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Administração de Laboratório – Câmara Escura 2 
 
 
Introdução 
A Imagem Radiográfica 
 O feixe de raios X atenuando ao atravessar o objeto cria uma imagem não perceptível ao olho 
humano denominado imagem radiante (latente). Essa imagem pode tornar-se visível sobre um 
receptor (emulsão fotográfica; écran radioscópico), que faz aparecer, às variações de luminescências 
proporcionais, as intensidades recebidas. 
 Em função do receptor, obtém-se a formação de dois tipos de imagem: 
RADIOSCÓPICA 
 É uma imagem produzida através da incidência do feixe de radiação sobre um écran 
fluoroscópico. Neste caso, as áreas escuras correspondem às imagens radiopacas e as áreas claras 
correspondem às imagens radiotransparente. 
 
 
 Imagem Radioscópica 
 
Radiográfica 
 É uma imagem produzida através da incidência do feixe de radiação sobre uma emulsão 
fotográfica (filme radiográfico). Na radiografia, as áreas escuras correspondem às imagens radio 
transparente e as áreas claras correspondem às imagens radiopacas. 
 
 
 
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 Imagem Radiográfica 
Câmara Escura ou de Processamento 
 São as salas onde são processadas as radiografias por meio de um processamento manual ou 
automático. A câmara escura é o ultimo lugar por onde os filmes passam; devemos manter um rígido 
controle de qualidade, isto é, desde o controle de preparo dos químicos, limpeza das colgaduras no 
processo manual ou de todo mecanismo do processo mecânico/automático. 
A câmara escura, como o próprio nome diz, é uma sala onde não pode haver luz intensa na 
parte interna, e nem se deve deixar que a luz externa entre (quando fechada). Tem como finalidade, 
servir de local apropriado para se processar os filmes expostos pelos raios X. 
 
 
Divisão da Câmara Escura 
A câmara escura se divide em duas partes: 
� Parte seca: É o local onde se armazenam alguns acessórios radiológicos como: bancada 
com gaveta para filmes não expostos, caixas de filmes para reposição, “Box” de 
passagem (armário), etc. 
� Parte Úmida: É o local onde são armazenados os tanques reservatórios de químicos 
(revelador e fixador), processadora, etc. 
 
Utensílios ou Acessórios Encontrados na Parte Seca 
 Bancada 
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Acessório de suma importância para o trabalho diário dentro da câmara escura; ela pode ser 
em forma de armário ou cômoda, geralmente feita de madeira, devido ao baixo custo; mas também 
pode ser de outros materiais, como: ferro, alumínio, etc. É revestida em seu tampo superior com uma 
capa de borracha, para evitar a eletricidade estática, e facilitar o desempenho do profissional de 
técnicas radiológicas no manuseio dos acessórios que ali se destinam ao trabalho (chassis/receptores e 
filmes). Em sua parte anterior, são encontradas gavetas que deverão acomodar os filmes não expostos 
(virgens), onde estarão em sentido vertical e em ordem decrescente de tamanho, direcionando o 
técnico à película adequada na hora da reposição do filme exposto. 
 
 
 Caixa de filmes para reposição rápida 
Não é como uma estocagem, e sim, caixas de filmes adicionais, no máximo 02 (duas) de cada 
tamanho, para uma possível reposição rápida, no caso de acabarem os filmes que estão guardados nas 
gavetas da bancada, evitando assim que o profissional interrompa o processo de trabalho para fazer a 
reposição, solicitando essa nova caixa de filmes ao almoxarifado, cujo processo acaba sendo, por 
vezes, um pouco burocrático, e essa reposição não será feita de imediato. 
 Termômetro: 
Situado na câmara escura, tem por finalidade controlar a temperatura do ambiente, pois as 
películas radiográficas não podem ficar em temperatura inferior a 10°C e superior a 24°C. Caso essas 
recomendações do fabricante não sejam respeitadas, a emulsão do filme poderá ser comprometida, 
alterando sua qualidade. 
 
 Termômetros 
 
 Hidroscópio 
Tem por finalidade medir a umidade relativa do ar da câmara escura, o ideal da sala é de 
umidade relativa de 60% a 70%. 
 Exaustor e/ou Ventilador 
Móvel chamado de “burra de filmes”, 
utilizado para armazenar filmes não 
expostos dentro da câmara escura. 
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De acordo com as normas de segurança, toda câmara escura deverá ter exaustores ou 
ventiladores para dissipar os gases que são liberados pelos produtos químicos, evitando um acúmulo 
de gases dentro da câmara escura. Em hospitais que têm em seu quadro de funcionários pessoas 
portadoras de necessidades especiais (deficiente visual), como profissional atuante na câmara escura 
(auxiliar de radiologia), esses profissionais acabam passando grande parte de seus períodos de 
trabalho dentro das salas, e se for grande o fluxo de clientes, a porta permanecerá fechada por muito 
tempo, sendo necessário reciclar o ar. 
 Exaustores 
 
 
 
 “Box” de Passagem 
Serve para a transição do filme (chassi) entre a câmara escura e a sala de exames; “Box” em inglês que 
dizer caixa. Na maioria das vezes, essas caixas são compostas de alumínio, com abertura para ambos 
os lados, com duas portas de cada lado, as quais são divididas por uma parede que separa o “Box” de 
passagem em dois corredores, onde receberão as seguintes especificações: uma etiqueta para filmes 
expostos e outra para filmes não expostos (virgens). Esse acessório tem por finalidade servir como 
uma ponte entre o técnico e a câmara escura, sem que haja a necessidade de abrir sempre a porta 
para o técnico. Com duas travas de segurança, a porta do “Box” somente abrirá quando um dos lados 
já estiver travado, evitando que, acidentalmente, a luz entre na câmara escura através do mesmo, 
causando o velamento dos filmes não expostos (virgens). Ou seja, os dois lados do “Box” nunca se 
abrirão simultaneamente. 
 
Brenda&Jose
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Utensílios ou Acessórios Encontrados na Parte Úmida 
 Tanque do revelador 
Compõe o primeiro passo no processamento das imagens radiográficas. 
 Tanque do fixador 
Compõe o segundo passo no processamento das imagens radiográficas, tornando possível a 
fixação das imagens nas películas de filmes. 
 Tanque de água 
Compõe o terceiro passo no processamento das imagens radiográficas, tornando possível a 
lavagem por completo e retirada dos resíduos liberados no primeiro e segundo passo. 
OBS: Tanques também são utilizados para processamento manual das películas radiográficas. 
 Torneira de água corrente com filtro 
Tem por finalidade abastecer o tanque de água e também ajuda no processo de limpeza da 
câmara escura. 
 
 
Tamanho da Câmara Escura 
De acordo com a portaria da Vigilância sanitária 453, de 1° de junho de 1998, deverá ser 
obedecida a metragem das câmaras escuras que não deverão ser inferior a 6 (seis) m2. 
 
Iluminação da Câmara Escura 
A câmara escura é um local vedado à entrada de luz externa (quando fechado), onde o filme 
radiográfico é manipulado. Deve possuir, além da lâmpada comum (no teto), uma “iluminação de 
segurança”, distante no mínimo 1,20 m do local de manuseio do filme radiográfico (bancada). O 
objetivo desse tipo de iluminação é prover uma luz de determinada intensidade e comprimento de 
onda fora da faixa de sensibilidade do filme radiográfico, para que não cause velamento ao mesmo. O 
número de lâmpadas varia de acordo com o tamanho da câmara escura, a distância entre elas (se 
houver necessidade de mais de uma lâmpada de segurança) deve ser de no mínimo 3m. A iluminação 
de segurança para filmes radiográficos pode ser obtida mediante uma lâmpada incandescente 
vermelha (vermelho âmbar) de 15 W ou uma lâmpada incandescente comum de mesma intensidade 
inserida em um iluminador com filtro de segurança tipo GBX-2. O ideal é que os filmes não fiquem 
Bancada de manipulação com 
box de passagem e suporte para 
colocação de filmes e chassis. 
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expostos aos raios dessas lâmpadas por mais de 60 segundos, porque passando esse tempo, os filmes 
sofrem velamento progressivo, prejudicando a qualidade da imagem radiográfica. Convém lembrar 
que o filme utilizado na câmara laser é sensível ao vermelho, e nesse caso a iluminação de segurança 
não pose ser vermelha. 
 
