nato, pois um delinquente por ímpeto ou por ocasião não possuem tamanha insensibilidade moral.
A DEMENCIA MORAL E O DELITO ENTRE AS CRIANÇAS 
Cólera 
Segundo Lombroso, é nas primeiras idades do ser humano que os “germes” da demência moral e da delinquência se encontram, ou seja nos primeiros anos de vida as crianças apresentam características que em adultos são consideradas monstruosidades. Nesse contexto, o que os frenólogos reconhecem como uma ausência de senso moral na infância. Lombroso, por sua vez, considera uma cólera, um sentimento elementar no homem de raiva aguda, vaidade, ciúmes, características de delinquentes natos, que devem ser vigiadas e dirigidas para que não se desenvolvam, já que não podem ser extraídas, e tornem-se bons.
“A raiva o domina quando é obrigado a fazer festa para os estranhos [...]” (p.60) Frequentemente a causa é absurda por que domina neles a obstinação e a impulsividade[...] (p.60).
Nesse cenário o autor apresenta algumas características consideradas por ele semelhantes entre o menino e o delinquente nato como:
Vingança: Conforme o pensamento do autor, a vingança é um sentimentoprecoce que aparece com frequência nos meninos.
Ciúmes: Para Lombroso, o ciúmes é um sentimento excitante como o amor e trás consigo a ideia de posse na criança, que desperta reações violentas ao sentirem-se menos acariciados ou amados do que outro. “ um menino de 3 anos, que falava com grande prazer da futura irmã, quando a viu nascer e ser acariciada logo perguntou se ela devia morrer logo.” (p.62)
Mentiras: “ [...]a mentira e obstinação crescem nos meninos tanto quanto seu corpo” (p.62). Nesse contexto, Lombroso afirma que desde cedo as crianças mentem, porém a causa primordial dessa ação esta nos pais que buscam engana-las para que se tranquilizem. Dessa forma, as crianças mentem por diversos motivos: para conseguir o que lhes foi proibido, para evitar repreensão, para beneficiarem-se, por ciúmes, preguiça, vaidade.
Ademais, ‘ Uma das mais frequentes mentiras deles é a pulsividade e o senso menos completo, menos profundo do verdadeiro , que custa menos para ele que para outros em dissumula-los, muda-los diante de um objetivo, mesmo levede atingir, exatamente como selvagens e delinquentes.” (p.63)
Senso moral: 
De acordo com Lombroso, o senso moral não pode ser encontrado nos meninos ate o primeiro ano de vida. Dessa forma, orientam-se na noção de bem e mal de acordo como que é permitido ou proibido pelos pais, ou seja, o medo de uma repressão é o que induz o filho o filho a cumprir o que determinam ate que isso torne-se m habito. Entretanto, o autor alerta que a dor do castigo aplicado varia conforme quem as aplica, sendo o senso moral suscetível as motivações do ambiente moral. Ademais, e também nesse meio que desenvol-se a ideia de justiça e propriedade. Consequentemente, “ o interesse, o amor próprio, a paixão, o desenvolvimento da inteligência, e da reflexão determinam a extensão do bem e do mal,[...] todos esses elementos se forma a consciência moral.” (p.65)
Afeição
 Segundo lombroso, “ é escassa neles a afeição. Provam simpatias sobretudo por rostos belos e por aqueles que procuram um prazer como por exemplo, pelos pequenos animais que se deixam prender, e antipatia, por objetos novos que causam medo. Não sentem afeto e depois de 7 anos esquecem a própria mae a quem aparentavam amar.” (p.66). Nesse âmbito, para o autor as crianças não são ligadas a nada, a não ser por bens e pela esperança de receber novos. Ademais, considera que a sensibilidade precoce não permite um bom desenvolvimento do organismo.
Crueldade:
Conforme o pensamento do autor, a crueldade é uma das características mais comuns nos meninos. “ não há quase garoto que não abuse de sua força sobre aqueles que são mais velhos do que ele’ (p.66). Para Lombroso, as crianças são tendenciosas a escolherem a crueldade, pois gera nelas uma maior emoção.
Preguiça e ócio 
De acordo com Lombroso: “outro caráter que torna semelhante o menino ao delinquente nato é a preguiça intelectual, o que não exclui atividade e o prazer pelo jogo.” (p.67). Assim, para o autor as crianças evitam esforços e estudos, seguem a lei da inercia, visto que toda sensação energética nova, se apraz com as antigas, considerando-as de pouca importância . Por outro lado, “ Amam as inovações quando estas não sacrifiquem os miolos e quando satisfazem o prazer mutuo.” (p.68)
Gíria 
Segundo o autor, aqueles de 7 a 12 anos, usam gírias e sinais de mao como forma de subtrair-se de pressões superiores.
Vaidade
Consoante ao pensamento de Lombroso, uma característica da megalomania do criminoso e também das crianças é a vaidade excessiva e a preocupação com si mesmo. “ A personalidade no garoto vai ate o egoísmo, a presunção, e frequentemente com tendência a simpatia, a ternura[...]. Entre os 2 e 4 anos, o sentimento pessoal afirma-se ate o exagero.
Alcoolismo e jogo 
Conforme o pensamento de Lombroso, as crianças tem paixões pelo álcool e divertem-se com a embriagues, situação desconhecida pelos seus pais. O jogo por dua vez já é mais evidente.
Tendências obscenas 
Segundo Lombroso, todos os amores anômalos e monstruosos, como quase todas as tendência na primeira idade, não limitando-se com o pouco desenvolvimento.
Imitações
De acordo com o autor, é natural que as crianças imitem tudo o que veem, assim, naturalmente imitam também o bem e o mal. 
Desenvolvimento da demência moral
 Diante dos fatos, a explicação encontrada por Lombroso para a demência moral é é a falta de freios nos excessos desde a infância, cujos mals hábitos não interrompidos pela educação dada pelos pais , seriam continuados na vida adulta, não sentindo quando seu comportamento torna-se penoso. Ademais, o ócio, o ornanismo e o deboche, as excitações de todo tipo são grandes estágios que percorrem a demência racional, que os leva irresistivelmente a ação. Para exemplificar Lombroso cita o REI luiz 13. Que não foi controlado durante a infância, logo na fase adulta em seu reinado divertia-se com a agonia das perseguições aos protestantes. “ Sendo a demência moral e as tendências criminosas unidas indissoluvelmente, explica-se porque quase todos os grandes delinquentes tiveram que manifestar suas medonhas tendências na primeira infância” (p.72)

Continue navegando