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Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
1 
Prof.ª Ana Ureta 
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM: ANAMNESE 
 
ANAMNESE X ENTREVISTA 
 
 Anamnese: ana = trazer de volta, recordar e mnese = memória; trazer de volta a mente 
todos os fatos relacionados com a doença e a pessoa doente. 
 Em essência a anamnese é uma entrevista (PORTO, 1992). 
 Instrumento necessário: comunicação 
 Comunicação: instrumento básico para o cuidar em enfermagem 
 
ENTREVISTA 
 
 Encontro entre você e o paciente; 
 É a primeira parte, e a mais importante, na coleta de dados; 
 É onde são colhidos os dados subjetivos – o que uma pessoa diz sobre si mesma – 
sendo a melhor oportunidade para a pessoa contar como percebe seu próprio estado 
de saúde. 
 
OBJETIVOS DA ENTREVISTA 
 
 Coletar dados completos e precisos sobre o estado de saúde da pessoa, incluindo a 
descrição e a cronologia da doença; 
 Estabelecer um vínculo e confiança, de forma que a pessoa se sinta aceita e à vontade 
para compartilhar todos os dados relevantes. 
 Orientar a pessoa sobre seu estado de saúde, de forma que ela possa participar da 
identificação dos problemas. 
 Construir um vínculo para uma relação terapêutica persistente, facilitando os 
diagnósticos, planejamento e tratamentos futuros. 
 Começar a ensinar sobre promoção da saúde e prevenção de doenças. 
 
FASES DA ENTREVISTA 
 
Introdução: 
 Iniciar a abordagem apresentando-se e citando sua função dentro da Instituição; 
 Chamar o paciente pelo primeiro nome antecedido por “senhor/a ou seu/dona”, 
evitando o uso de apelidos ou títulos; 
 Solicitar a colaboração do paciente esclarecendo o seu propósito e o sigilo das suas 
informações. 
 
Corpo da entrevista: 
Aspectos 
abordados 
Conteúdo a ser 
abordado 
Por que coletar 
Motivo da 
internação e/ou 
queixa principal 
Expressão do paciente 
sobre o motivo que o 
levou a procurar 
assistência e descrição 
dos sintomas que 
apresenta (quando 
surgiu, localização, 
intensidade, fatores 
que agravam e aliviam 
Conhecer os aspectos principais 
do elemento causador do 
desequilíbrio das necessidades 
humanas. 
Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
2 
Prof.ª Ana Ureta 
os sintomas. 
Presença de 
doenças e 
tratamentos 
anteriores; alergias 
Descrição resumida de 
doenças crônicas; 
motivo das 
hospitalizações e/ou 
cirurgias anteriores; 
alergias a 
medicamentos, ali-
mentos, esparadrapo 
etc. 
Conhecer o perfil de saúde, 
possibilitar a associação desse 
perfil ao estado atual do paciente, 
prever complicações. 
Antecedentes 
familiares 
Estado de saúde dos 
familiares diretos do 
paciente (presença de 
diabetes, hipertensão 
arterial, doenças 
cardíacas, renais, 
auto-imunes, 
tuberculose etc.) e 
causa da morte, 
desses familiares, se 
for o caso. 
Conhecer a herança familiar de 
saúde e sua relação com o estado 
de saúde do paciente, buscando 
os fatores de risco para o mesmo. 
Uso de 
medicamentos 
Relação dos remédios 
que tomou ou toma (se 
prescritos por médico 
ou não) e outras 
substâncias que ingere 
para alívio de 
sintomas. 
Ampliar os dados relativos ao seu 
estado de saúde e tratamento. 
Existência de outros 
fatores de risco 
Relato de consumo de 
álcool, fumo ou drogas 
(quantidade, 
freqüência, idade de 
início e, se for o caso, 
quando parou). 
Auxiliar na associação do estado 
atual e do progresso de saúde, 
assim como prever complicações. 
Hábitos e costumes Relato das condições 
de moradias, hábitos 
de higiene, 
alimentação, sono e 
repouso, atividades 
físicas, atividade 
sexual, lazer/recreação 
e eliminações. 
Compreender como vive as 
possíveis repercussões de seus 
hábitos/costumes no 
desenvolvimento/restabelecimento 
da doença na hospitalização e no 
planejamento da assistência. 
 
Fechamento da entrevista: 
 Dar oportunidade ao paciente para que ele exponha algo que ainda não tenha sido 
abordado; 
 Fazer um breve resumo dos aspectos colhidos assegurando a compreensão e a 
Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
3 
Prof.ª Ana Ureta 
clareza dos dados coletados; 
 Esclarecer dúvidas quanto ao tratamento e rotinas do hospital; 
 Estabelecer metas, juntamente com o paciente, a respeito do planejamento das ações 
de enfermagem. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA COLETA DE DADOS 
 
1. Habilidade técnica: qualidade na execução de técnicas básicas (observação, 
comunicação, inspeção, palpação, percussão e ausculta). 
 
2. Conhecimento: capacidade de interpretar o dado coletado e desenvolver o 
raciocínio clínico. 
 
3. As crenças, os valores e o referencial teórico-filosófico da enfermeira: dar 
chance para que o paciente possa expressar suas crenças e valores. 
 
 4. Habilidade de relacionamento interpessoal: 
 Comunicação verbal: utilizar vocabulário adequado à compreensão do paciente; evitar 
perguntas tendenciosa e/ou que tenham caráter de julgamento. 
 Não-verbal: expressão facial, posição do corpo, toque, voz, silêncio. 
 Ambiente interno (enfermeira/paciente): ansiedade, pressa, indisposição emocional e 
física podem dificultar a interação. 
 
 5. Ambiente externo: local, tempo, temperatura e iluminação do ambiente, 
acomodação adequada do paciente e do enfermeiro, evitar barulhos, odores, 
interrupções e /ou interferências. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 BARROS A.L.B.L e cols. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no 
adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 JARVIS C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. Rio de Janeiro: Richmann & Affonso, 2002. 
 PORTO C. C. Exame clínico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992. 
 
 
Normas Gerais para Execução do Exame Físico 
 
• Solicitar a colaboração do paciente. 
• Iluminação adequada (homogênea, sem sombra). 
• Respeitar a privacidade do paciente. 
• Explicar sobre os procedimentos realizados. 
• Realizar o exame no sentido céfalo-caudal. 
• As mãos do examinador devem estar aquecidas e as unhas curtas. 
• O paciente deve estar relaxado e confortável. 
• Em órgãos pares (ouvidos, olhos, rins e outros) deve-se iniciar o exame pelo lado 
não afetado. 
 
Instrumentos e Aparelhos Usados para a Execução do 
Exame Físico 
 
• Esfigmomanômetro 
Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
4 
Prof.ª Ana Ureta 
• Estetoscópio 
• Termômetro 
• Fita métrica 
• Lanterna 
• Abaixador de língua/Espátula 
• Objeto pontiagudo não cortante (agulha), algodão 
• Balança antropométrica 
• Martelo de reflexos 
 
Delimitação das Linhas e Marcos Anatômicos 
 
 
 
 
Tórax – Marcos Anatômicos da Região Anterior 
 
Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
5 
Prof.ª Ana Ureta 
 
 
Tórax Marcos Anatômicos da Região Posterior 
 
 
 
Tórax - Técnica de contagem das costelas 
Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
6 
Prof.ª Ana Ureta 
 
 
 
 
Tórax – Linhas Verticais na região anterior 
 
 
Tórax – Linhas verticais na região posterior 
Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
7 
Prof.ª Ana Ureta 
 
 
Posições do Paciente para Realização do Exame 
Físico 
 
 
 
Posição Ereta 
 Paciente em pé, mantendo a coluna alinhada e os pés ligeiramente 
afastados 
 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 8 
Posição Sentada 
 
Posição Supina 
 
• Paciente deitado em decúbito dorsal, braços estendidos ao longo do corpo 
e pernas estendidas ou ligeiramente fletidas. Pode-se colocar um 
travesseiro sob a cabeça para aumentar o conforto. 
 
Posição Prona 
 
• Paciente deitado em decúbito ventral, com a cabeça virada para um dos lados, 
braços abduzidos para cima com os cotovelos flétidos e pernas estendidas. 
 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 9Posição de Sims 
 
 Paciente em decúbito lateral esquerdo, com os braços posicionados de maneira 
confortável para o paciente, perna direita ligeiramente mais flétida que a esquerda 
e apoiada sobre a cama. Colocar travesseiro sob a cabeça para aumentar o 
conforto. 
 
Posição de Fowler 
 Paciente em decúbito dorsal, com o tronco elevado em ângulo de 45°. Colocar 
travesseiro sob a cabeça para aumentar o conforto 
 
Posição Litotomia 
 Paciente em decúbito dorsal, com as pernas afastadas, joelhos fletidos e os 
pés apoiados na cama 
 
Posição Genu-peitoral 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 10 
 
 
Posição Trendelenburg 
 
 
Posição Lateral 
 
 
 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 11 
SINAIS E SINTOMAS 
 
 
 Sintoma: designa as sensações subjetivas anormais sentidas pelo paciente e não visualizadas 
pelo examinador, ex. dor, náuseas. 
 
 Sinais: seriam as manifestações objetivas, reconhecíveis por intermédio da inspeção, palpação, 
percussão e ausculta ou meios subsidiários, ex. edema, cianose, presença de sangue na urina. 
 
SINTOMAS 
 
 São a “linguagem” das enfermidades. 
 São transmitidos através da linguagem verbal e não-verbal. 
 Conhecer as características dos sintomas relatados é a base do raciocíneo clínico. 
 O mesmo sintoma pode ser a “linguagem” de diferentes órgãos e ter múltiplas causas. 
 
DOR 
 
 Conceito: sensação subjetiva desagradável que pode assumir diferentes formas, indo desde o 
mais simples desconforto até a mais intensa sensação dolorosa (PORTO, 1992). 
 É considerado o 5º sinal vital. 
 
