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O Conselho Nacional de Justiça

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Introdução ao Direito 
 
 
 
 
O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA 
 
 
 
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Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................... 2 
 
Objetivo......................................................................................................................................... 2 
 
1. O Conselho Nacional de Justiça................................................................................................2 
 1.1. Funcionamento do CNJ.......................................................................................................4 
 1.2. Membros do Conselho Nacional de Justiça........................................................................5 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 6 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 7 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
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Introdução 
Você já ouviu falar do Conselho Nacional de Justiça, ou CNJ? Muitas vezes nos 
deparamos com situações dentro do Poder Judiciário que sabemos que poderiam 
ser melhoradas. O CNJ surge com esse propósito, ser um órgão que trabalha para 
criar melhores condições de atuação para todo Poder Judiciário. 
Assim, nessa apostila iremos estudar mais a fundo o Conselho Nacional de 
Justiça, bem como, entender sua importância como controle externo da 
administração da justiça. Este é um órgão considerado jovem dentro da estrutura do 
Poder Judiciário, mas com grande importância administrativa e jurídica em nosso 
País. 
Objetivos 
• Compreender a importância do Conselho Nacional de Justiça; 
• Conhecer a estrutura do Conselho Nacional de Justiça. 
 
1. O Conselho Nacional de Justiça 
O Conselho Nacional de Justiça – CNJ - é um órgão público, que foi criado 
através da Emenda Constitucional nº 45, em 31 de Dezembro de 2004, sendo 
instituído junho de 2005 para que o judiciário possuísse um controle de eficácia e 
moralidade. 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
O conselho está sediado em Brasília-DF e é um órgão que faz parte da 
estrutura do Poder Judiciário. Sua criação teve como objetivo criar um órgão 
responsável pela preservação da transparência institucional e administrativa do 
sistema jurídico brasileiro. 
Não esqueça, Emenda Constitucional é uma alteração 
realizada no texto da Constituição, possuindo regras 
especificas de aprovação conforme o tipo de assunto que 
está sendo proposto. A Emenda Constitucional é 
considerada norma constitucional derivada, ou seja, tem 
o mesmo grau hierárquico que a Constituição segundo a 
pirâmide de Kelsen. 
 
 
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Assim, podemos dizer que o CNJ tem sua origem na necessidade de 
melhorias no sistema jurídico brasileiro, pois a atuação do Poder Judiciário deve ter 
como norte o atendimento de qualidade e justo dos cidadãos além da fiscalização 
dos membros do judiciário. 
O Conselho Nacional de Justiça age como elemento central na busca de 
melhorias desta atuação judiciária, focando nas áreas administrativa e financeira do 
judiciário brasileiro, de maneira a zelar pela autonomia do Poder Judiciário. 
Dentre suas responsabilidades, devemos destacar o controle realizado pelo 
CNJ dos juízes no cumprimento de seus deveres. Esta tarefa é realizada através do 
recebimento e julgamento de todos os processos disciplinares contra os membros 
do Judiciário. Esta função tem como objetivo permitir total imparcialidade nos 
processos, assegurando ampla defesa e aplicação de sanções administrativas justas 
quando necessário. Ou seja, sempre que houver qualquer ato em desconformidade 
com a legalidade, moralidade, eficiência ou impessoalidade, partida de um membro 
do judiciário, o CNJ atuará mediante representação em um processo administrativo 
a fim de garantir a maior lisura possível e acareação dos fatos garantindo a ampla 
defesa e o contraditório. 
Para tal, assegurar ampla defesa e sendo capaz de aplicar sanções 
administrativas, quando necessário. Além disso, ele também é responsável por: 
 
 
 
 
 
 
Garantir que o Estatuto da Magistratura seja cumprido;
Garantir a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência da parte da administração pública direta e indiretamente
de todos os poderes (União, Estados, Distrito Federal e Municípios);
Cuidar da gestão do Poder Judiciário, planejando, estrategicamente,
os planos de meta e os programas de avaliação institucional;
Receber todas as reclamações contra os membros do Judiciário.
 
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SAIBA MAIS! 
 
