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Biossegurança em Segurança do Trabalho

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2017
Biossegurança em 
segurança do TraBalho
Prof. Giovani Lazzarotti
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Giovani Lazzarotti
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
341.617
L432b Lazzarotti, Giovani
 Biossegurança em segurança do trabalho / Giovani 
Lazzarotti: UNIASSELVI, 2017.
 
 213 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0093-4
 
 1.Segurança do Trabalho.
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
III
apresenTação
Caro acadêmico!
O tema Biossegurança, para o profissional de Segurança do 
Trabalho, é bastante desafiador, visto que envolve os processos funcionais 
e operacionais em serviços de saúde, em que estão envolvidos não somente 
os trabalhadores das organizações, mas, muitas vezes, os usuários em saúde. 
Desta forma, a responsabilidade na atuação dos profissionais de segurança 
do trabalho é imprescindível. Tal tema envolve questões relacionadas ao 
cumprimento da legislação específica para o assunto, o cumprimento das 
Normas Regulamentadoras relacionadas, em especial a NR 32 – Segurança e 
Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, os riscos ambientais, em especial os 
biológicos, além dos químicos e físicos.
Neste livro, além dos temas mencionados acima, você também 
conhecerá a importância da biossegurança e a sua aplicabilidade, em especial 
na atuação em Segurança do Trabalho, a importância e a aplicação das 
medidas de segurança e dos aspectos ambientais nos serviços em saúde, 
relacionados aos equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC). 
Aprenderá a elaborar medidas de proteção e ações de prevenção, reconhecerá 
a importância da gestão de resíduos, as condições de infraestrutura, bem como 
das preocupações universais, da imunização e dos acidentes com material 
biológico.
A primeira unidade trará uma introdução ao tema biossegurança. 
Você conhecerá as definições e o histórico do assunto, bem como um 
glossário de biossegurança, importante, pois muitos dos termos utilizados em 
atividades relacionados à saúde não são comuns em nosso dia a dia. Também 
será abordada a aplicação da biossegurança e a legislação geral e específica 
relativa à segurança do trabalho.
A segunda unidade abordará a aplicação de normas 
regulamentadoras, em especial a NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho 
em Serviços de Saúde, mas também a importância das NR 09 – Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais e NR 07 – Programa de Controle Médico 
de Saúde Ocupacional com a biossegurança. Você aprenderá ainda os riscos 
ambientais e as radiações ionizantes e sua relação com os órgãos reguladores 
e os serviços de medicina nuclear, radioterapia e radiodiagnóstico.
A terceira e última unidade do livro de estudos refere-se às medidas de 
segurança e aos aspectos ambientais. Você entenderá as medidas de proteção, 
que envolvem os equipamentos de proteção individual e coletiva e sobre plano 
de prevenção de risco de acidentes com materiais perfurocortantes. Estudará 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
os resíduos de biossegurança e o Plano de Gerenciamento de Resíduos, e 
também as condições de infraestrutura, precaução universal (lavação das 
mãos), imunização e acidente com material biológico.
O conteúdo desta disciplina é desafiador e verdadeiramente 
importante para a sua formação em Segurança do Trabalho. Habilitará você a 
realizar atividades profissionais relacionadas a instituições do setor de saúde 
e de diversas atividades relacionadas à biossegurança, seja como consultor, 
prestador de serviços ou colaborador. Portanto, a partir de agora vamos aos 
estudos, pois a sua dedicação resultará no alcance dos seus objetivos.
Professor Giovani Lazzarotti
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA ................................................................... 1
TÓPICO 1 - DEFINIÇÃO E HISTÓRICO .......................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 DEFINIÇÃO .......................................................................................................................................... 6
3 HISTÓRICO .......................................................................................................................................... 8
4 GLOSSÁRIO DE BIOSSEGURANÇA ............................................................................................ 14
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 36
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 37
TÓPICO 2 - APLICAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA ........................................................................ 39
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 39
2 APLICAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA ............................................................................................ 39
 2.1 BIOSSEGURANÇA E INTERFACES ........................................................................................... 39
 2.2 BIOSSEGURANÇA E A LEI .......................................................................................................... 40
 2.3 BIOSSEGURANÇA ASSISTENCIAL ........................................................................................... 41
 2.4 BIOSSEGURANÇA E PROFISSIONAIS ..................................................................................... 41
 2.5 BIOSSEGURANÇA E A IMAGEM PERCEBIDA ...................................................................... 41
 2.6 SÍMBOLOS DA BIOSSEGURANÇA ........................................................................................... 42
3 APLICAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA EM SEGURANÇA DO TRABALHO ......................... 42
LEITURA COMPLEMENTAR ..............................................................................................................47
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 56
TÓPICO 3 - LEGISLAÇÃO APLICADA ............................................................................................ 57
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 57
2 LEGISLAÇÃO GERAL ....................................................................................................................... 58
3 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA RELATIVA À SEGURANÇA DO TRABALHO ........................ 60
 3.1 NR 32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE ................ 62
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 66
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 67
UNIDADE 2 - APLICAÇÃO DE NORMAS REGULAMENTADORAS: Nº 32 – SEGURANÇA 
E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE E NORMAS 
RELACIONADAS ........................................................................................................ 69
TÓPICO 1 -NORMAS REGULAMENTADORAS ........................................................................... 71
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 71
2 NR 32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE ................. 71
3 NR 09 – PPRA (PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS) ...................... 97
4 NR 07 – PCMSO (PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE 
 SAÚDE OCUPACIONAL) .................................................................................................................. 99
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 102
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 103
sumário
VIII
TÓPICO 2 - RISCOS AMBIENTAIS ................................................................................................... 105
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 105
2 RISCOS BIOLÓGICOS ...................................................................................................................... 105
3 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ........................................................................................................... 109
4 CLASSES DE RISCO ........................................................................................................................... 111
5 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA ....................................................................................................... 112
6 RISCOS QUÍMICOS ........................................................................................................................... 114
7 RISCOS FÍSICOS ................................................................................................................................. 117
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 119
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 120
TÓPICO 3 - RADIAÇÕES IONIZANTES .......................................................................................... 121
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 121
2 ÓRGÃOS REGULADORES (CNEM E ANVISA) E APLICAÇÕES ........................................... 124
3 SERVIÇO DE MEDICINA NUCLEAR ............................................................................................ 126
4 SERVIÇOS DE RADIOTERAPIA ..................................................................................................... 128
5 SERVIÇOS DE RADIODIAGNÓSTICO ........................................................................................ 129
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 132
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 133
UNIDADE 3 - MEDIDAS DE SEGURANÇA E ASPECTOS AMBIENTAIS .............................. 135
TÓPICO 1 - MEDIDAS DE PROTEÇÃO ........................................................................................... 137
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 137
2 EPIs (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL) .......................................................... 137
3 EPCs (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA) .............................................................. 146
4 PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCO DE ACIDENTES COM MATERIAIS 
PERFUROCORTANTES ..................................................................................................................... 148
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 154
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 162
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 163
TÓPICO 2 - RESÍDUOS DE BIOSSEGURANÇA ............................................................................ 165
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 165
2 RESÍDUOS DE BIOSSEGURANÇA ................................................................................................ 165
3 PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE .... 174
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 182
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 183
TÓPICO 3 - TEMAS COMPLEMENTARES ...................................................................................... 185
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 185
2 CONDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA .......................................................................................... 185
3 PRECAUÇÕES UNIVERSAIS (LAVAÇÃO DAS MÃOS) ........................................................... 189
4 IMUNIZAÇÃO ..................................................................................................................................... 196
5 ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO ................................................................................ 203
 5.1 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA ................ 204
 5.2 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE B ....................................................... 204
 5.3 RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE C ......................................................205
 5.4 PREVENÇÃO DA EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS ............................................. 205
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 209
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 210
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 211
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• familiarizar o acadêmico com o tema biossegurança;
• apresentar o histórico da biossegurança;
• introduzir os termos sobre a biossegurança através de glossário específico;
• mostrar a aplicação da biossegurança, em especial na atuação em Seguran-
ça do Trabalho;
• estudar a legislação geral e específica relativa à biossegurança.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
TÓPICO 2 – APLICAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA
TÓPICO 3 – LEGISLAÇÃO APLICADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
1 INTRODUÇÃO
O tema biossegurança, para o profissional de Segurança do Trabalho, 
é bastante desafiador, visto que envolve os processos funcionais e operacionais 
em serviços de saúde. Desta forma se faz importante uma introdução ao tema 
biossegurança, pois é preciso entender o histórico e a evolução desta categoria de 
atividades e também conhecer os termos utilizados em atividades relacionadas à 
saúde, que não são tão comuns em nosso dia a dia.