TIPO DE DOR 
 
 Superficial: é sentida na superfície da pele, no local exato da atuação do estímulo; ex. 
contusões, queimaduras e processos inflamatórios. 
 Profunda: é sentida nos músculos, tendões e articulações; localização menos precisa e caráter 
variável. 
 Visceral: ex. inflamação, tração e isquemia. 
 Irradiada: ex. ciatalgia. 
 Dor em queimação: ex. dor da esofagite de refluxo e da úlcera. 
 Dor em pontada ou em fincada: ex. dor pleurítica. 
 Dor pulsátil: ex. enxaqueca. 
 Dor em cólica: ex. cólica intestinal, cólica menstrual e cólica nefrética. 
 
SINTOMAS GERAIS 
 
 Febre: ex. lesões infectadas. 
 Astenia: ex. fase inicial das viroses e hipoglicemia. 
 Alterações do peso: ex. uso de corticóides e tuberculose pulmonar. 
 Sudorese: ex. dor retroperitoneal (IAM), cólicas intensas (renal, intestinal), hipoglicemia. 
 Calafrios: ex. infecções das vias urinárias altas (pielonefrites). 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 ANDRIS, D. A. e cols. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2006. 
 PORTO C. C. Exame clínico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 
 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 12 
AVALIAÇÃO CLÍNICA E AS TÉCNICAS BÁSICAS PARA O EXAME FÍSICO 
 
TÉCNICAS BÁSICAS PARA O EXAME FÍSICO 
 Inspeção 
 Palpação 
 Percussão 
 Ausculta 
 
Para realização de cada etapa é preciso utilizar os sentidos: visão, olfato, tato e 
audição. 
 
INSPEÇÃO 
Consiste no processo de observação. É um exame visual das partes do corpo para 
detecção de características normais ou sinais físicos significativos (POTTER, 2002). 
 
É um método em que se utiliza o sentido da visão na avaliação do aspecto, cor, tamanho 
e movimento das diversas áreas corporais (POSSO, 2005) 
 
TIPO DE INSPEÇÃO 
 Inspeção estática: observa-se apenas os contornos anatômicos, ex. formato do tórax 
 Inspeção dinâmica: o foco de atenção esta nos movimentos próprios do segmento 
inspecionado, ex. amplitude dos movimentos respiratórios: superficial, normal ou 
profundo. 
 
TÉCNICA DE INSPEÇÃO 
 Boa iluminação e exposição adequada das partes do corpo; 
 Fazer uma inspeção completa e sistemática de cada parte do corpo, observando 
rigorosamente a região de maior queixa; 
 Comparar cada área com a mesma área do lado oposto; 
 Inspecionar cada área quanto a tamanho, forma, cor, simetria, presença de lesões 
cutâneas, cateteres e tubos ou outros dispositivos; 
 Para a inspeção de cavidades utilizar a lanterna. 
 
PALPAÇÃO 
Acompanha e freqüentemente confirma os pontos observados durante a inspeção. A 
palpação concentra o sentido do tato na avaliação dos seguintes fatores: 
 Textura 
 Temperatura 
 Umidade 
 Presença de nódulos 
 Localização e tamanho dos órgãos 
 Dor ou hipersensibilidade 
 
TIPOS DE PALPAÇÃO 
Palpação com as mãos espalmadas 
 Textura e consistência da pele; 
 Percepção de frêmitos. 
Palpação com polpas digitais 
 Textura da pele; 
 Pulsação; 
 Nódulos. 
Mão sobrepondo a outra 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 13 
 Nódulos e massas; 
 Localização e tamanho dos órgãos. 
Pinça 
 Formato e consistência de um nódulo ou massa; 
 Pregueamento cutâneo. 
Dorso das mãos e dedos 
 Temperatura 
Dígito-pressão 
 Dor; 
 Edema. 
Puntipressão 
 Sensibilidade dolorosa 
 
TÉCNICA DE PALPAÇÃO 
 Certifica-se que o paciente esteja relaxado e em posição confortável; 
 Palpar qualquer área sensível por último (observar sinais não-verbais de desconforto); 
 Manter unhas curtas e mãos aquecidas; 
 Fazer sempre uma palpação superficial antes da palpação profunda; 
 Quando há risco de uma costela fraturada, palpar com cuidado; 
 Ao palpar uma artéria, evitar aplicar pressão que possa obstruir o fluxo de sangue. 
 
PERCUSSÃO 
 Consiste em golpear a pele da pessoa com toques curtos e firmes, para avaliar 
tamanho, limites e consistência de órgãos e estruturas subjacentes e para detectar 
líquido em cavidades (POSSO, 2005). 
 
TIPOS DE PERCUSSÃO 
 Direta: é realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região-alvo; 
 Punho-percussão e percussão com a borda da mão: sensação dolorosa nos rins; 
 Percussão por piparote: pesquisa de ascite. 
 Dígito-digital: a mão que golpeia entra em contato com a outra mão, fixa e parada 
sobre a pele do paciente. Os sons nela encontrados são: maciço, submaciço, 
timpânico e claro pulmonar. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS SONS 
 Maciço: regiões desprovidas de ar como o músculo e o fígado. Ex: tampo de mesa. 
 Submaciço: variação do maciço, tem presença de ar em pequena quantidade; 
 Timpânico: obtido em regiões que contenham ar, recobertas por membrana flexível, 
como o estômago. Ex: caixa vazia. 
 Claro-pulmonar: obtém-se quando se percute a área dos pulmões. Ex. isopor. 
 
TÉCNICA DE PERCUSSÃO 
 Adotar posição correta e confortável para o exame; 
 Não percutir com unhas longas; 
 Realizar 02 golpes seguidos para confirmar o som; 
 Órgão simétrico: realizar comparação; 
 Aplicar a mesma força em cada área para fazer uma comparação precisa entre os 
sons produzidos pela percussão; 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 14 
 Treinar em objetos para automatizar o golpe, sua direção e freqüência. 
 
AUSCULTA 
 É a audição dos sons produzidos pelo corpo, como os do coração e vasos, 
pulmões e abdome. 
 A maior parte dos ruídos corporais é muito suave e deve ser canalizada através de 
um estetoscópio para que possa ser avaliada. 
 
TÉCNICA DE AUSCULTA 
 Ouvir em um ambiente tranqüilo com poucos ruídos; 
 Prestar atenção na presença de som, assim como em suas características; 
 Sempre colocar o estetoscópio sobre a pele nua, porque roupas obscurecem o som; 
 Aquecer as terminações do estetoscópio, esfregando-as nas palmas das mãos. 
 Sons fisiológicos: pulmão (murmúrios vesiculares), coração (bulhas cardíacas), 
intestinos (ruídos hidroaéreos). 
 Sons não-fisiológicos = ruídos adventícios. 
 
SENTINDO DO OLFATO 
 Olfato: órgão do sentido que subsidia a coleta dedados e o raciocínio clínico da 
enfermagem. 
 Avaliação de odores característicos: 
 Hálito de coma hepático: odor de maçã estragada 
 Hálito alcoólico: ingestão de álcool 
 Hálito cetônico: cetoacidose diabética, odor de cetona. 
 Halitose: falta de higiene / doença gengival 
 Odor de suor: falta de higiene corporal 
 Odor genital: processo infeccioso local 
 
 
REFERÊNCIAS 
 BARROS A.L.B.L e cols. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de 
enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 JARVIS C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. Rio de Janeiro: Richmann & Affonso, 
2002. 
 POTTER P. A. Semiologia em enfermagem. Rio de Janeiro: Richmann & Affonso, 2002. 
 POSSO, M.B.S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2005. 
 
 
 
EXAME FÍSICO CÉFALO-CAUDAL 
 
Profª Ana Ureta 
EXAME FÍSICO 
 Conceito: 
 É o levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas quanto psicológicas, no 
sentido de buscar informações significativas para a enfermagem que possam subsidiar a 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 15 
assistência a ser prestada ao paciente. 
 Em conjunto com a entrevista, onde se efetiva a coleta de dados, é parte fundamental da 
sistematização da assistência de enfermagem. 
 (Barros e cols., 2002) 
 
PREPARAÇÃO PARA O EXAME FÍSICO 
 Planejar a sua abordagem e sua conduta; 
 Lavar as mãos; 
 Preparar a bandeja com todo o material necessário; 
 Promover um ambiente adequado e com iluminação correta; 
 Colocar o cliente na posição adequada e com a parte a ser examinada descoberta; 
 Promover privacidade; 
 Nunca inicie o exame por locais ou regiões que possa provocar constrangimento ou vergonha. 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
 Estado geral 
 Estado emocional/mental 
 Tipo morfológico: brevelíneo, longilíneo e 
normolíneo 
 Dados antropométricos 
 Postura/Locomoção 
 Expressão facial: Fácies 
 Sinais vitais 
 Pele/Mucosas 
 Anexos 
 
 Estado geral: bom, regular, mal; resposta do individuo em relação a sua doença, verificando 
as condições de higiene, a existência da perda da força muscular, peso e o estado psíquico do 
paciente. 
 Estado emocional/mental: observar nível de ansiedade, tensão, medo e o estado cognitivo 
do paciente (avaliar a orientação, a memória, a habilidade em cumprir tarefas e a linguagem do 
paciente). 
TIPO MORFOLÓGICO 
 Classificados em Brevelíneo, normolíneo e longilíneo; 
 Deve-se fazer a relação de proporcionalidade entre o pescoço, os braços, os ossos frontais, as 
mãos e os dedos; 
 Muitas patologias estão associadas ao biótipo do paciente. 
 
