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ASSISTÊNCIA AO CLIENTE COM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: PERFUSÃO TISSULAR CARDÍACA INEFICAZ RELACIONADA A DISTÚRBIOS DE CONDUÇÃO CARDÍACOS – ECG NOÇÕES BÁSICAS DE ECG RELEMBRE RELEMBRE RELEMBRE POLARIZAÇÃO? Célula em repouso, aquela que apresenta um equilíbrio iônico (Potencial de Repouso) Neste momento não há atividade elétrica desenhada no ECG de superfície. DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO? Quando a célula recebe uma descarga elétrica rompendo, deste modo, o equilíbrio entre cargas positivas e negativas com a penetração de sódio para o interior da célula e deslocamento do potássio para o exterior (Potencial de Ação) Assim que se restabelece e eletronegatividade do interior em contraposição à positividade externa da célula; esta se torna novamente polarizada, isto é, excitável. ECG - ELETROCARDIOGRAMA A atividade elétrica do coração produz correntes que se irradiam através do tecido circunjacente até a pele. Eletrodos fixados a pele captam essas correntes elétricas e transmitem para um eletrocardiógrafo. As correntes são transformadas em ondas que representam o ciclo de despolarização-repolarização do coração. ECG - ELETROCARDIOGRAMA ECG - ELETROCARDIOGRAMA 1. Onda P representa a despolarização atrial. - baixa amplitude e duração de 0.06 a 0.10seg 2. Intervalo PR: linha isoelétrica. 3. Complexo QRS representa a despolarização do ventrículo (ondulações Q e S são sempre negativas e R positiva) 4. Intervalo RR: frequência de despolarização ventricular 5. OndaT representa a repolarização do ventrículo 6. Intervalo ST-T: repolarização ventricular 7. Intervalo QT: duração de atividade elétrica ventricular, mede-se do início de QRS ao final deT. 8. Onda U: é uma onda positiva, inconstante que aparece preferentemente em D2, V2, V3 e V4 de origem ainda não inteiramente explicada (pós-potenciais ventriculares, repolarização do septo ou das fibras de Purkinje). 9. Intervalo PP: frequência de despolarização atrial ECG - ELETROCARDIOGRAMA ECG - ELETROCARDIOGRAMA DERIVAÇÕES 12 DERIVAÇÕES – PERIFÉRICAS e PRECORDIAIS PERIFÉRICAS ⇒ Braço D, Braço E, Perna E, Perna D (terra) DI, DII, DIII, aVR, aVL e Avf DERIVAÇÕES PRECORDIAIS V1- 4ºEIC na borda esternal D V2- 4º EIC na borda esternal E V3- EntreV2 eV4 V4- 5º EICE na linha hemiclavicular V5- 5º EICE na linha axilar anterior V6- 5º EICE na linha axilar média DERIVAÇÕES DERIVAÇÕES DERIVAÇÕES UNIPOLARES é aquela que registra as variações de potencial obtidas pelo eletrodo positivo, enquanto o eletrodo negativo está a uma distância muito grande do coração. Isso é possível colocando-o, numa manobra técnica, no chamado "terminal central de Wilson". AVL AVR AVF DERIVAÇÕES BIPOLARES é aquela em que os eletrodos positivo e negativo são colocados a uma mesma distância do coração, captando a DIFERENÇA DE POTENCIAL entre esses dois pontos. DI DII DIII DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS DERIVAÇÕES PRECORDIAIS As derivações precordiais, resultante de um “corte elétrico” do coração no sentido anteroposterior. São seis derivações unipolares posicionadas na face anterior do tórax, sendo todos os eletrodos positivos. As derivações precordiais numeradas de V1 a V6 se movem do lado direito para o lado esquerdo do paciente, cobrindo o coração em sua posição anatômica. Essas derivações se projetam do nódulo atrioventricular em direção ao dorso do paciente, pois o polo negativo localiza-se nessa região. DERIVAÇÕES PRECORDIAIS ECG – CALCÚLO DE FREQUÊNCIA CARDÍACA No ECG, o registro movimenta-se com marcações em seg - Linhas verticais - 0,04 s; Linhas horizontais - 1mm Para transformar a frequência apontada pelo ECG em segundos para minutos 1. Dividir a distância de um minuto (1.500) pelo intervalo R-R FREQUÊNCIA CARDÍACA = 1.500/R-R; 2. Dividir o número de quadrados maiores entre RR sucessivos por 300. Ex: 4 quadrados grandes entre cada R = 300 ÷ 4 = 75 bpm ECG - ELETROCARDIOGRAMA 1. DETERMINAR A FREQUÊNCIA 2. DETERMINEO RÍTMO Regular ou irregular ao medir a regularidade das ondas R 3. EXAMINE AS ONDAS P: Existe uma onda P? Uma onda P precede a cada QRS? Apresenta configuração normal 4. EXAMINAR COMPLEXO QRS Estreito Alargado ECG - ELETROCARDIOGRAMA ECG - ELETROCARDIOGRAMA ATENÇÃO 1. A primeira manifestação do ECG pertence à estação dos átrios, portanto, localizar a onda P é o marcador importante para estabelecer o ritmo; onda P presente indica ritmo supraventricular. 