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Algodão - doença azul

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1Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
ISSN 0100-6460
C
irc
ul
ar
T
éc
ni
ca
Campina Grande, PB
Julho, 2008
121
Autores
Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a
Serem Considerados no Manejo
A doença azul do
algodoeiro, também
conhecida como
mosaico-das-nervuras
tornou-se um dos
principais problemas
fitossanitários na cultura
do algodão nas regiões
produtoras do cerrado
do país há cerca de uma
década. Apesar de sua
importância, a doença
ainda é pouco estudada
e seu agente etiológico somente foi identificado recentemente, a partir
de um trabalho em parceria entre a Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) e a EMBRAPA Algodão. O grupo ampliou e clonou um
fragmento de aproximadamente 1.100 pares de bases correspondentes
ao genoma viral, confirmando se tratar de um Luteovirus, do gênero
Polerovirus, o qual foi denominado de Cotton leafroll dwarf virus
(CLRDV).
Recentemente, a doença foi constatada em cultivares tidos como
resistentes à doença azul. Esse fato é relevante, pois diante de uma
possível suplantação de resistência, novas táticas de manejo deverão
ser adotadas, uma vez que cultivares até então consideradas e
manejadas como resistentes poderão servir de reservatório para o vírus.
Ademais, a região dos Cerrados apresenta condições climáticas
favoráveis à disseminação do inseto vetor. A interação desses fatores
poderá resultar em surtos epidêmicos. Assim, o nível de controle do
inseto vetor deverá ser revisto em cada caso. Outro ponto a ser
considerado é a necessidade de investigar a etiologia da população de
vírus associada a plantas tidas como resistentes ou exibindo sintomas
"atípicos" da doença.
Histórico e importância
Diversas epidemias da doença azul do algodoeiro já foram registradas
em várias regiões produtoras de algodão no Brasil e no mundo. O
primeiro relato da doença azul (cotton blue disease) foi feito na África
em 1949; em seguida foi relatada também na Ásia e nas Américas.
Vinte anos após o primeiro relato, foram registradas severas perdas
devido a uma estirpe que afetava diversas cultivares em várias regiões
José Ednilson Miranda
Eng. Agrôn., D.Sc., da Embrapa
Algodão, Rua Osvaldo Cruz, 1143,
Centenário, CEP 58.428-095,
Campina Grande, PB, E-mail:
miranda@cnpa.embrapa.br
Nelson Dias Suassuna
Eng. Agrôn., D.Sc., da Embrapa
Algodão, E-mail:
suassuna@cnpa.embrapa.br
Camilo de Lelis Morello
Eng. Agrôn., D.Sc., da Embrapa
Algodão, E-mail:
morello@cnpa.embrapa.br
Maité Vaslin de Freitas Silva
Dra. Virologia - UFRJ
Eleusio Curvelo Freire
 Eng. Agrôn., D.Sc. Cotton Consultoria
2 Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
da África. Em 1963, sintomas semelhantes aos
encontrados na África foram relatados também nas
Filipinas, e em 1977 na Tailândia e na antiga União
Soviética. Posteriormente, ainda na década de 1970
foi observada no Azerbaijão, Armênia e Vietnã,
causando limitações técnicas e econômicas para a
produção de algodão nessas regiões. O Vietnã tem
sido o país mais afetado, onde as principais
províncias produtoras de algodão registram taxas de
infecção de 50% a 100% das plantas em campo.
Na América do Sul, a doença é conhecida como
"enfermedad azul", pela maioria dos países de língua
hispânica, ou "mal de misiones" na Argentina, sendo
tal denominação devida à coloração verde escura a
azulada das folhas infectadas. No Brasil, a doença do
algodoeiro denominada mosaico das nervuras foi
descrita pela primeira vez em 1938. Em 1962, uma
estirpe mais virulenta, denominada "mosaico das
nervuras var. Ribeirão Bonito" foi relatada no Estado
de São Paulo. Devido à semelhança de
sintomatologia e modo de transmissão, sugeriu-se
que esta doença teria a mesma etiologia da doença
azul do algodoeiro (cotton blue disease).
