Logo Passei Direto

A maior rede de estudos do Brasil

Grátis
39 pág.
Mod Semio

Pré-visualização | Página 3 de 10

dados e o raciocínio clínico da 
enfermagem. 
 Avaliação de odores característicos: 
 Hálito de coma hepático: odor de maçã estragada 
 Hálito alcoólico: ingestão de álcool 
 Hálito cetônico: cetoacidose diabética, odor de cetona. 
 Halitose: falta de higiene / doença gengival 
 Odor de suor: falta de higiene corporal 
 Odor genital: processo infeccioso local 
 
 
REFERÊNCIAS 
 BARROS A.L.B.L e cols. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de 
enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 JARVIS C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. Rio de Janeiro: Richmann & Affonso, 
2002. 
 POTTER P. A. Semiologia em enfermagem. Rio de Janeiro: Richmann & Affonso, 2002. 
 POSSO, M.B.S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2005. 
 
 
 
EXAME FÍSICO CÉFALO-CAUDAL 
 
Profª Ana Ureta 
EXAME FÍSICO 
 Conceito: 
 É o levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas quanto psicológicas, no 
sentido de buscar informações significativas para a enfermagem que possam subsidiar a 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 15 
assistência a ser prestada ao paciente. 
 Em conjunto com a entrevista, onde se efetiva a coleta de dados, é parte fundamental da 
sistematização da assistência de enfermagem. 
 (Barros e cols., 2002) 
 
PREPARAÇÃO PARA O EXAME FÍSICO 
 Planejar a sua abordagem e sua conduta; 
 Lavar as mãos; 
 Preparar a bandeja com todo o material necessário; 
 Promover um ambiente adequado e com iluminação correta; 
 Colocar o cliente na posição adequada e com a parte a ser examinada descoberta; 
 Promover privacidade; 
 Nunca inicie o exame por locais ou regiões que possa provocar constrangimento ou vergonha. 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
 Estado geral 
 Estado emocional/mental 
 Tipo morfológico: brevelíneo, longilíneo e 
normolíneo 
 Dados antropométricos 
 Postura/Locomoção 
 Expressão facial: Fácies 
 Sinais vitais 
 Pele/Mucosas 
 Anexos 
 
 Estado geral: bom, regular, mal; resposta do individuo em relação a sua doença, verificando 
as condições de higiene, a existência da perda da força muscular, peso e o estado psíquico do 
paciente. 
 Estado emocional/mental: observar nível de ansiedade, tensão, medo e o estado cognitivo 
do paciente (avaliar a orientação, a memória, a habilidade em cumprir tarefas e a linguagem do 
paciente). 
TIPO MORFOLÓGICO 
 Classificados em Brevelíneo, normolíneo e longilíneo; 
 Deve-se fazer a relação de proporcionalidade entre o pescoço, os braços, os ossos frontais, as 
mãos e os dedos; 
 Muitas patologias estão associadas ao biótipo do paciente. 
 
DADOS ANTROPOMÉTRICOS 
É a medida dos seguimentos corporais e suas proporções. 
 Peso 
 Peso ideal: aproxima-se do nº de cm que excede de um metro de altura. Ex. homem de 1.70m 
= 70kg; mulher: subtrai-se 5% ao valor encontrado. Ex. mulher de 1.60m = 57kg. 
 Peso máximo normal: soma-se 10% ao peso ideal. 
 Peso mínimo normal: subtrai-se 10% ao peso ideal. 
 Ex: Homem: normal – 70kg (63kg a 77kg) 
 Mulher: normal – 57kg (51kg a 63kg) 
 Altura: planta-vértice 
 Relação entre peso/altura = IMC 
 
 IMC = peso em KG 
 altura (m2) 
 
 Pregas ou dobras cutâneas: tricipital, bicipital, supra-ilíaca, subescapular. 
 Circunferências: braço, cintura e quadril 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 16 
 Circunferência abdominal: fita métrica no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. 
Homem 102cm e mulher 88cm. 
 Circunferência do quadril: fita métrica ao redor do quadril, na área de maior diâmetro 
(trocânter maior do fêmur), sem comprimir a pele. 
 Relação cintura-quadril (RCQ): < 0,85 cm para mulheres e < 0,95 cm para os homens 
 
RCQ = Cintura (cm) 
 Quadril (cm) 
 
Relação cintura-quadril: esse índice é determinado para avaliar a gordura intra-
abdominal (ou visceral) e prever risco cardiovascular. 
 
