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ETAPAS DE UMA OBRA DE PAVIMENTAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO

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Prévia do material em texto

Universidade Federal do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
 
ETAPAS DE UMA OBRA DE PAVIMENTAÇÃO E 
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO PARA UMA 
VIA NA ILHA DO FUNDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Anna Carolina Rossi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017
i 
 
 
 
 
 
 
ETAPAS DE UMA OBRA DE PAVIMENTAÇÃO E 
DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTO PARA UMA 
VIA NA ILHA DO FUNDÃO 
 
 
Anna Carolina Rossi 
 
 
 
Trabalho de Graduação apresentado ao 
Curso de Engenharia Civil da Escola 
Politécnica, Universidade Federal do Rio de 
Janeiro, como parte dos requisitos 
necessários à obtenção do título de 
Engenheiro. 
 
Orientador: Sandra Oda 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
Fevereiro de 2017
ii 
 
ETAPAS DE UMA OBRA DE PAVIMENTAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DE 
PAVIMENTO PARA UMA VIA NA ILHA DO FUNDÃO 
 
 
 
 
Anna Carolina Rossi 
 
 
TRABALHO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE ENGENHARIA 
CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE 
DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL. 
 
 
Examinado por: 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Sandra Oda – DET/UFRJ 
 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Giovani Manso Ávila – DET/UFRJ 
 
 
 
________________________________________________ 
Eng. Leonardo Santana Cavalcanti – Secretaria de Obras - PCRJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, RJ – Brasil 
Fevereiro de 2017 
iii 
 
 
 
Rossi, Anna Carolina 
 Etapas de uma obra de pavimentação e 
dimensionamento para uma via na Ilha do Fundão/ Anna 
Carolina Rossi. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 
2016. 
IX, 65 p.: il.; 29,7 cm. 
 Orientador: Sandra Oda 
 Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica 
/ Curso de Engenharia Civil, 2017. 
 
Referências Bibliográficas: p. 60. 
 1. Pavimentação 2. Contagem de tráfego 3. 4. Método 
do DNER. 
 I. Oda, Sandra II. Universidade Federal do Rio de 
Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. 
Etapas de uma obra de pavimentação e aplicação no campus 
da UFRJ na Ilha do Fundão. 
iv 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Agradeço primeiro a minha família que sempre me apoia em todos os 
projetos da minha vida e me dá sempre toda a estrutura necessária para eu 
alcançar minhas conquistas e objetivos. 
Agradeço ao homem mais importante da minha vida, meu pai Humberto, 
que sempre me mostrou que com honestidade e garra sempre é possível 
atingir todos os objetivos de nossas vidas. 
A minha melhor e eterna amiga, minha mãe Maria Angelina, que sempre 
me apoia e suporta nas decisões e está sempre disposta a fazer tudo para que 
eu possa realizar meus sonhos, além de entender meus momentos de stress 
durante os anos de faculdade e realização desse trabalho. 
Meus irmãos Guilherme e Fellipe, que são como pais para mim, e que 
serviram como exemplo de sucesso na minha vida. 
 Aos meus amigos da faculdade que fizeram que essa etapa da minha 
vida se tornasse ainda mais inesquecível. 
 Ao meu namorado Miguel, que sempre me apoiou em todas as minhas 
necessidades e estresse durante a faculdade. 
 A minha melhor amiga Bianca que sempre está comigo em todas as 
minhas conquistas e me conforta nos momentos ruins. 
 A minha orientadora Sandra Oda que sempre está disposta a ajudar, 
mesmo que tenha outros alunos para orientar sempre arrumou espaço para me 
auxiliar nesse projeto, além de ser uma excelente professora que me fez ter 
gosto por pavimentação e decidir escrever esse projeto. Um exemplo de 
professora que se tornou amiga e aturou alguns momentos de falta de 
esperança que esse projeto pudesse sair em tão pouco tempo. 
 E a Deus, em quem depositei todas as esperanças e me deu força para 
seguir firme durante todos os anos de faculdade. 
v 
 
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ 
como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro 
Civil. 
 
Etapas de uma Obra de Pavimentação e Dimensionamento de Pavimento 
para uma Via na Ilha do Fundão 
 
Anna Carolina Rossi 
 
Fevereiro/2017 
 
Orientador: Sandra Oda 
Curso: Engenharia Civil 
 
Diariamente os cidadãos precisam deixar seus lares para irem ao trabalho e na 
maioria dos casos utilizam as vias da cidade para tal. A rapidez e segurança 
dessas viagens estão ligadas diretamente a qualidade do pavimento das ruas, 
avenidas e estradas. Muitas pessoas dirigem quilômetros até o trabalho e a 
boa condição das vias se faz cada vez mais importante. Uma boa 
pavimentação requer uma adequada estrutura, porém para que essa estrutura 
seja realizada da maneira correta algumas etapas no projeto são necessárias. 
O foco principal desse trabalho é definir tais etapas explicando a sua 
importância para o projeto final e bom funcionamento do pavimento. Ao fim do 
trabalho um exemplo de um projeto de pavimentação de uma via localizada no 
campus da UFRJ na Ilha do Fundão será apresentado para ilustrar tais etapas 
onde foi dimensionada a estrutura do pavimento pelo Método do DNER e 
realizando uma estimativa do orçamento da obra. 
 
Palavras-chaves: Pavimentação, Contagem de Tráfego, Método do DNER, Ilha 
do Fundão, UFRJ, Orçamento. 
6 
 
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial 
fulfillment of the requirements for the degree of Engineer. 
 
Stages of a Pavement Work and Scaling of Pavement for a Road located at Ilha 
do Fundão 
 
Anna Carolina Rossi 
February/2017 
 
Advisor: Sandra Oda 
Course: Civil Engineer 
 
 
Citizens need to leave their home to go to work every day, and most of them use the 
roads of the city. The fastest and safest trips depend directly on the quality of the 
pavement of the roads. A lot of people drive miles to get at work and a good 
condition of the roads are increasily important. A good pavement requires an 
adequate structure, however some steps in the project of this structure are needed to 
make this good one. The focus of this paper is to define these steps to explain its 
importance to the project and the good performance of the pavement. In the end of 
this work, an example of a pavement project of a road located in UFRJ campus at 
Ilha do Fundão is shown to illustrate the steps and scaling the structure of the 
pavement using DNER method and estimating the cost of the work. 
 
Key-words: Pavement, traffic counting, DNER method, Ilha do Fundão, Budget. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 11 
1.1. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 11 
1.2. OBJETIVOS ............................................................................................................. 11 
1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................................... 12 
2. PAVIMENTAÇÃO ......................................................................................................... 13 
2.1. DEFINIÇÃO, CONCEITOS E TIPOS DE PAVIMENTOS ..................................................... 13 
2.1.1. Pavimento flexível .......................................................................................... 14 
2.1.2. Pavimento Rígido ........................................................................................... 15 
2.1.3. Pavimento Semirrígido ...................................................................................16 
2.2. MATERIAIS .............................................................................................................. 16 
2.3. CAMADAS ............................................................................................................... 20 
2.3.1. Regularização do subleito............................................................................... 21 
2.3.2. Reforço do subleito ......................................................................................... 22 
2.3.3. Sub-base ........................................................................................................ 23 
2.3.4. Base ............................................................................................................... 23 
2.3.5. Revestimento .................................................................................................. 24 
2.4. SERVIÇOS ............................................................................................................... 24 
2.4.1. Pintura de ligação ........................................................................................... 24 
2.4.2. Imprimação ..................................................................................................... 25 
2.4.3. Fresagem ....................................................................................................... 25 
2.5. DOSAGEM ............................................................................................................... 25 
2.5.1. Misturas de materiais ...................................................................................... 26 
2.5.1.1. Método das tentativas ................................................................................. 26 
2.5.1.2. Método de Ruthfucs .................................................................................... 26 
2.5.1.3. Método de Bailey ........................................................................................ 27 
2.5.2. Mistura Asfáltica ............................................................................................. 28 
2.5.2.1. Procedimento Marshall ............................................................................... 28 
2.5.2.2. Procedimento Superpave ............................................................................ 29 
2.6. DIMENSIONAMENTO ................................................................................................. 29 
2.6.1. Determinação do ISC ..................................................................................... 29 
2.6.2. Determinação do número N ............................................................................ 30 
2.6.3. Coeficiente de equivalência (k) ....................................................................... 32 
3. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ................................................................................. 36 
3.1. ETAPAS DE PROJETO DE PAVIMENTO ........................................................................ 36 
3.1.1. Estudo Preliminar ........................................................................................... 36 
3.1.1.1. Manutenção do pavimento .......................................................................... 37 
3.1.1.2. Reconstrução do Pavimento ....................................................................... 37 
3.1.1.3. Construção do pavimento ........................................................................... 37 
3.1.2. Projeto Básico ................................................................................................ 37 
3.1.2.1. Estudo do local - Levantamento do terreno ................................................. 38 
3.1.2.2. Estudo do pavimento existente ................................................................... 38 
3.1.2.3. Tráfego ....................................................................................................... 38 
a) Contagem manual .......................................................................................... 39 
b) Contagem eletrônica ....................................................................................... 39 
8 
 