DADOS ANTROPOMÉTRICOS 
É a medida dos seguimentos corporais e suas proporções. 
 Peso 
 Peso ideal: aproxima-se do nº de cm que excede de um metro de altura. Ex. homem de 1.70m 
= 70kg; mulher: subtrai-se 5% ao valor encontrado. Ex. mulher de 1.60m = 57kg. 
 Peso máximo normal: soma-se 10% ao peso ideal. 
 Peso mínimo normal: subtrai-se 10% ao peso ideal. 
 Ex: Homem: normal – 70kg (63kg a 77kg) 
 Mulher: normal – 57kg (51kg a 63kg) 
 Altura: planta-vértice 
 Relação entre peso/altura = IMC 
 
 IMC = peso em KG 
 altura (m2) 
 
 Pregas ou dobras cutâneas: tricipital, bicipital, supra-ilíaca, subescapular. 
 Circunferências: braço, cintura e quadril 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 16 
 Circunferência abdominal: fita métrica no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca. 
Homem 102cm e mulher 88cm. 
 Circunferência do quadril: fita métrica ao redor do quadril, na área de maior diâmetro 
(trocânter maior do fêmur), sem comprimir a pele. 
 Relação cintura-quadril (RCQ): < 0,85 cm para mulheres e < 0,95 cm para os homens 
 
RCQ = Cintura (cm) 
 Quadril (cm) 
 
Relação cintura-quadril: esse índice é determinado para avaliar a gordura intra-
abdominal (ou visceral) e prever risco cardiovascular. 
 
 Postura: posicionamento adotado no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o 
objetivo de conseguir algum alívio, ex. ortopnéica, antálgica, parkinsoniana, etc. 
 Capacidade de locomoção (marcha): amplitude e natureza dos movimentos, ex. espástica, 
parética, atáxica. 
 Expressão facial (fácies): sinal indicativo de alguma patologia ou bem como o uso de 
algumas medicações, ex. fácies de cushingóide ou lua cheia. 
 Pele: cor, umidade, temperatura, textura, turgor e presença de lesões e edemas. 
 Mucosas: inspecionar lábios, boca e língua 
 Pêlos: observar presença de lesões, pediculose do couro cabeludo ou pubiana. 
 Unhas: inspecionar e palpar avaliando a coloração à compressão, forma, resistência, espessura 
e condições da cutícula. 
 
SISTEMATIZAÇÃO PARA O EXAME CÉFALO-CAUDAL 
 
 
 Nível de consciência/orientação 
 Estado emocional/higiênico 
 Características da pele 
 Cabeça: crânio e face (olhos, nariz, boca 
e ouvido) 
 Pescoço 
 Tórax 
 Abdômen 
 Região genital 
 Membros superiores e inferiores 
 Estado nutricional 
 Eliminações (freqüência, quantidade e 
aspecto) 
 Aferição de sinais vitais 
 
EXAME CÉFALO-CAUDAL 
 Crânio: 
 Tamanho: macrocefalia, microcefalia, hidrocefalia. 
 Realizar palpação do crânio e verificar: cisto sebáceo, hematomas e nódulos. 
• Couro cabeludo: condições higiênicas, aspecto e consistência dos cabelos (quebradiços, 
secos, alopecia, seborréia, pediculose, implantes). 
 Face: 
 Simetria, mímica facial, alterações da pele. 
 Fácies: redondas, lua cheia ou cushingóidea, mixedematosa, hipocrática. 
 Mucosas da face: palidez, icterícia, cianose. 
 Olhos: 
 Acuidade visual: conservada, diminuída, amaurose; 
 Pupilas: isocóricas, anisocóricas, miose, midríase; 
 Escleróticas: branca ou levemente amarelada, icterícia, placas amarronzadas (negro), 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 17 
hemorragia por rompimento de vasos. 
 Olhos: 
 Conjuntivas: róseas, palidez, icterícia, hiperemia; 
 Pálpebras: ptose, placas amareladas (xantelasmas), edema (sinal de romanã), processos 
inflamatórios periorbital ou palpebral; 
 Órbita e globo ocular: diplopia, fotofobia, alucinações visuais, nistagmo, enoftalmia, exoftalmia 
(unilateral por tumoração ou bilateral por hipertireoidismo), estrabismo. 
 Nariz e Cavidades Paranasais: 
 Simetria: alterações de tamanho (nariz em sela) lesões traumáticas, infiltrações, desvio de 
septo; 
 Obstrução nasal, dor, dispnéia; 
 Secreções: serosa (rinorréia), mucopurulenta (sinusite aguda, ITR), epistaxe; 
 Crosta, lesão de mucosa; 
 Diminuição do olfato (hiposmia) ou abolição (anosmia). 
 Ouvidos: 
 Pavilhão auricular externo: posição e alinhamento; 
 Ouvido médio: membrana timpânica, acuidade auditiva, zumbidos; 
 Tamanho, deformidades, cerume, otorragia e otorréia, furunculose, lesões micóticas. 
 Cavidade Bucal e Anexos: 
 Hálito: halitose, cetônico (maçã), urêmico. 
 Gengivas: hiperplasia, lesões, hemorragias, inflamações periodontais, fragilidade e queda 
dos dentes, presença de próteses. 
 Cavidade Bucal e Anexos: 
 Lábios: lábio leporino, desvio de comissura labial, lesões herpéticas ou neoplasias, rachaduras, 
leucoplasia; 
 Língua: tamanho (língua volumosa: hipertireoidismo), aspecto (saburrosa, lisa), lesões, 
mobilidade, protusão. 
 Amídalas (tonsilas): placas de pus, hiperemia, processos inflamatórios; 
 Arcada dentária: integridade, estado de conservação (higiene), uso de próteses; 
 Palato: ulcerações, perfurações, fendas; 
 Mucosa bucal: coloração, umidade, ulcerações, enantemas (manchas brancas – sarampo). 
 Pescoço: 
 Simetria,nódulos, pulsações, rigidez de nuca; 
 Palpar linfonodos cervicais; 
 Inspecionar e palpar o pulso carotídeo; 
 Palpação da traquéia e tireóide; 
 Aumento das glândulas parótidas e submaxilares; 
 Pulsação e turgência jugular; 
 Artéria temporal. 
 
SSIINNAAIISS VVIITTAAIISS 
 
PPrrooffªª.. AAnnaa UUrreettaa 
SSIINNAAIISS VVIITTAAIISS 
 SSããoo aaqquueelleess qquuee eevviiddeenncciiaamm oo ffuunncciioonnaammeennttoo ee aass aalltteerraaççõõeess ddaa ffuunnççããoo ccoorrppoorraall.. 
 SSããoo ccoolleettaaddooss dduurraannttee oo eexxaammee ffííssiiccoo ee aa eennffeerrmmeeiirraa ddeevvee aannaalliissáá--llooss ee iinntteerrpprreettáá--llooss,, 
ttoommaannddoo ddeecciissõõeess aa rreessppeeiittoo ddaass pprreessccrriiççõõeess.. 
 DDeessttaaccaamm--ssee ppeellaa ssuuaa iimmppoorrttâânncciiaa:: 
 PPuullssoo//FFrreeqqüüêênncciiaa ccaarrddííaaccaa 
 PPrreessssããoo aarrtteerriiaall 
 FFrreeqqüüêênncciiaa rreessppiirraattóórriiaa 
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Prof.ª Ana Ureta 18 
 TTeemmppeerraattuurraa ccoorrppoorraall 
 
PULSO 
ÉÉ uummaa eelleevvaaççããoo ppaallppáávveell ddoo fflluuxxoo ssaanngguuíínneeoo ppeerrcceebbiiddoo eemm vváárriiooss ppoonnttooss ddoo ccoorrppoo,, 
ccoonnssttiittuuiinnddoo uumm iinnddiiccaaddoorr ddoo eessttaaddoo cciirrccuullaattóórriioo.. 
((PPOOTTTTEERR && PPEERRRRYY,, 22000011)) 
 
 AAffeerriiddoo ppoorr ppaallppaaççããoo ddee aarrttéérriiaa;; 
 CCoonnttaaggeemm ddooss bbaattiimmeennttooss ppoorr uumm mmiinnuuttoo;; 
 FFrreeqqüüêênncciiaa ccaarrddííaaccaa ddiiffeerreenncciiaaddaa ddoo ppuullssoo eemm ccaassooss ddee aarrrriittmmiiaass.. 
 
LOCAIS PARA AFERIÇÃO DO PULSO 
 
 Temporal: sobre o osso temporal na cabeça; 
 Carotídeo: ao longo da borda do músculo esternocleidomastóideo; 
 Apical: quarto ou quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda; 
 Braquial: sulco entre os músculos bíceps e tríceps na fossa antecubital; 
 Radial: lado radial, ou do polegar, do antebraço, no punho; 
 Ulnar: lado ulnar do antebraço, no punho; 
 Femoral: abaixo do ligamento inguinal; 
 Poplíteo: atrás do joelho, na fossa poplítea; 
 Tibial posterior: lado interno do tornozelo; 
 Dorsal pedioso: ao longo do ápice do pé; 
 
Qualquer artéria pode ser avaliada pela freqüência de pulso, mas as artérias radial e 
carótida são os locais de pulso periféricos facilmente palpados. 
 
CARACTERÍSTICAS DO PULSO 
1) Quanto à freqüência: 
Adulto: 60 a 100 batimentos/minuto 
Freqüência > 100 batimentos/minuto= taquisfigmia 
Freqüência < 60 batimentos/minuto= bradisfigmia 
Bebês: 120 a 160 batimentos/minuto 
 
2) Quanto ao ritmo: refere-se ao padrão das pulsações das pausas entre elas. 
Normalmente ocorre um intervalo regular entre cada pulso ou batimento cardíaco. 
 Irregular 
 Regular 
3) Quanto a intensidade (volume): 
 Cheio  Filiforme 
 
4) Quanto a amplitude: 
 0 ausente, impalpável; 
 1+Pulso diminuído, apenas palpável; 
 2+ Pulso obliterado com leve pressão digital; 
 +3 Pulso facilmente palpável (normal); 
 4+Forte e saltitante (hiperdinâmico); 
 
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AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDOOSS PPUULLSSOOSS:: CCAARROOTTÍÍDDEEOOSS 
 AAoo aavvaalliiaarr aass aarrttéérriiaass ccaarróóttiiddaass rreeaalliizzaarr lleevvee pprreessssããoo;; 
 EEvviittaarr oobblliitteerraaççããoo//bbrraaddiiccaarrddiiaa;; 
 PPaallppaarr uummaa aarrttéérriiaa ddee ccaaddaa vveezz;; 
 Compare com a artéria oposta. 
PERIFÉRICOS 
 
 Inicie avaliando as artérias braquiais e depois as radiais; 
 Palpe as artérias femorais e poplíteas e em seguida as artérias tibial posterior e 
dorso do pé. 
 