 
 
 
1.1. Funcionamento do CNJ 
Agora que você já sabe quais são os objetivos do CNJ, vamos analisar como 
está estruturada as repartições do Conselho Nacional de Justiça. 
1. Plenário: o plenário é considerado o órgão máximo no CNJ. É o local onde 
todos os Conselheiros se reúnem para a tomada de decisões. O quórum 
mínimo para uma sessão é de dez conselheiros. Assim, para que uma seção 
do conselho tenha validade, é necessária a presença de pelo menos dez dos 
quinze membros do CNJ. Entre as competências do plenário estão: controlar 
a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário. 
2. Presidência: a presidência do CNJ é exercida pelo Presidente do Supremo 
Tribunal Federal (STF) ou, em sua ausência ou impedimento, pelo vice-
presidente do STF. O presidente é responsável pelo desempate nas votações, 
pela representação do CNJ em órgãos e com autoridades. Ele também é 
responsável pela organização, administração e funcionamento de todo o 
Conselho. Entre suas atribuições, é possível destacar: exonerar, a pedido, 
servidor do quadro de pessoal do CNJ e requisitar magistrados, delegando-
lhes quaisquer de suas atribuições, observados os limites legais. O presidente 
é escolhido entre os seus pares e tem um mandato de 2 anos. Para ver as 
outras atribuições do Presidente, acesse: http://www.cnj.jus.br/sobre-o-
cnj/presidencia 
3. Corregedoria Nacional de Justiça: com a função de orientar, coordenar e 
executar políticas públicas para o desempenho satisfatório dos tribunais e 
juízes do país, a corregedoria é ocupada por um Ministro do Superior Tribunal 
de Justiça (STJ), sendo este excluído da distribuição de processos judiciais no 
âmbito do seu Tribunal. Tem como prioridade garantir os princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência em todas as 
instâncias do judiciário. 
Estatuto da Magistratura: Lei que reúne as diretrizes do 
Poder Judiciário Brasileiro, englobando seu 
funcionamento, estrutura hierárquica e administrativa. 
Ela também descreve as garantias, prerrogativas, 
vencimento e vantagens, direitos, deveres e penalidade 
dos magistrados. 
 
 
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4. Comissões permanentes e temporárias: criadas pelo Plenário são formadas 
de, no mínimo, três conselheiros. Tem o objetivo de estudar e desenvolver 
atividades que tenham relação às competências do órgão. 
5. Secretaria Geral: fornece assessoria e apoio técnico e administrativo para 
todas as atividades do CNJ. 
6. Departamento de Pesquisas Judiciárias: apoia a Presidência do Conselho 
na elaboração do relatório anual. Desenvolve pesquisa, diagnósticos e 
fornece subsídios técnicos para a formulação da política judiciária. 
7. Ouvidoria: este é um setor que busca aproximar-se do cidadão, criando uma 
comunicação direta entre oCNJ e a sociedade, estando disponível para 
receber demandas de qualquer cidadão. 
 
1.2. Membros do Conselho Nacional de Justiça 
De acordo com o regulamento do CNJ, sua estrutura é composta por quinze 
membros, com mandato de 2 anos, sendo possível uma recondução de cargo. 
Este grupo de conselheiros é composto de forma multiprofissional, ou seja, os 
membros são escolhidos conforme as regras de cargos definidas em lei. Assim, 
temos os seguintes profissionais compondo o conselho conforme disciplinado pelo 
artigo 103-B da Constituição em consonância com a EC45: 
1. O Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
2. Um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, que será o Corregedor 
Nacional de Justiça; 
3. Um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho; 
4. Um Desembargador de Tribunal de Justiça; 
5. Um Juiz Estadual; 
6. Um Juiz do Tribunal Regional Federal; 
7. Um Juiz Federal; 
8. Um Juiz de Tribunal Regional do Trabalho; 
9. Um Juiz do trabalho; 
10. Um Membro do Ministério Público da União; 
11. Um Membro do Ministério Público Estadual; 
12. Dois advogados; 
13. Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
 
