Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Introdução ao Direito 
 
 
 
 
VIGÊNCIA DA LEI NO TEMPO E ESPAÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................... 2 
 
Objetivos ....................................................................................................................................... 2 
 
1. Vigência da lei no espaço e no tempo.......................................................................................2 
 1.1. Vigência da lei no tempo.....................................................................................................2 
 1.2. Vigência da lei no espaço..................................................................................................5 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 6 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 7 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Na apostila anterior “Hermenêutica Jurídica”, falamos sobre o ato de 
interpretação das normas jurídicas e aprendemos as técnicas interpretativas 
utilizadas pelo Direito. 
Vimos que as leis possuem os mais diversos conteúdos, que se adaptam à 
sociedade e mudam conforme a necessidade da população, da política, da 
economia, enfim, de vários fatores que influem na contemporaneidade. 
Essas leis também mudam de acordo com o tempo. Afinal, o Direito, por se 
tratar de uma ciência normativa e social, não pode estagnar e ficar parado no tempo, 
pois se isso acontecer, ele não conseguirá mais responder às necessidades da 
população. 
Nesta apostila, veremos que a aplicação da lei deve ocorrer de forma 
ordenada em um determinado tempo e local, justamente para evitar a ocorrência de 
conflitos e para que o Direito se mantenha harmonioso, respondendo aos problemas 
da sociedade. Por isso, aprenderemos sobre os conceitos de vigência temporal e 
espacial da lei. 
Afinal, se o mundo é composto das mais diversas nações, as quais, por sua 
vez, possuem os mais variados sistemas normativos, o que acontece quando temos 
situações reais nas quais esses diferentes sistemas entram em conflito? 
Objetivos 
• Conceituar vigência; 
• Aprender sobre vigência temporal; 
• Conhecer a vigência espacial segundo o ordenamento jurídico 
brasileiro. 
 
1. Vigência da lei no espaço e no tempo 
1.1. Vigência da lei no tempo 
As normas jurídicas possuem conteúdos variados e variáveis, de acordo com 
os povos, épocas e lugares. Por isso, é importante estudarmos como ocorre a sua 
aplicação, seja no tempo, seja no espaço. 
A norma jurídica tem princípio e fim, de modo que tem eficácia limitada no 
tempo. Esse tempo em que impera uma norma jurídica pode ou não ser estabelecido 
pelo legislador. 
 
3 
 
Assim, pode o legislador estabelecer termo fixo para o tempo da eficácia de 
uma lei, pode condicionar a sua produção de efeitos a um fato ou a acontecimento 
futuro, ou, também pode subordiná-la a uma situação provisória. 
Não sendo este o caso, a lei terá eficácia indefinida, até que outra a revogue, 
ou seja, com ela incompatível. Essa incompatibilidade pode ser total ou parcial. 
No caso de incompatibilidade total, ocorrerá o que chamamos de ab-rogação 
da lei. 
E no caso de incompatibilidade parcial, teremos a derrogação da lei, de 
maneira que perderão os efeitos (ou seja, ficará derrogada) somente na parte em 
que for incompatível com a nova norma. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
 
 
Tanto a supressão total ou parcial dos efeitos da norma pode ser tácita ou 
expressa. Será expressa quando a lei nova expressamente ab-roga ou derroga a lei 
anterior e será tácita, quando o preceito da nova lei é incompatível, no todo ou em 
parte, com a lei anterior. 
No que tange aos efeitos da mudança da lei, devemos nos atentar ao 
seguinte: 
• Se a nova lei for geral, revoga a lei anterior. Se for lei especial, não 
revoga a lei vigente, salvo na parte em que disciplinar de forma diversa matéria 
anteriormente regulada pela lei geral. 
• Lei posterior geral não derroga lei especial, eis que se uma lei especial 
sucede uma lei geral, coexistirão ambas, porque disciplinam matérias diferentes, 
salvo se a lei geral nova expressamente revogar a lei especial anterior. 
Para evitar mudança brusca entre o sistema jurídico anterior e assim a ordem 
jurídica atinja sua finalidade é comum que a lei nova seja acompanhada de normas 
de tratamento jurídico provisório, adaptadoras da vida social à nova legislação. São 
as chamadas disposições transitórias. 
 
 
 
 
 
GRAVE NA MEMÓRIA: ab-rogação é a supressão total de 
uma lei anterior por uma posterior, e derrogação é a 
revogação parcial de uma lei por outra. 
 