3.1.2.4. Caracterização do material do subleito ....................................................... 39 
3.1.2.4.1. Sondagem do subleito............................................................................ 39 
3.1.2.4.2. Ensaio de Compactação do Solo ........................................................... 40 
3.1.2.4.3. Ensaio de Índice de Suporte Califórnia .................................................. 40 
3.1.2.4.4. Ensaio de Caracterização do Solo ......................................................... 41 
3.1.2.4.5. Classificação HRB ................................................................................. 42 
3.1.3. Projeto Executivo ............................................................................................ 43 
3.1.3.1. Elaboração de Projeto ................................................................................. 44 
3.1.3.2. Normas Gerais Aplicáveis ........................................................................... 44 
3.1.3.3. Conteúdo Técnico ....................................................................................... 44 
3.1.3.3.1. Desenho ................................................................................................ 44 
3.1.3.3.2. Memorial Descritivo ................................................................................ 45 
3.1.3.3.3. Orçamento - Planilha de Custos e Serviços ........................................... 45 
a) Serviços preliminares ......................................................................................... 45 
b) Fresagem ........................................................................................................... 46 
c) Pavimentação .................................................................................................... 46 
d) Transporte .......................................................................................................... 46 
e) Limpeza ............................................................................................................. 46 
f) Composição de Custo Unitário de Serviço ......................................................... 46 
4. ESTUDO DE CASO ..................................................................................................... 47 
4.1. LOCALIZAÇÃO .......................................................................................................... 47 
4.2. CARACTERÍSTICAS ................................................................................................... 48 
4.2.1. Análise do pavimento existente ...................................................................... 48 
4.2.2. Dimensionamento ........................................................................................... 50 
4.2.3. Orçamento e planilha de custo ....................................................................... 50 
4.2.4. Número N ....................................................................................................... 51 
4.3. EXEMPLO DE UM PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO .......................................................... 54 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS ................ 61 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 62 
 
 
 
9 
 
LISTA DE FIGURAS: 
 
Figura 1- Estrutura de um pavimento flexível ....................................................................... 15 
Figura 2 - Estrutura de pavimento rígido .............................................................................. 15 
Figura 3 - Estrutura de pavimento semirrígido..................................................................... 16 
Figura 4 - Brita graduada simples ........................................................................................ 17 
Figura 5 - Macadame hidráulico ........................................................................................... 17 
Figura 6 - Macadame seco .................................................................................................. 18 
Figura 7 - Solo agregado ..................................................................................................... 18 
Figura 8 – Rachão ............................................................................................................... 19 
Figura 9 - Exemplo do gráfico do método de Ruthfucs. ........................................................ 27 
Figura 10 - Volumes preenchidos com agregados. .............................................................. 28 
Figura 11 - Fator de equivalência de operações, FEO - Eixo simples .................................. 31 
Figura 12 - Fator de equivalência de operações, FEO - Tandem duplo ............................... 32 
Figura 13 - Fator de equivalência de operações, FEO - Tandem triplo ................................ 32 
Figura 14 - Gráfico de dimensionamento do método do DNER (adaptado) .......................... 34 
Figura 15 - Gráfico de dimensionamento do método do DNER (adaptado) .......................... 35 
Figura 16 - Classificação HRB ............................................................................................. 43 
Figura 17 - Ilha do Fundão ................................................................................................... 47 
Figura 18 - Foto das Condições do Local a ser Pavimentado .............................................. 49 
Figura 19 -Foto das Condições do Local a ser Pavimentado ............................................... 49 
Figura 20 - Foto das Condições do Local a ser pavimentado ............................................... 49 
Figura 21 - Via a ser pavimentada ....................................................................................... 50 
Figura 22 – Gráfico utilizado para o dimensionamento ........................................................ 53 
Figura 23 - Estrutura do pavimento calculado ...................................................................... 54 
Figura 24 - Gráfico utilizado para o dimensionamento ......................................................... 58 
Figura 25 - Estrutura do Pavimento Calculado ..................................................................... 59 
 
 
10 
 
LISTA DE TABELAS: 
 
Tabela 1 - Coeficientes Estruturais ...................................................................................... 33 
Tabela 2 - Relação entre o número N e as espessuras mínimas de revestimento ............... 34 
 
11 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A pavimentação é de importância muito significativa para a população, em um 
mundo globalizado é impossível não necessitar de vias pavimentadas para se 
locomover. Obviamente que em alguns locais nem sempre há uma pavimentação 
adequada, ou nem mesmo qualquer pavimentação, mas é importante que se 
entenda que um projeto de um pavimento bem estruturado e bem executado pode 
trazer benefícios não só para motoristas e sim para a população como um todo. 
 
Muitos acidentes acontecem devido a uma má pavimentação, muitas vezes os 
motoristas não têm como escapar das falhas das vias por elas estarem espalhadas 
pelo trajeto todo, mas isso não é uma questão impossível de se solucionar. Antes da 
execução de qualquer obra é necessário o seu planejamento para que o projeto seja 
realizado de forma adequada para o local. Mas além do projeto para construir o 
pavimento, após o uso a manutenção do pavimento é necessária para que se possa 
evitar uma grande obra para reconstruir o pavimento prematuramente. 
 
Os custos de uma obra de pavimentação podem ser bastante elevados, porém se 
forem feitos corretamente respeitando os parâmetros do projeto e etapas da 
construção haverá uma economia com futuros danos devido a má qualidade das 
vias, tanto para os usuários como para o governo. 
 
1.1. Justificativa 
A justificativa deste TCC é indicar, de uma maneira sucinta, as etapas do projeto de 
uma pavimentação mostrando sua importância para o bom desempenho do 
pavimento, e, além disso, apresentar um estudo de caso que irá ilustrar as etapas de 
dimensionamento da estrutura de um pavimento na Ilha do Fundão da UFRJ. 
 
1.2. Objetivos 
O trabalho tem como objetivo principal apresentar todas as etapas que devem conter 
um projeto de pavimentação, tomando como estudo de caso um trecho de 
pavimento da Cidade Universitária da UFRJ no campus da Ilha do Fundão. 
12 
 
1.3. Estrutura do Trabalho 
No capítulo 2 é feita uma revisão bibliográfica, onde são apresentados os principais 
conceitos de pavimentação: definição de pavimento, os tipos de pavimentos que 
existem e que podem ser utilizados para o estudo de caso, além de definir e explicar 
um pouco sobre as camadas que compõem na estrutura de um pavimento. São 
apresentados também os materiais que podem ser utilizados nas obras de 
pavimentação, os tipos de serviços na obra, os métodos de dosagem de materiais e 
misturas asfálticas, assim como o método de dimensionamento que será utilizado no 
estudo de caso. 
 
No capítulo 3 são apresentadas as etapas da obra, iniciando por um projeto básico, 
seguido de um projeto executivo e finalizando com o orçamento tomado como base 
para o estudo de caso. 
 
Finalmente no capitulo 4 será apresentado o estudo de caso que irá consistir em um 
estudo do pavimento e contagem de trafego que irão ser utilizados para definir e 
dimensionar o pavimento para o local. Após toda a parte de projeto básico será 
apresentado o orçamento da obra, sendo tomado como base alguns fatores que 
serão definidos a seguir. 
 
Por último serão apresentadas as referências bibliográficas que foram utilizadas 
para a execução do trabalho e que serviram como material de pesquisa. 
 
 
13 
 
2. PAVIMENTAÇÃO 
Pavimentar uma via de circulação de veículos é obra civil que enseja, antes de tudo, 
a melhoria operacional para o tráfego, na medida em que é criada uma superfície 
mais regular (garantia de melhor conforto no deslocamento do veiculo), uma 
superfície mais aderente (garantia de mais segurança em condições de pista úmida 
de molhada), uma superfície menos ruidosa diante da ação dinâmica dos 
pneumáticos (garantia de melhor conforto ambiental em vias urbanas rurais), seja 
qual for a medida física adotada (BALBO, 2007). 
 
“Sem estradas adequadas não apenas continuaremos a ser uma região fora do 
espectro das nações desenvolvidas, como também continuaremos a ser um País 
que não oferece acesso adequado de bens para sua população. Não nos ufanemos, 
portanto, de nossa infraestrutura rodoviária, ainda bastante arcaica, que demonstra 
baixa tecnologia a serviço, reflexo de nosso atraso como sociedade moderna” 
(BALBO, 2007). 
 
2.1. Definição, Conceitos e Tipos de Pavimentos 
Pavimento é toda a estrutura existente nas ruas onde as pessoas se locomovem, 
seja de carro, ônibus, caminhão, bicicleta ou a pé. Em todos os locais de locomoção 
de pessoas e veículos haverá esforço vertical realizado pelo peso dos mesmos 
denominados de solicitação, em alguns locais mais e outros locais quase 
desprezíveis, e essa solicitação será repassada para o pavimento que por sua vez 
deverá resistir e redistribuir esses esforços para a sua estrutura independente de 
sua intensidade. Além do esforço vertical, o pavimento deverá resistir aos esforços 
horizontaisexistentes no pavimento. Para isso, um estudo do solo e das solicitações 
deverá ser realizado para que o projeto e a obra de pavimentação resista a todas 
essas solicitações e tenha uma maior durabilidade, afetando diretamente a 
sociedade, que além de ter um maior conforto na sua locomoção também ficará 
sujeita a menos acidentes de transito devido a má qualidade das vias e seus 
pavimentos. 
Mais a seguir, serão apresentados alguns testes, ensaios e estudos necessários 
para um projeto de pavimentação que visam definir a necessidade de uma 
determinada área. 
 