2. Relacionamento P-QRS: todo P deve ser acompanhado de QRS, distanciado normalmente de 0,12 a 0,21s. 3. Complexo QRS tem duração de 0,6 a 0,10s – ESTREITO E ALARGADO. Intervalos entre 0,10s e 0,12s aparecem provocados pelas hipertrofias ventriculares ou pelos bloqueios de ramos. ECG 1. Deve inicialmente explicar ao paciente cada etapa do processo. 2. O ambiente da sala deve estar com temperatura agradável. 3. O paciente deve estar descansado há pelo menos 10 minutos, sem ter fumado há pelo menos 40 minutos, estar calmo. 4. Deve ser investigado quanto ao uso de remédios que esteja usando, ou que costume usar esporadicamente. 5. Retirar acessórios de metal do paciente. 6. Posicionar o paciente em decúbito dorsal, palmas viradas para cima. 7. Determinar a posição das derivações precordiais (V1 a V6) corretas; 8. Em seguida é feita limpeza do local e colocado os eletrodos ou gel de condução nos locais pré-determinados conectados aos cabos e ás braçadeiras nos focos. 9. Checar funcionamento do aparelho e verificar se os cabos estão conectados corretamente. 10. Fazer aterramento do aparelho. 11. É então registrado o eletrocardiograma de repouso. DISTÚRBIOS DE CONDUÇÃO ASSISTOLIA Evento primário ou secundário aTV e FV ECG = ausência completa de atividade elétrica ou raras ondas P Protocolo de linha reta: Aumentar o ganho do monitor cardíaco; Checar a conexão dos eletrodos; Checar o ritmo em duas derivações RITMO SINUSAL 1. Ritmo regular 2. Frequência normal 3. Onda P para cada complexo QRS 4. Todas as ondas P são similares quanto a tamanho e forma 5. Todos os complexos QRS são similares quanto a tamanho e forma 6. Intervalos PR e QT normais 7. OndasT normais ARRITMIA SINUSAL TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR OU SINUSAL 1. Início abrupto, duração de minutos a horas - Ritmo que se origina acima da junção entre o nó AV e o feixe de His, e é mantido por estruturas localizadas entre os mesmos. 2. ECG= QRS estreito = RITMO REGULAR, F>100BPM E ONDA P PRESENTE TAQUICARDIA VENTRICULAR Ritmo: regular Frequência: 180-200 btm Onda P: ausente Intervalo PR: não mensurável Complexo QRS: largo e bizarro Ritmo de origem abaixo da bifurcação do feixe de His, habitualmente expressa por QRS alargado. TAQUICARDIA VENTRICULAR FIBRILAÇÃO VENTRICULAR 1. Não há despolarização ventricular 2. Não há contração ventricular 3. Débito cardíaco = zero 4. ECG= QRS aparência anormal 5. Ondas elétricas variam em forma e tamanho Ritmo: caótico Frequência: indeterminada Onda P: ausente Intervalo PR: não mensurável Complexo QRS: não discernível Onda T: não discernível O formato da onda é uma linha ondeante EXTRA-SÍSTOLE VENTRICULAR 1. Batimento prematuro (CONTRAÇÃO VENTRICULAR PREMATURA) com QRS alargado, quando agrupados – bigeminismo, trigeminismo 2. ECG= 3. ONDA P OCULTA PELO QRS 4. QRS LARGO 5. 3 OU + ESV seguidas = TV (se durar + 30 s chamada de taquicardiaventricular sustentada) FIBRILAÇÃO ATRIAL 1. Não há contração atrial 2. Onda fibrilatória – ECG a onda P NÃO EXISTE . 3. Ritmo ventricular irregular - Intervalos R-R totalmente irregulares. Se podem observar pequenas ondas irregulares chamadas ondas f (de de fibrilação). Morfologia do complexos QRS semelhante aos QRS do Ritmo Sinusal. 4. FA < 48h → cardiovesão sincronizada 5. FA > 48h → tratamento farmacológico e controle do risco de embolias 6. Frequência Atrial: acima de 400 btm 7. Frequência ventricular: Irregular, varia de 100 a 150 btm, podendo variar. FIBRILAÇÃO ATRIAL BRADICARDIA SINUSAL 35 Distúrbio de condução do impulso cardíaco localizado em qualquer nível do sistema de condução atrioventricular. Traduz-se por UM ATRASO DE PROPAGAÇÃO OU POR UM IMPEDIMENTO TOTAL do impulso supraventricular em ativar os ventrículos. 