 Lâmpadas usadas na iluminação de segurança 
 
Cor e Limpeza da Câmara Escura 
Todas as paredes das câmaras escuras deverão ser de cores claras que facilitam a sua limpeza 
periodicamente, como: bege /creme, verde hospital, cinza claro, azul claro, ou até mesmo azulejado, o 
importante é que ela não seja de cores muito escuras, pois os resíduos químicos impregnados nas 
paredes e chão deverão ser retirados com uma boa limpeza do setor. Hoje já encontramos até câmara 
escura com paredes arredondadas para facilitar a limpeza. Essa deverá ser feita diariamente, não 
deixando acumular pó e sujidades dentro das salas, ou mesmo sendo transformadas em local de 
refeições. A falta de higiene pode danificar os écrans e comprometer os exames radiológicos. 
 
Verificar Vazamento de Luz Externa na Câmara Escura 
A câmara escura deverá ser bem vedada (frestas de portas e fechaduras), para poder impedir a 
entrada de luz externa e porventura velar os filmes ainda não expostos à radiação (virgens). A melhor 
forma de saber se essa luz está entrando na câmara escura é fazendo o teste específico para essa 
finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Câmara Clara 
Como o próprio nome diz, é o local que é exposto a todo tipo de luz, está ao lado da câmara 
escura, será o lugar onde os profissionais de técnicas radiográficas ficam à espera das radiografias 
processadas para estudo das imagens, ou seja, um controle de qualidade, bem como se estão 
identificadas corretamente, como: nome, data, exame realizado, número da identificação, além de 
reconhecerem os processos de análise de imagem para um ótimo padrão de qualidade, bem como, se 
o filme está velado, se todas as estruturas anatômicas estão presentes na imagem, se o 
Teste: Consiste em deixar um filme não exposto sobre a bancada, 
com algum objeto sobre ele, por volta de 5 minutos. Decorrido esse 
tempo, o filme deverá ser processado quimicamente e examinado de 
acordo com os conhecimentos técnicos adquiridos. Ou seja, a sombra do 
objeto não deverá aparecer sobre a imagem formada; isso significa que a 
película deve apresentar apenas a veladura de base, que é de 
especificação dos fabricantes. 
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posicionamento e o emprego correto de kV e mAs (técnica radiográfica) estão corretos, enfim deve-se 
ter certeza que essa imagem esteja em perfeitas condições para um bom diagnóstico. 
 
 
 
 
Utensílios ou Acessórios Encontrados na Câmara Clara 
 Negatoscópio 
Existem em vários tamanhos e tipos, podem ser de 1 (um) a 6 (seis) corpos, sendo constituídos 
em chapa de aço pintada nas cores bege ou cinza (universal), com um visor em acrílico branco de 
aspecto leitoso em sua face anterior, onde são colocadas as radiografias para estudo, seus tamanhos 
variam para acomodar de 1 (um) a 12 (doze) filmes, dependendo do tamanho. Os negatoscópios 
possuem lâmpadas fluorescentes em seu interior (dentro dessa estrutura retangular de aço), são 
reatores convencionais ou de partidas rápidas, ou seja, acendem mais rapidamente. Os negatoscópios 
são encontrados na câmara clara e em salas de laudos de exames. Existem alguns tipos especiais como 
os de mamografia, que foram desenhados para visualizar imagens de tamanho 18 x 24 cm, que é o 
tamanho mais comum utilizado nessa especialidade, as lâmpadas e os acrílicos são mais claros do que 
os de raios X convencionais, devido à dificuldade de diferenciação dos diversos tipos de tecidos 
mamários. 
 
 
 Tipos de negatoscópios mais comuns 
 
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 Câmaras identificadoras Bancada de reposição de chassis 
Acessórios e Equipamentos Radiológicos 
� Avental de chumbo ou avental plumbífero: Seu modelo é universal, cujo tamanho é único, tem 
em sua estrutura interna uma espessura de 0.5 mm de chumbo, para possível proteçãoradiológica, 
sua dimensão varia de acordo com a área médica; avental de chumbo para radiologia convencional 
(1.10 m x 60 cm), avental de chumbo para radiologia odontológica (70 cm x 60 cm). ATENÇÂO: O 
máximo de cuidado para esse material é pouco, pois se for dobrado podem-se abrir fissuras no 
chumbo e ele deixa de ter sua funcionalidade e aplicabilidade, deixando passar radiação ionizante, por 
essas fissuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Modelos de aventais plumbíferos 
 
� Protetor para gônodas: Com as mesmas recomendações para os aventais de chumbo, é 
utilizado sobre a cintura para proteção das gônodas, tanto masculina (testículos) quanto para feminina 
(ovários). 
 
Teste: Coloca-se um chassi/receptor com filme não exposto sobre a mesa 
de exames e acima do receptor um material com alto número atômico, daí 
então o avental de chumbo deverá ser colocado acima desse receptor, e 
uma dose de radiação mínima deverá ser exposta sobre o avental. Se o 
filme for sensibilizado por algum motivo, indica a passagem de radiação 
através das fissuras no chumbo. 
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 Protetor de Gônodas (vários tamanhos) 
� Protetor de Tireóide: Sua função é de proteger a glândula tireóide e paratireóide direita e 
esquerda, deverão ser feitos testes anuais para saber se há fissuras nos protetores. 
 
 
 Protetor de Tireóide 
� Luva plumbífera: Usada para proteção radiológica, tem sua constituição de 0,2 mm de chumbo, 
revestida de borracha, o ideal é que essa luva chegue até 1/3 proximal do antebraço. 
 
 Luvas plumbíferas 
� Óculos de proteção: São usados na maioria das vezes para se fazer exames fluoroscópicos, 
tendo como objetivo a proteção radiológica dos cristalinos (lentes dos olhos) cuja função é receber luz 
e transformá-la em imagem. 
 
 
 Óculos plumbíferos 
� Biombo de chumbo: São biombos para proteção radiológica, geralmente utilizados para 
separar a sala de exames da sala de painel de comandos. Suas dimensões são variadas e podem ser de 
acordo com a necessidade do departamento de imaginologia, na grande maioria, são compostos por 
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20 mm de espessura. São feitos com duas chapas de durplac (material plástico mais resistente e 
impermeável), e o seu interior é composto por uma placa de chumbo de 1 ou 2 mm de espessura, com 
um visor de vidro plumbífero 100 x 150 mm. 
 
 Biombos de proteção 
� Divisores de chumbo: São utilizados para dividir o chassi/receptor na posição longitudinal e 
transversal para radiografias que necessitam de duas incidências no mesmo filme. São encontrados 
nos tamanhos: 18 x 24 cm e 30 x 40 cm. 
 
 Divisores de chumbo 
� Espessômetro: Consiste em uma régua escalonada com a graduação que vai do n° 1 ao 40, 
medida em cm, em forma de “L” (letra L), onde a base inferior deverá permanecer encostada sobre a 
região em estudo, logo em seguida uma outra haste irá deslizar até a extremidade superior da área 
estudada, ou seja, pode-se medir estruturas em AP ou PA e PERFIL, dando a espessura da região em 
centímetros. Munido desses dados, o técnico poderá calcular a kVp e mAs para realizar os exames 
radiológicos. 
 
Teste: Coloca-se um receptor com filme não 
sensibilizado atrás do biombo, se ele for 
sensibilizado com raios X incidentes, significa 
que recebeu radiação (deixou passar), com 
isso deverá ser trocado. Lembrando que, a 
técnica disparada sobre o biombo deve ser a 
mais baixa do equipamento, pois o biombo é 
feito para proteger da radiação secundária e 
não do feixe primário. 
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 Espessômetros 
 
� Goniômetro: Régua semicircular, com uma escala de 180 graus, com um marcador deslizante 
em seu centro, e uma base para apoiar na mesa ou estativa. Sua função é medir estruturas anatômicas 
em ângulos, como crânio. 
 
 
 Goniômetro 
� Faixa de compressão: Faixa de compressão uretérica, utilizada para diminuir a espessura do 
abdome, usada em estudos radiológicos contrastados, como a urografia excretora. 
 
 
 Faixa de compressão 
 
� Chassis ou receptores de imagem: Geometricamente são retangulares, nos tamanhos 13 x 18 
cm, 18 x 24 cm, 24 x 30 cm, 30 x 40 cm, 35 x 43 cm, exceto o de tamanho 35 x 35 cm, que é quadrado. 
Sua composição na parte posterior é de uma tampa de ferro preparado com uma camada de chumbo 
flexível e espuma no interior; e na parte superior é composto por alumínio e almofada. Hoje os chassis 
mais novos são classificados de cassetes (podendo ser de material plástico resistente). 
Divisão: 
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A – Parte superior ou anterior (alumínio) será a parte destinada a receber os fótons de raios X, ou 
seja, a parte mais próxima das estruturas anatômicas. 
B – Parte inferior ou posterior (chumbo) é a parte composta por chumbo que servirá como 
absorvedor dos fótons de raios X. 
No interior dos chassis, ficarão os écrans (de passagem e o de retrocesso), no total de dois écrans 
(exceto os de mamografia). 
Entre os écrans será colocado um filme não sensibilizado que, após a interação dos fótons de raios 
X e emissão de luz do écran, será sensibilizado. 
Observação: Para produção de uma radiografia, serão necessários três utensílios em perfeita 
harmonia: CHASSIS + ÉCRAN + FILME = imagem produzida. 
 