Na década de 1980, com a introdução de genótipos
de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) de outros
países, como Estados Unidos e Austrália, altamente
suscetíveis ao vírus, que paulatinamente
substituíram genótipos nacionais resistentes, novos
surtos da doença azul passaram a ocorrer nos
cultivos de algodão do Cerrado brasileiro. Nas safras
1994/1995 no Mato Grosso e 1997/1998 em Goiás
foram relatadas incidências frequentes da doença,
causando grandes prejuízos aos produtores, devido
ao cultivo generalizado das cultivares CNPA ITA 90
e Deltapine Acala 90, suscetíveis à doença azul,
quando manejadas com manutenção de altos níveis
populacionais de pulgões. Através de intenso
programa de melhoramento genético, a resistência
varietal à doença azul passou então a ser
incorporada nos genótipos de algodoeiro, fato que
tornou a enfermidade de importância secundária por
vários anos.
Recentemente, foram relatadas ocorrências de
sintomas similares à doença azul em cultivares
consideradas resistentes, caracterizados por intenso
avermelhamento das folhas. Tal fato levou a uma
investigação mais aprofundada do problema. Vinte e
três amostras de variedades suscetíveis coletadas
em várias regiões produtoras do Centro-Oeste foram
avaliadas por análise molecular e constatou-se que o
vírus tem uma distribuição generalizada e baixa
variabilidade genética. Entretanto, três isolados
divergentes foram associados com as amostras
provenientes de plantas com sintomas atípicos de
doença azul (SILVA, et al., 2008). Estes isolados
divergentes possuem o gene da capa protéica
semelhante ao do vírus CLRDV, todavia a seqüência
do gene da polimerase dependente de RNA (RdRp) é
distinta, e possivelmente se originou a partir de
eventos de recombinação.
Em outro trabalho foram avaliadas plantas de
variedades resistentes com sintomas típicos ou
atípicos, coletadas entre 2006 e 2008. Em 24
plantas analisadas, identificou-se um isolado viral
cujo genoma é muito próximo ao CLRDV descrito
anteriormente por Corrêa et al. (2005). A detecção
molecular do novo isolado foi realizada através de
teste diagnóstico molecular via RT-PCR. Dentre as
plantas analisadas encontram-se amostras das
cultivares Delta Opal, BRS Cedro, Stoneville 474 (ST
474) e Coodetec 406 (CD406), enviadas de
Acreúna e Ipameri, no estado de Goiás. Em todas as
amostras analisadas destes municípios foi observada
a amplificação do fragmento de DNA
correspondente ao capsídeo do CLRDV, com
aproximadamente 650 nucleotídeos. Parte da
polimerase e a região intergênica viral também
foram amplificadas em quatro plantas de Ipameri
(Tabela 1) e em oito plantas de Acreúna (Tabela 2).
Para confirmar se que as bandas amplificadas no
Tabela 1. Síntese dos resultados obtidos com as
técnicas de RT PCR e Southern blot em amostras de
cultivares de algodoeiro provenientes do município de
Ipameri, GO, visando identificar possível suplantação de
resistência ao CRLDV, agente causal da doença azul
(DA). Silva et al., 2007.
nd = não determinado.
3Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
teste de RT-PCR de fato correspondiam às
seqüências da proteína do capsídeo e da polimerase
do CLRDV, análises de hibridização por Southern blot
foram realizadas. Comparadas as seqüências
nucleotídicas destes isolados com as de isolados
presentes apenas em plantas suscetíveis, foi
identificada uma mutação na proteína de movimento
viral. Os dados de diagnóstico molecular,
corroborados pela análise por Southern blot,
confirmaram a presença de isolados do CLRDV nas
amostras testadas. Este CLRDV, mutado na proteína
do movimento, parece ser capaz de infectar
variedades resistentes ao CLRDV não mutado,
gerando a perda de resistência destas cultivares de
algodoeiro à doença azul.
Suplantação de resistência não é, infelizmente, um
fenômeno raro em plantas atacadas por vírus.
Preocupa bastante, entretanto, a rápida
disseminação que este novo isolado está
apresentando nas diversas regiões produtoras. O
fenômeno foi registrado de forma mais restritaem
2006, mas até o momento já foi relatado em
diversas regiões e com uma proporção maior de
plantas resistentes sintomáticas.