1. Causas → medicamentos (digital, bloqueadores do canal de cálcio, betabloqueadores); isquemia e infarto do miocárdio, distúrbios valvares e miocardites 2. Sinais e sintomas → variam com a frequência ventricular resultante e com a manifestação de sinais e sintomas BLOQUEIOS ATRIVENTRICULARES BLOQUEIOS ATRIVENTRICULARES 1ºGrau – prolongamento do intervalo PR 2ºGrau –prolongamento progressivo do intervalo PR até que a onda P não é seguida de QRS 3ºGrau –prolongamento progressivo do intervalo PR até que a onda P não é seguida de QRS 37 BAV segundo grau → resultam em diminuição da frequência cardíaca ↓perfusão órgãos vitais - impulso sinusal sofre, por vezes, uma interrupção total (ou bloqueio) na sua condução aos ventrículos Tipos: BAV de 2º grau tipo MOBITZ I ( IPR variável ) BAV de 2º grau tipo MOBITZ II ( IPR constante ) BAV de 2º grau tipo 2:1 BAV de 2º grau tipo Avançado BLOQUEIOS ATRIVENTRICULARES 38 BAV primeiro grau → raramente provoca efeito hemodinâmico - um retardo na sua condução aos ventrículos - uma arritmia não maligna, pois cursa com estabilidade elétrica e raramente evolui para formas mais severas de BAV. FC: normal, entre 60 e 100 bpm. Ritmo: regular, intervalos R-R regulares. Onda P: morfologia sinusal. IPR: prolongado > 200 ms. QRS/T: QRS estreito com onda T normal. BLOQUEIOS ATRIVENTRICULARES 39 BAV de 2º grau tipo MOBITZ I FC: normal, entre 60 e 100 bpm. Ritmo: irregular, determinado pelo BAV e pela pausa Onda P: morfologia sinusal. Eventuais ondas P não seguidas de QRS. IPR: diferentes entre si, aumentam progressivamente de duração até o momento do bloqueio do impulso, quando então os ciclos se repetem. QRS/T: QRS estreito com onda T normal. BLOQUEIOS ATRIVENTRICULARES 40 BAV de 2º grau tipo MOBITZ II FC: frequência ventricular é variável, em geral é lenta. Ritmo: irregular, determinado pelo BAV e pela pausa Onda P: morfologia sinusal. Eventuais ondas P não seguidas de QRS. IPR: São idênticos nos impulsos conduzidos. QRS/T: QRS usualmente com padrão de bloqueio de ramo e com onda T alterada. BLOQUEIOS ATRIVENTRICULARES 41 BAV DE 3° GRAU Define a existência de um impedimento total a que o impulso atrial alcance e ative os ventrículos. Não há mais a relação entre o ritmo atrial e o ventricular, estando os impulsos atriais independentes dos ventriculares. A FREQUÊNCIA ATRIAL É SEMPRE SUPERIOR À FREQUÊNCIA VENTRICULAR, TRADUZINDO-SE NO ECG POR ONDAS P EM MAIOR NÚMERO QUE OS COMPLEXOS QRS/T. 42 BAV DE 3° GRAU FC: Freqüência atrial normal, entre 60 e 100 bpm e ventricular: lenta, próxima de 40 bpm. Ritmo: regular, os intervalos P-P e P-R são regulares. Onda P: Geralmente tem morfologia sinusal, estão em maior número e independentes dos complexos QRS/T IPR: inexiste, observa-se falsos IPR com duração variáveis. QRS/T: ritmo de feixe de Hiss, com QRS estreito com onda T normal. 43 BAV DE 3° GRAU 44 BAV DE 3° GRAU 45 ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS DA SCA 1. Necrose: presença de onda Q patológica-1/3 QRS 2. Lesão: supradesnivelamento ou infradesnivelamento ST - infarto recente 3. Isquemia: onda t invertida 46 ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS DA SCA 47 ALTERAÇÕES ELETROCARDIOGRÁFICAS DA SCA 48 TRATAMENTO 1. Marcapasso 2. Cardioversão 3. Medicamentos: 4. Classe I: bloqueadores de sódio: quinidina, procainamida, lidocaína. 5. Classe II: beta bloqueadores: propanolol, esmolol 6. Classe III: bloqueadores de potássio: amiodarona. 7. Classe IV: sem classificação: atropina, digoxina 49 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 1. Instalar, na urgência, OXIGENOTERAPIA 2. Manter MONITORIZAÇÃO CARDÍACA e aferição de PA 3. Manter REPOUSO ABSOLUTO no leito 4. Observar frequência, duração, sintomas associados da ARRITMIA e providenciar ECG 5. Monitorar alterações de NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 6. Monitorar DISPNÉIA e FADIGA (ausculta pulmonar e cardíaca) 7. Observar presença de DOR e avaliar intensidade
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