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1 Ana Barasuol / T3 MED UFFS Tecido Epitelial Glandular ↳ Glândulas são brotamentos e invaginações de células epiteliais que penetram no tecido conjuntivo subjacente, produzindo uma lâmina basal ao seu redor. ↳ Os produtos de secreção glandular são formados por macromoléculas (lipídeos, proteínas, carboidratos) sintetizadas nos epitélios glandulares e são armazenados nos grânulos de secreção. ↳ De acordo com o método de distribuição do produto as glândulas podem ser: EXÓCRINAS: secretam seus produtos através de ductos para a superfície epitelial interna ou externa da qual foram originadas. ENDÓCRINAS: não possuem ductos e secretam seus produtos para os vasos sanguíneos ou linfáticos para distribuição até o local de ação. ----- --------------- Glândulas exócrinas ----------------------- ↳ Secretam seus produtos através de um ducto para a superfície de seu epitélio de origem. ↳ A forma mais simples de gl. exócrina é a unicelular. O principal exemplo são as células caliciformes, unidades secretoras isoladas no revestimento epitelial dos intestinos delgado e grosso e na maior parte do revestimento do trato respiratório. ↳ As multicelulares possuem uma organização mais complexa e podem ser classificadas de acordo com: • As glândulas mucosas secretam mucinogênios que, sob hidratação, torna-se mucina, o principal componente do muco. As glândulas serosas secretam um fluido aquoso rico em enzimas. As glândulas mistas ou seromucosas contêm ácinos mucosos e serosos e, além disso, alguns dos ácinos mucosos possuem semiluas serosas (grupo de células que secretam um fluido seroso). Glândula salivar submandibular de macaco. M, ácino mucoso; S, semiluas serosas. • Glândulas merócrinas secretam apenas o produto por meio de exocitose, sem perda de outro material celular. Ao contrário, as holócrinas eliminam o produto juntamente com toda a célula, envolvendo sua destruição. Um tipo intermediário são as apócrinas, nas quais o produto de secreção é descarregado junto com pequenas porções do citoplasma apical. • Outras importantes características utilizada para definir uma glândula é quando à forma de sua porção secretora e se duas ramificações. 2 Ana Barasuol / T3 MED UFFS • As glândulas simples se apresentam com um único ducto e as compostas possuem uma rede ramificada de ductos. • Elas são posteriormente categorizadas de acordo com a morfologia de suas unidades secretoras como tubulosas, acinosas ou alveolares, túbulo-acinosas ou túbulo-alveolares. ↳ As grandes glândulas multicelulares normalmente são envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo; prolongamentos da cápsula chamados septos dividem a glândula em porções menores chamadas lóbulos. Vasos sanguíneos e nervos penetram a glândula e se subdividem no interior dos septos. ↳ Dois tipos de glândulas multicelulares muito comuns e importantes são o ácino seroso e o túbulo mucoso. ↳ Em torno das glândulas exócrinas, entre as células epiteliais e a lâmina basal, há as células mioepiteliais. Elas são estreladas ou fusiformes, e os prolongamentos se unem por desmossomos. Possuem filamentos de actina e moléculas de miosina, que promovem a sua contração e assim a compressão da glândula e a expulsão da secreção. ---------------------- Glândulas Endócrinas ---------------------- ↳ Glândulas que não possuem ductos e, dessa forma, liberam seus produtos de secreção diretamente para a corrente sanguínea ou para o sistema linfático. ↳ Os produtos de secreção são HORMÔNIOS e vão pela corrente sanguínea/linfática até os órgãos-alvo de ação. ↳ As principais glândulas endócrinas são as suprarenais (ou adrenais), a hipófise, a tireoide, as paratireoides e a glândula pineal (ou epífise), além dos ovários, pâncreas e testículos (que são mistas). ↳ De acordo com a organização de suas células, podem ser diferenciados dois tipos de glândulas endócrinas. No primeiro tipo, CORDONAL, as células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos, como adrenal, paratireoide, lóbulo anterior da hipófise. No segundo tipo, FOLICULAR, as células formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado, como na tireoide. Fontes: GARTNER, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de histologia. 3 ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2007. JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2013. MONTANARI, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3. ed. Porto Alegre: Edição do Autor, 2016.
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