4 
 
DICA 
 
 
 
 
 
Uma lei pode ainda ter sua vigência suspensa, temporariamente, por outra 
lei, por motivos de utilidade social. Nesta forma, não ocorrerá nem derrogação, nem 
ab-rogação. 
O desuso se caracteriza quando uma lei é abandonada, seja por possíveis 
efeitos sociais prejudiciais que produz, por motivos de utilidade social ou por outros 
motivos de ordem prática. Ainda assim, continua a ser lei, de maneira enquanto não 
for revogada pode ser aplicada pelo juiz, e as partes não pode alegar que a lei está 
fora de moda, abandonada. 
A substituição parcial ou total de uma lei por outra cria o problema da 
retroatividade das leis. Retroatividade é a incidência no passado dos efeitos jurídicos 
de uma lei nova ou de um ato de direito público. Ou seja, a nova lei é ou não 
aplicável às situações jurídicas constituídas sob o império anterior? 
Alguns juristas defendem o princípio da retroatividade das leis. Mas esse 
instituto traz grande perigo para a segurança jurídica, pois ameaça garantias 
individuais, a ordem social e os interesses públicos, sendo motivo de incerteza para 
as relações jurídicas. 
Assim que a lei entra em vigor, tem eficácia e atinge todas as situações nela 
previstas. Desta forma, não deve retroagir a lei que afeta o fato consumado sob a 
vigência da lei anterior. Já os atos jurídicos realizados durante a vigência da lei 
revogada e que continuam a produzir efeitos na vigência da nova lei, os efeitos 
realizados na vigência da lei anterior não devem ser afetados pela nova lei 
(irretroatividade); já os efeitos a serem produzidos na vigência da nova lei deverão 
ser por estar regulados (efeito imediato da lei). Só existe uma hipótese em que a lei 
retroage. E esta hipótese é admitida no direito penal quando a nova lei beneficia o 
réu. Portanto a lei só retroage em benefício do réu. Por exemplo, se a lei antiga prevê 
20 anos de prisão e a nova lei prevê 15 anos por um crime qualquer, todo réu que já 
tiver cumprido 15 anos de pena deverá ser solto. Mas caso a nova lei preveja pena 
maior para aquele crime cometido, o réu não deverá cumprir uma pena maior do 
que a fixada pelo juiz. 
Em breve, o ordenamento jurídico será novamente 
inundado por regras transitórias, uma vez que a mudança 
do regime de previdência ocorrerá. Assim, haverá 
disposições que tratarão das pessoas que estão prestes a 
se aposentar e que não poderão ser incluídas no novo 
sistema de aposentadoria.É importante que você 
acompanhe o noticiário e fique atento a essas mudanças. 
 
5 
 
Ditam sobre este princípio a própria Constituição Federal e Lei de Introdução 
às normas do Direito Brasileiro (LINDB), garantindo limites à retroatividade das leis 
para o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
CF, art. 5º, XXXVI - A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada. 
LINDB, art. 6º - A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitando o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
 
SAIBA MAIS! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, a regra, como dissemos, é a da retroatividade das leis, limitada pelo 
princípio da irretroatividade, que determina só dispor a lei para o futuro, não sendo 
aplicável ao passado, nos casos de direito adquirido, ato jurídico perfeito ou coisa 
julgada. 
Quanto ao costume, desaparece com o desuso, isto é, com o abandono pelos 
tribunais de uma jurisprudência, pela coletividade que o criou. Pode ser derrogado 
pelo aparecimento de novo costume incompatível com o tradicional. Nos sistemas 
jurídicos em que existe a predominância da lei sobre as demais fontes formais o 
costume pode ser derrogado por lei. 
 
1.2. Vigência da lei no espaço 
A eficácia extraterritorial das leis depende da vontade de outro Estado, 
admitida através de leis ou tratados internacionais. 
Havendo conflito de leis nacionais e estrangeiras, por tratar-se de problema 
mais complexo, é resolvido pelo Direito Internacional Privado, que indica a 
legislação a ser aplicável no caso de conflito entre a lei nacional e a lei estrangeira. 
Direito adquirido – são os direitos patrimoniais, de 
natureza privada, que fazem parte do patrimônio de uma 
pessoa, e que para ela tenha utilidade razoável. Esse 
conceito exclui as expectativas de direitos, os direitos 
públicos e as faculdades jurídicas. 
Ato jurídico perfeito – é o ato realizado completamente 
segundo a lei vigente ao tempo em que foi celebrado. 
Coisa Julgada – trata-se da decisão de que não cabe mais 
recurso, que não pode mais ser modificada. Ela também 
não é afetada pela lei nova. 
 
 
6 
 
O direito tem eficácia em todo o território do Estado que o sancionou. Assim 
no que tange à vigência da lei no espaço, um dos princípios fundamentais é o da 
territorialidade das leis, segundo o qual o direito de um país é aplicável somente 
dentro de suas fronteiras. Assim, o direito nacional fica circunscrito aos limites do 
território nacional, estando a ele submetidas todas as pessoas e coisas que nele se 
acharem. 
Há ainda a teoria do domicílio, segundo a qual os conflitos são resolvidos 
pela lei do país em que a pessoa é domiciliada. 
Temos também o princípio da nacionalidade, oposto à referida teoria, para o 
qual a nacionalidade da pessoa é que define a resolução do conflito. 
A doutrina e a legislação têm ainda estabelecido outros critérios para resolver 
estes tipos de conflitos de vigência espacial, tais como: 
• O lugar em que o ato for realizado ou em que o fato ocorreu, determina a lei 
aplicável (locusregitactum); 
• O lugar em que as coisas se encontram fixa a lei a elas aplicável (lex rei sitae); 
• Quanto aos contratos, as partes podem estabelecer a lei que os rege, e no 
caso de silêncio entre as partes, estabelece a vigência do lugar em que foi 
celebrado. 
No caso de direito público, prevalece o princípio da territorialidade, valendo 
as suas regras somente no território que as ditou, mas a extraterritorialidade é válida 
para os diplomatas sujeitos à lei dos países que representam. 
Importante também salientar que segundo a maioria das legislações e 
segundo os princípios gerais do direito, a lei estrangeira é inaplicável quando 
contraria a ordem pública e aos bons costumes, sendo estes, então, limites à 
aplicação de lei estrangeira. 
 