Foram analisadas também plantas de cultivares
resistentes oriundas dos estados de São Paulo e de
Mato Grosso coletadas em 2008, que apresentavam
avermelhamento e curvatura tipo telhado, mas não
apresentavam a porção superior da planta com
sintomas típicos de doença azul. Por testes
moleculares, foi identificado o CLRDV apenas em
algumas delas. A maioria até o momento parece
apresentar um quarto isolado associado à doença
azul. Este vírus teria a região do capsídeo muito
próxima a do CLRDV, mas a região da polimerase
divergente. O sequenciamento de uma outra região
do genoma viral deverá ser realizado visando obter
maiores detalhes deste possível novo isolado
também associado a sintomas atípicos em plantas
resistentes à doença azul.
Biologia do vetor
O pulgão Aphis gossypii Glover, 1877 (Hemiptera:
Aphididae) (Figura 1) é uma espécie cosmopolita,
altamente polífaga, tendo como hospedeiros mais
de 80 espécies de plantas, além de transmitir mais
de 50 vírus fitopatogênicos, dentre os quais o vírus
CLRDV.
Clima seco e elevadas temperaturas alteram a
biologia dos pulgões, diminuindo seu ciclo de vida.
Pulgões da espécie A. gossypii, pragas-chaves da
cultura do algodoeiro, apresentam nestas condições
grande velocidade de dispersão e alta taxa de
incremento populacional. Sendo sua reprodução
assexuada, reproduzem-se por partenogênese
telítoca, ou seja, fêmeas dão origem a novas
Tabela 2. Síntese dos resultados obtidos com as técnicas de RT PCR e Southern blot em amostras de cultivares de
algodoeiro provenientes do município de Acreúna, GO, visando identificar possível suplantação de resistência ao
CRLDV, agente causal da doença azul (DA). Silva et al., 2007.
nd = não determinado.
4 Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
fêmeas, que por sua vez já nascem com novas
fêmeas sendo geradas em seus organismos,
fenômeno este denominado de gerações
telescópicas. Cerca de cinco dias após seu
nascimento, os pulgões atingem a idade reprodutiva
e mantêm-se vivos por mais 20 dias,
aproximadamente. A chuva exerce importante fator
físico de controle, derrubando e matando boa parte
das colônias. A água da irrigação, via pivô central,
por se constituir de gotas menores não promove o
mesmo efeito.
Modo de transmissão
Pulgões possuem aparelho bucal tipo sugador com
dois pares de estiletes. Pulgões virulentos injetam o
vírus CLRDV no início da alimentação, após
inserirem os estiletes na epiderme das plantas a fim
de sugar a seiva dos vasos lenhosos. Os adultos
alados são os responsáveis pela introdução do vírus
na cultura, migrantes de outras áreas cultivadas
contaminadas. As demais fases do inseto, após se
contaminarem na seiva da planta infectada,
promovem a disseminação da doença nas plantas
adjacentes.
A transmissão do vírus pelo vetor é do tipo
persistente, circulativa e não propagativa. Em outras
palavras, estes vírus são ingeridos pelo inseto, se
instalam na hemolinfa e são levados para as
glândulas salivares, de onde passam para plantas
sadias, infectando-as. As partículas virais não se
multiplicam no organismo do inseto vetor,
permanecendo aí, no entanto, por longo tempo, sem
atividade biológica, metabólica ou fisiológica,
comportando-se como esporos de resistência.
Também não são transmitidas para a progênie uma
vez que a transmissão transovariana não ocorre.
Assim, indivíduos gerados por pais portadores do
vírus não são virulíferos e apenas se contaminarão
após alimentação em planta infectada.
Uma vez inserido em plantas suscetíveis à doença, o
vírus encontra condições favoráveis para sua
replicação, sendo transportado via floema,
distribuindo-se pelos vasos condutores de seiva de
toda a planta.
Nesse tipo de transmissão, o vetor pode reter o vírus
por algum tempo, infectando várias plantas.
Pesquisas recentes definiram entre oito e 12 dias o
período em que um pulgão infectado permanece
ativo como vetor do vírus (Figura 2).
Outra característica importante é que ocorre
também a transmissão transestadial, ou seja, mesmo
após as ecdises do inseto o vírus permanece em seu
organismo.
Fig. 1. Colônia de pulgões, transmissores da doença
azul, em folha de algodoeiro.
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Fig. 2. Período de transmissão do vírus VMNA pelo
pulgão Aphis gossypii em plantas de algodão. Adaptado
de Michelotto e Busoli (2006).