14 
 
Além de ensaios também serão apresentados os tipos de pavimentos existentes. 
Segundo definição do DNIT, em seu Manual de Pavimentação de 2006, pavimento 
de uma rodovia é a superestrutura constituída por um sistema de camadas de 
espessuras finitas, assentes sobre um semi-espaço considerado teoricamente como 
infinito – a infraestrutura ou terreno de fundação, a qual é designada de subleito. 
 
A diferença essencial entre os tipos de pavimentos é basicamente como eles irão 
distribuir a carga recebida pelo volume do trafego para o subleito daquela estrutura. 
 
2.1.1. Pavimento flexível 
O pavimento flexível pode ser definido como uma estrutura em camadas composta 
por uma fina camada de revestimento asfáltico, que, em função do tráfego e do 
terreno natural, denominado de subleito, pode ainda conter as camadas de base, 
sub-base e reforço do subleito. 
 
É a pavimentação realizada essencialmente com material asfáltico na camada de 
revestimento, e por isso, pode ter sua resistência muito variável, visto que 
dependendo da espessura dessa camada a resistência pode aumentar ou diminuir. 
 
Segundo Balbo (2007), é o pavimento no qual a absorção de esforços dá-se de 
forma dividida entre várias camadas, encontrando-se as tensões verticais em 
camadas inferiores, concentradas em região próxima da área de aplicação da carga. 
 
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT, pavimento flexível é aquele em que 
todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob o carregamento 
aplicado e, portanto, a carga se distribui em parcelas aproximadamente equivalentes 
entre as camadas. 
 
15 
 
 
Figura 1- Estrutura de um pavimento flexível 
Fonte: http://www.sptsondagens.com.br/servicos?servico=dimensionamento 
 
2.1.2. Pavimento Rígido 
É o revestimento realizado com cimento Portland e por ser bastante resistente, pode 
apresentar ou não uma camada de sub-base entre o revestimento e o subleito, pois 
vai depender da qualidade do material do subleito. 
 
Segundo Balbo (2007), é o pavimento no qual uma camada, absorvendo grande 
parcela de esforços horizontais solicitantes, acaba por gerar pressões verticais 
aliviadas e bem distribuídas sobre as camadas inferiores. 
 
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT do ano de 2006, pavimento rígido é 
aquele em que o revestimento tem elevada rigidez em relação às camadas inferiores 
e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento 
aplicado. 
 
Figura 2 - Estrutura de pavimento rígido 
Fonte: http://www.sptsondagens.com.br/servicos?servico=dimensionamento 
16 
 
2.1.3. Pavimento Semirrígido 
Ainda temos o pavimento semirrígido que é um tipo de revestimento intermediário, 
entre o flexível e o rígido. 
 
Segundo Balbo (2007), é composto por um revestimento asfáltico com base ou sub-
base em material tratado com cimento de elevada rigidez, excluídos quaisquer tipos 
de concreto. 
 
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT do ano de 2006, pavimento 
semirrígido caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com 
propriedades cimentícias. 
 
 
Figura 3 - Estrutura de pavimento semirrígido 
Fonte: http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-pavimento-semi-rigido.html 
 
2.2. Materiais 
Os materiais utilizados na pavimentação podem variar conforme o tipo de pavimento 
ou tipo de camadas necessárias em cada obra. 
 
Os materiais utilizados para a base, sub-base e reforço do subleito são classificados 
segundo sua natureza e comportamento. Existem muitos tipos de materiais 
utilizados nesse tipo de obra, a seguir serão apresentados os mais comuns, que 
serão adotados no estudo de caso desse projeto. 
 
 Brita Graduada Simples: é um material bem graduado com diâmetro nominal 
máximo de 38mm, porém é mais usual com diâmetros nominais menores, mais 
possui poucos finos passantes na peneira #200. Geralmente apresenta índice de 
17 
 
suporte Califórnia (CBR) maior que 60% e expansão nula ou muito baixa. A 
distribuição do material deverá ser realizada preferencialmente com 
vibroacabadora e ser compactada logo após o espalhamento do material na pista 
(ODA, 2016). 
 
Figura 4 - Brita graduada simples 
Fonte: http://www.fontelimpa.com/produto-detalhe/brita-graduada-simples-bgs 
 
 Macadame Hidráulico: é composto por agregado graúdo, agregado miúdo e água. 
Foi um material muito utilizado antigamente, antes do aparecimento da BGS, 
ainda é utilizado em locais que não apresentam usinas de BGS. Primeiramente o 
agregado graúdo é distribuído na pista, devendo ser compactado. Após a 
realização dessa etapa, deverá ser adicionado o agregado miúdo que irá se 
localizar nos vazios existentes entre os agregados graúdos. Por fim, para 
preencher qualquer outro vazio são adicionados os agregados finos e a água que 
irão se alojar nos vazios e formar uma estrutura firme da camada (ODA, 2016). 
 
Figura 5 - Macadame hidráulico 
Fonte: http://ptdocz.com/doc/1227322/sub-base--base--revestimento-e-
constru%C3%A7%C3%A3o-de-pavimentos 
18 
 
 Macadame Seco: é similar ao macadame hidráulico, porém a diferença é que 
nesse caso não há presença de água para realizar o preenchimento dos vazios 
na camada. (ODA, 2016) 
 
Figura 6 - Macadame seco 
Fonte: ODA, 2016. 
 
 Solo Agregado: composto por agregados, solo e água. Esses materiais podem ser 
misturados em usinas e são aplicados diretamente no solo e compactados 
posteriormente por rolo liso ou pé de carneiro (ODA, 2016). 
 
 
Figura 7 - Solo agregado 
Fonte: ODA, 2016. 
 
 Rachão: o rachão é um material mais bruto e utilizado em camadas onde há a 
necessidade de aumentar a resistência, basicamente são pedregulhos de grandes 
dimensões que são aplicados no solo sem que sejam compactados. Normalmente 
utilizado para reforço do subleito ou sub-base. 
 
19 
 
 
Figura 8 – Rachão 
Fonte: http://www.arealbozza.com.br/produto/18/rachao 
 
Os materiais para a camada de revestimento variam de acordo com o tipo de 
pavimento: flexível, rígido ou semirrígido. E para isso pode-se utilizar os seguintes 
materiais: 
 Asfalto: bastante utilizado em pavimentação, pode ser apresentado em 3 tipos: 
cimentos asfálticos, asfaltos diluídos e emulsões asfálticas. 
 Cimento Asfáltico (CAP): segundo a definição de (PINTO E PINTO, 2015) o 
cimento asfáltico é o asfalto obtido especialmente para apresentar 
características adequadas para o uso na construção de pavimentos, podendo 
ser resultado de destilação de petróleo em refinarias ou do asfalto natural 
encontrado em jazidas. 
 
 Asfalto diluído (AD): segundo a definição de (PINTO E PINTO, 2015) o asfalto 
diluído ou cut-backs são diluições de cimentos asfálticos em solventes 
derivados do petróleo de volatilidade adequada, quando há necessidade de 
eliminar o aquecimento do CAP ou utilizar um aquecimento moderado. 
 
 Emulsões asfálticas (EAP): segundo a definição de (PINTO E PINTO, 2015) 
emulsão asfáltica de petróleo é uma dispersão coloidal de uma fase asfáltica 
em uma fase aquosa (direta) ou, então, de umafase aquosa dispersa em uma 
fase asfáltica (inversa), com a ajuda de um agente emulsificante. É obtida 
20 
 
pela combinação de água com asfalto aquecido, em um meio intensamente 
agitado e na presença dos emulsificantes, cujo objetivo é oferecer certa 
estabilidade ao conjunto, favorecer a dispersão e revestir os glóbulos de 
betume de uma película protetora, mantendo-os em suspensão. 
 
 Cimento: em pavimentos rígidos será utilizado o cimento Portland como base para 
a produção dos elementos da camada de revestimento. Segundo a NORMA DNIT 
059/2004 – ES, o cimento Portland poderá ser de qualquer tipo, desde que 
satisfaça as exigências especificas da DNER-EM036, para o cimento a ser 
empregado. 
 
A seguir serão apresentadas as camadas da estrutura do pavimento. 
 
2.3. Camadas 
A estrutura do pavimento é composta de algumas camadas que serão construídas 
após a terraplenagem do local, acima do subleito e vão variar conforme a solicitação 
do trafego no local. Toda a estrutura do pavimento está acima do subleito que 
funciona como a fundação do sistema que irá receber os esforços absorvidos pelo 
pavimento. Acima desse subleito basicamente a estrutura do pavimento é 
constituído de uma regularização do subleito, um reforço de subleito, caso haja 
necessidade, uma sub-base acima desse reforço de subleito, seguido de uma base 
e por fim um revestimento. 
 