Segundo Hinrichsen (2014), a associação de doença e trabalho é uma relação 
antiga na história, a sistematização da etiologia (estudo das causas das doenças) 
surgiu no ano de 1700, com a introdução do questionamento sobre a ocupação dos 
trabalhadores doentes, na ocasião da verificação dos antecedentes de um problema 
de saúde.
O precursor deste questionamento sobre a ocupação dos trabalhadores 
foi o médico italiano Bernardino Ramazzini, considerado o “Pai da medicina 
do trabalho”, autor do livro “A doença dos trabalhadores” (De Morbis Artificum 
Diatraba), escrito no ano de 1700.
FIGURA 1 – BERNARDINO RAMAZZINI
FONTE: Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Bernardino_Ramazzini#/media/File:Ramazzini.jpg>. 
Acesso em: 22 abr. 2017.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
4
Conforme descrevem Bernardo Bedrikow e Jorge da Rocha Gomes, da 
ANMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho) e o professor emérito em 
medicina do trabalho Oswaldo Paulino, na apresentação da tradução brasileira 
do livro, publicado no ano 2000 pela FUNDACENTRO, Ramazzini incorporou ao 
interrogatório dos trabalhadores adoecidos, na linguagem da época, a indagação: 
“que arte exerce?” 
Podemos, com esta indagação, fazer uma conexão direta com o que é previsto 
nas atuais Normas Regulamentadoras nº 32, nº 09, e em especial com a nº 07, que 
estabelecem a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de 
Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO, onde se determina a abordagem 
da relação entre a atividade exercida pelo trabalhador e a sua saúde. Os tipos dos 
exames médicos ocupacionais e a frequência destes serão determinados a partir dos 
riscos ambientais levantados no Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – 
PPRA, onde foram descritas as atividades de cada função a ser exercida, ou seja, 
onde se questionou: “Qual a sua ocupação?”.
O livro “A doença dos trabalhadores” (De Morbis Artificum Diatraba) é 
disponibilizado gratuitamente para download em formato PDF no site da FUNDACENTRO: 
<www.fundacentro.gov.br>. É um material histórico que pode ser utilizado por você, 
profissionalmente, em diversos temas da segurança do trabalho.
DICAS
Hinrichsen (2014) diz ainda que foi a partir da Revolução Industrial, 
ocorrida na Inglaterra, que a atuação do serviço médico foi inserida nos ambientes 
de trabalho. Que o serviço de medicina do trabalho surgiu no ano de 1830, também 
na Inglaterra, e foi utilizado pelo empregador na intenção de reduzir a associação 
de causa entre as doenças ocupacionais e o trabalho.
Já Evangelho Lopes (2012) descreve que também no ano de 1830, o 
médico inglês Charles Thackrah publicou a primeira obra original sobre doenças 
relacionadas ao trabalho, em seu livro intitulado “Os efeitos das principais artes, 
ofícios e profissões, bem como do estado civil e dos hábitos de vida, na saúde e 
longevidade, com sugestões para a eliminação de muitas das causas que produzem 
doença e reduzem a esperança de vida” (The Effects of the Principal Arts, Trades 
and Professions, and of Civic States and Habits of Living, on Health and Longevity with 
Suggestions for the Removal of Many of The Agents which Produce Disease and Shorten 
the Duration of Life), que continha importantes observações clínicas, propostas de 
melhorias no ambiente de trabalho.
Com o desenvolvimento, segundo Hinrichsen (2014, p. 2):
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
5
O modelo medicalizado das relações entre saúde e trabalho teve, então, 
que sofrer modificações, migrando para uma concepção em que o estudo 
das causas laborais de dano ao homem voltava-se, prioritariamente, 
para os ambientes laborais, ampliando-se o sujeito que percebia e 
compreendia as relações entre saúde e trabalho, e incorporando-se, 
progressivamente, outros campos disciplinares, como a Engenharia.
E com este novo enfoque, ocorreu uma mudança das preocupações da 
concepção médica para uma valorização, em si, dos ambientes, espaços e dos 
agentes neles presentes. Hinrichsen (2014, p. 2) ainda descreve que: 
A descoberta dos agentes microbianos emprestou a todas as áreas 
do conhecimento em Saúde uma modificação da compreensão da 
correlação entre causa e efeito. Na esfera do trabalho, tornou-se 
predominante a busca de riscos que respondessem por distúrbios 
específicos, que correspondessem a situações de perigo, localizadas no 
ambiente físico, que desconsideravam o trabalho humano enquanto 
dimensão biopsicossocial e que possibilitavam configurar o centro das 
atenções fabris sobre equipamentos, máquinas e matérias-primas, ou 
seja, o ambiente produtivo.
FIGURA 2 – AMBIENTE HOSPITALAR
FONTE: Disponível em: <http://pt.freeimages.com/photo/doctor-1530310>. Acesso 
em: 22 abr. 2017.
Desta época para os dias atuais, a evolução tecnológica foi 
extraordinariamente veloz, em especial no desenvolvimento de equipamentos 
utilizados em medicina, descobertas médicas através de pesquisas científicas, de 
causas das doenças, mas também de tratamentos e medicamentos. Na medicina do 
trabalho não foi diferente, e de alguma forma, além do desenvolvimento científico, 
evoluiu, ainda que não com a mesma intensidade, a legislação relativa à segurança 
do trabalho e as conexões entre as atividades laborais e as doenças causadas por 
estas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
6
2 DEFINIÇÃO
A biossegurança está relacionada com diversas aplicações, desde questões 
relativas à utilização de organismos geneticamente modificados e da utilização 
de células tronco para fins de pesquisa e terapia, até as relativas à segurança dos 
trabalhadores que laboram no setor da saúde, como em hospitais, clínicas e postos de 
saúde. O tema envolve responsabilidade de organismos internacionais, governos, 
gestores e trabalhadores dos sistemas de saúde e toda a população. Motivos estes 
que evidenciam ainda mais a importância deste tema para a segurança do trabalho.
Segundo Hinrichsen (2014, p. 2), a biossegurança é definida como:
um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou 
eliminação de riscos inerentesàs atividades de pesquisa, produção, 
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que possam 
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a 
qualidade dos trabalhos desenvolvidos”, aplicado a qualquer local que 
possa trazer riscos ao ser humano.
Cita também que outros conceitos se referem ao ambiente com ações que 
visem à “segurança no manejo de produtos e técnicas biológicas”, ou a prevenção 
de acidentes em meios ocupacionais por meio do “conjunto de medidas técnicas 
administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir 
acidentes em ambientes biotecnológicos”, conceito este diretamente relacionado à 
atuação do profissional da segurança do trabalho.
A biossegurança é um conjunto de medidas necessárias para a manipulação 
adequada de agentes biológicos, químicos, genéticos e físicos, para prevenir 
a ocorrência de acidentes e, consequentemente, reduzir os riscos inerentes às 
atividades desenvolvidas, bem como para proteger a comunidade, o ambiente e os 
experimentos (CORINGA, 2010).
Hinrichsen (2014) conclui que a biossegurança se relaciona à tecnologia, 
aos riscos e ao homem e que, em consequência disto, o risco biológico será sempre 
uma resultante de diversos fatores, e sendo o seu controle dependente de ações 
em várias áreas, priorizando-se o desenvolvimento e a divulgação de informações, 
além da adoção de procedimentos correspondentes às boas práticas de segurança 
para profissionais, pacientes e meio ambiente:
- Tecnologia → risco → homem
- Agente biológico → risco → homem
- Tecnologia → risco → sociedade
- Biodiversidade → risco → economia.
QUADRO 1 - INTERAÇÕES DA BIOSSEGURANÇA
FONTE: Adaptado de Hinrichsen (2014)
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
7
Segundo Coringa (2010), o termo biossegurança vem sendo empregado 
desde a década de 1970, com o significado de práticas preventivas para o trabalho 
em contenção em nível laboratorial, com agentes patogênicos para o homem, 
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na década de 1980, do século 
XX, a mesma OMS incorporou ao conceito os riscos químicos, físicos, radioativos e 
ergonômicos. Atualmente, temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais 
e processos envolvendo tecnologia de DNA recombinante são incorporados ao 
termo biossegurança, que envolve as relações conforme consta na figura a seguir.