Sintomas da doença azul
Os sintomas típicos da doença são rugosidade na
lâmina e encurvamento para baixo das bordas das
folhas jovens, clareamento das nervuras com
formação de mosaico (que se torna mais visível
quando observado através da luz), tonalidade verde
escura ("azulão") das folhas mais velhas,
encurtamento dos internódios e redução do
crescimento das plantas (Figuras 3 e 4).
5Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
Há, conforme a distância do foco inicial da doença,
um padrão decrescente na severidade dos sintomas
típicos, apresentando uma seqüência de plantas em
"escada" (Figura 5).
O grau de severidade dos sintomas típicos pode
variar de acordo com o estágio de desenvolvimento
da planta colonizada pelo inseto. A colonização
inicial do pulgão pode ocorrer em uma planta ainda
muito jovem, gerando os sintomas mais graves da
doença (sintomas típicos precoces). Quando o ciclo
de vida do afídeo se completa, adultos alados
provenientes de sua progênie deixam a planta inicial
e vão colonizar plantas próximas, estas já se
encontram em um estado mais desenvolvido de
crescimento, apresentando sintomas menos severos
(sintomas típicos tardios).
Os sintomas atípicos verificados em cultivares
consideradas resistentes e suscetíveis à doença azul
são o murchamento, avermelhamento intenso e
encurvamento na porção mediana da planta (Figuras
6 e 7). Tais sintomas podem vir acompanhados de
todos ou alguns sintomas típicos.
Os sintomas da doença surgem entre 9 e 28 dias
após a inoculação do vírus por meio dos processos de
alimentação dos insetos, com média de 18 dias,
quando as plantas são inoculadas no estádio V2
(segunda folha verdadeira).
Em plantas com até 50 dias após emergência
(d.a.e.), a virose provoca diminuição de até 80% no
porte e esterilidade completa da planta, com
produção reduzida ou nula. Quando ocorre em
plantas com mais de 100 d.a.e., observam-se perdas
entre 15-20% na produção de pluma. As infecções
em algodoeiro reduzem a qualidade da semente,
diminuem o comprimento e a resistência da fibra.
Fig. 3. Planta com sintoma típico e severo da doença
azul (esquerda) ao lado de planta sadia.
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Fig. 4. Sintomas típicos da doença azul.
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Fig. 5. Seqüência de plantas infectadas com doença
azul, sintomas típicos em escada.
Fig. 6. Sintomas atípicos da doença azul.
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6 Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
Condições favoráveis ao vetor e à
infecção
Aliado à alta capacidade reprodutiva e dispersiva
dos pulgões, as condições ambientais podem
favorecer a instalação da doença no campo. Na fase
inicial de crescimento vegetativo, as condições de
temperatura e umidade que favorecem o
desenvolvimento do algodoeiro também promovem o
crescimento populacional do inseto. Após o período
de ação dos inseticidas utilizados no tratamento das
sementes, a planta do algodoeiro está mais
suscetível ao estresse por sucção de seiva
promovido por pulgões. Isto está relacionado com a
capacidade metabólica da planta, a qual tanto é
maior quanto maisdesenvolvido estiver seu sistema
radicular e seu volume de massa foliar. Assim,
plantas com alta capacidade metabólica conseguem
suportar os efeitos diretos provocado por sugadores,
como o pulgão. Entretanto, o efeito indireto
relacionado à transmissão de vírus tem muito maior
influência da sua condição genética de resistência ou
suscetibilidade ao patógeno. Portanto, plantas
resistentes à doença azul podem suportar maior
nível populacional da praga antes de desenvolver
sintomas da doença, porém podem estar sujeitas a
estresse pelo efeito direto de redução da capacidade
fotossintética devido à sucção contínua dos
fotoassimilados do floema, principalmente na fase
inicial de desenvolvimento vegetativo.
Quanto maior o grau de resistência à doença azul da
planta do algodoeiro, desde que não estejam
estressadas por outro fator, maior a capacidade de
suportar a colonização por pulgões e menor será a
taxa de transmissão de vírus, uma vez que a
replicação do patógeno nestes materiais estará
comprometida. Em conseqüência, menor número de
aplicações será necessário para o controle destas
populações de insetos, com menor custo de controle
e menor custo de produção.
Por outro lado, genótipos suscetíveis à virose
suportam menor densidade populacional do inseto,
manifestando mais precocemente os sintomas, em
caso de infecção, uma vez que o processo de
instalação é acelerado. Em função disso, a exigência
pelo controle rigoroso do vetor é maior, muitas
vezes demandando maior número de intervenções
com o controle químico, o que pode aumentar
significativamente o custo de produção.