Exercícios 
1. (TCE/RJ – Auditor Substituto – FGV – 2015) Sobre o conflito de leis no 
tempo, é correto afirmar que: 
a) a revogação tácita equivale à repristinação. 
b) a lei especial não revoga a lei geral anterior. 
c) não é admitida a derrogação expressa. 
d) o efeito repristinatório é admitido em todas as leis. 
e) a ab-rogação das leis é defesa pelo ordenamento jurídico. 
2. Ryan, escocês, em viagem ao Brasil, conhece Maria, brasileira, e ambos 
iniciam um relacionamento. Após casarem-se no Rio de Janeiro, adquiriram um 
imóvel e lojas comerciais. Após 5 anos da união, Ryan e Maria tem 2 filhos, João e 
 
7 
 
Fernanda, ambos nascidos em São Paulo/SP. Tendo residido no Brasil por20 anos, a 
família se muda para a Escócia, e decorridos 6 meses da mudança, Ryan vem a 
falecer em um acidente de carro. 
No caso anterior, como ocorrerá a sucessão dos bens? 
a) A sucessão será regulada pela lei brasileira, em benefício do cônjuge 
ou dos filhos brasileiros, independente de eventual conteúdo favorável aos 
herdeiros da lei inglesa. 
b) A sucessão será regulada pela lei inglesa, tendo em vista a 
nacionalidade de Ryan. 
c) A sucessão será regulada pela lei brasileira, em benefício do cônjuge 
ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais 
favorável à lei pessoal do de cujus. 
d) A sucessão será regulada pela lei inglesa, tendo em vista o local do 
falecimento do de cujus. 
e) A sucessão será regulada pela lei brasileira ou inglesa, cabendo aos 
herdeiros exercer a opção no momento da abertura da sucessão. 
Gabarito 
1. Resposta correta: b). Segundo o ordenamento jurídico lei especial não 
revoga lei geral anterior. Como pudemos ver, apenas leis especiais podem revogar 
leis especiais. Isto acontece em função da preservação e autonomia das 
especificidades legais. Desta forma, existe um maior controle sobre as edições 
legislativas. 
2. Resposta correta: c). Pois é predomina o princípio da territorialidade. 
Como todos os bens, herdeiros e cônjuge são residentes no Brasil, deverá ser 
aplicada a lei brasileira. 
Resumo 
Nesta apostila, vimos que as normas jurídicas possuem conteúdos variados e 
variáveis, de acordo com os povos, épocas e lugares. Em razão disso, a sua aplicação 
no tempo e no espaço são temas de suma importância. 
Aprendemos que a imperatividade de uma norma jurídica, ocorrerá no tempo 
e que este pode ou não ser determinado pelo legislador. Conhecemos como ocorre a 
supressão da lei do ordenamento jurídico, quando estudamos os conceitos de ab-
rogação e derrogação, ou seja, a supressão total ou parcial de uma lei no 
 
8 
 
ordenamento jurídico. E ainda vimos brocados importantes sobre a vigência da lei 
no tempo. 
Vimos ainda que pode haver conflitos de lei no espaço, uma vez que 
diferentes ordenamentos jurídicos poderiam fornecer a resposta para uma 
problemática. Por isso, estudamos sobre a teoria do domicílio e o princípio da 
territorialidade, ambos protegendo o espaço físico, seja do domicílio da pessoa ou 
do território onde está, seja o princípio da nacionalidade, referente à origem da 
pessoa, e assim como na vigência da lei no tempo, aprendemos brocados de 
aplicação da lei no espaço. 
Por fim, vimos como é feita essa aplicação no Brasil, segundo os 
apontamentos da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Referências bibliográficas 
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Teoria da norma jurídica: princípios e regras – distinções e intersecções. 
Disponível em: <http://genjuridico.com.br/2016/12/06/teoria-da-norma-juridica-principios-e-regras-distincoes-e-
intersecoes/>. Acesso em: 01/03/2019 às 10h50min. 
FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Coleção Concursos: técnico e analista: questõescomentadas – São Paulo: Saraiva, 
2014. Disponível em: <www.lelivros.love>. Acesso em: 11/03/2019 às 15h42min. 
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução à ciência do direito. 6ª ed. reestruturada. rev. e ampl. Rio de Janeiro: 
Editora Forense, 1973. 
REALE, Miguel. Lições preliminares do Direito. 27ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2002. Disponível em: 
<www.lelivros.love>. Acesso em: 11/03/2019 às 08h00.

Mais conteúdos dessa disciplina