Quanto ao subleito, os esforços impostos sobre sua superfície serão aliviados em 
sua profundidade (normalmente se dispersam no primeiro metro). Deve-se, portanto, 
ter maior preocupação com seus estratos superiores, onde os esforços solicitantes 
atuam com maior magnitude. O subleito será constituído de material natural 
consolidado e compactado, por exemplo, nos cortes do corpo estradal, ou por um 
material transportado e compactado, no caso dos aterros. Eventualmente, será 
também aterro sobre corte de características medíocres de subleito (BALBO, 2007). 
A camada de melhoria e preparo do subleito deve apresentar as seguintes 
características, segundo a INSTRUÇÃO DE PROJETO, do Departamento de 
Estradas de Rodagem de janeiro de 2006: 
21 
 
 capacidade de suporte medida pelo Índice de Suporte Califórnia (ISC) superior 
ou igual à 2%; 
 expansão máxima de 2%; 
 grau de compactação mínimo de 100% do Proctor Normal. Para solos finos 
lateríticos ou para solos granulares pode ser utilizada a energia de 100% do 
Proctor Intermediário 
 
No caso de aproveitamento do subleito de estradas já implantadas, cascalhadas, o 
solo na profundidade de 0,20 m abaixo do greide preparado para receber o 
pavimento deve ser escarificado, umedecido e compactado na energia indicada 
anteriormente. No caso de ocorrência de solos com ISC inferior a 2%, deve-se 
efetuar substituição destes solos na espessura a ser definida de acordo com os 
critérios adotados nos estudos geotécnicos. Para subleito com solos de expansão 
superior a 2%, deve ser determinada, experimentalmente, a sobrecarga necessária 
para o solo apresentar expansão menor que 2%. O peso próprio do pavimento 
projetado deve transmitir para o subleito pressão igual ou maior do que a 
determinada pelo ensaio. Caso o peso próprio da estrutura não seja suficiente para 
proporcionar pressão maior ou igual à determinada no ensaio de sobrecarga, deve-
se efetuar a substituição de solos em espessura definida nos estudos geotécnicos 
realizados. 
 
2.3.1. Regularização do subleito 
A regularização não constitui propriamente uma camada de pavimento, sendo, a 
rigor, uma operação que pode ser reduzida em corte do leito implantado ou em 
sobreposição a este, de camada com espessura variável (Manual de Pavimentação 
– DNIT, 2006). 
 
A regularização deve dar à superfície as características geométricas — inclinação 
transversal — do pavimento acabado. Nos trechos em tangente, duas rampas 
opostas de 2% de inclinação — 3 a 4%, em regiões de alta precipitação 
pluviométrica — e, nas curvas, uma rampa com inclinação da superelevação 
(SENÇO, 2007). 
 
22 
 
2.3.2. Reforço do subleito 
Não é sempre necessário, e vai depender do solo do subleito e do esforço solicitado 
do pavimento. 
 
É uma camada de espessura constante, construída, se necessário, acima da 
regularização, com características tecnológicas superiores às da regularização e 
inferiores às da camada imediatamente superior, ou seja, a sub-base. Devido ao 
nome de reforço do subleito, essa camada é, às vezes, associada à fundação. No 
entanto, essa associação é meramente formal, pois o reforço do subleito é parte 
constituinte especificamente do pavimento e tem funções de complemento da sub-
base que, por sua vez, tem funções de complemento da base. Assim, o reforço do 
subleito também resiste e distribui esforços verticais, não tendo as características de 
absorver definitivamente esses esforços, o que é característica específica do 
subleito (SENÇO, 2007). 
 
O emprego de camada de reforço de subleito não é obrigatório, pois espessuras 
maiores de camadas superiores poderiam, em tese, aliviar as pressões sobre um 
subleito medíocre. Contudo, procura-se utilizá-lo em tais circunstancias por razões 
econômicas, pois subleito de resistência baixa exigiriam, para alguns tipos de 
pavimentos (especialmente aos flexíveis), do ponto de vista de projeto, camadas 
mais espessas de base e sub-base. Logicamente, o reforço de subleito por sua vez 
resistirá a solicitações de maior ordem de grandeza, respondendo parcialmente 
pelas funções do subleito e exigindo menores espessuras de base e sub-base sobre 
si, sendo em geral menos custoso o emprego de solos de reforço, em vez de 
maiores espessuras de camadas granulares ou cimentadas quaisquer que sejam 
(BALBO, 2007). 
 
Segundo a INTRUÇÃO DE PROJETO, do Departamento de Estradas de Rodagem 
de janeiro de 2006, os solos apropriados para camada de reforço do subleito são os 
de ISC superior ao do subleito e expansão máxima de 1%. 
 
 
 
23 
 
2.3.3. Sub-base 
É a camada complementar à base, quando, por circunstâncias técnicas e 
econômicas, não for aconselhável construir a base diretamente sobre a 
regularização ou reforço do subleito. Segundo a regra geral — com exceção dos 
pavimentos de estrutura invertida - o material constituinte da sub-base deverá ter 
características tecnológicas superiores às do material de reforço; por sua vez, o 
material da base deverá ser de melhor qualidade que o material da sub-base 
(BALBO, 2007). 
 
Segundo a INTRUÇÃO DE PROJETO, do Departamento de Estradas de Rodagem 
de janeiro de 2006: 
Os solos, misturas de solos, solos estabilizados quimicamente, materiais pétreos ou 
misturas de solos quando empregados na camada de sub-base do pavimento 
devem apresentar as seguintes propriedades geotécnicas: 
- capacidade de suporte, ISC, superior ou igual a 30%; 
- expansão máxima de 1%. 
 
2.3.4. Base 
É a camada mais importante da estrutura do pavimente, pois fica localizada logo 
abaixo do revestimento do pavimento, seja rígido, semirrígido ou flexível, pois será 
responsável pelo suporte estrutural do pavimento tendo que dissipar as cargas para 
as próximas camadas, reduzindo sua intensidade. Caso a qualidade da base não 
seja boa será muito provável que aconteça algum dano a esse pavimento. 
 
É a camada destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dotráfego e distribuí-
los. Na verdade, o pavimento pode ser considerado composto de base e 
revestimento, sendo que a base poderá ou não ser complementada pela sub-base e 
pelo reforço do subleito (SENÇO, 2007). 
 
Segundo a INTRUÇÃO DE PROJETO, do Departamento de Estradas de Rodagem 
de janeiro de 2006, os materiaisou misturas de materiais, quando empregados na 
camada de base do pavimento, devem apresentar as seguintes propriedades 
24 
 
geotécnicas: - capacidade de suporte, ISC, superior ou igual a 80%; - expansão 
máxima de 1% 
 
2.3.5. Revestimento 
O revestimento do pavimento é a ultima camada existente na estrutura. Ela irá 
receber diretamente a ação do tráfego e será diretamente ligada a qualidade do 
subleito. Dependendo da resistência do subleito, a espessura será mais espessa ou 
não. Logicamente, o revestimento deverá ser de boa qualidade para além de resistir 
aos esforços solicitantes do tráfego, também proporcionar um bom rolamento da 
pista, fornecendo maior conforto ao usuário. O revestimento é a camada que 
apresenta o material com o maior custo da estrutura, então deverá ter sua 
espessura respeitada para que não haja a redução da resistência daquele 
pavimento. 
 
Vale ressaltar que a espessura da camada de revestimento, independentemente do 
tipo de pavimento, vai estar diretamente ligada a qualidade do subleito, visto que 
quanto melhor a qualidade do subleito, menor a necessidade de grandes espessuras 
para o revestimento e as outras camadas da estrutura do pavimento. 
 
É a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do 
tráfego e destinada a melhorar a superfície de rolamento quanto às condições de 
conforto e segurança, além de resistir ao desgaste, ou seja, aumentando a 
durabilidade da estrutura (SENÇO, 2007). 
 
2.4. Serviços 
2.4.1. Pintura de ligação 
Segundo definição do DNIT na norma 145/2012 - ES, pintura de ligação consiste na 
aplicação de ligante asfáltico do tipo RR-1C sobre superfície de base ou 
revestimento asfáltico anteriormente à execução de uma camada asfáltica, 
objetivando promover condições de aderência entre esta e o revestimento a ser 
executado. 
 
25 
 
Na norma citada anteriormente também são descritas as diretrizes para a realização 
do processo da pintura de ligação, inclusive os equipamentos necessários. 
 
 
2.4.2. Imprimação 
Segundo definição do DNIT na norma 144/2014 – ES, imprimação consiste na 
aplicação de asfalto diluído do tipo CM-30 ou emulsão asfáltica do tipo EAI sobre 
superfície da base concluída, antes da execução do revestimento asfáltico, 
objetivando conferir coesão superficial, impermeabilização e permitir condições de 
aderência entre esta e o revestimento a ser executado. 
 
Na norma citada anteriormente também são descritas as diretrizes para a realização 
do processo de imprimação, inclusive os equipamentos necessários. 
 
2.4.3. Fresagem 
Não é necessária em todas as obras de pavimentação, somente quando há um 
pavimento pré-existente e se faz necessário fresar a pista para construção de uma 
nova camada ou de um pavimento novo. 
 
Segundo definição do DNIT na norma 159/2011-ES, é a operação em que é 
realizado o corte ou desbaste de uma ou mais camada(s) do pavimento asfáltico, por 
processo mecânico a frio. 
 
Na norma citada anteriormente também são descritas as diretrizes para a realização 
do processo de fresagem a frio, inclusive os equipamentos necessários. 
 
2.5. Dosagem 
Na dosagem de uma mistura asfáltica, o conhecimento dos materiais, através da sua 
caracterização e avaliação, é fundamental para que se possa determinar a 
combinação de materiais (agregado e material asfáltico) e obter uma mistura que 
garanta um bom desempenho do pavimento. Muitos insucessos ocorrem em função 
26 
 
de uma dosagem inadequada, em decorrência da falta de conhecimento das 
características dos materiais e das propriedades das misturas. 
 