 Postura: posicionamento adotado no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o 
objetivo de conseguir algum alívio, ex. ortopnéica, antálgica, parkinsoniana, etc. 
 Capacidade de locomoção (marcha): amplitude e natureza dos movimentos, ex. espástica, 
parética, atáxica. 
 Expressão facial (fácies): sinal indicativo de alguma patologia ou bem como o uso de 
algumas medicações, ex. fácies de cushingóide ou lua cheia. 
 Pele: cor, umidade, temperatura, textura, turgor e presença de lesões e edemas. 
 Mucosas: inspecionar lábios, boca e língua 
 Pêlos: observar presença de lesões, pediculose do couro cabeludo ou pubiana. 
 Unhas: inspecionar e palpar avaliando a coloração à compressão, forma, resistência, espessura 
e condições da cutícula. 
 
SISTEMATIZAÇÃO PARA O EXAME CÉFALO-CAUDAL 
 
 
 Nível de consciência/orientação 
 Estado emocional/higiênico 
 Características da pele 
 Cabeça: crânio e face (olhos, nariz, boca 
e ouvido) 
 Pescoço 
 Tórax 
 Abdômen 
 Região genital 
 Membros superiores e inferiores 
 Estado nutricional 
 Eliminações (freqüência, quantidade e 
aspecto) 
 Aferição de sinais vitais 
 
EXAME CÉFALO-CAUDAL 
 Crânio: 
 Tamanho: macrocefalia, microcefalia, hidrocefalia. 
 Realizar palpação do crânio e verificar: cisto sebáceo, hematomas e nódulos. 
• Couro cabeludo: condições higiênicas, aspecto e consistência dos cabelos (quebradiços, 
secos, alopecia, seborréia, pediculose, implantes). 
 Face: 
 Simetria, mímica facial, alterações da pele. 
 Fácies: redondas, lua cheia ou cushingóidea, mixedematosa, hipocrática. 
 Mucosas da face: palidez, icterícia, cianose. 
 Olhos: 
 Acuidade visual: conservada, diminuída, amaurose; 
 Pupilas: isocóricas, anisocóricas, miose, midríase; 
 Escleróticas: branca ou levemente amarelada, icterícia, placas amarronzadas (negro), 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 17 
hemorragia por rompimento de vasos. 
 Olhos: 
 Conjuntivas: róseas, palidez, icterícia, hiperemia; 
 Pálpebras: ptose, placas amareladas (xantelasmas), edema (sinal de romanã), processos 
inflamatórios periorbital ou palpebral; 
 Órbita e globo ocular: diplopia, fotofobia, alucinações visuais, nistagmo, enoftalmia, exoftalmia 
(unilateral por tumoração ou bilateral por hipertireoidismo), estrabismo. 
 Nariz e Cavidades Paranasais: 
 Simetria: alterações de tamanho (nariz em sela) lesões traumáticas, infiltrações, desvio de 
septo; 
 Obstrução nasal, dor, dispnéia; 
 Secreções: serosa (rinorréia), mucopurulenta (sinusite aguda, ITR), epistaxe; 
 Crosta, lesão de mucosa; 
 Diminuição do olfato (hiposmia) ou abolição (anosmia). 
 Ouvidos: 
 Pavilhão auricular externo: posição e alinhamento; 
 Ouvido médio: membrana timpânica, acuidade auditiva, zumbidos; 
 Tamanho, deformidades, cerume, otorragia e otorréia, furunculose, lesões micóticas. 
 Cavidade Bucal e Anexos: 
 Hálito: halitose, cetônico (maçã), urêmico. 
 Gengivas: hiperplasia, lesões, hemorragias, inflamações periodontais, fragilidade e queda 
dos dentes, presença de próteses. 
 Cavidade Bucal e Anexos: 
 Lábios: lábio leporino, desvio de comissura labial, lesões herpéticas ou neoplasias, rachaduras, 
leucoplasia; 
 Língua: tamanho (língua volumosa: hipertireoidismo), aspecto (saburrosa, lisa), lesões, 
mobilidade, protusão. 
 Amídalas (tonsilas): placas de pus, hiperemia, processos inflamatórios; 
 Arcada dentária: integridade, estado de conservação (higiene), uso de próteses; 
 Palato: ulcerações, perfurações, fendas; 
 Mucosa bucal: coloração, umidade, ulcerações, enantemas (manchas brancas – sarampo). 
 Pescoço: 
 Simetria,
Página12345678910