FIGURA 3 – RELAÇÕES DA BIOSSEGURANÇA
FONTE: Adaptado de: Coringa (2010)
Dessa forma, o termo biossegurança é empregado com relação à conduta e 
processos a serem adotados em ambientes como laboratórios químicos, biológicos, 
de análises clínicas, biotecnológicos e outros locais como indústrias, hospitais, 
laboratórios de saúde pública, hemocentros, universidades e centros de pesquisa 
(CORINGA, 2010).
As primeiras diretrizes de biossegurança foram dos National Institutes of 
Health (NIH), que divulgaram, em 1976, normas de segurança laboratorial que 
deveriam ser obrigatoriamente observadas pelos projetos que contassem com 
verbas federais. A partir daí outros países, como Inglaterra, França e Alemanha, 
também definiram normas de biossegurança laboratoriais, desencadeando o 
trabalho de harmonização dessas normas no âmbito da organização de cooperação 
e desenvolvimento econômico (HINRICHSEN, 2014).
Têm-se ainda as definições do Ministério da Saúde do Governo Federal e 
Organização Pan-Americana da Saúde:
A biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, 
controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir 
ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Desta 
forma, a biossegurança caracteriza-se como estratégica e essencial para a pesquisa 
e o desenvolvimento sustentável, sendo de fundamental importância para avaliar e 
prevenir os possíveis efeitos adversos de novas tecnologias à saúde (BRASIL, 2010).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
8
O conceito de biossegurança e sua respectiva aplicação têm como 
objetivo principal dotar os profissionais e as instituições de ferramentas para o 
desenvolvimento de atividades com um grau de segurança adequado, seja para 
o profissional de saúde, seja para o meio ambiente ou para a comunidade. Nesse 
sentido, podemos definir biossegurança como “a condição de segurança alcançada 
por meio de um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou 
eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, 
animal, vegetal e o ambiente” (BRASIL, 2006).
FIGURA 4 – LABORATÓRIO EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE
FONTE: <https://www.pexels.com/photo/clinic-doctor-health-hospital-4154/>. 
Acesso em: 15 abr. 2017.
3 HISTÓRICO
De um modo geral, para entendermos o momento em que vivemos, o 
presente, do por que nos comportamos e agimos de determinada maneira, de 
como conseguimos compreender o mundo à nossa volta, e por que as coisas são 
como são, somente será possível se conhecermos o passado. O que aconteceu no 
mundo no passado, e como as pessoas trataram tal assunto ao longo do tempo, 
determinou a forma como o encontramos hoje, e não é diferente para o tema 
biossegurança. É desta forma que conseguiremos entender o momento e planejar 
o futuro, pois temos no presente o privilégio de enxergarmos o que deu errado no 
passado e não repetir os mesmos erros, e, claro, valorizar a todos que contribuíram 
para o desenvolvimento e para a evolução da biossegurança.
Segundo Di Ciero (2006), o histórico da biossegurança inicia com casos de 
infecções laboratoriais: no ano de 1941, Meyer e Eddie publicaram uma pesquisa 
em que descreveram a ocorrência de 74 casos de brucelose associados a laboratório, 
nos Estados Unidos da América, concluindo que a manipulação e consequente 
inalação de poeira contendo a bactéria Brucella é eminentemente perigosa para 
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
9
os trabalhadores, sendo, para inúmeros casos, atribuído à falta de cuidados ou 
manuseio inadequado de materiais infecciosos. Em 1949, Sulkin e Pike publicam 
a primeira de uma série de pesquisas sobre infecções associadas a laboratórios. 
Constataram 222 infecções virais, 21 fatais, sendo que a provável fonte de infecção 
em pelo menos um terço dos casos estava associada ao manuseio de animais e 
tecidos infectados. No ano de 1951, dando sequência às pesquisas, identificaram 
1.342 casos de infecções em laboratórios. A brucelose foi a mais frequente, e 
juntamente com a tuberculose, a tularemia, o tifo e a infecção estreptocócica, 
perfizeram 72% das infecções bacterianas. Sendo que somente 16% das infecções 
relatadas estavam associadas a acidente documentado, a maioria era relacionada 
ao uso de pipetas, seringas e agulhas.
No ano de 1943, o Governo dos EUA iniciou, no Forte Detrick, um 
programa com o objetivo de se preparar para uma guerra biológica. Preocupados 
com a possibilidade de a Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, utilizar 
armas biológicas. Neste Forte foi construída a primeira instalação de segurança 
dedicada ao trabalho com agentes biológicos, chamada “Black Maria”, um 
laboratório dedicado ao trabalho em contenção (trabalho realizado em regime 
estritamente fechado, sem qualquer possibilidade de comunicação com o meio 
externo). (DI CIERO, 2006).
Destaca-se na década de 1970 a classificação de risco de agentes etiológicos 
(CDC), já na década de 1980 destacam-se: as precauções universais para manipulação 
de fluidos corpóreos; o primeiro Workshop de Biossegurança (Biossegurança em 
Laboratório) realizado em 1984; e em 1986 o primeiro levantamento de riscos em 
laboratório na Fiocruz. Já na década de 1990, a biossegurança passa a ser orientada 
para a tecnologia do DNA recombinante, e em 1995 é promulgada a primeira lei 
brasileira de Biossegurança, a Lei nº 8.974/95. (DI CIERO, 2006). 
Em 24 de março de 2005 foi promulgada a Lei nº 11.105, a novaLei de 
Biossegurança, que revogou a de 1995, e estabelece normas de segurança e 
mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente 
modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança 
– CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, e 
dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança – PNB.
A legislação de biossegurança também faz parte do contexto histórico do tema, 
porém estudaremos este tema no Tópico 3 desta unidade.
ESTUDOS FU
TUROS
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
10
FIGURA 5 – PRÉDIO DA FIOCRUZ (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ), CONSTRUÍDO ENTRE 1905 
E 1918, EM MANGUINHOS/RJ
FONTE: Disponível em: <http://www.coc.fiocruz.br/index.php/pavilhao-mourisco#menu-
galerias>. Acesso em 15 abr. 2017.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é uma instituição de ciência e tecnologia em 
saúde vinculada ao Ministério da Saúde (MS) e que tem como objetivos produzir, disseminar 
e compartilhar conhecimentos e tecnologias voltados para o fortalecimento e consolidação 
do Sistema Único de Saúde (SUS), que contribuam para a melhoria da saúde e da qualidade 
de vida da população brasileira, para a redução das desigualdades sociais e para a dinâmica 
nacional de inovação, tendo a defesa do direito à saúde e da cidadania ampla como valores 
centrais. Possui em seu portal na internet vasto acervo de informações que você poderá 
utilizar na sua vida profissional, vale a pena uma visita: <https://portal.fiocruz.br/pt-br>.
NOTA
Em novembro de 2005 surge a Portaria nº 485, que aprova a Norma 
Regulamentadora 32 (NR-32) a respeito da segurança e saúde no trabalho e em 
estabelecimentos de saúde, que tem por finalidade “estabelecer as diretrizes 
básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos 
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades 
de promoção e assistência à saúde em geral”.
A portaria é referência ao trabalhador a respeito de medidas preventivas 
que zelam pela saúde, uma vez que considera determinados riscos no cenário de 
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
11
prestação de serviço em saúde. Para cada risco definido a portaria expõe atos que 
zelam pela harmonia trabalhista. Os riscos definidos são biológicos; químicos; 
radiações ionizantes; dos resíduos; das condições de conforto por ocasião das 
refeições; das lavanderias; da limpeza e conservação, da manutenção de máquinas 
e equipamentos (SILVA, 2013).