A dosagem irá determinar a proporção de cada material que será colocado nas 
camadas, de modo que resulte em uma estrutura de pavimento com boa resistência 
e bom desempenho. As dosagens, tanto de mistura asfáltica, quanto o de materiais, 
possuem métodos específicos que serão apresentados a seguir. 
 
2.5.1. Misturas de materiais 
Para misturas de materiais (agregados e solos) são adotados outros métodos de 
dosagem, mas que também vão indicar a proporção de cada material na mistura de 
agregados. Nesse caso serão apresentados três procedimentos utilizado para 
determinação da dosagem. 
 
2.5.1.1. Método das tentativas 
O método mais comum é o “método das tentativas”. Esse método consiste em 
determinar por meio de tentativa as proporções (a quantidade) de cada material de 
forma que a combinação dos materiais atenda aos limites da especificação 
selecionada, de acordo com a seguinte equação: 
P = PA.a + PB.b + PC.c + ... 
onde: 
P = % total de materiais que passam em uma dada peneira da combinação de 
agregados A, B, C, ... 
PA, PB, PC, ... = % de material que passa em uma dada peneira de agregados 
A, B, C, ... 
a, b, c, ... = proporções de agregados A, B, C, ..., usados na combinação, de 
forma que o total seja 100%. 
 
2.5.1.2. Método de Ruthfucs 
Dentre os métodos gráficos, o mais usado é o de Ruthfucs, por sua eficiência e 
praticidade. O método Ruthfucs tem como objetivo determinar graficamente as 
27 
 
proporções que devem ser adicionadas de cada material para a obtenção de uma 
mistura granulométrica que se enquadre na faixa especificada. 
 
A Figura 7 mostra um exemplo de dosagem de agregados pelo método Ruthfucs. 
 
Figura 9 - Exemplo do gráfico do método de Ruthfucs. 
Fonte: ODA, 2016 
 
2.5.1.3. Método de Bailey 
O Método Bailey é uma forma de dosagem (seleção granulométrica) que auxilia na 
escolha da composição dos agregados com o objetivo de obter uma mistura com 
esqueleto mineral que apresente um maior intertravamento dos agregados graúdos 
e com isso impedir possíveis fadigas e desgastes do revestimento. Pode ser usado 
com qualquer metodologia de dosagem (SUPERPAVE ou MARSHALL). O método 
está diretamente ligado às características de compactação da mistura, com os 
vazios no agregado mineral (VAM) e com o volume de vazios da mistura 
compactada (Vv ou Va, vazios com ar) (CUNHA, 2004). 
 
Para analisar o intertravamento dos agregados é necessário obter as massas 
específicas, solta e compactada de cada agregado, através de ensaios constantes 
na AASHTO T 19-09 (Figura 10). Com a distribuição granulométrica dos agregados 
e as massas específicas, solta e compactada, avalia-se a granulometria escolhida 
28 
 
encaixando-a num esqueleto “ideal”, assegurando, dessa forma, a resistência à 
deformação permanente pelo intertravamento dos agregados graúdos e a 
durabilidade pelo teor de ligante adequado devido à obtenção de uma adequada 
distribuição de vazios (ODA, 2016). 
 
Figura 10 - Volumes preenchidos com agregados. 
Fonte: ODA, 2016 
 
2.5.2. Mistura Asfáltica 
Para estimar o desempenho são preparadas amostras de mistura asfáltica em 
laboratório. Essas amostras, denominadas de corpos de prova, CPs, podem ser 
cilíndricas, trapezoidais, ou retangulares. A moldagem dos CPs pode ser realizada 
através da compactação por impacto, amassamento, vibração ou rolagem. Para as 
misturas asfálticas serão apresentador dois procedimentos para a dosagem. 
 
2.5.2.1. Procedimento Marshall 
O procedimento Marshall foi desenvolvido por BRUCE MARSHALL em 1930 e tem 
como principal objetivo determinar o teor ótimo de asfalto. Para esse procedimento a 
compactação é realizada por impacto. Apesar de ter sido bastante utilizado, alguns 
pesquisadores consideram que esse método está um pouco ultrapassado, porém no 
Brasil é bastante utilizado por apresentar um menor custo do equipamento para 
execução. 
 
As diretrizes e o procedimento para obtenção de resultados do ensaio Marshall 
estão contidos na normaDNER-ME 043/95. 
 
29 
 
2.5.2.2. Procedimento Superpave 
Durante a década de 1980, várias rodovias norte-americanas de tráfego pesado 
passaram a evidenciar deformações permanentes prematuras, que foram atribuídas 
ao excesso de ligante nas misturas. Muitos engenheiros acreditavam que a 
compactação por impacto das misturas durante a dosagem produzia corpos de 
prova (CP) com densidades que não condiziam com as do pavimento em campo. 
Esse assunto foi abordado no estudo realizado nos Estados Unidos sobre materiais 
asfálticos, denominado Strategic Highway Research Program (SHRP), que resultou 
em um novo procedimento de compactação por amassamento, denominado 
Superpave. (pavimentação asfáltica). A dosagem pelo procedimento Superpave 
deve seguir a norma AASHTO M-323. 
 
2.6. Dimensionamento 
O dimensionamento de um pavimento consiste basicamente na determinação das 
espessuras das camadas da estrutura desse pavimento, visando atender o número 
N. Para esse dimensionamento será essencial o ensaio do Índice de Suporte 
Califórnia (ISC ou CBR). 
 
Atualmente no Brasil, o método mais empregado é o que foi desenvolvido pelo 
Engenheiro Murilo Lopes de Souza, na década de 70, conhecido como Método do 
CBR ou Método do DNER. 
 
O método do DNER utiliza ábacos que relacionam valores de tráfego com dados dos 
materiais do subleito para cada tipo de pavimento. 
 
2.6.1. Determinação do ISC 
O Índice de Suporte Califórnia é o fator mais importante para o cálculo de qualquer 
pavimento. A norma que define as diretrizes para o ensaio para a determinação do 
CBR é a NORMA DNIT 172/2016 – ME. 
 
30 
 
2.6.2. Determinação do número N 
O pavimento é dimensionado em função do número equivalente (N) de operações 
de um eixo tomado como padrão, durante o período de projeto (p) escolhido. 
• prazo de duração do pavimento; 
• tipo de veículos que vão transitar pela via; 
• cargas por eixo de cada tipo de veículo; 
•quantidade de veículos que deverá transitar pela via, em termos médios. 
𝑉𝑝 = 𝑉𝑜. (1 + 𝑝. 𝑡) 
onde: 
Vo = VDM inicial em um sentido (veículo diário médio); 
t = taxa média anual de crescimento de tráfego; 
Vp = VDM num sentido, no fim do período p; 
p = número de anos de projeto. 
 
O volume diário médio, durante o período será: 
𝑉𝑚 =
(𝑉𝑜 + 𝑉𝑝)
2
 
O volume total de tráfego durante o período de projeto será: 
𝑉𝑡 = 365. 𝑝. 𝑉𝑚 
 
Admitindo uma taxa não linear de crescimento t, tem-se: 
𝑉𝑝 = 𝑉𝑜. (1 + 𝑡). 𝑝 
O volume total de tráfego durante o período de projeto será 
𝑉𝑡 = 365 . 𝑉𝑜 .
(1 + 𝑡)𝑝 − 1
𝑡
 
Se houver insuficiência de dados, t = 0,5 
 
O número equivalente de operações do eixo simples padrão, N, durante o período 
de projeto é dado por 
 
𝑁 = 𝑉𝑡 𝑥 𝐹𝐸 𝑥 𝐹𝐶 
𝐹𝐸 𝑥 𝐹𝐶 = 𝐹𝑉 
𝑁 = 𝑉𝑡. 𝐹𝑉 
onde: 
FE: fator de eixos 
31 
 
FC: fator de carga 
FV: fator de veiculo 
FE: % veículos de 2 eixos x 2 + % veículos de 3 eixos x 3 + % veículos de 4 
eixos x 4+ ... 
FC: % de cargas por eixo (simples e tandem) x FEO (definido pelos ábacos) = 
∑ (% eixos x FE) 
 
O número de operações do eixo padrão é dado por: 
 
𝑁 = 365 𝑥 𝑝 𝑥 𝑉𝑚 𝑥 𝐹𝐸 𝑥 𝐹𝐶 𝑥 𝐹𝑅 
 
FR é o Fator Climático Regional, que é função da altura média anual de chuva. No 
Brasil, adota-se FR = 1,00. 
 
Para a determinação dos fatores de equivalência para posterior cálculo do fator de 
carga os ábacos necessários estão apresentados abaixo. 
 
 
Figura 11 - Fator de equivalência de operações, FEO - Eixo simples 
 
32 
 
 
Figura 12 - Fator de equivalência de operações, FEO - Tandem duplo 
 
 
Figura 13 - Fator de equivalência de operações, FEO - Tandem triplo 
 
2.6.3. Coeficiente de equivalência (k) 
O coeficiente de equivalência é uma constante que será determinado para cada 
camada do pavimento, que irá variar de acordo com o tipo de material e camada que 
adotada (Tabela 1). 
 