 
 Chassis Radiográficos 
 
 “Écran” ou Tela Intensificadora 
Em francês significa tela, é uma folha flexível de “plástico ou papelão” do tamanho 
correspondente aos tamanhos dos chassis e filmes, que forra os chassis, ficando em íntimo contato 
com o filme. É revestido por material fluorescente que emite luz quando irradiado. Essa luz 
sensibilizará o filme, o que possibilita menor dose de radiação para formar a imagem. 
Desde a descoberta dos raios X, sabe-se que eles são dotados de propriedades que provoca 
fluorescência em certos cristais, tais como o Platino Cianeto de Bário, Tungstato de Cálcio e etc. 
A luz produzida pelos “écrans”, quando excitados pelos raios X, irradiará na direção do filme, 
auxiliando com sua luz a ação dos raiosX sobre a emulsão sensível da película. Logicamente que a luz 
emitida pelos “écrans” fluorescentes será de variadas intensidades, dadas as diversas resistências 
oferecidas pelo objeto. Os “écrans” fluorescem em quantidade proporcional aos raios X que neles 
incidem. 
Estrutura do Écran 
É constituído de uma camada de suporte que pode ser: “plástico ou papelão” e uma camada de 
materiais flourescentes, que contém cristais de fósforos aglutinados, separando essas duas camadas. A 
maior parte dos écrans possui uma fina camada de material absorvedor ou refletor de luz (sem efeito) 
recobrindo-os. Os “écrans” possuem uma camada protetora, que evita desgaste, umidade ou manchas. 
Uso de Dois “Écrans” Associados a Um Filme de Dupla Emulsão 
Esse conjunto aumenta a sensibilidade do receptor radiográfico. Nesse sistema, muitas vezes o 
par de écrans é assimétrico, ou seja, o écran anterior é mais fino do que o posterior. Isso é feito para 
regular a absorção de raios X e Saída de luz dos dois écrans e produzir efeitos iguais nas duas emulsões 
do filme. 
 
 
 
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Écran Intensificador 
Écran, com capacidade de fluorescer certas substâncias (fósforos), com uma eficiência de 3 a 
5% de conversão de raios X em luz. Pesquisas desenvolvem novos materiais fosforados, que estão 
sendo aceitos rapidamente pelo mercado. 
Composição dos Écrans 
� Tungstato de Cálcio 
� Fluocloreto de Bário 
� Terras Raras 
Limpeza dos Écrans 
Utilizar algodão umedecido com espuma de sabão neutro, limpar toda área e deixar secar por 
30 minutos. 
 
 Telas Intensificadoras (Écrans) 
 
Filmes Radiográficos 
Os filmes radiográficos são constituídos por 4 (quatro) camadas: 
• Camada de revestimento; 
• Base ou suporte; 
• Camada adesiva; 
• Emulsão (camada fotossensível); 
 
 
Camada de Revestimento 
É constituída de um material que oferece proteção física contra rachaduras durante o manuseio 
e o processamento. 
Base ou Suporte 
 
 
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A base ou suporte do filme é feita de um material poliéster transparente, que tem entre 150 a 
200µm (micras) de espessura e fornece o grau adequado de força, rigidez, boa estabilidade 
dimensional e absorve pouca água. 
Camada Adesiva ou Interface 
É uma substância de pouca espessura aplicada sobre a base do filme, possibilitando uma 
perfeita união entre ela e a emulsão. 
Emulsão 
É uma gelatina composta de inúmeros microcristais de brometo de prata ou grãos fotográficos 
diminutos de haleto de prata (compostos de prata e bromo, cloro ou iodo) suspensos na substância. Os 
microcristais possuem um formato quase plano e triangular e se mantêm unidos em uma estrutura 
cúbica, por um efeito de atração elétrica. 
Há nos filmes radiográficos cerca de 90 a 99% de AgBr (brometo de prata) e de 1 a 10% de AgI 
(iodeto de prata) – que tornam a emulsão muito mais sensível. 
Essa camada possui substâncias sensíveis à luz com componentes químicos presentes nessa 
camada de ondas grandes, em gelatina dispersa, o principal componente químico presente nessa 
substância é o sal de brometo de prata (átomos). Nessa camada é que se origina a imagem radiográfica 
conhecida como ponto sensível ou agrupamento de átomos de prata sensibilizados pela luz emitida do 
écran. 
 
 
 Tipos de grãos Filmes radiográficos 
Importante: (Bromo e prata = imagem latente) 
Quanto a Emulsão são Classificados em: 
• Filmes monoblocos 
• Filmes especiais de mamografia 
Quanto a Sensibilidade Podem Ser: 
• Filmes sensíveis ao azul 
• Filmes sensíveis ao verde 
• Filmes sensíveis ao violeta 
• Filmes sensíveis a laser 
 O filme é sensível a vários fatores: 
� Luz 
� Raios X 
� Raios Gama 
� Gases 
� Vapores 
� Umidade 
� Calor 
� Temperatura 
 
 
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Os filmes devem ser armazenados sob uma temperatura de 10° a 24° C e a umidade relativa do 
ar, por volta de 40 a 70%. O ideal é que seja 60%. As caixas de filmes não devem ser armazenadas 
umas sobre as outras, mas sim de forma vertical. 
Quanto a Granulação Podem Ser: 
• Pequenos – São mais sensíveis, pois quanto menor forem seus grãos, menor quantidade de luz 
eles necessitarão para se converterem em imagem visual. 
• Grandes – São filmes menos sensíveis, pois, por possuírem grãos maiores, necessitarão de 
maior quantidade de luz para sensibilização dos microcristais de haleto de prata contidos no 
filme. 
Manejo dos Filmes: 
Deve-se, manejar cuidadosamente os filmes radiográficos, os quais devem ser retirados 
delicadamente da caixa. 
A colocação do filme no chassi deve ser feita sem deslizar sobre o papel protetor ou saco 
aluminizado e não tocar bruscamente as extremidades do chassi. 
A retirada do filme do chassi deve ser feita após a abertura das presilhas, vira-se o chassi de 
maneira que a armação metálica que recebe inicialmente radiação fique voltada para cima; eleva-se 
essa armação e se pega o filme por um vértice com a ponta dos dedos. Ao se retirar o filme, ter o 
cuidado de não esbarrar nas bordas da armação metálica anterior. 
Para o processamento manual, a colocação da película radiográfica na colgadura (acessório que 
prende a radiografia para banhos químicos, composto por material inoxidável, por conta da acidez dos 
químicos), deve ser fixada nas presilhas que apresentam mobilidade para que o filme seja bastante 
ajustado nas quatro presilhas. 
 
 Colgaduras 
Papel ou Plástico Protetor e Saco Aluminizado 
Esse material é utilizado para proteção das películas encontradas dentro das caixas de filmes 
radiográficos. Há toda uma técnica para que as caixas sejam abertas sem expor os filmes a formas de 
energia que possa sensibilizá-los. A caixa de filmes deve estar sempre em sentido vertical sobre a 
bancada na câmara escura, ao ser rompido o lacre de fixação da caixa. Após esse passo o papel 
protetor ou saco aluminizado deverá ser rasgado na margem superior, deixando sempre um espaço de 
sobra que então deverá ser dobrado para fora da caixa, ficando assim fácil reduzir alguma forma de 
luz, que possa ultrapassar a tampa da caixa, servindo como uma vedação para a caixa, protegendo 
assim as películas. 
 
Eletricidade Estática 
É a corrente elétrica que se forma quando o filme sofre impacto, mesmo ele estando parado. É 
mais comum nos ambientes secos, ou seja, quando a umidade relativa do ar não esta de acordo com 
as especificações, que é de aproximadamente 60%. Caso contrário, as películas radiográficas podem 
aderir umas as outras, causando sua degradação, impossibilitando assim a formação de uma boa 
imagem. 
Ao se instalar écrans novos no receptor e também durante o seu uso, deve-se verificar, 
periodicamente, a possível ocorrência de danos como: falhas na camada de proteção dos écrans. 
 