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Percebemos assim, que o Conselho Nacional de Justiça busca reunir 
diferentes profissionais que atuam no sistema jurídico brasileiro. Vale ressaltar que a 
presença de cidadãos de notável saber jurídico tem como objetivo aproximar o CNJ 
da comunidade, criando um elo direto com a sociedade. A título de curiosidade, não 
é necessário que o cidadão seja formado em direito para que seja considerado 
detentor de notório saber jurídico. 
Um ponto importante sobre os mandados dos membros do CNJ é em relação 
à possibilidade de finalização do mandado antes do período de dois anos. Existem, 
atualmente, quatro situações que promovem a perda do mandado: 
 
 
 
Logo, este é um cargo público condicionado a manutenção do cargo 
profissional principal do conselheiro e a boa prática profissional, indo ao encontro 
do objetivo central do CNJ de zelar pela boa administração e qualidade do sistema 
jurídico brasileiro. 
A partir de tudo que estudamos nessa apostila, podemos verificar a 
importância do Conselho Nacional da Justiça na sociedade. O CNJ se tornou um 
órgão fundamental para manutenção da transparência e qualidade dos serviços 
prestados pelo sistema jurídico brasileiro. 
Exercícios 
1. (Autora, 2019) Qual a principal responsabilidade do Conselho Nacional de Justiça? 
2. (Autora, 2019) O CNJ é composto apenas por magistrados, ou seja, juízes? 
3. (Autora, 2019) O mandado de um conselheiro pode ser finalizado antes do período 
de dois anos? 
Ser condenado em crime de 
responsabilidade pelo Senado.
2. Ter uma sentença judicial 
sem a possibilidade de 
recorrer da decisão.
3. Ser declarado invalido pelo 
Plenário do CNJ.
4. Alteração da condição 
funcional e institucional em 
que foi indicado. 
 
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Gabarito 
1. Dentre todas as responsabilidades podemos destacar a busca pela 
qualidade do serviço prestado pelo Poder Judiciário, mantendo a transparência do 
sistema judiciário no âmbito administrativo e financeiro. 
2. Não, dentre os quinze membros do CNJ temos a presença de 
advogados e cidadãos de notório saber jurídico, buscando criar uma rede 
multiprofissional dentro do CNJ. 
3. Sim, em casos específicos e determinados em lei o mandado pode 
acabar sendo finalizado antes dos dois anos. Caso o conselheiro deixe de possuir o 
cargo principal, seja condenado por crime, ou seja, julgado incompetente para o 
cargo será afastado de suas atribuições de conselheiro. 
Resumo 
O Conselho Nacional da Justiça tem como objetivo a transparência e 
isonomia do Poder Judiciário. Com sede em Brasília-DF, ele é composto por 15 
membros de diferentes esferas da política, bem como, por cidadãos que podem 
contribuir para a discussão de determinadas questões, sem a presença de 
advogados. 
O CNJ possui 7 setores para sua organização: plenário (onde todos se 
reúnem), presidência (presidente do STF), corregedoria, comitês permanentes e 
temporários, secretaria geral, ouvidoria e departamento de pesquisa jurídica. 
O CNJ promove diversas ações em prol da melhoria da sociedade, como 
metas nacionais, ampliação e discussão da lei Maria da Penha e a promoção de 
conciliação e mediação de processos. 
Qualquer pessoa pode entrar em contato com o CNJ, para fazer alguma 
reclamação ou, até mesmo, visitar as dependências do Conselho, tornando-o mais 
próximo de satisfazer seus objetivos de transparência. 
Os membros do Conselho possuem mandatos de dois anos e podem perder 
seus cargos caso: forem presos, tenham uma sentença sem a possibilidade de 
recorrer da decisão, ser declarado inválido ou ocorrer alteração da condição em que 
foi indicado. 
 
 
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Referências bibliográficas 
MEZZOMO, Clareci. Introdução ao direito. Caxias do Sul, RS: Educs, 2011. 
GLASENAPP, Ricardo. Introdução ao Direito. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução ao estudo do direito. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000. 
Âmbito Jurídico. Artigo. Disponível em: 
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1334>. Acesso em: 
21/02/2019 às 20h28min. 
CNJ. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/>. Acesso em: 20/02/2019 às 21h34min.

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