Justiças especiais - parte 2

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Introdução ao Direito 
 
 
 
 
JUSTIÇAS ESPECIAIS – TRABALHO 
 
 
 
 
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Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................... 2 
 
Objetivo......................................................................................................................................... 2 
 
1. Justiça do Trabalho....................................................................................................................2 
 1.1. Juízes e Varas do Trabalho...............................................................................................3 
 1.2. Tribunal Regional do Trabalho........................................................................................4 
 1.3. Tribunal Superior do Trabalho........................................................................................6 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 7 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 7 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 7 
 
 
 
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Introdução 
Nesta apostila continuaremos nosso estudo sobre a Justiça Especializada. 
Você provavelmente já deve ter ouvido falar da Justiça do Trabalho. E com certeza, 
dente as justiças especializadas, é uma das mais conhecidas. 
Assim, passaremos a ter um foco na Justiça do Trabalho, analisando a 
estrutura principal do órgão e compreendendo as competências abraçadas por este 
braço da justiça especializada. Vale ressaltar que as competências desta área muitas 
vezes são atualizadas de acordo com as mudanças da sociedade, sendo muito 
importante acompanhar as notícias e as atualizações constantes. 
Objetivos 
• Analisar a estrutura da Justiça do Trabalho; 
• Compreender as competências da Justiça do Trabalho. 
 
1. Justiça do Trabalho 
Seguindo o estudo sobre as áreas da Justiça Especializada, nesta apostila 
vamos conhecer a estrutura da Justiça do Trabalho. A Justiça do Trabalho está 
prevista na Constituição Federal de 1988, com os seguintes órgãos: Tribunal Superior 
do Trabalho – TST, Tribunais Regionais do Trabalho – TRT – e os Juízes do Trabalho 
com suas respectivas Varas da Justiça do Trabalho. Sua origem data de 1943, em 
meio a Segunda Guerra Mundial. O crescimento dos movimentos sociais influenciou 
a produção da legislação Brasileira, culminando a Consolidação das Leis do Trabalho 
outorgada pelo então Presidente. 
O grande marco da justiça do trabalho foi a criação das Consolidações das 
Leis Trabalhistas, a CLT, que foi concebida pelo Decreto-lei 5.452/43. Recentemente 
tivemos uma alteração significante na CLT através da reforma trabalhista na forma 
da lei 13.467/17. A organização da Justiça do Trabalho é destacada pela Constituição 
nos artigos 111 ao 116. 
SAIBA MAIS! 
 
 
A origem da Justiça do Trabalho Brasileira está muito ligada à 
era Vargas, para muitos autores a outorga da legislação 
trabalhista foi um instrumento de “domesticação dos 
operários”. Contudo, podemos dizer que se para alguns a 
legislação trabalhista foi uma estratégia de dominação, para 
outros foi um instrumento que permitiu a luta por direitos. 
 
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Desde sua origem a Justiça do Trabalho tem como objetivo solucionar os 
conflitos dentro de sua área de atuação. Após a Emenda Constitucional nº 24 de 1999 
a estrutura da Justiça do Trabalho foi alterada, sendo extintos os órgãos de 
representação classista e organizadas as Varas do Trabalho com a presença de um 
Juiz de Direito. 
Outras alterações foram realizadas ao longo dos anos, criando a atual 
estrutura jurídica trabalhista que vemos hoje. 
 
Vamos analisar cada uma das instâncias de forma a conhecer melhor a 
Justiça do Trabalho como um todo. 
 