 
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A camada de proteção éaplicada com objetivo de evitar o acúmulo de descargas eletrostáticas 
sobre as superfícies, proteger a camada emissora propriamente dita, e também promover uma 
superfície resistente que permite a limpeza periódica, desde que cuidadosa e sem danos. 
A camada protetora pode degradar-se ou gastar com o tempo, tanto por fricção com os filmes, 
quanto por repetido processo de limpeza. 
Prevenção da Eletricidade Estática 
• Manuseio delicado do filme; 
• Após a exposição aos raios X, o chassi deve ser aberto levemente e o filme cuidadosamente 
removido; 
• Devem-se utilizar coberturas de borracha sobre a bancada, pois dessa maneira diminuirá o 
atrito (chassi/bancada) evitando a produção de eletricidade estática. 
Marcas de Eletricidade Estática no Filme 
• Árvore / impressões digitais 
• Coroa / meia lua 
• Poeira / granulação 
 
 Eletricidade Estática encontrada em uma Mamografia 
Efeito “Fog” nos Filmes Radiográficos 
Velamento progressivo dos filmes de raios X, também chamado de véu de base ou veladura 
bruta, corresponde ao escurecimento, por deposição de prata em áreas das películas onde não houve 
incidência de exposição, aumentando a densidade em regiões que deveriam ficar transparentes 
(revelação de cristais de prata que não foram expostos à radiação). 
 
Processamento do Filme Radiográfico 
O filme radiográfico exposto e não processado possui uma imagem invisível ao olho humano 
denominada imagem radiante ou latente (oculta ou não manifesta). Essa imagem corresponde ao 
conjunto de todos os cristais de prata, expostos e não expostos, e constitui a base da imagem formada 
no filme radiográfico. Para que a imagem latente transforme-se em imagem radiográfica (visível), o 
filme exposto deve ser processado (revelado). 
 
 
Tubo de raios X objeto filme/écran cristais de prata (imagem latente) 
 
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Administração de Laboratório – Câmara Escura 18 
 
O processo de formação da imagem latente no filme radiográfico consiste na interação dos 
fótons de luz da tela intensificadora (écran), e também de alguns fótons de raios X, com os 
microcristais de haleto de prata da emulsão fotográfica. Essa interação produz a liberação de elétrons 
de alguns dos íons (átomo com carga elétrica positiva ou negativa) brometo (Br-), que irão se combinar 
com alguns íons de prata (Ag+). Como conseqüência, teremos a formação do gás bromo (Br2), que é 
liberado, e de alguns átomos nêutrons de prata (Ag2 = prata metálica), que são sensíveis ao processo 
de revelação. 
Os filmes radiográficos expostos são mais sensíveis que os não expostos (virgens) e, portanto, 
devem ser processados (revelados) imediatamente. 
O processamento do filme radiográfico consiste na redução química (ganho de elétrons) dos 
íons de prata (Ag+) na revelação, e na remoção total dos cristais de haleto de prata não revelados na 
fixação. 
 
 
 
 
Tipos de Processamento 
O processamento do filme radiográfico pode ser realizado por dois sistemas: manual e 
automático. 
Processamento Manual 
É realizado manualmente pelo operador dentro da câmara escura, sendo os tempos do 
processo dependentes do operador. Ocorre em cinco etapas, na seguinte ordem: revelação; 
interrupção; fixação; lavagem e secagem. 
No processamento manual, o filme radiográfico é colocado em uma colgadura proporcional ao 
seu tamanho (quando disponível). A colgadura é um suporte metálico que mantém o filme preso pelos 
cantos por presilhas. No processamento manual do filme intra-oral (odontológico), é muito importante 
a identificação da colgadura, para evitar a troca de exames. 
 
 
 
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Brenda&Jose
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Administração de Laboratório – Câmara Escura 19 
 
O processamento manual é conhecido como molhado, sendo iniciado com a imersão do 
conjunto filme colgadura no tanque com solução reveladora, denominado tanque do revelador. Daí é 
passado para o tanque com solução interruptora, sendo em seguida passado para o tanque com 
solução fixadora, denominado tanque fixador. Finalmente é passado para a lavagem com água 
corrente no tanque de lavagem, e é finalizado com a secagem. Deve ser tomado o cuidado de evitar a 
formação de bolhas de ar na superfície do filme radiográfico durante a imersão nos tanques, pois são 
responsáveis pelo aparecimento de artefatos na imagem. 
 
 
 
 
 Tanques utilizados no processo manual 
 
Processamento Automático 
É realizado através de processadoras automáticas (máquinas de revelar) e ocorre em quatro 
etapas, na seguinte ordem: revelação, fixação, lavagem e secagem. 
A processadora automática de filmes radiográficos é uma máquina completamente vedada à 
entrada de luz, que possui no seu interior três tanques e uma secadora. 
 
 
 
O primeiro tanque, localizado próximo à entrada do filme radiográfico (bandeja), é denominado 
tanque de revelação, e possui solução reveladora (revelador). O segundo tanque, localizado a seguir 
desse, é denominado tanque de fixação, e possui a solução fixadora (fixador). E o terceiro tanque, 
Brenda&Jose
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Administração de Laboratório – Câmara Escura 20 
 
localizado a seguir do tanque de fixação e antes da secadora, é denominada tanque de lavagem, e 
possui água. 
Dentro de cada tanque é colocado um conjunto de rolos e engrenagens denominado rack, ou 
seja, cada tanque possui o seu rack. Dois racks denominados racks de passagem ou cross over, cada 
um posicionado por cima, e entre dois racks de tanques adjacentes, ou seja, um entre o tanque de 
revelação e o de fixação, e outro entre o de fixação e o de lavagem, permitem a passagem do filme 
radiográfico de um tanque a outro. Algumas processadoras automáticas possuem um terceiro rack de 
passagem, entre o tanque de lavagem e a secadora. 
As processadoras automáticas possuem sistemas para controle da temperatura das soluções 
químicas e da secadora e mecanismos para a reposição e recircundação das soluções químicas. A 
reposição das soluções químicas é feita por dois tanques externos de abastecimento, um contendo 
solução reveladora (revelador) e outro contendo solução fixadora (fixador). 
 
 
O processamento automático é conhecido como seco, e é iniciado com a colocação do filme 
radiográfico na bandeja da processadora, terminando com a saída desse filme processado e seco. O 
filme radiográfico é transportado mecanicamente por um sistema de rolos através dos tanques do 
revelador, do fixador e d água (lavagem), e do compartimento de secagem. 
 
 
 
 Processadora automática com recuperador de prata 
 
Etapas do Processamento Automático 
 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 21 
 
Esta etapa é realizada com uma solução química denominada revelador, e consiste na redução 
química dos íons de prata, sendo que a prata metálica (Ag2), que corresponde aos íons expostos à luz 
oriunda do écranou à radiação, é oxidada mais rapidamente que os íons não expostos. 
A revelação depende dos seguintes fatores: 
• Temperatura – Quanto maior a temperatura do revelador, mais rápido se dará o processo de 
redução química. 
• Concentração – Quanto mais concentrado, mais rápido tende a ser a redução química. 
• pH – Quanto maior o pH, mais alcalina a solução, mais rápido será o processo de redução 
química e maior o contraste da imagem. 
• Tempo – deve ser em função dos três itens acima. 
Esses fatores devem ser interligados de modo a proporcionar à máxima conversão dos cristais 
expostos e a mínima dos não expostos. 
O revelador se oxida com muita facilidade, portanto o seu contato com o ar deve ser evitado. O 
tanque de revelação manual, quando não estiver em uso, e o tanque externo de abastecimento da 
processadora automática devem possuir um dispositivo que impeça ou reduza esse contato 
(revelador/ar). Esse dispositivo consiste em uma peça plástica com dimensões ligeiramente menores 
que as do tanque, que fica na superfície (bóia), em contato íntimo com o líquido (revelador), 
impedindo, assim, o contato do revelador com o ar. 
 
Os agentes que compõem o revelador são os seguintes: 
• Agente acelerador ou ativador – É responsável pela redução do meio alcalino necessário para a 
ação dos demais componentes d revelação e pelo amolecimento da gelatina, permitindo a penetração 
dos químicos. Carbonato de sódio, carbonato de potássio, hidróxido de sódio e hidróxido de potássio, 
podem seu usados com essa função. 
• Agente revelador ou redutor – É responsável pela redução química dos microcristais de haleto 
de prata. Metol, hidroquinona e fenidona, podem ser usados com essa função. 
• Agente retardador ou antivéu – É responsável pela regulação da duração da revelação, 
evitando velamentos. Brometo de potássio e iodeto de potássio pode ser usado com essa função. 
• Agente preservativo – É responsável por evitar a oxidação da solução devido ao contato com o 
ar. Sulfito de sódio e sulfito de potássio pode ser usado com essa função. 
• Agente endurecedor – É responsável por retardar o inchaço da emulsão. O componente usado 
com essa função é o glutaraldeído. 
• Água – Serve como veículo. 
 
