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EIXO HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIO E SEUS DEPENDENTES O hipotálamo O hipotálamo está em uma área do diencéfalo que forma o assoalho do terceiro ventrículo. O hipotálamo produz peptídios e aminas que influenciam a glândula hipófise a produzir (1) hormônios tróficos (p. ex., corticotrofina), a qual, por sua vez, influencia a produção de hormônios (p. ex., cortisol) pelos tecidos-alvo endócrinos periféricos, ou (2) hormônios que causam um efeito biológico diretamente nos tecidos. O hipotálamo também é o centro para o controle de um grande número de vias de controle do sistema nervoso autônomo. A glândula hipófise, é composta de adeno-hipófise (pars distalis, ou lobo anterior), neuro-hipófise (pars nervosa, ou lobo posterior), pars intermedia (lobo intermediário) e a pars tuberalis; A neuro-hipófise tem corpos celulares que se originam no hipotálamo, com terminações celulares que secretam ocitocina e vasopressina. A neuro-hipófise está composta de axônios cuja origem neural está amplamente dentro dos núcleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo. A neuro-hipófise é uma extensão do hipotálamo dentro da hipófise; isto é, os corpos celulares estão no hipotálamo. Os axônios formam o talo do lobo posterior e as terminações nervosas estão no próprio lobo. Os neurônios secretores endócrinos que constituem a neuro-hipófise diferem dos neurônios envolvidos na transmissão de sinais neurais de várias maneiras: (1) os neurônios neurossecretores não inervam outros neurônios, mesmo que eles sejam inervados; (2) o produto secretado pelos neurônios neurossecretores é liberado no sangue; e (3) o produto secretado pode agir em locais distantes do neurônio. Além disso, em contraste com os hormônios da hipófise anterior, que influenciam outros tecidos a produzirem hormônios, os hormônios do lobo posterior podem desencadear a resposta tecidual desejada diretamente. A ocitocina e a vasopressina são dois hormônios importantes produzidos pela neuro-hipófise, e são sintetizadas em corpos celulares dentro do hipotálamo e são transportadas por fluxo axônico até o lobo posterior, onde são liberadas. A síntese de vasopressina e ocitocina envolve inicialmente a produção de um Pré- e pró-hormônio, no corpo celular dentro do hipotálamo. A porção “pré” da molécula é clivada antes de as moléculas serem armazenadas dentro de grânulos. Durante a passagem dos grânulos dentro dos axônios, o pró- hormônio é clivado para produzir ocitocina ou vasopressina. A liberação dos hormônios peptídicos do lobo posterior é iniciada no hipotálamo como resultado da despolarização do corpo celular por causa da estimulação pelos neurônios aferentes. O potencial de ação gerado se estende pelo axônio até o terminal nervoso, onde os grânulos secretores, contendo os hormônios, são estocados. A despolarização da membrana da célula nervosa permite o influxo de íons cálcio, os quais iniciam a liberação do hormônio por meio do processo de exocitose. Os principais efeitos da ocitocina envolvem a contração das células mioepiteliais, as quais envolvem os alvéolos na glândula mamária e miométrio do útero. A principal atividade da vasopressina é antidiurético, com aumento da retenção de água pelos rins. Consequentemente, o hormônio é com frequência chamado de hormônio antidiurético (ADH). A vasopressina é o hormônio mais importante para o controle do balanço hídrico. A vasopressina também possui um efeito pressor, o qual envolve a contração de músculo liso do sistema vascular e, portanto, tem um efeito sobre a pressão sanguínea. O controle da secreção da vasopressina como um resultado de variações na osmolalidade plasmática é feito através de osmorreceptores localizados no hipotálamo, bem como através de receptores localizados no esôfago e estômago, que imediatamente percebem a ingestão de água. Um aumento na osmolalidade de fluidos corporais aumenta a taxa de disparo do potencial de ação nos osmorreceptores, os quais, por sua vez, ativam as células hipotalâmicas que sintetizam a vasopressina. A regulação do efeito pressor da vasopressina — isto é, através do volume sanguíneo — é obtida pelo aumento do número de potenciais de ação em receptores de distensão localizados nos átrios. Uma diminuição no volume sanguíneo ativa os receptores de distensão, os quais inibem a atividade dos neurônios de origem vagal, que inibem as células osmorreceptoras. As mudanças de volume sanguíneo que diminuem a pressão sanguínea também afetam a liberação de vasopressina por meio da ativação de barorreceptores no seio carotídeo e arco aórtico. Diabetes insípido (DI) é uma alteração do metabolismo da água, caracterizado por eliminação de grande volume de urina num dado período, urina com baixa densidade ou osmolalidade e sede escessiva. É resultante da secreção defeituosa de ADH ou pela incapacidade de o túbulo renal responder ao ADH. A deficiência de ADH pode ser parcial ou completa. DI central é caracterizado por uma falta absoluta ou relativa de ADH circulante. DI secundário central resulta normalmente de trauma craniano ou neoplasia. A gravidade dos sinais clínicos varia, porque a DI pode resultar de um defeito parcial ou completo na secreção ou na ação do ADH. Os sinais menos consistentes incluem perda de peso (porque esses animais estão constantemente buscando água) e desidratação. A adeno-hipófise compreende a pars distalis e a pars intermedia. Os principais hormônios produzidos pela hipófise anterior são o hormônio do crescimento (GH, também chamado de somatotrofina), PRL, hormônio estimulante da tireoide (TSH), FSH, LH e corticotrofina. Enquanto os neurônios que compõem a neuro-hipófise são influenciados diretamente pelo estímulo no interior do hipotálamo, a imposição de um sistema vascular entre o hipotálamo e a adeno-hipófise requer um tipo diferente de sistema de controle. O hipotálamo produz hormônios reguladores ou hipofisiotróficos, os quais são transportados para a eminência média e liberados dentro da mesma. Estes hormônios reguladores passam, via sistema porta venoso, para a adeno-hipófise, onde estimulam a liberação de vários hormônios da hipófise anterior. A síntese de hormônios reguladores da adeno-hipófise é controlada tanto por estímulos neurais quanto hormonais no hipotálamo. Síndromes clínicas de deficiência e excesso de somatotrofina incluem o nanismo hipofisário no cão e a acromegalia no gato, respectivamente. O nanismo hipofisário resulta da destruição da hipófise devido a processos neoplásicos, degenerativos ou anômalos. Eles podem estar associados com a diminuição da produção de outros hormônios hipofisários, incluindo TSH, ACTH, LH, FSH e GH. Os primeiros sintomas clínicos observáveis do nanismo hipofisário são o retardo no crescimento, percebido nos primeiros dois a três meses de vida, e retardo mental, normalmente manifestado como dificuldade no aprendizado caseiro. As alterações observadas no exame físico podem incluir nanismo proporcional, retenção de pelagem de filhote, pele hipotônica, alopecia do tronco, hiperpigmentação cutânea, genitália infantil e erupção dentária retardada.
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