1.1. Juízes e Varas do Trabalho 
A primeira instância da Justiça do Trabalho é formada pelos Juízes e pelas 
Varas do Trabalho com competência para julgar as relações de trabalho e os 
conflitos individuais existentes. 
Todas as Varas são formadas por um Juiz do Trabalho titular e um substituto. 
Assim temos um Juiz singular para realização do julgamento de processos 
trabalhistas, ou em outras palavras, as decisões de primeiro grau são monocráticas. 
Uma característica das audiências trabalhistas é que se trata de audiência 
uma, ou seja, toda matéria de direito, provas documentais e testemunhais, são 
apresentadas e discutidas em apenas uma audiência. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
Terceiro Grau
Tribunal Superior do Trabalho
Segundo Grau
Tribunais Regionais do Trabalho
Primeiro Grau
Juízes e Varas do Trabalho
No Direito temos dois tipos de decisões: 
Monocráticas: Quando proferidas por um único Juiz. 
Colegiadas: Quando proferidas por um grupo de 
magistrados. 
 
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A função de Juiz Substituto é o cargo inicial da carreira na Justiça do 
Trabalho. A promoção torna o Juiz Titular de Vara de Trabalho e na sequencia temos 
o cargo de Juiz do Tribunal Regional do Trabalho. 
A competência de uma Vara Trabalhista abrange toda a área da Comarca 
sede, sendo estendida ou restringida mediante lei federal. Assim, toda Vara do 
Trabalho tem como funções: 
 
No caso de ser necessário recorrer de uma decisão monocrática de uma Vara 
do Trabalho, os interessados remeterão a ação para o Tribunal Regional do 
Trabalho. 
 
1.2. Tribunal Regional do Trabalho 
A segunda instância da Justiça do Trabalho é composta pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho. Atualmente temos vinte e quatro Tribunais Distribuídos pelo 
país: 
1º Região: Rio de Janeiro; 
2º Região: Grande São Paulo e parte da baixada Santista; 
3º Região: Minas Gerais; 
4º Região: Rio Grande do Sul; 
5º Região: Bahia; 
6º Região Pernambuco; 
7º Região: Ceará; 
8º Região: Pará e Amapá; 
9º Região: Paraná; 
10º Região: Distrito Federal e Tocantins; 
11º Região: Amazonas e Roraima; 
12º Região: Santa Catarina; 
13º Região: Paraíba; 
Conciliar e julgar conflitos sobre as relações de trabalho individual;
Processar e julgar inquéritos relativos a falta grave;
Julgar embargos relacionados as suas decisões;
Impor multas e outras penalidades previstas em lei.
 
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14º Região: Acre e Rondônia; 
15º Região: Demais municípios de São Paulo; 
16º Região: Maranhão; 
17º Região: Espirito Santo; 
18º Região: Goiás; 
19º Região: Alagoas; 
20º Região: Sergipe; 
21º Região: Rio Grande do Norte; 
22º Região: Piauí; 
23º Região: Mato Grosso; 
24º Região: Mato Grosso do Sul. 
Percebemos que a área de atuação de cada Tribunal Regional do Trabalho 
corresponde, geralmente, a área do Estado sede da região. Contudo, os Estados do 
Tocantins, Acre, Roraima e Amapá não chegaram a criar seus TRTs próprios antes da 
Emenda Constitucional nº 45/2004 que alterou a redação da Constituição Federal 
que previa pelo menos um TRT por Estado. 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 A composição do Tribunal Regional do Trabalho conta com no mínimo sete 
Juízes, preferencialmente, promovidos da mesma região do Tribunal. A nomeação é 
realizada pelo Presidente da República entre Juízes do Trabalho obedecendo a regra 
de antiguidade e merecimento. 
Vale ressaltar que o Tribunal Regional do Trabalho deve respeitar o quinto 
constitucional, ou seja, um quinto dos membros do TRT deve ser escolhido entre 
membros do Ministério Público e Advogados, ambos compelo menos dez anos de 
efetiva carreira profissional. 
Dentre as competências do TRT podemos destacar: 
O Estado de Minas Gerais foi o primeiro a criar uma Turma 
Recursal Descentralizada da Justiça do Trabalho. A Turma 
Recursal foi inaugurada em 2007 e está localizada na 
cidade de Juiz de Fora, cerca de 255 km de Belo 
Horizonte. 
 