Os agentes que compõem o fixador são os seguintes: 
• Agente acidificante – É responsável pela neutralização de porções alcalinas do revelador 
levadas pelo filme radiográfico. Os compostos químicos, tais como, Ácido acético e Ácido sulfúrico 
podem fazer essa função. 
• Agente fixador ou clarificante – É responsável por dissolver e eliminar da emulsão os cristais de 
haleto de prata não revelados, fixando a imagem. Torna transparentes as áreas não irradiadas no filme 
radiográfico. O tiossulfato de amônia e o tiossulfato de sódio (hipossulfito de sódio), também 
conhecido como “hipo”, podem ser usados com essa função. 
• Agente preservador – É responsável por evitar a decomposição do fixador e auxiliar no 
clareamento do filme radiográfico. Geralmente, é usado o sulfito de sódio. 
• Agente endurecedor – É responsável por impedir o amolecimento da gelatina (curtir a 
gelatina). Impede que a gelatina se desfaça durante a lavagem ou secagem do filme radiográfico. Os 
compostos químicos, como alúmem de potássio, alúmem de cromo, cloreto de alumínio e sulfato de 
alumínio, podem ser usados com essa função. 
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 Componentes químicos do processamento radiográfico 
 
 
Exercício 
 
01. Röntgen proferiu a única conferência científica sobre a sua descoberta (raios X) em 23 de Janeiro 
de 1896 na: 
A. Universidade de Zurique 
B. Sociedade Físico-Médico de Würzburg 
C. Universidade de Kaiser-Ludwig 
D. Universidade Hessian-Ludwig 
E. Sociedade Médica de Berlim 
 
02. A propriedade dos raios X que possibilita a utilização dos écrans intensificadores é a de: 
A. Atravessar corpos opacos à luz 
B. Tornar fluorescente certos sais de metálicos 
C. Ser completamente invisível 
D. Propagar-se em linha reta 
E. Exercer efeito biológico 
 
03. Não representa causa de aparecimento de artefatos na radiografia: 
A. Manuseio inadequado do filme radiográfico, com mãos úmidas 
B. Falta de conservação dos chassis e écrans 
C. Aumento da distância objeto-filme 
D. Fricção do filme radiográfico 
E. Falta de conservação dos chassis e écrans 
 
04. Não é um limitador de campo: 
A. Cilindro 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 23 
 
B. Diafragma 
C. Cone 
D. Grade antidifusora 
E. Colimador ajustável 
05. As radiografias computadorizadas (digitais) para serem obtidas utilizam um sistema de 
armazenagem através de: 
A. Gadolínio 
B. Fósforo 
C. Xenônio 
D. Silicone 
E. Selênio 
 
06. A denominação flou significa: 
A. O máximo de contraste e nitidez em uma imagem radiográfica 
B. A relação dos princípios físicos que regem a formação da imagem radiográfica 
C. A falta de nitidez de uma imagem radiográfica 
D. A boa visualização dos contornos de uma região anatômica 
E. A imagem radiográfica gerada no écran fluoroscópico 
 
07. Quais os principais sistemas informatizados responsáveis pelo gerenciamento da imagem 
radiográfica digital? 
A. PACS, comando digital e HIS 
B. PACS, processadora digital e comando digital 
C. PACS, RIS e processadora digital 
D. RIS, processadora digital e HIS 
E. PACS, RIS e HIS 
 
08. A substância contida no fixador que torna transparente as áreas não irradiadas no filme 
radiográfico chama-se: 
A. Hipossulfito de sódio e tiossulfato de amônia 
B. Ácido acético e ácido sulfúrico 
C. Alúmem de potássio e cloreto de alumínio 
D. Sulfato de alumínio e sulfito de sódio 
E. Sulfito de sódio e alúmem de cromo 
 
09. A função do ácido acético no mecanismo de fixação do filme radiográfico é: 
A. Dissolver e eliminar da emulsão os cristais de haleto de prata não revelados, fixando a imagem 
B. Neutralizar as porções alcalinas do revelador levadas pelo filme radiográfico 
C. Impedir o amolecimento da gelatina (curtir a gelatina) 
D. Evitar a decomposição do fixador e auxiliar no clareamento do filme radiográfico 
E. Remover todos os traços remanescentes dos produtos químicos utilizados no processamento 
 
10. Qual o procedimento correto quando há contaminação da solução reveladora em uma 
processadora automática? 
A. O tanque do revelador deve ser esvaziado e em seguida coloca-se uma nova solução 
B. Os tanques do revelador e do fixador devem ser esvaziados e em seguida colocam-se novas soluções 
C. O tanque do revelador deve ser esvaziado e lavado e em seguida coloca-se uma nova solução 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 24 
 
D. Após o tanque do revelador ser esvaziado e limpo, deve-se a seguir enchê-lo com água, colocar a 
máquina para funcionar por algum tempo, esvaziando-o, e, finalmente, colocar nova solução 
E. O tanque do fixador deve ser esvaziado e limpo e em seguida coloca-se nova solução 
 
11. A substância química responsável pela característica alcalina do revelador é: 
A. Hidroquinonae sulfito de potássio 
B. Glutaraldeído e sulfito de sódio 
C. Carbonato de potássio e hidróxido de sódio 
D. Metol e hidroquinona 
E. Metol e sulfito de sódio 
 
12. As substâncias químicas que fazem parte da composição do revelador e têm função redutora são: 
A. Metol e iodeto de potássio 
B. Metol e sulfito de sódio 
C. Hidroquinona e sulfito de potássio 
D. Metol e hidroquinona 
E. Brometo de potássio e carbonato de potássio 
 
13. Em relação ao processamento do filme radiográfico pode-se afirmar que: 
A. É iniciado com o processamento manual, passando em seguida para o processamento automático 
B. Só pode ser realizados em filmes radiográficos de dupla emulsão 
C. É iniciado com o processamento automático, passando em seguida para o processamento manual 
D. Pode ser realizado por meio do processamento manual ou automático 
E. Só pode ser realizado utilizando-se processadoras automáticas 
 
14. A colgadura é um acessório utilizado no (a): 
A. Processamento automático do filme radiográfico 
B. Fixação da grade antidifusora 
C. Processamento manual do filme radiográfico 
D. Colimação do feixe de radiação 
E. Iluminação de segurança da câmara escura 
 
15. As caixas de filmes radiográficos, abertas (em uso), devem ser guardadas na: 
A. Câmara escura, fechadas e empilhadas (na horizontal), no local de manuseio 
B. Câmara clara, abertas e empilhadas (na horizontal) 
C. Câmara clara, fechadas e arrumadas na vertical 
D. Câmara escura, dentro de um móvel próprio completamente vedado à entrada de luz 
E. Na sala de exames, fechadas e empilhadas (na horizontal) 
 
16. A iluminação de segurança de uma câmara escura: 
A. Pode ser obtida usando-se uma lâmpada incandescente vermelha de 60 W 
B. Pode ser obtida com a centralização de uma lâmpada incandescente comum de 15 W 
C. É um tipo de luz de determinada intensidade e comprimento de onda fora da faixa de sensibilidade 
do filme radiográfico 
D. Pode ser obtida utilizando-se uma lâmpada incandescente comum de 15 W, localizada no teto 
E. Deve ser localizada, no mínimo a 1,80m do local de manuseio do filme radiográfico 
 
17. Em relação à iluminação no interior da câmara escura, é correto afirmar: 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 25 
 
A. Deve possuir, além da lâmpada de segurança comum (no teto), uma “iluminação de segurança”, 
distante no mínimo 0,5 m do local de manuseio do filme radiográfico 
B. deve possuir apenas uma “iluminação de segurança”, distante no mínimo 2 m do local de manuseio 
do filme radiográfico 
C. Não deve possuir nenhum tipo de iluminação 
D. Deve possuir apenas uma lâmpada comum (no teto) 
E. Deve possuir, além da lâmpada comum (no teto), uma “iluminação de segurança”, distante no 
mínimo 1,20 m do local de manuseio do filme radiográfico 
 
18. A temperatura ambiente ideal para uma câmara escura deve estar situada na faixa de: 
A. 10 e 15°C 
B. 13 e 17°C 
C. 15 e 25°C 
D. 20 e 27°C 
E. 10 e 24°C 
 
19. Qual o fator que não afeta a transmissão do feixe de raios X através do corpo? 
A. Número atômico 
B. Densidade 
C. Área 
D. Energia do feixe de raios X 
E. Espessura 
 
20. Em relação a chassis, é correto afirmar que: 
A. No chassi com janela, esta se localiza em um dos cantos do chassi do lado posterior do chassi 
B. O lado posterior de um chassi é o lado que deve estar voltado para o tubo de raios X por ocasião do 
exame radiográfico 
C. O écran é montado (colado) na face externa dos lados do chassi 
D. O lado anterior de um chassi possui presilhas de fixação 
E. No chassi com grade, esta se encontra fixada na face interna do lado posterior 
 
