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Apostila de IA

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INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL DE BOVINOS
Carlos Alberto de Carvalho
Médico Veterinário 
	
Deposição de sêmen no interior do útero sem contato sexual através de um método artificial. 
INTRODUÇÃO
Foi utilizada pela primeira vez no ano de 1332, em eqüinos, pelos árabes
O marco inicial é registrado no ano de 1779 com o monge italiano de nome Lázaro Spallanzani (cães)
Em 1949, Poldge, Smith e Parker, pesquisadores ingleses, demonstraram que o espermatozóide podia ser conservado por um longo tempo a baixas temperaturas
Histórico da Inseminação Artificial
Dinamarca com praticamente 100% de seu rebanho em regime de inseminação Artificial; A Suécia com 90%; e os Estados Unidos com 75%
Segundo o relatório da ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial) de 2010, a inseminação artificial no Brasil apresentou uma evolução de 30% nos últimos dez anos
 Brasil insemina apenas cerca 7% de suas vacas 
Inseminação Artificial no Brasil e no Mundo
Melhoramento Genético - melhoramento do rebanho em menor tempo e a um baixo custo através da utilização de sêmen de reprodutores comprovadamente provados superiores para a produção de leite e carne,
Controle de doenças - pela monta natural, freqüentemente o touro pode transmitir às vacas algumas doenças e vice-versa, o que pelo processo da inseminação artificial não ocorre quando o sêmen é adquirido de empresas idôneas,
Cruzamento entre raças - a inseminação artificial permite ao criador cruzar suas fêmeas zebuínas com touros taurinos e vice-versa, o que muitas vezes é dificultado na monta natural pela baixa resistência dos touros europeus a um ambiente desfavorável,
Vantagens da inseminação artificial
Prevenção de acidentes com a vaca - muitos acidentes podem ocorrer durante a cobertura de uma vaca por um touro muito pesado,
Prevenção de acidentes com o funcionário - a inseminação artificial evita acidentes com o pessoal, que são comuns quando se trabalha com animais de temperamento agressivo,
Uso de touros incapacitados para monta - touros com problemas adquiridos e impossibilitados de efetuarem a monta, em razão de idade avançada, afecções nos cascos, fraturas, aderência de pênis, artroses, e outros impedimentos, poderão ser utilizados na inseminação artificial,
Vantagens da inseminação artificial
Aumento do número de descendentes de um reprodutor - sabe-se que um touro cobre anualmente, a campo, cerca de 30 vacas. Em regime de monta controlada pode servir a um máximo de 100 fêmeas, anualmente. Isso significa que, considerando quatro anos a vida reprodutiva de um touro, terá um total de 120 a 400 filhos por animal, durante sua vida útil. Com a inseminação esse número é extraordinariamente aumentado, podendo um reprodutor ter mais de 100.000 filhos. Assim, fica fácil entender como a inseminação favorece o melhoramento do rebanho, pois esses touros superiores estão sendo usados em vários rebanhos, no país e mesmo no exterior com grande número de filhos nascidos,
Controle zootécnico do rebanho - através da IA e utilização de fichas de controle é possível a obtenção de dados precisos de fecundação e parto, facilitando a seleção dos melhores animais do rebanho,
Vantagens da inseminação artificial
Padronização do rebanho - utilizando-se poucos reprodutores em um grande número de vacas obtém-se homogeneidade dos lotes,
Uso de touros após a morte - com a possibilidade de congelamento e estocagem do sêmen é possível utilizar-se o sêmen de reprodutores após seu falecimento,
Redução da dificuldade em partos - através da utilização de touros que facilitem o parto reduzem-se os problemas principalmente em novilhas.
Vantagens da inseminação artificial
Manejo da Fazenda
 
Assistência Técnica
Manejo do rebanho
Nutrição
Controle Sanitário
Requisitos para a prática da Inseminação Artificial
Tronco coberto ou brete;
Cômodo para os materiais de inseminação;
Pia com água corrente.
 