 
33 
 
Tabela 1 - Coeficientes Estruturais 
Componentes do pavimento K 
Base ou revestimento de concreto asfáltico 2,0 
Base ou revestimento de pré-misturado a quente, de graduação densa 1,7 
Base ou revestimento de pré-misturado a frio, de graduação densa 1,4 
Base ou revestimento asfáltico por penetração 1,2 
Camadas granulares 1,0 
Solo-cimento com resistência a compressão a 7 dias > 45 kgf/cm² 1,7 
Idem, com resistência a compressão a 7 dias entre 45 e 28 kgf/cm² 1,4 
Idem, com resistência a compressão a 7 dias entre 28 e 21 kgf/cm² 1,2 
Bases de Solo-cal 1,2 
 
Após obter todos os dados descritos na Tabela 1 será iniciado o dimensionamento 
das camadas propriamente dito. 
 
O gráfico da figura 13 relaciona, para valores de CBR ou IS, valores de espessura 
com coeficiente de equivalência estrutural k = 1,0, com número de operações do 
eixo padrão. 
• Número N + CBR correspondente → espessura da camada 
• Espessura Hm = espessura total para um material com CBR = m 
• Espessura hn = espessura da camada com CBR = n 
34 
 
 
108 107 106 105 104 103 109 
10 
20 
30 
40 
50 
60 
70 
80 
90 
100 
110 
120 
130 
140 
E
s
p
e
s
s
u
ra
 d
o
 P
a
v
im
e
n
to
, 
e
m
 c
m
 (
H
) 
N = Operações de eixo de 18.000 lbs (8,2 t) 
CBR = 20 
CBR = 15 
CBR = 12 
CBR = 8 
CBR = 7 
CBR = 6 
CBR = 5 
CBR = 10 
CBR = 3 
CBR = 4 
CBR = 2 
 
Figura 14 - Gráfico de dimensionamento do método do DNER (adaptado) 
 
Para a espessura do revestimento é utilizada a Tabela 2, que relaciona o número N 
e a espessura mínima que deverá ser utilizada. 
 
Tabela 2 - Relação entre o número N e as espessuras mínimas de revestimento 
N Espessuras mínimas do revestimento 
N < 106 Tratamentos superficiais 
106 < N < 5x106 Concreto asfáltico com 5,0 cm de espessura 
5x106 < N < 107 Concreto asfáltico com 7,5 cm de espessura 
107 < N < 5x107 Concreto asfáltico com 10,0 cm de espessura 
N > 5x107 Concreto asfáltico com 12,5 cm de espessura 
 
Uma vez determinadas as espessuras Hm, Hn e H20 pelo gráfico da figura 13 e R 
pela tabela de espessura mínima de revestimento, as espessuras da base (B), sub-
base (h20) e reforço do subleito (hn), são obtidas pela resolução sucessiva das 
seguintes inequações: 
– RkR + BkB > H20 (1) 
– RkR + BkB + h20kS > Hn (2) 
– RkR + BkB + h20kS + hnkRef > Hm (3) 
 
35 
 
B e R designam, respectivamente, as espessuras da base e do revestimento. 
 
• Os coeficientes estruturais são designados por: 
• Revestimento: kR 
• Base: kB 
• Sub-base: kS 
• Reforço: kRef 
 
• CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS PARA MATERIAIS GRANULARES: 
 – Reforço do subleito: 
• CBR maior que o do subleito; 
• expansão ≤ 2% 
 
– Sub-base: 
• CBR ≥ 20% 
• expansão ≤ 1% 
 
– Base: 
• CBR ≥ 80% (CBR ≥ 60% para N ≤ 106) 
• Expansão ≤ 0,5% 
• LL ≤ 25% 
• IP ≤ 6% 
 
A figura 14 ilustra as espessuras das camadas assim como as suas nomenclaturas. 
 
 
R 
B 
h20 
hn 
H20 
Hn 
Hm 
revestimento 
base 
sub-base 
reforço do subleito 
subleito 
 
Figura 15 - Gráfico de dimensionamento do método do DNER (adaptado) 
36 
 
3. PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO 
3.1. Etapas de Projeto de Pavimento 
Para o projeto de um pavimento existem algumas etapas importantes a serem 
seguidas, que engloba tanto a parte inicial de levantamento do terreno e sondagem 
até a fase de execução e manutenção desse pavimento. 
 
3.1.1. Estudo Preliminar 
Para todos os projetos de engenharia que precisam ser realizados, em qualquerárea que seja, é necessário um estudo preliminar, que visa além de analisar custos 
e alternativas para aquela obra, define a viabilidade da mesma. Para uma obra de 
pavimentação temos algumas opções do que é necessário fazer em cada caso. 
Temos os casos de um simples gerenciamento que irá consistir normalmente em 
uma manutenção do pavimento já existente, o caso em que o pavimento existente 
está em um estado que será necessária uma reconstrução no local e o caso em que 
ainda não há a pavimentação e será feita uma obra nova para construir um 
pavimento. 
 
Segundo a INSTRUÇÃO DE PROJETO do Departamento de Estradas de Rodagem 
de janeiro de 2006, esta etapa corresponde às atividades relacionadas ao estudo 
geral de pavimento, baseado em dados de cadastros regionais e locais, 
observações de campo e experiência profissional de maneira a permitir a previsão 
preliminar da estrutura de pavimento e seu custo. Deve-se procurar o contato direto 
com as condições físicas do local da obra através de reconhecimento preliminar, 
utilizando documentos de apoio disponíveis como mapas geológicos, dados de 
algum projeto existente na área de influência da obra e dados históricos do tráfego. 
 
A análise dos dados permite a previsão das investigações necessárias para a etapa 
de projeto subsequente, o projeto básico. O estudo preliminar deve constituir-se de 
memorial descritivo com apresentação das alternativas de estruturas de pavimento 
acompanhadas de pré-dimensionamentos e a solução eleita a partir de análise 
técnico-econômica simplificada, desenhos de seção-tipo de pavimento, quantitativos 
dos serviços de pavimentação e orçamento preliminar. 
37 
 
3.1.1.1. Manutenção do pavimento 
As obras de manutenção do pavimento são obras em que o pavimento do local 
apresenta pequenos problemas na sua superfície de rolagem que esteja de alguma 
maneira infringindo a regra de que o pavimento precisa gerar um conforto para a 
sociedade. Para esses casos o primeiro passo para iniciar a obra será uma analise 
do pavimento todo, onde o responsável fará as anotações de como está o estado do 
pavimento, indicando suas fissuras, fraturas, falhas e outros possíveis casos onde 
não esteja 100% perfeito. E posterior a isso o projeto será realizado para resolver os 
problemas apresentados nessa pesquisa do local. 
 
3.1.1.2. Reconstrução do Pavimento 
Existem os casos em que o estado do pavimento está tão precário que será 
necessária uma obra de pavimentação mais profunda, que poderá consistir além do 
tratamento da camada de revestimento, uma restauração de camadas inferiores a 
ela. Nesse caso é um pouco mais complicado porque temos que analisar até onde o 
defeitos daquele pavimento afetou as camadas inferiores, que algumas vezes pode 
danificar todo o pavimento e assim ser necessário sua reconstrução total, pois um 
simples reparo não irá solucionar o problema. 
 
3.1.1.3. Construção do pavimento 
Esse caso é o mais complexo que se tem, pois primeiro será necessário analisar a 
condição de cada região do pavimento. Para isso deverão ser realizados estudos e 
ensaios do local para saber a finalidade da obra e qualidade do solo encontrado 
trabalhar. Teremos um projeto básico para a obra, que irá consistir em analisar o 
solo que temos e o fluxo de carro que irá transitar naquele local. 
 
3.1.2. Projeto Básico 
O projeto básico será realizado com os dados obtidos no local observando à 
finalidade do pavimento a ser construído e a solicitação no local da obra. Tendo o 
caso de pavimentação em um local onde já exista essa pavimentação e uma nova 
pavimentação, as etapas do projeto básico podem ser um pouco diferentes, mas 
com a mesma finalidade em ambos os casos. 
38 
 
Segundo a INSTRUÇÃO DE PROJETO do Departamento de Estradas de Rodagem 
de janeiro de 2006, com os elementos obtidos nesta etapa, tais como: topografia, 
investigações geológico/geotécnicas, projeto geométrico, projeto de drenagem etc., 
devem ser estudadas alternativas de solução, com grau de detalhamento suficiente 
para permitir comparações entre elas, objetivando a seleção da melhor solução 
técnica e econômica para a obra. 
 
O projeto básico deve constituir-se de memorial de cálculo com análise 
geológico/geotécnica, pesquisa de tráfego e cálculo do número “N” de solicitações 
do eixo simples padrão de rodas duplas de 80 kN, dimensionamento da estrutura de 
pavimento com verificação mecanicista, desenhos de seção-tipo transversal de 
pavimento, planta de localização dos tipos de pavimentos e planilha de quantidades 
com orçamento dos serviços de pavimentação. 
 
3.1.2.1. Estudo do local - Levantamento do terreno 
O levantamento do local onde será realizada a pavimentação deverá ser realizado 
em primeiro lugar. Nesse levantamento, será indicado, além da via que será 
pavimentada, os locais onde a sondagem deverá ser realizada para conhecimento 
das características do terreno. 
 