21. Para se obter uma radiografia que permita melhor detalhe radiográfico e melhor nitidez, deve-
se: 
A. Usar écran de grãos finos e foco fino 
B. Usar écran de grãos grossos e foco fino 
C. Usar écran de grãos finos e foco grosso 
D. Utilizar técnica de baixo kV e foco fino 
E. Utilizar foco grosso e tempo de exposição longo 
 
22. As radiografias que se mostram sem precisão de detalhes, devido ao mau contato dos écrans 
com o filme radiográfico, são chamadas de: 
A. Flou 
B. Branca 
C. Velada 
D. Queimada 
E. Penetrada 
23. O fator que contribui para a redução do tempo de exposição é: 
A. Écran intensificador 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 26 
 
B. grade antidifusora 
C. Distância foco-filme 
D. Distância foco-objeto 
E. Colimação 
 
24. Os écrans que envolvem o filme radiográfico no interior do chassi são mais eficientes em 
detectar os raios X, porém em detrimento da nitidez, indique o procedimento radiográfico em que é 
usado apenas um écran no chassi: 
A. Planigrafia 
B. Mielografia 
C. Mamografia 
D. Urografia 
E. Exames no leito 
 
25. Écran fluoroscópico é o mesmo que: 
A. Écran de fósforo 
B. Écran radioscópico 
C. Écran de terras raras 
D. Écran reforçador 
E. Écran azul 
 
26. As caixas de filmes radiográficos virgens (fechadas) devem ser guardadas da seguinte maneira: 
A. Na câmara escura empilhadas horizontalmente 
B. Em lugar arejado e fresco, protegido do calor e radiação, colocados na vertical 
C. Na sala de exames, colocadas na vertical sem a necessidade de proteção contra a radiação, pois o 
filme encontra-se dentro de um saco aluminizado 
D. Em lugar arejado e bem iluminado, de preferência exposto à luz solar, empilhadas horizontalmente 
E. Na Câmara escura, protegidas do calor e radiação, empilhadas horizontalmente 
 
27. Os fótons de raios X, ao atingirem os écrans, tornam-os: 
A. Refratários 
B. Radiopacos 
C. Fluorescentes 
D. Refletores 
E. Radiotransparentes 
 
28. O tungstato de cálcio é um elemento químico empregado na fabricação do seguinte material 
radiográfico: 
A. Filtro adicional 
B. écran reforçador 
C. Grade antidifusora 
D. Chassi de carbono 
E. Filme monoemulsionado 
 
29. O saco aluminizado ou saco preto existente na caixa de filmes radiográficos tem por finalidade: 
A. Proteger o filme dos raios X 
B. Propiciar uma maior aderência do filme ao écran 
C. Proteger a base do filme 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 27 
 
D. Evitar a umidade no filme 
E. Propiciar uma maior sensibilidade do filme aos raios X 
 
30. Faz parte da composição de um écran: 
A. Nitrato de prata 
B. Nitrato de amônia 
C. Tungstato de cálcio 
D. Nitrato de alumínio 
E. Tungstato de fósforo 
 
31. O filme monoemulsionado possui as seguintes características: 
A. Pouco detalhe e alta densidade 
B. Muito detalhe e baixa velocidade 
C. Média definição e baixo contraste 
D. Muito detalhe e alta velocidade 
E. Pouco detalhe e baixa velocidade 
32. Se for colocado um corpo humano, entre o tubo de raios X e a tela, os efeitos produzidos no 
écran radioscópico são: 
A. Diferentes intensidades luminosas, conforme o grau de absorção dos raios X 
B. Áreas mais escuras no écran radioscópico são denominadas radiopacas 
C. Áreas mais claras no écran radioscópico são denominadas radiotransparente 
D. O corpo humano absorve parte da radiação X, em função de sua espessura, densidade e de seu 
número atômico 
E. Todas as alternativas estão corretas 
 
33. Após atravessar o objeto e antes de atingir o anteparo (filme), o feixe de raios X atenuado cria 
uma imagem, denominado imagem: 
A. Luminosa 
B. Latente 
C. Radiante 
D. Radioscópica 
E. Especular34. O processamento automático completo de uma radiografia consiste em: 
A. Enegrecer as partes do filme que ficaram expostas aos raios X e manter transparentes as partes não 
expostas 
B. Revelar o filme 
C. Revelar e fixar o filme 
D. Transformar a imagem latente em imagem radiante 
E. Revelar, fixar, lavar e secar o filme 
 
35. Em um écran radioscópico, uma área escura corresponde a uma imagem: 
A. Radiopaca 
B. Radiotransparente 
C. Dinâmica 
D. Flou 
E. Estática 
 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 28 
 
36. Em uma radiografia, uma área escura corresponde a uma imagem: 
A. Radiopaca 
B. Radiotransparente 
C. Dinâmica 
D. Flou 
E. Estática 
 
37. Não é substância integrante do revelador: 
A. Metol 
B. Hidroquinona 
C. Carbonato de sódio 
D. Sulfito de sódio 
E. Hipossulfito de sódio 
 
38. O ato de atritar o filme radiográfico, por manuseio incorreto, pode acarretar o seguinte e danoso 
efeito: 
A. Criar bolhas 
B. Imprimir digitais 
C. Diminuir o véu de base 
D. Alterar a densidade óptica 
E. Provocar eletricidade estática 
 
39. Os tampos flutuantes localizados dentro dos reservatórios (tanques) das substâncias químicas, 
empregados para processamento dos filmes radiográficos, têm a seguinte finalidade: 
A. Evitar contato d substância química com o ar 
B. Diminuir a entrada de luz 
C. Permitir rápida regeneração 
D. Prevenir transbordamento 
E. Manter o líquido sobre pressão 
 
40. O uso de écrans intensificadores dentro do chassi tem como objetivo primordial: 
A. Diminuir a dose de radiação 
B. Melhorar o detalhe da imagem 
C. Aumentar o contraste do filme 
D. Impedir a ação da luz vermelha 
E. Facilitar o manuseio dos filmes 
 
41. A imagem formada em um filme radiográfico exposto aos raios X, mas ainda não processado 
quimicamente, chama-se: 
A. Real 
B. Branca 
C. Latente 
D. Luminosa 
E. Radiográfica 
 
42. A chamada “imagem latente” é produzida no filme radiográfico pela ação: 
A. Dos raios X 
B. Do revelador 
 
 
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C. Do fixador 
D. Da lavagem 
E. Da secagem 
 
43. Qual das seguintes alternativas não consiste em etapa do processamento manual do filme 
radiográfico: 
A. Banho revelador 
B. Banho fixador 
C. Banho Interruptor 
D. Limpeza dos chassis radiográficos 
E. Secagem 
 
44. O não funcionamento do termostato de uma processadora automática de filmes radiográficos, 
que permite uma temperatura excessivamente alta do revelador, acarreta: 
A. Aumento da qualidade da revelação 
B. Aumento da qualidade da fixação 
C. Aumento do véu de base 
D. Perda no contraste 
E. C e D estão corretas 
 
45. Não é componente integrante do fixador: 
A. Hipossulfito de sódio 
B. Hidróxido de potássio 
C. Ácido acético glacial 
D. Alúmen de cromo 
 
46. Se a temperatura do revelador de uma processadora automática de filmes radiográficos estiver 
muito abaixo da temperatura ideal, sem alteração do tempo de processamento, teremos como 
resultado uma radiografia: 
A. Mais escura que o normal 
B. Absolutamente normal 
C. Mais clara que o normal 
D. Com aparência de filme velado 
E. Pouco fixada 
 
47. O componente comum ao revelador e ao fixador é: 
A. Hipossulfito de sódio 
B. Hidroquinona 
C. Sulfito de sódio 
D. Brometo de potássio 
E. Alúmen de cromo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 30 
 