 
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O Tribunal Regional do Trabalho ainda pode ser organizado em Turmas. Esta 
divisão não é obrigatória, sendo definido por cada TRT. Contudo, quando organizado 
em turmas possui a atribuição de julgar conflitos entre as turmas. 
 
1.3. Tribunal Superior do Trabalho 
Por fim, temos a terceira instância da Justiça do Trabalho, formada pelo 
Tribunal Superior do Trabalho, de acordo com a Constituição Federal de 1988. O TST 
é composto por vinte e sete Ministros com mandato vitalício, devendo respeitar o 
quinto constitucional. Assim, temos que um quinto das vagas devem ser ocupadas 
por Advogados e membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira. 
Já as demais vagas são preenchidas com Juízes dos Tribunais Regionais do 
Trabalho de carreira, ou seja, de forma explicita, na Justiça do Trabalho não serão 
promovidos a Ministros do TST os Juízes que chegaram ao TRT através das vagas do 
quinto constitucional. 
Todos os nomes indicados para vagas de Ministros do TST devem ser 
aprovados por maioria absoluta pelo Senado Federal e então nomeados pelo 
Presidente da República. Dentre as competências do TST destacamos: 
 
 
 
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Junto ao Tribunal Superior do Trabalho funciona a Escola Nacional de 
Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho, que tem como 
responsabilidade promover a seleção, formação e aperfeiçoamento dos Magistrados 
trabalhistas. Temos também o Conselho Superior da Justiça do Trabalho 
responsável por supervisionar as áreas administrativas e orçamentárias da Justiça 
do Trabalho. 
Exercícios 
1. (Autora, 2019) Qual a principal função da Justiça do Trabalho desde sua origem? 
2. (Autora, 2019) Qual a composição do Tribunal Superior do Trabalho? 
Gabarito 
1. A Justiça do Trabalho desde sua origem tem como objetivo julgar os conflitos 
resultantes das relações de trabalho. 
2. O Tribunal Superior do Trabalho é formado por vinte e sete Ministros observando 
o quinto constitucional que prevê a alocação de um quinto das vagas por Advogados 
e Membros do Ministério Público com pelo menos dez anos de carreira. Os demais 
membros são escolhidos entre os Juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho 
seguindo os critérios de antiguidade e merecimento. 
Resumo 
A terceira área da Justiça Especializada é a Justiça do Trabalho. Composta 
pelo Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos 
Juízes e Varas do Trabalho. A Justiça do Trabalho tem como objetivo essencial 
solucionar os conflitos oriundos das relações de trabalho. 
Os Juízes e as Varas do Trabalho compõem a estrutura de primeira instância. 
Sendo competente para julgar os conflitos individuais. As Varas são comportas por 
um Juiz Titular e um Juiz Substituto, que tomam as decisões de forma monocrática. 
Já o Tribunal Regional do Trabalho é a segunda instância da Justiça do 
Trabalho. Atualmente temos vinte e quatro TRTs distribuídos pelo país. Cada TRT 
possui no mínimo sete Juízes obedecendo a regra do quinto constitucional. Sua 
organização pode ser em turmas ou não, dependendo do disposto por cada região. 
Por fim, temos o Tribunal Superior do Trabalho, o órgão superior da Justiça 
do Trabalho. Sua composição conta com vinte e sete Ministros, obedecendo o quinto 
 
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constitucional. Junto ao TST temos também a Escola Nacional de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho e o Conselho Superior da Justiça do 
Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências bibliográficas 
FILHO, Ives Martins. Breve História da Justiça do Trabalho. In: FERRARI, Irany et al. História do Trabalho, do 
Direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho, 2ª ed. São Paulo: LTr, 2002. 
GLASENAPP, Ricardo. Introdução ao Direito. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução ao estudo do direito. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000. 
TST. Disponível em: <http://www.tst.jus.br/>. Acesso em: 01/03/2019 às 21h35min. 
Âmbito Jurídico. Artigo. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=20 301&revista_caderno=25>. Acesso em: 
01/03/2019 às 22h45min.