Muitas vezes, quando se fala no termo biossegurança, o primeiro conceito 
é o relacionado à engenharia genética, no tocante aos organismos geneticamente 
modificados, tema que é bastante polêmico e recebe muita atenção da comunidade 
científica, governos e comunidade, desta forma é importante conhecermos 
historicamente o assunto e a sua relação com a segurança do trabalho. Então vamos 
conhecer a Engenharia Genética (o DNA), a Conferência de Asilomar e o Protocolo 
de Cartagena:
A Engenharia Genética é uma ciência que tem como finalidade a 
manipulação de genes contidos no DNA de um organismo e envolve técnicas 
como o isolamento, a manipulação e a introdução destes em outras células, 
para que se multipliquem e posteriormente sejam retirados para uma 
determinada aplicação. Entretanto, o que é DNA e para que serve? Sigla 
em inglês para desoxyribonucleic acid (ou ácido desoxirribonucleico, sigla em 
português ADN), DNA é um composto orgânico que contém moléculas com 
instruções genéticas dos seres vivos e funciona como um verdadeiro banco de 
dados contendo informações das características de cada ser vivo, conhecidas 
como genes; por meio da Engenharia Genética, os cientistas mapeiam e 
decifram um determinado código genético e, com isso, procuram introduzir 
novas características em um ser vivo, o que traz grandes benefícios para o 
desenvolvimento humano e produtivo, a não ser por um detalhe: é seguro? 
(BARSANO, 2014).
A estrutura molecular do DNA foi descoberta pelos cientistas 
vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 1962, o norte-americano James 
Watson, o britânico Francis Crick e o neozelandês Maurice Wilkins, e graças ao 
pioneirismo de seus estudos, a biotecnologia expandiu-se na década de 1970, 
com o objetivo de conhecer melhor os mecanismos de formação e funcionamento 
dos seres vivos e, com isso, proceder à implementação de soluções na cura de 
doenças; porém, os estudos dos possíveis benefícios que poderia proporcionar 
a manipulação dos ADN recombinantes trouxeram à baila a preocupação com 
os potenciais riscos a que estavam sujeitos os profissionais envolvidos, sendo 
necessária uma avaliação mais criteriosa para a prevenção em suas atividades 
(BARSANO, 2014).
A ENGENHARIA GENÉTICA – O DNA
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
12
No início da década de 1970, as pesquisas sobre vírus tumorais eram 
o campo de interesse; nessa época, os cientistas especialistas em Biotecnologia 
concentravam nisso os seus esforços, em razão das perspectivas de grandes 
descobertas que poderia proporcionar essa área de estudo, quando os organismos 
transgênicos começavam a dar os seus primeiros passos. O entusiasmo inicial, 
porém, extinguiu-se quando o surgimento de diversos casos de infecção nos 
animais nos laboratórios começou a despertar nos cientistas a preocupação com 
a segurança dos trabalhadores diretos e a saúde pública em geral. Os índices de 
vírus tumorais nas cobaias alertaram para a possibilidade de uma contaminação 
generalizada (epidemia), se não houvesse medidas de contenção que evitassem a 
proliferação desses organismos no ambiente laboral; além disso, a pressão social 
e política nos Estados Unidos cobrava da comunidade científica internacional 
maiores esclarecimentos sobre os riscos das técnicas de manipulação de DNA 
recombinante e propostas concretas de controle e redução desses eventos, em 
caso de acidente biológico (BARSANO, 2014).
Pensando nos riscos e também nos aspectos éticos da Engenharia 
Genética, em 1975 foi realizada a Conferência de Asilomar, em Pacific Grove, 
nos Estados Unidos, quando 140 especialistas americanos e estrangeiros 
reuniram-se para discutir a proposta de moratória (suspensão) nas pesquisas 
de manipulação genética feita por um grupo de pesquisadores liderado pelo 
cientista Paul Berg, publicada nas revistas Nature e Science em julho de 1974, que 
ficou conhecida como Carta de Berg ou Moratório e, dentre outras propostas, 
determinava resumidamente:
• Alertar para os riscos biológicos no manuseio das moléculas de DNA 
recombinante;
• Identificar riscos e seus efeitos adversos, assim como danos/consequências;
• Supervisionar um programa experimental para avaliar os potenciais perigos 
biológicos e ecológicos;
• Criar procedimentos que minimizem a dispersão de moléculas potencialmente 
perigosas;
• Elaborar protocolos a serem seguidos pelos investigadores e outras diretrizes 
para os profissionais que trabalham com essas moléculas (BARSANO, 2014).
A conferência foi um marco histórico, e apesar de os conceitos e definições 
de Biossegurança terem surgido anos depois, suas diretrizes servem como 
referência para a prevenção de riscos biológicos até hoje; além da continuidade 
dos trabalhos que estavam suspensos, dos aspectos éticos e de outros pormenores 
técnicos, medidas de prevenção foram criadas para as atividades laborais, de 
acordo com as características e o grau de risco nas pesquisas. Algumas medidas 
chamam a atenção pela simplicidade em sua aplicação e pela obviedade, mas 
não eram realizadas por falta de experiência dos profissionais, ignorância quanto 
aos riscos a que estavam sujeitos ou ausência de protocolos de procedimentos, 
como:
CONFERÊNCIA DE ASILOMAR
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
13
• Criação de barreiras adicionais para experiências mais perigosas;
• Não comer, beber ou fumar no laboratório;
•Rápida desinfecção do material contaminado;
• Proibição de pipetagem com a boca;
• Acesso limitado ao pessoal do laboratório;
• Uso de luvas durante o manuseio de material infeccioso (BARSANO, 2014).
Essas e outras medidas foram desenvolvidas posteriormente, e os 
critérios técnicos para a sua criação foram baseados na elaboração de uma 
rigorosa classificação dos agentes biológicos manipulados, que, de acordo com 
as alterações realizadas em suas propriedades genéticas, poderiam potencializar 
ou não os riscos oferecidos, como podemos observar a seguir:
• Risco mínimo: experiências com organismos que não mudam sua informação 
genética naturalmente;
• Risco baixo: experiências com organismos que não mudam sua informação 
genética naturalmente, podendo gerar novos organismos biológicos;
• Risco moderado: experiências com probabilidade de gerar um agente 
patogênico perigoso;
• Risco elevado: experiências com probabilidade de risco ecológico ou patogênico 
em um organismo alterado e, com isso, de ocasionar um risco considerável 
aos profissionais, à saúde pública e ao meio ambiente (BARSANO, 2014).
Em 1992 foi realizada no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) ou Cúpulas da Terra, 
mais conhecida como Eco-92, na qual representantes de 179 países discutiram 
os problemas ambientais em escala global, suas diretrizes, seus objetivos, suas 
divergências e o firmamento de acordos internacionais, para o desenvolvimento 
sustentável e a inclusão de aspectos sociais nas pautas das reuniões (BARSANO, 
2014).
Dentre tantos temas abordados, a proteção à biodiversidade do planeta 
foi discutida. Foram programadas datas para a conversação sobre cada assunto 
em convenções específicas; no caso citado, isso ocorreu na Convenção sobre 
a Diversidade Biológica (CDB), que tem como objetivos a conservação da 
biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e a distribuição dos 
benefícios gerados na utilização desses recursos. Essa convenção é um dos 
instrumentos mais importantes para o meio ambiente e já foi assinada por 
mais de 160 países, servindo como amparo legal e político a outras convenções 
e outros acordos ambientais, por exemplo, o Protocolo de Cartagena sobre 
Biossegurança. O protocolo entrou em vigor em 11 de setembro de 2003 e tem 
como finalidade regular os critérios de proteção no campo de transferência, 
manipulação e uso seguros dos organismos vivos modificados (OVMs), 
resultantes da Biotecnologia moderna (BARSANO, 2014).
PROTOCOLO DE GARTAGENA
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
14
A importância do Protocolo de Cartagena é a instituição de uma instância 
jurídica internacional, em que diversas questões relacionadas aos organismos 
modificados são tratadas além dos perímetros restritos de cada nação, em virtude 
dos interesses comerciais entre os países (como os alimentos transgênicos) e de 
outras questões de segurança territorial (ecoterrorismo), além dos impactos que 
poderiam ocasionar ao meio ambiente e à saúde humana. Portanto, além da 
pesquisa e da investigação sobre os riscos da Biotecnologia, o protocolo tem como 
grandes objetivos a troca de informações sobre OGMs, a regulação comercial 
internacional de produtos transgênicos de forma segura e outros procedimentos 
que venham a proteger a saúde, a qualidade de vida, a biodiversidade e o 
equilíbrio no meio ambiente. Os países signatários encontram-se nas reuniões 
das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (Meeting of Parties 
– MOP) para a análise de documentos, a implantação das diretrizes e outras 
medidas necessárias para o cumprimento do protocolo (BARSANO, 2014).