FFRREEQQUUÊÊNNCCIIAA CCAARRDDÍÍAACCAA 
 DDiiffeerreenncciiaa--ssee ddoo ppuullssoo ddeevviiddoo aarrrriittmmiiaass.. 
 AAuussccuullttaarr oo ppuullssoo aappiiccaall eennttrree oo 44ºº ee oo 55ºº EEIICC,, nnaa lliinnhhaa hheemmiiccllaavviiccuullaarr EE.. 
 AAdduullttoo:: 6600 aa 110000bbaatt//mmiinn.. 
 BBrraaddiiccaarrddiiaa ssiinnuussaall:: 4400 aa 6600 bbaatt//mmiinnuuttoo.. 
 TTaaqquuiiccaarrddiiaa ssiinnuussaall:: 110000 aa 118800 bbaatt//mmiinnuuttooss.. 
 
PPRREESSSSÃÃOO AARRTTEERRIIAALL 
 AAffeerriiddaa pprreeffeerreenncciiaallmmeennttee eemm MMMMSSSS;; 
 NNããoo aaffeerriirr PPAA eemm mmeemmbbrroo ccoomm ffiissttuullaass oouu llaaddoo mmaasstteeccttoommiizzaaddoo;; 
 AAttiivviiddaaddee ffííssiiccaa,, ffuummoo,, aalliimmeennttaaççããoo oouu uussoo ddee bbeebbiiddaass aallccooóólliiccaass nnooss úúllttiimmooss 3300 mmiinnuuttooss 
ppooddee aalltteerraarr aa lleeiittuurraa;; 
 RReeppoouussoo aanntteess ddaa aaffeerriiççããoo ((55 AA 1100 mmiinn));; 
 NNããoo aarrrreeddoonnddaarr vvaalloorreess;; 
 CCaassoo nneecceessssiittee rreeppeettiirr aa PPAA eessppeerraarr 2200 aa 3300 sseegguunnddooss;; 
 SSee aaffeerriiççããoo eemm MMMMIIII:: mmaanngguuiittoo iinnddiiccaaddoo eemm tteerrççoo mmééddiioo ddaa ccooxxaa,, ddeeccúúbbiittoo vveennttrraall,, 
aauussccuullttaarr aarrttéérriiaa ppooppllíítteeaa.. 
 
PPRREESSSSÃÃOO AARRTTEERRIIAALL:: MMAATTEERRIIAALL 
 IInnssttrruummeennttooss ppaarraa aaffeerriiççããoo ddaa PPAA:: eessffiiggmmoommaannôômmeettrroo ee eesstteettoossccóóppiioo 
 MMaanngguuiittoo:: bboollssaa iinnfflláávveell ccoomm 4400%% ddaa llaarrgguurraa ddaa cciirrccuunnffeerrêênncciiaa ddoo bbrraaççoo ee 8800%% ddoo 
ccoommpprriimmeennttoo,, eemm aadduullttoo mmeeddiiaannoo 1122 aa 1144 ccmm 
 MMaanngguuiittoo eessttrreeiittoo PPAA aallttaa//llaarrggoo PPAA bbaaiixxaa 
 
PPRREESSSSÃÃOO AARRTTEERRIIAALL:: MMÉÉTTOODDOO 
 AAppóóiiee ee ppoossiicciioonnee oo bbrraaççoo aaoo nníívveell ddoo ccoorraaççããoo;; 
 CCoollooqquuee oo cceennttrroo ddoo mmaanngguuiittoo ssoobbrree aa aarrttéérriiaa bbrraaqquuiiaall ((22,,55 ccmm aacciimmaa ddaa ffoossssaa 
aanntteeccuubbiittaall));; 
 PPaallppee oo ppuullssoo bbrraaqquuiiaall oouu rraaddiiaall ee iinnssuuffllee oo mmaanngguuiittoo aattéé oo ppuullssoo ddeessaappaarreecceerr;; 
 IInnssuuffllee 3300mmmmhhgg aacciimmaa ddaa pprreessssããoo ppaallppaattóórriiaa;; 
 CCoollooccaaççããoo ddoo ddiiaaffrraaggmmaa ddoo eesstteettoossccóóppiioo;; 
 EEssvvaazziiee oo mmaanngguuiittoo eemm ttoorrnnoo ddee 22 aa 44mmmmhhgg ppoorr bbaattiimmeennttoo;; 
 RReeggiissttrree aa pprreessssããoo ssiissttóólliiccaa qquuaannddoo oo11ºº ssoomm ccllaarroo éé aauussccuullttaaddoo ((KKoorroottkkooffff II));; 
 RReeggiissttrree aa pprreessssããoo ddiiaassttóólliiccaa qquuaannddoo ooccoorrrree oo ssiillêênncciioo ((KKoorroottkkooffff VV)).. 
 
 
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TERMOS RELACIONADOS A PA 
 
 Nível de PA (mmHg) Classificação 
< 120 sistólica e < 80 diastólica Ótima 
< 130 sistólica e < 85 diastólica Normal 
130-139 sistólica / 85-89 diastólica Limítrofe 
140-159 sistólica / 90-99 diastólica HA estágio 1 
160-179 sistólica/100-109 diastólica HA estágio 2 
> 180 sistólica / > 110 diastólica HA estágio 3 
> 140 sistólica / < 90 diastólica HAS isolada 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
 Não permitir que o paciente perceba a contagem; 
 Aferida por um minuto/observar movimentos do tórax; 
 Avaliar ritmo, profundidade e desconforto respiratório. 
 Homem: 14 a 18 incursões por minuto 
 Mulher: 16 a 20 incursões por minuto 
 Adulto: 12 a 20 incursões por minuto 
 
TEMPERATURA 
 Temperatura corporal: calor do organismo 
 Auxilio de termômetro clínico 
 Oral: abaixo da língua por3 a 5 minutos. 
 Retal: termômetro ponta curta e grossa, introduzir por 3 a 4 cm, remover após 3 
minutos. Temperatura mais precisa. 
 Axilar: evitar áreas umedecidas, permanecer por 5 a 7 minutos. 
 Pavilhão auricular (membrana timpânica): utilizados em UTIs. É a que mais se 
aproxima da temperatura interna. 
 Temperatura externa: 
• Afebril ou normotermia: 35.8°c a 37.4°c 
• Subfebril: 37.5ºc a 37.9ºc 
• Febre ou pirexia ou estado febril ou hipertemia: superior a 38°c 
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• Hipotermia: inferior a 35ºc 
 
TEMPERATURA: MATERIAL E PROCEDIMENTO 
 Bandeja, termômetro, algodão, álcool a 70%; 
 Realizar a limpeza do termômetro com álcool a 70% ou lavar com água e sabão do 
pedúnculo para o bulbo (antes e após o uso); 
 Verificar a coluna de mercúrio igual ou inferior a 35ºc; 
 Colocar o termômetro no local escolhido, retirar pelo lado oposto ao bulbo, área não 
contaminada; 
 Realizar a leitura e a anotação do sinal vital. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA TEMPERATURA 
 Idade, limitação de gordura, metabolismo 
 Sexo: ovulação ou metabolismo hormonal 
 Exercício e atividade: contração muscular 
 Ritmo circadiano: flutuações na temperatura 
 Emoções: afeta a função metabólica 
 Doenças ou lesões: alteram o centro regulador 
 Drogas: taxa metabólica 
 Alterações climáticas 
 
SINAIS DE HIPOTERMIA 
 Tremores 
 Apatia 
 Arritmia 
 Intumescimento da pele/pele fria e pálida 
 Redução da sensibilidade/alteração da coordenação motora 
 Bradisfigmia/Bradpnéia 
 Redução da capacidade cognitiva 
 
BIBLIOGRAFIA 
 BARROS A.L.B.L e cols. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de 
enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 JARVIS C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. Rio de Janeiro: Richmann & Affonso, 2002. 
 Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) - V Diretrizes Brasileiro de hipertensão, 2006. 
 
 
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR 
 
Objetivos 
 Identificar as partes anatômicas do sistema cardiovascular; 
 Compreender a fisiologia do sistema cardiovascular; 
 Identificar as principais alterações do sistema cardiovascular; 
 Correlacionar achado, sinais e sintomas com a fisiologia. 
 