Instalações para Inseminação Artificial
Botijão com nitrogênio líquido 
Sêmen 
Luvas descartáveis 
Bainhas descartáveis 
Aplicador 
Termômetro 
Cortador de palhetas 
Pinça 
Tesoura 
Ebulidor 
Avental 
Bota 
Papel toalha ou higiênico 
Garrafa térmica 
Recipiente para descongelamento de sêmen 
Ficha de anotações 
Materiais e equipamentos necessários
Palhetas médias - plástica desenvolvida na França. Essa embalagem é hoje mundialmente utilizada, em função das várias vantagens apresentadas em relação às demais. A palheta média é um canudo plástico de composição especial, com 133 mm de comprimento, 2,8 mm de diâmetro e volume suficiente para 0,54 cm3 de sêmen,
Palhetas finas - embalagem plástica desenvolvida na França, com capacidade para 0, 25cm3 de sêmen. Essa embalagem tem sido cada vez mais utilizada no Brasil, principalmente nas doses de sêmen sexado.
Tipos de embalagem de sêmen 
Manejo do botijão 
Manejo do botijão 
O botijão é na maioria das vezes composto de seis canecos, cada um contendo de 8 a 10 racks e cada rack com a capacidade de armazenar cerca de 10 palhetas médias e cerca de 20 palhetas finas 
A capacidade da maioria dos botijões é de 1.200 doses de palhetas finas ou 600 palhetas médias.
Manejo do botijão 
Manejo do botijão 
CERTO!!!!! ERRADO!!!!!!
Manejo do botijão 
Manejo do botijão 
Medir regularmente o nível de nitrogênio; nunca deixar abaixo de 15 cm.
 
Manter o controle adequado do uso e aquisição de sêmen, com identificação dos touros e localização dentro do botijão, evitando que os canecos e as racks sejam levantadas várias vezes a procura de sêmen de um determinado touro no momento da inseminação. 
Manter o botijão em ambiente ventilado, seco, ao abrigo de raios solares, fechando-o apenas com sua própria tampa; nunca vedar a tampa para impedir a evaporação do líquido; 
Resumindo os cuidados com o botijão de sêmen
O seu conteúdo é líquido e o manuseio incorreto pode causar sérios ferimentos (evite contato com as partes do corpo), sempre que possível use óculos de proteção quando manusear palhetas em nitrogênio. 
Não transportar o botijão solto em carrocerias de veículos (deve ser transportado em caixas de madeira, preso na posição vertical, mesmo quando estiver vazio); 
Não derrame o líquido em recinto fechado, pois pode provocar asfixia pela redução da quantidade de oxigênio; 
Movimentá-lo sempre com 2 pessoas para evitar que seja tombado e sua estrutura interna comprometida;
Resumindo os cuidados com o botijão de sêmen
ANATOMIA
ANATOMIA
ANATOMIA
ANATOMIA
ANATOMIA
ANATOMIA
ANATOMIA
Estro ou cio, comumente referido como dia zero do ciclo estral, é o período da fase reprodutiva do animal no qual a fêmea apresenta sinais de receptividade sexual, seguida de ovulação,
Em bovinos, a duração média do estro é de, aproximadamente, 12 horas, e a ovulação ocorre de 12 a 16 horas após o término do cio,
Quando não ocorre a fecundação, o intervalo médio entre os dois cios consecutivos é de 21 dias, e é denominado ciclo estral. O ciclo estral dos bovinos pode ser dividido em duas fases distintas. 
CICLO ESTRAL EM VACAS
A fase folicular é caracterizada pelo desenvolvimento do folículo, estrutura no ovário que contém o óvulo, e culmina com a liberação do mesmo (ovulação),
A fase luteínica, é caracterizada pelo desenvolvimento do corpo lúteo. Esta estrutura, formada após a ruptura do folículo, produz progesterona, que é o hormônio responsável pela manutenção da gestação. Se o óvulo for fertilizado, o corpo lúteo será mantido caso contrário ocorrerá a regressão do corpo lúteo terá início uma nova fase folicular, 
Os eventos que ocorrem durante o cicio estral são regulados basicamente pela interação dos hormônios GnRH (hormônio liberador das gonadotrofinas), FSH (hormônio folículo estimulante), LH (hormônio Iuteinizante), estradiol e progesterona. 
CICLO ESTRAL EM VACAS
CICLO ESTRAL EM VACAS
HORMÔNIO
FONTE
FUNÇÃO
GnRH
Hipotálamo
Promove a liberação do FSH e LHFSH
Hipófise anterior
Estimula o desenvolvimento folicular e a secreção de estrógenos
LH
Hipófise anterior
Estimula a ovulação, formação e manutenção do corpo lúteo
Estradiol
Folículo (ovário)
Estimula a manifestação do cio e a liberação de LH
Progesterona
Corpo lúteo - ovário
Manutenção da gestação
A fase folicular subdivide-se em proestro que dura de dois a três dias e estro que dura 12 horas
A fase luteínica subdivide-se em metaestro que dura de dois a três dias e diestro que é o de maior duração do ciclo estral, aproximadamente 15 dias. 
CICLO ESTRAL EM VACAS
Inquietação, nervosismo;
cauda erguida;
vulva inchada e brilhante;
urina constantemente;
muco cristalino, transparente e semelhante a clara do ovo;
monta em outras fêmeas; mas não se deixa montar;
outros sinais como: diminuição do leite, perda de apetite, afastamento do rebanho, etc.
IDENTIFICAÇÃO DO CIO PARA INSEMINAÇÃO 
Métodos 
–Observação 
–Utilização de rufiões 
–Buçal marcador 
–Detectores eletrônicos de cio 
–Marcadores de tinta 
IDENTIFICAÇÃO DO CIO PARA INSEMINAÇÃO 
IDENTIFICAÇÃO DO CIO PARA INSEMINAÇÃO 
IDENTIFICAÇÃO DO CIO PARA INSEMINAÇÃO 
HORÁRIO DA IA
HORÁRIO DA IA (esquema de Trimberger)
Horário do Cio
Momento de inseminar
Manhã
Tarde do mesmo dia
Tarde
Manhã do dia seguinte (bem cedo)
Cio de encabelamento
 