A comunicação sobre os riscos de contaminação por meio dos OVMs 
está bem explícita no artigo 17 do protocolo, que determina os seguintes 
procedimentos para serem cumpridos pelos Países-Partes: [...] Cada Parte tomará 
medidas apropriadas para notificar aos Estados afetados ou potencialmente 
afetados, ao Mecanismo de Intermediação da Informação sobre Biossegurança 
e, conforme o caso, às organizações internacionais relevantes, quando tiver 
conhecimento de uma ocorrência dentro de sua jurisdição que tenha resultado 
na liberação que conduza, ou possa conduzir, a um movimento transfronteiriço 
não intencional de um organismo vivo modificado que seja provável que 
tenha efeitos adversos significativos na conservação e no uso sustentável da 
diversidade biológica, levando também em conta os riscos para a saúde humana 
nesses Estados. (BARSANO, 2014).
4 GLOSSÁRIO DE BIOSSEGURANÇA
Como os termos relacionados à biossegurança não são tão comuns em nosso 
dia a dia, visto estarem diretamente relacionados à área de saúde, é importante 
conhecê-los e também possuir uma fonte de consulta. Os termos apresentados 
neste glossário serão utilizados por você durante o decorrer da disciplina e em sua 
vida profissional. Este glossário foi baseado em Hirata et al. (2012), Barsano et al. 
(2014) e na NR 32.
A
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
ABNT NBR ISO 14001 (2015a): norma voltada à gestão ambiental, envolvendo 
atividades, produtos e serviços.
ABNT NBR ISO 9001 (2015b): norma voltada à gestão e garantia da qualidade de 
produtos e serviços.
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
15
Absenteísmo: ausência dos trabalhadores no expediente de trabalho por falta ou 
atraso (justificada ou não).
Ação corretiva: ação implementada para eliminar as causas de uma não 
conformidade, de um defeito ou de outra situação indesejável existente, a fim de 
prevenir sua repetição.
Ação preventiva: ação implementada para eliminar as causas de uma possível 
não conformidade, defeito ou outra situação indesejável, a fim de prevenir sua 
ocorrência. 
Acidente: é um evento súbito e inesperado que interfere nas condições normais de 
operação e que pode resultar em danos ao trabalhador, à propriedade ou ao meio 
ambiente.
Ácido desoxirribonucleico: material genético que contém informações 
determinantes dos caracteres hereditários transmissíveis à descendência.
Acondicionamento: ato de embalar os resíduos de serviços de saúde, em recipiente, 
para protegê-los de risco e facilitar o seu transporte.
Aerossol: sistema de partículas dispersadas em um gás, fumaça ou névoa.
Agente: substância ou entidade que causa uma reação ou resposta.
Agente corrosivo: agente que causa destruição visível no sítio de contato.
Agente etiológico: agente causador de uma doença.
Agente infeccioso: agente que pode invadir os tecidos do corpo e multiplicar-se, 
causando infecção.
Aluminiose: doença ocupacional que acomete trabalhadores expostos durante 
alguns anos ao alumínio (Al) sem proteção adequada.
Alvará de funcionamento: licença ou autorização de funcionamento ou operação 
do serviço fornecida pela autoridade sanitária local. Também chamado de licença 
ou alvará sanitário.
Amostra: uma pequena parte que representa um todo ou um lote.
Amostra analítica: amostra preparada no laboratório da qual são retiradas porções 
analíticas.
Amostragem: procedimento normatizado de tomada de amostras.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
16
Análise de perigos e pontos críticos de controle: sistema que identifica perigos 
químicos, biológicos ou físicos e determina medidas preventivas necessárias de 
monitoração do controle de qualidade.
Análise in vitro: é um método indireto utilizado para determinação da atividade 
do radionuclídeo no corpo através da análise de material biológico.
Análise in vivo: é um método direto de medida da radiação emitida, utilizado para 
avaliação do conteúdo corporal ou das atividades de alguns radionuclídeos em 
órgãos específicos do corpo. Nesta análise, geralmente são utilizados os chamados 
contadores de corpo inteiro, onde os raios gama ou X emitidos pelos elementos 
radioativos incorporados são detectadosem pontos estratégicos do corpo do 
indivíduo monitorado.
Animais sinantrópicos: espécies que indesejavelmente coabitam com o homem 
e que podem transmitir doenças ou causar agravos à saúde humana, tais como 
roedores, baratas, moscas, pernilongos, pombos, formigas, pulgas e outros.
Antineoplásicos: são medicamentos que inibem ou previnem o crescimento e 
disseminação de alguns tipos de células cancerosas. São utilizados no tratamento 
de pacientes portadores de neoplasias malignas. São produtos altamente tóxicos e 
que podem causar teratogênese, mutagênese e carcinogênese com diferentes graus 
de risco. 
Antisséptico: germicida químico formulado para ser usado na pele ou tecido.
ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Apassivação de resíduo: diminuição ou eliminação da periculosidade do material 
ou da possibilidade de ocorrência de reações perigosas.
Área classificada: local com potencialidade de atmosfera explosiva.
Área controlada: área sujeita a regras especiais de proteção e segurança, com 
a finalidade de controlar as exposições normais, prevenir a disseminação de 
contaminação radioativa e prevenir ou limitar a amplitude das exposições 
potenciais.
Área supervisionada: área para a qual as condições de exposição ocupacional 
a radiações ionizantes são mantidas sob supervisão, mesmo que medidas de 
proteção e segurança específicas não sejam normalmente necessárias.
Armazenamento: procedimentos para conservação adequada e segura de produtos 
e de insumos.
Armazenamento externo de resíduos: consiste na guarda dos recipientes de 
resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com 
acesso facilitado para os veículos coletores.
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
17
Armazenamento interno de resíduos: guarda temporária dos recipientes, em 
instalações apropriadas, localizadas na própria unidade geradora, de onde devem 
ser encaminhados, através da coleta interna.
É proibido o armazenamento temporário com disposição direta dos sacos 
sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de 
acondicionamento.
Asbestose: doença ocupacional de origem respiratória. Sem proteção adequada, a 
longa exposição ocupacional do trabalhador ao amianto, ou asbesto (em pequenas 
partículas em forma de fibra), causa fibrose pulmonar intensa e muito grave.
Atividade de um material radioativo: número de transições radioativas que 
ocorrem numa atmosfera por unidade de tempo.
Atmosfera explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias 
inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual, após ignição, 
a combustão se propaga.
Atuação responsável: melhoria contínua das condições de segurança, proteção à 
saúde e ao meio ambiente em relação às atividades que envolvem as substâncias 
químicas perigosas.
B
Biodiversidade: o mesmo que diversidade biológica.
Biombo blindado: anteparo ou divisória móvel, cuja superfície é revestida com 
material para blindagem contra radiações ionizantes, para demarcar um espaço e 
criar uma área resguardada.
Biorreatores: são equipamentos nos quais ocorrem reações químicas catalisadas 
por biocatalisadores que podem ser enzimas ou células vivas (microbianas, animais 
ou vegetais). São, também, denominados de “reatores bioquímicos” ou “reatores 
biológicos” e podem operar a alta pressão, apesar de, em geral, trabalharem a 
baixas pressões, pois as únicas fontes de entrada de energia são, em geral, as dos 
agitadores e aeradores.
Biossegurança: conjunto de ações voltadas para a prevenção, a minimização, o 
controle ou a eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, 
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem 
comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade 
dos trabalhos desenvolvidos. Assegura o avanço tecnológico e protege a saúde 
humana e o meio ambiente.
Biosseguridade: estabelecimento de um nível de segurança de seres vivos por 
intermédio da diminuição do risco de ocorrência de enfermidades em uma 
determinada população pelo uso deliberado de um agente biológico.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
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Biotecnologia: conjunto de conhecimentos, técnicas e métodos, de base científica 
ou prática, que permite a utilização de seres vivos como parte integrante e ativa do 
processo de produção industrial de bens e serviços.
Bissinose: doença ocupacional que acomete trabalhadores expostos durante 
alguns anos às fibras de algodão sem proteção adequada.
Blindagem: barreira protetora. Material ou dispositivo interposto entre uma fonte 
de radiação e seres humanos ou meio ambiente com o propósito de segurança e 
proteção radiológica.