ANAMNESE DO CARDIOPATA 
Dor Torácica 
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 Tipo: aperto, pontada, facada, latejante 
 Localização 
 Irradiação: pescoço, braço esquerdo, região epigástrica,costas 
 Duração e intensidade 
 Fatores desencadeantes: esforço físico 
 Fatores associados: náusea, vômitos, sudorese, palpitação, tontura e síncope 
 Fatores que melhoram: medicação, repouso 
 Fadiga: Início, Com ou sem atividade 
 Dispnéia 
 Início 
 Duração: constante 
 Fatores desencadeantes: aos esforços 
 Ortopnéia, Dispnéia paroxística noturna 
 Tosse 
 Duração 
 Freqüência 
 Tipo: seca, rouca, congesta 
 Eliminação de catarro: mucóide ou purulento/ Hemoptise 
 Cianose ou Palidez: de extremidades 
 Edema 
 Pés e pernas 
 Desaparece com repouso, elevação, hora do dia 
 Atentar para: 
 História familiar positiva para doenças cardiovasculares 
 Tabagismo/álcool/ hipertensão/diabetes/ 
 Sedentarismo 
 Obesidade/Dislipidemia 
 Estresse 
 Idade e sexo 
 Uso regular de medicamentos: beta-bloqueadores, diurético, anticoagulantes 
 Hábitos alimentares 
 Peso e altura 
 
 TRATAMENTOS ANTERIORES: 
 Clínicos: quimioterapia, radioterapia, pulsoterapia, dieta 
 Cirúrgicos: Qualquer cirurgia no passado 
 Procedimentos invasivos: cateterismo, angioplastia, valvuloplastia, ablação 
 Implantes: marcapasso, desfibriladores 
 
EXAME FÍSICO RELACIONADO AO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
INSPEÇÃO 
 Examinar a aparência geral quanto aos sinais de angústia, desconforto 
respiratório, ansiedade e alteração no nível de consciência 
 Face: icterícia, cianose, palidez 
 Inspecionar e palpar as artérias carótidas com o paciente sentado Comparar a 
freqüência, o ritmo e a força (enchimento) do pulso de cada lado 
 Examinar a veia jugular e observar quanto a distensão venosa: Estase jugular 
 Auscultar a pressão sangüínea na artéria braquial em ambos os braços 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
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 Aferir sinais vitais 
 Examinar e palpar os pulsos periféricos (radial, ulnar, braquial, femoral, poplíteo, 
dorsal do pé, tibial posterior) 
 Examinar pele, unhas, extremidades e mucosas: coloração, turgor, hidratação, 
palidez, cianose, baqueteamento dos dedos. 
 MMII: observar presença de edemas, cicatrizes, hematomas, perfusão periférica e 
condição da rede venosa 
 
 
 
EXAME ESPECÍFICO DO TÓRAX 
INSPEÇÃO 
 Paciente em decúbito dorsal com tórax exposto 
 Observar simetria, musculatura e padrão respiratório 
 Ictus Cordis: situado no 5º espaço intercostal E 
 
 O Ictus Cordis, ou choque de ponta, corresponde ao ponto mais externo 
do movimento do coração e que resulta do impacto da ponta do coração a 
cada sístole ventricular 
PALPAÇÃO 
 Posição lateral esquerda: acentua os movimentos precordiais e ritmos cardíacos 
 Precórdio: localizar o ponto de impulso máximo ou o impulso apical 
 Frêmitos: mão espalmada no precórdio. Ocorre devido ao fluxo turbulento de 
sangue pelas válvulas cardíacas. Sopros cardíacos 
 
AUSCULTA CARDÍACA 
 
 Bulhas Cardíacas = Sons Cardíacos 
 Paciente relaxado e tórax descoberto 
 1ª Bulha 
Início da sístole, mais audível no ápice: Foco Mitral e Tricúspide. 
 2ª Bulha 
Final da sístole e início da diástole, mais audível na base do coração: Foco Aórtico. 
 
B1: fechamento das valvas mitral e tricúspide (valvas atrioventriculares - AV). Marca o 
início da sístole (contração ventricular) 
 
B2 fechamento das válvulas pulmonar e aórtica (semilunares). Marca o final da sístole e o 
início da diástole (enchimento ventricular) 
 
FOCOS DE AUSCULTA CARDÍACA 
 
Aórtico: 2º espaço intercostal D 
Pulmonar: 2º espaço intercostal E 
Mitral: Choque de ponta: cruzamento do 5º espaço intercostal E com a linha 
hemiclavicular 
Tricúspide: Base do apêndice xifóide 
 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 24 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Barros A L B e cols. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no 
adulto. Porto Alegre: Artmed; 2002. 
Jarvis C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. 
Potter PA. Semiologia em enfermagem. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso; 2002. 
Porto CC Semiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
Prof.ª RAIMEYRE TORRES 
 
MECÂNICA RESPIRATÓRIA 
Funções do sistema respiratório: 
 Suprimento de oxigênio para o corpo para produção de energia; 
 Promoção de trocas gasosas no organismo; 
 Remoção de gás carbônico como produto residual das reações de energia; 
 Manutenção da homeostasia (equilíbrio ácido-básico) do sangue arterial. 
 
ANAMNESE 
Queixas respiratórias mais comuns: 
 Dispnéia, ortopneia, dispnéia paroxística noturna; 
 Tosse: freqüência e aspecto; 
 Hemoptise: expectoração de sangue; 
 Dor torácica: localização, duração e intensidade. 
História clínica ou pregressa: 
 Alteração dos sintomas respiratórios dos pacientes crônicos, relativos às doenças 
da infância; 
 Doenças respiratórias pregressas (tuberculose, bronquite, asma, etc.); 
 Alergias, imunizações; 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
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 Internações, tratamentos medicamentosos prévios. 
 Fatores psicológicos de estresse. 
 Intolerância à atividade. 
 Perda / ganho recente de peso. 
Historia familiar: 
 Asma, fibrose cística, enfisema, DPOC, câncer de pulmão, infecções respiratórias, 
tuberculose e tabagismo; 
Historia profissional e estilode vida: 
 Poluentes ambientais e ocupacionais (contato com produtos químicos ou tóxicos, 
poeira), consumo de álcool e drogas. 
Outros sintomas relacionados: 
 Rouquidão 
 Febre 
 Perda de peso 
 Anorexia 
 Epistaxe 
 Dor e edema em seios da face e paranasais 
 
EXAME FÍSICO 
 O exame deve começar do ápice em direção as bases pulmonares e de um 
hemitórax para o outro, usando como parâmetro para comparação o lado oposto 
do tórax. 
 Exame do tórax posterior: posição sentada com os braços cruzados sobre a 
região anterior e preferencialmente, as mãos sobre os ombros. 
 Exame do tórax anterior: posição de decúbito dorsal ou sentada. 
 
INSPEÇÃO ESTÁTICA DO TÓRAX 
 
 Avaliar condições da pele, coloração, cicatrizes, lesões, pêlos e sua distribuição, 
circulação colateral, abaulamentos e retrações; 
 Anormalidades da caixa torácica: variável conforme idade, sexo e biótipo. 
 
ANORMALIDADES DA CAIXA TORÁCICA 
 
 Tórax em barril: diâmetro ântero-posterior igual ao transversal, ex. enfisema 
pulmonar. 
 Tórax em funil ou pectus escavatum: externo deprimido no terço inferior e os 
órgãos que se situam abaixo dele são comprimidos, ex. raquitismo. 
 Tórax de pombo ou pectus carinatum: o externo projeta-se para a frente, ex. 
asma. 
 Cifose: acentuação da curvatura torácica (corcunda). 
 Escoliose: curvatura lateral torácica e lombar em forma de S. 
 Tórax instável. 
 
INSPEÇÃO DINÂMICA DO TÓRAX 
 Observação da movimentação da caixa torácica durante a respiração 
(expansibilidade da caixa torácica); 
 A respiração abdominal é mais aparente nos homens e torácica nas mulheres; 
 O uso da musculatura acessória, retrações e a simetria torácica. 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
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 Freqüência respiratória e a relação entre inspiração e expiração. 
 Amplitude da expansão, freqüência e ritmo. 
 
 
ANORMALIDADES NA FREQÜÊNCIA E RITMO RESPIRATÓRIO 
 
 Taquipnéia: respiração rápida e superficial. Freqüência aumentada. 
 Bradipnéia: respiração lenta e superficial. Freqüência diminuída. 
 Hiperventilação: aumento na freqüência e na profundidade. 
 Hipoventilação: padrão superficial regular causado por uma dose excessiva de 
narcóticos ou anestésicos. 
 Respiração de Kussmaul: respiração rápida e profunda, sem pausas. 
 Respiração de Cheyne-Stokes: dispnéia periódica, alternando períodos de 
respiração profunda com apnéia. Padrão regular. 
 Respiração de Biot: respirações rápidas e profundas com pausas (atáxica). 
Padrão irregular. 
 Apnéia: ausência de respiração. 
 Tiragem intercostal: depressão dos espaços intercostais, podendo ser unilateral 
ou bilateral. 
 Exame dos dedos e artelhos: baqueteamento: elevação do leito ungueal de 160° 
para 180º 
PALPAÇÃO 
 Usada para avaliar traquéia e parede torácica; 
 Traquéia: posicionar o dedo da mão em um lado da traquéia e os demais no outro 
lado. Mobilize suavemente a traquéia; 
 Investigar massa crepitação e desvio de linha média. 
 Parede Torácica: avaliar simetria, amplitude de movimentos respiratórios, presença 
de crepitações, massas e edema, dor, tônus muscular, frêmitos; 
 
PERCUSSÃO 
 Percutir simetricamente dos ápices em direção às bases; 
 Sons: claro pulmonar, hipersonoridade, timpânico, maciço e submaciço; 
 Claro pulmonar: som normal com timbre grave e oco: tecido pulmonar normal: 
 Hipersonoridade: som mais intenso e mais grave: pneumotórax; 
 Sons timpânicos: sons ocos: amplo pneumotórax; 
 Sons maciços: ruídos surdos e secos: condensação pulmonar = pneumonia, derrame 
pleural e tumor; 
 Submaciço: sons suaves, alta freqüência: percussão sobre o fígado. 
 