Outro aspecto a ser considerado é o grau de
severidade dos sintomas, que pode variar de acordo
com o estágio de desenvolvimento da planta
colonizada pelo inseto. A colonização inicial do
pulgão pode ocorrer em uma planta ainda muito
jovem, gerando os sintomas mais graves da doença
(sintomas típicos precoces). Quando o ciclo de vida
do afídeo se completa, e adultos alados provenientes
de sua progênie deixam a planta inicial e vão
colonizar plantas próximas, estas já se encontram
em um estado mais desenvolvido de crescimento,
apresentando sintomas menos severos (sintomas
típicos tardios). Há então, conforme a distância do
Fig. 7. Sintomas atípicos da doença azul.
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a
7Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
foco inicial da doença, um padrão decrescente na
severidade dos sintomas típicos, apresentando uma
seqüência de plantas em "escada" (Figura 3).
Resistência varietal e níveis de controle
O uso de algumas cultivares suscetíveis a viroses
tem sido justificado pela alta produtividade e por se
tratarem de materiais já bem conhecidos dos
produtores. Assim é que cultivares como CNPA-ITA
90 e Acala 90, por exemplo, apesar de suscetíveis,
permaneceram cultivadas por muitos anos no Estado
do Mato Grosso. A expressão do potencial produtivo
de uma determinada cultivar está diretamente
relacionada com o potencial genético e suas
interações com fatores bióticos (pragas, doenças, e
plantas daninhas), abióticos (solo, clima,
temperatura e umidade) e outros relacionados ao
manejo, como instalação e condução da cultura,
distribuição espacial de plantas e uso de insumos
(herbicidas, reguladores de crescimento, inseticidas,
fungicidas, etc.).
Com o estabelecimento de programas de
melhoramento genético, principalmente nas
condições do cerrado, novas cultivares de algodoeiro
foram acrescentadas ao conjunto de opções dos
produtores, incluindo-se cultivares imunes e
altamente resistentes ao CLRDV (Tabela 3). Na
ausência da doença, ou mesmo em baixos níveis de
ocorrência destas, o desempenho produtivo das
cultivares torna-se dependente apenas do seu
potencial de produção e de sua interação com
fatores ambientais, deixando-se de ter a
participação dos fatores relativos à imunidade,
resistência ou tolerância. Em diferentes ambientes
com baixo nível populacional do vetor e, portanto, de
incidência da virose, há casos em que cultivares
imunes ou resistentes apresentam produtividade
superior à de cultivares suscetíveis e vice-versa,
demonstrando que o nível de susceptibilidade, em
ambientes sem a pressão da doença, não têm
relação com o desempenho produtivo.
Associado à resistência varietal, o planejamento de
controle do vetor é o método mais apropriado de
manejo da doença. Por sua vez, o controle químico
do pulgão depende, além do grau de suscetibilidade
de cada cultivar, da idade da planta de algodoeiro e
do nível populacional da praga (Tabela 3).
Cultivares suscetíveis, portanto, devem ser
manejadas de forma a manter as populações do
vetor abaixo do nível de controle. No caso de
cultivares resistentes, porém, o nível de controle do
pulgão tem sido mais elevado, haja vista que, não
havendo a transmissão da doença, o pulgão deve ser
controlado apenas por seus danos diretos.
Com o uso de cultivares resistentes à virose pode-se
economizar de quatro a oito aplicações de
inseticidas. Devido a essa diferença de manejo do
pulgão e nos custos envolvidos, as cultivares
suscetíveis precisam ser mais produtivas que as
Tabela 3. Nível de controle de colônias de pulgões em plantas de algodoeiro.
* Informações obtidas dos obtentores.
8 Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
cultivares resistentes, para que a rentabilidade seja
equivalente. Além disso, considerando-se a extensa
área cultivada com algodão no país, um menor
número de pulverizações implica em menor impacto
ambiental.
Com o aparecimento de sintomas de doença azul
(típicos e atípicos) em cultivares resistentes, o nível
de controle sugerido para estas cultivares deve se
situar na faixa dos níveis inferiores recomendados
(Tabela 3), ou seja, até 20% para as cultivares
medianamente resistentes e até 40% para as
resistentes. Esta rigidez de critérios se faz
necessário até que novos estudos elucidem o
problema e proponham adequações definitivas. É
preciso evitar a generalização e adoção do manejo
de cultivares suscetíveis para cultivares resistentes.