3.1.2.2. Estudo do pavimento existente 
Quando já houver pavimento no local também será necessária a análise do 
pavimento para a realização da obra. 
 
3.1.2.3. Tráfego 
Segundo a INSTRUÇÃO DO PAVIMENTO, DO Departamento de Estradas 
Rodagem de janeiro de 2006, o tráfego para o dimensionamento de pavimentos 
pode ser caracterizado de várias formas, porém a mais utilizada é a determinação 
do número “N” de equivalentes de operações de eixo simples padrão de rodas 
duplas de 80 kN para um determinado período de projeto. 
 
39 
 
Também, no caso de dimensionamento de pavimento rígido utiliza-se o número 
acumulado de repetições dos vários tipos de eixos e cargas obtido para um 
determinado período de projeto. No Brasil, os principais modelos e métodos de 
dimensionamentos de pavimento utilizam o número “N”, excetuando-se o 
procedimento de dimensionamento de pavimento rígido da Portland Cement 
Association – PCA que utiliza o número acumulado de repetições dos vários tipos de 
eixos e cargas. 
 
O número “N” de equivalentes de operações de eixo simples padrão de rodas duplas 
de 80 kN é a transformação de todos os tipos de eixos e cargas dos veículos 
comerciais que trafegarão sobre o pavimento em um eixo simples padrão de rodas 
duplas equivalente de 80 kN. Consideram-se apenas os veículos comerciais no 
cálculo do número “N”, visto que os automóveis possuem carga de magnitude 
desprezível em relação aos veículos comerciais. 
 
a) Contagem manual 
Como o nome já diz é realizado por técnicos, manualmente, que realizam a 
contagem no local 24 horas, por 7 dias consecutivos contando a quantidade de 
veículos que irão passar por lá nesse período diferenciando-os pelo tipo de eixo de 
cada um. 
 
b) Contagem eletrônica 
A contagem eletrônica pode ser realizada por meio de câmeras instaladas nas vias 
ou por sensores localizados no pavimento que irá fazer a contagem conforme os 
veículos forem passando no local. 
 
3.1.2.4. Caracterização do material do subleito 
3.1.2.4.1. Sondagem do subleito 
Os pontos de sondagem deverão ser espalhados de 40 em 40 metros (Senço, 2008) 
para assegurar de que a sondagem irá traduzir bem o solo em que teremos para 
trabalhar. Para esse ensaio os furos devem ser realizados com 3m de profundidade 
40 
 
com o objetivo de obter amostras do solo que irá receber a pavimentação para 
posterior estudos das suas características que irão influenciar a estrutura do 
pavimento. 
 
3.1.2.4.2. Ensaio de Compactação do Solo 
A norma DNER-ME 162/94 estabelece um método para determinar a correlação 
entre o teor de umidade e a massa especifica do solo seco. Com essa norma 
podemos definir a curva de compactação, a massa especifica aparente máxima do 
soloseco e a umidade ótima do solo. 
 
a) Curva de compactação 
Segundo a norma é desenhada a curva de compactação marcando-se, em 
ordenadas, as massas especificas aparentes do solo seco γs e, em abscissas, os 
teores de umidade correspondentes, h. 
 
b) Umidade ótima 
Segundo a norma é o valor da abscissa correspondente, na curva de compactação, 
ao ponto da massa especifica aparente máxima do solo seco. 
 
c) Densidade seca máxima 
Segundo a norma é determinado pela ordenada máxima da curva de compactação. 
 
3.1.2.4.3. Ensaio de Índice de Suporte Califórnia 
O índice de suporte Califórnia irá determinar qual a expansão do solo e a resistência 
do solo, o que será muito importante para a analise e definição de espessura de 
camada e qualquer tratamento que se faça necessário para evitar desgaste precoce 
do pavimento. 
 
A norma NORMA DNIT 172/2016 – ME tem por objetivo fixar as condições para 
determinação do Índice de Suporte Califórnia de solos, utilizando amostras não 
trabalhadas. 
41 
 
O ensaio do índice de suporte Califórnia deve ser complemento do ensaio de 
compactação do solo. 
 
3.1.2.4.4. Ensaio de Caracterização do Solo 
O ensaio de caracterização do solo é realizado antes do inicio da obra de 
pavimentação para definir os parâmetros do solo que irá receber o pavimento. Isso é 
necessário para definir a qualidade do solo e assim poder ser projetado um 
pavimento compatível ao solo. Vale ressaltar que além do tipo e qualidades do solo 
é essencial que haja o estudo do tráfego no local para saber a solicitação que 
aquela via irá receber, como foi explicitado anteriormente. 
 
a) Limite de Liquidez (LL) 
Tem relação com a umidade do solo e é definida como a umidade limite do solo até 
ele ter comportamento plástico, ou seja, como se funcionasse como uma umidade 
de transição entre os dois estados do sólido: o liquido e o plástico. As diretrizes e 
especificações do ensaio para determinação desse limite de liquidez estão definidas 
na norma DNER – ME 122/94. 
b) Limite de Plasticidade (LP) 
Também é a umidade do solo, porém nesse caso é a umidade limite entre o estado 
plástico do solo e o estado semi-sólido. As diretrizes e especificações do ensaio 
para determinação desse limite de liquidez estão definidas na norma DNER – ME 
082/94. 
c) Índice de Plasticidade (IP) 
Relaciona o limite de liquidez com o limite de plasticidade. 
𝐼𝑃 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃 
 
Determina basicamente a máxima quantidade de água que poderá ser adicionada 
ao solo para que o mesmo permaneça com sua consistência plástica. Não existem 
normas para a determinação desse fator, pois será necessário somente relacionar 
os valores encontrados pelos ensaios dos limites anteriores. 
 
42 
 
3.1.2.4.5. Classificação HRB 
Classificação de solos que data da década de 1920 e que após a 2a . Guerra 
Mundial sofreu alterações quando foi normalizada pela AASHTO – American 
Association of State Highway Officials, que perduram até nossos dias. É um sistema 
de classificação de solos de aplicação rodoviária baseado nos limites de Atterberg e 
na granulometria (MOURA, 2017). 
 
São apresentados 7 classes subdivididos em 11 grupos assim denominados 
(MOURA, 2017): 
A-1 subdividido em A-1-a e A-1-b; 
A-2 subdividido em A-2-4, A-2-5, A-2-6, e A-2-7; 
A-3; 
A-4; 
A-5; 
A-6; e, 
A-7 subdividido em A-7-5 e A-7-6. 
 
As classes A-1, A-2 e A-3 tratam-se de materiais mais grossos, que apresentam de 
até no máximo de 35% de material retido na # 200 (0,075mm de abertura). Limitados 
em 15%, 25% e 10% para os grupos A-1-a, A-1-b e A-3 respectivamente. 
 
Para as classes A-1 e A3 o IP – índice de plasticidade é limitado em 6% o que 
caracteriza materiais com predominância de não plástico (pedra britada, pedregulho 
e areias). 
 
Já os grupos A-2-4 e A-2-5 o IP é limitado em 10%, os grupos A-2-6 e A-2-7 
especifica um mínimo de 11% no IP. Na calsse A- 2 considera-se o LL – limite de 
liquidez, tratam-se dos materiais: areias e areias argilosas ou siltosas. Para as 
classes A-4, A-5, A-6 e A-7, tem-se no mínimo 35% de material passado na peneira 
acima e considera-se também tanto o IP como o LL. Tratam-se solos finos argilas e 
siltes. 
 
A Figura 16 mostra a classificação HRB. 
 
43 
 
 
Figura 16 - Classificação HRB 
Fonte: ODA, 2016. 
 
3.1.3. Projeto Executivo 
O projeto executivo irá constar nas etapas que serão realizadas em toda a obra de 
pavimentação. Irá fazer parte desse projeto tanto a parte de sondagem como a de 
limpeza do local após a execução da obra. 
 
Segundo a INSTRUÇÃO DE PROJETO do Departamento de Estradas de Rodagem 
de janeiro de 2006, nesta etapa, a solução selecionada no projeto básico deve ser 
detalhada a partir dos dados atualizados de campo, da topografia, das investigações 
geológico-geotécnicas complementares, do projeto geométrico, do projeto de 
drenagem etc. 
 
O projeto executivo deve constituir-se de memorial de cálculo com resultados das 
investigações geotécnicas e pesquisas de tráfego complementares para cálculo do 
número “N” de solicitações do eixo simples padrão de rodas duplas de 80 kN, 
dimensionamento da estrutura de pavimento com verificação mecanicista, desenhos 
de seção-tipo transversal de pavimento, planta de localização dos tipos de 
44 
 
pavimentos, detalhes construtivos e especificações de serviços e planilha de 
quantidades com orçamento dos serviços de pavimentação. 
 
3.1.3.1. Elaboração de Projeto 
Como foi visto anteriormente, a obra de pavimentação terá um projeto básico que irá 
relacionar todas as características existentes no local da obra. Nesse momento, o 
objetivo será descrever como será a elaboração desse projeto, quais características 
serão importantes para isso e quais ensaios deverão ser realizados. 
 
3.1.3.2. Normas Gerais Aplicáveis 
Para cada tipo de pavimento é essencial seguir as especificações técnicas 
constantes nas normas disponibilizadas pelos órgãos rodoviários. No Brasil, o DNIT 
– Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes disponibiliza em seu site 
todas as normas utilizadas na construção de pavimentos flexíveis, semirrígidos e 
rígidos. Vale lembrar que em alguns estados e municípios, as obras devem atender 
as exigências de seus órgão do DER – Departamento de Estradas de Rodagem, que 
possuem normas específicas para a sua região. 
 