AUSCULTA 
 Avalia fluxo aéreo pela árvore traqueobrônquica; 
 Deve ser realizado enquanto o paciente respira com a boca entreaberta e nas 
regiões simétricas dos dois hemitórax; 
 
Sons respiratórios normais 
 
 Murmúrios vesiculares: timbre grave e suave (inspiração). 
 Som Brônquico: auscultado sobre o manúbrio esternal, nas vias aéreas 
traqueais. Timbre agudo, intenso e oco (expiração). Mais audíveis na traquéia. 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
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 Som Broncovesicular: tonalidade média. Mais audíveis posteriormente entre as 
escápulas. 
AUSCULTA: RUÍDOS ADVENTÍCIOS 
 Crepitações (estertores): audíveis quando ocorre abertura súbita das pequenas 
vias aéreas contendo líquido. Pode ser reproduzido esfregando-se uma mecha de 
cabelo entre os dedos. Ex. bronquite; 
 Subcrepitantes: assemelham-se ao rompimento de pequenas bolhas na 
inspiração e início da expiração; 
 Roncos: passagem de ar em estreitos canais repleto de líquidos/secreções. Ex. 
pneumonia; 
 Sibilos: ruídos sussurrantes ou musicais na passagem de ar por vias estreitadas 
(podem ser audíveis sem estetoscópio). Ex. asma; 
 Atrito pleural: audível na inspiração e expiração sob áreas inflamadas. Ruído 
semelhante a um estalo. Ex. pleurite; 
 Cornagem: respiração ruidosa secundária a obstrução a nível de laringe ou 
traquéia 
 
REFERÊNCIAS 
BARROS A.L.B.L e cols. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 
Porto Alegre: Artmed, 2002. 
JARVIS C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. Rio de Janeiro: Richmann & Affonso, 2002. 
 
 
EExxaammee ddoo AAppaarreellhhoo DDiiggeessttóórriioo 
 
PPrrooff..ªª AAnnaa CCoonncceeiiççããoo UUrreettaa 
PPrrooffªª.. RRaaiimmeeyyrree TToorrrreess 
 
AAPPAARREELLHHOO DDIIGGEESSTTÓÓRRIIOO 
 
FUNÇÕES 
• Suprimento contínuo de água e 
eletrólitos 
• Ingestão 
• Mastigação e movimentação do bolo 
alimentar 
• Secreção de enzimas digestivas 
• Absorção de água e eletrólitos 
• Eliminação 
 
DDiirreettrriizzeess ppaarraa aa rreeaalliizzaaççããoo ddoo eexxaammee ddoo ssiisstteemmaa ddiiggeessttóórriioo 
• Anamnese 
• Exame físico da cavidade oral 
• Exame físico do abdome 
• Exame físico do fígado e baço 
• Exame físico do ânus e reto 
 
ANAMNESE 
 
 Hábitos alimentares: tipo, preferência, intolerância, restrições, uso de suplementos 
alimentares, ingestão habitual de líquidos ao dia 
 Anorexia ou outras alterações no apetite 
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 Alterações de peso 
 História de cirurgias anteriores: oral, nasal, abdominal ou intestinal. 
 História de problemas relacionados a nutrição: alcoolismo, aumento de colesterol, 
obesidade, diabetes, úlcera péptica, colite ulcerativa, Doença de Crohn, câncer e 
paralisias. 
 Fatores de risco: estresse psicológico, fumo, poluentes do ambiente 
 Uso de medicamentos: uso de laxativos, enemas, vitaminas. 
 Alterações do estado abdominal: distensão, rigidez, sensibilidade. 
 Alterações na ingesta oral: disfagia, náuseas, refluxo esofágico, vômitos, 
eructações. 
 Vômitos: frequência, característica, quantidade, henatêmese. 
 Alteração na eliminação intestinal: diarréia, constipação, evacuação incompleta, 
flatulência, desconforto anal. 
 Evacuação: frequência, característica, coloração, quantidade, presença de muco 
ou sangue 
 Soluço: início e evolução dos sintomas 
Dispepsia: sensação de plenitude gátrica, indigestão, associação de sintoma com 
ingestão de determinados alimentos, o que favorece o seu alívio 
 Queixas de dor: início, localização, intensidade, irradiação, intensidade ou alívio 
pela comida (tipo), mudanças de posição, atividade. 
 Presença de: prótese dentária, perda (ou ausência) de dentes, ostomias, 
hemorróidas 
 
DIVISÃO DA TOPOGRAFIA DO ABDOME 
X 
 EXAME FÍSICO 
 
• Facilitar descrição 
• Localizar órgãos 
• Pontos de referências de dor/massa 
• Divisão em quatro quadrantes 
• Divisão em nove regiões 
 
TÉCNICAS DE EXAMEFÍSICO DO ABDOME 
 
 Seqüência: Inspeção, ausculta, percussão e palpação. 
 Evitar alteração de sons intestinais e estímulos álgicos impossibilitando exame. 
 Observar para fáceis de dor. 
 Solicitar informação de áreas dolorosas ou sensíveis que deverão ser examinadas por 
último. 
 
INSPEÇÃO 
Quanto ao contorno: 
 Plano ou achatado: bom tônus muscular e peso regular 
 Arredondadoou globoso: musculatura flácida ou excesso de gordura 
 Protuberante ou protuso: obesidade, ascite, gestação ou distensão abdominal 
 Escafóide ou escavado: desnutrição 
Quanto a forma e simetria 
 Saliências ou protusões localizadas 
 Presença de massas, herniações e viceromegalias 
Cicatriz umbilical pode apresentar-se plana, evertida ou com sinais de inflamação 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
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Protusão umbilical: gravidez, ascite, presença de massas 
Características da pele 
Estrias, cicatrizes, lesões 
 
AUSCULTA 
Antecede a percussão e palpação 
Iniciar pelo quadrante inferior direito, identificando a presença e a qualidade dos ruídos intestinais 
Ruídos intestinais normais: Ruídos Hidroaéreos (RHA+ ou RHA-) 
Ausculta ineficiente deve ser repetida a cada 2 a 5 min em cada um dos quadrantes 
Ruídos hipoativos: distúrbios hidroeletrolíticos, íleo paralítico peritonite, obstrução intestinal 
Ruídos hiperativos: hipermobilidade, diarréia, uso de laxante, fase inicial de obstrução 
 
PERCUSSÃO 
Percussão direta e percussão indireta 
Início quadrante inferior direito sentido horário 
Sons timpânicos e maciços 
Predominância de sons timpânicos (claros de timbre baixo) secundário a presença de gases nas 
vísceras ocas no trato gastrintestinal. Estômago vazio. 
Sons com timbre alto de macicez em órgãos sólidos: fígado baço, vísceras com líquidos ou fezes 
 
PALPAÇÃO 
 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL 
 Realizada com os dedos estendidos, fechados entre si pressionando de forma delicada em 
torno de 1 cm o abdome 
 Observar a resistência muscular voluntária 
 Resistência involuntária: processos inflamatórios 
PALPAÇÃO PROFUNDA 
 Identificar mais precisamente massas menores, pulsações, sensibilidade mobilidade, 
consistência e forma. 
 Respiração adequada/ pacientes obesos usar uma mãos sobre a outra. 
 Achados normais: abdome liso consistência macio, não tenso, não doloroso, sem aumento 
de órgãos e sem massas 
 
EXAME FÍSICO DO RETO E ÂNUS 
 
Inspeção: 
Uso de luvas. 
DLE com flexão de quadris e joelhos; afastar as nádegas. 
Observar a integridade da pele. 
Hemorróidas, abscessos, edemas, ulcerações, fissuras, fistulas e prolapsos. 
 
Palpação: 
Examinador com mãos enluvadas e lubrificadas. 
Palpar parede lateral direita e esquerda e anterior. 
Observar áreas endurecidas/nódulos e empactação fecal. 
Retirar o dedo vagarosamente e observar resíduos sinais de sangue, muco ou pus. 
 
 
REFERÊNCIAS 
Barros A L B e cols. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto 
Semiologia e Semiotécnica – 2018.1 
Prof.ª Ana Ureta 30 
Alegre: Artmed; 2002. 
Jarvis C. Exame Físico e Avaliação de Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002. 
Potter PA. Semiologia em enfermagem. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso; 2002. 
Porto CC Semiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001 
 
 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
 
Objetivos da Avaliação Neurológica para o enfermeiro 
 Identificar disfunções presentes no SNC 
 Determinar os efeitos dessas disfunções na vida diária 
 Detectar situações de risco 
 
Obs.: a freqüência do exame depende das condições da admissão e estabilidade do 
paciente 
 
Histórico de enfermagem: Anamnese 
 Motivo de internamento 
 Presença de doenças e tratamentos anteriores 
 Antecedentes familiares 
 Uso de medicamentos/alergias 
 Existência de outros fatores de risco 
 Investigar sintomas: tremor,*ataxia,convulsão, tontura, vertigem, parestesia, cefaléia, 
depressão 
 Alterações no comportamento 
 Alterações visuais, auditivas, olfatórias, do paladar e do tato. 
 *Ataxia:incapacidade de coordenar os movimentos 
 
Etapas da propedêutica Neurológica 
 
 Avaliação do nível de consciência 
 Avaliação Pupilar 
 Avaliação da Força motora e 
reflexos 
 Avaliação da Função sensitiva 
 Avaliação da Função cerebelar 
 Avaliação dos Nervos cranianos 
 
 
CONSCIÊNCIA 
 
É o conhecimento de si mesmo e do ambiente. É um sensível indicador de 
disfunção ou insuficiência cerebral 
 
Componentes da Consciência: 
 Despertar: Vigília 
 Conteúdo de consciência: funções cognitivas e afetivas 
Esses dois indicadores são avaliados através de respostas de: 
Perceptividade: (função cortical) relacionada às funções do córtex. Mecanismos de 
aprendizagem; 
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Reatividade: (tronco cerebral) as respostas são os reflexos. Que podem ser 
respostas inespecíficas, a dor e vegetativas; 
 
Avaliação do nível de consciência 
 
ESTÍMULOS AUDITIVOS E TÁTEIS 
1. Estímulo auditivo: tom de voz normal, avaliar nível de orientação, função 
cognitiva (memória, atenção, concentração e linguagem); 
 
1. Estímulo Tátil: leve toque no braço; 
2. O estímulo doloroso pode ser feito nos seguintes locais: leito ungueal, 
esternal, trapézio 
3. Atenção: NÃO fazer estímulos em mamilos e supra orbital; 
 
Avaliação Pupilar 
 Diâmetro 
 Forma 
 Simetria 
 Reflexos: 
 Fotomotor 
 Córneo-palpebral 
 Piscamento 
 Óculo-cefálico 
 
Avaliação da Força Motora 
 Paciente consciente: 
 Movimentos MMSS 
 Movimento MMII 
 Aperto das mãos 
 Flexão e extensão das extremidades 
 Caminhar 
 Paciente inconsciente: 
 Aplicar estímulo doloroso 
 Comprometimento da força: 
 Paresia ou fraqueza 
 Parestesia 
 Ausência da força 
 Paralisia ou plegia 
 Descorticação-lesão hemisférica 
 Descerebração-lesão de tronco 
 
Avaliação da Função sensitiva 
 
 O exame da sensibilidade superficial inclui: 
 Tato 
 Dor 
 Temperatura 
 Sensibilidade Tátil 
 Sensibilidade dolorosa 
 Sensibilidade Térmica 
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Avaliação da Função Cerebelar 
 
 Como Fazer ? 
 Teste da Marcha 
 Teste de Romberg 
 
Nervos Cranianos 
 São 12 pares que suprem cabeça e pescoço. 
 Exceto nervo vago que supre coração, músculos respiratórios e vesícula biliar 
 Estes nervos levam estímulos ao SNC através de fibras sensoriais e recebem 
estímulos do SNC pelas fibras eferentes. 
 