Boas práticas de fabricação: princípios gerais que abrangem etapas que vão da 
matéria-prima ao produto final, e ainda o envolvimento com os consumidores 
finais.
Boas práticas de laboratório: normas de conduta e de procedimentos que regem 
os trabalhos de laboratórios, de modo a garantir a segurança individual e coletiva, 
bem como a reprodutibilidade da metodologia e dos resultados obtidos.
Braquiterapia: radioterapia mediante uma ou mais fontes seladas emissoras 
de raio gama ou beta utilizadas para aplicações superficiais, intracavitárias ou 
intersticiais.
C
Cabine de segurança biológica classe II B2: cabine com a finalidade de 
oferecer proteção aos trabalhadores e ao meio ambiente dos produtos químicos, 
radionuclídeos e dos agentes biológicos que se enquadram no critério de 
Biossegurança Nível 3. Protegem também o produto ou ensaio executado no 
interior da cabine dos contaminantes existentes no local onde ela está instalada e 
da contaminação cruzada no interior da própria cabine.
Cabine de segurança biológica classe II tipo B2 (segundo os conceitos da NSF 
49): cabine dotada de filtro absoluto (HEPA) com eficiência da filtragem e exaustão 
do ar de 99,99% a 100%, velocidade média do ar (m/s) 0,45 ± 10%, velocidade de 
entrada de ar pela janela frontal de 0,5-0,55 m/s. Todo o ar que entra na cabine e 
o que é exaurido para o exterior passam previamente pelo filtro HEPA. Não há 
recirculação de fluxo de ar, a exaustão é total. A cabine tem pressão negativa em 
relação ao local onde está instalada, pela diferença entre o insuflamento do ar no 
interior da cabine e sua exaustão (vazão 1500 m3/h e pressão de sucção de @35 
m.m. c.a.).
Carcinogenicidade: capacidade que alguns agentes possuem de induzir ou causar 
câncer.
CCIH: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
19
Certificado: declaração escrita por um organismo certificador de que um produto, 
serviço ou laboratório clínico satisfaz certas especificações ou requisitos.
Centrifugação: é uma operação unitária que emprega energia sobre uma elevada 
concentração de microrganismos a fim de separá-los de uma solução com densidade 
diferente.
CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Coleta externa: operação de remoção e transporte de recipientes do abrigo de 
resíduo (armazenamento externo), através do veículo coletor, para o tratamento e/
ou destino final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições 
de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio 
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza 
urbana.
Coleta interna I: operação de transferência dos recipientes do local de geração 
para a sala de resíduo.
Coleta interna II: operação de transferência dos resíduos da sala de resíduos para 
o abrigo de resíduos ou diretamente para tratamento.
Colimador: Dispositivo adicional a uma fonte de radiação que possibilita a limitação 
do campo de radiação e a melhoria das condições de imagem ou exposição, para 
obtenção do diagnóstico ou terapia, por meio do formato e dimensão do orifício 
que dá passagemà radiação.
Colonização: crescimento e multiplicação de um micro-organismo em superfícies 
epiteliais do hospedeiro sem expressão clínica ou imunológica. Exemplo: 
microbiota humana normal.
Concentração bactericida mínima: concentração mais baixa de um agente 
antimicrobiano que mata 99,99% de células bacterianas expostas ao agente após 
um determinado tempo no teste de sensibilidade de diluição em caldo.
Concentração da atividade de um material radioativo: a atividade do radionuclídeo 
contido no volume do material.
Concentração inibitória mínima: concentração mais baixa de um agente 
antimicrobiano, que previne o crescimento visível de um microrganismo em um 
teste.
Concentração letal mínima: concentração mais baixa de um agente antimicrobiano, 
que mata uma proporção definida de células bacterianas ou de fungos expostos ao 
agente após um determinado tempo fixo em um teste de sensibilidade de diluição 
em caldo.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
20
Contaminação: presença transitória de micro-organismos em superfície sem 
invasão tecidual ou relação de parasitismo. Pode ocorrer em objetos inanimados 
ou hospedeiros. Exemplo: microbiota transitória das mãos.
Contaminante: microrganismo, material químico ou de outro tipo de material, 
que torna alguma coisa impura por contato ou mistura.
Contêiner: equipamento fechado, de capacidade superior a 100 L, empregado no 
armazenamento de recipientes.
Contenção primária: consiste na provisão de barreiras físicas imediatas à liberação 
de compostos de risco que devem ser previstas no projeto de implantação do 
processo biotecnológico e cuja principal função é prevenir a liberação do conteúdo 
dos equipamentos e utensílios do processo.
Contenção secundária: é instalada para auxiliar no caso de falhas na contenção 
primária. Ela proporciona algum tipo de retenção física e, muitas vezes, é 
considerada uma otimização da contenção primária.
Contenção terciária: esse tipo de contenção descreve o uso de instalações que 
visam prevenir a contaminação do ambiente externo ao laboratório ou área de 
produção.
Controle de vetores: são operações ou programas desenvolvidos com o objetivo 
de reduzir, eliminar ou controlar a ocorrência dos vetores em uma determinada 
área.
Cromatografia líquida de alta resolução: método de exame para realizar separações 
cromatográficas de compostos orgânicos nos quais o eluente, ou transportador, é 
um líquido sob pressão.
Culturas de células: crescimento in vitro de células derivadas de tecidos ou órgãos 
de organismos multicelulares em meio nutriente e em condições de esterilidade.
D
Decaimento de rejeitos radioativos: transformação espontânea pela qual a 
atividade de um material radioativo reduz com o tempo. Deste processo resulta a 
diminuição do número de átomos radioativos originais de uma amostra. O tempo 
para que a atividade se reduza à metade é chamado meia-vida radioativa.
Descontaminação: procedimento que elimina ou reduz agentes tóxicos ou 
microbianos a um nível seguro com respeito à transmissão de infecção ou outras 
doenças adversas. Remoção de um contaminante químico, físico ou biológico.
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
21
Desinfecção: processo de eliminação ou destruição de microrganismos na forma 
vegetativa, independentemente de serem patogênicos ou não, presentes nos artigos 
e objetos inanimados. A desinfecção pode ser de baixo, médio ou alto nível. Pode 
ser feita através do uso de agentes físicos ou químicos.
Desinfetante: agente com o propósito de destruir ou inativar irreversivelmente 
todos os microrganismos, mas não necessariamente seus esporos, em superfícies 
inanimadas, como as superfícies de trabalho.
Desinfetante hospitalar: agente com eficácia demonstrada contra Staphylococcus 
aureus, Salmonella choleraesuis e Pseudomonas aeruginosa.
Detecção: determinação de um ou mais parâmetros biológicos, químicos ou físicos 
de um material, produto ou preparado, que são relevantes para a sua utilização.
Detector: dispositivo ou substância que indica a presença de um fenômeno, sem 
necessariamente fornecer um valor de uma grandeza associada.
Diafragma: dispositivo que permite o controle da abertura e dimensionamento do 
feixe de radiação ionizante.
 
Diluente: material utilizado para diminuir a concentração de um analito em uma 
determinada amostra.
Diluição: processo de acrescentar um material, geralmente um líquido ou gás, a 
outro material ou substância com o propósito de diminuir a sua concentração.
Diluição em série: a diluição progressiva de um material ou substância em 
proporções predeterminadas.
Dióxido de carbono: gás atmosférico com um átomo de carbono e dois de oxigênio.
Disposição final: fase do manejo externo do resíduo que implica a deposição 
correta do resíduo no meio ambiente sem oferecer riscos aos entes naturais ou à 
saúde pública. Pode ser um aterro sanitário, uma vala séptica ou uma vala num 
aterro químico, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com 
licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97.
Direito de recusa: instrumento que assegura ao trabalhador o direito à interrupção 
de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente 
risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas.
Diretriz: orientação para direcionamento de atividades, comportamentos e 
procedimentos gerais, visando alcançar objetivos.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
22
Disseminador: indivíduo que dissemina o microrganismo patogênico para o meio 
ambiente. Pode se tornar um disseminador perigoso quando passa a ser fonte de 
surtos de infecção. Tratando-se de um profissional de saúde, este deve ser afastado 
das atividades de risco até que se reverta a eliminação do agente. Exemplo: 
profissional da saúde com lesão infecciosa de pele.