Mamografia Digital vs Mamografia Convencional 
Desde 1913, quando Albert Salomon, Cirurgião da Surgical Clinic of Berlin University, utilizou a 
radiografia convencional para o diagnóstico do câncer de mama, notou-se que seria necessário um 
método diferenciado para este tipo de estudo, iniciou-se então, desde esta época um processo de 
estudo diferente para mama. Diversos métodos e equipamentos foram criados, com o intuito de cada 
vez mais, aproximar-se de um diagnóstico mais preciso. 
 O sistema de écran-filme, associado a um equipamento específico para o exame de mamografia, 
e a gravação da imagem na película através de reações de agentes químicos, até hoje, vem sendo o 
método mais utilizado para o exame da mama, e em tempos de tecnologia, a pesquisa nos achados 
clínicos da mama, sofre um avanço considerável com o diagnóstico digital. 
 No período de 2003 a 2005, o ACR (American College of Radiology) dirigiu um estudo realizado 
em 33 locais divididos entre os Estados Unidos e o Canadá, submetendo um total de 49.528 mulheres 
assintomáticas a realizar um exame de mamografia em ambos os sistemas - Convencional e Digital - 
com interpretação independente de dois médicos, um para cada exame, com a finalidade de comparar 
a eficácia de ambos os sistemas. 
 O DMIST (Digital Mammographic Imaging Screening Trial) foi idealizado para medir diferenças 
relativamente pequenas, mas potencialmente importantes, do ponto de vista clínico, na precisão 
diagnóstica entre mamografia digital e a mamografia convencional. As empresas participantes deste 
estudo, como a Fuji-Film, Hologic-Lorad, Fischer Medical, General Eletric Medical System, cederam, em 
alguns casos, os próprios sistemas para realização deste estudo. 
 Como conclusão do DMIST, foi observada que a precisão diagnóstica global da mamografia 
convencional foi semelhante a mamografia digital, mas a mamografia digital é mais precisa em 
mulheres abaixo da idade de 50 anos, mulheres com mamas densas e mulheres em período pré-
menopausal ou peri-menopausal, sem levar em consideração o pós-processamento das imagens, 
inerente ao sistema de mamografia digital. 
Comparação entre os sistemas: Convencional e Digital 
 
Fig. 1: Esquema do aparelho utilizado para ambos os sistemas. 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 31 
 
 O anodo de um equipamento de mamografia é constituído de molibdênio (O molibdênio 
contém uma maior porcentagem de fotônios de baixa energia, facilmente absorvidos). 
 O posicionamento da (o) paciente é o mesmo para ambos os sistemas. 
 
 Fig. 2: posicionamento da Paciente. 
 Uma das grandes desvantagens do sistema convencional é o processamento da imagem, pois 
este, está sujeito a reações químicas de agentes que irão fixar a imagem no filme. 
 
 Após a gravação da imagem esta é avaliada pelo Tecnólogo/Técnico, que envia a imagem ao 
médico Radiologista para ser interpretada. 
Resumindo: 
E o que muda no sistema CR? 
 A principio, o sistema digital foi criado para redução de dose efetiva, pois devido a placa de 
fósforo utilizada possuir uma latitude de exposição ampla, técnicas de menor exposição podem ser 
empregadas em alguns sistemas digitais, sem perda de informações. 
 
 
Administração de Laboratório – Câmara Escura 32 
 
 
 A mudança inicia-se pelo chassi que utiliza uma placa de fósforo que armazena os raios-x 
residuais, esta placa é denominada Imaging plate (IP).Fig. 5: IP sendo colocado em chassi de CR 
 Após a exposição, o IP é introduzido em uma leitora que faz a liberação da energia armazenada, 
realizando a conversão do sinal analógico para o sinal digital. 
 
Fig. 6: Leitora de IP 
 Logo após a leitura do IP, a imagem já digitalizada estará disponível no monitor do console do 
profissional que estará incumbido de realizar o pós-processamento desta imagem podendo, também, 
este profissional, enviar para a estação de laudo do médico ou até mesmo, imprimir a imagem. 
 
 
 
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Fig. 7: Estação de laudo do médico 
 A estação de laudo deve possuir monitores de alta resolução, tela anti-refletiva, e recursos de 
tratamento como, inversão de valores (negativo-positivo), mensuração de ângulos, densidades, 
estruturas, magnificação (total ou localizada), alteração do brilho e contraste, recursos diferenciados 
para impressão, entre outros recursos. Alguns destes recursos também estarão disponíveis no console 
do Tecnólogo/Técnico. 
 Uma das grandes vantagens do sistema digital é a impressão das imagens que são feitas em 
equipamentos específicos. Estes equipamentos funcionam sem a influência de agentes químicos, 
podendo ser impressas a laser, gerando uma qualidade de imagem muito maior. 
 
Fig. 8: Impressora a laser 
Resumindo: 
 Vantagens do sistema digital (CR) 
1- Diminuição de técnica (kV/mAs) em torno de 25% (em alguns sistemas). Menos exposição aos 
efeitos nocivos e cumulativos (mAs) do (a) paciente, Tecnólogo/Técnico e maior durabilidade da 
ampola; 
 
 
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 2- PEM algoritmo que procura o centro de gravidade e a borda (edge) da patologia (ex: 
microcalcificação). Caso não os tenha a imagem não existe evitando, assim, o falso-positivo. O PEM 
opera em conjunto com a placa de fósforo de dupla face (Dual Side Reading), ambos patentes 
FujiMedical; 
 3- Sistema Mult Load. Permite a leitura em fila, de quatro placas de fósforo, agilizando assim, o serviço 
e aumentando a produtividade do aparelho de raios-x/mamógrafo; 
 4- Permite digitalizar todo o serviço de raios-x/mamografia com um único aparelho CR, sem 
necessidade, a priori, de atualizar a base instalada (modalidades); 
5- Permite armazenar as imagens em mídia, tais como CD (capacidade 750Mb), DVD (capacidade 3Gb) 
ou fita magnética (capacidade medida em Tb), considerando-se que um tórax (35 x 43) 
aproximadamente 8Mb, por exemplo. Esse armazenamento de imagem é previsto no Código de Ética 
Médica (CEM), transferindo a responsabilidade do referido armazenamento ao médico. A relação 
médico-paciente é vista como a de consumidor, portanto, além do CEM, as penalidades do não 
armazenamento pelo serviço (hospital/clínica) são previstas pelo Código de Defesa do Consumidor e, 
dependendo da extensão/gravidade do diagnóstico (erro médico, tratamento, medida adotada 
(cirúrgica ou não), etc.) a não preservação da imagem pode passar para instâncias judiciárias 
superiores; 
 6- Fideliza o paciente/médico cliente ao serviço. Quando o médico solicitante encaminha um paciente 
ao hospital/clínica para um exame radiológico de rotina, o médico pode acompanhar a evolução ou 
involução da patologia, tais como, CA, pré durante e pós- cirúrgico, se o tratamento está respondendo 
positivamente ou não, se a medicação/RT/QT está sendo adequada, etc; pois a radiologia, pode 
através de marketing, disponibilizar ,rotineiramente ou não, imagens/exames (ex.: controle de CA de 
mamo) anteriores em CD e só esta clínica/hospital terá os dados armazenados; 
 7- Diminuição de perda de filmes/tempo de espera do paciente. O Tecnólogo/Técnico terá a 
visualização do exame antes da impressão e somente se houver erro de posicionamento ou erro 
exagerado na técnica, haverá perda do exame, pois se o erro da técnica for médio, a imagem poderá 
ser trabalhada em brilho/contraste, latitude e sensibilidade resumindo num melhor fluxo de trabalho, 
pois o paciente não necessitará aguardar a revelação do filme para saber se precisa repetir o exame, 
aumentando a produtividade do serviço (menos tempo de espera = a mais pacientes/exames = maior 
lucratividade do serviço de radiologia); 
 8- Permite a distribuição de um exame (ex.: contrastado) num único filme, dividindo-o em até quatro 
(CR Console) ou até dezesseis imagnes (Estação de laudo). O software permite formatações diversas de 
imagens. No caso de área cardíaca, por exemplo, pode se documentar num filme 20 x 25 e imprimir 
uma régua em milésimo de milímetros na área de interesse ou, no caso de uma espondilite 
anquilosante, cifose, escoliose, solução de continuidade, imprimir uma régua goniométrica para 
estabelecer os ângulos num filme 20x25, ou imprimir coluna frente/perfil num único filme, resultando 
numa maior economia final. 
Disposições Gerais: 
 a) Com o PACS, as imagens digitalizadas podem ser distribuídas no hospital (Centro Cirúrgico, UTI, 
Ambulatórios/consultórios, Andares e enfermarias) sem necessidade de tráfego de películas pelo 
hospital, diminuindo as despesas com o mesmo ou risco de extravio; 
 
 
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 b) Com a adoção de impressoras (Dry Pix) + CR elimina-se a câmara escura/clara e os inconvenientes 
(consumo de químicos, água, luz em excesso, estação de tratamento de efluentes químicos/água), 
dando um aproveitamento mais racional dos espaços, que têm, obviamente, um custo financeiro para 
a instituição e tornando-a mais ecologicamente correta. 
 