 
Referências Bibliográficas 
JARVIS,C.Exame Físico e Avaliação de Saúde 3ºed,Rio de Janeiro.Guanabara Koogan,2002 
POTTER,P.Semiologia em Enfermagem;trad.da 4ed,Rio de Janeiro:Reichmann&Affonso 
BARROS,A.L.B e cols.Anamnese e Exame Físico.Porto Alegre.Artmed,2002 
PORTO,C.C.Semiologia Médica 4ºed Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2001 
 
 
Exame do abdome: aparelho urinário e genitais 
 
Prof.ª Ana Ureta 
 
Sistema renal e urinário 
 Formado por dois rins, dois ureteres, bexiga urinária e uretra. 
 Todas essas estruturas anatômicas e funcionais, juntas, auxiliam na remoção de 
substâncias não desejáveis ao organismo. 
 Os rins exercem funções de extrema importância para a homeostasia do 
organismo: livram o corpo dos produtos de degradação que são ingeridos ou 
produzidos pelo metabolismo e controlam o volume e a composição dos líquidos 
corporais. 
 Desempenham suas funções mais importantes por meio da filtração do plasma e 
da remoção das substâncias do filtrado em graus variáveis, de acordo com as 
necessidades do organismo. 
 Depuram o corpo de substâncias indesejáveis, excretando-as na urina, e retêm 
substâncias necessárias, devolvendo-as ao sangue. 
 
A formação da urina resulta de três processos: 
1. Filtração glomerular2. Reabsorção de substâncias dos túbulos renais 
3. Secreção de substâncias para os túbulos renais 
 A bexiga é um reservatório com capacidade para armazenar 400 a 500 mL de 
urina no adulto. À medida que a urina chega à bexiga, ocorre um aumento da 
pressão intravesícal, gerando o estímulo da micção. 
 Da bexiga, a urina passa para a uretra,que é a responsável por sua condução para 
todo corpo. . 
 A uretra feminina mede em torno de 4cm de comprimento, 
 A masculina,aproximadamente 20 cm. 
 
 
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Propedêutica dos rins e da bexiga 
 
 A avaliação do sistema urinário e renal é realizada por meio da entrevista e do exame 
físico (inspeção, palpação, percussão e ausculta). 
 
Entrevista 
 Durante a entrevista, o enfermeiro deve investigar os dados que podem auxiliar na 
elucidação de possíveis queixas abdominais relacionadas à disfunção miccional, como: 
infecção urinária, cólica nefrótica e incontinência urinária. 
 Queimação, dor, urgência ou hesitação para urinar 
 Presença de sangue na urina 
 Cor e odor da urina 
 Presença de febre nos últimos dias 
 Dores nas costas do lado direito ou esquerdo 
 Dores nas costas que se irradiam para o baixo ventre e seguem em direção às coxas 
 Perdas urinárias aos esforços (tossir, espirrar, carregar peso) 
 Sensação de urgência para urinar na ausência de infecção urinária 
 Sensação de que, após ter urinado, ainda resta urina na bexiga 
 Necessidade de acordar freqüentemente à noite para urinar 
 Diabete, doença renal policística, cálculo renal, doenças cardíacas, anormalias congênitas 
 Uso de medicamentos, como anti-inflamatórios. 
 
Inspeção: Em condições normais, a inspeção pouco informa sobre alterações. 
 
 Entretanto, nos grandes aumentos dos rins (hidronefrose e tumores), podem-se 
observar abaulamentos localizados no flanco e na fossa ilíaca correspondente; ou a 
presença de abaulamentos bilaterais típicos nos casos de rins policísticos. 
 Realizar a inspeção da urina, a partir da qual se observam a coloração, o aspecto e o 
odor. 
 Atenção: verificar a presença de sinais de insuficiência renal, como edema periorbital, 
sacral e de extremidades, mudança na coloração e turgescência da pele, estado 
mental e sinais de encefalopatia urêmica, arritmias, hálito urêmico, alterações do peso 
e do volume urinário, entre outros. 
 
Percussão 
 Os rins não são delimitáveis pela percussão dígito-digital. 
 Nos processos inflamatórios agudos, renais e perirrenais, a pesquisa por meio de 
punho-percussão é de grande valia para determinar alguns dados sindrômicos. 
 Essa avaliação é conhecida como sinal de Giordano, sendo positiva na presença 
de dor e negativa na ausência. 
 
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 Para avaliar cada rim em relação a dor à palpação, peça para o paciente sentar. 
 Posicione a palma de sua mão sobre o ângulo costovertebral direito e percuta sua 
mão com a superfície ulnar do punho de sua outra mão. 
 Repita a manobra sobre o ângulo costovertebral esquerdo. A percussão direta 
com o punho sobre cada ângulo costovertebral também pode ser utilizada. 
 
Palpação 
 Método semiológico que fornece melhores informações sobre o rim. 
 Algumas técnicas,auxiliam na avaliação quanto a forma, tamanho e presença de 
massas e líquido. 
 
Método de Devoto: 
 Realizado com o paciente em decúbito dorsal e com os joelhos levemente fletidos. 
 O enfermeiro solicita ao paciente que tente relaxar a musculatura o máximo 
possível. 
 O enfermeiro deve estar sentado no leito, junto ao paciente, do lado do órgão que 
pretende palpar. 
 Coloca-se uma mão contrária ao rim a ser examinado, no ângulo lombocostal, 
exercendo pressão de trás para a frente, enquanto a outra mão, espalmada sobre 
o abdome abaixo do rebordo costal, procura sentir e pinçar o polo inferior do rim 
na sua descida inspiratória. 
 
 
 
 
Método de Israel: 
 Posicionar o paciente em decúbito lateral, oposto ao lado do rim que será palpado. 
 A coxa correspondente ao órgão que vai ser examinado deverá ficar fletida sobre 
a bacia, e o outro membro deverá permanecer em extensão. 
 O enfermeiro deverá sentar-se do lado do dorso do paciente, colocar uma das 
mãos no ângulo lombocostal, fazendo pressão de trás para a frente. Com a outra 
mão espalmada sobre o abdome, logo abaixo do rebordo costal, o enfermeiro 
procura pinçar o rim na sua descida inspiratória. 
 
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 Os rins são indolores, duros, de consistência parenquimatosa, de superfície regular e, 
nos casos normais, de forma não muito nítida, em virtude de apenas seu polo inferior 
ser acessível à palpação. 
 O rim direito é mais facilmente palpável, por estar anatomicamente situado mais baixo 
do que o esquerdo. 
 A palpação de rins policísticos é muito característica, uma vez que permite ao 
enfermeiro ter a sensação de estar palpando um “saco de laranjas’ 
 Nos casos de neoplasia renal com aumento de volume do órgão, o rim torna-se 
palpável como um tumor duro, geralmente indolor e de superfície nodular. 
 Já a palpação da bexiga, para o conforto do paciente, deve ser prosseguida após ele 
ter urinado. 
Ausculta 
 A ausculta é útil somente na identificação de sopros abdominais. 
 Caracterizados por sons murmurantes de baixa intensidade, sugestivos de 
estenose da artéria renal. 
 
Alterações na eliminação urinária 
 Anúria: débito urinário inferior ao volume de 50 mL/dia 
 Oligúria: diminuição do débito urinário, geralmente inferior a 400 mL/dia 
 Poliúria: aumento do volume urinário acima de 1.800 mL/dia 
 Polaciúria: urina várias vezes, em um curto intervalo de tempo, em pequena quantidade 
 Nictúria: necessidade de urinar durante a noite 
 Enurese: perda involuntária de urina durante o sono, considerada fisiológica até 3 anos de 
idade 
 Urgência urinária: necessidade súbita de urinar, podendo ocorrer esvaziamento 
involuntário da bexiga 
 Hematúria: presença de sangue na urina 
 Piúria: presença de pus na urina, tornando-a turva e com presença de sedimentos 
 Disúria: é a micção acompanhada de dor, desconforto ou queimação 
 
Exame das genitais 
 O exame físico dos genitais deve ser realizado em ambiente limpo e organizado, 
com temperatura constante e luminosidade adequada. 
 A privacidade é essencial em respeito à exposição do corpo, à manutenção da 
atitude profissional e à performance rápida, eficiente e gentil do examinador. 
 