Diversidade biológica: variabilidade de organismos vivos de todas as origens, 
compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e demais 
ecossistemas aquáticos, e os complexos ecológicos de que fazem parte; abrange 
também a variabilidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.
DNA recombinante: qualquer tipo de manipulação de DNA fora das células vivas, 
mediante a modificação de segmentos de DNA natural ou sintético que possam 
multiplicar-se em uma célula viva, ou ainda, as moléculas de DNA resultantes 
dessa multiplicação. Consideram-se, ainda, os segmentos de DNA sintéticos 
equivalentes aos de DNA natural.
Dosimetria citogenética: avaliação da dose de radiação absorvida através da 
contagem da frequência de aberrações cromossômicas em cultura de linfócitos do 
indivíduo irradiado. É principalmente utilizada para confirmar doses elevadas 
registradas em dosímetros individuais.
Dosímetro individual: dispositivo usado junto a partes do corpo de um indivíduo, 
com o objetivo de avaliar a dose efetiva ou a dose equivalente acumulada em um 
dado período. 
E
Elaioconiose: doença ocupacional que acomete trabalhadores expostos a óleos e 
graxas sem proteção adequada.
Endêmico: exclusivo de determinada região ou área geográfica.
Engenharia genética: atividade de manipulação de moléculas de DNA 
recombinante.
Enzimas: são proteínas especializadas na catalisação de reações metabólicas.
Estabelecimento gerador de resíduo: instituição que, em razão de suas atividades, 
produz resíduos de serviços de saúde.
Estanose: doença ocupacional que acomete trabalhadores expostos durante alguns 
anos ao estanho sem proteção adequada. Exemplo: osteomielite em paciente com 
sepse por esse agente.
Esterilidade: completa ausência de microrganismos vivos.
Esterilização: destruição ou eliminação total de todos os microrganismos
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
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Esterilizador: agente, processo ou aparelho capaz de destruir todos os 
microrganismos.
Estruturaorganizacional: responsabilidades, vinculações hierárquicas e 
relacionamentos, configurados segundo um modelo através do qual uma 
organização executa suas funções.
Equipamento de proteção coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou 
móvel, de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde 
dos trabalhadores, usuários e terceiros.
Exposição acidental: exposição involuntária e imprevisível decorrente de situação 
de acidente.
Exposição de emergência (radiações ionizantes): exposição deliberada por 
autoridade competente ocorrida durante o atendimento a situações de emergência, 
exclusivamente no interesse de:
a) salvar vidas;
b) prevenir a escalada de acidentes que possam acarretar mortes;
c) salvar uma instalação de vital importância para o país.
Exposição de rotina (radiações ionizantes): exposição de trabalhadores em 
condições normais de trabalho, em intervenções ou treinamento em práticas 
autorizadas.
F
Ferramentas da qualidade: procedimentos úteis na manutenção e melhoria 
contínua da qualidade de produtos e serviços.
Ficha de informações sobre a segurança do material: documento informacional 
descrevendo os perigos apresentados por um agente químico e que deve ser 
fornecido pelo fabricante.
Filtração: é o processo de remoção física de materiais suspensos de um determinado 
volume de líquido ou gás, por pressionamento através de um material poroso 
(membrana filtrante) que retém a fração sólida e permite a passagem do fluido.
Flebotomia: punção de uma veia ou artéria para coletar sangue para propósitos 
terapêuticos ou diagnósticos.
Fluoroscopia: exame de um órgão por meio de uma imagem formada em um 
anteparo fluorescente com aplicação dos raios X.
Fonte de radiação: equipamento ou material que emite ou é capaz de emitir 
radiação ionizante ou de liberar substâncias ou materiais radioativos.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
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Fontes de exposição: pessoa, animal, objeto ou substância dos quais um agente 
biológico passa a um hospedeiro ou a reservatórios ambientais.
Fontes não seladas: são aquelas em que o material radioativo está sob forma 
sólida (pó), líquida ou mais raramente, gasosa, em recipientes que permitem o 
fracionamento do conteúdo em condições normais de uso.
Fontes seladas: materiais radioativos hermeticamente encapsulados de modo a 
evitar vazamentos e contato com o referido material, sob condições de aplicação 
específicas.
G
Gene: unidade física e funcional da hereditariedade, que transmite a informação 
genética de uma geração para outra.
Genotoxicidade: capacidade que alguns agentes possuem de causar dano ao DNA 
de organismos a eles expostos. Quando são induzidas mutações, os agentes são 
chamados de mutagênicos.
Geração de resíduo: transformação de material utilizável em resíduo.
Germicida: termo geral que indica um agente que mata microrganismos 
patogênicos em superfícies inanimadas.
Gestão ambiental: administração do exercício de atividades econômicas e sociais 
a fim de utilizar racionalmente os recursos naturais, renováveis ou não.
H
HACCP: Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de Perigos e Pontos 
Críticos de Controle
Hidrargirismo: doença ocupacional que acomete trabalhadores expostos ao 
mercúrio sem proteção adequada.
Horas de preparação: referem-se ao intervalo de tempo necessário para confecção 
de determinado bem ou serviço.
I
Ícone: representação pictoresca do objeto; as imagens de modo geral são ícones.
Imunoglobulina: solução que contém anticorpos contra um ou mais agentes 
biológicos, empregada com o objetivo de conferir imunidade imediata e transitória.
Incidente: é um evento súbito e inesperado que interfira na atividade normal do 
trabalho sem danos ao trabalhador, à propriedade ou ao meio ambiente.
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
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Incorporação: ação de determinado material radioativo no instante de sua 
admissão no corpo humano por ingestão, inalação ou penetração através da pele 
ou de ferimentos.
Infecção: danos recorrentes da invasão, multiplicação e ação de agentes infecciosos 
e de seus produtos tóxicos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica.
Infecção comunitária (Ic): constatada, ou em incubação, no ato de admissão do 
paciente no hospital, desde que não relacionada a internação anterior no mesmo 
hospital.
Infecção endógena: oriunda da própria microbiota do paciente. Exemplo: infecções 
por enterobactérias em imunossuprimidos.
Infecção exógena: resultante da transmissão a partir de fontes externas ao paciente. 
Exemplo: varicela.
Infecção hospitalar (IH): adquirida após admissão do paciente no hospital, 
manifesta-se durante sua estada ou após a alta e pode estar relacionada à internação 
ou aos procedimentos hospitalares.
Infecção metastática: expansão do agente etiológico para novos sítios de infecção.
Infecção não prevenível: aquela que acontece a despeito de todas as precauções 
tomadas.
Infecção prevenível: aquela em que a alteração de algum evento relacionado pode 
implicar sua prevenção. Exemplo: infecção cruzada (transmitida de um paciente 
para outro, geralmente tendo como veículo o profissional de saúde).
INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia.
Instalação radiativa: estabelecimento ou instalação onde se produzem, utilizam, 
transportam ou armazenam fontes de radiação. Excetuam-se desta definição:
a) as instalações nucleares;
b) os veículos transportadores de fontes de radiação quando estas não são partes 
integrantes dos mesmos.
Intoxicação: danos decorrentes da ação de produtos tóxicos que também podem 
ter origem microbiana. Exemplo: toxinfecção alimentar.
Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato 
com partes internas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
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L
Laboratório clínico: instalação destinada à realização de análises clínicas, com a 
finalidade de fornecer informações para o diagnóstico, a prevenção ou o tratamento 
de qualquer doença ou deficiência de seres humanos, ou para a avaliação da saúde 
dos mesmos.
Laboratório de ensino: laboratório que é utilizado para fins didáticos ou de 
treinamento.
Laboratório de pesquisa: instalação destinada à realização de pesquisas biológicas, 
químicas, físicas, biofísicas, patológicas e outras.
Laboratório institucional: laboratório que está subordinado administrativamente 
a uma instituição pública ou privada.
Lavatório: peça sanitária destinada exclusivamente à lavagem de mãos.
Limite de confiança: número ou par de números que definem um intervalo de 
confiança.
Limite de detecção: capacidade de identificar a presença de um analito em 
determinadas condições ou de determinar quantitativamente a sua quantidade 
dentro de limites definidos de precisão.
Limite de quantificação: a menor quantidade do analito em uma amostra que pode 
ser quantitativamente determinada com precisão aceitável conhecida e exatidão 
aceitável definida, sob condições experimentais conhecidas.