No entanto, no caso de pavimentos rígidos também devem ser seguidas algumas 
normas sobre materiais, fornecidas pela ABCP - Associação Brasileira de Cimento 
Portland. 
 
3.1.3.3. Conteúdo Técnico 
 
3.1.3.3.1. Desenho 
Os desenhos possuem a série especial e a normal, o que vai diferenciar os dois 
tipos é a escala do desenho além do seu conteúdo. 
 
Segundo a INSTRUÇÃO DE PAVIMENTO do Departamento de Estradas de 
Rodagem de janeiro de 2006, o projeto básico deve compreender detalhes gerais da 
obra, contendo, no mínimo: 
45 
 
- plantas de distribuição dos tipos de estruturas de pavimento; 
- seções-tipo transversal de pavimento, com todos os detalhes e notas necessárias 
para a execução adequada dos serviços de pavimentação. 
 
3.1.3.3.2. Memorial Descritivo 
O memorial descritivo do projeto Deve conter a descrição dos serviços executados e 
o detalhamento da alternativa selecionada pela projetista, acompanhada de 
justificativa técnico-econômica, resultados de ensaios laboratoriais e de pesquisas 
realizadas. O memorial descritivo deve conter também planilhas de quantidades, 
quadro resumo das distâncias de transportes e demonstrativo do consumo de 
materiais. Dever ser incluído no memorial descritivo o cronograma estimado paraimplantação do pavimento e o orçamento dos serviços de pavimentação, segundo a 
INSTRUÇÃO DE PROJETO do Departamento de Estradas de Rodagem de janeiro 
de 2006. 
 
3.1.3.3.3. Orçamento - Planilha de Custos e Serviços 
Para o orçamento de qualquer obra é preciso analisar quais serviços e materiais 
serão necessários para cada caso. Para o caso de uma obra de pavimentação 
devem ser orçados os itens de transporte, materiais, serviços e mão de obra. Nesse 
trabalho foram utilizadas as planilhas de custo do SINAPI da Caixa Econômica 
Federal e da Prefeitura do Rio de Janeiro, que serão apresentadas com os itens a 
serem orçados. 
 
a) Serviços preliminares 
São os serviços que deverão ser realizados antes do inicio da obra, que irá consistir 
na montagem de um canteiro de obra que deverá constar toda a estrutura 
necessária e sua manutenção para atender aos funcionários que irão trabalhar no 
local. 
 
46 
 
b) Fresagem 
Quando já houver uma estrutura de pavimento no local, mas existir a necessidade 
de um novo recapeamento, deverá ser realizada a fresagem em toda a via como 
uma maneira de regularizar sua superfície. 
 
c) Pavimentação 
A parte da obra que irá apresentar mais etapas e custos. Irá englobar todos os 
materiais e mão de obra da pavimentação. 
d) Transporte 
Nessa parte do orçamento será considerado todo o tipo de transporte necessário na 
obra, tanto internamente no transporte de material pela obra como externamente no 
transporte de materiais, entulho para locais determinados. 
 
Além desses itens do orçamento, toda obra tem que considerar o índice BDI que 
consiste nos custos indiretos da obra, como administração da empresa, seguro, 
custo financeiro do contrato, garantia e tributos. É um valor estipulado pela empresa 
e esse será calculado no fim da obra após o orçamento estar finalizado e deverá 
estar dentro do esperado. 
e) Limpeza 
Após o fim da obra será necessária uma limpeza no local, que também deverá ser 
considerada nos custos da mesma. 
f) Composição de Custo Unitário de Serviço 
A composição do serviço de pavimentação irá englobar todas as etapas da obra. 
Primeiro a instalação do canteiro de obra, que poderá ser no próprio local ou em 
algum outro ponto especifico com as instalações necessárias para suprir a 
necessidade dos funcionários e da obra como um todo para o seu funcionamento. 
Muito importante orçar o custo da fresagem do pavimento existente, além do custo 
da sondagem do local para análise da resistência do solo. O custo do projeto 
também será considerado. Todo o custo com a pavimentação como os materiais 
utilizados, transporte interno e externo e uma final limpeza da obra. 
 
47 
 
4. ESTUDO DE CASO 
Para o estudo de caso foi selecionado o campus da Ilha do Fundão da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro. Historicamente a ilha do fundão é uma ilha artificial que 
foi criada pelo homem através de aterros em ilhas pré-existentes no local (Baiacu, 
Bom Jesus, Cabras, Catalão, Fundão, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França e 
Sapucaia)1. Infelizmente, não foi realizado na época da execução dos aterros, um 
levantamento das características dos materiais das ilhas e, consequentemente, não 
existe um banco de dados com informações sobre os pavimentos executados nas 
vias da Ilha do Fundão. 
 
O que pode ser verificado superficialmente é que a ilha não possui solo de boa 
qualidade e resistência e os pavimentos existentes de quase todas as vias do 
campus apresentam muitas deformações, buracos, trincas e irregularidades. Por 
esse motivo, o objetivo deste estudo de caso é apresentar um pequeno projeto para 
a pavimentação de uma região dentro da Cidade Universitária. O trecho selecionado 
foi sugerido pelo Prefeito da Cidade Universitária. 
 
4.1. Localização 
O estudo de caso será um projeto realizado para a pavimentação de uma região 
dentro do campus da UFRJ localizado na Ilha do Governador, Campus do Fundão. 
 
 
Figura 17 - Ilha do Fundão 
Fonte: http://www.nce.ufrj.br/mot_cn/como-chegar.asp 
 
1https://ufrjparaestrangeiros.wordpress.com/2011/07/03/historia-de-ilha-do-fundao-cidade-universitaria/ 
48 
 
4.2. Características 
Após análise das condições do local foi constatado que a realização de obra para 
recuperar o pavimento será necessária, e para esse caso será utilizado todo o 
processo do projeto básico, projeto executivo e orçamento explicitado no capitulo 3. 
 
Como visto anteriormente, as partes mais importantes do projeto básico são a 
análise do pavimento, contagem de tráfego e ensaio do ISC. 
 
A contagem de trafego foi realizada por alunos da UFRJ para realização de um 
trabalho da disciplina Pavimentação B e será utilizado para os cálculos do número N 
necessário para o dimensionamento da estrutura do pavimento. 
 
A avaliação do pavimento foi realizada por um grupo de alunos também da UFRJ da 
disciplina Pavimentação B e também será utilizada nesse trabalho para determinar 
qual a necessidade que o pavimento existente precisa, seja uma simples 
manutenção, consertando pequenos defeitos ou uma total reconstrução do 
pavimento do local. 
 
Infelizmente, o ensaio ISC não foi realizado, e por esse motivo, foi considerada 
nesse trabalho a pior situação, pois em determinados locais, pode-se observar que o 
solo era bem fraco. Sendo assim, foi adotado o menor valor, segundo as normas do 
município do Rio de Janeiro, para o Índice de Suporte Califórnia, que é 3%. 
 
4.2.1. Análise do pavimento existente 
Após a análise do pavimento no local determinado foi constatada a necessidade da 
realização de fresagem. Por ser um pavimento muito prejudicado e com pouca 
manutenção será necessária a fresagem de todo o pavimento existente para a 
reconstrução do novo. 
 
49 
 
 
Figura 18 - Foto das Condições do Local a ser Pavimentado 
 
 
Figura 19 -Foto das Condições do Local a ser Pavimentado 
 
Figura 20 - Foto das Condições do Local a ser pavimentado 
50 
 
 
A via a ser pavimentada na Ilha do Fundão é a Largo Wanda de Oliveira, situada 
próximo ao alojamento da universidade, a via a ser recuperada que está neste 
estudo de caso possui 450 metros de extensão e 4,2 metros de largura. 
. 
 
Figura 21 - Via a ser pavimentada 
4.2.2. Dimensionamento 
O dimensionamento será realizado pelo método do DNER como foi explicado 
anteriormente. 
 
4.2.3. Orçamento e planilha de custo 
Para o orçamento da obra foi necessário especificar alguns fatores para pesquisar o 
custo da execução. No Anexo A segue uma planilha com os custos e serviços 
considerados no projeto dessa obra. Além de todos os valores apresentados foram 
considerados desonerados: 
51 
 
 o quantitativo de engenheiros e encarregados não foi calculado e com isso não 
pôde ser orçado porque não é de conhecimento o prazo da obra, por ser apenas 
um projeto estimado. 
 os custos com transporte interno e externo foi realizado de maneira mais 
generalizada, sem definir o tipo de material a ser transportado. 
 o custo com limpeza foi também generalizado independentemente do tipo de 
limpeza. 
 
A planilha com o orçamento desta obra de pavimentação está no Anexo A. 
 
4.2.4. Número N 
O número N que deve ser calculado para toda obra de pavimentação, seja de 
construção ou manutenção. 
 
Neste trabalho foi calculado para o local do projeto a partir de dados de contagem de 
trafego realizado nas vias do Fundão. 
 
A contagem foi feita manualmente por alunos de Engenharia Civil da Universidade 
Federal do Rio de Janeiro. Para isso, os alunos foram no local 3 dias seguidos e

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