 
 
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Exame físico feminino 
Exame das mamas 
Inspeção estática 
 Deve ser realizada na mulher com os membros superiores ao longo do corpo, sentada, 
tronco desnudo, voltada para o examinador e para a fonte de luz. 
 Número: as mamas são em número par 
 Localização: estão localizadas na parede anterior do tórax, sobre os músculos grandes 
peitoraís, entre o segundo e o sexto espaço intercostal, entre a linha paraexternal e a axila 
anterior 
 Divisão: a mama deve ser dividida topograficamente em quadrantes. 
 Forma: podemos considerar quatro formas distintas: 
 Globosa: o diâmetro ântero-posterior é igual à metade do diâmetro da base 
 Periforme: o diâmetro ântero-posterior é igual ao diâmetro da base 
 Discoide ou plana: o diâmetro ântero-posterior é menor do que a metade do diâmetro da 
base 
 Pendente: o arco do círculo inferior ultrapassa a base de implantação em mais de 2,5 cm 
 Mamilos: na região central de cada mama, há uma área mais pigmentada, a aréola, no 
centro da qual há uma estrutura sobrelevada, o mamilo, que deve ser avaliado quanto à 
forma: 
 Protruso: mamilo eutrófico, saliente, apresentando ângulode 90° em relação à junção 
mamiloareolar 
 Semiprotruso: mamilo geralmente curto, que apresenta protrusão relativa ao estímulo tátil 
e ângulo superior a 90° 
 Pseudoumbilicado ou pseudoinvertido: apresenta-se invaginado à inspeção; porém, ao 
estímulo, apresenta protrusão, voltando em seguida à posição original; esse tipo de 
mamilo dificulta e até impede a amamentação 
 Umbilicado ou invertido: apresenta-se invaginado em repouso, permanecendo assim após 
estímulo; apresenta aderência interna que impede a sua eversão 
 Hipertrófico: mamilo de tamanho aumentado, protruso, com borda em formato que lembra 
um cogumelo, mais frequente na raça negra 
 
Inspeção dinâmica 
Solicita-se que a mulher eleve os braços e, depois, coloque as mãos no quadril, realizando 
movimentos e contrações musculares para diante, podendo fazer também pressão com as palmas 
das mãos para facilitar a compressão do músculo peitoral maior. 
 
Objetivo dessas manobras é realçar as possíveis retrações e abaulamentos da região e 
verificar o comprometimento dos planos musculares, cutâneos e do gradil costal, incluindo 
a região axilar. 
 Ressalta-se que as mulheres mais jovens apresentam mamas com maior 
quantidade de tecido glandular, o que as torna mais densas e firmes. 
 Ao aproximar- se da menopausa, o tecido mamário vai se atrofiando, sendo 
substituído progressivamente por tecido gorduroso. 
 
Palpação dos gânglios supraclaviculares, infraclaviculares e axilares e das mamas 
 
 A palpação deverá ser realizada com movimentos firmes e suaves, a fim de não causar 
dor. 
 Dessa forma, é possível estabelecer um clima de segurança e confiança entre o 
enfermeiro e a paciente, facilitando a realização da palpação. 
 Para a palpação dos gânglios, em um primeiro momento, a paciente deverá estar sentada. 
 Utiliza-se a técnica de Bailey da seguinte forma: com a paciente em frente ao enfermeiro, 
Semiologia e Semiotecnica – 2018.1 
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segura-se com a mão direita o braço direito da paciente, que deve ser mantido em posição 
horizontal e apoiado sobre o braço direito do enfermeiro, de modo a deixar livre o acesso à 
região axilar. 
 Palpa-se a região axilar com a mão oposta, aprofundando-se tanto quanto possível à 
procura de linfonodos. 
 Caso sejam localizados, deve-se registrar: número, volume, localização, sensibilidade, 
consistência e mobilidade. 
 Repete-se o mesmo procedimento no lado esquerdo. 
 Em um segundo momento, a paciente deve estar deitada, com o braço repousado sobre 
as laterais do corpo ou sobre a mão do examinador, favorecendo, assim, o relaxamento da 
musculatura peitoral. 
 O enfermeiro palpa as áreas supra e infraclaviculares com a face palmar dos dedos da 
mão dominante e, em seguida, procede à palpação dos gânglios axilares. 
 Com os MMSS elevados e fletidos e com as mãos sob a nuca, passa-se à palpação das 
mamas. 
 As mamas devem ser palpadas delicadamente e de maneira ordenada, obedecendo-se à 
divisão de seus quadrantes. 
 Deve ser iniciada no quadrante superior externo, incluindo a parte lateral superior, 
seguindo a direção dos ponteiros do relógio. 
 Toda a superfície deve ser examinada com as polpas digitais da mão dominante 
espalmada. 
 
Aspectos que devem ser avaliados ao se observar a presença de massa palpável 
 
 Localização: determinar o quadrante 
 Consistência: pode ser classificada em edematosa, cística, firme, endurecida ou macia 
 Mobilidade: fixa ou móvel 
 Tamanho: quando redonda, o diâmetro; quando oval, o maior diâmetro; quando tubular, o 
comprimento, a largura e a espessura 
 Dor: sensível e insensível 
 Textura: uniforme, nodular e granular 
 
Expressão mamilar 
 Com o propósito de avaliar a existência de secreção, realiza-se a expressão do mamilo, 
executando moderada pressão ao nível deste e da aréola, deslizando o dedo indicador 
sobre a projeção dos dutos até chegar à aréola, comprimindo-a. 
 Toda secreção que, por ventura, surgir, quando não relacionada com a lactação ou a 
gravidez, deverá ter atenção especial, obedecendo a seguinte classificação: 
 
 Serosa: líquido claro e fluido 
 Serossanguinolenta: líquido aquoso rosado 
 Purulenta: líquido espesso, amarelado 
 Situação normal (gravidez ou lactação) 
 Colostro: líquido claro e turvo 
 Secreção láctea: leite 
 
Exame da genitália externa 
 
 A análise dos dados da paciente é fundamental para o início dessa avaliação. 
 As queixas clínicas podem ser vagas, evidentes ou mesmo inexistentes. 
 Pruridos, ardores, corrimentos genitais, sangramentos inesperados, presença de 
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lesões papulosas, verrugosas, ulceradas ou tumorais, alterações da coloração da 
pele, alteração da sensibilidade ou de volume dos genitais são algumas queixas 
importantes, as quais devem ser observadas no exame físico. 
 
 Para a realização do exame da genitália e do exame ginecológico, a posição ginecológica 
ou de litotomia é a mais adequada. 
 O esvaziamento prévio espontâneo da bexiga é importante para o relaxamento durante o 
exame. 
 
Inspeção da genitália externa 
• Inspecionar estaticamente toda a vulva, o períneo e o monte púbico ou de Venus. 
• Separar os grandes lábios e observar: 
 Clitóris: tamanho e forma 
 Meato uretra!: presença de secreção 
 Grandes e pequenos lábios: simetria, coloração, integridade do tecido, presença 
de secreção 
 Condições do períneo: o períneo é a porção central de inserção da musculatura do 
diafragma urogenital entre o orifício vaginal e o ânus; pode estar íntegro, isto é, 
sem lacerações, cicatrizes de parto ou cirurgias ou, ainda, apresentar lacerações 
ou cicatrizes 
 lntroito vaginal: em mulheres que nunca tiveram relação sexual, este se apresenta 
recoberto pelo hímen. Em mulheres que já tenham iniciado a vida sexual encontra-
se entreaberto; nesse caso, observam-se em seu contorno restos ou carúnculas 
himenais. 
 O introito vaginal pode não apresentar qualquer anormalidade ou ter: 
 
1. Colpocele anterior: protrusão da parede anterior vaginal, sugestiva de deslocamento 
de bexiga (cistocele) 
2. Colpocele posterior: protrusão da parede posterior vaginal, sugestiva de deslocamento 
do reto (retocele) 
3. Colpocele anterior e posterior 
 
Exame especular 
• O exame especular deve preceder o toque vaginal. 
• Essa sequência deve ser obedecida, pois oferece vantagens como a possibilidade da 
colheita de material para citologia durante a consulta e a melhor visualização do 
conteúdo vaginal, o que possibilita uma avaliação adequada. 
• Para a realização do exame, utilizam-se espéculos de valvas articulares, 
principalmente o modelo de Collins. 
 
Exame físico da genitália masculina 
• Informações gerais e história atual 
• Quando apareceu problema? 
• É constante ou intermitente? 
• Qual a frequência? 
• Duração? 
• Inicio súbito ou gradual? 
• Atividades que desencadearam ou desencadeiam o problema 
• Localização exata 
• O que melhora ou piora? 
 
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História pregressa 
• Problemas do trato urinário 
• Acidentes ou traumas abertos ou fechados com lesão renal, trauma de ureter 
durante procedimentos diagnósticos, traumas de bexigas e de uretra 
• Doenças sistêmicas (HAS, DM, Lúpus eritematoso, insuficiência cardíaca) 
• Alergias 
• Uso de medicações 
• Historia familiar 
• Estilo de vida 
• Historia sexual 
 
Exame Físico 
• Necessária completa exposição da região da virilha e da genitália sob iluminação 
adequada 
 
Exame do pênis 
 
• Observar a distribuição dos pelos púbicos 
• Presença de parasitas, vermelhidão, escoriações 
• No corpo do pênis procurar edema, cor, lesões ou nódulos 
• Observar se o paciente foi circuncidado• Em caso negativo: retrair o prepúcio e expor a glande, observar o tamanho e 
ocorrência de secreções, lesões ou inflamação 
• Com delicadeza, comprimir , com a ponta dos dedos o meato urinário: a borda do 
meato deve parecer rosada, lisa e sem secreção. 
• Palpar todo extensão do pênis: massas tumorais, áreas de endurecimento 
• Orientar sobre o acúmulo de esmegma (secreção normal) 
 
 
Exame do escroto e virilha 
• Normal: pele escrotal enrugada e pequenas veias visiveis 
• Assimetria é normal: metade escrotal esquerda mais baixa do que a direita 
• Observar: edema, zona de despigmentação, lesões ou cistos 
• A inspeção da região inguinal: hérnias, gânglios aumentados

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