Conclusão: 
 
 Desde quando Albert Salomon, pioneiro do estudo da mama, através do uso de raios-x, iniciou 
a investigação diferenciada para a mama, os métodos de obtenção e armazenamento das imagens 
radiológicas evoluíram muito. A Mamografia convencional de écran-filme, com seu processamento 
químico associado e os arquivos de filmes, estão sendo gradativamente substituídos pela tecnologia 
digital, portanto, os estudantes e profissionais que pretendem se colocar no mercado, precisam ter 
esta compreensão de tecnologia, pois o futuro é digital! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Terminologias Usadas na Radiologia (Laboratório) 
A 
Atenuação – Redução da intensidade sofrida por um feixe de raios X quando este atravessa a matéria. 
B 
Barita – Substância homogênea (argamassa) usada para revestimento das paredes, pisos e tetos das 
salas de exames radiológicos, como forma de proteção radiológica. 
Borramento – Ausência de nitidez em uma radiografia. 
Bucky – Dispositivo em que se encontra a grade; quando o disparador é acionado, o Bucky 
Faz com que a grade entre em movimento, evitando que grande parte da radiação secundária chegue 
ao filme. 
C 
Cassete – caixa rígida utilizada para armazenar o écran e o filme, quando da sua exposição; chassi. 
Câmara Clara – Local destinado a fazer o controle de qualidade da radiografia. 
Câmara Escura – Local destinado a receber os chassis com os filmes já expostos a radiação para fins de 
processamentos dos mesmos. 
Cátodo – terminal negativo do tubo de raios X. 
Chassi – Veja “cassete”. 
Chumbo– Utilizado para recobrir paredes, teto e piso da sala de exames, servindo como proteção 
individual a trabalhadores, pacientes, etc. 
Cilindro – Tubo cilíndrico oco de metal, revestido internamente com chumbo, utilizado para limitar a 
largura do feixe dos raios X, quando acoplado ao tubo para a realização de exames específicos. 
Colimador – Dispositivo colocado na saída da calota do tubo para regular o tamanho e a forma do feixe 
de raios X. 
Colgadura – Arco retangular de aço inox dotado de quatro presilhas em cada ângulo destinado a 
prender o filme exposto para o processamento radiográfico manual. 
Cone – Tubo cônico de metal, revestido internamente de chumbo e que pode ser acoplado ao tubo 
para a realização de exames específicos. 
Contraste – Diferença de densidade existente entre diversas regiões de um filme radiográfico. 
Corpo Estranho – Qualquer artefato que esteja presente no corpo e que não pertença a este. 
D 
DFF – Distância foco-filme 
Detalhe – Nitidez de estruturas na radiografia. 
Distorção – Representação errônea do tamanho ou do formato do objeto projetado em meio de 
registro radiográfico. 
Diafragma – Limitador do feixe de raios X, que normalmente é feito de chumbo. 
Disparador – Dispositivo ligado à mesa de comando que, quando acionado, tem a dupla função de 
girar o ânodo (em equipamentos com o ânodo giratório) e disparar os raios X (em equipamentos com 
ânodo giratório e ânodo fixo). 
Divisor de Chumbo – Placa de diversos tamanhos utilizada para cobrir as partes do filme que serão 
usadas para outras incidências. 
DOF – Distância objeto-filme. 
E 
Écran – Tela intensificadora dupla, presa às partes internas do chassi, com o propósito de reduzir a 
dose de radiação do paciente. 
 
 
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Espessômetro – Instrumento (acessório) radiológico utilizado para medir a espessura do corpo ou 
parte a ser radiografada. 
Emulsão – É a parte principal do filme radiográfico; e nela que se encontra a gelatina contendo os 
cristais de brometo de prata. 
Estativa Vertical – Suporte vertical para filmes de todos os tamanhos, deixando-os dispostos para as 
radiografias com paciente em posição ortostática. 
F 
Feixe – Uma emissão unidirecional de radiação eletromagnética ou corpuscular. 
Filme Radiográfico – O filme radiográfico é constituído por uma emulsão fotograficamente ativa, 
espalhada pelos dois lados de uma folha de plástico transparente, denominada base; essa emulsão é 
protegida contra danos mecânicos por uma fina camada conhecida como camada protetora. 
Fixação – Processo realizado após a revelação do filme, em que o restante dos haletos de prata da 
emulsão é retirado e a camada de gelatina é endurecida. 
G 
Grade – Trata-se de uma série se folhas de chumbo separado por um material transparente aos raios 
X; é considerado um meio muito eficiente para remoção de radiação espalhada em radiografias com 
grandes campos. 
H 
Haleto de prata – Material fotossensível da emulsão; nos filmes radiográficos, apresenta uma 
composição entre 90 a 99% de brometo de prata e de 1 a 10% de iodeto de prata. 
I 
Imagem – Representação da forma ou do aspecto de um objeto por meio de luz ou radiação, em 
movimento ou após o processamento. 
Imagem Latente – Um filme, quando exposto à radiação; embora a imagem ainda não seja visível, esse 
filme contém informações sobre a intensidade da radiação sobre ele; tem-se assim, a chamada 
imagem latente. 
Incidência – Termo de posicionamento que descreve a direção ou o trajeto do feixe de raios X. 
L 
Luvas de Chumbo – Luvas dotadas de um revestimento de chumbo flexível, utilizadas nas salas de 
exames para proteção individual. 
Luz de Segurança – Iluminação de baixa intensidade colocada dentro da câmara escura. 
M 
Mesa de comando – Permite ao operador selecionar a tensão, a corrente e o tempo de exposição, 
apropriados para um exame radiológico. 
Mesa de Exame – É composta de uma mesa horizontal e de um tubo de raios X que pode ser 
deslocado através de um trilho. 
N 
Negatoscópio – Dispositivo com iluminação, utilizado em radiodiagnóstico, para analisar, com 
detalhes, uma radiografia. 
O 
Óculos Plumbífero – Óculos especiais de lentes plumbíferas (com chumbo), utilizados para proteção 
individual do operador de raios X. 
P 
Painel de Controle – O mesmo que mesa de comando; permite ao operador selecionar a tensão, a 
corrente e o tempo de exposição apropriada para um exame radiológico. 
 
 
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Processadora – Equipamento automático utilizado para revelação, fixação, lavagem e secagem de 
filmes radiográficos. 
R 
Radiologia – Ciência que estuda as radiações e seu emprego para fins diagnósticos e tratamento. 
Radiação – Qualquer forma de energia que se origine em uma fonte, propagando-se por meio de um 
material ou do vácuo. 
Radiografia – Processo de produção da imagem de estrutura interna do corpo, para fins de 
diagnóstico, por meio de raios X. 
Radiopaco – Qualquer objeto (corpo) que seja mais visível em uma radiografia (imagem branca). 
Radio transparente – Qualquer objeto (corpo) que não seja visível em uma radiografia (imagem preta). 
Revelação – Procedimento que tem por objetivo transformar uma imagem fotográfica latente em 
imagem visível estável. 
Resolução – Capacidade que a emulsão possui para registrar imagens separadas de pequenos objetos 
colocados próximos uns dos outros. 
Radiação Ionizante – Radiação capaz de ionizar (captar elétrons), direta ou indiretamente, dos átomos 
do meio material por onde passa; pode ser prejudicial ou saudável. 
Radiação Espalhada – Radiação que atravessa um corpo, produzindo, ao chocar-se com os átomos 
desse corpo, novas radiações, que sempre são de direção oblíqua e dirigida no sentido foco-filme. 
Radiação Secundária – Ver radiação espalhada. 
Raios X – Ondas eletromagnéticas que são produzidas quando um feixe de elétrons é rapidamente 
desacelerado no choque com o alvo. 
RC – Raio central. 
Röntgen – Descobridor dos raios x e de suas propriedades, em 1895. 
T 
Tempo de Exposição – Período em que ocorre a exposição aos raios X; esse fator radiológico, que é 
expresso em segundos (ou seus múltiplos), está associado à corrente, obtendo-se assim a 
corrente/segundo, que expressa à quantidade total de raios X. 
Transformador – Dispositivo eletrônico utilizado para aumentar ou diminuir a voltagem em um 
circuito. 
Tubo – Componente principal do equipamento radiológico, em que são produzidos os raios X. 
Tomografia Computadorizada – Método que permite examinar as várias partes do corpo em cortes ou 
fatias axiais (transversais), sendo as imagens obtidas por meio de raios X e do auxílio de computadores. 
Tungstato de Cálcio – Fósforo utilizado em telas intensificadoras que produzem luz visível durante o 
disparo de raios X, impressionando, assim, o filme radiográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
BIASOLI Júnior, Antônio Mendes. Técnicas radiográficas – Rio de Janeiro: Livraria e 
Editora Rúbio, 2006. 
 
BIASOLI Júnior, Antônio Mendes. Perguntas e respostas comentadas

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