Limite de tolerância: limites especificados para erro permitido.
Limpeza e desinfecção simultânea: processo de remoção de sujidade e desinfecção, 
mediante uso de formulações associadas de um detergente com uma substância 
desinfetante.
M
Material biológico infeccioso: material que se sabe conter microrganismos viáveis 
ou outros agentes transmissíveis (exemplo: príons), conhecidos ou suspeitos de 
causar doenças no homem.
Material genético: todo material de origem vegetal, animal, microbiana ou outra, 
que contenha unidades funcionais de hereditariedade.
Material radioativo: material que contém substâncias ou elementos emissores de 
radiação ionizante.
TÓPICO 1 | DEFINIÇÃO E HISTÓRICO
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Material reciclável: qualquer material que, após receber tratamento ou 
beneficiamento, possa ser reutilizado para obtenção de novos produtos.Método de solução de problemas: visa manter e melhorar a qualidade e tem como 
base o PDCA, que significa Planejamento (Plan), Execução (Do), Verificação (Check) 
e Ação (Action).
Microrganismos: formas de vida de dimensões microscópicas. Organismos visíveis 
individualmente apenas ao microscópio, que inclui bactérias, fungos, protozoários 
e vírus.
Microrganismos geneticamente modificados: são aqueles em que o material 
genético (DNA) foi alterado por tecnologias da biotecnologia moderna, 
especialmente a tecnologia do DNA recombinante. A biotecnologia moderna 
abrange métodos artificiais de alteração do material genético, isto é, não envolvendo 
cruzamentos ou recombinações genéticas naturais.
Monitor de contaminação: instrumento com capacidade para medir níveis de 
radiação em unidades estabelecidas pelos limites derivados de contaminação de 
superfície de acordo com a Norma CNEN NE- 3.01.
Monitor de radiação: medidor de grandezas e parâmetros para fins de controle 
ou de avaliação da exposição à radiação presente em pessoas ou em superfícies de 
objetos, o qual possui a função de fornecer sinais de alerta ou alarme em condições 
específicas.
Monitoração ambiental: medição contínua, periódica ou especial de grandezas 
radiológicas no meio ambiente, para fins de radioproteção. 
Monitoração de área: avaliação e controle das condições radiológicas das áreas de 
uma instalação, incluindo medição de grandezas relativas a(à):
a) campos externos de radiação;
b) contaminação de superfícies;
c) contaminação atmosférica.
Monitoração individual: Monitoração por meio de dosímetros individuais 
colocados sobre o corpo do indivíduo para fins de controle das exposições 
ocupacionais. A monitoração individual tem a função primária de avaliar a dose 
no indivíduo monitorado. Também pode ser utilizada para verificar a adequação 
do plano de proteção radiológica às atividades da instalação.
Monitoração radiológica (ou simplesmente monitoração): medição de grandezas 
relativas e parâmetros relativos à radioproteção, para fins de avaliação e controle 
das condições radiológicas das áreas de uma instalação ou do meio ambiente, 
de exposições ou de materiais radioativos e materiais nucleares, incluindo a 
interpretação de resultados.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
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Mutagenicidade: capacidade que alguns agentes possuem de induzir mutações 
em organismos a eles expostos. Mutações são alterações geralmente permanentes 
na sequência de nucleotídeos do DNA, podendo causar uma ou mais alterações 
fenotípicas. As mutações podem ter caráter hereditário.
N
NB: Norma Brasileira elaborada pela ABNT.
NBR: Norma Brasileira elaborada pela ABNT e registrada no INMETRO.
O
Operações unitárias: são operações necessárias para a condução de determinada 
reação ou transformação química, em escala industrial.
Ordem: zelo e organização com relação a bens e materiais, que devem ser mantidos 
em todas as empresas, preservando seus lugares e condições.
Organismo: toda entidade biológica capaz de reproduzir e/ou de transferir material 
genético, incluindo vírus, príons e outras classes que venham a ser conhecidas.
Organismo geneticamente modificado: organismo cujo material genético tenha 
sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética.
P
Padrão: material de medida, instrumento de medição, material de referência ou 
sistema de medição destinado a definir, conservar ou reproduzir uma unidade ou 
mais valores de uma grandeza para servir como referência.
Parasita: organismo que sobrevive e se desenvolve às expensas de um hospedeiro, 
podendo localizar-se no interior ou no exterior deste. Usualmente causa algum 
dano ao hospedeiro.
Patogenicidade: capacidade de um agente biológico causar doença em um 
hospedeiro suscetível.
Pequeno gerador de resíduo: estabelecimento cuja produção semanal de resíduos 
de serviços de saúde não excede a 700 L e cuja produção diária não excede a 150 L.
Perfurocortantes: que têm ponta ou gume, materiais utilizados para perfurar 
ou cortar. Materiais resultantes dos serviços de saúde, capazes de ferir quem os 
manipula, oferecendo riscos de contaminações.
Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou 
danos à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle.
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Persistência do agente biológico no ambiente: capacidade do agente biológico de 
permanecer fora do hospedeiro, mantendo a possibilidade de causar doença.
Pia de lavagem (ou simplesmente pia): destinada preferencialmente à lavagem de 
utensílios, podendo ser também usada para lavagem de mãos.
Plano de ação: planejamento de atividades e meios com vistas à implementação de 
uma estratégia ou a obtenção de um objetivo específico.
Plano de proteção radiológica: documento exigido para fins de licenciamento da 
instalação, que estabelece o sistema de radioproteção a ser implantado pelo serviço 
de radioproteção.
Portador: indivíduo que abriga um micro-organismo específico, podendo ou não 
apresentar quadro clínico atribuído ao agente, e que serve como fonte potencial de 
infecção. Exemplo: portador do vírus da hepatite B.
Princípio de otimização: estabelece que o projeto, o planejamento do uso e a 
operação de instalação e de fontes de radiação devem ser feitos de modo a garantir 
que as operações sejam tão reduzidas quanto razoavelmente exequível, levando-se 
em consideração fatores sociais e econômicos.
Príons: partículas proteicas infecciosas que não possuem ácidos nucleicos.
Procedimento: sequência de operações a serem desenvolvidas para a realização de 
determinado trabalho, com inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de 
segurança e circunstâncias que impossibilitam sua realização.
Processo analítico: conjunto de operações, descrito especificamente, usado na 
realização de exames de acordo com determinado método.
Produção de produtos biotecnológicos: conjunto de etapas de um processo 
biotecnológico que engloba a fermentação e as etapas anteriores a ela, com preparo 
de meio de cultivo, conservação e ativação do microrganismo, preparo do inóculo, 
esterilização de equipamentos de ar.
Programa 5S: é considerado como base para implantação da Qualidade Total, 
além de outros programas. Tem seu nome vinculado a cinco palavras japonesas 
iniciadas por S – seiri, seiton, seisou, seiketsu e shitsuke, interpretadas como sensos.
Programa de garantia da qualidade: conjunto de ações sistemáticas e planejadas 
visando garantir a confiabilidade adequada quanto ao funcionamento de uma 
estrutura, sistema, componentes ou procedimentos, de acordo com um padrão 
aprovado. Em radiodiagnóstico, estas ações devem resultar na produção 
continuada de imagens de alta qualidade com o mínimo de exposição para os 
pacientes e operadores.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
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Pulmão negro: doença ocupacional que acomete trabalhadores expostos durante 
alguns anos ao minério de carvão sem proteção adequada.
Purificação de produtos biotecnológicos: conjunto de etapas de um processo 
biotecnológico que engloba os processos de recuperação e purificação de 
bioprodutos, como centrifugação, rompimento celular, extração líquido-líquido, 
filtração, processos cromatográficos e acabamento final do bioproduto.
Q
Qualidade: totalidade das características de uma entidade que pesam sobre sua 
capacidade de satisfazer as necessidades declaradas e implícitas.
Qualidade total: expressa-se por princípios que proporcionam a uma organização 
a sobrevivência num ambiente altamente competitivo.
Quimioterápicos antineoplásicos: Medicamentos utilizados no tratamento e 
controle do câncer.
R
Radiação ionizante (ou simplesmente radiação): qualquer partícula ou radiação 
eletromagnética que, ao interagir com a matéria, ioniza direta ou indiretamente 
seus átomos ou moléculas.

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