Cio silencioso
Hemorragia de metaestro
HORÁRIO DA IA
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO
(verifique a ficha da vaca) 
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO
(remova as fezes)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO
(lavar com água a vulva da vaca no sentido de cima para baixo)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(prepare os materiais)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(identifique o caneco e a rack)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(descongele o sêmen)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(seque a palheta)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(corte a extremidade contrária à bucha )
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(monte o aplicador)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(abra os lábios vulvares para introduzir o aplicador)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(introduza a mão enluvada no reto)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO INTRODUÇÃO
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(retire o aplicador e massageie o clitóris)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(desmonte o aplicador, limpe e guarde)
SEQÜÊNCIA DA INSEMINAÇÃO 
(confira o sêmen usado e faça as anotações)
Para o inseminador:
Trabalhe sempre observando todas os cuidados de higiene aprendidos durante o curso;
seja rigoroso nos horários das observações do cio e das inseminações;
anote sempre todas as ocorrências e dúvidas verificadas em seu trabalho e procure esclarecê-las com o veterinário, por ocasião de sua visita à propriedade;
antes de inseminar, observe a ficha da vaca e não insemine logo após o parto, observe se ela está parida há mais de 45 dias;
examine cuidadosamente o muco uterino antes de inseminar;
nunca deixe faltar sal mineralizado para as vacas, pois isso pode retardar o cio e predispô-las às infecções uterinas e retenção de placenta
DICAS IMPORTANTES
Para o inseminador
ao manejar o botijão de sêmen, observe atentamente: levantar a caneca no máximo até 5 cm abaixo da boca do botijão. retire rapidamente o sêmen (palheta) com auxílio de uma pinça, não gastando para isso mais que 5 segundos. imediatamente após, mergulhe totalmente a palheta com a extremidade da bucha voltada para baixo, em água a 35o c durante 30 segundos;
antes de introduzir o aplicador na vagina da vaca, lave com água e enxugue a vulva. não permita que a ponta do aplicador toque os lábios da vulva;
faça movimentos suaves com a mão que envolve o colo, até o aplicador ultrapassar todos os anéis da cérvix uterina;
deposite lentamente, o sêmen no início do corpo do útero;
após a inseminação, faça uma massagem no clitóris e anote os dados referentes à inseminação, na ficha da vaca.
DICAS IMPORTANTES
Para o criador:
Seja também um inseminador. Para poder exigir é preciso saber fazer;
Acompanhe de perto os trabalhos do inseminador e do técnico. Mostre interesse pelos resultados da inseminação e ofereça prêmio por sua eficiência. Isto serve de estímulo ao inseminador;
É recomendável ter mais de um inseminador na fazenda;
Procure orientação de técnico capacitado para promover o acasalamento das fêmeas com os touros mais indicados.
DICAS IMPORTANTES
OBRIGADO!!!!
Carlos.acarvalho@ifmg.edu.br
(37) 99119 – 6750
 99845 - 5817

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