No caso de ocorrência de sintomas de doença azul
em cultivares resistentes na área, as providências a
serem tomadas devem ser o mapeamento da área
infectada, o envio de amostras para identificação do
agente causal e o controle localizado dos focos por
talhões. O controle químico em excesso afeta
negativamente a população de artrópodos benéficos
(GRAVENA et al., 1983) e pode elevar os custos de
produção a ponto de inviabilizar a cultura.
Outras considerações importantes
O monitoramento da cultura em busca de focos de
infestações de pulgões deve ser constante, com
intervalos de no máximo sete dias entre as visitas
em cada talhão e intensificado quando as condições
ambientais estiverem favoráveis à colonização e
aumento populacional da praga, quando então os
intervalos de amostragem devem ser encurtados
para quatro dias.
Uma vez atingido o nível de controle estabelecido
para cada cultivar, a escolha do produto inseticida
deve se pautar na sua eficiência e na relação custo/
benefício. Deve-se dar preferência para produtos
seletivos aos inimigos naturais das pragas da cultura,
especialmente na fase inicial de desenvolvimento
vegetativo, quando um grande número de inimigos
naturais costuma estar presente. É importante se
atentar para a presença de indivíduos alados nas
colônias de pulgões, que indicam a proximidade de
novas colonizações em áreas vizinhas.
A retirada e destruição de plantas com sintomas do
meio da lavoura (rouguing) é importante para reduzir
o progresso da doença em campo. A eliminação de
ervas daninhas hospedeiras dos insetos, potenciais
reservatórios de vírus, como guanxuma (Sida
santaremnensis), malva-preta (Sidastrum
micranthum) e trapoeraba (Commelina
benghalensis), por exemplo, é outra medida salutar.
A reduçãodo inóculo inicial de vírus deverá focar a
sobrevivência do patógeno de uma safra para outra.
Portanto, a destruição de restos culturais e plantas
voluntárias (tigüeras) de algodoeiro no meio de
lavouras sucedâneas de soja e milho ou em áreas
marginais da lavoura deverá ser rigorosamente
implementada e de maneira coletiva. Esforços
deverão ser envidados para destruição de plantas
nas margens das rodovias, bem como em áreas de
confinamento de animais.
Também é importante se observar sempre a
necessidade da rotação de produtos, como forma de
prevenir a evolução da resistência dos insetos a
inseticidas. A tabela 4 apresenta alguns ingredientes
ativos recomendados para o controle de pulgões.
Tabela 4. Inseticidas para aplicação na parte aérea
registrados para o controle do pulgão do algodoeiro.
9Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
Referências Bibliográficas
CORRÊA, R. L.; SILVA, T. F.; SIMÕES-ARAÚJO, J.
L.; BARROSO, P. A. V.; VIDAL, M. S.; VASLIN, M.
F. S. Molecular characterization of a virus from the
family Luteoviridae associated with cotton blue
disease. Archives of Virology, v.150, p.1357-1367.
2005.
MICHELOTTO, M.D.; BUSOLI, A.C. Efeito da Época
de Inoculação do Vírus do Mosaico das Nervuras por
Aphis gossypii Glover (Hemiptera: Aphididae) no
Desenvolvimento e na Produção do Algodoeiro.
Fig. 8. Joaninha Cycloneda sanguinea, predadora de
pulgões.
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A presença de predadores como joaninhas (Figura
8), moscas sirfídeos do gênero Toxomerus (Figuras 9
e 10) e bicho-lixeiro (Chrysoperla externa) (Figura
11), além de parasitóides como a vespinha
Lysiphlebus testaceips (Figura 12) deve ser
considerada na tomada de decisão. Altos níveis de
predação e/ou parasitismo podem dispensar o uso de
inseticidas.
Fig. 10. Controle biológico efetuado por larva de
Toxomerus sp. em colônia de pulgões.
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Fig. 9. Controle biológico efetuado por adulto de
Toxomerus sp. em colônia de pulgões.
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Fig. 11. Bicho-lixeiro, Chrysoperla externa, predando
pulgões.
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Fig. 12. Controle biológico efetuado por Lysiphlebus
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12 Doença Azul do Algodoeiro: Novos Aspectos a Serem Considerados no Manejo
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